Apostila
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Canella
PETROBRAS (Técnico - Ênfase 7 -
Mecânica) Conhecimentos Específicos
(Pós-Edital)
Autor:
Felipe Canella, Juliano de
Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
02 de Janeiro de 2024
Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 10 - Prof Felipe Canella
Sumário
APRESENTAÇÃO DA AULA
Fala, Estrategista! Como você vai? Você não tem ideia de como é bom estar aqui com você,
novamente! Hoje estudaremos os principais aspectos relacionados a Desenho Técnico Mecânico!
Eu trarei para vocês o máximo de detalhes possível para que possamos "destruir" com as provas da
Engenharia Mecânica. Para que possamos atingir nosso objetivo, entrarei no detalhe de inúmeras normas
da Agência Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) - principal referência para as diversas regras sobre
desenhos técnicos mecânicos.
Dessa forma, Coruja, estudaremos os principais aspectos cobrados das 14 normas técnicas da ABNT
(as famosas NBRs - Normas Brasileiras) de forma direta e profunda. Coloquei vários esquemas para facilitar
sua compreensão no decorrer de cada tópico, bem como desenhos para facilitar seu entendimento.
Além disso, Estrategista, utilizaremos, em alguns pontos, apostilas técnicas sobre diversos institutos
e professores renomados, bem como apostilas do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).
Ambas referenciadas no decorrer do nosso estudo.
"Simbora, então, Estrategista??" Avante! Como de praxe, não deixe de me seguir nas minhas redes
(instagram e telegram) para obter acesso a questões comentadas em vídeo e conteúdo exclusivos:
profcanelas t.me/profcanelas
Coruja, as principais normas que estudaremos nesse parte da aula estão elencadas na tabela abaixo,
bem como o assunto no qual elas tratam em suas denominações. Conforme vamos aprofundando nosso
estudo, eu mencionarei as normas e os principais assuntos a fim de tornar o processo de aprendizado melhor
possível!
Dê uma olhada nelas! Ah, e tranquilidade, viu? Não precisa decorar nada disso, hein?
Estrategista, antes de adentrarmos nas normas e nos materiais específicos para o estudo das vistas
de um desenho técnico (muito cobradas pelas bancas), você sabe me dizer qual o principal objetivo de
desenho técnico mecânico?
Oras, tenha sempre em mente que o desenho técnico mecânico é uma forma de comunicação que
utiliza uma linguagem própria! Exatamente, Coruja! As ideias podem ser transmitidas por diferentes formas,
correto? Temos a palavra e a escrita como exemplos. Além disso, também podemos transmitir uma ideia por
desenhos.
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Nesse sentido, surge o desenho com viés técnico, amplamente utilizado na indústria e na engenharia,
cujo principal objetivo é a reprodução de um objeto ou de uma peça com exatidão, considerando os diversos
conhecimentos normalizados que as normas (aquelas que mencionei acima, por exemplo) irão coordenar e
formar as regras de representação de cada característica.
Em nosso país, Coruja, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é a entidade responsável
pela elaboração das normas que citei acima e que utilizaremos para embasar os assuntos mais cobrados.
"Tá, muito legal, Professor... Mas, de onde vem tais técnicas?" Pergunta interessante, Coruja! As
origens do desenho com viés técnico provêm de estudos na área da Geometria Descritiva!
Dentro desse campo de conhecimento, surge a figura de um famoso matemático de origem francesa
chamado Gaspar Monge. Monge viveu entre os anos de 1746 a 18181 e contribui significativamente com seu
método mongeano.
Dessa forma, todo o conhecimento gerado em uma época na qual não era possível representar
objetos com tamanha precisão e informações corretas, gerou a base do desenho técnico mecânico. Veja o
exemplo abaixo, Estrategista:
1FERREIRA, J.; SILVA, R.M. Instituto Federal Catarinense Campus Luzerna. 2016 em http://professor.luzerna.ifc.edu.br/charles-assuncao/wp-content/uploads/sites/33/2016/07/Leitura-
e-interpreta%C3%A7%C3%A3o-de-desenho-t%C3%A9cnico-mec%C3%A2nico-SENAI.pdf. Acesso em: 26/12/2019.
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Perceba, Coruja, que a representação pelo método mongeano permite você visualizar o objeto em
diferentes vistas!
Além disso, essa possibilidade de visualização lhe permite saber a representação exata do objeto,
evitando equívocos e possíveis erros. Por exemplo, imagine que você só possua a imagem de um desenho
de um triângulo (como aquele da figura acima que circulei). Como saber se é somente um triângulo e não
uma pirâmide de base quadrada (que realmente é o objeto nesse exemplo)?
"Pegou o bizu", Coruja? Essa é a grande contribuição do método que embasa o desenho técnico
mecânico!
Como você pode perceber pela figura acima, temos a representação do que ele realmente é em
diferentes vistas e é sobre elas que começaremos nosso estudo específico da aula de hoje! "Simbora"?
Avante! rs.
2 Adaptado de FERREIRA, J.; SILVA, R.M. Instituto Federal Catarinense Campus Luzerna. 2016 em http://professor.luzerna.ifc.edu.br/charles-assuncao/wp-
content/uploads/sites/33/2016/07/Leitura-e-interpreta%C3%A7%C3%A3o-de-desenho-t%C3%A9cnico-mec%C3%A2nico-SENAI.pdf. Acesso em: 26/12/2019.
Estrategista, quando observamos um imagem em papel (uma foto, por exemplo) a olho nu,
conseguimos identificar as três dimensões: largura, comprimento e altura de cada objeto ou pessoa nessa
foto.
Todavia, para que um desenho técnico mecânico expresse tais dimensões, precisaremos utilizar a
perspectiva na representação do objeto. Somente com uso das técnicas de perspectiva que será possível
transmitir a noção tanto de profundidade quanto de relevo nos quais tal objetivo se encontra no plano.
Dentro do estudo do desenho técnico mecânico, temos alguns tipos de perspectiva que comentarei
a seguir, porém antes de seguirmos, memorize, Coruja:
Se liga, Estrategista! Caso uma questão direta pergunte qual o objetivo da perspectiva,
saiba que é proporcionar ao observador a profundidade e o relevo que o objeto está no
plano! ;)
Além disso, a norma NBR 10647 define que a perspectiva é um método de projeção cilíndrica ou
cônica que resulta em figuras em um único plano a fim de facilitar a percepção da forma de um objeto pelo
observador.
Sob esse mesmo viés de definição, Coruja, as vistas ortográficas também são desenhos resultantes
de projeções, porém somente cilíndricas e ortogonais do objeto sobre mais de um plano. Pegou o "bizu"?
rs.
Como você deve ter percebido, Estrategista, o desenho projetivo pode ser obtido tanto por vistas
ortográficas quanto por perspectivas.
Porém, e os desenhos que não são projetivos? Oras, os desenhos não projetivos são aqueles que não
possuem correspondência por meio de projeção de outro objeto a ser representados. Simples assim! ;)
Estrategista, tem "cheiro" de prova aparecer uma questão que cobre exemplos (até
porque está na norma citada) de desenhos não projetivos. Saiba que os principais
exemplos da norma são: diagramas, esquemas, ábacos ou nomogramas, fluxogramas,
organogramas e gráficos. ;)
Coruja, antes de prosseguirmos, é importante que a gente defina alguns conceitos trazidos pela
corujinha acima e outros que fazem parte da norma NBR 10647.
Mesmo parecendo ser desnecessário, pode vir a surgir alguma questão direta que cobre definição (é
a cara das bancas fazerem isso) confundindo palavras (marcarei em negrito as importantes de cada
definição). Não queremos perder questão de "bobeira", certo?
• Ábaco (nomograma): tipo de gráfico que contém curvas que podem ser usadas para obter
soluções de equações pelo traçado de uma ou mais retas;
• Croqui: é um tipo de desenho que pode ou não estar em escala que normalmente é feito à mão
e contém todas as informações que são necessárias para o seu objetivo;
• Desenho definitivo: é o desenho final do projeto que possui os elementos necessários para o
correto entendimento de quem o lê;
• Detalhe: é um tipo de desenho que mostra uma parte ampliada do desenho inteiro ou vista
ampliada de um componente;
Quanto as definições, Estrategista, essas são as principais. Além disso, é bom você ter em mente que
os desenhos podem ser executados utilizando como materiais: giz, lápis, tinta, carvão ou algum material
adequado a depender do desenho.
1.1.1. Escalas
Estrategista, também é importante vermos as definições de escalas, antes dos tipos de perspectivas
propriamente ditas, a fim de compreendermos suas relações com as medidas reais do objeto a ser projetado,
por isso sua importância.
Coruja, sem mistério! Escalas são, basicamente, representações numéricas que mostram quanto uma
medida de um desenho está relacionada com a medida real do objeto a ser projetado.
Algumas informações derivam da norma NBR 8196 que normatiza como deve ser empregada, além
de algumas definições. Abaixo, eu listei as informações principais que você precisa saber:
"Tá, Professor, mas como ela aparece no desenho?" Simples, Estrategista, ela aparece na forma:
X:Y
Sendo que o número em "X" é o número da medida na representação projetada (o desenho em si), ao passo
que o número em "Y" representa a medida real do objeto a ser representado. Nesse sentido, temos os
seguintes cenários padronizados de escala de acordo com a literatura específica3, veja:
Assim, temos que: na redução, por exemplo, as medidas do desenho equivalem a metade da real; na
natural, são exatamente iguais e na ampliação, elas equivalem ao dobro para a primeira relação.
Coruja, visto esses conceitos iniciais sobre escalas, vamos começar a adentrar em tipos de
perspectivas. Veremos os 5 principais tipos de perspectivas em desenho técnico mecânico cujas principais
diferenças entre elas estão relacionadas a proporção de representação do objeto em questão.
Os principais tipos de perspectiva que podem aparecer em sua prova, Estrategista, são agrupados
em 2 grupos: perspectivas paralelas (ou axonométricas) e cônicas. As paralelas (ou axonométricas) podem
ser divididas ainda em cilíndricas ortogonais ou oblíquas (denominações menos usuais).
Estrategista, caso alguma questão cobre de forma direta algum desses valores de ângulo, vou elencá-
los para cada tipo a seguir. Ah, e tranquilidade sobre esse assunto, viu? O que veremos agora é mais do que
suficiente para sua prova! Antes de falarmos de cada uma, grave o esquema:
Isométrica (ortogonal)
Dimétrica (ortogonal)
Cilíndricas Paralelas
(axonométricas)
Trimérica (ortogonal)
Principais tipos de
perspectivas por
grupo Cavaleira (oblíqua)
Cônicas Cônica
Nesse tipo, Coruja, temos que as linhas paralelas que irão compor o desenho técnico do objeto irão
se encontrar e o resultado gera uma impressão desproporcional ao observador. Veja a imagem abaixo de
um desenho nessa perspectiva:
Esse é o tipo de perspectiva, Estrategista, que tenta demonstrar os objetos como nós realmente os
vemos na realidade. Assim, existe o conceito de linha do horizonte (linha que é determinada pela altura da
vista do observador - é a linha azul do esquema acima) e ponto de fuga (consiste no onde retas paralelas
tendem a convergir na linha do horizonte - é o ponto os as linhas verdes do esquema encontram a linha azul
que é a linha do horizonte).
Nessa perspectiva do grupo das paralelas, temos as semirretas que compõem a projeção do desenho
paralelas aos eixos ortogonais, possuindo um ângulo entre elas de 120o. Além disso, nessa perspectiva,
teremos os ângulos com 30o em relação ao plano de projeção. Nessa perspectiva, Estrategista, você tem que
guardar que o desenho não possui desproporção e as medidas são representadas com grandezas
verdadeiras. Veja a seguir:
Portanto, Coruja, para a perspectiva isométrica (iso = igual/mesma e métrica = medida), temos a
seguinte relação de escala: 1:1 para altura, largura e comprimento. Ou seja, medidas de projeção verdadeiras
para o objeto, sem distorção.
Nessa perspectiva, Estrategista, nós temos apenas 2 medidas que serão verdadeiras em relação ao
desenho. Assim, temos que a altura e o comprimento ficam na escala 1:1, ao passo que a medida da largura
(nossa profundidade) estará na escala 0.5:1 (a metade da real). Além disso, Coruja, os ângulos formam com
o plano 7o e 42o (importante saber esses valores, hein?).
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Nessa perspectiva, Estrategista, temos que as três medidas das dimensões serão diferentes (essa é a
principal diferença entre elas)!
Nesse sentido, teremos diferentes ângulos! Porém, somente a altura mantém a escala 1:1,
representando proporcionalmente o desenho real.
As demais dimensões são comumente encontradas para a largura em 0.5:1 enquanto que o
comprimento em 0,9:1. Com ângulos em torno de 5o para na semirreta paralela ao eixo do comprimento e
17o na semirreta paralela ao eixo da largura. Veja a figura a seguir.
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Nessa perspectiva, Estrategista, o que você precisa saber para sua prova é que as medidas são
distorcidas somente no eixo oblíquo que forma, normalmente, um ângulo de 45o (podem existir mais
valores para os ângulos, mas o largamente cobrado é esse) com o plano da folha, representando o eixo da
largura (nossa profundidade).
Nesse eixo, as medidas são reduzidas na metade da real. Assim, temos que a largura também estará
em escala 0.5:1, ao passo que as demais são preservadas. Veja na figura a seguir:
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Coruja, elenquei os principais valores de diferenças entre as perspectivas na tabela abaixo. É bom
você ter em mente os valores de escala para cada uma. Tem "cheiro" de prova cobrar esse tipo de
comparação, sabe? rs.
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Coruja, é importante você estabelecer alguns padrões a fim de memorização para sua
prova! Perceba que a única perspectiva que tem todas as dimensões com medidas
verdadeiras é a isométrica. Além disso, a única com todas dimensões diferentes da real é
a trimétrica! Pegou o "bizu"? ;)
Outros conceitos importantes que devemos entender antes de adentrarmos nas vistas propriamente
ditas, cujos detalhes não são comumente definidos nos cursos de engenharia mecânica e engenharia de
produção, são sobre linhas e tracejados. Estrategista, vamos estudar esses conceitos a seguir! Avante!
Dentro do estudo das linhas em desenho técnico mecânico, é importante sabermos sobre a largura,
as condições de espaçamento e as cores e seus códigos, além, é claro, dos tipos de linhas que vão compor
os desenhos.
Primeiramente, conforme aponta a norma NBR 8403, eu elenquei os tipos principais de linhas, suas
denominações e aplicações gerais na tabela abaixo, Estrategista! Dê uma olhada:
Linhas de cotas
Linhas auxiliares
Linhas de chamadas
Contínua estreita
Hachuras
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Além dessas informações, Coruja, é importante você ter em mente outras mais específicas no que
tange a largura das linhas (em termos numéricos), espaçamento e as cores conforme se altera a largura
delas.
Primeiramente, o que você deve saber é que a relação de largura entre linhas largas e linhas estreitas
não podem ser menores do que 2. Ou seja, Estrategista, se tivermos a largura de uma linha larga de 2,00
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mm, não podemos ter uma largura de linha estreita de 1,40 mm. Assim sendo, nesse exemplo, 1,0 mm seria
o máximo para a linha estreita. Pegou o "bizu"?
Alinhado a esse raciocínio, é bom você saber quais são as principais faixas de escalonamento para
largura das linhas. Sem precisar decorar, hein? Porém, é bom que você tenha a noção de grandeza:
0,13 - 0,18 - 0,25 - 0,35 - 0,50 - 0,70 - 1,00 - 1,40 - 2,00 (mm)
Outra informação importante em relação a esses valores, Coruja, é saber quais traços utilizam a
largura de 0,13 e 0,18 mm em desenhos originais nos quais as suas reproduções são desenvolvidas em escala
natural. Ou seja, não se utiliza nenhum desses valores para reduções, por exemplo.
Além disso, saiba que para vistas diversas de uma peça, por exemplo, cujos desenhos são na mesma
escala, há necessidade de se conservar as larguras das linhas.
1.1.3.2. Espaçamento
Estrategista, outro detalhe importante para você guardar é sobre o espaçamento entre linhas. Saiba
que ele possui um valor mínimo quando há necessidade de representar linhas paralelas. Veremos mais à
frente quando estudarmos sobre hachuras e materiais específicos quando são representados que aquelas
linhas paralelas estão dentro desses valores.
Dessa forma, para questões que cobrarem esses conceitos de forma direta, tenha em mente que o
espaçamento não pode ser menor que 0,70 mm (valor mínimo) e, também, não pode ser menor que 2
vezes a largura da linha mais larga.
"Perai, Professor! Embaralhou, aqui!". Ok, vamos lá. É o seguinte: imagine que lá naquela escala que
vimos acima, tenhamos em um desenho a linha mais larga com largura de 0,25 mm. Além disso, as linhas
mais estreitas estão com 0,13 mm.
Apesar da relação não ter sido respeitada (lembra que ter que ser até 2 entre elas), caso o desenhista
queira respeitar a regra do espaçamento, não basta que ele simplesmente duplique a largura da linha mais
larga, pois teríamos 0,5 mm e, como vimos a regra, temos que o espaçamento não pode ser menor que 0,70
mm, também. Simples, não? Avante!
Se liga, Coruja! Quando falar em espaçamento, saiba que temos um valor mínimo que
não pode ser menor que 2 vezes a largura da linha mais larga E menor que 0,70 mm! ;)
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1.1.3.3. Cores
Basicamente, Estrategista, não tem segredo aqui. A norma NBR 8403 elenca, para cada valor de
largura que vimos acima, uma cor específica. Veja na tabela abaixo que compilei para cada largura a sua
respectiva cor:
Esse tipo de situação também pode vir a ocorrer em representações de vistas em cortes (falaremos
deles no final da aula de hoje). Por conta dessas "complicações" técnicas na hora da representação da
projeção de uma vista, de acordo com a norma supramencionada, temos uma ordem de prioridade entre os
diferentes tipos de linhas de um desenho técnico mecânico.
Essa ordem de prioridade é ilustrada a seguir, sendo da mais importante (que sempre vai aparecer
na projeção em relação a todas as demais) para a menos importante:
3) Superfícies de cortes e seções (linha traço e ponto estreito, larga nas extremidades e mudança
de direção; tipo de linha H);
Coruja, a ordem de prioridade também pode aparecer na sua prova como ordem de
precedência! É a mesma coisa, viu? ;)
Além disso, nesse ponto da matéria, você precisa decorar essa ordem, pois as questões
costumam cobrar de maneira direta! Além disso, dê uma olha no tipo de linha que
coloquei ao lado para visualizar e treinar com sua denominação!
