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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO PARÁ


REDES DE ESCOLAS TECNOLÓGICAS
E.E.E.TE PA PROFESSOR ANÍSIO TEIXEIRA
CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA

FABIANA CARDOSO
NATASHA CARNEIRO
RAISSE MARTINS
THAMYRES MARTINS

ÊNFASE NAS TAREFAS

Trabalho apresentado do Curso Técnico em


Administração da E.E.E.TEPA Prof. Anísio
Teixeira, como requisito parcial avaliativo.
Professor(a) Orientador(a): Maria Rodrigues

BELÉM – PA
2024
INTRODUÇÃO
Criada por Frederick W. Taylor (1856 – 1915), um jovem engenheiro americano,
que descobriu que a produção e o pagamento eram ruins, que a ineficiência e as
perdas eram prevalentes e que a maioria das empresas possuía um grande potencial
não utilizado, uma falha da administração sistemática. Ele concluiu que as decisões
administrativas eram assistemáticas e que não existia pesquisa para se determinarem
os melhores meios de produção. Essa teoria provocou uma verdadeira revolução no
pensamento administrativo e no mundo industrial. Para o aumento da produtividade
propôs métodos e sistemas de racionalização do trabalho e disciplina do
conhecimento operário colocando-o sob comando da gerência; a seleção rigorosa dos
mais aptos para realizar as tarefas; a fragmentação e hierarquização do trabalho.
Investiu nos estudos de tempos e movimentos para melhorar a eficiência do
trabalhador e propôs que as atividades complexas fossem divididas em partes mais
simples facilitando a racionalização e padronização. Propõe incentivos salariais e
prêmios pressupondo que as pessoas são motivadas exclusivamente por interesses
salariais e materiais, de onde surge o termo “homo economicus”.

ÊNFASE NAS TAREFAS


As propostas básicas de Taylor trouxeram decorrências sociais e culturais da
sua aplicação. Há algumas décadas vem-se debatendo os efeitos negativos da
organização do trabalho taylorista/fordista sobre os trabalhadores, destacando-se a
fragmentação do trabalho com separação entre concepção e execução, que
associada ao controle gerencial do processo e à hierarquia rígida tem levado a
desmotivação e alienação de trabalhadores, bem como a desequilíbrios nas cargas
de trabalho. Dentre as críticas principais podemos citar a pouca atenção dada ao ser
humano e sua robotização, bem explorada no filme “Tempos Modernos”, de Charles
Chaplin.
O mundo em que vivemos é uma sociedade institucionalizada e composta por
organizações. Todas as atividades relacionadas à produção de bens (produtos) ou
prestação de serviços (atividades especializadas) são planejadas, coordenadas,
dirigidas, executadas e controladas pelas organizações. Todas as organizações são
constituídas por pessoas e por recursos não humanos (como recursos físicos e
materiais, financeiros, tecnológicos, mercadológicos etc.). A vida das pessoas
depende intimamente das organizações e essas dependem da atividade e do trabalho
daquelas. Na sociedade moderna, as pessoas nascem, crescem, aprendem, vivem,
trabalham, se divertem, são tratadas e morrem dentro das organizações. As
organizações são extremamente heterogêneas e diversificadas, de tamanho
diferentes, de características diferentes, de estruturas diferentes, de objetivos
diferentes. Existem ORGANIZAÇÕES LUCRATIVAS (chamadas empresas) e
ORGANIZAÇÕES NÃO LUCRATIVAS (como Exército, Igreja, Serviços Públicos,
Entidades Filantrópicas, Organizações não governamentais – ONGs – etc.).
Administração Científica (Taylorismo): com ênfase nas tarefas, buscava a
racionalização do trabalho no nível operacional, ou seja, o foco era no empregado.
Apesar de apresentar como vantagens a produtividade e a eficiência, não levava em
consideração as necessidades sociais dos funcionários. É a corrente administrativa
iniciada por Taylor e que enfatiza a administração por tarefas, isto é, focaliza a
racionalização do trabalho operário, a padronização e o estabelecimento de princípios
básicos de organização racional do trabalho.

ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
A administração científica é um modelo de administração criado pelo
americano Frederick Winslow Taylor no fim do século XIX e início do século XX e que
se baseia na aplicação do método científico na administração com o intuito de garantir
o melhor custo/benefício aos sistemas produtivos. Taylor procurava uma forma de
elevar o nível de produtividade conseguindo que o trabalhador produzisse mais em
menos tempo sem elevar os custos de produção. Assim, ele observou que os sistemas
administrativos da época eram falhos.
A falta de padronização dos métodos de trabalho, o desconhecimento por parte
dos administradores do trabalho dos operários e a forma de remuneração utilizada
foram as principais falhas estudadas por Taylor. Assim, em 1903, ele publica o livro
Administração de Oficinas onde expõe pela primeira vez suas teorias. Taylor propõe
a racionalização do trabalho por meio do estudo dos tempos e movimentos. O trabalho
deveria ser decomposto, analisado e testado cientificamente e deveria ser definida
uma metodologia a ser seguida por todos os operários com a padronização do método
e das ferramentas.
Os operários deveriam ser escolhidos com base em suas aptidões para a
realização de determinadas tarefas (divisão do trabalho) e então treinados para que
executem da melhor forma possível em menos tempo. Taylor, também, defende que
a remuneração do trabalhador deveria ser feita com base na produção alcançada, pois
desta forma, ele teria um incentivo para produzir mais.

