Estatuto Ceara

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Lei nº 9.

826/74
RODRIGO CARDOSO
LEI Nº 9.826, DE 14 DE MAIO DE 1974,

Dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do


Ceará.

@rodrigocardosooficial01
Art. 1º - Regime Jurídico do Funcionário Civil é o conjunto de normas e princípios,
estabelecidos por este Estatuto e legislação complementar, reguladores das relações
entre o Estado e o ocupante de cargo público.
*Art. 2º - Aplica-se o regime jurídico de que trata esta lei:

I - aos funcionários do Poder Executivo;


II - aos funcionários autárquicos do Estado;
III - aos funcionários administrativos do Poder Legislativo;
*IV - aos funcionários administrativos do Tribunal de Contas do Estado e do Conselho de
Contas dos Municípios.
Art. 3º - Funcionário Público Civil é o ocupante de cargo público, ou o que, extinto ou
declarado desnecessário o cargo, é posto em disponibilidade.
Art. 4º - Cargo público é o lugar inserido no Sistema Administrativo Civil do Estado,
caracterizando-se, cada um, por determinado conjunto de atribuições e responsabilidades
de natureza permanente.
Parágrafo único - Exclui-se da regra conceitual deste artigo o conjunto de empregos que,
inserido no Sistema Administrativo Civil do Estado, se subordina à legislação trabalhista.
Art. 6º - Os cargos públicos do Estado do Ceará são acessíveis a todos brasileiros, observadas
as condições prescritas em lei e regulamento.
Art. 7º - De acordo com a natureza dos cargos, o seu provimento pode ser em caráter efetivo
ou em comissão.
*Art. 8º - Os cargos em comissão serão providos, por livre nomeação da autoridade
competente,

dentre pessoas que possuam aptidão profissional e reúnam as condições necessárias à


sua investidura, conforme se dispuser em regulamento.

*§ 1º - A escolha dos ocupantes de cargos em comissão poderá recair, ou não, em


funcionário do Estado, na forma do regulamento.
(FGV 2022) O prefeito do Município Beta, sensível com a situação de Joana, pessoa
extremamente competente e confiável, com elevado poder de liderança e que se encontrava
desempregada, decidiu aproveitá-la em sua gestão.
Para tanto, solicitou que sua assessoria lhe indicasse como isso poderia ser feito, sendo-lhe
respondido, corretamente, que Joana poderia ser nomeada:

a)para cargo de provimento efetivo, cargo em comissão ou função de confiança;

b)apenas para cargo em comissão ou função de confiança;

c)tão somente após a aprovação em concurso público;

d)apenas para uma função de confiança;

e)apenas para cargo em comissão.


Art. 37, XVI, CF – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI.

a) a de dois cargos de professor;

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões


regulamentadas;

Outros casos:

Art. 38, III – vereador com cargo público (havendo compatibilidade com horário);

Art. 95, parágrafo único, inciso I – juiz e magistério;

Art. 128, §5º, II, d – membros do Ministério Público e magistério.


Art. 42, § 3º - militares dos Estados e DF podem ocupar cargo de professor, técnico ou
científico e da área da saúde com profissão regulamentada. (Emenda Constitucional nº
101, de 2019)

STF - Tese de repercussão geral (RE 602.043): “Nos casos constitucionalmente


autorizados de acumulações de cargos, empregos e funções, a incidência do artigo 37,
inciso XI, da Constituição Federal, pressupõe consideração de cada um dos vínculos
formalizados, afastada a observância do teto remuneratório quanto ao somatório dos
ganhos do agente público.”
“A administração pública deve proceder ao desconto dos dias de paralisação
decorrentes do exercício do direito de greve pelos servidores públicos, em virtude
da suspensão do vínculo funcional que dela decorre, permitida a compensação em
caso de acordo. O desconto será, contudo, incabível se ficar demonstrado que a
greve foi provocada por conduta ilícita do Poder Público.' (RE 693.456/RJ).
Exercício do direito de greve por policiais civis – funções relacionadas à
manutenção da ordem pública – ilegalidade

“I-Os Policiais Civis do Distrito Federal exercem funções correlacionadas à


manutenção da ordem pública. II - O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF),
em 5/4/2017, no julgamento do Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 654432,
com repercussão geral, assentou que é inconstitucional o exercício do direito de
greve por parte de policiais civis e demais servidores públicos que atuem
diretamente na área de segurança pública.”
Acerca do direito de greve e de serviços essenciais, julgue o item a seguir, de
acordo com o entendimento jurisprudencial do STF.

18(CESPE 2021/TC-DF/PROCURADOR) A vedação ao enriquecimento ilícito de


servidor público civil autoriza a administração pública a descontar-lhe os dias de
paralização relativos ao exercício do direito de greve, ainda que este tenha sido
invocado em decorrência de conduta ilícita do poder público.
Acerca do direito de greve e de serviços essenciais, julgue o item a seguir, de
acordo com o entendimento jurisprudencial do STF.
(CESPE 2021/TC-DF/PROCURADOR) É vedado o exercício do direito de greve a
todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança pública.
NOMEAÇÃO

Art. 17 - A nomeação será feita:

I - em caráter vitalício, nos casos expressamente previstos na Constituição;


II - em caráter efetivo, quando se tratar de nomeação para cargo da classe inicial ou singular de
determinada categoria funcional;
III - em comissão, quando se tratar de cargo que assim deve ser provido.

Art. 18 - Será tornada sem efeito a nomeação quando, por ato ou omissão do nomeado, a posse não
se verificar no prazo para esse fim estabelecido.

Art. 37, III, CF - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez,
por igual período;
Art. 20 - Só poderá ser empossado em cargo público quem satisfizer os seguintes
requisitos:
I - ser brasileiro;
II - ter completado 18 anos de idade;

III - estar no gozo dos direitos políticos;


IV - estar quite com as obrigações militares e eleitorais;
V - ter boa conduta;
VI - gozar saúde, comprovada em inspeção médica, na forma legal e regulamentar;
VII - possuir aptidão para o cargo;
VIII - ter-se habilitado previamente em concurso, exceto nos casos de nomeação para cargo
em comissão ou outra forma de provimento para a qual não se exija o concurso;
IX - ter atendido às condições especiais, prescritas em lei ou regulamento para
determinados cargos ou categorias funcionais.
§ 2º - Ninguém poderá ser empossado em cargo efetivo sem declarar, previamente, que
não ocupa outro cargo ou exerce função ou emprego público da União, dos Estados, dos
Municípios, do Distrito Federal, dos Territórios, de Autarquias, empresas públicas e
sociedades de economia mista, ou apresentar comprovante de exoneração ou dispensa do
outro cargo que ocupava, ou da função ou emprego que exerce, ou, ainda, nos casos de
acumulação legal, comprovante de ter sido a mesma julgada lícita pelo órgão competente.
Art. 21 - São competentes para dar posse:
I - o Governador do Estado, às autoridades que lhe são diretamente subordinadas;
II - os Secretários de Estado, aos dirigentes de repartições que lhes são diretamente
subordinadas;
III - os dirigentes das Secretarias Administrativas, ou unidades de administração geral
equivalente, da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas do Estado, e do Conselho de
Contas dos Municípios, aos seus funcionários, se de outra maneira não estabelecerem as
respectivas leis orgânicas e regimentos internos;

IV - o Diretor-Geral do órgão central do sistema de pessoal, aos demais funcionários da


Administração Direta;
V - os dirigentes das Autarquias, aos funcionários dessas entidades
Lei nº 9.826/74
RODRIGO CARDOSO
POSSE

Art. 22 - No ato da posse será apresentada declaração, pelo funcionário empossado, dos bens e
valores que constituem o seu patrimônio, nos termos da regulamentação própria.

Art. 23 - Poderá haver posse por procuração, quando se tratar de funcionário ausente do País ou
do Estado, ou, ainda, em casos especiais, a juízo da autoridade competente.

Obs: Posse é o fato que completa a investidura em cargo público

Art. 25 - A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias da publicação do ato de provimento no


órgão oficial.
Parágrafo único - A requerimento do funcionário ou de seu representante legal, a autoridade
competente para dar posse poderá prorrogar o prazo previsto neste artigo, até o máximo de
60(sessenta) dias contados do seu término.
(FUNECE 2017/UECE/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO) De acordo com o art. 19 da Lei
9826/74 (Estatuto dos funcionários Públicos Civis do Estado do Ceará), a posse é o fato
que completa a investidura em cargo público. Dentre os requisitos apresentados a
seguir, assinale o que NÃO é obrigatório para que o pretendente ao cargo público seja
empossado.

a) Estar no gozo dos direitos políticos.

b) Estar quite com as obrigações militares e eleitorais.

c) Ter-se habilitado previamente em concurso, exceto nos casos de nomeação para


cargo em comissão ou outra forma de provimento para a qual não se exija o concurso.

d) Gozar saúde, dispensada inspeção médica, na forma legal e regulamentar.


