Captura de Tela 2024-03-24 À(s) 18.58.28
Captura de Tela 2024-03-24 À(s) 18.58.28
Captura de Tela 2024-03-24 À(s) 18.58.28
Geralmente, quando pensamos em Páscoa, nos vem à memória os últimos acontecimentos da vida de
Jesus. A entrada triunfal dEle em Jerusalém, a purificação do Templo, Seus últimos sermões, a traição de Judas,
a última ceia, o Getsêmani, a prisão, o julgamento, a crucificação e, por fim, a Sua ressureição.
Esses são, sem sombra de dúvida, episódios que as crianças precisam conhecer e relembrar sempre. Mas
e se, em vez de começarmos nosso devocional deste ano já próximos do Domingo de Páscoa, voltássemos lá ao
estábulo, onde terminamos o devocional de Natal? E se convidássemos as crianças a caminhar nos passos de
Jesus, observando com mais atenção os detalhes de Sua infância e Seu ministério? Jesus foi bebê, foi criança e
foi jovem. Como Ele Se comportou durante a vida? O que podemos aprender com Ele?
O material deste ano vem com duas versões: a geral, para crianças acima de cinco anos, que pode ser usada
sem limite de idade, bastando que as aplicações sejam aprofundadas para cada idade. E a versão baby, pensada
para bebês e crianças de até quatro anos, que também pode ser aplicada em crianças com necessidades especiais
de aprendizagem, como TEA (Transtorno do Espectro Autista), TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade) em grau mais elevado ou qualquer outra condição que demande um ensino mais sensorial.
Escolha a versão que irá se adequar mais à sua família, leia o material com antecedência e mãos à obra.
Não é necessário imprimir. Você pode fazer usando apenas o celular ou um tablet como suporte, mas, para
quem tem condições, as imagens anexas podem facilitar bastante o entendimento.
Preparação devidamente feita, pés aquecidos para uma boa semana de caminhada? O Devocional de
Páscoa de 2024 agora convida você a caminhar nos passos de Jesus.
Estrutura do Devocional
Período de aplicação – Serão oito dias, começando no Domingo de Ramos e terminando no Domingo de
Páscoa. Sugerimos que seja aplicado sempre no mesmo horário com a intenção de formar um hábito. O tempo
diário pode variar de 8 a 15 minutos ou se estender, caso a família queira e possa se aprofundar, porém tenha
em mente que o tempo de concentração de crianças pequenas é curto.
Referência bíblica – Para cada dia, há uma referência de texto bíblico a ser lido ou narrado para as
crianças. Dependendo da idade e/ou da capacidade de compreensão das crianças, defina o que será melhor.
Algumas crianças conseguem ler o texto bíblico em voz alta, outras já entendem melhor se o texto for lido para
elas, e as menores, costumam aproveitar mais se a história for narrada, em uma linguagem mais simples e
acessível. No corpo do texto do dia, está indicado em que momento a leitura da Bíblia deve ser realizada.
Contexto e aplicação – Neste devocional, buscamos contextualizar historicamente as narrativas bíblicas,
trazendo exemplos de costumes da época. É importante que as crianças conheçam essas informações para facilitar o
entendimento do ensino do dia. Mais uma vez, para os pequeninos, essa parte deve ser narrada (explicada).
Versículo-chave – Para cada dia, há um versículo destacado. Ele pode ser repetido pelas crianças, ficar
escrito em algum papel à vista ou até mesmo memorizado pelos pequenos.
Oração – Orem ao final de cada meditação. A oração serve para reforçar aquilo que aprendemos, para
nos comprometer diante de Deus a seguir Suas instruções e para buscar nEle forças para fazer isso. Essa oração
deve ser conduzida pelos adultos e repetida pelas crianças.
Painel – A cada dia de estudo do devocional, pinte os passos no painel rumo à nova estação.
Sugestões adicionais – Em alguns dias, há sugestões de atividades extras que podem incrementar a
experiência do devocional de Páscoa. Ressalto aqui que elas não são essenciais e que, se você não puder aplicá-
las por qualquer motivo que seja, não deve deixar de fazer o Devocional. Digo e repito: o essencial é a leitura da
Bíblia e a aplicação. Todo o resto é acréscimo e é opcional.