PRINCÍPIOS DO TAYLORISMO
Frederick Taylor deixou um enorme legado que contribui de forma significativa
para o desenvolvimento industrial. Taylor publicou, em 1903, o livro Shop
management, no qual evidencia técnicas voltadas à racionalização do trabalho, com
base no estudo do tempo e dos movimentos conhecido como Time-Motion Study.
Em 1911, Taylor publica uma de suas obras mais conhecidas, o livro
intitulado Princípios da administração científica, que apresenta a necessidade
de dividir o processo produtivo segundo aptidões dos trabalhadores e também a de
ter uma figura capaz de controlar todo esse processo, a gerência. Para isso seria
fundamental romper com a utilização de métodos empíricos e empregar métodos
científicos no trabalho. Taylor então apresenta quatro princípios fundamentais:

Princípio do planejamento
É necessária a substituição de métodos empíricos por métodos científicos,
evitando ações e julgamentos individuais a respeito do trabalho.

Princípio da preparação dos trabalhadores


É necessário relacionar as funções específicas aos funcionários que
apresentarem melhores aptidões para elas. Portanto, é feita uma seleção e,
posteriormente, treinamento, a fim de aperfeiçoar cada trabalhador para o alcance da
execução mais eficiente das tarefas.

Princípio do controle
É necessário controlar o trabalho realizado pelos operários, de modo a evitar
tempo ocioso, esforço físico desnecessário e possíveis resistências.

Princípio da execução
É necessário distribuir as tarefas e responsabilidades para cada trabalhador,
buscando um sistema de produção industrial disciplinado, objetivo e com o melhor
custo-benefício possível.
EXEMPLOS DO TAYLORISMO
O taylorismo inspirou inúmeros seguidores ao redor do mundo que buscavam
otimizar o trabalho nas indústrias. Muitos aperfeiçoaram as ideias de Taylor segundo
as realidades de seu período e da sua produção. O trabalho produzido por ele
transformou o pensamento administrativo no mundo todo. Veja alguns exemplos:
Harringtn Emerson desenvolveu os princípios da eficiência organizacional,
publicados em seu livro Doze princípios da eficência, em 1911, inspirado nas ideias
desenvolvidas por Taylor. Em seu trabalho, Emerson aborda questões, como:
disciplina, normas e horários, operações padronizadas, entre outras.
Morris Llewellyn Cooke, engenheiro estadunidense, desenvolveu seu trabalho,
conhecido como gerenciamento científico e eletrificação rural, influenciado por
Frederick Taylor. A ideia de que o gerenciamento científico é benéfica não só para a
indústria mas para todos os segmentos da sociedade fez com que Cooke criasse, em
1905, sua empresa de consultoria científica, aplicando os princípios da administração
científica desenvolvidos por Taylor.
Le Chatelier, engenheiro químico francês, aplicou os conhecimentos adquiridos
por meio da administração científica de Taylor em fábricas na França.

ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO – SUBSTITUIÇÃO DA PRÁTICA


PELA TÉCNICA
A improvisação era o que imperava nas empresas naquele cenário. Os
funcionários desenvolviam seu modo de agir em suas atividades unicamente
observando como os demais faziam, de maneira que cada um ia inserindo seus modos
particulares de exercer as tarefas. O final disso é previsível: total falta de padrão na
produção, desperdício de material e tempo o que, consequentemente, gerava baixa
eficiência.
Taylor percebeu a necessidade de padronização do trabalho. Estudou a fundo
como as tarefas eram realizadas, principalmente tempo e movimentos necessários,
visando estabelecer um padrão para execução do serviço. Preocupou-se, também,
com a organização dos locais de trabalho e com o treinamento dos funcionários, até
em cargos de direção.
Alguns pontos eram cruciais para que o sistema funcionasse: técnicas prontas
para execução das tarefas, padronização das ferramentas e máquinas utilizadas para
execução dos trabalhos e prêmios para incentivar a produtividade. Taylor foi um
visionário para época. Em verdade, sua filosofia visava dar maior prosperidade tanto
ao patrão como aos funcionários. No entanto, os seguidores de sua teoria
preocuparam-se menos com a “filosofia” e mais com as técnicas de execução.

CONCLUSÃO
À medida que a administração se defronta com novos desafios e novas
situações que se desenvolvem com o decorrer do tempo, as doutrinas e teorias
administrativas precisam adaptar suas abordagens ou modificá-las completamente
para continuarem úteis e aplicáveis. Isto explica, em parte, os gradativos passos da
TGA no decorrer do século XX e no início deste século. O resultado disso tudo é a
gradativa abrangência e complexidade que acabamos de discutir.
BIBLIOGRAFIA
LODI, J. B. História da Administração. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.
217p.

MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da Administração: da revolução urbana à revolução


digital. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2004. 521p.

LLATAS. Dra. Maria Virginia; Administração Científica de Taylor. Acessado


em: Administração Científica de Taylor.ppt

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