Ica 57-22 (2019)
Ica 57-22 (2019)
Ica 57-22 (2019)
COMANDO DA AERONÁUTICA
AVIAÇÃO MILITAR
ICA 57-22
2019
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
INSTITUTO DE FOMENTO E COORDENAÇÃO INDUSTRIAL
AVIAÇÃO MILITAR
ICA 57-22
2019
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA AEROESPACIAL
SUMÁRIO
1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ...................................................................................... 7
1.1 FINALIDADE ...................................................................................................................... 7
1.2 CONCEITUAÇÃO............................................................................................................... 7
1.3 ÂMBITO .............................................................................................................................. 7
2 CRITÉRIOS DE AERONAVEGABILIDADE .................................................................. 8
2.1 CRITÉRIOS ESSENCIAIS DE CERTIFICAÇÃO DE AERONAVEGABILIDADE ....... 8
2.2 ESPECIFICAÇÕES DE AERONAVEGABILIDADE ....................................................... 8
3 DISPOSIÇÕES GERAIS .................................................................................................... 10
4 DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS ..................................................................................... 11
5 DISPOSIÇÕES FINAIS ...................................................................................................... 12
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 13
Anexo A - Critérios essenciais de aeronavegabilidade aplicáveis às aeronaves
militares. ...................................................................................................... 14
Anexo B - Regulamentos técnicos para a certificação de tipo de produtos, peças e
equipamentos. ............................................................................................. 18
ICA 57-22/2019
1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
1.1 FINALIDADE
A presente Instrução tem por finalidade estabelecer os critérios que o IFI deverá
seguir para determinar os requisitos de aeronavegabilidade a serem incluídos nas bases de
certificação de aeronaves militares, levando em consideração a aplicação dos códigos de
aeronavegabilidade civil (RBAC – Regulamento Brasileiro de Aviação Civil, RBHA –
Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica ou equivalentes internacionais), bem
como os critérios definidos pela norma MIL-HDBK-516C e versões posteriores.
1.2 CONCEITUAÇÃO
1.3 ÂMBITO
2 CRITÉRIOS DE AERONAVEGABILIDADE
14 - SYSTEM SAFETY
15 - COMPUTER RESOURCES
16 - MAINTENANCE
17 - ARMAMENT/STORES INTEGRATION
18 - PASSENGER SAFETY
19 - MATERIALS
20 - MISSION/TEST EQUIPMENT AND CARGO/PAYLOAD SAFETY
3 DISPOSIÇÕES GERAIS
3.2 Para concessão de certificados de tipo militares para produtos aeronáuticos e de defesa, será
adotado integralmente, na língua inglesa, a norma MIL-HDBK-516, versão C, em vigor desde
12 de dezembro de 2014, do Department of Defense - DoD, dos Estados Unidos da América.
4 DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
4.1 Os projetos de produtos aeronáuticos (PA) que possuam base de certificação estabelecida
em data anterior à publicação desta ICA podem manter a base já acordada.
4.2 Os projetos de produtos aeronáuticos (PA) que tenham sua base de certificação em fase de
discussão devem procurar adotar as instruções desta ICA. Caso não seja isso possível, devem
ser apresentadas as justificativas que permitam ao DCTA/IFI adotar um outro conjunto para
formação de uma base de certificação que garanta a aeronavegabilidade do PA.
4.3 Esta instrução aplica-se somente para produtos que estejam na fase de definição, conforme
termos da DCA 400-6/2007 “Ciclo de Vida de Sistemas e Materiais da Aeronáutica”. Ela não
se aplica para sistemas que ainda estão em fase de estudo de concepção e/ou viabilidade.
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5 DISPOSIÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
1 INTEGRIDADE DO PRODUTO
1.1.1 Todas as partes da aeronave em que uma falha puder reduzir a integridade estrutural
devem cumprir as condições a seguir, sem deformação ou falha que seja prejudicial. Estão
inclusos os elementos significativos de massa e seus dispositivos de fixação.
1.1.1.1 Todas as combinações de carga suscetíveis de surgir, com uma probabilidade razoável,
nos limites de peso, nos limites da posição do centro de gravidade, nos limites do envelope
operacional, durante a vida em serviço do produto, devem ser consideradas prevendo uma
margem de segurança definida. Isso inclui as cargas devido a ventos, manobras, pressurização,
superfícies móveis, sistemas de controle e de propulsão, tanto em voo quanto em solo.