ESTÁGIO PROBATÓRIO

Art. 27 - Estágio probatório é o triênio de efetivo exercício no cargo de provimento


efetivo, contado
do início do exercício funcional, durante o qual é observado o atendimento dos
requisitos necessários à confirmação do servidor nomeado em virtude de concurso
público

§ 1º - Como condição para aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial


de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
§ 3º - Além de outros específicos indicados em lei ou regulamento, os requisitos de que
trata este artigo são os seguintes:
I - adaptação do servidor ao trabalho, verificada por meio de avaliação da capacidade e
qualidade no desempenho das atribuições do cargo;
II - equilíbrio emocional e capacidade de integração;
III - cumprimento dos deveres e obrigações do servidor público, inclusive com observância
da ética profissional.

§ 4º - O estágio probatório corresponderá a uma complementação do concurso público a


que se submeteu o servidor, devendo ser obrigatoriamente acompanhado e supervisionado
pelo Chefe Imediato.
*§ 5º - Durante o estágio probatório, os cursos de treinamento para formação
profissional ou aperfeiçoamento do servidor, promovidos gratuitamente pela
Administração, serão de participação obrigatória e o resultado obtido pelo servidor será
considerado por ocasião da avaliação especial de desempenho, tendo a reprovação
caráter eliminatório.
§ 11. O servidor em estágio probatório poderá exercer cargo de provimento em comissão ou função
de direção, chefia ou assessoramento no seu órgão ou entidade de origem, com função ou funções
similares ao cargo para o qual foi aprovado em concurso público, computando-se o tempo para
avaliação essencial de desempenho do estágio probatório. *Acrescido pela Lei nº 15.819, de
27.07.2015D.O. 30.07.2015

*§ 12. O servidor em estágio probatório poderá ser cedido para órgão da Administração Pública
direta ou indireta para exercer quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções de direção,
chefia ou assessoramento no âmbito Federal, Municipal ou Estadual, com ônus para o destino,
restando suspenso o computo do estágio probatório, voltando este a ser contado a partir do término
da cessão e, consequente retorno à origem. *Acrescido pela Lei nº 15.927, de 29.12.2015 - D.O.
30.12.2015
Julgue o item seguinte, de acordo com as disposições do Estatuto dos
Funcionários Públicos Civis do Estado do Ceará e do Plano de Cargos, Carreiras
e Vencimentos dos Servidores do Ministério Público do Estado do Ceará.

(CESPE 2020/MPE-CE/ANALISTA MINISTERIAL) É vedada a cessão de servidor


do estado do Ceará em estágio probatório para exercer cargo de provimento
em comissão ou função de direção, chefia ou assessoramento no âmbito
federal, municipal ou estadual.
ESTABILIDADE

Art. 29 – O ato administrativo declaratório da estabilidade do servidor no cargo de


provimento efetivo, após cumprimento do estágio probatório e aprovação na avaliação
especial de desempenho, será expedido pela autoridade competente para nomear,
retroagindo seus efeitos à data do término do período do estágio probatório.
Art. 41, CF. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados
para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação


especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
PERDO DO CARGO PUBLICO QUANDO ESTÁVEL (art. 41, § 1º)

O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998)

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 19, de 1998)

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei


complementar, assegurada ampla defesa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)
EXERCÍCIO
*Art. 31 - O início, a interrupção e o reinício do exercício das atribuições do cargo serão
registrados no cadastro individual do funcionário.

Art. 32 - Ao dirigente da repartição para onde for designado o funcionário compete dar-
lhe exercício.
Art. 33 - O exercício funcional terá início no prazo de trinta dias, contados da data:
I - da publicação oficial do ato, no caso de reintegração;
II - da posse, nos demais casos.
Art. 34 - O funcionário terá exercício na repartição onde for lotado o cargo por ele ocupado, não
podendo dela se afastar, salvo nos casos previstos em lei ou regulamento.
§ 1º - O afastamento não se prolongará por mais de quatro anos consecutivos, salvo:
I - quando para exercer as atribuições de cargo ou função de direção ou de Governo dos Estados, da
União, Distrito Federal, Territórios e Municípios e respectivas entidades da administração indireta;
II - quando à disposição da Presidência da República;
III - quando para exercer mandato eletivo, estadual, federal ou municipal, observado, quanto a este,
o disposto na legislação especial pertinente;
IV - quando convocado para serviço militar obrigatório;
V - quando se tratar de funcionário no gozo de licença para acompanhar o cônjuge.
Art. 36 - Para entrar em exercício, o funcionário é obrigado a apresentar ao órgão de
pessoal os elementos necessários à atualização de seu cadastro individual.
(FUNECE/UECE/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO) Considerando o Estatuto dos funcionários
Públicos Civis do Estado do Cear· (Lei 9826/74), assinale a afirmativa verdadeira.
a) O exercício funcional terá início no prazo de trinta dias, contados da data da publicação oficial
do ato, no caso de reintegração, e da data da posse, nos demais casos.
b) O funcionário terá exercício na repartição onde for lotado o cargo por ele ocupado, não
podendo dela se afastar em nenhuma hipótese.
c) Para entrar em exercício, é facultada ao funcionário a apresentação, ao órgão de pessoal, dos
elementos necessários á atualização de seu cadastro individual.
d) O afastamento do funcionário da repartição onde foi lotado nunca poderá se prolongar por
mais de quatro anos consecutivos.
Posse Prazo: 30 dias, podendo a autoridade
competente para dar posse, prorrogar o prazo
previsto, até o máximo de 60 (sessenta) dias
contados do seu término.
Exercício Prazo: 30 dias
Estágio probatório Prazo: 3 ANOS
Estabilidade Requisitos: 3 anos de efetivo exercício e ser
aprovado em avaliação especial
de desempenho.
Lei nº 9.826/74
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PROVIMENTO

Art. 9º - Os cargos públicos são providos por:

I - nomeação;

II - promoção;

V - reintegração;

VI - aproveitamento;

VII - reversão;
Súmula Vinculante 43

É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-


se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em
cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.
Art. 52 - A reintegração, que decorrerá de decisão administrativa ou judicial, é o
reingresso do funcionário no serviço administrativo, com ressarcimento dos
vencimentos relativos ao cargo. .

Art. 172, §2º, CCE Invalidada por sentença judicial a demissão de servidor estável, será
ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem
direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com
remuneração proporcional ao tempo de serviço.

Art. 55 - O funcionário reintegrado será submetido a inspeção médica e aposentado, se


julgado incapaz.
APROVEITAMENTO

Art. 56 - Aproveitamento é o retorno ao exercício do cargo do funcionário em


disponibilidade.

Art. 172, §3º, CCE Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável
ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu
adequado aproveitamento em outro cargo.
Art. 57 - A juízo e no interesse do Sistema Administrativo, os funcionários estáveis,
ocupantes de cargos extintos ou declarados desnecessários, poderão ser
compulsoriamente aproveitados em outros cargos compatíveis com a sua aptidão
funcional, mantido o vencimento do cargo, ou postos em disponibilidade nos termos do
art. 109, parágrafo único da Constituição do Estado.

§ 2º - Quando o aproveitamento ocorrer em cargo cujo vencimento for inferior ao do


anteriormente ocupado, o funcionário perceberá a diferença a título de vantagem
pessoal, incorporada ao vencimento para fins de progressão horizontal, disponibilidade
e aposentadoria.
REVERSÃO

Art. 60 - Reversão é o reingresso no Sistema Administrativo do aposentado por invalidez, quando


insubsistentes os motivos da aposentadoria.

Art. 61 - A reversão far-se-á de ofício ou a pedido, de preferência no mesmo cargo ou naquele em que se
tenha transformado, ou em cargo de vencimentos e atribuições equivalentes aos do cargo anteriormente
ocupado, atendido o requisito da habilitação profissional.

Parágrafo único - São condições essenciais para que a reversão se efetive:

a) que o aposentado não haja completado 60 (sessenta) anos de idade;

b) que o inativo seja julgado apto em inspeção médica;

c) que a Administração considere de interesse do Sistema Administrativo o reingresso do aposentado na


atividade.
LEI COMPLEMENTAR Nº 152, DE 3 DE DEZEMBRO DE 2015

Art. 2º Serão aposentados compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de


contribuição, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade:

I - os servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, incluídas suas autarquias e fundações;

II - os membros do Poder Judiciário;

III - os membros do Ministério Público;

IV - os membros das Defensorias Públicas;

V - os membros dos Tribunais e dos Conselhos de Contas.


PROMOÇÃO

Art. 48 - A promoção é a elevação do funcionário à classe imediatamente


superior àquela em que se encontra dentro da mesma série de classes na
categoria funcional a que pertencer.
Acerca de provimento e vacância de cargo, emprego ou função pública, julgue o
item seguinte.

(CESPE 2020/MPE-CE/ANALISTA MINISTERIAL) No provimento por reintegração,


o servidor, quando invalidada sua demissão por decisão administrativa ou judicial,
retorna ao cargo anteriormente ocupado, com ressarcimento de todas as
vantagens
A promoção é a elevação do
funcionário à classe imediatamente
Promoção superior àquela em que se encontra.