Por fim, uma ponto já explorado em prova é a denominada linha de chamada. Saiba que é comum
na literatura, Coruja, as linhas de chamadas também receberem o nome de linhas auxiliares! São aquelas
linhas finas contínuas que delimitam as linhas de cotas ou designam algum detalhe específico no desenho!
Nessa seara é importante você saber que essas linhas deve terminar sem símbolo, caso elas
conduzem a um linha de cota (letra "a" da figura"); com um ponto, caso termine dentro do objeto (letra "b"
da figura) ou com uma seta, caso ela conduza ou contorne a aresta do objeto (letra "c" da figura). Veja:
a b c
Para finalizarmos esse assunto, Coruja, vamos ver algumas regras sobre a representação das roscas
em desenho técnico. Nessa parte, nos interessa saber como as hachuras em corte serão representadas em
relação a rosca, além de como essa rosca será representada.
O primeiro ponto que você precisa saber é que, de acordo com a norma NBR 8993, temos que para
roscas visíveis, a crista do filete será representada pela linha contínua LARGA (lembra das linhas que vimos
anteriormente?) e a raiz da rosca será representada pela linha contínua ESTREITA. Na sua vista de topo, a
5
Adaptado da norma NBR 8403.
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rosca visível terá sua raiz em uma circunferência parcial com linha continua estreita em 3/4 da circunferência
total. Veja a figura abaixo, Coruja:
Além disso, a norma recomenda que o espaçamento entre as linhas que irão representar o diâmetro
maior e menor da rosca seja igual à profundidade real da rosca. Todavia, independente dessa regra, Coruja,
memorize que este espaçamento NUNCA deve ser menor que essas duas condições (tem "cheiro" de prova):
Dessas duas dimensões citadas, grave que SEMPRE irá prevalecer a MAIOR entre elas. Pegou o "bizu",
Estrategista? Logo, o espaçamento tem que representar a real diferença entre os diâmetros. Porém, nunca
menores do que as duas condições que vimos, sempre prevalecendo a maior entre elas.
Voltando ao tipo de linhas empregadas, Coruja, saiba que quando as roscas forem encobertas (ou
seja, dentro da peça representada, por exemplo), as linhas serão tracejadas para sua representação,
podendo ser tracejadas largas ou estreitas. Todavia, só pode escolher um tipo e tem que ser utilizada em
toda a representação. Da mesma forma, teremos a vista em topo igual a anterior, mas com linhas tracejadas.
6
Adaptado da norma NBR 8993.
21
Agora, quero o máximo de sua atenção, Estrategista! Quando tivermos partes roscadas em uma vista
em corte (veremos mais sobre os cortes no decorrer da aula), as hachuras serão estendidas até a linha da
crista da rosca! Todavia, tem que ficar claro para você que isso dependerá da rosca - se é de um furo ou de
um parafuso, por exemplo, em corte. Veja na figura7 a seguir que temos a representação de um furo com
rosca.
Perceba que na figura acima, temos a rosca em furo da peça. Assim, a hachura vai até a crista do
filete dessa rosca expressada pela linha contínua larga do desenho. Outro detalhe, Coruja, é quanto ao
limite de comprimento útil da parte roscada da peça. Veja que ele pode ser feito com uma linha contínua
larga (como no exemplo da figura à esquerda do leitor), ou com uma linha tracejada estreita ou larga (como
no exemplo da figura à direita do leitor).
Além disso, Coruja, as roscas incompletas e a parte que vai além do limite de comprimento útil da
rosca não devem ser mostradas. Porém, se elas representarem uma necessidade funcional, devem ser
evidenciadas. Por fim, um ponto muito importante para sua prova é que quando tivermos desenho em corte
de conjunto de partes montadas (por exemplo, um furo roscado e um parafuso com rosca externa), as partes
roscadas externas devem ser representadas encobrindo as partes roscadas internas. Vejas esses detalhes
na figura abaixo:
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Adaptado da norma NBR 8993.
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Estrategista, visto os principais detalhes das linhas em desenho técnico mecânico de acordo com as
normas supracitadas, vamos agora entrar de cabeça nas vistas ortográficas propriamente ditas! "Simbora"!
Antes de explicar os conceitos de diedros e como você precisa lidar com eles caso alguma questão
cobre alguma projeção específica em algum deles, é válido relembrarmos os conceitos de vistas. Nesse
sentido, a projeção ortográfica visa representar o objeto no plano da folha em duas dimensões, com as vistas
ortográficas específicas em cada tipo de diedro.
Quando temos um observador que está vendo um modelo de uma peça, Coruja, temos que ter em
mente que para o desenho técnico mecânico, esse observador está a uma distância infinita.
Esse raciocínio é válido para entendermos o porquê de certas vistas representar somente e
exatamente a face da peça que ela está se referindo.
Nesse sentido, conforme vimos na aula de Elementos de Máquinas (lá tivemos algumas
representações de desenhos por conta do tipo de assunto), presenciamos algumas vistas específicas que eu
comentei quando apareciam.
Assim, você deve ter percebido que há, basicamente, 6 principais vistas quando temos que
representar um projeção de um objeto ou de uma peça. Veja a figura a seguir, Estrategista! Elenquei as
principais vistas e suas denominações:
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Dessa forma, Estrategista, conforme a projeção é feita em alguma superfície específica, temos essas
seis vistas representadas. Dessas seis vistas, as mais cobradas são três: Vista Lateral Esquerda, Frontal e
Superior. Além disso, basicamente, para todas elas, temos dois planos de projeção: um plano vertical e um
plano horizontal.
Esses dois planos de projeção vão dividir o espaço em 4 subespaços denominados de diedros. É
importante para sua prova saber identificar em qual diedro a projeção de um desenho técnico mecânico se
encontra, pois é comum questões abordarem o tema, pedindo para que você identifique em qual diedro as
projeções das alternativas se enquadram (veremos uma questão a seguir) ou fornecer o diedro e questionar
como serão as vistas de cada projeção.
Conforme mencionei anteriormente, Estrategista, diedro é uma região do espaço que fica delimitada
pela intersecção de dois planos: vertical e horizontal. Dessa forma, temos 4 diedros, cada qual representado
por cada quadrante formado por 2 semiplanos.
Além disso, os diedros são numerados (1º, 2º, 3º e 4º diedro) sempre no sentido anti-horário do
observador do papel. Assim, em cada diedro do espaço, Coruja, teremos diferentes representações das
projeções de um objeto ou de uma peça.
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Coruja, na maioria dos países, a principal representação de desenhos técnicos mecânicos é feita no
1º diedro. Sendo que em alguns países, como, por exemplo, nos Estados Unidos e no Canadá, é comumente
adotada a representação no 3º diedro.
Apesar da grande maioria das questões de concursos cobrar a representação no 1º diedro (e,
normalmente, elas não vão especificar, cobrando somente as vistas do desenho), algumas questões podem
cobrar especificamente a representação no 3º diedro.
Além desses pontos, Coruja, para uma possível questão direta e conceitual, saiba que nas
representações no 1º diedro, temos que o objeto está posicionado entre o observador e o plano de
projeção. Já nas representações no 3º diedro, saiba que o plano de projeção estará posicionado entre o
observador e o objeto.
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Apesar dessas definições não serem extremamente importantes para nós na prática de identificação
das vistas cobradas nas questões, é sempre bom ter em mente para qualquer surpresa da banca. ;)
Outro ponto importante antes de vermos a principal diferença de representação em cada diedro, é
sua simbologia, de acordo com a norma8. Veja a seguir a figura. Em "A", contém o símbolo para mostrar no
canto inferior direito na legenda da folha para o 1º diedro e em "B", o símbolo para o 3º diedro.
Estrategista, é comum em questões de vistas aparecer para você um desenho e ele pedir alguma
projeção. Normalmente, conforme mencionei, as projeções são propostas no 1º diedro, cobrando sua
capacidade de interpretação do desenho e consideração para linhas que estão atrás das vistas, tracejadas,
por exemplo.
Todavia, algumas questões podem perguntar sobre como ficaria a projeção em diferentes diedros,
além do 1º. Tranquilidade, Coruja! Os desenhos são bem simples, mas você precisa ter paciência para
visualizar cada vista em cada plano do diedro em questão.
Nas duas figuras a seguir, eu coloquei para vocês o mesmo desenho em diedros diferentes. No caso,
o primeiro é uma projeção de cada vista no 1º diedro e o segundo desenho temos a projeção de cada vista
no 3º diedro.
8 NBR 10067
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Alterei as cores das arestas do desenho para que você veja o que aparece para cada visualização de
vista do objeto. Vou colocar novamente o objeto anterior e as respectivas vistas para você não ter que subir
e descer a página do seu "pdf", pois isso cansa e é pouco produtivo, certo? Vejamos.
Agora, veja a representação no 1º diedro. Perceba ao lado os planos sendo rebatidos para a folha em
duas dimensões referentes às principais vistas cobras (desenho à sua direita, Estrategista):
27
Sob o mesmo raciocínio, vejamos a representação do mesmo objeto, porém com as projeções para
as principais vistas cobradas, agora, no 3º diedro:
Se liga, Estrategista! As vistas são diferentes para cada diedro quanto a posição! Isso
ocorre porque no 1º diedro olha-se a peça por um lado e se desenha o que está vendo
do outro lado.
Além da dica que a corujinha nos trouxe, friso que é sempre bom tentar visualizar o desenho em cada
diedro para pode chegar na resposta correta!
Por isso, coloquei essas representações para que você visualize com os planos inseridos! Além disso,
Estrategista, é muito interessante você procurar nas alternativas como está posicionada a Vista Superior,
pois o examinador pode colocar a peça em outra posição. Vamos resolver uma questão para entender como
esse assunto pode vir a ser cobrado. Antes, vou colocar a mesma figura acima com todas as vistas, além das
principais! Fiz dois esquemas, porque o completo ficou pequeno. Veja a seguir cada o 1º e 3º diedro.
28
Um esquema fácil para se memorizar, Coruja, qual a relação das outras vistas com a vista frontal
(perceba que ela é igual tanto no 1o quanto no 3o diedro), é apresentado na norma NBR 10067. Veja a abaixo:
Se liga, no "bizu", Coruja: perceba que as vistas no 1o diedro são sempre opostas aos
nomes da vista cobrada, ao passo que, as vistas no 3o diedro são sempre iguais aos
nomes da vista cobrada! Isso facilita na resolução de certas questões! ;)
(CEBRASPE/Petrobrás/Mecânica - 2023)
Com relação a desenho técnico mecânico, julgue os itens subsecutivos.
A projeção ortográfica é uma técnica de representação gráfica utilizada para criar desenhos técnicos
tridimensionais.
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
Muito fácil, não é, Coruja? Conforme vimos em aula, a projeção ortográfica não tem relação com a criação
de desenhos tridimensionais (objeto na realidade). A projeção ortográfica serve para representar o objeto
no plano da folha em duas dimensões, com as vistas ortográficas específicas em cada tipo de diedro.
30
Gabarito: errada.
(FGV/SEE-PE/Mecânica - 2016)
Observe a peça apresentada a seguir.
Assinale a opção que melhor apresenta as vistas ortográficas dessa peça no 3º diedro.
a-) d-)
b-) e-)
c-)
Comentário:
Perceba que nessa questão, Coruja, temos que visualizar as projeções de cada vista. Porém, em vistas
diferentes do padrão (Vista Frontal, Vista Lateral direita e Vista Superior), no 3º diedro.
31
Perceba que na letra "d", temos que todas as vistas estão corretas quanto a posição no 3º diedro. Todavia,
repare na Vista frontal dessa peça: temos um linha larga e não tracejada! Essa linha não tem motivo para
existir já que não existe tal aresta no desenho original (veja lá)!
Assim, o correto seria colocar uma linha tracejada para ilustrar uma aresta que estão atrás dessa vista,
representando os cantos do espaço que adentra a peça.
Além disso, para entender essa visualização, as vistas que o exercício cobra são: Vista Frontal, Vista Lateral
Direita e Vista Superior. Repare na Vista Superior e como ela é rebatida. Em todas as alternativas ela está
na horizontal e não na vertical se a vista frontal fosse o padrão que estamos acostumados. Veja a figura "a"
(padrão que estamos acostumados) e a "b" que o examinador considerou:
A-) B-)
Vista Vista
frontal frontal
Essa é a sacanagem da questão, pois a vista superior não está de acordo com a perspectiva da peça ilustrada.
Nesse sentido, temos que imaginar a peça com a vista frontal de B. Assim, no quadrante do 3º diedro,
obtemos a vista superior conforme as alternativas ilustram.
Por isso, a alternativa correta é a letra "c".
Gabarito: "c".
Além disso, Coruja, é bom você ter em mente que os demais quadrantes de projeções das vistas
também podem estar nas alternativas das questões.
Antes de vermos uma questão que trata sobre esse ponto, é importante frisar que de acordo com
NBR 10067 a vista mais importante de uma peça deve ser utilizada como vista frontal ou principal e,
geralmente, essa vista é a que representa a peça quando em sua utilização.
Outro ponto interessante é sobre outras vistas necessárias ao desenho. Quando forem necessárias
mais vistas, a norma supracitada elenca alguns critérios: usar o menor número de vistas, evitar repetição
de detalhes e evitar linhas tracejadas desnecessárias.
Veja a questão a seguir sobre o que comentei sobre a vista estar oposta às três vistas comumente
exploradas: vista frontal, vista lateral esquerda e vista superior no 1º diedro.
32
Perceba que podemos ter como resposta para uma projeção em determinado diedro, diferentes
vistas, dentre elas, denominadas, de acordo com a norma já mencionada em: vista lateral direita, vista
inferior e vista posterior.
Por isso, Estrategista, além da regrinha que expliquei, é muito importante que se você
tiver qualquer "enrosco" em questão de prova, você deve fixar a vista frontal no diedro
pedido na questão e imaginar suas vistas para chegar ao gabarito!
a-) b-)
c-) d-)
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Comentário:
Veja, Estrategista, essa questão é um exemplo que pode vir a aparecer para você que cobra as projeções no
primeiro diedro, porém com as vistas, aparentemente, opostas às tradicionais.
Dessa forma, temos que imaginar além da vista frontal (principal), a vista superior e a vista lateral direita
do desenho, a fim de achar o erro nas alternativas e avaliar a v
ista inferior para o nosso gabarito.
Assim, como no exemplo que vimos anteriormente, temos que imaginar o desenho no primeiro diedro e
rebater cada vista em cada quadrante.
Vista superior
Vista frontal
Perceba nesse exercício que a vista superior está de acordo com a perspectiva do desenho no enunciado.
Isso facilita sua vida, pois a vista frontal está de acordo com o exemplo que citei acima.
Com isso, Coruja, percebemos que a reposta correta é a letra "a" - temos a vista lateral direita, vista inferior
e vista frontal representadas de maneira correta quanto aos detalhes do desenho.
34
As letras "c" e "d" são absurdas, pois as vistas laterais direitas estão representadas em quadrantes
completamente diferentes. A letra "b", por sua vez, possui um detalhe no desenho que não está
representado. Veja os círculos que marquei a seguir onde não contém os detalhes necessários:
Gabarito: a.
Agora, falaremos sobre mais pontos importantes em relação aos desenhos técnicos, começando pela
superfície do objeto representado! Avante, Coruja!
Estrategista, um conhecimento que é importante para sua prova é em relação a simbologia que irá
identificar o estado da superfície da peça. De maneira bem simples, teremos os 3 símbolos básicos descritos
a seguir9, além de suas variações para cada informação específica que veremos posteriormente.
Coruja, para uma questão direta, saiba que o símbolo básico é formado por duas linhas
diferentes que formam um ângulo de 60o com a superfície específica! ;)
Além dessas características básicas, temos também algumas características específicas para certas
informações. Por exemplo, se for necessário indicar qual o método de fabricação que foi utilizado para
produzir o detalhe que o símbolo está referenciando, devemos prolongar um traço horizontal na linha mais
comprida e, sem abreviação, designar o processo. Veja o exemplo abaixo:
Outra informação que é comumente utilizada é a rugosidade. Também sem mistério, Estrategista,
temos que a indicação virá conforme as figuras a seguir. Em "a", temos que a obtenção da rugosidade
denominada "X" pode ser obtida por qualquer processo de fabricação (lembra que o símbolo aberto entre
as linhas não possui significado isolado). Já em "b", temos que a obtenção da rugosidade "Y" deve ser atingida
por remoção do material da peça.
Além disso, Estrategista, é bom que você saiba sobre os limites máximos e mínimos de rugosidade.
Quando o projetista necessitar ilustrar essa informação, ele irá colocar dois valores no lugar das letras (no
lugar do "x" ou do "y", acima). Dessa forma, o número colocado acima (X1) será o limite máximo e, abaixo,
o mínimo (X2):
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"Ah, professor, e se tiver só um valor?" Coruja, se aparecer só um valor ele será sempre o
valor máximo de rugosidade! ;)
Essas são algumas das situações pelas quais há ênfase na norma supramencionada! Porém, teremos
mais disposições acerca das posições das informações nesse tipo de simbologia. A seguir eu elenquei todas
as posições para que você não fique surpreso com nada no dia da sua prova! Vamos vê-las?
• b: nessa posição, o símbolo colocado vai definir qual a direção das estrias;
• d: nessa posição, ao lado de "c", qualquer outro parâmetro de rugosidade pode ser colocado entre
parênteses;
37
• e: nessa posição, como vimos anteriormente, será indicado qual fora o método de fabricação,
podendo ser utilizada a posição para designar qual tratamento ou qual revestimento da peça,
também.
Para a rugosidade da superfície, são estabelecidas por código de cada classe na já mencionada norma.
Cada código, indica um valor de desvio médio, em mícrons. Assim, temos:
Tranquilidade, Coruja! Perceba que cada valor é sempre, aproximadamente, a metade do valor de
cima e o dobro do valor de baixo. Basta você memorizar a maior ou a menor rugosidade e na hora da prova,
fazer o cálculo no intervalo das 12 classes e achar qual a questão irá lhe pedir.
Pensou que eu não iria explicar o que são estrias, né, Coruja? Estrias nada mais são que
linhas de pequeno tamanho que ficam na superfície quando, por exemplo, a peça é
usinada no decorrer do processo de fabricação!
38
Além desses símbolos para estrias paralelas e perpendiculares que a corujinha nos trouxe,
Estrategista, temos, de acordo com a norma NBR 8404, mais alguns símbolos. Veja a tabela10 a seguir:
1.3. Hachuras
Nesse sentido, as hachuras são definidas como as linhas ou figuras que tem como principal objetivo
representar os materiais nessas áreas que mencionei.