24/03 – DOMINGO
PRIMEIROS PASSINHOS
Referência bíblica:
Lucas 2.21-40 ou, para crianças menores, apenas os versículos de 21 a 24 e 39 e 40.
A Bíblia relata poucos acontecimentos sobre a infância de Jesus. Apenas nos evangelhos de Mateus e João,
podemos ler a respeito desse período. Entretanto, se sabemos que Jesus nasceu como todos os bebezinhos, pequenino
e indefeso, podemos concluir que Ele passou por cada etapa de crescimento de uma criança.
Jesus foi um bebê como você, Ele foi amamentado por Maria, teve Suas fraldas trocadas, aprendeu a
falar as primeiras palavras, aprendeu a engatinhar e depois deu os primeiros passinhos. E, em cada um desses
momentos, Jesus contou com o cuidado e a proteção de Seus pais, Maria e José.
Vejamos o que a Bíblia diz sobre esse período. Leiam Lucas 2.21-40.
Jesus nasceu em Belém e, conforme o costume judeu, foi ao Templo em Jerusalém com Seus pais para a
apresentação de uma oferta de purificação para Maria após o parto e a consagração do primeiro filho ao Senhor.
No Templo, dois idosos, Simeão e Ana, reconheceram que aquele não era um bebê comum, e sim o Salvador
prometido que finalmente havia chegado.
De volta a Belém, que era uma cidadezinha bem próxima de Jerusalém, a Bíblia diz que: O menino
crescia e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele (Lucas 2.40).
Jesus cresceu assim como você e, enquanto aprendia a fazer o que um bebê aprende, a graça de Deus
estava sobre Ele. Graça é um favor, uma generosidade. Aquilo que Deus nos dá sem que precisemos fazer nada
para merecer, mas por pura bondade.
A boa notícia é que, por intermédio de Jesus, essa graça de Deus foi estendida para todas as pessoas,
inclusive as crianças. Enquanto seu corpo cresce e você se desenvolve aprendendo a fazer tantas e variadas
coisas, saiba que a graça de Deus está sobre você. O cuidado, a proteção e o amor dEle estão sobre a sua vida,
mesmo quando seus passinhos ainda são pequenos. Assim como Maria e José cuidavam de Jesus, Deus Pai
também cuida de você. Isso não é maravilhoso?
Atividade extra
Brincadeira de amarelinha com pegadas
Imprima os pares de pegadas do anexo 1 em dez folhas. Monte conforme a ilustração colando as folhas no chão
com fita adesiva para não escorregar. A brincadeira é pular todo o circuito obedecendo às direções das pegadas.
Brinque com a criança e, enquanto ela avança na brincadeira, pontue sobre como já cresceu e se
desenvolveu e quantas habilidades ela já possui. Lembre-a de que Deus está sempre cuidando dela e
permitindo que ela cresça em todas as áreas.
25-03 – SEGUNDA-FEIRA
PASSOS APRESSADOS
Referência bíblica:
Mateus 2.9-23 ou, para crianças menores, apenas os versículos de 9 a 15 e 19 a 23.
Foi em Belém que os magos do oriente visitaram Jesus. Ele não estava mais em um estábulo com os
animais, e sim em uma casa (Mateus 2.11). Jesus devia ter menos de dois anos de idade, conforme informação
que os magos passaram ao rei Herodes. Foi nesse período que sua vida correu grande perigo.
Leiam Mateus 2.9-23.
Irritado por ter sido enganado pelos magos e preocupado com a ameaça do nascimento de um novo rei,
Herodes mandou matar todos os meninos abaixo de dois anos na região de Belém.
José, pai de Jesus, foi avisado em sonho para fugir com Maria e o menino para o Egito e assim o fez. Eles viajaram
às pressas durante a noite e se estabeleceram em um país distante. Ficaram no Egito até que Herodes morresse e só
então voltaram para Israel, mas, desta vez, foram morar em Nazaré, uma cidade ao Norte.