Reversão É o retorno à atividade de servidor


aposentado
Reintegração Anulação da demissão do servidor.
Aproveitamento Retorno do servidor que estava em
disponibilidade
REMOÇÃO

Art. 37 - Remoção é o deslocamento do funcionário de uma para outra unidade ou


entidade do Sistema Administrativo, processada de ofício ou a pedido do funcionário,
atendidos o interesse público e a conveniência administrativa

§ 1º - A remoção respeitará a lotação das unidades ou entidades administrativas


interessadas e será realiza- da, no âmbito de cada uma, pelos respectivos dirigentes e
chefes, conforme se dispuser em regulamento.
§ 2º - O funcionário estadual cujo cônjuge, também servidor público, for designado ex-
officio para ter exercício em outro ponto do território estadual ou nacional ou for
detentor de mandato eletivo, tem direito a ser removido ou posto à disposição da
unidade de serviço estadual que houver no lugar de domicílio do cônjuge ou em que
funcionar o órgão sede do mandato eletivo, com todos os direitos e vantagens do cargo.

Art. 38 - A remoção por permuta será processada a pedido escrito de ambos os


interessados e de acordo com as demais disposições deste Capítulo.
Julgue o item seguinte, de acordo com as disposições do Estatuto dos
Funcionários Públicos Civis do Estado do Ceará e do Plano de Cargos, Carreiras
e Vencimentos dos Servidores do Ministério Público do Estado do Ceará.

(CESPE 2020/MPE-CE/ANALISTA MINISTERIAL) A remoção de servidor do


Ministério Público do Estado do Ceará, realizada de ofício e no interesse da
administração pública, está condicionada à existência de vagas na unidade
para a qual o servidor será removido.
SUBSTITUIÇÃO

Art. 39 - Haverá substituição nos casos de impedimento legal ou afastamento de titular de cargo
em comissão.

Art. 40 - A substituição será automática ou dependerá de nomeação.

§ 2º - Quando depender de ato da administração, o substituto será nomeado pelo Governador,


Presidente da Assembleia, Presidente do Tribunal de Contas, Presidente do Conselho de Contas
dos Municípios, ou dirigente autárquico, conforme o caso.
§ 3º - A substituição, nos termos dos parágrafos anteriores, será gratuita, salvo se exceder de 30
dias, quando então será remunerada por todo o período.

Art. 41 - Em caso de vacância do cargo em comissão e até seu provimento, poderá ser
designado, pela autoridade imediatamente superior, um funcionário para responder pelo
expediente.

Parágrafo único - Ao responsável pelo expediente se aplicam as disposições do art. 40, § 3º.

Art. 42 - Pelo tempo da substituição remunerada, o substituto perceberá o vencimento e a


gratificação de representação do cargo, ressalvado o caso de opção, vedada, porém, a
percepção cumulativa de vencimento, gratificações e vantagens
VACÂNCIA DOS CARGOS

Art. 62 - A vacância do cargo resultará de:

I - exoneração;

II – demissão

IV - aposentadoria;

V - falecimento.
Art. 63 - Dar-se-á exoneração:

I - a pedido do funcionário;

II - de ofício, nos seguintes casos:

a) quando se tratar de cargo em comissão;

b) quando se tratar de posse em outro cargo ou emprego da União, do Estado, do Município, do Distrito
Federal, dos Territórios, de Autarquia, de Empresas Públicas ou de Sociedade de Economia Mista,
ressalvados os casos de substituição, cargo de Governo ou de direção, cargo em comissão e acumulação
legal desde que, no ato de provimento, seja mencionada esta circunstância;

c) na hipótese do não atendimento do prazo para início de exercício, de que trata o artigo 33;

d) na hipótese do não cumprimento dos requisitos do estágio, nos termos do art. 27.
(CESPE 2022/TÉCNICO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO) A
exoneração causa a vacância do cargo público e ocorre
exclusivamente a pedido do servidor.
(CESPE 2019/CGE-CE/ANALISTA) De acordo com o Estatuto dos Funcionários
Públicos Civis do Estado do Ceará, a vacância de cargo público resultará de

a)readaptação.

b)posse em outro cargo não cumulável.

c)falecimento.

d)reversão.

e)mudança de domicílio.
DAS FÉRIAS

Art. 78 - O funcionário gozará trinta dias consecutivos, ou não, de férias por ano, de
acordo com a escala organizada pelo dirigente da Unidade Administrativa, na forma
do regulamento.

§ 2º - O funcionário não poderá gozar, por ano, mais de dois períodos de férias.

§ 3º - O funcionário terá direito a férias após cada ano de exercício no Sistema


Administrativo.

§ 4º - É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.


DAS LICENÇAS

Art. 80 - Será licenciado o funcionário:

I - para tratamento de saúde;

II - por acidente no trabalho, agressão não provocada e doença profissional;

III - por motivo de doença em pessoa da família;

IV - quando gestante;

V - para serviço militar obrigatório;

VI - para acompanhar o cônjuge;

VII - em caráter especial. (revogada pela Lei nº 12.913/99)


Art. 81 - A licença dependente de inspeção médica terá a duração que for indicada
no respectivo laudo.

§ 1º - Findo esse prazo, o paciente será submetido a nova inspeção, devendo o


laudo concluir pela volta do funcionário ao exercício, pela prorrogação da licença
ou, se for o caso, pela aposentadoria.

§ 2º - Terminada a licença o funcionário reassumirá imediatamente o exercício.

Art. 83 - A licença gozada dentro de sessenta dias, contados da determinação da


anterior será considerada como prorrogação.
Art. 84 - O funcionário não poderá permanecer em licença por prazo superior a
vinte e quatro meses, salvo nos casos dos itens II, III, V e VI do art. 80, deste
Estatuto.

II - por acidente no trabalho, agressão não provocada e doença profissional;

III - por motivo de doença em pessoa da família;

V - para serviço militar obrigatório;

VI - para acompanhar o cônjuge;


LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE

Art. 88 - A licença para tratamento de saúde precederá a inspeção médica, nos


termos do Regulamento.

Art. 89 – O servidor será compulsoriamente licenciado quando sofrer uma dessas


doenças graves, contagiosas ou incuráveis: tuberculose ativa, alienação mental,
neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante,
cardiopatia grave, doença de Parkson, espondiloartrose anquilosante, epilepsia
vera, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteite deformante),
síndrome da deficiencia imunológica adquirida – Aids, contaminação por radiação,
com base em conclusão da medicina especializada, hepatopatia e outras que
forem disciplinadas em Lei.
Art. 91 - Expirado o prazo de licença previsto no laudo médico, o funcionário será
submetido a nova inspeção, e aposentado, se for julgado inválido.

Art. 92 - No processamento das licenças para tratamento de saúde será observado


sigilo no que diz respeito aos laudos médicos.

Art. 93 - No curso da licença, o funcionário abster-se-á de qualquer atividade


remunerada, sob pena de interrupção imediata da mesma licença, com perda total
dos vencimentos, até que reassuma o exercício.
Art. 94 - O funcionário não poderá recusar a inspeção médica determinada pela
autoridade competente, sob pena de suspensão do pagamento dos vencimentos,
até que seja realizado exame.

Art. 95 - Considerado apto em inspeção médica, o funcionário reassumirá o


exercício imediatamente, sob pena de se apurarem como faltas os dias de
ausência.

Art. 96 - No curso da licença poderá o funcionário requerer inspeção médica, caso


se julgue em condições de reassumir o exercício.

Art. 97 - Serão integrais os vencimentos do funcionário licenciado para tratamento


de saúde.

Obs: suspende a contagem do estágio probatório (art. 27, §10).


DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA

Art. 99 – O servidor poderá ser licenciado por motivo de doença na pessoa dos
pais, filhos, cônjuge do qual não esteja separado e de companheiro(a), desde que
prove ser indispensável a sua assistência pessoal e esta não possa ser prestada
simultaneamente com exercício funcional

§ 1º - Provar-se-á a doença mediante inspeção médica realizada conforme as


exigências contidas neste Estatuto quanto à licença para tratamento de saúde.

§ 3° - O funcionário licenciado, nos termos desta seção, perceberá vencimentos


integrais até 6 (seis) meses.

Obs: não é permitida no período do estágio probatório.


DA LICENÇA À GESTANTE

*Art. 100 – Fica garantida a possibilidade de prorrogação, por mais 60 (sessenta)


dias, da licença- -maternidade, prevista nos art. 7º, inciso XVIII, e 39, §3º, da
Constituição Federal destinada às servidoras públicas estaduais.

§1° - A prorrogação de que trata este artigo será assegurada à servidora estadual
mediante requerimento efetivado até o final do primeiro mês após o parto, e
concedida imediatamente após a fruição da licença-maternidade de que trata o art.
7º, inciso XVIII, da Constituição Federal.(NR)

§ 2° - Durante o período de prorrogação da licença-maternidade, a servidora


estadual terá direito à sua remuneração integral.
§3° - É vedado durante a prorrogação da licença-maternidade tratada neste artigo
o exercício de qualquer atividade remunerada Pela servidora beneficiária, e a
criança não poderá ser mantida em creches ou organização similar, sob pena da
perda do direito do benefício e conseqüente apuração da responsabilidade
funcional.(NR)

§ 4º O pagamento dos vencimentos da servidora em licença-maternidade, inclusive


no período de prorrogação, é mantido por recursos do respectivo órgão de origem.
DA LICENÇA PARA SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO

Art. 101 - O funcionário que for convocado para o serviço militar será licenciado com
vencimentos integrais, ressalvado o direito de opção pela retribuição financeira do
serviço militar.

