Trabalho Coleta e Tratamento de Resíduos Urbanos

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE PARINITNS - CESP


BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

CHRISTYAN DOUGLAS DE SOUZA RIBEIRO


JOEL DOS SANTOS BRAGA
KEMBERLLY KELLEN DOS SANTOS MARTINS
LUCAS DA PAZ CARNEIRO
MATHEUS DA SILVA MACHADO
MÔNICA KIMURA ANDRADE

COLETA E TRATAMENTO DE RESÍDUOS URBANOS

PARINTINS-AM
2024
CHRISTYAN DOUGLAS DE SOUZA RIBEIRO
JOEL DOS SANTOS BRAGA
KEMBERLLY KELLEN DOS SANTOS MARTINS
LUCAS DA PAZ CARNEIRO
MATHEUS DA SILVA MACHADO
MÔNICA KIMURA ANDRADE

COLETA E TRATAMENTO DE RESÍDUOS URBANOS

Trabalho apresentado para obtenção


de nota parcial da disciplina Águas
em Sistemas Urbanos, ministrada
pelo Professora Mônica Jacaúna.

PARINTINS-AM
2024
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO................................................................................................................ 3
1. LEI 12.305 POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS............................... 3
2. COLETA DE RESÍDUOS URBANOS....................................................................... 4
3. TRIAGEM E SEPARAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS........................................... 5
4. TRATAMENTO DE RESÍDUOS................................................................................ 8
5. DISPOSIÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS.............................. 9
6. DESAFIOS E SOLUÇÕES........................................................................................ 12
CONCLUSÃO................................................................................................................ 13
REFERÊNCIAS.............................................................................................................. 14
3

INTRODUÇÃO
A coleta de resíduos sólidos é a coleta dos resíduos comuns gerados nas
residências, estabelecimentos comerciais, públicos, institucionais e, também, em
empresas de prestação de serviços. A coleta e tratamento de resíduos urbanos são
processos essenciais para a gestão sustentável dos resíduos gerados nas cidades. Esses
processos envolvem várias etapas, desde a coleta até a disposição final ou reciclagem dos
resíduos.

1. LEI 12.305 POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS


A Lei Federal 12.305, de 2 de agosto de 2010, regulamentada pelo Decreto
Federal 7.404, de 23 de dezembro de 2010, aprovou a Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS) no Brasil. Considerada um marco legal na regulação de todo o setor de
resíduos no país, a PNRS reúne um conjunto de princípios, objetivos, instrumentos,
diretrizes, metas, responsabilidades, instrumentos econômicos, entre outros, visando
alcançar a gestão integrada e o gerenciamento adequado dos resíduos sólidos. Nos dizeres
da Lei 12.305/2010 art.1 estabelece que
Art. 1º Esta Lei institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo sobre
seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão
integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às
responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos
aplicáveis. ( Brasil, 2010)
O PNRS é um conjunto abrangente de princípios, objetivos, instrumentos,
diretrizes, metas e responsabilidades que visam a gestão integrada e o gerenciamento
adequado dos resíduos sólidos sua fundamentação consiste em princípios que orientam
suas diretrizes e ações, como a prevenção e redução da geração de resíduos, a
responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos e o desenvolvimento
sustentável.
Nessa perspectiva, os objetivos principais da PNRS incluem a proteção da saúde
pública e da qualidade ambiental, a promoção da reciclagem e reutilização de resíduos
sólidos, e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos, a referida lei incentiva
práticas de consumo sustentável e a redução da geração de resíduos. Isso inclui a
promoção da reciclagem e da reutilização de materiais e estabelece a responsabilidade
compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, envolvendo governos, empresas e
consumidores na gestão adequada dos resíduos sólidos.
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Partindo desse pressuposto, as diretrizes da PNRS orientam a implementação de