"Mas, professor, cada material terá um tipo de representação?" Então, Corujinha, a maioria dos
materiais são representados dentro uma condição geral, ao passo que, alguns materiais específicos (e
veremos suas respectivas hachuras mais à frente) vão possuir hachuras específicas.
Dessa forma, de maneira geral, Coruja, uma representação em hachuras para qualquer material
genérico é dada pela seguinte forma:
Estrategista, tranquilidade, hein? São as hachuras mais comuns que sempre tivemos que fazer na
época de faculdade. Preste atenção na definição acima que é mais que suficiente para sua prova. Vamos ver
um exemplo? Veja a seguir:
Antes de vermos os demais tipos de hachuras relacionadas aos materiais específicos (fiz um quadro
compilado), eu elenquei algumas informações de suma importância para sua prova, Coruja. Elas têm "cheiro"
de cobrança:
• As hachuras são feitas sempre numa mesma direção, quando em uma mesma peça. Além
disso, qualquer detalhe que for desenhado separadamente de sua vista, deve também ser
hachurado na mesma direção. Veja o exemplo;
11
12
ater a literalidade da norma, pois é cara de banca fazer isso - cobrar a letra da norma e, pela
lógica da letra (que pode não fazer sentido), o aluno errar na prova. Por isso, atenção:
1-) Hachuras em desenhos de conjuntos, com peças adjacentes > direções opostas ou
espaçamentos diferentes das linhas;
2-) Hachuras em uma mesma peça composta (soldada, rebitada, remanchada ou colada)
> direções opostas ou espaçamentos diferentes das linhas;
Coruja, além desses detalhes chatinhos, temos mais alguns detalhes que acredito de suma
importância. O primeiro é em relação ao espaçamento mínimo das linhas de hachuras que é de 0,7 mm.
Além disso, em situações quando a área de corte é muito grande, essa área pode ser limitada pelas
hachuras de seu contorno, deixando seu centro em branco. Veja a figura13 a seguir, marquei com círculo
vermelho:
Outro ponto interessante é saber que as hachuras vão possuir a mesma direção em uma peça, mesmo
quando se tem vários planos de corte paralelos. Veja a representação do corte da figura a seguir:
Alinhado a esse conceito, também devemos compreender que quando surgir a necessidade de
representar dois detalhes do desenho que estão alinhados, deve-se manter a mesma direção das hachuras,
porém as linhas devem ser desencontradas. Veja a seguir:
Quando houver necessidade de se inscrever qualquer informação dentro da área hachurada, Coruja,
as hachuras devem ser interrompidas na região da escrita, ficando como exposto na figura "a" a medida
"10". Além disso, em desenhos de conjuntos, as peças adjacentes devem ter espaçamento, no mínimo, de
0,7 mm, conforme a figura "b" a seguir:
42
14
Estrategista, o último detalhe que temos que saber antes do quadro compilado de materiais
específicos a seguir, é que as hachuras podem ser omitidas. Porém, isso só pode ocorrer quando as peças
tiverem espessuras finas. Se o projetista optar, nessa situação, por omiti-las, saiba que a seção deve ser
enegrecida (como no exemplo acima na letra "b").
Coruja, visto todos esses detalhes, temos o quadro a seguir que também é um assunto que pode vir
a ser explorado. Atente-se ao formato de cada hachura:
15
Coruja, nessa seção da aula veremos os principais detalhes sobre as vistas em corte e as vistas de
seções. O primeiro detalhe que você tem que ter em mente é que sempre os cortes e as seções seguiram a
mesma disposição das vistas nas quais eles se referirem.
Além disso, outro detalhe importante que tem "cheiro de prova" é sobre a identificação da posição
da vista em corte (lembre-se dos desenhos da seção anterior, aquela denominação "AA", pois bem, ela é a
identificação) - não há necessidade de serem feitas caso a localização do plano de corte seja clara, de fácil
visualização. Isso ocorre em peças muito simples, sem complexidade de interpretação.
Todavia, caso seja um desenho complexo, fazendo com que a vista não seja clara, temos que utilizar
uma linha estreita-traço-ponto (conforme já vimos anteriormente, na seção 1.1.3 dessa aula) e larga nas
15 Adaptado da norma NBR 12298 e de Instituo Federeal de Educação, Ciências e Tecnologia – IFCE.
44
extremidades com a identificação que mencionei com letras maiúsculas e sempre no sentido da observação
utilizando setas.
Indo além, Estrategista, conforme vimos, as partes em corte devem ser hachuradas. Apesar disso,
temos certas peças e elementos que não serão hachurados nas vistas em corte. Abaixo, eu elenquei quais
são eles constantes da norma NBR 10067. Atenção nesse ponto, pois tem todos os "atributos" para serem
explorados em questões diretas e "decoreba":
Dentes de engrenagens
Parafusos
Porcas
Eixos
Raios de rodas
Nervuras
Arruelas
Contrapinos
Rebites
Chavetas
Volantes
Manípulos
Para fecharmos o assunto corte, Coruja, é conveniente que saibamos quais são os tipos de cortes
existentes e classificados na norma. Teremos ao total 4 tipos de cortes. São eles:
Corte total
Meio-corte
Tipos de cortes
Corte parcial
Corte em desvio
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Nesse ponto, Estrategista, sem grandes mistérios, viu? O corte total é aquele pelo qual a peça é
cortada em toda sua extensão por um plano de corte específico. Já o meio-corte é muito utilizado em peças
simétricas e sua representação é mostrada em corte apenas da metade, enquanto a outra metade
permanece em vista. Veja a figura abaixo:
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Por outro lado, a confusão pode vir a surgir caso a questão queria relacionar (ou misturar) os
conceitos do meio-corte com o corte parcial. O corte parcial, Coruja, é aquele no qual somente uma parte
da peça é cortada com o intuito de focar em um detalhe. Para isso, o desenho fica delimitado por uma linha
contínua estreita feita à mão livre ou por uma linha em zigue-zague (se ligue nesses detalhes e palavras-
chave que negritei para evitar misturar as classificações).
17
Por fim, o corte em desvio é quando a peça é cortada também em sua extensão total (como no corte
total), porém por mais de um plano de cote. Essa variação de planos vai depender da forma da peça e de
seus detalhes a serem mostrados.
Outras situações peculiares, Coruja, também podem ocorrer, como seções que podem ser
evidenciadas dentro ou fora das vistas. Quando dentro, temos a seção delimitada com um traçado de linha
contínua estreita como na figura "a". Também pode ser com a seção deslocada fora da vista, quando fora,
com linha contínua larga, podendo ser próxima à vista e ligada por meio de linha estreita-traço-ponto como
na figura "b". Além disso, pode ser em posição diferente, identificada com letras, de maneira convencional
como na figura "c":
18
Estrategista, acredito que sobre corte seja o suficiente para sua prova. Vamos estudar agora as
regrinhas inerentes à cotagem? "Simbora"!
(CEBRASPE/Petrobrás/Inspeção - 2023)
Com base no disposto na norma NBR 10067:1995, que estabelece os princípios gerais de representação em
desenho técnico, julgue os itens subsequentes.
Um único plano de corte é usado no corte em desvio.
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
Opa! O corte total é aquele que possui apenas um plano de corte. O corte em desvio temos mais de um plano
de corte na peça.
Gabarito: errada.
1.5. Cotagem
No que diz respeito às regras de cotagem, devemos começar, de acordo com a norma NBR
10126/1987, pela sua definição: a cotagem em desenhos técnicos mecânicos nada mais é que a
representação gráfica das características do elemento, por meio de linhas, símbolos, notas e valores
numéricos em determinada unidade de medida.
Sob essa linha de raciocínio, Corujinha, temos que também ter em mente (principalmente, para
questões diretas), qual o significado de alguns termos, como:
• Cotas funcionais: são aquelas cotas essenciais para a função do objeto ou do local;
• Cotas não funcionais: são aquelas não essenciais para o funcionamento do objeto;
• Cotas auxiliares: servem somente para informação e não influenciam nas operações de
produção ou de inspeção, podendo ser derivadas de outros desenhos ou documentos, sem
a necessidade de serem representadas as tolerâncias nelas.
Além dessas informações, Estrategista, precisamos saber que o termo elemento significa uma das
partes característica de um objeto, podendo ser uma superfície plana ou cilíndrica, um ressalto, um filete
de rosca, uma ranhura, etc.
Outro termo importante, é o de produto acabado. Nada mais é que um objeto completamente
pronto, seja para montagem, seja para serviço e segue a configuração executada conforme seu desenho.
Além disso, pode ser também um produto de uma etapa já finalizada e pronta para posterior
processamento em outra etapa.
Estrategista, antes de entrarmos nos diversos dispositivos mais relacionados à prática de cotagem de
desenhos em si (aplicação, métodos e regras específicas) é interessante entendermos o que é conicidade e
inclinação.
Começando pela inclinação, ela será utilizada para representar elementos oblíquos da peça do
desenho, indicada sempre como uma relação referente a dimensão que se deseja obter e seu comprimento.
Veja o exemplo da figura abaixo, Coruja. Nele temos a relação de inclinação de 1:5, o que significa que a cada
5 mm do comprimento da peça, a altura é diminuída em 1 mm:
48
19
Dessa forma, Coruja, para cada 5 mm percorridos do comprimento de 50 mm, temos uma queda de
altura de 1 mm. Assim, nas figuras acima, para achar a dimensão do lado menor, basta entender que dentro
do valor de 50 mm "cabem" 10 medidas de 5 mm (regrinha de 3). Assim, o lado menor corresponde a 25 -
10 = 15 mm. (A figura "b" é só para ilustrar que a inclinação pode ser representada pelo símbolo de um mini
triângulo retângulo, ao invés de ser escrita a palavra).
Estrategista, a mesma "lógica" será aplicada em relação a conicidade de peças. Nas figuras "c" e "d"
a seguir, teremos a relação de 1:20 (se lê de 1 para 20). Nesse sentido, para cada 20 mm percorridos do
comprimento de 100 mm, teremos o decréscimo de 1 mm do diâmetro maior (40 mm):
Conicidade 1:20
20
19FERREIRA, J.; SILVA, R.M. Instituto Federal Catarinense Campus Luzerna. 2016 em http://professor.luzerna.ifc.edu.br/charles-assuncao/wp-content/uploads/sites/33/2016/07/Leitura-
e-interpreta%C3%A7%C3%A3o-de-desenho-t%C3%A9cnico-mec%C3%A2nico-SENAI.pdf. Acesso em: 26/12/2019.
20FERREIRA, J.; SILVA, R.M. Instituto Federal Catarinense Campus Luzerna. 2016 em http://professor.luzerna.ifc.edu.br/charles-assuncao/wp-content/uploads/sites/33/2016/07/Leitura-
e-interpreta%C3%A7%C3%A3o-de-desenho-t%C3%A9cnico-mec%C3%A2nico-SENAI.pdf. Acesso em: 26/12/2019.
49
Coruja, memorize para sua prova: sempre, o diâmetro fornecido para você no desenho,
no que tange a cobrança de conicidade, será o maior! :)
E aí? Qual será a medida do diâmetro menor das figuras acima ilustradas? ...
Isso, Coruja, será que de 35 mm. Oras, simples! Quantas vezes podemos diminuir 20 mm de 100 mm?
5 vezes, certo? Perfeito! Logo, teremos 5 mm subtraídos do diâmetro maior que mede 40 mm.
Coruja, além de saber as definições inerentes aos conceitos de cotas, é importante você conhecer
algumas regras no que tange a suas aplicações no desenho técnico mecânico.
Para isso, a norma NBR 10126, elenca 7 principais regras, descritas a seguir:
• 1ª: toda cotagem necessária a fim de descrever uma peça ou componente de maneira clara e
completa, DEVE ser representada DIRETAMENTE no desenho;
• 2ª: a cotagem DEVE ser localizada, seja na vista, seja no corte, representando o elemento de
maneira mais clara;
• 3ª: os desenhos de detalhes DEVEM usar a mesma unidade (milímetros, metros, centímetros,
por exemplo) para TODAS as cotas sem emprego do símbolo referente à unidade. Caso
necessário, Estrategista, o símbolo da unidade predominante no desenho (por exemplo, mm
para milímetros) deve ser incluído na legenda, a fim de evitar mau entendimento. Quando
outras unidades também devam ser empregadas para especificação (por exemplo, N.m, para
torque) o símbolo (N.m) deve ser indicado com o seu valor;
• 4ª: somente deve se cotar o necessário para descrever o objeto ou produto acabado. Além disso,
NENHUM elemento deles deve ser definido POR MAIS DE UMA COTA. Porém, temos exceções
nessa regra:
o Onde for necessário a cotagem de um estágio intermediário da produção, como, por
exemplo o tamanho do elemento antes da cementação e acabamento em processo de
fabricação;
o Onde a adição de uma cota auxiliar for vantajosa para a compreensão;
50
• 5ª: não se deve especificar os processos de fabricação ou métodos de inspeção, exceto quando
forem indispensáveis para garantir o bom funcionamento ou intercambialidade da peça, por
exemplo;
• 6ª: lembra da cotagem funcional do começo do tópico (aquela essencial ao Desenho?), então,
Coruja, essa DEVE ser escrita diretamente no desenho. (Regra que retoma à primeira regra,
certo? rs);
• 7ª: a cotagem não funcional deve ser localizada, Estrategista, de forma mais conveniente para a
inspeção e para a produção;
Coruja, agora veremos os principais métodos de execução das cotas nos desenhos técnicos
mecânicos. São detalhes que podem vir a ser explorados em provas. Vamos nos preparar, então! Avante!
Os métodos de execução podem ser entendidos como uma extensão das regras de aplicação, sendo
mais diretamente relacionados a como as diversas linhas de cotagem serão representadas na prática.
Para visualizarmos esses métodos de execução, nada mais fácil do que um desenho de exemplo. No
desenho a seguir, perceba que temos as linhas auxiliares e cotas sempre desenhadas como linhas estreitas
contínuas (conforme a norma NBR 9403 especifica).
Além disso, a linha auxiliar deve ser prolongada, ligeiramente, além da linha de cota que ela faz
referência e um pequeno espaço entre a linha auxiliar e a linha de contorno (linha do desenho) deve ser
deixado. Veja o desenho abaixo para ficar tudo mais claro:
21
Somadas a essas regras, Coruja, também temos que ter em mente que as linhas auxiliares devem ser
perpendiculares ao elemento dimensionado, porém, caso necessário, podem ser desenhadas
obliquamente ao elemento (aproximadamente, a 60o) e paralelas entre si, conforme a figura "a". Além disso,
quando houver necessidade, a construção de intersecção de linhas auxiliares deve ser feita com o
prolongamento delas além do ponto de intersecção, como na figura "b". Veja:
22
Além dessas regrinhas, você também não pode se esquecer que as linhas auxiliares e linhas de cotas
não devem se cruzar com outras linhas, claro, sempre que isso for possível, pois vai depender do desenho
e do elemento a ser cotado. Veja a figura a seguir na letra "c" o certo e na letra "d" errado:
23
Caso esse cruzamento tenha que ocorrer (a depender do desenho), as linhas não devem ser
interrompidas no ponto do cruzamento. Ou seja, Coruja, vai uma "passar por cima" da outra, mesmo.
Somado a isso, também não devem ser interrompidas nem quando o próprio elemento do desenho for:
24
Outra regrinha importante é quanto a relação entre as linhas de centro e as linhas auxiliares e de
cota. Grave: linhas de centro, Estrategista, jamais serão usadas como linhas de cota. Todavia, podem vir a
ser usadas como linhas auxiliares e, nesse caso, elas continuam como linhas de centro até o limite da linha
de contorno do desenho. Veja que fácil o círculo em vermelho que sinalizei no desenho:
25
Os limites da linha de cota também fazem parte das regrinhas possíveis de aparecerem em sua prova.
Mesmo sendo regras quase que óbvias e "bobinhas", é bom você conhecer. Basicamente, existem dois tipos
de limites para as cotas: a tradicional seta (comumente aplicada na maioria dos desenhos e nos exemplos
que fiz acima para você) e o traço oblíquo. Sobre esses tipos quero que saiba você o seguinte:
• Seta: nesse tipo de limite, os traços da seta formam um ângulo de 15o e a seta pode ser fechada
ou aberta;
• Traço oblíquo: nesse tipo de limite, o traço é desenhado com inclinação de 45o em relação a linha
de cota.
Sobre os dois limites, Coruja, é importante você saber que caso escolhido um tipo, não se deve utilizar
outro em um mesmo desenho, exceto quando o espaço for muito pequeno pode ser utilizado outro tipo.
Todavia, sempre eles devem ter o mesmo tamanho.
Além disso, memorize que sempre quando tiver espaço suficiente as setas de limitação da linha de
cota devem estar dentro dos limites dela. Se for possível e quando o espaço não for suficiente as setas
podem ser colocadas externamente no prolongamento da linha de cota. Veja a seta externa no círculo
vermelho:
26
Para finalizar essa parte dos limites da linha de cota, saiba que para raios somente uma seta de
limitação é utilizada, podendo ser de dentro ou de fora do contorno do desenho ou da linha auxiliar.
Estrategista, no que tange aos métodos de apresentação de cotas, você precisa conhecer dois
métodos principais, basicamente. Antes de entrarmos nos detalhes de cada um, já memorize que sempre
um desenho terá apenas um método e não os dois no mesmo desenho.
No primeiro método, Coruja, as cotas devem ser localizadas acima e de forma paralela às suas
respectivas linhas de cotas e, preferivelmente, no centro da linha de cota. A exceção fica quando a cotagem
é sobreposta. Confira na figura "a" e na figura "b", a regra e a exceção, respectivamente:
27
Estrategista, se liga! Veja que a regra do primeiro método que acabei de descrever diz
que a cota tem que ser PREFERIVELMENTE no centro da linha de cota! Atenção, pois tem
"cheiro de prova" o examinador trocar essa palavra! ;)
Além desses pontos, Coruja, no primeiro método as cotas devem ser escritas de modo que possam
ser lidas tanto da base quanto do lado direito do desenho e, nessa linha de raciocínio, as cotas em linhas de
cotas inclinadas, acompanham sua inclinação. Em cotas angulares, sua representação deve ser fora ou
dentro do desenho, acompanhando ou não a inclinação no primeiro método. Veja as figuras "c","d" e "e":
28
Estrategista, tranquilidade! No segundo método, a única diferença que você precisa gravar que é
diferente do primeiro diz respeito a localização da cota em relação a linha de cota - as cotas são colocadas
para que sejam lidas sempre da base da folha de papel.