§1° - Ao servidor desincorporado conceder-se-á prazo não excedente a 30 (trinta) dias


para que reassuma o exercício do cargo, sem perda de vencimentos.

Obs: suspende a contagem do estágio probatório (art. 27, §10).


Teses de Repercussão Geral

RE 778889 - Os prazos da licença adotante não podem ser inferiores aos prazos
da licença gestante, o mesmo valendo para as respectivas prorrogações. Em
relação à licença adotante, não é possível fixar prazos diversos em função da
idade da criança adotada.
DA LICENÇA PARA SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO

Art. 101 - O funcionário que for convocado para o serviço militar será licenciado com
vencimentos integrais, ressalvado o direito de opção pela retribuição financeira do
serviço militar.

§1° - Ao servidor desincorporado conceder-se-á prazo não excedente a 30 (trinta) dias


para que reassuma o exercício do cargo, sem perda de vencimentos.

Obs: suspende a contagem do estágio probatório (art. 27, §10).


DA LICENÇA DO FUNCIONÁRIO PARA ACOMPANHAR O CÔNJUGE

Art. 103 - O funcionário terá direito a licença sem vencimento, para acompanhar o
cônjuge, também servidor público, quando, de ofício, for mandado servir em outro
ponto do Estado, do Território Nacional, ou no Exterior.

§ 1º - A licença dependerá do requerimento devidamente instruído, admitida a


renovação, independentemente de reassunção do exercício.

§ 2º - Finda a causa da licença, o funcionário retornará ao exercício de suas funções, no


prazo de trinta dias, após o qual sua ausência será considerada abandono de cargo.
§ 3º - Existindo no novo local de residência repartição estadual, o funcionário nela será
lotado, enquanto durar a sua permanência ali.

Art. 104 - Nas mesmas condições estabelecidas no artigo anterior o funcionário será
licenciado quando o outro cônjuge esteja no exercício de mandato eletivo fora de sua
sede funcional.

Obs: não é permitida no período do estágio probatório.


Art. 27, § 6º Fica vedada qualquer espécie de afastamento dos servidores em estágio probatório,
ressalvados os casos previstos nos incisos I, II, III, IV, V, VI, VIII, IX, X, XII, XIII, XV, XVI, XVII e XXI do art.
68 da Lei nº 9.826, de 14 de maio de 1974.” (NR)

Art. 68 - Será considerado de efetivo exercício o afastamento em virtude de:

I - férias;

II - casamento, até oito dias;

III - luto, até oito dias, por falecimento de cônjuge ou companheiro, parentes, consanguíneos ou
afins, até o 2º grau, inclusive madrasta, padrasto e pais adotivos;

IV - luto, até dois dias, por falecimento de tio e cunhado;

V - exercício das atribuições de outro cargo estadual de provimento em comissão, inclusive da


Administração Indireta do Estado; (suspende)
VI - convocação para o Serviço Militar; (suspende)

VIII - desempenho de função eletiva federal, estadual ou municipal, observada quanto a


esta, a legislação pertinente; (suspende)

IX - exercício das atribuições de cargo ou função de Governo ou direção, por nomeação


do Governador do Estado; (suspende)

X - licença por acidente no trabalho, agressão não provocada ou doença profissional; XI -


licença especial; (suspende)

XII - licença à funcionária gestante;


XIII - licença para tratamento de saúde; (suspende)

XV - doença, devidamente comprovada, até 36 dias por ano e não mais de 3 (três) dias
por mês; (suspende)

XVI - missão ou estudo noutras partes do território nacional ou no estrangeiro, quando o


afastamento houver sido expressamente autorizado pelo Governador do Estado, ou
pelos Chefes dos Poderes Legislativo e Judiciário;

XVII - decorrente de período de trânsito, de viagem do funcionário que mudar de sede,


contado da data do desligamento e até o máximo de 15 dias;
Das Autorizações

Art. 110 - Os dirigentes do Sistema Administrativo Estadual autorizarão o funcionário a


se afastar do exercício funcional de acordo com o disposto em Regulamento:

I - sem prejuízo dos vencimentos quando:

a) for estudante, para incentivo à sua formação profissional e dentro dos limites
estabelecidos neste Estatuto;

b) for estudar em outro ponto do território nacional ou no estrangeiro;

c) por motivo de casamento, até o máximo de 8 (oito) dias;


d) por motivo de luto até 8 (oito) dias, em decorrência de falecimento de cônjuge ou
companheiro, parentes consanguíneos ou afins, até o 2º grau, inclusive madrasta,
padrasto e pais adotivos;

e) por luto, até 2 (dois) dias, por falecimento de tio e cunhado;

f) for realizar missão oficial em outro ponto do território nacional ou no estrangeiro.


II - sem direito à percepção dos vencimentos, quando se tratar de afastamento para
trato de interesses particulares;

§1° - Nos casos previstos nas alíneas a e b, o servidor só poderá solicitar exoneração
após o seu retorno, desde que trabalhe no mínimo o dobro do tempo em que esteve
afastado, ou reembolse o montante corrigido monetariamente que o Estado
desembolsou durante seu afastamento

*§ 2° - Os dirigentes do Sistema Administrativo Estadual poderão, ainda, autorizar o


servidor, ocupante do cargo efetivo ou em comissão, a integrar ou assessorar comissões,
grupos de trabalho ou programas, com ou sem afastamento do exercício funcional e sem
prejuízo dos vencimentos.
Das Autorizações para Incentivo à Formação Profissional do Funcionário

Art. 111 - Poderá ser autorizado o afastamento, até duas horas diárias, ao funcionário
que frequente curso regular de 1º e 2º graus ou de ensino superior.

Art. 112 - Será autorizado o afastamento do exercício funcional nos dias em que o
funcionário tiver que prestar exames para ingresso em curso regular de ensino, ou que,
estudante, se submeter a provas.
Do Afastamento para o Trato de Interesses Particulares

Art. 115 – Depois de três anos de efetivo exercício e após declaração de aquisição de
estabilidade no cargo de provimento efetivo, o servidor poderá obter autorização de
afastamento para tratar de interesses particulares, por um período não superior a
quatro anos e sem percepção de remuneração

Art. 117 - O funcionário poderá, a qualquer tempo, desistir da autorização concedida,


reassumindo o exercício das atribuições do seu cargo.
Art. 118 - Quando o interesse do Sistema Administrativo o exigir, a autorização poderá
ser cassada, a juízo da autoridade competente, devendo, neste caso, o funcionário ser
expressamente notificado para apresentar-se ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias,
prorrogável por igual período, findo o qual caracterizar-se-á o abandono do cargo.

Art. 119 - A autorização para afastamento do exercício para o trato de interesses


particulares somente poderá ser prorrogada por período necessário para complementar
o prazo previsto no art. 115 deste Estatuto.

Art. 120. O funcionário somente poderá receber nova autorização para o afastamento
previsto nesta Seção após decorrido pelo menos um ano do efetivo exercício, contado
da data em que reassumiu, em decorrência do término do prazo autorizado ou por
motivo de desistência ou de cassação da autorização concedida. (LEI N.º 15.744, DE
29.12.14)
Da Retribuição

Art. 121 - Todo funcionário, em razão do vínculo que mantém com o Sistema
Administrativo Estadual, tem direito a uma retribuição pecuniária, na forma deste
Estatuto.

Art. 122 - As formas de retribuição são as seguintes:

I - vencimento;

II - ajuda de custo;

III - diária;

V - gratificações.
§ 3º - A retribuição pecuniária atribuída ao funcionário não sofrerá descontos além dos
previstos expressamente em lei, nem serão objetos de arresto, sequestro ou penhora,
salvo quando se tratar de:

► prestação de alimentos determinada judicialmente;

► reposição de indenização devida à Fazenda Estadual;

§ 4º - As reposições e indenizações devidas à Fazenda Pública Estadual serão


descontadas em parcelas mensais, não excedentes da décima parte da remuneração do
servidor, assim entendida como o vencimento base, acrescido das vantagens fixas e de
caráter pessoal.
Do Vencimento

Art. 123 - Considera-se vencimento a retribuição correspondente ao padrão, nível ou


símbolo do cargo a que esteja vinculado o funcionário, em razão do efetivo exercício de
função pública.