A vida de quem crê em Deus não é livre de problemas ou dificuldades. Jesus, ainda bebê, correu
riscos. A garantia que temos ao confiarmos nossa vida ao Senhor é a de que, não importa a dificuldade
que se apresente, nosso Pai sempre estará conosco. Assim como Ele usou José e Maria para proteger
Jesus quando ele era pequenino e usou também os magos para darem presentes que seriam um recurso
para a sobrevivência da família, Deus sempre cuidará de nós. Pode confiar! Ele guardará os seus passos
nos tempos de dificuldades. E assim com confiança ousemos dizer: O Senhor é o meu ajudador, e não
temerei O que me possa fazer o homem (Hebreus 13.6).
Atividade extra
Vai na mala
Imprima o anexo 2 com a imagem da mala. A brincadeira é a seguinte: imagine que você é José ou Maria
e precisa fazer uma viagem às pressas para outro país. O que levaria na mala? É preciso dizer o quê e justificar.
Os jogadores vão se alternando até acabarem as ideias. Ao terminar a brincadeira, reforce a confiança que José
precisou ter em Deus para fazer as mudanças que fez na sua vida.
26-03 – TERÇA-FEIRA
PASSOS OBEDIENTES
Referência bíblica:
Lucas 2.41-52
Não se sabe que idade Jesus tinha quando voltou para Israel, mas os historiadores descrevem assim a
vida de um menino judeu na época de Jesus: até os seis anos de idade, os meninos eram educados em casa pelo
pai que lhes ensinava as Leis de Deus. Aos seis anos, esses meninos passavam a ser instruídos diariamente na
sinagoga de sua cidade. Dos seis aos dez anos, precisavam decorar toda a Torá, repetindo-a centenas de vezes.
A Torá é o equivalente aos cinco primeiros livros da Bíblia (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio).
Dos 10 aos 13 anos, memorizavam todo o restante do Antigo Testamento, com algumas tradições judaicas
e, depois dessa idade, quando já eram considerados adultos diante da sociedade, eles passavam a trabalhar
diariamente com seus pais para aprender o ofício deles.
Vamos conhecer agora um episódio da vida de Jesus aos 12 anos de idade, quando já estava nessa fase de
transição da infância para a juventude adulta.
A Páscoa judaica é a comemoração da libertação do povo hebreu da escravidão no Egito. Todos os anos,
desde os tempos de Moisés, os judeus se reuniam para festejar e oferecer sacrifícios a Deus no tabernáculo,
durante os primeiros séculos e, depois, no Templo de Jerusalém.
Anualmente, José e Maria subiam com Jesus para essa comemoração. Era uma viagem de alguns dias que os
parentes e amigos costumavam fazer juntos. Aos 12 anos, essa seria uma viagem ainda mais especial para Jesus.
O Templo de Jerusalém tinha pátios separados: o externo para os gentios (ou não judeus), o das mulheres
e crianças, o dos homens e, finalmente, o dos sacerdotes. Aos 12 anos, Jesus não ficaria mais no Templo entre
as mulheres e crianças, e sim entre os homens, ouvindo as explicações acerca da Lei.
Leiam Lucas 2.41-52.
Foi nesse contexto que Maria e José caminharam de volta para casa por um dia inteiro até se darem conta de
que haviam perdido Jesus. Voltaram para Jerusalém e depois de três dias de procura encontraram o jovem filho no
Templo, sentado entre os mestres e estudiosos da Lei e debatendo entre eles com sabedoria e conhecimento.
Sabemos que o conhecimento de Jesus sobre a Palavra de Deus era superior, uma vez que Ele era o
próprio Deus, mas também sabemos que todos os cristãos precisam dedicar tempo para conhecer Deus por
meio da Bíblia. Ler os textos sagrados, memorizar os versículos, conversar sobre eles em casa, na igreja, entre
os amigos, tudo isso nos aproximará de Deus e nos colocará nos mesmos passos de Jesus: Jesus ia crescendo
em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens (Lucas 2.52).
Jesus Se desenvolvia integralmente. Seu corpo crescia em tamanho, Sua mente ficava mais sábia, e Ele
também crescia em graça, no conhecimento de Deus. E, por fim, a Bíblia ainda nos conta que Jesus, ao voltar
com Seus pais para Nazaré, lhes obedecia em tudo (verso 51). Que belo exemplo Jesus nos dá de como crescer
bem! De como nossos passos precisam estar sempre voltados para o Senhor e em obediência a nossos pais.