Dessa forma, Coruja, as cotas ficam entre as linhas de cota, fazendo com que essas sejam
interrompidas por aquelas. Veja o exemplo abaixo com figuras já mencionadas antes para comparação:
29
Estrategista, basicamente, sobre os dois métodos descritos, são essas informações que você precisa
levar para sua prova. Outros detalhes que acredito ser pertinente sobre a localização de cotas é quanto a
sua adaptação para cada desenho.
Assim, elas podem estar no centro da linha de cota mesmo quando a peça está desenhada pela
metade (figura "a"); sobre o prolongamento da linha de cota, caso o espaço seja limitado (figura "b") e sobre
o prolongamento horizontal da linha de cota, caso o espaço não permita que seja colocada no meio da linha
de cota, com interrupção (figura "c").
30
Além disso, Coruja, cotas que estejam fora de escala - exceto onde a linha de interrupção (aquelas
para mostrar um detalhe em corte, por exemplo) for utilizada - devem ser sublinhadas com mesma
espessura do algarismo da cota (figura "d"). Ademais, os símbolos podem ser usados com as cotas para
identificar formas e melhorar a interpretação (figura "e"). Veja:
31
Estrategista, nessa parte da aula vamos ver algumas categorias de cotagem e suas denominações.
Inclui essa seção para que você esteja familiarizado com os termos para evitar qualquer surpresa, pois eles
não são tão intuitivos.
Coruja, o principal objetivo da disposição da cota no desenho técnico mecânico é indicar de maneira
clara a finalidade do uso daquele elemento, podendo derivar do resultado da combinação de várias
finalidades. Nesse sentido, vejamos as principais denominações sobre as disposições das cotas em desenhos
e suas características principais de maneira breve, pois a probabilidade dessa parte cair é bem baixa.
Super simples, Coruja! Esse tipo nada mais é que "várias cotas para várias partes não funcionais".
"Como assim, professor?". Essa disposição, Estrategista, é utilizada somente quando for possível o acúmulo
de tolerâncias quando este acúmulo não comprometer a necessidade funcional de cada parte. Dessa forma,
pode-se colocar mais cotas do que o necessário, cotando tudo que estiver no desenho. Veja:
32
Coruja, esse tipo de disposição é comumente usados quando o número de cotas da mesma direção
se relaciona a um elemento de referência, podendo ser de dois subtipos básicos: cotagem aditiva e cotagem
em paralelo.
No subtipo cotagem em paralelo, temos a localização de várias cotas simples e paralelas umas às
outras o suficiente para escrever a cota de cada uma (figura "a"), enquanto que a cotagem aditiva
(simplificação da em paralelo) pode ser utilizada quando há limitação de espaço e não comprometa a
interpretação (figura "b"). Veja a figura abaixo que "molezinha", Coruja:
33
Além disso, na disposição de cotas por elemento de referência, a origem da cota é localizada num
elemento de referência e as cotas são localizadas na extremidade da linha auxiliar.
Outro ponto que pode aparecer na sua prova, Coruja, é quanto à possibilidade de quebra de linha
auxiliar a fim de permitir que a cota seja escrita, caso os elementos dos desenhos forem muito próximos:
34
Estrategista, sem qualquer problema: a cotagem combinada nada mais é que a denominação dada
quando o desenho é cotado pela combinação das disposições simples, aditiva e por elementos comuns em
paralelo. Só isso!
Nesse tipo, Coruja, as cotas estão dispostas em relação coordenadas de eixos (x e y), como na figura
"a". Quando for necessário demarcar coordenadas para pontos de interseção em malhas nos desenhos de
localização, são indicadas como mostra a figura "b". Todavia, quando forem coordenadas para pontos
arbitrários sem a malha, elas devem aparecer adjacentes a cada ponto (figura "c") ou na forma de tabela
(figura "d"). Veja:
35
Estrategista, para finalizarmos nosso estudo sobre cotas e seu processo de cotagem, iremos tratar de
algumas indicações de caráter especial.
Coruja, veremos agora algumas disposições de cotas de caráter especial. São aquelas que em algum
ponto, a disposição "foge" um pouco da rega.
Estrategista, tranquilidade! A figura abaixo elenca como deve ser a cotagem de cada tipo. Em "a",
temos a cotagem de cordas (nenhuma novidade). Em "b", temos como deve ser a cotagem de arcos (perceba
a indicação acima da cota e a curvatura da linha de cota). Em "c", temos a cotagem de ângulos e em "d" a
cotagem para raios. Em relação a cotagem do raio, se o tamanho do raio for definido por outras cotas, basta
que ele seja indicado pela linha de cota do raio com o símbolo "R", sem o valor da cota (que estará na outra),
conforme a figura "d" indica.
36
37
Essa mesma lógica de representação pode ser aplicada em desenhos com furos e outros elementos
angulares, também. Além disso, esses ângulos podem ser omitidos, se essa omissão não causar alguma
dúvida ou confusão para quem lê o desenho.
Outro ponto interessante é quanto aos espaçamentos circulares que, dependendo do padrão do
desenho na peça, podem ser cotados indiretamente, bastando um elemento cotado e os demais indicados
pelo número de desenhos iguais presentes no desenho completo. Veja a figura "c" a seguir:
38
Nesse sentido, Coruja, os elementos repetidos, caso seja possível definir a quantidade deles de
mesmo tamanho, pode-se evitar de repetir a cotagem, apenas indicando o número de vezes que ele aparece
com a mesma cota.
No que tange aos chanfros, Estrategista, eles devem ser sempre cotados indicando o seu ângulo e
sua distância horizontal, como na figura "a". Todavia, temos uma diferenciação para quando o ângulo for
de 45o (ângulo muito comum em chanfros) - eles podem estar junto a cota de distância horizontal na mesma
linha de cota, como na figura "b" ou como na figura "c", caso for interno.
39
Coruja, finalizando esse assunto (ufa!) sobre cotagem, vamos estudar algumas regrinhas diretas sobre
algumas situações específicas em desenhos técnicos mecânicos.
A primeira delas é quanto, novamente, a elementos iguais com dimensões idênticas nos desenhos.
Para facilitar, a norma menciona que a fim de se evitar a repetição de cotas e, assim, poluir o desenho, pode-
se utilizar letras de referências com um conjunto de legendas ou nota, como na figura "a" a seguir.
Além disso, sempre que o desenho estiver em meio-corte ou meia vista, a linha de cota deve cruzar
e se estender ligeiramente além do eixo de simetria (figura "b"). Veja os exemplos a seguir:
40
Um detalhe a se guardar é quando temos elementos repetidos. A norma NBR 10126 trata
dessa situação no que tange a cotagem desses elementos. Esses elementos (como furos,
por exemplo) quando repetidos, devem ser indicados o número de vezes que eles
aparecem (se for possível saber a quantidade), ao lado da sua dimensão, sem a indicação
da unidade. Veja o exemplo da figura acima da letra "A" - temos 4 furos de 12 mm de
diâmetro! Olhe a representação: 4 x Ø12.
Estrategista, a norma nos fornece, também, a regra quanto a conjuntos de várias peças e o
agrupamento de cotas de cada um. Nesse sentido, de acordo com a norma, é comum não se cotar em
conjunto, porém se for cotado, cada conjunto deve ter seu grupo de cotas separados (tanto quanto for
possível), conforme a figura "c" demonstra cada conjunto "separado" um do outro:
41
Por fim, existem casos nos quais a cotagem de uma área ou comprimento e suas localizações
específicas no desenho se faz necessária - são situações especiais conforme o desenho. Nesse sentido, a cota
deve ser indicada com uma linha traço e ponto larga, adjacente e paralela à face correspondente. Veja na
figura "d” a seguir:
42
Coruja, essa parte da aula sobre leiaute, dimensões e apresentação da folha de desenho técnico não
costuma cair na sua prova. Todavia, existem pontos que tem tudo para vir a ser cobrado. Como queremos
uma preparação mais completa possível, vou elencar os principais tópico elencados pelas normas que
regulamentam esses assuntos. Avante?
A primeira norma NBR que iremos comentar é a 10068 que nos traz os principais aspectos sobre as
dimensões do leiaute da folha de desenho. O primeiro ponto de atenção que você precisa saber é que as
prescrições dessa norma são aplicadas aos desenhos originais bem como às suas cópias.
Além disso, ela começa no mostrando os principais formatos (denominados de série "A", pela norma),
com suas dimensões. Sobre esse aspecto, as normas nos dizem que o desenho original deve sempre ser
executado no menor formato possível, desde que não prejudique a clareza do desenho, tanto na posição
horizontal quanto a vertical. Veja as dimensões de formatos43:
Estrategista, mesmo a probabilidade desse tipo de cobrança cair ser baixa (tivemos
somente uma questão que explorou esse conhecimento banal), é bom você ter uma
noção de ordem de grandeza! Além disso, tenha atenção para os valores de formato A0,
pois ela é considerada pela norma como o formato básico para todos os desenhos e A1
que já foi alvo de cobrança! ;)
Como a corujinha nos trouxe, o formato A0 é o básico, cujo valor da área do desenho é igual a 1 m 2
(841 x 1189 mm) do retângulo da folha para o desenho.
Outro aspecto relevante que a norma nos traz, é sobre a posição da legenda (veremos mais detalhes
sobre ela adiante). Saiba que ela deve sempre ficar dentro do quadro com a identificação do desenho
(número de registo, título, origem, etc.), além de ser posicionado no canto inferior direito, seja na
horizontal, seja na vertical o posicionamento da folha.
Ademais, saiba que para os formatos A4, A3 e A2, o comprimento da legenda deve ser de 178 mm.
Já para o formato A1 e A0, 175 mm. Portanto, temos o esquema:
175 mm de comprimento - A1 e A0
Sobre as margens da folha, Coruja, memorize que elas são delimitadas pelo quadro do desenho (área
para o desenho) e o limite da folha do papel. Além disso, somente as margens esquerdas serão perfuradas
e utilizadas para arquivamento. As dimensões das margens são específicas conforme a tabela44 abaixo:
Se liga, no "bizu", Coruja! Veja que somente a margem esquerda terá valores iguais para
todos os formatos! Tem "cheiro" de prova uma questão cobrando esse tipo de coisa! ;)
Estrategista, para nossa prova, esses são os principais aspectos sobre leiaute e dimensões da folha de
desenho. Ir além, só tornaria seu estudo ainda mais exaustivo, fazendo você perder tempo com informações
pouco prováveis de cair. Veremos a seguir os aspectos sobre a apresentação da folha para desenho técnico.
44
Adaptado da norma NBR 10068.
66
Dando continuidade aos aspectos vistos anteriormente, a norma NBR 10582 estabelece as condições
para a localização e disposição dos diferentes espaços na folha de desenho. Assim, ela deverá conter espaços
para o próprio desenho, para texto e para a legenda. De maneira geral, teremos as posições na folha de
desenho conforme o esquema da figura "a" a seguir:
45
Estrategista, seguindo essa organização da figura, temos que o espaço para texto é designado para
toda e qualquer informação que seja necessária para a compreensão do desenho. Além disso, esse espaço
pode ser colocado à direita do desenho (como está mostrado na figura) ou na margem inferior, com sua
altura a depender da natureza do serviço relacionado ao desenho (a fim de não atrapalhar o desenho).
Outro aspecto importante da norma sobre esse espaço é quanto a largura dessa coluna: ela será
igual à largura da legenda (perceba no desenho acima que ela tem a mesma largura do quadrado da legenda)
ou, se não for igual, tem que ser no mínimo de 100 mm.
"Tá, professor, mas esse espaço para texto tem que ter quais informações sobre o desenho? Veja:
Explanação
Instrução
Espaço para texto Referência
Localização da planta de situação
Tábua de revisão
• Tábua de Revisão: são informações que registram qualquer correção, alteração e/ou
acréscimo no desenho depois de aprovado pela primeira vez. Ele deve conter informações
como: designação da revisão (número ou letra da sequência da revisão), referência de malha
(não se preocupe com o que é "malha", nada mais são que informações ao lado do quadro do
desenho para localizar detalhes no desenho), informação de assunto da revisão, assinatura
do responsável e data da revisão.
Para fechar esse assunto, a norma nos traz o motivo da legenda. Nela, Coruja, serão incluídas
informações de identificação do desenho e indicação de qualquer outro detalhe necessário, como:
designação da firma (ou empresa); nome do projetista, desenhista ou outro responsável; local data e
assinatura; conteúdo do desenho; escala do desenho; designação da revisão (também); indicação do
método da projeção e unidade utilizada no desenho.
Basicamente, esse é o jeitão da localização na nossa folha de desenho (figura "c" e "d") quanto ao
espaço para texto:
68
46
Coruja, vencidos todas essas regras (e não foram poucas) temos que ver mais dois pontos: sobre os
dobramentos das cópias de desenho técnico (existe norma para isso também, rs) e sobre a escrita
(caligrafia).
Começando pelo objetivo da norma47 (como de praxe, para uma possível questão que cobre ele de
forma direta) temos o seguinte (grifos nossos):
Esta Norma fixa as condições exigíveis para o dobramento de cópia de desenho técnico.
Somado a esse objetivo, Coruja, saiba que o formato final do dobramento tem que ser uma folha de
formato A4! Independentemente se o formato da folha do desenho seja A0, A1, A2 ou A3. Além disso, esse
dobramento tem que ser feito de tal forma que a legenda fique sempre visível e seja feito a partir do lado
direito da folha de desenho, em dobras verticais. Veja o resultado final na figura abaixo:
48
Se liga, Estrategista! Falou em dobramento, associe que o formato final sempre será A4 e
a legenda será sempre visível! ;)
Em relação à escrita em desenhos técnicos, também temos como objetivo na norma49 específica o
estabelecimento das condições exigíveis. As principais estão elencadas no esquema a seguir (grave-os):
como: legibilidade, uniformidade e adequação à microfilmagem e a outros processos de reprodução.
Legibilidade
Principais exigências na
Uniformidade
escrita
Somadas às essas exigências, temos algumas regras específicas para que elas sejam cumpridas. A
primeira delas é inerente aos caracteres - eles devem ser claramente distinguíveis. Além disso, a fim de
facilitar a escrita, a largura da linha para letras deve ser a mesma para letras maiúsculas e minúsculas.
Estou falando aqui sobre "microfilmagem para cá, microfilmagem para lá", né?
Tranquilidade, Coruja, microfilmagem nada mais é que um processo que produz uma
cópia reduzida de um documento (em nosso caso, um desenho técnico). Para sua prova,
é mais do que suficiente! ;)
Além dessa regra, saiba que os caracteres da escrita devem ser escritos de tal forma que suas linhas
se cruzem ou se toquem, aproximadamente, em ângulo reto e que a altura da letra maiúscula é sempre
utilizada como base para o dimensionamento da escrita dos demais caracteres. Tranquilo, Coruja, sem
mistério por aqui e sem querer "inventar a roda", pois normas, na maioria das vezes, temos que decorar seus
itens para prova. :(.
Outro ponto que julgo relevante e de provável cobrança é sobre a orientação da escrita. "Tatue" na
mente que ela pode ser tanto na vertical quanto levemente inclinada (ângulo de 15o) em relação a vertical.
Veja na figura a seguir como podem ser e grave o valor do ângulo!
50
Estrategista, pelas normas que elencamos para nossa aula, vimo bastante coisa! A partir de agora,
vou elencar alguns detalhes de tolerâncias que podem ser cobrados no escopo da nossa aula e alguns
comandos do AutoCAD. Depois, entraremos de cabeça no gerenciamento de projetos para o nosso concurso!
"Simbora"! Sem desistir, pois, a vaga e sua independência financeira estão lá, esperando por você! ;).
Estrategista, eu trouxe nessa seção, antes de finalizarmos com alguns comandos que podem vir a ser
explorados do AutoCAD, algumas definições pertinentes às tolerâncias. Para nosso estudo, trarei algumas
definições e conceitos pertinentes para sua prova das normas NBR 6409 e 6158. Essas normas são extensas
(principalmente, a NBR 6158). Por conta disso, colocarei de fato os pontos mais relevantes e que já foram
alvo de cobrança, apesar de ser um tema "core" de outra aula (Metrologia).
Como disse, apesar de ser campo de estudo da Metrologia, existem questões dentro do campo do
Desenho Técnico Mecânico que pode englobar tais conceitos. As questões são raras desse assunto, mas, de
maneira rápida e sem a profundidade devida da metrologia, vejamos os principais conceitos gerais que
englobam as definições das normas, mas, também, da doutrina:
• Tolerâncias de posição: visam limitar os afastamentos quando a posição é mútua entre dois
ou mais elementos por conta da funcionabilidade ou a fim de garantir ao leitor uma
interpretação correta, sem equívocos. Normalmente, um dos elementos é dado como
referência para se indicar a tolerância, além de poder, caso necessário, ser tomada outra
referência;
• Tolerância de forma: consiste em tolerâncias adicionais que podem ser aglomeradas junto
às tolerâncias de dimensões a fim de garantir melhor função e intercambialidade entre as
peças. Nesse sentido, as tolerâncias de forma visam limitar os afastamentos de um elemento
específico em relação à sua forma original;
72
Além dessas definições mais gerais, a norma NBR 6409 nos traz algumas definições importantes.
Vamos estudá-las, agora, e partir para o principal tópico dessa norma - os símbolos utilizados para cada
característica tolerada.
Além disso, temos a definição de acordo com a norma supracitada de elemento de referência e
elemento tolerado que podem vir a ser cobradas:
Agora, veremos alguns requisitos gerais que a norma nos traz e partiremos para os símbolos.
A norma NBR 6409 começa nos dizendo que as tolerâncias de forma e posição devem ser usadas
quando forem necessárias, ou seja, a fim de garantir os requisitos funcionais, a intercambialidade e
processos de manufatura (grave esses três requisitos).
Nesse sentido, Coruja, o elemento pode ser um ponto, linha, superfície ou até mesmo um plano de
simetria e sua tolerância geométrica define o campo no qual a posição do elemento deve estar contido.
Esses campos são exemplificados pela norma, podendo ser caracterizado de diferentes formas a depender
das características a serem toleradas e maneira como a tolerância deve ser indicada. Veja o esquema:
73
Além disso, temos algumas regras bem diretas que a norma cita seja para dimensões medidas, seja
para aplicação da cota:
Fechando essa parte mais chatinha de pura decoreba, Coruja, temos que para as roscas você deve
memorizar que as tolerâncias geométricas e os elementos de referência se aplicam ao diâmetro de flanco
(vemos isso em elementos de máquinas, mas flanco é, basicamente, o meio da crista do filete da rosca)!
Estrategista, julgo que essas regrinhas sejam as mais pertinentes se caso forem aparecer na sua prova
(até o momento, no âmbito do desenho técnico, não apareceram). A partir de agora, quero sua máxima
atenção, pois veremos os símbolos de cada característica! Avante, Coruja!