Art. 124 - O funcionário perderá:

II - o vencimento do cargo efetivo, quando no exercício de mandato eletivo, federal ou


estadual;

III - o vencimento do cargo efetivo, quando dele afastado para exercer mandato eletivo
municipal remunerado;
Art. 38, CF. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no
exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu
cargo, emprego ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função,
sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários,
perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração
do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso
anterior;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por
merecimento;
IV - o vencimento do dia, se não comparecer ao serviço, salvo motivo legal ou doença
comprovada, de acordo com o disposto neste Estatuto;

V - um terço do vencimento do dia, se comparecer ao serviço dentro da hora seguinte à


fixação para o início do expediente, quando se retirar antes de findo o período de
trabalho;

VI - um terço do vencimento, durante o afastamento por motivo de prisão


administrativa, prisão preventiva, pronúncia por crime comum, denúncia por crime
funcional ou condenação por crime inafiançável em processo no qual não haja
pronúncia, tendo direito à diferença, se absolvido;
Da Ajuda de Custo

Art. 125 - Será concedida ajuda de custo ao funcionário que for designado, de ofício,
para ter exercício em nova sede, mesmo fora do Estado.

Parágrafo único - A ajuda de custo destina-se à indenização das despesas de viagem e de


nova instalação do funcionário.

Art. 126 - A ajuda de custo não excederá de três meses de vencimentos, salvo nos casos
de designação do funcionário para:

a) ter exercício fora do Estado;

b) serviço fora do Estado.


Parágrafo único - A ajuda de custo será arbitrada, dentro das respectivas áreas de
competência, pelo Governador do Estado, Presidente da Assembleia Legislativa, do
Tribunal de Justiça, do Tribunal de Contas, do Conselho de Contas dos Municípios e das
Autarquias.
Art. 128 - O funcionário restituirá a ajuda de custo:

I - quando não se transportar para a nova sede no prazo determinado;

II - quando, antes de terminada a incumbência, regressar, pedir exoneração ou


abandonar o serviço.

§ 1º - A restituição é de exclusiva responsabilidade pessoal e poderá ser feita


parceladamente.

§ 2º - Não haverá obrigação de restituir, quando o regresso do funcionário for


determinado de ofício ou por doença comprovada, ou quando o mesmo for exonerado a
pedido, após 90 (noventa) dias de exercício na nova sede.
Diárias

Art. 129 - Ao funcionário que se deslocar da sua repartição em objeto de serviço,


conceder-se-á diária a título de indenização das despesas de alimentação e
hospedagem, na forma do Regulamento.

Art. 130 - O funcionário que receber diária indevida será obrigado a restituí-la de uma só
vez, ficando, ainda, sujeito à punição disciplinar.
Das Gratificações

Art. 132 - Ao funcionário conceder-se-á gratificação em virtude de:

I - prestação de serviços extraordinários;

II - representação de Gabinete;

III - exercício funcional em determinados locais;

IV - execução de trabalho relevante, técnico ou científico;

V - serviço ou estudo fora do Estado ou do País;

VI - execução de trabalho em condições especiais, inclusive com risco de vida ou saúde;


VII - participação em órgão de deliberação coletiva;

VIII - participação em comissão examinadora de concurso;

IX - exercício de magistério, em regime de tempo complementar; ou em cursos especiais,


legalmente instituídos, inclusive para treinamento de funcionários;

X - representação;

XI - regime de tempo integral;

XII - de aumento de produtividade;

XIII - exercício em órgãos fazendários.


Gratificação pela prestação de serviço extraordinário

Art. 133 - A gratificação pela prestação de serviço extraordinário é a retribuição de serviço cuja
execução exija dedicação além do expediente normal a que estiver sujeito o servidor e será paga
proporcionalmente:

I - por hora de trabalho adicional; ou,

II - por tarefa especial, levando-se em conta estimativa do número de dias e de horas necessários
para sua realização.

§ 1º - O valor da hora de trabalho adicional será 50% (cinquenta por cento) maior que o da hora
normal de trabalho, apurado através da divisão do valor da remuneração mensal do servidor por
30 (trinta) e este resultado pelo número de horas correspondentes à carga horária ou regime do
servidor.
*Art. 136 - A gratificação pela execução de trabalho em condições especiais, inclusive
com risco de vida ou de saúde, será atribuída pelos dirigentes do Sistema Administrativo
Estadual, observado o disposto em Regulamento.
Art. 137 - A gratificação de representação é uma indenização atribuída aos ocupantes de
cargos em comissão e outros que a lei determinar, tendo em vista despesas de natureza
social e profissional determinadas pelo exercício funcional.
Art. 138 - A gratificação por regime de tempo integral, que se destina ao incremento das
atividades de investigação científica, ou tecnológica, e aumento da produtividade, no
Sistema Administrativo Estadual, será objeto de regulamentação específica.

Art. 139 - A gratificação de produtividade destina-se a incentivar o aumento de


arrecadação dos tributos estaduais, devendo ser objeto de Regulamentação.
Lei nº 9.826/74
RODRIGO CARDOSO
TEMPO DE SERVIÇO

Art. 67 - Tempo de serviço, para os efeitos deste Estatuto, compreende o período de


efetivo exercício das atribuições de cargo ou emprego público.

Art. 68 - Será considerado de efetivo exercício o afastamento em virtude de:

I - férias;

II - casamento, até oito dias;

III - luto, até oito dias, por falecimento de cônjuge ou companheiro, parentes,
consanguíneos ou afins, até o 2º grau, inclusive madrasta, padrasto e pais adotivos;

IV - luto, até dois dias, por falecimento de tio e cunhado;


V - exercício das atribuições de outro cargo estadual de provimento em comissão,
inclusive da Administração Indireta do Estado;

VI - convocação para o Serviço Militar;

VII - júri e outros serviços obrigatórios;

VIII - desempenho de função eletiva federal, estadual ou municipal, observada quanto a


esta, a legislação pertinente;

IX - exercício das atribuições de cargo ou função de Governo ou direção, por nomeação


do Governador do Estado;
X - licença por acidente no trabalho, agressão não provocada ou doença profissional;

XII - licença à funcionária gestante;

XIII - licença para tratamento de saúde;

XIV - licença para tratamento de moléstias que impossibilitem o funcionário definitivamente para o
trabalho, nos termos em que estabelecer Decreto do Chefe do Poder Executivo;

XV - doença, devidamente comprovada, até 36 dias por ano e não mais de 3 (três) dias por mês;

XVI - missão ou estudo noutras partes do território nacional ou no estrangeiro, quando o afastamento
houver sido expressamente autorizado pelo Governador do Estado, ou pelos Chefes dos Poderes
Legislativo e Judiciário;

XVII - decorrente de período de trânsito, de viagem do funcionário que mudar de sede, contado da data do
desligamento e até o máximo de 15 dias;
Art. 69 – Será computado para efeito de disponibilidade e aposentadoria:

I - o tempo de contribuição para o Regime Geral de Previdência Social – RGPS, bem como para os Regimes
Próprios de Previdência Social – RPPS;

a) o tempo de serviço público federal, estadual ou municipal;

b) o período de serviço ativo das Forças Armadas prestado durante a paz;

c) o tempo de serviço prestado, sob qualquer forma de admissão, desde que remunerado pelos cofres
públicos;

d) o tempo de serviço prestado em Autarquia, Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista, nas
órbitas federal, estadual e municipal;

f) o tempo da aposentadoria, desde que ocorra reversão;


Direito de Petição

Art. 141 - É assegurado ao funcionário e ao aposentado o direito de requerer,


representar, pedir reconsideração e recorrer.

Art. 142 - A petição será dirigida à autoridade competente para decidir do pedido e
encaminhada por intermédio daquela a quem estiver imediatamente subordinado o
requerente se for o caso.

Art. 143 - O direito de pedir reconsideração, que será exercido perante a autoridade que
houver expedido o ato, ou proferido a primeira decisão, decairá após 60 (sessenta) dias
da ciência do ato pelo peticionante, ou de sua publicação quando esta for obrigatória.
§ 1º - O requerimento e o pedido de reconsideração de que tratam os artigos anteriores
deverão ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro de 30 dias
improrrogáveis.

§ 2º - É vedado repetir pedido de reconsideração ou recurso perante a mesma


autoridade.
Art. 144 - Caberá recurso:

I - do indeferimento do pedido de reconsideração;

II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos, nos termos do § 1º deste


artigo.

§ 1º - O recurso, interposto, perante a autoridade que tiver praticado o ato ou proferido a


decisão, será dirigido à autoridade imediatamente superior e, sucessivamente, em
escala ascendente, às demais autoridades.
Art. 145 - O pedido de reconsideração e o recurso não têm efeito suspensivo, salvo
disposição em contrário, e o que for provido retroagirá, nos efeitos, à data do ato
impugnado.

Art. 146 - O direito de pleitear na esfera administrativa prescreverá em 120 (cento e vinte)
dias, salvo estipulação em contrário, prevista expressamente em lei ou regulamento.

Art. 147 - Os prazos estabelecidos neste Capítulo são fatais e improrrogáveis, e o pedido
de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição.
DO REGIME DISCIPLINAR CAPÍTULO

DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 174 - O funcionário público é administrativamente responsável, perante seus superiores


hierárquicos, pelos ilícitos que cometer.