Atividade extra
Pé com pé, mão com mão
Imprima as imagens de pé e mão no anexo 3 e distribua-as conforme o modelo colando com fita adesiva
para não escorregarem. A brincadeira consiste em, a cada linha, colocar os pés e as mãos na posição dos desenhos.
Enquanto brinca com a criança, pontue como obedecer pode ser desafiador, mas que é o melhor caminho a seguir.
27-03 – QUARTA-FEIRA
PASSOS ABENÇOADOS
Referência bíblica:
Mateus 3.13-16
Depois do episódio do Templo, o próximo relato da vida de Jesus é o Seu batismo, quando Ele tinha cerca
de 30 anos de idade (Lucas 3.23).
Mas o que Ele fez durante esses 18 anos de intervalo? Após terminarem os estudos das Leis de Deus aos
13 anos, os jovens tinham como tarefa aprender o ofício de seu pai. O pai de Jesus aqui na Terra era José, e a
Bíblia nos diz que ele era carpinteiro (Mateus 13.55).
É bem provável que Jesus tenha aprendido a ser carpinteiro com seu pai e, com ele, tenha trabalhado
para o sustento da casa. Também era comum que, aos 18 anos, o jovem se casasse e formasse sua família. No
entanto, esse não foi o caso de Jesus, porque Ele tinha uma missão especial aqui na Terra. Ele era o Messias
prometido. Não veio para formar uma família pequena, com marido, mulher e filhos, e sim para formar uma
família de milhares de pessoas que, por intermédio dEle, passariam a ser filhos de Deus.
Jesus tinha um primo, chamado João, que pregava no deserto da Judeia exortando as pessoas ao arrependimento
dos pecados. Ele batizava multidões no rio Jordão e, por isso, ficou conhecido como João Batista.
Leiam Mateus 3.13-16.
Jesus não precisava Se batizar uma vez que não havia nenhum pecado de que precisasse Se arrepender, mas
Ele o fez para nos dar o exemplo. O batismo era uma confissão pública. As pessoas mostravam às outras que estavam
decididas a viver uma vida diferente, dispostas a abandonar o pecado para viver em obediência a Deus.
Ainda hoje o batismo carrega essa simbologia, ao passo que, em algumas denominações, as crianças
são batizadas pequenas e depois, de dez a doze anos, fazem uma profissão de fé (uma declaração daquilo em
que acreditam) ou uma primeira comunhão. Em todos esses eventos, o que fazemos é afirmar para as outras
pessoas que estamos escolhendo viver para Deus e na presença dEle.
Ao ser batizado, Jesus foi confirmado como Filho de Deus por meio da voz que veio do Céu. Quando
confessamos Jesus como Senhor de nossa vida diante dos homens, a Bíblia diz que Ele nos confessa como Seus
diante de Deus. Quem, pois, me confessar diante dos homens, eu também o confessarei diante do meu
Pai que está nos (Mateus 10.32).
Esse é um dos passos mais importantes na vida de um cristão: confessar que Jesus é o seu Senhor! Você
já fez isso? Deseja fazer isso hoje? (se sua criança entendeu a mensagem da salvação, esse é o momento de
conduzi-la a Cristo por meio de uma oração simples em que se confessa Jesus como Salvador).
A sua oração de confissão é o primeiro passo para fazer parte da família de Deus, mas é igualmente
importante que você converse com a direção da sua igreja para conhecer quais são os outros passos a serem
dados, confessando diante da igreja também a sua decisão.
Referência bíblica:
João 13.1-17
Depois de ser batizado por João, Jesus começou efetivamente Seu ministério. Por três anos, Ele percorreu
Sua terra pregando a Palavra de Deus de forma simples, usando exemplos da vida comum, as parábolas, para
que todos pudessem entender a vontade de Deus.
Enquanto ensinava, Jesus curou cegos, surdos, e pessoas com todo tipo de doença; libertou aqueles que
estavam possuídos por espíritos malignos; multiplicou alimentos; andou sobre as águas; acalmou tempestades
e até ressuscitou mortos.