74
Na tabela51 a seguir, temos todos os símbolos elencados e todos eles podem vir a aparecer na sua
prova. A grande maioria é bem intuitiva (guarda relação direta com a denominação). Vejamos.
Circularidade
Forma
Cilindricidade
Orientação Perpendicularidade
Inclinação
Posição
Coaxilidade
Simetria
Circular
Batimento
Total
Estrategista, antes de vermos alguns exemplos de como esses elementos tolerados são empregados
nos desenhos técnicos (e como vão aparecer na sua prova), é importante você ter conhecimento de mais
51
Adaptado da norma NBR 6409.
75
alguns símbolos inerentes a indicação de referência e modificadores no desenho técnico. Veja a tabela52 a
seguir.
Tolerância projetada
Conforme dita a norma NBR 6409, temos que as tolerâncias de forma e posição precisam ser inscritas
no quadro retangular, dividido em duas ou mais partes. Nessas duas divisões, devem ser inscritos da
esquerda para a direita, a seguinte ordem:
• o símbolo da característica;
• o valor da tolerância na unidade usada pra dimensões lineares, precedido pelo símbolo Ø se zona de
tolerância for circular ou cilíndrica;
• Se for o caso, letra ou letras para identificar o elemento ou os elementos de referência.
Veja a figura abaixo. Ela já foi usada em exercício de prova. Perceba que temos uma tolerância de
forma descrita e indicada pelo símbolo da circularidade (veja lá na nossa tabela). Dessa forma, temos a
dimensão de 0,03 da unidade específica usada na para dimensão linear (já que não temos o símbolo "Ø").
52
Adaptado da norma NBR 6409.
76
Além disso, Coruja, saiba que se a tolerância se aplicar a vários elementos, pode ser escrito um sinal
de multiplicação ou nota escrita em cima do quadro de referência (letra "a"). Outras duas regrinhas
importantes são: se houver mais de uma tolerância, as características de cada um são colocadas em outros
quadros, um sobre o outro (letra "c"); se houver indicação de qualificação da forma do elemento, deve ser
escrita próxima do quadro de tolerâncias (letra "b"). Veja a figura53 a seguir:
Estrategista, para fecharmos esse assunto saiba que a indicação do quadro de tolerância que vimos
na figura acima deve ser ligado ao elemento tolerado por uma linha de chamada e na sua ponta um
flecha fechada que pode tocar:
53
Adaptado da norma NBR 6409.
77
Coruja, no que tange aos elementos de referência, eu quero que você saiba que eles são identificados
com letras maiúsculas enquadradas e conectadas com um triângulo cheio ou vazio (pega esse detalhe, que
tem "cheiro" de prova cobrar). Essa letra é aquela que aparecerá repetida no quadro de tolerância que vimos.
Além desses detalhes, eles também podem ser ligados ao contorno (letra "a" do elemento ou no
prolongamento do contorno (não é linha de cota) caso esse elemento de referência seja a linha ou superfície
representada (letra "b") e, no caso de eixos ou plano médio de parte cotada, a base do triângulo pode estar
na extensão da linha de cota. Basicamente, essas são as regras principais. Veja alguns exemplos na figura55
a seguir.
54
Adaptado da norma NBR 6409.
55
Adaptado da norma NBR 6409.
78
Coruja, por fim, saiba que os elementos de referência podem ser ligados ao quadro de tolerância se
for possível no desenho, por uma linha de chamada e, nesses casos, a letra que vimos pode ser omitida (letra
"a"). Além disso, saiba que se tivermos um elemento de referência comum, mas formado por dois
elementos, ele pode ser identificado por duas letras superadas por hífen (letra "b"). Outro aspecto
importante é você saber que se dois ou mais elementos de referência forem considerados importantes,
suas respectivas letras serão colocas em diferentes quadros com ordem de prioridade da esquerda para
direita (na letra "c" da figura, o elemento "A" é mais importante que o "B"). Caso dois elementos dentre mais
elementos sejam igualmente importantes, devem ser agrupados no mesmo quadro (letra "d"). Veja a figura56
a seguir.
Coruja, para finalizarmos esse bloco sobre tolerâncias, é válido você ter em mente, no âmbito da
nossa disciplina, alguns conceitos sobre sistemas de tolerâncias e ajustes. Como eu disse, esse tópico
pertence a área da disciplina de Metrologia. Todavia, veremos alguns pontos que tangenciam o desenho
técnico. Vamos lá?
De acordo com a norma NBR 6158, Estrategista, temos a definição de algumas peças e dimensões.
Vejamos:
• Eixo: termo convencional amplamente usado para a descrição de uma característica externa
de uma peça, incluindo também elementos não cilíndricos (novamente, essa definição Coruja,
está no âmbito da norma e considera a área da Metrologia, "tchierto"?);
• Eixo-base: consiste no eixo cujo afastamento superior é igual a zero (veremos a seguir o que
é afastamento superior);
56
Adaptado da norma NBR 6409.
79
• Furo: termo convencional usado para a descrição de uma característica interna de uma peça,
incluindo, também, elementos não cilíndricos (como eu disse par ao eixo, sob o viés da
Metrologia);
• Dimensão: consiste em número que vai expressar em uma unidade particular o valor
numérico de uma dimensão linear (pois é, Coruja, a norma define o que é uma dimensão!) rs.
Todavia, aí que mora o perigo - veja o detalhe que é uma dimensão linear e isso pode gerar
aquela "pulga atrás da sua orelha" em uma questão de prova. Então, atenção a esse detalhe!
• Dimensão nominal: é a dimensão da qual serão derivadas as dimensões limites pela aplicação
dos afastamentos superiores e inferiores;
• Dimensão efetiva local: é qualquer distância individual em uma seção transversal da peça,
Coruja. Assim, é qualquer dimensão medida entre dois pontos opostos quaisquer;
• Dimensão limite: são as duas dimensões extremas permissíveis para um elemento, entre as
quais a efetiva deve estar contida;
Veja que falei sobre o tal do afastamento, certo, Estrategista? Mas, o que são os afastamentos
superior e inferior? Pela norma citada, os afastamentos são todas e quaisquer diferença algébrica entre uma
dimensão efetiva, limite, etc e a dimensão nominal do elemento. Tranquilo:
• Afastamento superior (AS, as): diferença algébrica, como vimos, entre a dimensão máxima e
a correspondente dimensão nominal;
• Afastamento inferior (AI, ai): diferença algébrica, como vimos, entre a dimensão mínima e a
correspondente dimensão nominal;
80
Coruja, percebeu as letras "AS" e "as" (maiúsculas e minúsculas) para o superior e as letras
"AI" e "ai" para o inferior, "tchierto"? Pois bem. Essa diferença de tamanho ocorre para
designar a diferença entre dimensões de furos e de eixos. Assim, eu quero que você
memorize:
Letras minúsculas: eixos (as - Afastamento superior de um eixo) - (ai - Afastamento Inferior
de um eixo);
Além desses detalhes, Coruja, temos mais algumas definições pertinentes. À luz da norma
mencionada, um elemento consiste em uma parte em obsrevação de uma peça (com certeza, você já deve
ter deduzido essa definição nessa "altura do campeonato", certo? Mas, sabia como a norma define rs).
Outro ponto importante é saber o que é a tal da linha zero em desenhos. Ela consiste em uma linha
reta que representa a dimensão nominal e serve como a origem dos afastamentos que vimos agora a pouco.
Saiba que, por convenção, ela é representada horizontalmente, com os afastamentos positivos mostrados
acima e os negativos, abaixo.
Por fim, Estrategista, você deve saber o que é uma tolerância. Para a norma, ela é a diferença entre
dimensão máxima e a mínima. Logo, ele é, justamente, a diferença entre o afastamento superior e o
inferior.
Ir além desses aspectos, é adentrar o campo da Metrologia e fugiria ao nosso escopo! Avante!
Coruja, nessa parte da aula veremos alguns símbolos básicos utilizados em desenhos técnicos sobre
soldas e soldagem. Apesar dos tópicos soldagem ser assunto de outra aula, veremos somente alguns
símbolos que são cobrados de maneira direta no âmbito da disciplina de desenho. Normalmente, as questões
sobre esse assunto são raras e quando aparecem, nos cobram o conhecimento da norma ANSI-AWS A2.4-98
que relaciona os padrões desses símbolos.
81
Primeiramente, Estrategista, temos que ter em mente a diferença (tem "cheiro" de prova esse tipo
de cobrança) entre a simbologia de solda e a simbologia de soldagem. Dessa forma, como cita a mencionada
norma, símbolos de solda são aqueles que indicam o tipo de solda que, quando utilizado, constitui em uma
parte do símbolo de soldagem (logo, a simbologia de soldagem é mais abrangente). Veja a figura abaixo:
57
Coruja, para sua prova, temos que ter em mente os seguintes símbolos de solda que são comuns.
Coloquei a linha de referência que vimos acima tracejada para fins didáticos e destaque do símbolo.
57
Adaptado da norma ANSI-AWS A2.4-98.
82
58
Além desses símbolos básicos, temos mais três, Coruja (ilustrei eles em separado, para não ficar muito
poluído nossa primeira figura acima, rs). Veja abaixo esses dois símbolos.
58
Adaptado da norma ANSI-AWS A2.4-98.
83
59
Conforme expliquei, esses símbolos que vimos são os de solda e eles sempre estarão contidos dentro
do comprimento da linha de referência.
Por outro lado, Coruja, os símbolos de soldagem podem ter diversos elementos, sendo obrigatórios
somente a linha de referência e a seta. Dessa forma, teremos várias possibilidade de informações específicas
e adicionais. A figura60 abaixo exemplifica o posicionamento dessas diferentes informações no símbolo de
soldagem.
59
Adaptado da norma ANSI-AWS A2.4-98.
60
Adaptado da norma NBR 7165.
84
Estrategista, além dessas informações, temos alguns símbolos suplementares que podem vir a ser
cobrados. Normalmente, eles são usados em conjunto com os símbolos de soldagem que vimos acima. Veja
a figura61 a seguir elencado e sua denominação.
61
Adaptado da norma ANSI-AWS A2.4-98.
85
Além desses símbolos suplementares, temos também três símbolos importantes que dizem respeito
ao perfil do cordão da solda. Veja a figura62 a seguir.
Estrategista, agora, veremos alguns exemplos de aplicação elencados pela norma supracitada. Já foi
questão de cobra um desses exemplos e acho importante você ter os principais casos em mente. Os
primeiros exemplos dizem respeito ao lado da seta do símbolo de soldagem, a informação deve vir abaixo
da linha de referência que vimos. Se for o lado oposto da seta, aí a informação virá em cima da linha de
referência. Veja a figura com os exemplos "a", "b" e "c" a seguir.
62
Adaptado da norma ANSI-AWS A2.4-98.
86
Coruja, algumas regrinhas são importantes para certos tipos de solda. Saiba que para as soldas Filete,
de Chanfro e de Aresta, temos que a seta deve conectar a linha de referência do símbolo da soldagem a
um lado da junta e que esse lado deve ser o lado da seta da junta. Veja alguns exemplos63 paras as soldas
em relação ao lado da seta e do lado oposto nas soldagem Em V e Em V Duplo:
Além desses exemplos, é relevante sabermos alguns casos combinados (nada mais são que símbolos
de solda combinados, envolvendo mais de um tipo de solda). Casos combinados já foram alvo de cobrança,
por isso, há chance de aparecer de novo nas provas. Veja os exemplos64 a seguir.
63
Adaptado da norma ANSI-AWS A2.4-98.
64
Adaptado da norma ANSI-AWS A2.4-98.
87
Perceba, Estrategista, que a simbologia da solda tem muita relação com o formato da
seção da solda. É importante esse "bizu", pois muita questão de prova você consegue
"matar" só imaginando como seria o símbolo pela seção do desenho do exercício. ;)
88
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estrategista, chegamos ao término de mais uma aula! Agora, é fazer os exercícios e fazer seu ciclo de
revisão - principal pilar para ser aprovado em qualquer concurso!
Trouxe muitas questões sobre o tema tanto da banca do seu concurso quanto de outras bancas
renomadas do país! Assim, você irá arrebentar no dia "D"!
Aproveito para deixar, novamente, minhas redes sociais! Possuo uma conta no Instagram® na qual
compartilho questões comentadas sobre diferentes assuntos e temas de Engenharia Mecânica, de tempos
em tempos.
Além disso, possuo também um canal no Telegram®! Por meio desse canal, eu compartilho outros
tipos de informações pertinentes para você como dicas de estudos, esquemas e mapas mentais de matérias
e oportunidades de concurso em Engenharia Mecânica.
prof.canelas; t.me/profcanelas
89
QUESTÕES COMENTADAS
CEBRASPE
Com base no disposto na norma NBR 10067:1995, que estabelece os princípios gerais de representação
em desenho técnico, julgue os itens subsequentes.
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
Opa! Questão errada! Nada a ver, Estrategista. Lembre-se que parafusos constituem um dos elementos
de máquinas que não devemos hachurar. Lembre-se:
Dentes de engrenagens
Parafusos
Porcas
Eixos
Raios de rodas
Nervuras
Arruelas
Contrapinos
Rebites
Chavetas
Volantes
Manípulos
90
Gabarito: errado.
Considerando a figura 2A1-I, que representa a vista superior de uma placa monopolar de uma pilha a
combustível, e a figura 2A1-II, que corresponde à vista lateral esquerda, bem como o estabelecido na
norma NBR 10067:1995, julgue os itens a seguir.
( ) Certo ( ) Errado.
91
Comentário:
Perfeito! Oras, lembre-se que o corte total é aquele no qual temos um plano de corte que corta a peça
inteira na sua extensão indicada de corte.
Gabarito: correto.
Considerando a figura 2A1-I, que representa a vista superior de uma placa monopolar de uma pilha a
combustível, e a figura 2A1-II, que corresponde à vista lateral esquerda, bem como o estabelecido na
norma NBR 10067:1995, julgue os itens a seguir.
92
Com base na vista lateral esquerda, representada na figura 2A1-II, é correto afirmar que a vista frontal do
corte é a apresentada na figura a seguir.
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
Sim. Veja que ele afirma que a vista representada no enunciado é a VLE (Vista Lateral Esquerda). Oras, se
ela é a VLE e, quando a questão não afirma qual o diedro, temos que considerar o primeiro diedro (como
expliquei em aula), a vista da assertiva é, de fato, a Vista Frontal. Perceba nas setas abaixo:
VLE
Vista Frontal
Gabarito: correto.
93
A precisão na elaboração do desenho técnico é fundamental para evitar erros e retrabalho na fabricação
do produto, enquanto a clareza na representação das informações facilita a comunicação entre os
envolvidos no projeto.
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
Questão tranquila. Oras, o desenho técnico é justamente técnico por causa das normas técnicas (da ABNT)
que rege diversas regras para sua elaboração com foco na precisão e na clareza das informações.
Gabarito: correto.
A perspectiva cavaleira é uma técnica de representação gráfica importante em desenho técnico mecânico,
pois permite mostrar detalhes internos de peças e componentes, como furos, canais e cavidades.
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
Apesar da possibilidade de você conseguir, por conta de ser uma perspectiva oblíqua, enxergar maiores
detalhes, dizer que ela permite mostrar detalhes internos como furos, canais e cavidades é "pesar" um
pouco a mão, uma vez que esses detalhes são possíveis de serem detalhados nas vistas ortográficas.
Gabarito: errado.
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
Perfeita! De fato, a escala, conforme vimos, vai relacionar as dimensões entre um dado objeto no
desenho e suas dimensões reais. Ou seja, pela escala apresentada no desenho (seja de redução, seja de
94
ampliação) é possível sabermos a relação entre as dimensões apresentadas no desenho e suas dimensões
reais, relacionadas ao objeto representado.
Gabarito: correta.
A simbologia utilizada no desenho técnico mecânico é padronizada e deve seguir as normas estabelecidas
pela respectiva associação de fabricantes.
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
Opa, quer dizer, então, que uma associação de fabricantes pode mudar as normas técnicas que a ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) estabelece? Ou seja, a padronização seria totalmente
prejudicada. Não tem o menor sentido.
Gabarito: errada.
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
Exatamente. De fato, cotagem é justamente o método para indicar as medidas de cada detalhe do
desenho e suas tolerâncias.
Gabarito: correto.
No que se refere a diedros e projeções ortogonais, a seguir, na figura I, estão representados os quatro
diedros básicos e, na figura II, um mesmo objeto tridimensional é mostrado de duas maneiras (A e B).
95
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
Questão tranquila, Coruja! Ela nos cobra as vistas ortográficas! Lembre-se das nossas vistas em cada
diedro:
96
Veja que a questão trocou as vistas obtidas! Na verdade, em B, temos as vistas no primeiro diedro
(perceba a vista lateral direita ao lado esquerdo da vista frontal de quem lê este pdf, por exemplo).
97
Agora, visualize o terceiro diedro acima. Perceba que a vista lateral direita está à direta da visto frontal
de quem lê este pdf. Sugiro você guardar para sua prova esses quadros e as posições para esses dois
diedros. Assim, lembre-se:
Gabarito: errada.
A diferença entre uma perspectiva cônica e uma representação isométrica é a existência do ponto de fuga
na primeira e a completa ausência de fuga na segunda.
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
Questão perfeita! Lembre-se que na perspectiva cônica, temos o ponto de fuga (consiste no onde retas
paralelas tendem a convergir na linha do horizonte - é o ponto os as linhas verdes do esquema encontram
a linha azul que é a linha do horizonte):
98
Na perspectiva isométrica, não há o ponto de fuga. Lembre-se que seus ângulos, inclusive, forma 120o e
as medidas são verdadeiras, sem distorções:
Gabarito: correto.
99
As condições para o emprego de escalas e suas designações em desenhos técnicos são fixadas em NBR
específica, segundo a qual, a escala 5:1 reduz em cinco vezes o tamanho natural do objeto representado.
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
Opa! Questões de escala são recorrentes em provas de concursos! Vamos relembrar esse detalhe cobrado
e mais alguns outros? Lembre-se que:
X:Y
Sendo que o número em "X" é o número da medida na representação projetada (o desenho em si), ao
passo que o número em "Y" representa a medida real do objeto a ser representado. Nesse sentido, temos
os seguintes cenários padronizados de escala de acordo com a literatura específica65, veja:
Veja que a questão está errada, Coruja, pois temos, no caso, ampliação e não redução como afirma a
assertiva!
A norma NBR 8196 que normatiza como deve ser empregada as escalas, traz algumas informações que
eu listei importantes para sua prova:
Gabarito: errada.
As figuras I, II e III representam peças cujas vistas estão mostradas nas figuras A, B, C e D.
