Artigo Basquete
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net/publication/264784536
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All content following this page was uploaded by Larissa Galatti on 16 August 2014.
PEDAGOGY OF SPORTS AND BASKETBALL: methodological aspects for the motor and the
technical training development of the beginner athlete
Abstract: One of the relevant aspects to the formation of the basketball athlete is the motor skill, which
development should be connected to other dimensions, like the cognitive, affective and social. In this
perspective, starting with the bibliographic review, this study discusses the contributions of methods
based on the analytic-synthetic and global-functional principles for the technical development of the
young and beginner basketball player. Considering both principles, we indicate the second one as having
more possibilities of contributing to the formation of the athlete, once it respects the unpredictable
features of the game and the opened features of its techniques.
INTRODUÇÃO
O basquetebol é uma modalidade esportiva coletiva com origem no final do
século XIX, em 1891, no contexto escolar norte-americano; dinâmico, o jogo
rapidamente ganhou adeptos pelo país e pelo mundo, tornando-se modalidade
oficialmente olímpica em Roma, no ano 1936. Na atualidade é uma das modalidades
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METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão bibliográfica, sendo que para Marconi e Lakatos (2006,
p.185) “a pesquisa bibliográfica não é mera repetição do que já foi dito ou escrito sobre
certo assunto, mas propicia o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem,
chegando a conclusões inovadoras”. Assim, foram pesquisados artigos das bases de
dados Lilacs e Scielo, com as palavras-chave “Pedagogia do Esporte e Jogos Coletivos”
e “Pedagogia do Esporte e Basquetebol” e, em especial, livros e capítulos de livro, dado
que o artigo parte de conceitos clássicos da Educação Física para, a partir de sua análise,
propor uma renovação nos métodos de ensino, vivência, aprendizagem e treinamento do
basquetebol, em seus aspectos técnicos – tendo por suporte autores dessas modalidades
básicas de coordenação grosseira. Nesta fase o foco deve ser no processo de ensino e
não no resultado, visto que as crianças estão aprendendo os movimentos básicos
funcionais, vivenciando e objetivando atingir o padrão maduro dos movimentos
fundamentais (VIEIRA; VIEIRA; KREBS, 2005; GALLAHUE; OZMUN, 2003).
Bompa (2002) descreve que a ênfase na fase generalizada da iniciação esportiva
deve ser no desenvolvimento multilateral, mostrando à criança exercícios que auxiliem
na aprendizagem de movimentos que são fundamentais para a escolha de um futuro
esporte. Esta atividade multilateral refere-se aos movimentos fundamentais que são:
correr, pular, saltar, arremessar, receber, quicar, rolar e equilibrar. Assim, mesmo na
aula específica de escolas de iniciação em basquetebol, é importante que o professor
propicie aos alunos a oportunidade de uma vivência motora diversificada, dado que há
chance de, na adolescência e juventude, os alunos optarem por aprofundamento em
outra modalidade. Para Vieira, Vieira e Krebs (2005, p.52), esse processo deve respeitar
as especificidades da infância:
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O número da frente é referente ao número de atacantes, o X significa a oposição e o número seguinte diz
respeito ao número de defensores.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O foco do ensino do basquetebol e da formação do atleta deve considerar seu
desenvolvimento integral, sendo necessários procedimentos pedagógicos capazes de
abranger os aspectos biológico, cognitivo, psicológico, fisiológico e social da pessoa
que joga. É nesta concepção que o ensino e treinamento das habilidades motoras e
técnicas (fundamentos) devem ser desenvolvidos, sem descaracterização da dimensão
tática da modalidade.
Considerando as fases de iniciação, generalizada, especializada e personalizada
do desenvolvimento das capacidades motoras para o esporte, assim como os estágios
cognitivo, associativo e autônomo da aprendizagem, sinalizamos para estratégias de
abordagem das habilidades e fundamentos do basquetebol a partir do princípio
analítico-sintético e do global-funcional, sendo recomendada, com base na literatura, a
ênfase no segundo princípio. Assim, participação do atleta em diferentes formas de jogo
é fundamental para o desenvolvimento dos gestos técnicos em articulação com as
capacidades de tomada de decisão e as situações de jogo que podem possibilitar uma
reflexão tática fazendo com que ele compreenda as razões de certos movimentos.
Com base no levantamento bibliográfico, concluímos que é papel do técnico
esportivo organizar, sistematizar, aplicar e avaliar o treinamento considerando essas
questões em interface com o desenvolvimento da capacidade de jogo, considerando
ainda a possibilidade educacional da modalidade, contribuindo para a formação integral
do jovem atleta.
REFERÊNCIAS
BALBINO, H. F. Jogos desportivos coletivos e os estímulos das inteligências
múltiplas: bases para uma proposta em pedagogia do esporte. 2001. 142f. Dissertação
(Mestrado em Educação Física) – Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual
de Campinas, Campinas.
BOMPA, T. O. Treinamento Total para Jovens Campeões. São Paulo: Manole, 2002.
GARGANTA, J. Para uma teoria dos jogos desportivos coletivos. In: GRAÇA, A.;
OLIVEIRA, J. (Eds.). O ensino dos jogos desportivos coletivos. Lisboa: Universidade
do Porto, 1994, p. 11-25.
VIEIRA, L. F.; VIEIRA, J. L. L.; KREBS, R.J. O Ensino dos Esportes: uma abordagem
desenvolvimentista. In: PAES, R. R.; BALBINO, H. F. Pedagogia do esporte:
contextos e perspectivas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.