Todos esses milagres e ensinamentos são descritos nos quatro evangelhos. Mateus e João foram
discípulos de Jesus e relataram aquilo que viram acontecer. Marcos foi sobrinho de Barnabé, companheiro de
Timóteo e de Pedro. Já Lucas foi um médico companheiro de viagens do apóstolo Paulo e ambos escreveram a
partir do que haviam ouvido dos próprios discípulos. Ler os evangelhos é conhecer mais a fundo a vida de Jesus
e Seus ensinamentos. Algo que todo cristão deve fazer repetidas vezes.
Depois de cerca de três anos ensinando e realizando milagres, Jesus aproximava-Se de Sua principal
missão, que era salvar a humanidade dos pecados por meio da Sua morte. Era a festa da Páscoa, e os discípulos
estavam reunidos para a ceia de celebração quando Jesus fez algo muito especial.
Leiam João 13.1-17.
Para entendermos o que Jesus fez, precisamos imaginar como era andar de sandálias por ruas e estradas de
terra ou com algum calçamento rudimentar. Os pés das pessoas ficavam empoeirados e sujos, e, por isso, era costume
que, ao entrarem em casa, um servo lavasse os pés de seus senhores e convidados, ou a mulher lavasse os pés do
marido, ou as crianças lavassem os pés dos adultos. Esse não era um trabalho que o próprio dono da casa fazia por si
ou por seus convidados. Mas, mesmo sendo o próprio Filho de Deus, Jesus lavou os pés de seus discípulos. Porque
eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também (João 13.15).
Ele fez isso para nos ensinar que, no Reino de Deus, devemos estar prontos para servir aos outros.
Ele nos deu o exemplo porque, mesmo sendo Mestre, serviu aos Seus seguidores. Você pode e deve servir
aos outros, começando na sua casa. Servir é fazer algo útil que vai ajudar outra pessoa. Arrume sua cama,
guarde seus brinquedos, coloque e retire as louças da mesa, varra a casa, recolha o lixo do banheiro,
coloque o lixo para fora, estenda as roupas no varal e retire-as quando estiverem secas, aprenda a dobrá-
las e guardá-las no local correto, cuide de seus irmãos para sua mãe poder fazer alguma outra coisa, leia
a Bíblia para outras pessoas, ore por aqueles que estão necessitando. Todas essas são formas de servir
ao próximo que as crianças são capazes de realizar.
Comece hoje a direcionar seus passos para que você seja útil. O que você pode fazer agora para
servir na sua casa?
Atividade extra
Lava-pés
Façam a cerimônia do lava-pés com as pessoas da casa. Providenciem bacia, toalhas, bancos e água.
Enquanto lavam os pés uns dos outros, relembrem o ensinamento de Jesus sobre ser servo.
29-03 – SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO
PASSOS VACILANTES
Referência bíblica:
Marcos 15.16-41
Após lavar os pés dos discípulos e cear com eles, Jesus retirou-Se para o jardim do Getsêmani
a fim de orar. Ali, foi preso depois de traído por Judas Iscariotes, um de Seus seguidores. Do jardim
Ele foi levado ao Sinédrio, o conselho dos sacerdotes, onde foi acusado falsamente. Depois foi
encaminhado ao governador Pôncio Pilatos.
Pilatos não concordou com as acusações que foram feitas contra Jesus, mas se omitiu dando aos
cidadãos a responsabilidade de escolher quem gostariam de inocentar: Jesus ou Barrabás, um assassino. O
povo escolheu soltar Barrabás e crucificar Jesus.
Leiam Marcos 15.16-41.
O Gólgota era um lugar alto fora dos muros da cidade. Depois de ter sido espancado pelos guardas, Jesus já não
tinha forças para carregar a cruz por todo o caminho até o local de Sua crucificação. Seus passos estavam vacilantes
e fracos, por isso um homem que passava pela região foi obrigado a carregar a cruz de Jesus.
Você provavelmente já ouviu a história da morte do Mestre muitas vezes, mas como explicar que naquela
morte estava a salvação da humanidade?
Quando Deus criou Adão e Eva, Ele fez isso para ter comunhão com eles. A Bíblia diz, em Gênesis 3.8,
que Deus andava pelo jardim no final das tardes. O pecado original separou o homem e seus descendentes de
Deus. Por ser santo, o Senhor não pode conviver com o pecado. Todos nós nascemos separados de Deus por
causa desse pecado original e continuamos separados devido aos nossos pecados também. Essa separação é
chamada de morte espiritual. O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna
em Cristo Jesus, nosso Senhor (Romanos 6.23).