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
Opa! Questão bem fácil, Coruja! Veja que a figura D, que mostra as vistas ortográficas de um desenho
técnico mecânico, não estão relacionadas com a peça II. Perceba as linhas curvadas na vista superior! Veja
que as vistas de D pertencem a peça III.
101
Gabarito: errada.
Para a fabricação de uma peça de ferro fundido, um cliente solicitou que todos os desenhos do projeto
fossem feitos no primeiro diedro, de acordo com as normas da ABNT. O desenhista apresentou, então, os
desenhos mostrados nas figuras I e II seguintes.
Com base nessas informações e nas figuras mostradas, julgue o item subsequente.
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
Questão está correta, Coruja!! Apesar da imagem colocada na prova estar horrorosa para identificar as
linhas, a gente pode perceber que na vista frontal (vista que possui um corte em A), temos a hachura feita
à mão livre que é representada por uma linha contínua estreita, conforme a norma ABNT 10067 informa.
Assim, de fato, a hachura está representada corretamente no corte parcial.
Gabarito: correto.
Para a fabricação de uma peça de ferro fundido, um cliente solicitou que todos os desenhos do projeto
fossem feitos no primeiro diedro, de acordo com as normas da ABNT. O desenhista apresentou, então, os
desenhos mostrados nas figuras I e II seguintes.
102
Com base nessas informações e nas figuras mostradas, julgue o item subsequente.
Considerando que a figura I mostre uma perspectiva isométrica, é correto afirmar que é de 120º a
separação entre os eixos isométricos..
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
Opa! De fato, como vimos, Estrategista, a perspectiva isométrica possui ângulos de 120o entre os eixos
que formam a perspectiva. Lembre-se que nela temos as medidas proporcionais, evitando distorções.
Gabarito: correto.
A figura seguinte mostra o desenho técnico, em escala 1:2, de uma peça torneada confeccionada em aço.
Considerando a figura mostrada e as informações a ela correspondentes, julgue o item que se segue.
Uma das superfícies da peça deverá ser retificada, e uma outra, rosqueada.
( ) Certo ( ) Errado.
103
Comentário:
Questão que cobra um detalhe sobre simbologia da usinagem dentro do contexto da nossa aula de hoje.
Todavia, guarde que alguns símbolos podem representar alguns processos de usinagem para a superfície
de certas peças. Veja que temos uma superfície que foi polida em um processo de retificação (círculo
verde) e a rosca evidenciada no desenho (círculo vermelho):
66
Gabarito: correto.
A figura seguinte mostra o desenho técnico, em escala 1:2, de uma peça torneada confeccionada em aço.
66
Adaptado de Vieria, A.F. Escola de Engenharia de São Carlos – USP. Departamento de Engenharia Mecânica. 2018.
104
Considerando a figura mostrada e as informações a ela correspondentes, julgue o item que se segue.
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
Opa! Questão errada! Perceba que temos alguns tipos de cortes que podem ser aplicados:
Corte total
Meio-corte
Tipos de cortes
Corte parcial
Corte em desvio
O corte que a questão nos traz (identificado pela região hachurada) é o meio-corte que é muito utilizado
em peças simétricas e sua representação é mostrada em corte apenas da metade, enquanto a outra
metade permanece em vista. O corte parcial, por sua vez, é aquele no qual somente uma parte da peça
é cortada com o intuito de focar em um detalhe. Para isso, o desenho fica delimitado por uma linha
contínua estreita feita à mão livre ou por uma linha em zigue-zague:
Gabarito: errado.
105
A figura seguinte mostra o desenho técnico, em escala 1:2, de uma peça torneada confeccionada em aço.
Considerando a figura mostrada e as informações a ela correspondentes, julgue o item que se segue.
A peça deverá ser fabricada com o dobro das dimensões indicadas pelas cotas.
( ) Certo ( ) Errado.
Comentário:
Opa! Errada! Vimos que, no caso, temos o desenho da peça fabricada com a metade das dimensões
indicadas pelas cotas, visto que a escala está 1:2 (ou seja, temos uma redução no desenho). Lembre-se:
X:Y
Sendo que o número em "X" é o número da medida na representação projetada (o desenho em si), ao
passo que o número em "Y" representa a medida real do objeto a ser representado.
Além disso, as dimensões da cota são preservadas para a fabricação da peça. Assim, a questão erra ao
afirmar que será o dobro desses mesmos valores indicados pelas cotas do desenho.
Gabarito: errado.
IESES
Observe a peça mostrada em perspectiva e assinale a vista que está representada de forma correta em
relação à sua respectiva projeção ortogonal:
106
a)
b)
c)
d) Nenhuma das alternativas.
e)
Comentário:
Veja, Coruja, que questão molezinha! Lembre-se sempre: quando a questão não mencionar em qual
diedro ela está se baseando, assuma sempre o 1º diedro. Vamos lá relembrar o nosso esquema:
107
Perceba que, no primeiro diedro, temos o objeto entre o observador e o plano de projeção. Dessa forma,
a única alternativa correta é a letra "e", pois a vista lateral direita está corretamente representada pelas
linhas tracejas não evidenciadas no plano de visão do observador. Veja as marcações:
Essas linhas indicadas devem ser tracejadas, pois não estão à vista do observador na vista lateral direita.
Vejamos o erro das demais alternativas:
Letra "a": errada, pois as linhas do centro do desenho não são visualizadas na vista superior:
Letra "b": errada, pois não temos os tracejados referentes ao semicírculo na vista posterior exposta:
108
Letra "c": não tem nem o que comentar, Coruja. Jogaram um desenho na sua cara nesse alternativa e
nem colocaram a vista que queriam. Esculacho, viu! (rs);
Gabarito: "e".
Cesgranrio
De acordo com a NBR 6409:1997 – Tolerâncias geométricas – Tolerâncias de forma, orientação, posição
e batimento– Generalidades, símbolos, definições e indicações em desenho – nos desenhos, as
tolerâncias de forma e posição devem ser inscritas em um quadro retangular, dividido em duas ou mais
partes.
a) campo de tolerância.
b) símbolo da característica.
c) valor da tolerância na unidade usada para dimensões lineares.
d) letra para identificar o elemento de referência.
e) quantidade de elementos aos quais se aplicam as tolerâncias..
Comentário:
Conforme vimos, de acordo com o item 5.2.1 da norma NBR 6409:1997, temos que as tolerâncias de
forma e posição precisam ser inscritas no quadro retangular, dividido em duas ou mais partes. Nessas
duas divisões, devem ser inscritos da esquerda para a direita, a seguinte ordem:
1. o símbolo da característica;
2. o valor da tolerância na unidade usada pra dimensões lineares, precedido pelo símbolo Ø se
zona de tolerância for circular ou cilíndrica;
3. Se for o caso, letra ou letras para identificar o elemento ou os elementos de referência.
Gabarito: "c".
Considerando-se a NBR 8404:1984 – Indicação do estado de superfície em desenhos técnicos – nos casos
em que a remoção de material é exigida, o símbolo a ser utilizado no desenho é:
a)
b)
c)
d)
e)
Comentário:
110
Que "molezinha", hein, Coruja? Conforme vimos, o único símbolo que a norma NBR 8404:1984 trata é o
da alternativa "a" - remoção de material é exigida. Os demais símbolos das outras alternativas são todos
invenção do examinador(a) para gerar confusão.
Gabarito: "a".
Segundo a NBR 10126:1987 – Cotagem em desenho técnico–, nessa Figura, foi adotada a cotagem
a) aditiva
b) em cadeia
c) em paralelo
d) por coordenada
e) por justaposição.
111
Comentário:
Veja, Coruja, como vimos em aula, dentro das disposições de cotas, temos a cotagem por elemento de
referência. Nesse tipo, temos dois subtipos muito comuns em desenho técnico mecânico: cotagem
aditiva e a cotagem em paralelo.
A cotagem em paralelo é aquela em que são colocadas várias cotas simples e paralelas umas às outras o
suficiente para escrever a cota de cada uma. Esse é o tipo empregado na figura da questão.
Gabarito: "c".
A NBR 8403:1984 fixa os tipos e o escalonamento de larguras de linhas para uso em desenhos técnicos e
documentos semelhantes.
Segundo essa Norma, o tipo de linha representado por traço e ponto estreito, larga nas extremidades e
na mudança de direção, conforme apresentado na Figura acima, indica:
a) planos de corte
b) linhas de centro
c) linhas de cotas
d) hachuras
e) arestas visíveis.
Comentário:
Outra questão que nos cobra o conhecimento sobre as normas NBR de desenho técnico. Veja que de
acordo com a norma 8403:1984 que estudamos na parte teórica, a figura representa a Linha traço e ponto
estreita, mas larga nas extremidades e quando muda de direção empregada para a representação de
planos de cortes! Bora revisar as demais linhas? Veja a tabela que vimos:
112
Linhas de cotas
Linhas auxiliares
Linhas de chamadas
Contínua estreita
Hachuras
113
Gabarito: "a".
No desenho de conjunto da Figura abaixo, estão representados três parafusos iguais, identificados como
Z1, e cinco canais, Z2, Z3, Z4, Z5 e Z6.
a) o comprimento roscado dos furos é maior do que o comprimento de rosca dos parafusos
b) o comprimento roscado dos furos e o comprimento de rosca dos parafusos são iguais
c) os parafusos Z1 deveriam estar hachurados, pois o desenho representa um corte total de um conjunto
d) somente os canais Z4 e Z6 têm seção reta cilíndrica
e) somente os canais Z5 e Z6 têm seção reta cilíndrica
114
Comentário:
Questão interessante, Estrategista, que nos traz diferentes pontos da nossa matéria. Vejamos cada
alternativa:
Letra "a": de fato, essa alternativa está correta e é o gabarito da questão. Perceba nos furos roscados dos
parafusos que eles são maiores que a parte roscado dos parafusos. Veja o recorte abaixo, com o círculo
em vermelho:
Letra "b": como exposto no comentário da alternativa "a", eles não são iguais. Alternativa errada;
Letra "c": nada a ver! Lembre-se que vimos que certos elementos de máquinas não são hachurados nas
vistas em corte, dentre eles: dentes de engrenagens, parafusos, porcas, eixos, raios de rodas, nervuras,
pinos, arruelas, contrapinos, rebites, chavetas, volantes e manípulos. Alternativa errada;
Letra "d": errada, todos os canais mostrados, possuem seções retas e cilíndricas. Alternativa errada;
Gabarito: "a".
Na Figura abaixo, está representada, em vista frontal, uma ponteira de barra de direção automotiva.
115
Comentário:
Questão que cobra uma mistura de conhecimento da disciplina de Elementos de Máquinas e Desenho
Técnico Mecânico. Vejamos cada alternativa:
Letra "a": alternativa errada, Coruja! Na realidade, temos apenas um rolamento de esferas de carreira
dupla, um subtipo do grande grupo de mancais de rolamentos. O corte do desenho evidencia as esferas
do rolamento de carreira dupla. Veja abaixo:
Letra "b": perfeito! Como evidenciei na alternativa "a", temos o nosso gabarito!
116
Letra "c": errada, Coruja! A rosca, conforme vimos em aula, está evidenciada na linha fina paralela a linha
do furo. Veja:
Letra "d": furo passante do eixo não possui rosca! Alternativa completamente equivocada! Veja:
Letra "e": errada, pois temo o corte total que é feito por toda a extensão da peça, em apenas um plano
de corte. O corte parcial, por sua vez, atinge somente alguma parte que se deseja destacar no desenho.
Gabarito: "b".
Na Figura abaixo, os tipos de linha indicadas em (I), (II) e (III) correspondem, respectivamente, a linhas de
117
Comentário:
Veja, Coruja! Mais uma questãozinha sobre aplicação de linhas de cotas! Vejamos:
I-) Conforme vimos, no processo de cotagem, essa linha é denominada linha auxiliar elas normas. Todavia,
a questão, coloca como linha de chamada (outro nome que pode vir a aparecer, comumente empregado
na literatura específica do tema). Nesse sentido, definitivamente, não é a representação de uma linha de
cota (letras "d" e "e", eliminadas);
II-) De acordo com nosso estudo, sem maiores delongas: é a linha de centro, expressada por linha traço
e ponto estreita. (Letra "c", eliminada);
III-) Conforme estudamos, linha de cota! Expressada da maneira correta, com as setas e delimitada pelas
linhas auxiliares/chamadas. (Letra "a", eliminada).
Gabarito: "b".
118
Em uma oficina mecânica o técnico recebeu a tarefa de elaborar o desenho de uma peça que deveria ser
cortada em toda a sua extensão por mais de um plano de corte. Dependendo da forma particular da peça
e dos detalhes a serem mostrados, o tipo de corte a ser representado será
a) corte total
b) corte parcial
c) meio-corte
d) corte em desvio
e) corte proporcional.
Comentário:
De acordo com a norma NBR 10067/1995, Coruja, temos diferentes tipos de cortes! Atente-se pela
descrição do enunciado: o corte é feito em "toda sua extensão" (se você parar aqui e estiver com pressa,
responderia "corte total"), porém, o enunciado termina, dizendo que o corte é feito em "mais de um
plano". Por isso, não pode ser a letra "a", pois o corte total é apenas em UM plano e, sim, a letra "d",
nosso gabarito.
Gabarito: "d".
Se uma peça real tem, para maior dimensão, 6 mm, qual a escala usada no desenho abaixo que apresenta
as medidas da peça em mm?
119
a) 1:10
b) 1:100
c) 1:6
d) 100:1
e) 10:1.
Comentário:
"Mamão com açúcar", hein, Estrategista? Você é que fera, matou logo de cara, "tchierto"? Veja que, pelo
desenho apresentado, temos vários valores para as diferentes cotas representadas. O enunciado no diz
que a maior dimensão do desenho representa, na realidade, uma medida de 6 mm. Oras, se a maior cota
do desenho possui 60 mm, basta percebermos que a escala é 10:1, dividindo a valor da maior dimensão
do desenho, pela maior dimensão real. Lembre-se de como devemos "ler" a relação de escala em
desenhos, certo? Conforme vimos em aula, memorize:
X:Y
Gabarito: "e".
120
Se o comprimento de uma barra de aço inox for 3 cm, qual será o comprimento em centímetros do
desenho, se for empregada a escala 5:1?
a) 15
b) 10
c) 6
d) 1,5
e) 0,6.
Comentário:
Conforme vimos na questão anterior, temos que a dimensão da barra, em centímetros, no desenho será
de 5 vezes a dimensão da barra real (escala 5:1) - 15 cm, já que a barra possui 3 cm na realidade.
Gabarito: "a".
a) Capacitor
b) Condensador
c) Gerador
d) Indutor
e) Transformador.
Comentário:
121
Questão tranquila, certo, Coruja? Sabemos que na simbologia de elementos de instalações elétricas (é,
pois é, caiu na prova cuja ênfase era mecânica...) esse símbolo corresponde a um transformador.
Gabarito: "e".
No caso mais usado de Perspectiva Cavaleira, que os norte-americanos denominam “Cavalier Projection”,
as projetantes fazem, com o plano de projeção, um ângulo de
a) 120º
b) 90º
c) 60º
d) 45º
e) 30º.
Comentário:
Outra questão bem tranquila, certo, Coruja? Conforme vimos, na perspectiva do tipo Cavaleira, temos
que as medidas são distorcidas somente no eixo oblíquo que forma um ângulo de 45o (mais comumente
utilizado nesta perspectiva) com o plano da folha.
Gabarito: "d".
Nas Figuras abaixo, V1, V2, V3 e V4 são vistas de peças, onde estão indicados os cortes correspondentes.
X-I, X-II, X-III e X-IV são representações dos cortes, considerando-se o primeiro diedro, dessas mesmas
peças.
122
a) V1 e X-II
b) V2 e X-I
c) V3 e X-II
d) V4 e X-III
e) V4 e X-IV.
Comentário:
Estrategista, em questões como esta, o que você precisa fazer é ficar calmo! Respire fundo e tenha calma
para resolver, analisando, principalmente, cada alternativa. Por essa análise de alternativa, você perderá
menos tempo, conseguindo enxergar os detalhes (e a falta deles) em cada associação que é expressada.
Vejamos cada alternativa:
Letra "a": é tratada da associação da peça com o corte X-II. Perceba que está errada a associação. Veja
que no corte total da peça mostrado em X-II há o furo central que não faz parte da peça V1. Alternativa
errada;
Letra "b": de fato! Veja a representação em corte em desvio de X-I. Perceba que temos o furo passante
menor representado, a parte traseira abaixo do nível desse furo sendo representada sem hachurras,
enquanto que o furo superior em outro plano e o corpo da peça representados de maneira correta (sem
123
hachuras e com hachuras, respectivamente). Além disso, o detalhe inclinado lateral do desenho não é
hachurado, pois é um detalhe não maciço do desenho, sendo duas peças em dois planos distintos. Eis o
nosso gabarito.
Letra "c": essa, na pressa, poderia ser o seu "calcanhar de Aquiles", pois de fato, a representação está
bem parecida. Todavia, repare no detalhe do furo único - ele não possui duas dimensões de diâmetro!
Veja o detalhe:
Letra "d": tem nem o que comentar, né, Coruja? Tem nada a ver a representação com a peça real!
Alternativa errada;
Letra "e": também é uma associação errada! Não temos o detalhe inclinado da representação em corte
X-IV na peça V4. Veja:
Gabarito: "b".
124
a) Bronze
b) Aço inox
c) Alumínio
d) Ferro fundido
e) Ferro forjado.
Comentário:
Questão chatinha, não é, Coruja? Um "blá, blá, blá" danado para questionar sobre a representação em
hachuras do material da peça. Bom, conforme vimos, temos que o material da peça pode ser tanto
bronze, latão ou cobre. Por isso, a alternativa correta é a letra "a". Vamos relembrar os outros tipos? Veja
a nossa figura da parte teórica:
125
Gabarito: "a".
A linha que é larga nas extremidades e na mudança de direção, denominada traço e ponto estreita, e a
linha contínua larga são usadas, respectivamente, na representação de
Comentário:
126
Opa! Falei que os tipos de linhas costumam cair, Coruja! Veja que a linha larga nas extremidades e na
mudança de direção é a linha usada para plano de cortes! Com isso, eliminamos as letras "c", "d" e "e".
A linha contínua larga representa o óbvio, Estrategista: contornos VISÍVEIS. Imagina a dificuldade dos
desenhos se os contornos invisíveis fossem com uma linha contínua larga e não estreita, não é? Horrível!
