Prática Pedagógica

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

PRÁTICA PROFISSIONAL

GUARULHOS
ELABORAÇÃO DA PRÁTICA PROFISSIONAL
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

NAYANE GOMES AGUIAR MACEDO

PRÁTICA PEDAGÓGICA
PROFISSIONAL

Trabalho apresentado a disciplina Prática


Profissional, do Centro Universitário FAVENI, no
Curso de 2ª GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
ESPECIAL como pré-requisito para aprovação.

RUBIM
2023
1. TÍTULO
O primeiro contato da criança com a língua é através da
interação com o meio em que se encontra.

2. APRESENTAÇÃO
A linguagem é considerada a primeira forma de socialização da
criança. A primeira interação é pelos pais, através de instruções verbais
durante atividades diárias, assim como através de histórias que expressam
valores culturais.
Conforme Quadros, 2011, p 15, “a criança adquire a linguagem
na interação com a pessoa à sua volta, ouvindo ou vendo a língua ou as
línguas, que estão sendo usadas. Embora a linguagem envolva processos
mais complexos, a criança “sai falando” ou “sai sinalizando” quando está
diante de oportunidades de usar a língua (ou línguas)”.
Partindo deste pensamento foi elaborado este projeto que
buscou ensinar sinais básicos de LIBRAS para uma turma de alunos de 5
anos, sendo que uma aluna desta turma é surda, facilitando a comunicação
desta aluna com a turma, promovendo aprendizado e inclusão.
Segundo Borges e Salomão (2003), “a medida que a criança se
desenvolve, seu sistema sensorial se torna mais refinado e ela alcança um
nível linguístico e cognitivo mais elevado, enquanto seu campo de
socialização se estende, principalmente quando ela entra para escola e tem
maior oportunidade de interagir com outras crianças”.
Quanto mais cedo a criança se envolve nas relações sociais,
mais benefícios obterá a curto ou longo prazo, tendo em vista as
experiências e aprendizagens que resultam de tais interações. Os exercícios
de imitação, os jogos e brincadeiras executados durante o projeto foram de
suma importância para o entendimento dos alunos sobre as diferentes
formas de aprendizado, sobre as dificuldades e capacidades da pessoa
surda.
O aluno com surdez, por utilizar uma língua própria (no caso do
Brasil: a Libras) necessita de adaptações em sala de aula que propiciem o
aprendizado. Durante o projeto foi apresentado aos alunos um material visual e
ampliado, figuras de frutas, legumes, cores, partes do corpo, vestimentas e
calçados, fichas de rotina, etc, para melhor fixação do conteúdo.
Infelizmente a maioria das pessoas pensam que os surdos só se comunicam
com outros surdos, mas a realidade é que eles fazem todas atividades que
qualquer pessoa faz. Precisam ir a lojas, supermercados, farmácias, hospitais,
academias de ginástica, etc. Na verdade, a chance deles estarem cercados o
tempo todo de outras pessoas que também possuam deficiência auditiva é
pequena.
Ainda nos primeiros anos de vida da criança costuma-se
ensinar algumas expressões de saudações, números e cores em inglês, sendo
notável a facilidade com que a criança aprende. Seria muito importante levar à
escola também algum profissional que pudesse ensinar a essas crianças e/ou
aos adolescentes a língua de sinais ainda que de forma básica, o que já faria
muita diferença.
Sassaki (2006) ao explicar uma sociedade inclusiva enfatiza
que:
[...] vai bem além de garantir apenas espaços adequados para todos.
Ela fortalece as atitudes de aceitação das diferenças individuais e
desvalorização da diversidade humana e enfatiza a importância do
pertencer, da convivência, da cooperação e da contribuição que todas
as pessoas podem dar para construírem vidas comunitárias mais
justas, mais saudáveis e mais satisfatórias.
Hoje podemos ver uma evolução relacionada a educação dos
surdos, embora nos deparamos com muitas coisas que ainda precisam ser
ajustadas. Mesmo nos dias atuais, com bastante inovação no ensino, as
escolas inclusivas se debatem com dificuldades na realização do trabalho.
É necessário falar sobre inclusão social e, sobretudo, é essencial ensinar o
cidadão a ter consciência de praticá-la.

3. OBJETIVOS
O Objetivo geral: aprender sinais básicos de libras para mediar a
comunicação da turma com a aluna surda.

Os objetivos específicos:
 Aprender uma nova língua.
 Melhorar a comunicação.
 Propiciar socialização.
 Trabalhar o pensamento rápido.
 Trabalhar coordenação motora fina.

4. METODOLOGIA
Durante a prática, foram utilizados recursos pautados na
visualidade, de forma lúdica explorando a potencialidade e o interesse visual
dos alunos. As aulas foram planejadas com a utilização de imagens que
facilitaram a compreensão conceitual, buscando elucidar memórias que
contribuíram para o seu entendimento.
As atividades e brincadeiras propostas tiveram o objetivo de
destacar a libras como instrumento principal na mediação da comunicação e
socialização em sala de aula. Foram ensinados sinais básicos de rotina,
alimentação, emoções, partes do corpo, cores e expressões faciais,
mostrando a importância da inclusão na escola.
Dessa forma, foi fundamental que as estratégias pedagógicas
propiciassem oportunidades efetivas para o desenvolvimento da linguagem,
privilegiando ambientes em que ocorram trocas dialógicas, com uma língua que
beneficiasse a todos para a aquisição do conhecimento e da inclusão.

