MPP-22 - Trabalho - 2º BIM
MPP-22 - Trabalho - 2º BIM
MPP-22 - Trabalho - 2º BIM
Turma 25
25/11/2023
Professor
Alexander M. Pasqual
Helicópteros são aeronaves classificadas como aeródinos, ou seja, são mais pesados
que o ar, e a sustentação provém principalmente de forças aerodinâmicas. Essa sustentação é
feita por meio um mecanismo de asas giratórias e elas dependem principalmente de seus
rotores, movidos pelos motores, para deslocamentos horizontais e verticais [1]. Além disso,
eles possuem capacidade de permanecer estacionário no ar durante o voo pairado, bem como
a capacidade de realizar pousos e decolagens verticais. Esse tipo de aeronave demonstra a
habilidade de acessar locais e executar uma ampla gama de missões que seriam inatingíveis
ou impraticáveis para aeronaves convencionais de asa fixa.
A história dos helicópteros foi inaugurada com os primeiros desenhos de Leonardo da
Vinci no século XV e, até os primeiros voos controlados de Paul Cornu em 1907, a busca pelo
voo vertical persistiu. Nas décadas de 1920 e 1930, os primeiros helicópteros controlados
foram criados e, com isso, a história dos helicópteros foi marcada por uma evolução notável
no século XX, durante a Segunda Guerra Mundial. Já durante o século XXI, houve ainda mais
avanços tecnológicos, solidificando os helicópteros como ativos essenciais em setores que
perpassam desde o transporte civil até operações militares e de resgate [2].
Para a concepção do projeto de aeronaves desse tipo, torna-se imperativo conduzir
uma análise minuciosa dos diversos componentes envolvidos. Dentre esses elementos,
destacam-se o rotor principal, encarregado da sustentação, deslocamento e controle do
helicóptero; os dispositivos anti-torque, destinados a neutralizar o torque exercido sobre a
fuselagem pelo rotor; os sistemas de controle de voo, compreendendo pedais, coletivos e
cíclicos; os motores; e, por fim, a Caixa de Transmissão Principal (CTP).
No que se refere à Caixa de Transmissão Principal, ela tem como função principal
receber o torque proveniente do grupo propulsor por meio dos eixos de transmissão e, através
de um sistema de engrenagens, esse componente efetua a mudança de direção e reduz a
rotação, com o propósito de transmitir o torque necessário para que o rotor principal e o rotor
de cauda sejam capazes de desempenharem suas respectivas funções, viabilizando, assim, o
voo. Na Figura 2 é apresentado um desenho esquemático de uma CTP.
Figura 5. CTP com configuração para ampla distância entre as entradas [5].
● Pode-se citar uma outra configuração para o caso de ampla distância entre duas
entradas, mas compacta, com menor diâmetro e menor altura, resultando em uma
melhor confiabilidade. Essa configuração, representada na Figura 6, é composta dos
seguintes estágios:
1. Estágio de giro do ângulo da engrenagem cônica, visando à alteração da direção do
movimento;
2. Estágio de giro do ângulo e de combinação da engrenagem cônica, visando à alteração
da direção do movimento e multiplicação do torque;
3. E estágio da engrenagem planetária, visando a complementar a redução necessária e
transferi-la para o rotor principal.
Figura 6. CTP com configuração compacta para ampla distância entre as entradas [5].
● Por fim, há ainda uma configuração de design simples, com menos engrenagens,
capaz de transmitir uma maior potência, apresentando também uma maior resistência.
Essa configuração, mostrada na Figura 7, é a mais utilizada em helicópteros
modernos, a qual é dividida nos seguintes estágios:
1. Estágio de trem de engrenagens de eixo fixo simples;
2. Estágio de trem de engrenagens de torque dividido;
3. E um último estágio de engrenagem planetária pode ser adicionado no último estágio
para relações de velocidade mais altas.
Figura 7. CTP com configuração simples, utilizada em helicópteros modernos [5].
Para fins ilustrativos, bem como melhor visualização do mecanismo de uma CTP,
pode-se esquematizar a CTP de um helicóptero bimotor tal como é apresentado na Figura 8,
sendo esse caso representativo da Figura 4, anteriormente apresentada. Observa-se que, por
meio de engrenagens cilíndricas, as potências dos motores são transmitidas para um eixo
único, o qual é posteriormente associado a uma engrenagem cônica, que muda a direção do
giro. Por fim, o mecanismo perpassa a engrenagem planetária, reduzindo sua rotação e
transferindo em condições compatíveis com a capacidade de giro do rotor principal.
A partir dos dados da Tabela 1, o peso do conjunto composto pelos dois motores é de
334 𝑘𝑔.
3 – DESENVOLVIMENTO
4 – RESULTADOS
5 – CONCLUSÕES
No que tange à análise das chavetas, conforme demonstrado na Tabela 5, não apenas
destaca as dimensões geométricas relevantes, mas também conduz à seleção de arranjos
específicos para garantir uma adequada transmissão de força entre as engrenagens.
Por fim, um ponto de destaque é a avaliação do peso da CTP projetada, essencial para
o desempenho global do helicóptero. Utilizando aço AISI 4340 temperado e revenido, a CTP
resultante tem massa de aproximadamente 204 kg, revelando uma eficiência notável, sendo
cerca de 4,0% mais leve em comparação com a CTP original do helicóptero, favorecendo o
desempenho e economia do helicóptero.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Figura 11. Configuração de CTP e numeração adotada. Detalhe para o plano de simetria que
passa pelo centro da engrenagem G6.
Figura 12. Croquis dos eixos 1 e 2.
Figura 13. Croquis do eixo 3.
ANEXO B: MEMORIAL DE CÁLCULO