Veja e relembre da tabelinha que coloquei para você:
Linhas de cotas
Linhas auxiliares
Linhas de chamadas
Contínua estreita
Hachuras
nas extremidades e
quando muda de
direção
Linha de traço e Indicação das linhas ou superfícies com
ponto largo indicação especial
Contornos de peças adjacentes
Gabarito: "a".
a) circularidade
b) cilindricidade
c) concentricidade
d) coaxialidade
e) localização.
Comentário:
128
Tranquilidade, Coruja! Conforme vimos em aula, temos que o símbolo representado representa uma
circularidade! Alternativa "a" é o nosso gabarito!
Gabarito: "a".
Qual o valor da rugosidade média, em mícron, do acabamento superficial indicado para o furo da peça
ilustrada acima?
a) 0,1
b) 0,2
c) 0,8
d) 1,6
e) 3,2.
Comentário:
Conforme vimos em aula, a rugosidade da superfície do material possui sua simbologia própria
pautada em norma, Coruja. Para a rugosidade especificada pelo desenho e pelo enunciado da questão
(furo da peça), temos o código "N6" que representa uma rugosidade média para essa qualidade
superficial de 0,8 mícrons, de acordo com a norma NBR 8404.
Para a rugosidade da superfície, são estabelecidas por código de cada classe na já mencionada norma.
Cada código, indica um valor de desvio médio, em mícrons. Assim, temos:
129
Conforme mencionei em aula, perceba que cada valor é sempre, aproximadamente, a metade do
valor de cima e o dobro do valor de baixo. Basta você memorizar a maior ou a menor rugosidade e
na hora da prova, fazer o cálculo no intervalo das 12 classes e achar qual a questão irá lhe pedir.
Gabarito: “c”.
O símbolo que representa, em desenho técnico, a operação de soldagem de duas chapas metálicas,
mostradas na ilustração acima é
a)
130
b)
c)
d)
e)
Comentário:
Questão que nos cobra a simbologia em desenho técnico para as juntas soldadas! Conforme vimos em
aula, Coruja, temos uma solda que representa uma solda em ângulo do tipo filete de um chanfro em J -
perceba pela linha pontilhada curvada representando o chanfro em J - correspondente ao desenho do
enunciado. Esse chanfro em J deve ser representado pelo quarto de círculo abaixo do triangulo. A forma
triangular vazia em cima da linha de referência, representa a solda tipo filete do desenho. Além disso,
temos a solda raiz no lado oposto que é representada pela meia circunferência do lado oposto da linha
de referência da simbologia. Por conta disso, a única alternativa correta é a letra "a".
Gabarito: "a".
131
a) corte em desvio
b) corte parcial
c) corte total
d) meio-corte
e) meio-corte parcial.
Comentário:
Sem qualquer dificuldade, certo, Coruja? Conforme vimos em aula, temos o corte parcial sendo
representado na figura! Lembre-se que ele mostra somente uma parte da peça que é cortada com o
intuito de focar em um detalhe. Para isso, o desenho fica delimitado por uma linha contínua estreita feita
à mão livre ou por uma linha em zigue-zague.
Gabarito: "b".
132
O anel de vedação mostrado na Figura acima possui 7 furos passantes distribuídos ao longo de sua
circunferência, todos com 12 mm de diâmetro. A forma de escrever a cota P mostrada no desenho é
a) 7 x Ø12
b) 7 x Ø12 mm
c) Ø12mm x 7
d) Ø12 mm x 7 passante
e) Ø12 mm passante x 7
Comentário:
Conforme vimos na parte teórica da aula, Coruja, um detalhe a se guardar é quando temos elementos
repetidos. A norma NBR 10126 trata dessa situação no que tange a cotagem desses elementos. O furo,
quando repetidos, devem ser indicados o número de vezes que eles aparecem (se for possível saber a
quantidade), ao lado da sua dimensão, sem a indicação da unidade. Assim, como o enunciado nos diz que
temos 7 furos de 12 mm cada um de diâmetro, a indicação correta é: 7 x Ø 12.
Gabarito: "a".
133
A Figura acima mostra uma biela em vista isométrica no primeiro diedro, onde um plano de corte é usado
para representar a seção reta em verdadeira grandeza. A biela possui um canal interno cilíndrico para
lubrificação. A forma de representar a interseção do plano de corte com a biela é
a)
b)
134
c)
d)
135
e)
Comentário:
Conforme vimos na parte teórica, Coruja, de acordo com a norma NBR 10067, temos duas situações para
representar a vista em corte é deslocada fora da vista. Veja a figura da aula novamente:
136
67
Perceba que temos duas formas: a primeira é a linha contínua larga que representa a indicação do corte
está ligada a linha estreita traço-ponto que representa a linha de centro da seção (como em "b") ou em
posição diferente, com a designação do corte A-A (como na letra "c").
Assim, podemos perceber facilmente que a única alternativa correta é a letra "e". A "d" geraria dúvida,
mas veja que a linha de centro da seção em corte não está unida com a linha larga traço-ponto que
representa o corte na peça.
Gabarito: "e".
67
Adaptado da norma NBR 10067.
137
A Figura acima é a vista isométrica, no primeiro diedro, de um suporte confeccionado em chapa, com seis
furos passantes, um rasgo oblongo, um rasgo em “T” e um recorte em semicírculo. A vista frontal e a vista
superior, no primeiro diedro, dessa peça são
a)
b)
c)
138
d)
e)
Comentário:
Nesse tipo de questão, Coruja, não há mistério: temos que identificar qual diedro que está sendo cobrado
(1o diedro, no caso) e imaginar as vistas que temos nessa representação. Como sabemos, as
representações no 1º diedro têm o objeto posicionado entre o observador e o plano de projeção. Isso
implica em dizer, Estrategista, que no 1º diedro olha-se a peça por um lado e se desenha o que está
vendo do outro lado. Veja o nosso esquema de aula:
139
Vista frontal
Vista superior
Gabarito: "d".
Ao se projetar uma estrada, foi encontrada, na planta topográfica, uma distância de 65 mm a ser vencida.
Sabendo-se que a escala usada na planta é de 1:200, a distância, em km, da estrada a ser construída é de
a) 13.000
b) 1.300
140
c) 13
d) 0,13
e) 0,013.
Comentário:
Tranquilidade, né, Coruja? Veja que temos mais uma questão sobre escalas. Lembre-se que na escala,
temos:
X:Y
Sendo que o número em "X" é o número da medida na representação projetada (o desenho em si), ao
passo que o número em "Y" representa a medida real do objeto a ser representado.
Logo, 65 mm é medida do desenho e a real é 200 vezes maior. Assim, temos uma medida real de: 200 x
65 = 13,000 mm. Convertendo para km, basta dividirmos por 10 6. Assim: 13,000 = 0,013 km.
Gabarito: "e".
A NBR 10067:1995 estabelece a posição relativa das vistas no primeiro e no terceiro diedros.
141
O flange mostrado na figura está representado nas vistas (1) e (2) que, segundo essa norma, são
denominadas
Comentário:
Veja que nesta questão, temos a cobrança tanto no 1 o quanto no 3o diedro. Vejamos nosso esquema de
aula:
142
Perceba que a vista 1 do flange é, sem sombras de dúvida, a vista frontal e que ela é a mesma tanto na
representação no 1o quanto no 3o diedro. Com isso, eliminamos as letras "d" e "e". Agora, perceba que a
vista 2 do flange mostra a vista lateral direita dele no 3o diedro. Imagine o flange de frente e coloque-o
nos diedros dos esquemas acima. Veja que a única vista possível para parte cilíndrica do flange na vista 2
do desenho é na vista lateral direita do 3o diedro.
Além disso, temos o nosso esquema de aula conforme a norma NBR 10067 aponta: a vista lateral
esquerda no 1o diedro é sempre posicionada à direita da vista frontal como mostra a letra "b", mas o
desenho está equivocado por conta da parte cilíndrica frontal do flange (letra "b", errada) e a vista lateral
esquerda no 3o diedro é sempre posicionada à esquerda da vista frontal (letra "c", errada).
Gabarito: "a".
A NBR 10067:1995 estabelece a posição relativa das vistas no primeiro diedro. A figura que representa a
peça nas suas vistas frontal e superior no primeiro diedro, segundo essa norma, é
a)
143
b)
c)
d)
144
e)
Comentário:
145
Assim, perceba que ele quer a vista frontal e a superior no 1o diedro. Perceba que na letra "b", temos a
correta relação da vista superior rebatida e posicionada abaixo da vista frontal no primeiro diedro. Repare
no detalhe do furo passante, evidenciado abaixo:
Veja que nas demais alternativas, as correlações entre as vistas frontal e superior estão erradas quanto a
esse detalhe do desenho.
Gabarito: "b".
A Figura acima e à esquerda representa uma base de fixação de uma peça, em vista isométrica, no
primeiro diedro. As vistas projetadas P, Q e R são, respectivamente, no primeiro diedro, as vistas
146
Comentário:
Olha aí, mais uma questão bem tranquila, certo? Podemos matar somente imaginando a peça no 1o
diedro:
Perceba que a vista frontal é "P", a vista lateral direita é "Q" e a vista inferior é "R". Outra possibilidade
de resolução seria lembrar do posicionamento das vistas em relação a vista frontal no 1 o diedro:
Gabarito: "c".
147
A NBR 10067/1995 fixa a forma de representação aplicada em desenho técnico. A NBR 12298/1995
estabelece a representação de área de corte por meio de hachuras. A NBR 8993/1985 apresenta a
representação convencional de partes roscadas em desenhos técnicos.
Com base nessas normas, qual é a figura que representa a junta aparafusada em duas vistas, no primeiro
diedro?
a)
b)
c)
148
d)
e)
Comentário:
Tranquilidade, Coruja! De acordo com todas a normas citadas no enunciado que vimos na parte teórica
da aula, vejamos cada alternativa:
Letra "a": errada! Perceba que as hachuras estão no mesmo sentido e em peças adjacentes elas devem
ser em sentidos opostos. Além disso, as setas da indicação do corte estão erradas, pois elas indicam,
149
normalmente, a superfícies que será evidenciada na vista em corte. Deveriam ser de baixo pra cima na
linha traço-ponto com extremidades largas. Alternativa errada;
Letra "c": errada! Além do detalhe da representação da direção da seta do corte do desenho, temos que
certas peças não são hachuradas, tais como: porcas.
Letra "d": também errada, Estrategista! As arruelas também não são hachuradas. Vamos relembrar quais
peças não são devem ser hachuradas? São elas: dentes de engrenagens, parafusos, porcas, eixos, raios de
rodas, nervuras, pinos, arruelas, contrapinos, rebites, chavetas, volantes e manípulos.
Gabarito: "b".
150
A figura acima representa as vistas frontal e superior de uma peça, no primeiro diedro. Qual é a vista
lateral esquerda dessa peça nesse mesmo diedro?
a)
b)
c)
d)
e)
151
Comentário:
Tranquilidade, Coruja! Veja que estamos no 1o diedro e que temos a nossa vista frontal. Sabemos que
sempre a vista superior será localizada abaixo da vista frontal esse diedro. Ele nos pede a vista lateral
esquerda que, por sua vez, está localizada à direita da vista frotnal. Logo:
Vista frontal
Posição da Vista
Vista lateral
lateral Esquerda
Esquerda
Vista superior
Agora, precisamos imaginar como essa peça ficaria nessa vista cobrada. Oras, perceba que as letras "a",
"d" e "e" são de fácil eliminação, "tchierto"? As linhas tracejadas de cada alternativa é visivelmente errada.
A dificuldade está na letra "b" e na letra "c". Perceba que na vista frontal, temos a parte superior do
desenho vazada, sendo impossível de termos a vista lateral esquerda da letra "b". Veja:
Ou seja, necessariamente, esse detalhe do desenho tem que ser "vazado" de uma extremidade a outra,
como mostra a linha tracejada da letra "b" (nosso gabarito). Veja:
152
Gabarito: "b".
Segundo essa norma, qual a figura que representa a peça proposta em três vistas, no primeiro diedro?
a)
b)
c)
153
d)
e)
Comentário:
Gabarito: "d".
154
A NBR 10126:1987 fixa os princípios gerais de cotagem a serem aplicados em todos os desenhos técnicos.
Das figuras abaixo, qual é aquela que apresenta com precisão a aplicação dos princípios dessa norma?
a)
b)
c)
d)
e)
155
Comentário:
Questão super tranquila, Coruja, que parece ser complexa, mas não é! Quanto estudamos as regras de
cotagem da norma NBR 10126, vimos que temos dois métodos de cotagem. No primeiro método, Coruja,
as cotas devem ser localizadas acima e de forma paralela às suas respectivas linhas de cotas e,
preferivelmente, no centro da linha de cota. No segundo método, a única diferença que você precisa
gravar que é diferente do primeiro diz respeito a localização da cota em relação a linha de cota - as cotas
são colocadas para que sejam lidas sempre da base da folha de papel. Nesse método, as linhas de cotas
podem ser interrompidas com o valor da cota.
Essa duas regrinhas não devem ser misturadas na cotagem de um mesmo desenho. Por isso, as letras "b"
e "e", estão erradas. Veja que a depender da cota, há essa mistura. A letra "c" está errada, pois as cotas
estão embaixo da linha de cota quando deve estar em cima. Esse mesmo erro está na letra "d" que, além
disso, possui um erro grotesco na cota de número 20 - as linhas auxiliares não estão nos centros dos furos,
bem como outra cota de número 20 está cortando a linha auxiliar da cota de número 12,5. Portanto,
nosso gabarito é a letra "a".
Gabarito: "a".
156
A NBR 10067:1995 fixa a forma de representação aplicada em desenho técnico. Segundo essa norma, os
recursos de seções em corte auxiliam a interpretação dos desenhos técnicos. A figura acima mostra a
indicação de um plano de corte que dará origem à seção AA.
a)
b)
c)
d)
e)
157
Comentário:
Questão bem tranquila, Coruja! Ela nos cobra a diferença entre seção e corte. Perceba que a pergunta do
enunciado é justamente saber qual a seção A-A indicada na figura. Assim como na vista em corte a seção
será um corte da região indicada e rebatida conforme a indicação do sentido das setas. Todavia, a vista
do corte de seção são mostrada os detalhes da interseção do plano de corta com a peça e não os detalhes
que veríamos na vista em corte propriamente dita. Assim, temos que a única alternativa correta é a letra
"e". Veja a diferença:
Corte Seção
Gabarito: "e".
De acordo com a NBR 10067:1995, que fixa a forma de representação aplicada em desenho técnico, o
símbolo que representa o método de projeção ortográfica no primeiro diedro é
a)
b)
158
c)
d)
e)
Comentário:
Questão "bobinha" que exige pura decoreba, Coruja. Veja que o comando da questão quer o símbolo que
designa a vista na perspectiva do 1o diedro. Assim, temos que a única resposta correta é a letra "d". Vamos
relembrar os dois símbolos que você precisa levar para sua prova:
159
Gabarito: "d".
Qual das vistas abaixo mostra a representação, em desenho técnico, de uma junta aparafusada dotada
de um parafuso prisioneiro, uma porca sextavada, uma arruela de pressão, uma placa superior com um
furo passante e uma placa inferior com um furo roscado não passante?
a)
b)
c)
d)
160
e)
Comentário:
Questão bacana, Coruja, pois testa seu conhecimento em mais de um assunto. Perceba que o comando a
questão deixa claro qual a situação que temos: duas superfícies sendo unidas por um conjunto de peças:
junta aparafusada dotada de um parafuso prisioneiro, uma porca sextavada e uma arruela de pressão.
Vejamos cada alternativa. No fim, marcarei os erros com o círculo vermelho tracejado de cada alternativa,
ok? ;). Vamos lá:
Letra "a": errada! Conforme vimos, a arruela de pressão não deve ser hachurada! Além disso, o parafuso
prisioneiro não está desenhado com sua parte sem rosca. Alternativa errada;
Letra "b": errada! Furo não passante da peça inferior não está representado e faltou a arruela de pressão
no conjunto. Alternativa errada;
Letra "c": perfeita! Representação em corte correta e todos os elementos de máquinas estão
representados corretamente. Nosso gabarito!
Letra "d": errada! De novo, arruela de pressão não se deve hachurar. Além disso, as hachuras estão
adentrando o limite da rosca (linha externa larga) na peça inferior. Alternativa errada;
Letra "e": Novamente, mesmo problema da letra "d" - as hachuras adentram o limite da rosca da peça
inferior. Alternativa errada;
161
a b d e
Gabarito: "c".
A NBR 6158:1995 estabelece o sistema de tolerâncias e ajustes aplicados em desenho técnico mecânico.
A cota da figura está representada com base nessa norma.
Comentário:
162
Tranquilidade, Coruja! Temos que a dimensão nominal desse eixo é de 32 mm ao passo que o
afastamento máximo que é a diferença algébrica entre a dimensão máxima e a nominal e é 0,000 - ou
seja, 32 mm é a própria dimensão máxima desse eixo (correta a letra "c", errada a letra "d"). O
afastamento inferior é de -0,025 mm (errada a letra "b").
Tolerância, por definição, é a diferença entre a dimensão máxima e a dimensão mínima, ou seja, a
diferença entre o afastamento máximo é mínimo. Assim, tolerância = 0,000 - (-0,025) = +0,025 mm
(errada a letra "a").
Gabarito: "c".
De acordo com a NBR 8403:1984, que fixa os tipos e o escalonamento de larguras de linhas para uso em
desenhos técnicos e documentos semelhantes, a linha denominada “traço dois pontos estreita”,
conforme ilustra a figura abaixo, tem sua aplicação geral em
a) cotas
b) hachuras
c) contornos visíveis
d) elementos simétricos
e) posição limite de peças móveis.
Comentário:
Como vimos na parte teórica, temos que a linha de traço dois pontos estreita é aquela que pode ser
usada para representar:
163
Logo, nosso gabarito é a letra "e". Linhas de cotas e hachuras é a linha contínua estreita (letras "a" e
"b"). Contornos visíveis é a linha contínua larga (letra "c"). Por fim, linhas simétricas é com a linha traço
e ponto estreita (letra "d").
Gabarito: "e".
De acordo com a NBR 8404:1984 (Indicação do estado de superfície em desenho técnico), o símbolo
representa
Comentário:
Questão tranquila, Coruja! Somente nos exige o conhecimento sobre estado de superfícies. Conforme
vimos em aula, temos a seguinte relação de posicionamento e especificações de acordo com a norma NBR
8404:1984:
164
• b: nessa posição, o símbolo colocado vai definir qual a direção das estrias;
• d: nessa posição, ao lado de "c", qualquer outro parâmetro de rugosidade pode ser colocado entre
parênteses;
• e: nessa posição, como vimos anteriormente, será indicado qual fora o método de fabricação,
podendo ser utilizada a posição para designar qual tratamento ou qual revestimento da peça,
também.