políticas locais e regionais, estabelecendo normas para a coleta seletiva, logística reversa
e disposição final adequada dos resíduos, estabelecendo metas da PNRS, destacam-se a
erradicação dos lixões, a redução da quantidade de resíduos destinados aos aterros
sanitários e o aumento das taxas de reciclagem, distribuindo as responsabilidade aos
diferentes atores da sociedade, incluindo o poder público, o setor empresarial e os
cidadãos. Cada um tem um papel crucial no ciclo de vida dos produtos e na gestão dos
resíduos gerados incluindo a logística reversa.
Ao tratarmos Da Política Nacional De Resíduos Sólidos levemos em
consideração sua atuação nos respetivos Planos de Gestão de Resíduos Sólidos a qual
Municípios, estados e empresas devem elaborar planos de gestão de resíduos sólidos que
contemplem a coleta, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos
resíduos. Muito embora, muitos municípios ainda enfrentam dificuldades para cumprir
todas as exigências da lei devido à falta de recursos financeiros e técnicos.
Nesse contexto, A Lei nº 12.305/2010 proíbe a criação de novos lixões e
estabelece prazos para a erradicação dos existentes, promovendo a construção de aterros
sanitários, ao passo que estabelece o encerramento de lixões. Os municípios devem
encerrar os lixões e substituí-los por aterros sanitários, que são áreas projetadas para
receber resíduos de maneira controlada, evitando danos ao meio ambiente e à saúde
pública.
As decisões relacionadas ao gerenciamento de resíduos sólidos urbanos são
essencialmente questões de saúde pública e, por isso, demandam a integração entre
políticas econômicas, sociais e ambientais. O complexo desafio que as cidades enfrentam
na gestão de resíduos sólidos neste século pode ser abordado através da formulação de
políticas públicas que visem eliminar riscos à saúde e ao meio ambiente, contribuam para
a mitigação das mudanças climáticas provocadas pela ação humana e, simultaneamente,
garantam a inclusão social efetiva de parcelas significativas da população

2. COLETA DE RESÍDUOS URBANOS


Esses resíduos, após sua coleta, são transportados para o aterro sanitário, ou
depósito de lixos como é o caso das maiorias das cidades do Brasil.
O destino da coleta de resíduos sólidos é uma das preocupações mundiais que
mais despertam interesse, tanto da comunidade quanto da população em geral. Dentro do
cenário nacional, que incorpora o tratamento de resíduos sólidos, as políticas públicas no
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Brasil tratam de forma específica as áreas do saneamento básico, separando-as em quatro


componentes:
• Tratamento de água
• Coleta de esgoto
• Tratamento de resíduos sólidos
• Drenagem urbana
Cada um desses componentes tem uma forma de tratamento pertinente, com
órgãos específicos, agências reguladoras e seus respectivos operadores.
Parintins, como muitas outras cidades brasileiras, enfrenta dificuldades com a
disposição final adequada dos resíduos. Historicamente, a cidade tem utilizado lixões ou
aterros controlados que podem não atender plenamente aos padrões ambientais:
Lixões: A prática de utilizar lixões é comum em muitas cidades pequenas e
médias do Brasil, incluindo Parintins, devido à falta de recursos para a construção de
aterros sanitários.
Aterros Controlados: A cidade pode ter áreas designadas para o descarte de
resíduos que são menos rigorosas em termos de controle ambiental, conhecidas como
aterros controlados.
A coleta seletiva ainda não é amplamente implementada em Parintins. O
desenvolvimento de programas de coleta seletiva pode enfrentar obstáculos como:
• Infraestrutura Limitada: A cidade pode carecer de pontos de coleta e
instalações para o processamento de materiais recicláveis.
• Baixa Participação Pública: A conscientização limitada sobre a
importância da separação de resíduos pode resultar em baixa participação
dos moradores.
A coleta de resíduos sólidos em Parintins enfrenta desafios significativos, mas
com uma abordagem estratégica que inclui melhorias na infraestrutura, aumento da
conscientização pública e parcerias efetivas, a cidade pode avançar para uma gestão de
resíduos mais sustentável e eficaz. A adaptação às condições locais e a mobilização da
comunidade são essenciais para o sucesso dessas iniciativas.

3. TRIAGEM E SEPARAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS


O processo de triagem de resíduos consiste na separação dos materiais que serão
destinados para a reciclagem. Os resíduos são separados de acordo com suas
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características físicas e químicas a fim de gerar maior valor comercial e maior


aproveitamento dos materiais descartados.
A triagem de resíduos é a primeira etapa da pré reciclagem, seguida
respectivamente pela prensagem que tem o objetivo de reduzir o volume dos resíduos, o
enfardamento, a amarração e a pesagem dos fardos.
Tal separação requer conhecimento específico referente aos tipos de resíduos
coletados, pois quanto melhor segregados maior será o valor comercializado.
O plástico, por exemplo, é um tipo material que tem muitas variações de tipo e
consequentemente de preço de mercado. E a sua triagem deve ser específica, detalhada e
minuciosa.
Existem empresas especialistas em triagem de resíduos que têm domínio dos
aspectos importantes para o processo e conhecem o valor de cada tipo de material no
mercado. Essas organizações fazem a separação final dos materiais de acordo com o preço
praticado no comércio.