Se o salário (castigo, consequência) do pecado é a morte, apenas a morte de outra pessoa poderia
substituir o nosso castigo. Mas não era suficiente que um pecador morresse no lugar de outro pecador. Foi
necessário que um justo, alguém que nunca tivesse pecado, morresse no lugar dos pecadores. Por isso, Deus
nos enviou Seu Filho Jesus, e, por isso, também Ele precisou vir como um homem, nascer de uma mulher e viver
debaixo das mesmas tentações que todas as outras pessoas.
A morte de Jesus na cruz não foi apenas uma morte física, no corpo, mas também espiritual. Quando
Jesus bradou na cruz: “Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste? (Marcos 15.31), Ele estava carregando
todos os pecados da humanidade sobre si, por isso estava separado de Deus.
O seu pecado foi colocado sobre Jesus na cruz (Isaías 53.5). Ele morreu para que esses pecados
fossem apagados diante de Deus, e, assim, você e eu pudéssemos andar com o Senhor novamente
nessa vida e por toda a eternidade.
Quando entendemos esse sacrifício e o aceitamos, a Bíblia diz que nos tornamos novas criaturas, não
mais dominadas pelo pecado, mas, agora, limpas pelo sangue de Jesus. Esse é o motivo da nossa alegria nesse
feriado da Paixão de Cristo. Ele morreu para que você pudesse viver com Deus! Ainda que fracos pelo corpo
ferido, os passos de Jesus foram firmes para nos salvar.
Referência bíblica:
João 19.38-42
Os povos ao redor do mundo possuem formas diferentes de tratar os mortos. Hoje, no Brasil e em
diversos outros países, o corpo do morto é vestido com roupa, colocado em um caixão e adornado com flores. A
família e os amigos se reúnem e se despedem no que chamamos velório. Depois, o caixão é fechado e colocado
em uma cova, um buraco cavado na terra. O buraco é novamente enchido de terra e coloca-se uma lápide, uma
placa de pedra ou de metal em que fica escrito o nome da pessoa, sua data de nascimento e a data de sua morte.
Essa cerimônia é chamada de sepultamento.
Na época da morte de Jesus, o costume dos judeus era banhar o corpo de quem havia morrido com óleos
e especiarias perfumadas e depois enrolá-lo com tiras grandes de linho fino. A covas não eram cavadas dentro
da terra, e sim nas rochas e recebiam o nome de sepulcros. No sepulcro, o corpo enfaixado era deitado sobre
uma pedra plana e se cobria o rosto com um outro pedaço de linho fino. Os sepulcros eram fechados por uma
grande pedra (o episódio da ressurreição de Lázaro descreve bem essa prática – João 11.38-44).
Hoje, veremos como foi o sepultamento de Jesus. Leiam João 19.38-42.
Nicodemos e José de Arimateia eram homens influentes, membros do Sinédrio, o mesmo conselho que
condenou Jesus injustamente. Esses dois homens não concordavam com as atitudes de seus semelhantes e seguiam
Jesus secretamente por terem entendido que Ele pregava a Verdade. Ao pedir o corpo de Jesus a Pilatos, eles correram
o risco de serem expulsos do Sinédrio, mas nem por isso deixaram de fazer o que consideravam correto: recolher o
corpo do Mestre e dar a Ele um sepultamento digno em vez de deixá-Lo apodrecendo na cruz e sendo comido por aves
de rapina, como era o costume romano para com os condenados.
Hoje, vivemos em um tempo de liberdade religiosa em que qualquer pessoa pode professar sua fé sem
ser perseguida por isso aqui no Brasil. Essa não era a realidade de José de Arimateia nem de Nicodemos e não
é a realidade de muitos cristãos ao redor do mundo. Boa parte deles precisa seguir Jesus em secreto, e muitos
nem sequer podem ter uma Bíblia. Quando descobertos, eles são perseguidos, presos, espancados e até mortos
por causa de sua fé. Até crianças sofrem perseguição religiosa.