5. CRONOGRAMA

O que fazer? Quando Fazer? Datas: Responsáveis:


Apresentação do Nayane Gomes
projeto aos alunos, 07/11/02023 Aguiar Macedo
evidenciando a
importância de se
aprender libras.
Mímica com fichas de Nayane Gomes
frutas e legumes. 08/11/2023 Aguiar Macedo
Oficina de pintura com Nayane Gomes
cores primárias e seus 09/11/2023 Aguiar Macedo
repectivos sinais.
Trabalhar expressões Nayane Gomes
faciais, emoções e 10/11/2023 Aguiar Macedo
partes do corpo.

6. RECURSOS NECESSÁRIOS
Os recursos utilizados para realizar a atividade prática foram elementos
básicos do dia a dia escolar como tinta, pincéis e fichas com figuras
representativas, na aplicação da atividade prática não houve despesas
financeiras.

7. RESULTADOS ESPERADOS
Ao final da atividade prática, espera-se que os alunos tenham aprendido os
sinais básicos da libras, de forma que utilizem-nos na comunicação e
socialização com a aluna surda em sala de aula e fora dela.
Espera-se também que os alunos percebam a importância da inclusão da
pessoa com deficiência auditiva, possibilitando a aprendizagem dialógica
entre todos os participantes, tendo como base as trocas de experiências
para a construção de um conhecimento coletivo, antes da construção
individual, destacando o papel das interações sociais para a aprendizagem.

8. REFERÊNCIAS

BORGES, L. C.; SALOMÃO, N. M. R. Aquisição da linguagem:


considerações da perspectiva da interação social. Psicologia: Reflexão e
Crítica, v. 16, n. 2, p. 327-336, 2003.
QUADROS Ronice Muller de; CRUZ, Carina Rabello. Língua de sinais
instrumentos de avaliação. Porto Alegre, Artes Médicas, 2011.

SASSAKI, Romeu K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos.


7. ed. Rio de Janeiro: WVA, 2006.
RELATÓRIO FINAL DO PROJETO DE INTERVENÇÃO

A atividade prática profissional aconteceu no Pré- escolar


Municipal João Bolinha, na cidade de Rubim/MG em uma turma do primeiro
período da Educação Infantil durante os dias 07, 08, 09 e 10 do mês de
novembro de 2023. A turma é composta por vinte alunos na faixa etária de 5
anos, sendo dezenove deles ouvintes e uma aluna surda; essa aluna conta
com o atendimento de uma professora de apoio em sala de aula. Os alunos se
interessaram e participaram efetivamente de todas as atividades propostas,
demonstrando empatia e afetividade.
No primeiro dia, foi apresentado o projeto aos alunos, eles
ficaram entusiasmados e toda a turma se dispôs a participar. A estagiária
explicou a importância de se aprender libras, do respeito às diferenças, e como
as pessoas surdas aprendem.
No segundo dia, a estagiária dispôs várias fichas de frutas e
legumes e pediu para que cada criança escolhesse uma. Após a escolha,
perguntou aos alunos se conheciam aqueles alimentos, se já tinham
experimentado, e pediu para que tentassem representar a figura com mímica,
no momento seguinte, ensinou o sinal correspondente de cada alimento e as
crianças a imitaram.
No terceiro dia, aconteceu a oficina de pintura, os alunos
usaram sua criatividade para criar um desenho livre com tintas de cores
primárias, para desenvolver a coordenação motora, enquanto pintavam a
estagiária ensinou os sinais correspondentes às cores escolhidas e pediu para
que os alunos a imitassem, tornando a atividade muito prazerosa.
No quarto dia, foram trabalhadas as expressões faciais com
fichas das emoções e partes do corpo. No início da brincadeira, cada criança
escolheu uma ficha que representava uma emoção, após observar a ficha a
criança precisou imitar com uma expressão facial a emoção descrita, a
estagiária ensinou o sinal ou classificador correspondente. Quando todos
participaram da brincadeira, foram dispostas novas fichas, agora das partes do
corpo, cada criança deveria descrever através de mímica ou classificador a
função da parte do corpo que estava na ficha escolhida.
As estratégias pedagógicas usadas durante a prática
profissional tiveram como objetivo essas construções de maneira que a libras
obtivesse um papel de destaque nesse espaço, a estagiária se valeu de
recursos visuais com a função de invocar registros de memórias anteriores, e
trazer à tona conceitos já adquiridos, ou a criação de novos conceitos. Tais
estratégias possibilitaram a aprendizagem dialógica entre todos os
participantes, tendo como base as trocas de experiências para a construção de
um conhecimento coletivo, antes da construção individual, destacando o papel
das interações sociais para a aprendizagem.
Para comprovar o registro das informações, segue abaixo
algumas fotos.

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