1.1.1.3 Os efeitos dinâmicos devem ser analisados na resposta das estruturas às cargas.
1.1.4 Os efeitos de esforço cíclico, de degradação do ambiente e de danos acidentais, não devem
reduzir a integridade estrutural abaixo de um nível de resistência residual aceitável. Todas as
instruções necessárias para garantir a aeronavegabilidade continuada, para esse aspecto, devem
ser providenciadas.
1.2 PROPULSÃO
1.2.1 O sistema de propulsão deve produzir, nos limites declarados, a força ou a potência
demandada em todas as condições de voo previstas, considerando os efeitos e as condições
ambientais.
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Continuação do Anexo A - Critérios essenciais de aeronavegabilidade aplicáveis às
aeronaves militares
1.2.2 Os processos de fabricação e os materiais utilizados para a construção do sistema de
propulsão devem conter propriedades estruturais conhecidas e reproduzíveis. Qualquer
modificação das características dos materiais, relacionada ao cenário operacional para o qual o
sistema foi concebido, deve ser justificada.
1.2.4 Todas as instruções, informações e requisitos necessários para garantir uma interface
correta entre o sistema de propulsão e a aeronave devem estar disponíveis.
1.3.2 A aeronave, com seus sistemas, equipamentos e itens necessários para a certificação de
tipo militar, deve funcionar como previsto em todas as condições de utilização previsíveis em
todo o envelope operacional da aeronave e com uma margem de segurança definida,
considerando-se o ambiente operacional do sistema, do equipamento ou do item. Outros
sistemas, equipamentos e itens que não são exigidos para a certificação de tipo militar devem
funcionar de maneira que não diminuam a segurança e o funcionamento de outro sistema,
equipamento ou item. Os sistemas, equipamentos e item devem funcionar, tal que não necessite
de força ou habilidade excepcional por parte dos operadores.
1.3.5 As precauções de projeto devem ser implementadas para minimizar os perigos resultantes,
para a aeronave e seus ocupantes, para as equipes de solo, para outros utilizadores do espaço
aéreo e terceiros, de ameaças razoavelmente prováveis, tanto do interior quanto do exterior da
aeronave, considerando-se a proteção contra o risco de falha grave ou de uma ruptura de um
item da aeronave.
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Continuação do Anexo A - Critérios essenciais de aeronavegabilidade aplicáveis às
aeronaves militares
1.4 INSTRUÇÕES PARA AERONAVEGABILIDADE CONTINUADA (ICA):
1.4.2 Os meios devem ser previstos permitindo a inspeção, reparo, lubrificação, retirada,
substituição de toda peça e equipamento, se necessário, para assegurar a aeronavegabilidade da
aeronave.
2.1 É necessário demonstrar que os itens a seguir foram considerados para assegurar um nível
de segurança aceitável para as pessoas a bordo da aeronave e para terceiros no solo durante o
funcionamento do produto.
2.1.1 Os tipos de operação para as quais a aeronave é certificada devem estar definidos, as
limitações e as informações necessárias para garantir a segurança de voo, incluindo as
limitações e performances ambientais, devem ser estabelecidas.
2.1.2 A aeronave deve ter a capacidade de ser controlada e manobrada com toda segurança em
todas condições de operação previstas, durante a execução de procedimentos de emergência, de
evacuação em voo, ou no caso de aeronaves não tripuladas, de execução de procedimentos de
recuperação. Deve-se considerar a força dos pilotos, as condições do posto de pilotagem, a
carga de trabalho dos tripulantes e outros fatores humanos, bem como a fase de voo e o tempo
de exposição.
2.1.3 Deve ser possível passar, suavemente, de uma fase de voo à outra sem que isso implique
para os tripulantes uma competência, vigilância, força ou carga de trabalho excepcional, em
todas as condições de operação que possam surgir.
2.1.4 A aeronave deve apresentar qualidades de voo tais que as exigências impostas à tripulação
de voo não sejam excessivas, considerando-se a fase de voo e o tempo de exposição.