Nessa questão, as letras utilizadas são diferentes que o esquema, mas o significado é o mesmo e é isso
que você precisa levar para sua prova - saber o posicionamento! Assim, no desenho do enunciado temos
em "e": valor do sobremetal; em "a": valor máximo da rugosidade e "b": processo de fabricação (podendo
ser, também, tratamento ou revestimento da peça).
Gabarito: "b".
Cortes são recursos utilizados em desenhos técnicos para verificação de detalhes internos.
165
a)
b)
c)
d)
e)
Comentário:
Questão tranquilíssima, Coruja! Veja que ele nos pede a vista lateral esquerda, pois o enunciado quer o
corte transversal da peça na projeção que ela se encontra. Assim, temos:
166
Dessa forma, coruja, perceba que termos uma faixa de material sendo hachurada que corresponde ao
meio da pela e as linhas contínuas para as arestas visíveis e as tracejadas para as invisíveis. Assim, a
representação correta do corte é dada na letra "b". Não teremos parte hachurada em cima da região
cortada, pois não tem material (erradas as letras "a" e "c"). Além disso, não teremos parte hachura em
baixo, pois teremos um vão na base da peça sem material (errada a letra "d"). Por fim, a faixa finíssima
de material hachurado na letra "e" não existe, pois temos um vão representado pelo canal vazado no
meio da peça.
Gabarito: "b".
O desenho técnico mecânico tem por finalidade a representação de objetos de acordo com normas
específicas e é composto por um conjunto de linhas, símbolos e números. Um dos elementos de sua
representação é a linha traço-ponto estreita, que é utilizada para indicar
a) hachura
b) cotagem
c) contorno
d) centro
e) limite.
Comentário:
167
Novamente, uma questão que nos cobra a aplicação de cada tipo de linha em desenho técnico mecânico.
Atenção em nossa tabela, pois a Cesgranrio demonstra que gosta dessa assunto. Vamos relembrar?
conforme aponta a norma NBR 8403, eu elenquei os tipos principais de linhas, suas denominações e
aplicações gerais na tabela abaixo, Estrategista! Dê uma olhada:
Linhas de cotas
Linhas auxiliares
Linhas de chamadas
Contínua estreita
Hachuras
nas extremidades e
quando muda de
direção
Linha de traço e Indicação das linhas ou superfícies com
ponto largo indicação especial
Contornos de peças adjacentes
Portanto, temos que a linha traço e ponto estreita é utilizada para 3 tipos de aplicações: Linhas de centro,
Linhas de Simetrias, linhas de Trajetórias. Nosso gabarito é a letra "a".
Gabarito: "d".
A representação das vistas frontal, superior e lateral esquerda, no 1º diedro, da peça acima é:
a)
169
b)
c)
170
d)
e)
171
Comentário:
Tranquilidade, Coruja! Nesse tipo de questão, conforme já vimos, temos que entender qual o diedro,
depois saber qual a posição das vistas pedidas em relação à vista frontal e, por fim, imaginá-las no diedro
pedido.
O enunciado pede o 1odiedro. Assim, sabemos que nesse diedro as vistas laterais esquerda e superior
ficam à direita e embaixo da vista frontal, respectivamente. Saber isso é importante, pois mesmo
identificando como será vista do desenho, podemos ter alternativas com mesmas representações, mas
posições diferentes. Por fim, temos que imaginar, conforme disse, como as vistas ficam. Veja:
Vista superior
Vista Lateral
esquerda
Vista frontal
Portanto, as vistas estão corretamente representadas na alternativa "b". Vejamos os erros de cada
alternativa:
172
a c b
Letra "d": perfeita! Veja a figura da letra "d" abaixo para você comparar sem ter que ficar mudando de
página com as demais:
Gabarito: "d".
173
As figuras I, II e III mostram, esquematicamente, luvas em corte, nas quais a hachura é utilizada para
caracterizar o material do componente. Os materiais das luvas I, II e III, respectivamente, são
Comentário:
Tranquilidade, Estrategista! Mais uma questão nos cobrando o conhecimento dos tipos de linhas de
hachuras para cada tipo de material! Lembre-se do nosso esquema:
174
Sabemos que a tradicional, com o espaçamento simples é de ferro fundido (I), a dupla é de aço (II) e a
com tracejado entre contínuas pode ser bronze, latão ou cobre (III). Alternativa "b" é o nosso gabarito.
Gabarito: "b".
Considerando a Norma NBR 10.610, verifique as simbologias para acabamento superficial e as afirmativas
apresentadas a seguir.
I – As simbologias 1, 2, 3 e 4 são relativas às superfícies nas quais são permitidas operações de usinagem.
II – As simbologias 1 e 2 são relativas às superfícies nas quais são permitidas operações de usinagem.
a) I e IV, apenas.
b) II e IV, apenas.
c) I, III e IV, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
Comentário:
Veja, Coruja, um questão que cobra o conhecimento sobre o estado de superfície do material e sua
simbologia respectiva. Na realidade, temos que ter o conhecimento da norma NBR 8404 para matar
essa questão. Vejamos cada alternativa:
I: errada, Coruja! A assertiva peca ao dizer que a simbologia 3 corresponde a permissão de usinagem.
Vimos na aula que a simbologia com o "círculo" em cima, quer dizer que a operação não é permitida;
II: perfeito! De fato, são os símbolos que permitem operações. Na simbologia 1, a operação é de
usinagem pode ou não ocorrer, pois, de acordo com a norma, não há um significado isolado. Na
simbologia 2, a operação de usinagem (remoção de material) é obrigatória (exigida);
IV: quanto temos o traço horizontal acima do traço oblíquo maior (que faz com o traço oblíquo menor
um ângulo de 60o), temos a possibilidade de ser indicada alguma característica especial do estado de
superfície, conforme vimos em aula. Além disso, quando for necessário definir a direção das estrias
(sulcos) formadas durante a usinagem (remoção de material), outros símbolos podem ser
empregados. Entre eles, temos os dois traços paralelos que indicam que elas estão paralelas ao plano
de projeção da vista sobre o qual o símbolo está aplicado no desenho. Assertiva correta;
Gabarito: “d”.
176
a) I e III, apenas.
b) I e IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) II e IV, apenas.
e) III e IV, apenas.
Comentário:
Uma questão fora da caixa, pois envolve mais uma intepretação conceitual do que é de fato um desenho
técnico sem exigir regras expressas. Veja que a figura I não obedece aos preceitos do desenho técnico,
pois não há linhas de centro determinado a simetria exata da peça. Diferentemente das figuras II e III.
Além disso, nessa mesma linha de raciocínio, a figura IV, apear de ter linhas de centro, as peças não
apresentam contorno específicos e padronizados, sendo cada lado diferente em detalhes do outro. Além
disso, as linhas de centro se cruzam com um ponto no meio, indo de encontro com as normas que
preconizam o cruzamento de linhas contínuas. Definitivamente, somente as figuras II e III respeitam os
preceitos do desenho técnico.
Gabarito: "c".
177
a) NBR 12298
b) NBR 11145
c) NBR 10126
d) NBR 10067
e) NBR 8993.
Comentário:
Pois é, Coruja. Ridículo, né? Uma cobrança dessa deveria ser proibida! rs. Mas, às vezes, as bancas (até as
grandes) nos surpreendem com esse tipo de cobrança. Enfim. Para o seu consolo, pode ter certeza que se
cair, a concorrência também vai errar! Bom, decorar número de norma é isso, não tem nem o que
comentar. A norma que trata sobre o tema cotagem é a NBR 10126. Se, por ventura, você estiver muito
fera já em desenho técnico e tiver com MUITO tempo sobrando (ou seja, tem tempo e as demais matérias
já estão na ponta da língua), você pode tentar decorar as normas que deixei na tabela inicial da nossa
aula. Mas, somente nessas condições, viu? Porque o custo benefício é quase zero para esse tipo de
questão. Vá por mim!
Gabarito: "c".
Assinale a opção que representa de forma correta a vista superior para a perspectiva representada acima.
a)
178
b)
c)
d)
e)
Comentário:
Tranquila, Coruja! Percebemos que, pelas alternativas, a vista está no 1o diedro (inclusive, porque é o
diedro mais utilizado na realidade brasileira). Basta identificarmos qual a vista superior nas alternativas.
Essa visa é a seguinte, como você está "careca" de saber:
Vista superior
179
Portanto, temos que a única opção correta, com o espaçamento maior dos traços do meio da peça pelo
sua geometria de base em "V", é a alternativa "a". As letras "d" e "e" não estão na horizontal e os
espaçamentos estão incoerentes. A letra "c" e a letra "b" também possuem espaçamentos diferentes da
peça, apesar de estarem com a vista superior na horizontal.
Gabarito: "a".
FCC
Em desenhos técnicos para se efetuar a representação de uma dimensão é usual se utilizar a simbologia:
a)
b)
c)
d)
180
e)
Comentário:
Letra "a": de fato, de acordo com a norma NBR 10126/1987, a linha com duas setas que implicam nos
limites da linha de cota, possui cada seta preenchida. Lembrando, sempre, que também é importante os
ângulos de 15º para a formação da seta. Todavia, a seta fechada não preenchida não faz parte da norma.
Alternativa errada;
Letra "b": a representação em losango não é característica das linhas de cotagem especificadas na norma
NBR 10126/1987. Na citada norma, são setas e não losangos que caracterizam o limite da linda de cota.
Alternativa errada;
Letra "c": apesar da linha com uma seta ou sem seta com traço ser evidenciada na norma NBR
10126/1987, já que é utilizada somente para quando o espaço é pequeno, não sendo possível o desenho
das duas setas, são, de fato, os formatos permitidos pela norma. Alternativa correta;
Letra "d": a representação em quadrado não é característica das linhas de cotagem especificadas na
norma NBR 10126/1987. Na citada norma, são setas e não quadrados que caracterizam o limite da linda
de cota. Alternativa errada;
Letra "e": a representação em círculo não é característica das linhas de cotagem especificadas na norma
NBR 10126/1987. Na citada norma, são setas e não círculos que caracterizam o limite da linda de cota.
Alternativa errada;
Gabarito: "c".
181
Comentário:
Estrategista, essa é uma questão que cobra um conhecimento não muito explorado quando o assunto é
sobre desenho técnico, pois é mais relacionado à Metrologia. Todavia, faz parte também do conteúdo,
então achei válido colocar em nosso material, já que vimos seu conteúdo na teoria.
Conforme vimos em aula, temos algumas definições que são importantes sobre as tolerâncias em peças
e suas medidas. Antes de entrarmos nas alternativas, é válido eu lhe informar que essa questão não está
perguntando sobre o tracejado marcado (ele é só uma identificação para que você veja que a pergunta
é sobre a letra "A" e o que ela significa, além de como ela deve ser representada). Vejamos:
Letra "a": de acordo com o que estudamos na parte teórica, de fato, quando o elemento de referência é
representado, também se costuma se indicar a tolerância de sua forma e, para isso, utiliza-se como meio
de identificação uma seta ou triângulo de referência fora da linha de cota, não ficando sobre ela. É
justamente como está representada a tolerância "A" na figura. Alternativa correta;
Letra "b": a tolerância de forma consiste em tolerância adicionais que podem ser aglomeradas junto às
tolerâncias de dimensões a fim de garantir melhor função e intercambialidade entre as peças. Nesse
sentido, as tolerâncias de forma visam limitar os afastamentos de um elemento específico em relação
à sua forma original. Não é o que consta na questão. Alternativa errada;
Letra "c": já as tolerâncias de posição, Coruja, conforme vimos, são aquelas que visam limitar os
afastamentos quando a posição é mútua entre dois ou mais elementos por conta da funcionabilidade
182
ou a fim de garantir ao leitor uma interpretação correta, sem equívocos. Normalmente, um dos
elementos é dado como referência para a indicar a tolerância, além de poder, caso necessário, ser tomada
outra referência. Alternativa errada;
Letra "d": o campo de tolerância, como estudamos, é definido como o conjunto de valores considerados
entre o afastamento superior e o afastamento inferior, correspondendo ao um certo tipo de intervalo
da dimensão mínima à máxima do desenho que, por sua vez, constituem a própria tolerância do desenho
da peça. Alternativa errada;
Letra "e": a tolerância dimensional é justamente essa variação explicada na alternativa anterior, sendo
delimitada entre a dimensão máxima e a dimensão mínima que podem ser admitidos conforme os
desvios de produção da peça na realidade ocorram. Esses desvios, como vimos em aula, constituem os
afastamentos (desvios aceitáveis das dimensões nominais, aquelas que estão no desenho) para mais ou
para menos. Para se obter o valor da tolerância admitida na fabricação de um peça é necessário subtrair
da dimensão máxima a dimensão mínima. Alternativa errada.
Gabarito: "a".
FEPESE
Na elaboração de um desenho técnico, se ocorrer coincidência de duas ou mais linhas de diferentes tipos,
deve ser observada uma ordem de prioridade na representação de linhas coincidentes.
5. Superfícies de cortes e seções (traço e ponto estreitos, larga nas extremidades e na mudança de
direção).
a) 1 • 6 • 5 • 3 • 2 • 4.
183
b) 2 • 6 • 1 • 4 • 3 • 5.
c) 4 • 1 • 2 • 6 • 3 • 5.
d) 4 • 1 • 5 • 2 • 6 • 3.
e) 5 • 3 • 6 • 1 • 4 • 2.
Comentário:
Conforme vimos em aula, Estrategista, existe uma ordem de prioridade para quando as linhas do desenho
a ser analisado coincidirem. Dessa forma, de acordo com a norma ABNT NBR 8403, temos a seguinte
ordem de prioridade:
1. Arestas e contornos que sejam visíveis (representados pela linha contínua e larga, do tipo A);
2. Arestas e contornos não visíveis (representados pela linha tracejada, do tipo E ou F);
3. Superfícies de cortes e seções (representados pela linha traço e ponto estreitos, com as
extremidades e na mudança de direção com linha largas, do tipo H);
4. Linhas de centro (representadas pela linha traço e ponto estreita, do tipo G);
5. Linhas de centro de gravidade (representadas pela linha traço e dois pontos, do tipo K);
6. Linhas de cota e auxiliar (representadas pela linha contínua e estreita, do tipo B).
De acordo com o exposto, percebe-se que a sequência correta e que está em consonância com a norma
supracitada é: 4 • 1 • 5 • 2 • 6 • 3, correspondendo a letra "d".
Gabarito: "d".
FUNDEP
184
a)
b)
c)
d)
185
Comentário:
Estrategista, nesse tipo de questão que cobra a imagem a ser vista, por uma específica vista apresentada
no enunciado, não tem fórmula mágica - é treino!
Dessa forma, esse tipo de questão vai demandar de você, além dos conhecimentos de linhas
(principalmente, saber identificar que a linha tracejada é a que representa características não visíveis na
vista específica), interpretação e um pouco de imaginação. Como dica primária, sugiro sempre comparar
os detalhes do desenho do enunciado e começar a eliminar alternativa por alternativa para cada detalhe
que pode ser "diferente" entre elas.
Nessa questão, percebe-se que o examinador quer a vista de topo. Assim, o primeiro passo é começar a
identificar os detalhes que temos na parte do desenho dessa vista e que serão evidenciados em linhas
contínuas na frente do desenho. Vejamos as alternativas:
Letra "a": Coruja, perceba, logo de cara, pela dica que lhe dei, que essa alternativa é facilmente eliminada
- veja que nem é sobre a vista de topo o desenho que ela coloca. Alternativa errada;
Letra "b": Veja que aqui temos o nosso gabarito. Perceba, Coruja, que podemos ver o detalhe da linha
tracejada que na alternativa "c" é colocada como contínua. Todavia, quando observamos esse detalhe no
desenho do enunciado, vemos que o detalhe representado no desenho não existe.
Dessa forma, é um detalhe que está atrás do desenho, na parte de baixo dele que na perspectiva adotado,
não conseguimos observar. Assim, temos que ter a linha tracejada.
Além disso, percebe-se que na vista de topo temos um detalhe que aparece nessa vista e , por isso, a linha
tem que ser contínua. Por esse fato, também está errada a alternativa "d". Alternativa correta;
Gabarito: "b".
a)
b)
c)
187
d)
Comentário:
Coruja, mesmo raciocínio da questão anterior. Aqui, novamente, você precisa aplicar os seus
conhecimentos de linhas (tracejadas e contínuas), além, é claro, da intepretação na vista e sua
imaginação.
Veja que agora ele quer a vista lateral do mesmo desenho. Assim, vamos tentar identificar os detalhes
que teremos que perceber que estão diferentes entre as alternativas e que temos certeza que devem
fazer parte desta vista.
Letra "a": Coruja, perceba que temos uma linha contínua errada nessa opção da vista lateral. Veja que
acima do desenho, ela deveria ser tracejada por representar um detalhe do desenho que está atrás. Vou
repetir o desenho aqui, pois pode ficar confuso. Vou marcar os detalhes errados dessa alternativa de da
alternativa "b" ao final do comentário dessa questão. Alternativa errada;
Letra "b": Estrategista, mesmo erro da alternativa "a", além de acontecer o mesmo com outra linha que
representa um furo vazado que está atrás dessa vista. Alternativa errada;
Letra "c": Coruja, essa alternativa está errada, pois nem é a vista lateral que o exercício pede! Alternativa
errada;
Letra "d": Como diria Christoph Waltz: "That's a bingo!" (piadela, rs). Nosso gabarito, Estrategista!
Perceba que todas as linhas estão de acordo quanto ao tracejado. Alternativa correta.
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Letra "e": Mesma explicação exposta na alternativa "a". Veja o desenho abaixo no qual marquei os
detalhes errados nas alternativas e a letra respectiva:
aeb
Gabarito: "d".
Consulplan
a) b-)
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c-) d-)
Comentário:
Coruja, essa questão parece ser difícil quando você tenta entender o desenho, mas ela é mais fácil do que
parece! E, sabe, por quê? Porque é somente necessário entender o conceito de linhas tracejadas e
hachuras. Conforme vimos na aula, aquelas servem para mostrar os detalhes, as arestas que não estão
visíveis, evidenciando, como nessa questão, os furos e vãos do desenho, ao passo que essas evidenciam
as partes que contém material que foram "cortados" na vista em corte.
Marquei na figura abaixo os detalhes de cada alternativa que contém a representação em corte errada.
Veja que na letra "a", as hachuras estão marcando um detalhe do desenho que são os vãos, onde não
existe material. Nas letras "b" e "d", novamente, as hachuras estão evidenciando o furo em que não há
material, porém como se tivesse. Por conta disso, a única alternativa correta é a letra "c".
Gabarito: "c".
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