Art. 175 - Considera-se ilícito administrativo a conduta comissiva ou omissiva, do funcionário, que
importe em violação de dever geral ou especial, ou de proibição, fixado neste Estatuto e em sua
legislação complementar, ou que constitua comportamento incompatível com o decoro funcional ou
social.

Parágrafo único - O ilícito administrativo é punível, independentemente de acarretar resultado


perturbador do serviço estadual.
Art. 176 - A apuração da responsabilidade funcional será promovida, de ofício, ou
mediante representação, pela autoridade de maior hierarquia no órgão ou na entidade
administrativa em que tiver ocorrido a irregularidade. Se se tratar de ilícito
administrativo praticado fora do local de trabalho, a apuração da responsabilidade será
promovida pela autoridade de maior hierarquia no órgão ou na entidade a que
pertencer o funcionário a quem se imputar a prática da irregularidade.

Parágrafo único - Se se imputar a prática do ilícito a vários funcionários lotados em


órgãos diversos do Poder Executivo, a competência para determinar a apuração da
responsabilidade caberá ao Governador do Estado.
Art. 177 - A responsabilidade civil decorre de conduta funcional, comissiva ou omissiva,
dolosa ou culposa, que acarrete prejuízo para o patrimônio do Estado, de suas entidades
ou de terceiros.

§1º - A indenização de prejuízo causado ao Estado ou às suas entidades, no que exceder


os limites da fiança, quando for o caso, será liquidada mediante prestações mensais
descontadas em folha de pagamento, não excedentes da décima parte do vencimento, à
falta de outros bens que respondam pelo ressarcimento.

§2º - Em caso de prejuízo a terceiro, o funcionário responderá perante o Estado ou suas


entidades, através de ação regressiva proposta depois de transitar em julgado a decisão
judicial, que houver condenado a Fazenda Pública a indenizar o terceiro prejudicado.
Art. 178 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados, por
lei, ao funcionário, nesta qualidade.

Art. 179 - São independentes as instâncias administrativas civil e penal, e cumuláveis as


respectivas cominações.

§2º - A apuração da responsabilidade funcional será feita através de sindicância ou de


inquérito.
Lei nº 9.826/74
RODRIGO CARDOSO
Art. 182 - O direito ao exercício do poder disciplinar prescreve passados cinco anos da
data em que o ilícito tiver ocorrido.

Parágrafo único - São imprescritíveis o ilícito de abandono de cargo e a respectiva


sanção.

ART. 199, § 1° - Considera-se abandono de cargo a deliberada ausência ao serviço, sem


justa causa, por trinta (30) dias consecutivos ou 60 (sessenta) dias, interpoladamente,
durante 12 (doze) meses.
Art. 183 - O inquérito administrativo para apuração da responsabilidade do funcionário
produzirá, preliminarmente, os seguintes efeitos:

I - afastamento do funcionário indiciado de seu cargo ou função, nos casos de prisão


preventiva ou prisão administrativa;

II - sobrestamento do processo de aposentadoria voluntária;

III - proibição do afastamento do exercício, salvo o caso do item I deste artigo;

IV - proibição de concessão de licença, ou o seu sobrestamento, salvo a concedida por


motivo de saúde;

V - cessação da disposição, com retorno do funcionário ao seu órgão de origem.


Art. 184 - Assegurar-se-á ao funcionário, no procedimento disciplinar, ampla defesa, consistente,
sobretudo: *Ver art. 5º, inciso LV, da Constituição Federal.

I - no direito de prestar depoimento sobre a imputação que lhe é feita e sobre os fatos que a
geraram;

II - no direito de apresentar razões preliminares e finais, por escrito, nos termos deste Estatuto;

III - no direito de ser defendido por advogado, de sua indicação, ou por defensor público,
também advogado, designado pela autoridade competente;

IV - no direito de arrolar e inquirir, reinquirir e contraditar testemunhas, e requerer acareações;


V - no direito de requerer todas as provas em direito permitidas, inclusive as de natureza
pericial;

VI - no direito de arguir prescrição;

VII - no direito de levantar suspeições e arguir impedimentos.


Art. 185 - A defesa do funcionário no procedimento disciplinar, que é de natureza
contraditória, é privativa de advogado, que a exercitará nos termos deste Estatuto e nos
da legislação federal pertinente (Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil).

Súmula Vinculante 5

A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não


ofende a Constituição.
Art. 188 - A inobservância de qualquer dos preceitos deste Capítulo relativos à forma do
procedimento, à competência e ao direito de ampla defesa acarretará a nulidade do
procedimento disciplinar.

DOS DEVERES

Art. 190 - Os deveres do funcionário são gerais, quando fixados neste Estatuto e
legislação complementar, e especiais, quando fixados tendo em vista as peculiaridades
das atribuições funcionais.

Art. 191 - São deveres gerais do funcionário:

I - lealdade e respeito às instituições constitucionais e administrativas a que servir; II -


observância das normas constitucionais, legais e regulamentares;
III - obediência às ordens de seus superiores hierárquicos;

IV - continência de comportamento, tendo em vista o decoro funcional e social;

V - levar, por escrito, ao conhecimento da autoridade superior irregularidades administrativas de


que tiver ciência em razão do cargo que ocupa, ou da função que exerça;

VI - assiduidade;

VII - pontualidade;

VIII - urbanidade;

IX - discrição;
X - guardar sigilo sobre a documentação e os assuntos de natureza reservada de que
tenha conhecimento em razão do cargo que ocupa, ou da função que exerça;

XI - zelar pela economia e conservação do material que lhe for confiado;

XII - atender às notificações para depor ou realizar perícias ou vistorias, tendo em vista
procedimentos disciplinares;

XIII - atender, nos prazos de lei ou regulamentares, as requisições para defesa da


Fazenda Pública;

XIV - atender, nos prazos que lhe forem assinados por lei ou regulamento, os
requerimentos de certidões para defesa de direitos e esclarecimentos de situações;
XV - providenciar para que esteja sempre em ordem, no assentamento individual, sua
declaração de família;

XVI - atender, prontamente, e na medida de sua competência, os pedidos de informação


do Poder Legislativo e às requisições do Poder Judiciário;

XVII - cumprir, na medida de sua competência, as decisões judiciais ou facilitar-lhes a


execução.
Art. 192 - O funcionário deixará de cumprir ordem de autoridade superior quando:

I - a autoridade de quem emanar a ordem for incompetente;

II - não se contiver a ordem na área da competência do órgão a que servir o funcionário


seu destinatário, ou não se referir a nenhuma das atribuições do servidor;

III - for a ordem expedida sem a forma exigida por lei;

IV - não tiver sido a ordem publicada, quando tal formalidade for essencial à sua
validade;
V - não tiver a ordem como causa uma necessidade administrativa ou pública, ou visar a fins não
estipulados na regra de competência da autoridade da qual promanou ou do funcionário a
quem se dirige;

VI - a ordem configurar abuso ou excesso de poder ou de autoridade.

§ 1º - Em qualquer dos casos referidos neste artigo, o funcionário representará contra a ordem,
fundamentadamente, à autoridade imediatamente superior a que ordenou.

§ 2º - Se se tratar de ordem emanada do Presidente da Assembleia Legislativa, do Chefe do Poder


Executivo, do Presidente do Tribunal de Contas e do Presidente do Conselho de Contas dos
Municípios, o funcionário justificará perante essas autoridades a escusa da obediência.
PROIBIÇÕES

Art. 193 - Ao funcionário é proibido:

I - salvo as exceções constitucionais pertinentes, acumular cargos, funções e empregos


públicos remunerados, inclusive nas entidades da Administração Indireta (autarquias,
empresas públicas e sociedades de economia mista);

II - referir-se de modo depreciativo às autoridades em qualquer ato funcional que


praticar, ressalvado o direito de crítica doutrinária aos atos e fatos administrativos,
inclusive em trabalho público e assinado;
III - retirar, modificar ou substituir qualquer documento oficial, com o fim de constituir
direito ou obrigação, ou de alterar a verdade dos fatos, bem como apresentar
documento falso com a mesma finalidade;

IV - valer-se do exercício funcional para lograr proveito ilícito para si, ou para outrem; V -
promover manifestação de desapreço ou fazer circular ou subscrever lista de donativos,
no recinto do trabalho;

VI - coagir ou aliciar subordinados com objetivos político-partidários;

VII - participar de diretoria, gerência, administração, conselho técnico ou administrativo,


de empresa ou sociedades mercantis;
VIII - pleitear, como procurador ou intermediário, junto aos órgãos e entidades
estaduais, salvo quando se tratar de percepção de vencimentos, proventos ou
vantagens de parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau civil;

IX - praticar a usura;

X - receber propinas, vantagens ou comissões pela prática de atos de oficio;

XI - revelar fato de natureza sigilosa, de que tenha ciência em razão do cargo ou função,
salvo quando se tratar de depoimento em processo judicial, policial ou administrativo;

XII - cometer a outrem, salvo os casos previstos em lei ou ato administrativo, o


desempenho de sua atividade funcional;
XIII - entreter-se, nos locais e horas de trabalho, com atividades estranhas às relacionadas com as suas
atribuições, causando prejuízos a estas;

XIV - deixar de comparecer ao trabalho sem causa justificada;

XV - ser comerciante;

XVI - contratar com o Estado, ou suas entidades, salvo os casos de prestação de serviços técnicos ou
científicos, inclusive os de magistério em caráter eventual;

XVII - empregar bens do Estado e de suas entidades em serviço particular;

XVIII - atender pessoas estranhas ao serviço, no local de trabalho, para o trato de assuntos particulares;

XIX - retirar bens de órgãos ou entidades estaduais, salvo quando autorizado pelo superior hierárquico e
desde que para atender a interesse público.
Art. 194 - É ressalvado ao funcionário o direito de acumular cargo, funções e empregos
remunerados, nos casos excepcionais da Constituição Federal.