3.1 COMO FUNCIONA UMA UNIDADE DE TRIAGEM?


Quando os resíduos chegam em uma unidade de triagem, geralmente de coletas
onde é feita a separação mais básica dos materiais eles são direcionados ao
armazenamento temporário geralmente em baias, boxes, gaiolas, caçambas, bombonas,
bags e/ou sacos de ráfia para posteriormente serem registrados, pesados e
comercializados.
Separar os resíduos de diferentes tipos requer organização e atenção. O processo
de triagem define também a parte que não pode ser reciclada mas, que poderá ser
destinada para cooprocessamento ou em último caso para o aterro sanitário ou industrial.
A metodologia usada para separar os resíduos influencia no tempo e qualidade dessa
triagem.
Uma das formas de separação é a esteira mecânica, geralmente cada operário é
responsável por um tipo de resíduo, entretanto além dos altos custos de aquisição,
operação e manutenção o uso das esteiras tem como resultado quantidades maiores de
rejeitos devido ao ritmo desse tipo de equipamento.
Um equipamento indispensável em uma usina de triagem é a prensa de resíduos
que compacta os materiais e reduz o volume dos resíduos, facilitando o armazenamento
e transporte. Isso ocorre com plásticos e papéis. Os vidros, por exemplo, são triturados
ou quebrados e devem ser armazenados em recipientes seguros e resistentes.
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3.1 1 Por que Separar os Resíduos?


Redução do Lixo nos Aterros: A separação na fonte diminui a quantidade de
resíduos descartados em aterros sanitários, locais que geram gases poluentes e
contaminam o solo e a água.
Reciclagem e Reúso: A triagem permite separar materiais recicláveis, como
papel, plástico, metal e vidro, que podem ser transformados em novos produtos,
reduzindo a necessidade de extração de recursos naturais.
Economia de Recursos: A reciclagem economiza energia, água e matérias-
primas, diminuindo o impacto ambiental da produção de novos produtos.
Geração de Renda: A coleta seletiva e a reciclagem geram empregos e
oportunidades de renda para cooperativas e catadores de materiais recicláveis.
Conscientização Ambiental: A triagem conscientiza a população sobre a
importância do consumo consciente e da responsabilidade com o meio ambiente.

3.1.2 Como Separar os Resíduos em Casa?


Identifique os Materiais: Aprenda a reconhecer os diferentes tipos de materiais
recicláveis e não recicláveis.
Utilize Recipientes Adequados: Utilize recipientes coloridos ou com etiquetas
para cada tipo de material, facilitando a separação.
Lave e Seque os Materiais: Lave embalagens de alimentos e seque-as antes de
descartá-las para evitar odores e mofo.
Amasse Latas e Garrafas: Amassar latas e garrafas de plástico reduz o volume
do material e facilita o armazenamento.
Descarte Corretamente Resíduos Não Recicláveis: Resíduos orgânicos, como
restos de comida, podem ser destinados à compostagem, enquanto outros, como pilhas e
medicamentos, devem ter um descarte específico.

3.1.3 A Triagem na Coleta Seletiva


Coleta Seletiva Municipal: Verifique a disponibilidade da coleta seletiva em sua
região e separe os materiais de acordo com as instruções do serviço.
Pontos de Entrega Voluntária: Procure pontos de entrega voluntária para pilhas,
baterias, medicamentos, lâmpadas fluorescentes e eletrônicos.
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Cooperativas de Reciclagem: Entre em contato com cooperativas de reciclagem


em sua região para saber como colaborar com a coleta e o beneficiamento dos materiais
recicláveis.

3.1.4 Benefícios da Separação Correta


Meio Ambiente Mais Limpo: Reduz a quantidade de lixo nos aterros sanitários,
diminuindo a poluição do solo e da água.
Economia de Recursos Naturais: Preserva recursos naturais como água, árvores
e minérios, utilizados na produção de novos produtos.
Diminuição da Poluição: Reduz a emissão de gases poluentes durante a produção
de novos materiais a partir de materiais reciclados.
Promoção da Sustentabilidade: Contribui para a construção de um futuro mais
sustentável para as próximas gerações