2.1.6 Os alarmes e os sinais de alerta para impedir a ultrapassagem do envelope de voo normal,
devem ser previstos, em função da especificidade da situação.
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Continuação do Anexo A - Critérios essenciais de aeronavegabilidade aplicáveis às
aeronaves militares
2.1.7 As características da aeronave e dos sistemas devem permitir o restabelecimento da
situação normal com segurança, a partir de condições extremas do envelope de voo que podem
surgir.
2.2 Os limites de operação e outras informações necessárias para garantir a segurança de voo
devem estar à disposição dos membros da tripulação.
2.3 O funcionamento dos sistemas deve estar protegido contra os riscos resultantes das
condições externas e internas desfavoráveis, incluindo-se as condições ambientais.
2.3.1 Em particular, deve ser considerada a exposição a fenômenos que podem surgir durante a
operação do produto, tais como: más condições meteorológicas, relâmpagos, colisão com
pássaros, campos eletromagnéticos de alta frequência, etc.
2.3.2 Nos casos aplicáveis, os compartimentos de cabine devem garantir aos passageiros as
condições de transporte adaptadas e uma proteção apropriada contra todo perigo previsto
durante as operações da aeronave ou como resultado de situações de emergência, incluindo-se
fogo, fumaça, gases tóxicos, e os riscos de descompressão rápida. As disposições dos
compartimentos de cabine devem ser tais que permitem aos ocupantes chances razoáveis de
evitar ferimentos graves e de assegurar uma evacuação rápida, e de os proteger contra os efeitos
de forças de desaceleração em caso de pouso ou arremetida de emergência. Sinais e anúncios
claros e sem ambiguidade devem ser previstos, para informar aos ocupantes quanto às ações
aplicáveis para sua segurança bem como a disposição de equipamentos de segurança e sua
correta utilização. Os equipamentos de segurança necessários devem estar facilmente acessíveis.
2.3.3 Os postos de pilotagem devem ser projetados de maneira a facilitar as operações de voo,
e notadamente permitir uma consciência situacional das diferentes situações, bem como a
gestão de toda situação previsível bem como situação de emergência. As condições dos postos
de pilotagem não devem comprometer a capacidade da tripulação de cumprir sua missão com
segurança.
3.1 As aeronaves não tripuladas não podem colidir em voo com aeronaves tripuladas ou outras
não tripuladas, devendo possuir sistemas que evitem esse tipo de evento.
3.2 O projeto dos VANT deve permitir a realocação para área de emergência em caso de mau
funcionamento, quando necessário.
3.3 Para operar sobre grandes aglomerados urbanos, as aeronaves não tripuladas devem possuir
dispositivos para evitar que uma eventual queda resulte em múltiplas fatalidades.
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Anexo B - Regulamentos técnicos para a certificação de tipo de produtos, peças e
equipamentos
1 REGULAMENTOS TÉCNICOS
1.7 PLANADORES:
a) Certification Specifications 22 (CS-22) publicado pela European Union
Safety Agency (EASA);
b) Joint Aviation Regulation 22 (JAR-22) publicado pela Joint Aviation
Authorities (JAA).
1.10 HÉLICES:
a) Regulamento Brasileiro da Aviação Civil RBAC n° 35 publicado pela
Agência Brasileira de Aviação Civil (ANAC);
b) Federal Aviation Regulation part 35 (FAR part 35) publicado pela Federal
Aviation Administration dos Estados Unidos da América (FAA);
c) Certification Specifications P (CS-P) publicado pela European Union Safety
Agency (EASA);
d) Joint Aviation Regulation P (JAR-P) publicado pela Joint Aviation
Authorities (JAA).
1.11 EQUIPAMENTOS:
a) Ordem Técnica Padrão (OTP) publicado pela Agência Brasileira de Aviação
Civil (ANAC);
b) Technical Standard Orders (TSO) publicados pela Federal Aviation
Administration dos Estados Unidos da América (FAA);
c) Military Standard Orders (MSO) publicados pelo Departamento de Defesa
dos Estados Unidos da América (DoD);
d) Certification Specifications ETSO (CS-ETSO) publicado pela European
Union Safety Agency (EASA);
e) Joint Aviation Regulation JTSO (JAR-JTSO) publicado pela Joint Aviation
Authorities (JAA).