§1º - Verificada, em inquérito administrativo, acumulação proibida e provada a boa-fé, o


funcionário optará por um dos cargos, funções ou empregos, não ficando obrigado a
restituir o que houver percebido durante o período da acumulação vedada.

§2º - Provada a má-fé, o funcionário perderá os cargos, funções ou empregos


acumulados ilicitamente devolvendo ao Estado o que houver percebido no período da
acumulação.
Art. 195 - O aposentado compulsoriamente ou por invalidez não poderá acumular seus
proventos com a ocupação de cargo ou o exercício de função ou emprego público.
Parágrafo único - Não se compreendem na proibição de acumular nem estão sujeitos a
quaisquer limites:

I - a percepção conjunta de pensões civis e militares;

II - a percepção de pensões com vencimento ou salário;

III - a percepção de pensões com vencimentos de disponibilidade e proventos de


aposentadoria e reforma;

IV - a percepção de proventos, quando resultantes de cargos legalmente acumuláveis.


DAS SANÇÕES DISCIPLINARES E SEUS EFEITOS

Art. 196 - As sanções aplicáveis ao funcionário são as seguintes:

I - repreensão;

II - suspensão;

III - multa;

IV - demissão;

V - cassação de disponibilidade;

VI - cassação de aposentadoria.
Art. 198 - Aplicar-se-á a suspensão, através de ato escrito, por prazo não superior a 90
(noventa) dias, nos casos de reincidência de falta leve, e nos de ilícito grave, salvo a
expressa cominação, por lei, de outro tipo de sanção.

Parágrafo único - Por conveniência do serviço, a suspensão poderá ser convertida em


multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento, obrigado, neste
caso, o funcionário a permanecer em exercício.
Art. 199. A demissão será aplicada nos seguintes: (Redação dada pela Lei nº 18.171 de
21.07.2022 - D.O. 21.07.2022)

I - crime contra a administração pública;

II – crime comum praticado em detrimento da dignidade da função ou do cargo público,


incluídos os crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher; *Redação dada
pela Lei nº 18.171 de 21.07.2022 - D.O. 21.07.2022

III - abandono de cargo;

IV - incontinência pública e escandalosa e prática de jogos proibidos;


V - insubordinação grave em serviço;

VI - ofensa física ou moral em serviço contra funcionário ou terceiros;

VII - aplicação irregular dos dinheiros públicos, que resultem em lesão para o Erário Estadual ou
dilapidação do seu patrimônio;

VIII - quebra do dever de sigilo funcional;

IX - corrupção passiva, nos termos da lei penal;

XI - desídia funcional;

XII - descumprimento de dever especial inerente a cargo em comissão.


§ 1° - Considera-se abandono de cargo a deliberada ausência ao serviço, sem justa causa, por
trinta (30) dias consecutivos ou 60 (sessenta) dias, interpoladamente, durante 12 (doze) meses.

Art. 200 - Tendo em vista a gravidade do ilícito, a demissão poderá ser aplicada com a nota “a
bem do serviço público”, a qual constará sempre nos casos de demissão referidos nos itens I e VII
do artigo 199.

Parágrafo único - Salvo reabilitação obtida em processo disciplinar de revisão, o funcionário


demitido com a nota a que se refere este artigo não poderá reingressar nos quadros funcionais
do Estado ou de suas entidades, a qualquer título.
ADI 2.975 - É inconstitucional, por denotar sanção de caráter perpétuo, o parágrafo
único do artigo 137 da Lei 8.112/1990 (1), o qual dispõe que não poderá retornar
ao serviço público federal o servidor que tiver sido demitido ou destituído do cargo
em comissão por infringência do art. 132, I (crimes contra a administração pública),
IV (atos de improbidade), VIII (aplicação irregular de recursos públicos), X (lesão
aos cofres públicos) e XI (corrupção), da referida lei.
Art. 202 - São competentes para aplicação das sanções disciplinares:

I - os Chefes dos Poderes Legislativo e Executivo, em qualquer caso, e privativamente,


nos casos de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade, salvo se se
tratar de punição de funcionário autárquico;

II - os dirigentes superiores das autarquias, em qualquer caso, e, privativamente, nos


casos de demissão e cassação, da aposentadoria ou disponibilidade;

III - os Secretários de Estado e demais dirigentes de órgãos subordinados ou auxiliares,


em todos os casos, salvo os referidos nos itens I e II;
IV - os chefes de unidades administrativas em geral, nos casos de repreensão, suspensão
até 30 (trinta) dias e multa correspondente.
Art. 204 - Será cassada a aposentadoria ou disponibilidade se ficar provado, em inquérito
administrativo, que o aposentado ou disponível:

I - praticou, quando no exercício funcional, ilícito punível com demissão;

II - aceitou cargo ou função que, legalmente, não poderia ocupar, ou exercer, provada a má-fé;

III - não assumiu o disponível, no prazo legal, o lugar funcional em que foi aproveitado, salvo
motivo de força maior;

IV - perdeu a nacionalidade brasileira.

Parágrafo único - A cassação da aposentadoria ou disponibilidade extingue o vínculo do


aposentado ou do disponível com o Estado ou suas entidades autárquicas.
Art. 205 - A suspensão preventiva será ordenada pela autoridade que determinar a
abertura do inquérito administrativo, se, no transcurso deste, a entender indispensável,
nos termos do § 1º deste artigo.

§ 1º - A suspensão preventiva não ultrapassará o prazo de 90 (noventa) dias e somente


será deter minada quando o afastamento do funcionário for necessário, para que, como
indiciado, não venha a influir na apuração de sua responsabilidade.
§ 2º - Suspenso preventivamente, o funcionário terá, entretanto, direito:

► a computar o tempo de serviço relativo ao período de suspensão para todos os


efeitos legais;

► a computar o tempo de serviço para todos os fins de lei, relativo ao período que
ultrapassar o prazo da suspensão preventiva;

► a perceber os vencimentos relativos ao período de suspensão, se reconhecida a sua


inocência no inquérito administrativo;
(FCC 2022/TJ-CE/ANALISTA JUDICIÁRIO) De acordo com o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do
Estado do Ceará (Lei nº 9.826/1974), o funcionário que causar danos a terceiros, quando no exercício de
suas funções,

a)não enseja responsabilidade do Estado, salvo comprovação de culpa ou dolo do servidor.

b)responde civilmente pela reparação de danos causados, excluída, neste caso, a apuração de
responsabilidade disciplinar, sob pena de dupla penalização.

c)deve ser acionado diretamente pela vítima, respondendo civilmente pela reparação dos danos
causados.

d)não pode ser demandado a responder pelos danos causados, nem direta, nem regressivamente.

e)enseja responsabilidade do Estado pela reparação dos danos, cabendo ação regressiva contra o
servidor em caso de dolo ou culpa.
(CESPE 2021/AL-CE/ANALISTA LEGISLATIVO) Servidor público do estado do Ceará, que
se afaste, durante o estágio probatório, do exercício de suas funções terá suspensão do
estágio durante o período de afastamento, se for por motivo de

a)desempenho de função eletiva federal.

b)júri.

c)férias.

d)licença especial.

e)licença à servidora gestante.


(IDECAN 2021/PC-CE/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Com base na Lei 9.826/74 e suas atualizações
posteriores, é correto afirmar que o estágio probatório é o período de

a)três anos de efetivo exercício no cargo de provimento efetivo, contado do início do


exercício funcional.

b)dois anos de efetivo exercício no cargo de provimento efetivo, contado do início do


exercício funcional.

c)três anos de efetivo exercício no cargo de provimento efetivo, contado da data da posse.

d)dois anos de efetivo exercício no cargo de provimento efetivo, contado da data da posse.

e)três anos de efetivo exercício no cargo de provimento efetivo, contado da data da


nomeação.
SINDICÂNCIA

Art. 209 - A sindicância é o procedimento sumário através do qual o Estado ou suas


autarquias reúnem elementos informativos para determinar a verdade em torno de
possíveis irregularidades que possam configurar, ou não, ilícitos administrativos, aberta
pela autoridade de maior hierarquia, no órgão em que ocorreu a irregularidade, ressalvadas
em qualquer caso, permitida a delegação de competência:

I - do Governador, em qualquer caso;

II - dos Secretários de Estado, dos dirigentes autárquicos e dos Presidentes da Assembleia


Legislativa, Tribunal de Contas e do Conselho de Contas dos Municípios, em suas respectivas
áreas funcionais.
§ 2º - Aberta a sindicância, suspende-se a fluência do período do estágio probatório.