4. TRATAMENTO DE RESÍDUOS
O tratamento de resíduos consiste no conjunto de métodos e operações
necessárias para respeitar as legislações aplicáveis aos resíduos, desde a sua produção até
o destino final com o intuito de diminuir o impacto negativo na saúde humana, assim
como no ambiente.
Dependendo da natureza do resíduo, pode ser necessário um tratamento
específico. Por exemplo, resíduos perigosos, como lixo eletrônico, produtos químicos e
lâmpadas fluorescentes, exigem processos especiais de descontaminação e neutralização.
Os resíduos são tratados de diferentes maneiras, dependendo do seu tipo:
• reciclagem: consiste na reintrodução dos resíduos no processo de
produtos. Gera economia de energia nos processos de produção, e
diminui a utilização de matéria-prima. A reciclagem é o processo de
reaproveitamento do resíduo que não serve mais para o processo, com
mudanças em seus estados físico, físico-químico ou biológico, de modo
a atribuir características para que se torne novamente matéria-prima ou
produto;
• compostagem: realizado através de processo biológico de decomposição
da matéria orgânica, o resultado final é um composto orgânico, podendo
ser utilizado no solo sem ocasionar riscos ao meio ambiente. Muito
utilizado na zona rural. Mas no meio urbano, deve ser realizado uma
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triagem e livrar o componente orgânico de componentes tóxicos ou


perigosos;
• incineração: processo que consiste redução de peso e volume do lixo
pela combustão controlada. Esse método ainda é mais utilizado para o
tratamento dos resíduos hospitalares e industriais, no caso do Brasil;
• aterro sanitário: forma de disposição final dos resíduos sólidos no solo,
em local estratégico e com técnicas de engenharia, seguindo normas
operacionais para evitar danos à saúde público e impactos ambientais;

5. DISPOSIÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS


Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), a disposição final
correta é aquela em que os resíduos são colocados em locais apropriados e seguros, como
os aterros, por exemplo. Estes devem seguir rigorosamente as normas técnicas e
operacionais estabelecidas, reduzindo ao máximo o risco de contaminação e os impactos
ambientais.
As formas mais conhecidas de disposição final de resíduos são o Aterro
Sanitário, Aterro Controlado e Lixão a céu aberto. No Brasil a única forma ainda
permitida por Lei é o Aterro Sanitário. Além disso, a disposição final deve ser reservada
exclusivamente para resíduos que não são mais passíveis de tratamento. Isso significa que
apenas os rejeitos para os quais não há alternativa viável além da disposição em aterros
devem ser submetidos a esse processo.
É crucial não confundir a disposição final com a destinação final. A destinação
de resíduos abrange a reutilização, reciclagem, compostagem, recuperação e
aproveitamento energético. Por outro lado, a disposição final refere-se à colocação
ordenada de rejeitos em aterros sanitários.
Existem três formas principais de disposição final de resíduos sólidos:
• Lixão: Trata-se de uma forma inadequada e descontrolada de dispor
resíduos. Nesse método, os resíduos são simplesmente despejados em
áreas abertas, sem qualquer tratamento ou cobertura adequada. Isso
resulta na contaminação do solo, da água e do ar, além de atrair vetores
como insetos e roedores. Os lixões representam um risco para a saúde
pública e o meio ambiente.
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• Aterro controlado: É uma forma intermediária de disposição de


resíduos. No aterro controlado, os resíduos são dispostos em áreas
designadas, geralmente cobertas com uma camada de solo, mas sem
seguir todos os critérios técnicos e ambientais exigidos para um aterro
sanitário. Embora seja melhor do que um lixão, ainda apresenta riscos
ambientais e sanitários significativos.
• Aterro sanitário: É o método mais comum e recomendado atualmente
para a disposição final de resíduos sólidos. Os resíduos são depositados
em camadas no solo, seguindo técnicas e critérios rigorosos de
engenharia e controle ambiental. Os aterros sanitários são projetados para
reduzir a contaminação do solo, da água e do ar, além de minimizar
odores e atrair vetores. São implementadas medidas de
impermeabilização, drenagem de líquidos, coleta e tratamento de gases
gerados pelos resíduos.
Benefícios de uma disposição final adequada de resíduos sólidos urbanos:
• Preservação do meio ambiente: A disposição final adequada de rejeitos
impede a contaminação do solo, da água e do ar, contribuindo para a
proteção dos ecossistemas, a preservação da biodiversidade e a
manutenção da saúde dos ecossistemas naturais.
• Prevenção da poluição da água: Ao utilizar métodos apropriados de
disposição final, é possível evitar a contaminação de corpos d'água, como
rios, lagos e aquíferos, protegendo a qualidade da água e preservando os
recursos hídricos para consumo humano, agricultura, recreação e vida
aquática.
• Redução das emissões de gases de efeito estufa: A disposição adequada
de rejeitos, especialmente por meio de aterros sanitários bem planejados,
possibilita a captura e o tratamento dos gases de efeito estufa gerados
durante a decomposição dos resíduos. Isso auxilia na redução das
emissões de gases como o metano, contribuindo para mitigar as
mudanças climáticas.
• Promoção da saúde pública: A disposição adequada de rejeitos previne
a proliferação de vetores, como insetos e roedores, que podem transmitir
doenças para as comunidades vizinhas. Além disso, ao evitar a
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contaminação do ar, da água e do solo, reduzem-se os riscos de