Coreia do Norte, Somália, Iêmen, Eritreia e Líbia são os cinco países mais perigosos do mundo para
um cristão. Que tal separarmos um tempo hoje para orar por nossos irmãos nessas regiões? Ore para
que sejam protegidos, para que a fé deles não diminua, para que os governos sejam mudados pelo poder
de Deus e para que o Evangelho seja pregado. Por fim, ore por você, para que nunca desanime de seguir
Jesus, ainda que apareçam pessoas para criticá-lo ou discordar de você. Para que seus passos estejam
sempre na direção correta, iluminados pela Palavra. A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus
passos e luz que clareia o meu caminho (Salmos119.105).
Imagem
Atividade extra inspiração para
Pastel da ressureição o modelo do
pastel
Faça ou compre uma massa de pastel de forno. Corte um círculo grande de maneira que caiba um
marshmallow dentro dele com folga. Enquanto reconta a história do sepultamento de Jesus, embrulhe o
marshmallow na massa de pastel, fechando bem as bordas para não vasar (o ideal é fazer o fechamento na
parte de cima, e não na lateral, isso evita ainda mais o vazamento). Asse em forno pré-aquecido. Depois de
resfriar, comam o pastel (o marshmallow irá desaparecer, ficando apenas o gostinho doce). Converse sobre a
ressureição de Jesus. Ele foi colocado no sepulcro, mas, depois, Seu corpo não foi encontrado lá. Essa atividade
prepara a criança para o Domingo da Ressurreição.
31-03 – DOMINGO DE PÁSCOA
AGORA SÃO OS SEUS PASSOS
Referência Bíblica:
Marcos 16.1-20
Hoje é Domingo de Páscoa! Dia em que celebramos a ressurreição de Jesus. Essa é uma data muito
importante para os cristãos, porque representa a vitória da vida sobre a morte, de Jesus sobre o pecado. E
é essa vitória que nos garante a libertação do poder que o mal tinha sobre nós. Não somos mais escravos do
pecado, mas, ao recebermos Jesus como nosso Salvador, somos livre e podemos andar com Deus.
Vejamos na Bíblia como foi a ressurreição de Jesus. Leiam Marcos 16.1-20.
O relato de Marcos termina com o que chamamos de Grande Comissão. Comissão pode ser entendida
como uma obrigação. Antes de subir aos Céus, Jesus instruiu seus seguidores a ir por todo o mundo ensinando
a Palavra de Deus a todas as pessoas, expulsando os demônios, impondo as mãos sobre os doentes para que
ficassem curados e realizassem outros milagres.
Seguir os passos de Jesus é seguir os Seus exemplos desde que era pequenino e obedecer às Suas
instruções. Os próximos passos para o crescimento do Reino de Deus serão dados por você. Comece obedecendo
a tudo o que você tem aprendido na Palavra de Deus e, enquanto faz isso, compartilhe com outras pessoas. Fale
do amor de Deus para seus vizinhos, colegas de classe, familiares; reúna amigos em sua casa para ler a Bíblia e
cantar louvores; crie o hábito de orar pelas pessoas que estão doentes e visite-as quando for possível; convide
seus conhecidos para ir à igreja. Esses são deveres de todos os cristãos.
O último versículo do evangelho de Marcos relata que os discípulos obedeceram ao que Jesus lhes
ordenou, e algo lindo aconteceu: E o Senhor cooperava com eles, confirmando-lhes a palavra com
os sinais que a acompanhavam (Marcos 16.20).
Deus estará contigo nessa tarefa. Você só precisa começar. O milagre é Ele quem faz.
E aí, pronto para dar seus próprios passos?
Um dos objetivos de produzir devocionais temáticos é estimular as famílias a criar o hábito de meditar
juntas na Palavra de Deus. Depois de oitos dias seguindo o conteúdo deste material, você já deve ter percebido
que não é assim tão difícil ter um tempo para instruir seus filhos na fé, não é?
Aproveitem o embalo e continuem a caminhar unidos. Sempre sugiro começarem por um dos evangelhos.