§ 3º - A sindicância será realizada por funcionário estável, designado pela autoridade que
determinar a sua abertura.

§ 4º - A sindicância precede o inquérito administrativo, quando for o caso, sendo-lhe


anexada como peça informativa e preliminar.

§ 5º - A sindicância será realizada no prazo máximo de 15 (quinze) dias, prorrogável por


igual período, a pedido do sindicante, e a critério da autoridade que determinou a sua
abertura.
§ 6º - Havendo ostensividade ou indícios fortes de autoria do ilícito administrativo, o sindicante
indiciará o funcionário, abrindo-lhe o prazo de 3 (três) dias para defesa prévia. A seguir, com o
seu relatório, encaminhará o processo de sindicância à autoridade que determinou a sua
abertura.

§ 7º - O sindicante poderá ser assessorado por técnicos, de preferência pertencentes aos quadros
funcionais, devendo todos os atos da sindicância serem reduzidos a termo por secretário
designado pelo sindicante, dentre os funcionários do órgão a que pertencer.

§ 8º - Ultimada a sindicância, não apurada a responsabilidade administrativa, ou o


descumprimento dos requisitos do estágio probatório, o processo será arquivado, fixada a
responsabilidade funcional, a autoridade que determinou a sindicância encaminhará os
respectivos autos para a Comissão Permanente de Inquérito Administrativo.
SINDICÂNCIA - prazo: 15 + 15 dias

- conduzida por funcionário estável,


designado pela autoridade que
determinar a sua abertura.
DO INQUÉRITO ADMINISTRATIVO

Art. 210 - O inquérito administrativo é o procedimento através do qual os órgãos e as autarquias


do Estado apuram a responsabilidade disciplinar do funcionário.

Parágrafo único - São competentes para instaurar o inquérito:

I - o Governador, em qualquer caso;

II - os Secretários de Estado, os dirigentes das Autarquias e os Presidentes da Assembleia


Legislativa, do Tribunal de Contas e do Conselho de Contas dos Municípios, em suas áreas
funcionais, permitida a delegação de competência.
Art. 211 - O inquérito administrativo será realizado por Comissões Permanentes,
instituídas por atos do Governador, do Presidente da Assembleia Legislativa, do
Presidente do Tribunal de Contas, do Presidente do Conselho de Contas dos Municípios,
dos dirigentes das Autarquias e dos órgãos desconcentrados, permitida a delegação de
poder, no caso do Governador, ao Secretário de Administração.

Art. 212 - As Comissões Permanentes de Inquérito Administrativo compor-se-ão de três


membros, todos funcionários estáveis do Estado ou de suas autarquias, presidida pelo
servidor que for designado pela autoridade competente, que colocará à disposição das
Comissões o pessoal necessário ao desenvolvimento de seus trabalhos, inclusive os de
secretário e assessoramento.
Art. 214 - Abertos os trabalhos do inquérito, o Presidente da Comissão mandará citar o
funcionário acusado, para que, como indiciado, acompanhe, na forma do estabelecido neste
Estatuto, todo o procedimento, requerendo o que for do interesse da defesa.

Art. 215 - Citado, o indiciado poderá requerer suas provas no prazo de 5 (cinco) dias, podendo
renovar o pedido, no curso do inquérito, se necessário para demonstração de fatos novos.

Art. 216 - A falta de notificação do indiciado ou de seu defensor, para todas as fases do inquérito,
determinará a nulidade do procedimento.
Art. 217 - Encerrada a fase probatória, o indiciado será notificado para apresentar, por
seu defensor, no prazo de 10 (dez) dias, suas razões finais de defesa.

Art. 218 - Apresentadas as razões finais de defesa, a Comissão encaminhará os autos do


inquérito, com relatório circunstanciado e conclusivo, à autoridade competente para o
seu julgamento.

Art. 219 - Sob pena de nulidade, as reuniões e as diligências realizadas pela Comissão de
Inquérito serão consignadas em atas.
Art. 220 - Da decisão de autoridade julgadora cabe recurso no prazo de 10 (dez) dias, com efeito
suspensivo, para a autoridade hierárquica imediatamente superior, ou para a que for indicada
em regulamento ou regimento.

Parágrafo único - Das decisões dos Secretários de Estado e do Presidente do Conselho de Contas
dos Municípios caberá recurso, com efeito suspensivo, no prazo deste artigo, para o Governador.
Das decisões do Presidente da Assembleia Legislativa e do Tribunal de Contas caberá recurso,
com os efeitos deste parágrafo, para o Plenário da Assembleia e do Tribunal, respectivamente.

Art. 221 - O inquérito administrativo será concluído no prazo máximo de 90 (noventa) dias,
podendo ser prorrogado por igual período, a pedido da Comissão, ou a requerimento do
indiciado, dirigido à autoridade que determinou o procedimento.
Art. 222 - Em qualquer fase do inquérito será permitida a intervenção do indiciado, por
si, ou por seu defensor.

Art. 223 - Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções caberá o julgamento à


autoridade competente para imposição da sanção mais grave. Neste caso, os prazos
assinados aos indiciados correrão em comum.

Art. 224 - O funcionário só poderá ser exonerado, estando respondendo a inquérito


administrativo, depois de julgado este com a declaração de sua inocência.

Art. 225 - Recebidos os autos do inquérito, a autoridade julgadora proferirá sua decisão
no prazo improrrogável de 20 (vinte) dias.
Art. 226 - Declarada a nulidade do inquérito, no todo ou em parte, por falta do
cumprimento de formalidade essencial, inclusive o reconhecimento de direito de defesa,
novo procedimento será aberto.

Art. 227 - No caso do artigo anterior e no de esgotamento do prazo para a conclusão do


inquérito, o indiciado, se tiver sido afastado de seu cargo, retornará ao seu exercício
funcional.
Julgue o item seguinte, de acordo com as disposições do Estatuto dos Funcionários
Públicos Civis do Estado do Ceará e do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos
Servidores do Ministério Público do Estado do Ceará.

(CESPE 2020/MPE-CE/TÉCNICO MINISTERIAL) As comissões permanentes que atuam


em inquérito administrativo, instrumento por meio do qual os órgãos do estado e as
autarquias estaduais apuram a responsabilidade disciplinar de seus servidores, devem
ser compostas por três membros, sendo todos funcionários estáveis do estado ou de
suas autarquias.
(UECE-CEV 2018/DETRAN-CE/AGENTE) Atente ao que se afirma a seguir sobre o regime
disciplinar estatutário dos servidores estaduais, e assinale com V o que for verdadeiro e
com F o que for falso.

( ) São independentes as instâncias administrativas civil e penal, e cumuláveis as


respectivas cominações.

( ) A apuração da responsabilidade funcional será feita somente através de sindicância.

( ) A legítima defesa e o estado de necessidade não excluem a responsabilidade


administrativa.

( ) Extingue-se a responsabilidade administrativa pela prescrição do direito de agir do


Estado ou de suas entidades em matéria disciplinar.
A sequência correta, de cima para baixo, é:

a)V, V, F, F.

b)V, F, F, V.

c)F, F, V, F.

c)F, F, V, V.
INQUÉRITO ADMINISTRATIVO
Comissão - 3 servidores estáveis.
Defesa - 10 dias, após a citação.
Prazo - 90 dias + 90 dias
Prazo para - 20 dias.
julgamento
DA REVISÃO

Art. 228 - A qualquer tempo poderá ser requerida a revisão do procedimento


administrativo de que resultou sanção disciplinar, quando se aduzam fatos ou
circunstâncias que possam justificar a inocência do requerente, mencionados ou não no
procedimento original.

Parágrafo único - Tratando-se de funcionário falecido ou desaparecido, a revisão poderá


ser requerida pelo cônjuge, companheiro, descendente, ascendente colateral
consanguíneo até o 2º grau civil.
Art. 229 - Processar-se-á a revisão em apenso ao processo original.

Parágrafo único - Não constitui fundamento para a revisão a simples alegação de


injustiça da sanção.

Art. 230 - O requerimento devidamente instruído será dirigido à autoridade que aplicou
a sanção, ou àquela que a tiver confirmado, em grau de recurso.

Parágrafo único - Para processar a revisão, a autoridade que receber o requerimento


nomeará uma comissão composta de três funcionários efetivos, de categoria igual ou
superior à do requerente.
Art. 232 - Concluído o encargo da comissão, no prazo de 60 (sessenta) dias, prorrogável por trinta (30)
dias, nos casos de força maior, será o processo, com o respectivo relatório, encaminhado à autoridade
competente para o julgamento.

Parágrafo único - O prazo para julgamento será de 20 (vinte) dias, prorrogável por igual período, no caso
de serem determinadas novas diligências.

Art. 233 - Das decisões proferidas em procedimento de revisão cabe recurso, na forma do art. 220.

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