problemas de saúde relacionados à exposição a substâncias tóxicas e
poluentes.
• Uso sustentável dos recursos: A disposição adequada de rejeitos faz
parte de uma abordagem abrangente de gestão de resíduos que inclui a
redução, a reutilização e a reciclagem. Isso promove a conservação de
recursos naturais, evitando o esgotamento de matérias-primas e
reduzindo a necessidade de extrair novos recursos do ambiente.
• Melhoria da qualidade de vida: A disposição adequada de rejeitos,
como a implementação de aterros sanitários, contribui para a melhoria da
qualidade de vida das comunidades. Isso inclui a redução de odores
desagradáveis, a prevenção de doenças relacionadas aos resíduos e o
aprimoramento da estética e do ambiente social.
Malefícios de uma disposição final inadequada de resíduos sólidos urbanos:
• Contaminação do solo: Rejeitos dispostos de forma inadequada podem
contaminar o solo com substâncias tóxicas e poluentes, comprometendo
sua fertilidade e prejudicando a agricultura e a vegetação. Essa
contaminação pode também afetar lençóis freáticos e aquíferos,
comprometendo a disponibilidade de água potável.
• Poluição da água: A disposição inadequada de rejeitos pode contaminar
corpos d'água, como rios, lagos e aquíferos subterrâneos, liberando
substâncias químicas perigosas que prejudicam a fauna e a flora
aquáticas, comprometendo a qualidade da água para consumo humano e
uso industrial.
• Emissão de gases de efeito estufa: A decomposição anaeróbica de
resíduos orgânicos em aterros inadequados pode gerar gases de efeito
estufa, como o metano (CH4), contribuindo significativamente para o
aquecimento global. O metano é um gás de efeito estufa mais potente que
o dióxido de carbono (CO2), exacerbando as mudanças climáticas.
• Riscos à saúde pública: A disposição inadequada de rejeitos propicia a
proliferação de vetores e patógenos. Roedores, insetos e animais
contaminados podem disseminar doenças para as comunidades
próximas. Além disso, a contaminação do ar, água e solo por substâncias
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químicas perigosas pode resultar em problemas de saúde, como


distúrbios respiratórios, doenças de pele, câncer e outros impactos
adversos.
• Impactos estéticos e sociais: Lixões e aterros controlados inadequados
causam impacto visual negativo na paisagem, gerando sensação de
degradação e poluição. Isso pode prejudicar o turismo, o
desenvolvimento econômico local e a qualidade de vida das
comunidades circunvizinhas.
Em Parintins a disposição final dos resíduos sólidos é feita por meio de aterro
controlado localizado próximo a Universidade do Estado do Amazonas - UEA, no bairro
Djard Vieira com uma área de 105.966 m2. Segundo Cardoso Filho (2014) o local
destinado ao depósito de resíduos sólidos é de alcance altamente poluidor, no qual não há
qualquer preocupação com o solo e a saúde humana.

6. DESAFIOS E SOLUÇÕES
Em 2019, a prefeitura de Parintins firmou um compromisso com o Tribunal de
Contas do Amazonas (TCE-AM) para resolver as questões relacionadas ao lixão. O
acordo previa a construção de um novo aterro sanitário, medidas de remediação no bairro
Djard Vieira e a implantação de coleta seletiva. No entanto, até o momento, essas metas
não foram alcançadas.
Os resíduos sólidos urbanos (RSU) representam um desafio significativo em
muitas cidades, em Parintins o problema não é diferente. A cidade enfrenta a coleta diária
de cerca de 85 toneladas de resíduos sólidos, uma média considerável para uma população
de 96,3 mil habitantes de acordo com o IBGE 2022.
Durante os dias de disputa entre os bumbás Caprichoso e Garantido, essa
quantidade dobra, colocando mais pressão sobre a infraestrutura já sobrecarregada, diante
desses fatores a cidade de Parintins enfrenta desafios de grandes proporções quando se
trata da coleta e tratamento do lixo produzido por seus moradores. Os desafios para
enfrentar a questão do lixo em Parintins é imprescindível para o desenvolvimento
sustentável da cidade, com isso é preciso ressaltar alguns pontos importantes sobre o
assunto:
Acúmulo inadequado de resíduos:
O aterro controlado da cidade encontra-se saturado, sem capacidade de receber
mais resíduos sólidos, sem contar que o local de despejo fica próximo de moradias e não
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é preparado adequadamente para receber e nem tratar os RSU resultando assim em