Escolha um dos quatro evangelhos, defina um horário que possa se repetir diariamente, abra a Bíblia, conte um
trecho pequeno e converse com as crianças sobre o que foi lido, buscando aplicar o texto bíblico à vida dos
pequenos. Orem juntos e pronto. Muitos pais ainda acreditam que é a quantidade diária de tempo com Deus que
fará a diferença e, por isso, ficam presos a desculpas de que não têm tempo para educar os filhos na fé. O que
eles não entendem é que a constância é a chave para o sucesso. Não é o quanto se lê por dia, ou o tempo que se
gasta, mas com que frequência o fazemos. Cinco ou dez minutos diários, sete vezes na semana produzem mais
resultado do que um culto doméstico semanal de uma hora e meia.
Outra desculpa comum é não ter um material pronto para seguir. Eu sei que o mercado dispõe de inúmeras e
boas opções de livros com devocionais para crianças. Alguns, inclusive, com visuais e atividades. Apesar de serem
ótimos, eles não são essenciais. O essencial é a Bíblia. Se a tiver impressa, melhor ainda, mas se não, a versão on-line
já é suficiente. Não digo com isso que não devam usar materiais. Eu mesma tenho inúmeros livros em casa, e a Graça
Kids possui um leque maravilhoso de opções para educar as crianças na fé. O que não queremos é que você se esquive
de fazer a sua parte pelo fato de não ter acesso a esse material por enquanto.
Pense comigo, quando Deus ordena aos pais que inculquem a Lei no coração das crianças (Deuteronômio
6.4-9), Ele o faz enquanto os hebreus estão no deserto a caminho de Canaã. Você acha que eles tinham material
visual, como cartazes, livros coloridos, histórias animadas em tablets e celulares? Acha que tinham papel, lápis
de cor, tesouras e cola? É claro que não. Os pais seguiam a instrução de Deus e falavam da lei na vida cotidiana,
ou seja, ao acordar, durante as refeições, pelo caminho, ao se deitarem. Eles contavam aos filhos aquilo que
conheciam sobre Deus e faziam isso com persistência. Hoje, temos o privilégio de ter a Bíblia disponível. Basta
abrir, ler e, a partir dela, ter assunto para conversar com as crianças ao longo dos dias, moldando o coraçãozinho
delas conforme a Palavra do Senhor.
Se, ainda assim, você se sentir perdido sobre como começar, temos disponível uma série de vídeos curtos
no YouTube intitulada: Guia Prático – Como ensinar a Palavra de Deus aos seus filhos. É só clicar e acompanhar,
passo a passo, as dicas de como começar e não desistir desse chamado.
Outro material que pode auxiliar você nesse começo é o Rastreador de Leitura do Evangelho de Marcos,
disponível no blog No passo dos meninos. Nesse site, você também encontrará várias opções de devocionais
temáticos que podem auxiliar você enquanto ganha segurança de fazer sozinho.
Esse é um trabalho de formiguinha, mas que renderá frutos eternos. Você está disposto a caminhar
com suas crianças em direção ao Céu?
*Ívina Salviano é evangelista do Crianças Que Vencem, do ministério infantil da Igreja Internacional da
Graça de Deus em Manaus (AM). Acompanhe o seu blog (nopassodosmeninos.com.br) e aproveite para
clicar no blog do Crianças Que Vencem (CQV) (escolinhadagraca.blogspot.com).
Fontes:
Atlas Bíblico Totalmente Ilustrado. Gaspar/SC: SBN Editora, 2018
Bíblia Sagrada Nova Versão Internacional. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2017.
REINKE, André Daniel. Atlas Bíblico Ilustrado. 2ª ed. São Paulo: Editora Hagnos, 2018.
ROCK, Louis. Grandes Eventos da Bíblia. São Paulo: Mundo Cristão: 2015.
ROPS, Henri Daniel. A vida diária nos tempos de Jesus. 3ª ed. São Paulo: Edições Vida nova, 2008.
ANEXO 1 - BRINCADEIRA DE AMARELINHA COM PEGADAS
ANEXO 2 - VAI NA MALA
ANEXO 3 - PÉ COM PÉ, MÃO COM MÃO
ANEXO 3 - PÉ COM PÉ, MÃO COM MÃO
ANEXO 3 - PÉ COM PÉ, MÃO COM MÃO
ANEXO 3 - PÉ COM PÉ, MÃO COM MÃO
Cole aqui!
Este painel é parte integrante do Devocional de Páscoa - Nos passos de Jesus. Imprimir em A4.
Arte: Morvan Neto, banco de imagens Graça Kids e Freepik.