contaminação ao meio ambiente e proliferação de doenças
Uma alternativa é investir em aterros sanitários adequados para descarte seguro
e controlado dos resíduos. Principalmente longe das áreas urbanas, como determinado
pela Lei Federal 12.725/2012 e pela resolução 004/95 da CONAMA.
Contaminação do solo e água:
O aterro sanitário de Parintins por receber todo o lixo da cidade sem nenhum
tratamento é um agente poluidor tanto do ar, solo e subsolo (lençóis freáticos). Várias
substâncias como o lixo hospitalar, óleos usados, graxa, tintas, solventes, lâmpadas,
baterias e outras substancias que podem gerar o chorume (resultado da decomposição da
matéria orgânica presente no lixão) que contaminam solos e lençóis freáticos, causando
doenças e impactos ambientais a áreas de proximidade.
Falta de logística reversa e a economia circular
Essas duas etapas demanda muito da participação da população junto à gestão
pública, sendo esta responsável por promover um sistema eficazes de logística reversa
que possa ser implantado na cidade de forma efetiva. Um exemplo a ser usado é a
economia circular que prioriza a reutilização, reciclagem e redução do desperdício.
Planejamento urbano inadequado
Cidades mal planejadas contribuem para o aumento dos RSU. O crescimento
inadequado é um fator contribuinte negativamente forte na questão dos resíduos sólidos,
Parintins sofre com essa falta de planejamento, visto que a expansão da cidade se dá
através de invasões clandestinas e isso acaba criando lixeiras viciadas em locais de difícil
acesso para os carros coletores. A solução nesse caso seria coibir as ações clandestinas e
criar bairros projetados adequadamente para atender a população de forma eficiente.
Conscientização pública
Os moradores de Parintins são os agentes principais na questão de resíduos
sólidos, pra isso é necessário a integração de todos nessa causa, através da educação é
possível obter resultados importantes no que se refere a redução, reutilização e reciclagem
de resíduos.

CONCLUSÃO
Muitos são os desafios a serem enfrentados em busca de uma forma eficiente de
realizar o gerenciamento de resíduos sólidos em Parintins, de forma a atender aos
princípios e objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
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Analisando e identificando todo o sistema do “tratamento” dos resíduos sólidos


no município, desde a sua geração, acondicionamento, coleta e destinação final, é possível
constatar que o procedimento realizado para esse fim não possui nenhum procedimento
que possa ser considerado adequado para a destinação dos resíduos urbanos de Parintins.
O aterro sanitário é um problema de questão pública, onde tanto a gestão do município
como a população são responsáveis pelo problema que é o lixo hoje e os mais afetados
por suas consequências tanto na saúde, econômica e ecossistema local.

REFERÊNCIA

BRASIL. Decreto nº 7.404/2010 -Regulamenta a Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010,


que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. 23/12/2010, Brasília, DF.

Conheça algumas tecnologias para tratamento de resíduos sólidos. Disponível em:


https://www.vertown.com/blog/conheca-algumas-tecnologias-para-tratamento-de-
residuos-solidos/. Acesso em: 10 de jun 2024

Disposição Final Ambientalmente adequada de Rejeitos. Disponível em:


https://portalresiduossolidos.com/disposicao-final-ambientalmente-adequada-de-
rejeitos/#:~:text=A%20Disposi%C3%A7%C3%A3o%20Final%20Ambientalmente%20
Adequada%20de%20Rejeitos%20deve%20ser%20feita,confundida%20com%20a%20d
estina%C3%A7%C3%A3o%20final. Acesso em: 08 de jun 2024.

Machado, Gleysson B. Tratamento de Resíduos Sólidos. Disponível em:


https://portalresiduossolidos.com/tratamento-de-residuos-solidos/. Acesso em: 08 de jun
2024

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