Aula 07
Aula 07
Aula 07
Física
AULA 07
Dinâmica Impulsiva
www.estrategiamilitares.com.br
Prof. Toni Burgatto
Sumário
Introdução 3
1. Quantidade de movimento 4
1.1. Impulso 9
2. Colisões 33
3. Centro de massa 60
Introdução
Nesta aula vamos trabalhar os conceitos de impulso, quantidade de movimento e centro de massa.
Este tema costuma ser cobrado junto com energia mecânica e, em algumas ocasiões, com análise de
dinâmica.
É muito importante você guardar todos os conceitos e fazer muito exercícios para pôr em prática
tudo aquilo que você aprendeu desse assunto.
Como esse assunto é muito cobrado, existem muitas questões de elevado nível nos nossos
vestibulares de interesse.
As questões da OBF no início da lista servirão para te dar uma base, antes de entrar nas questões
do nosso concurso em si.
Caso tenha alguma dúvida entre em contato conosco através do fórum de dúvidas do Estratégia
ou se preferir:
@proftoniburgatto
1. Quantidade de movimento
Seja uma partícula 𝑃, de massa 𝑚, com velocidade vetorial instantânea 𝑣⃗. Define-se quantidade
⃗⃗ como:
de movimento da partícula 𝑃 a grandeza vetorial 𝑄
⃗⃗ = 𝑚 ⋅ 𝑣⃗
𝑄
Representativamente, temos:
Observações:
Além disso, como massa é uma grandeza escalar positiva, então a quantidade de
movimento 𝑄⃗⃗ e a velocidade 𝑣⃗ possuem o mesmo sentido, vide figura 2.
Figura 2: A quantidade de movimento tem mesma direção e sentido que a velocidade da partícula.
⃗⃗ | = 𝑚 ⋅ |𝑣⃗|
|𝑄
𝑢(𝑄) = 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠
1)
Um ponto material de massa 4,0 𝑘𝑔 move-se em uma trajetória retilínea, realizando um MRUV com
função horária do espaço 𝑠 = 2,0 + 10,0 ⋅ 𝑡 − 6,0 ⋅ 𝑡 2 (SI). Calcule:
a) o módulo da quantidade de movimento em 𝑡1 = 0,5 𝑠;
b) o módulo da quantidade de movimento em 𝑡2 = 1,0 𝑠;
c) o módulo da variação da quantidade de movimento no intervalo Δ𝑡 = 𝑡2 − 𝑡1 .
Comentários:
a) Inicialmente, devemos determinar a função horária da velocidade 𝑣. Para isso, basta simplesmente
derivar 𝑠 em relação ao tempo:
𝑑𝑠 𝑑
𝑣= ⇒ 𝑣 = (2,0 + 10,0 ⋅ 𝑡 − 6,0 ⋅ 𝑡 2 )
𝑑𝑡 𝑑𝑡
⇒ 𝑣 = 0 + 10,0 − 12 ⋅ 𝑡 ⇒ 𝑣(𝑡) = 10,0 − 12 ⋅ 𝑡
Para 𝑡1 = 0,5 𝑠, temos:
𝑣1 (0,5) = 10,0 − 12 ⋅ (0,5) ⇒ 𝑣1 (0,5) = 4,0 𝑚/𝑠
Logo, o módulo da quantidade de movimento é de:
⃗⃗1 | = 𝑚 ⋅ |𝑣⃗1 | ⇒ |𝑄
|𝑄 ⃗⃗1 | = 4,0 ⋅ 4,0 ⇒ |𝑄
⃗⃗1 | = 16,0 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠
Portanto:
⃗⃗ = 𝑄
Δ𝑄 ⃗⃗2 − 𝑄
⃗⃗1 ⇒ Δ𝑄
⃗⃗ = −8,0 𝑖̂ − 16,0 𝑖̂ ⇒ Δ𝑄
⃗⃗ = −24,0 𝑖̂ (𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠)
2)
Um ponto material realiza um MUV a partir do repouso em uma trajetória qualquer:
a) Plote o gráfico do módulo da quantidade de movimento em função do módulo da velocidade.
b) Qual é o significado físico da área medida sob o gráfico plotado.
Comentários:
a) Como vimos, a quantidade de movimento é dada por 𝑄 ⃗⃗ = 𝑚 ⋅ 𝑣⃗ e seu módulo é |𝑄
⃗⃗ | = 𝑚 ⋅ |𝑣⃗|. Dessa
forma, vemos que o módulo da quantidade de movimento é diretamente proporcional ao da velocidade,
⃗⃗ | varia linearmente com |𝑣⃗|. Graficamente:
ou seja, |𝑄
3)
Um corpo de massa 𝑚 = 2,0 𝑘𝑔 desloca-se em um MCU com velocidade de módulo 2,0 𝑚/𝑠.
Calcule o módulo da variação da quantidade de movimento nos seguintes intervalos de tempo:
a) Um quarto de período.
b) Meio período.
Comentários:
Como o módulo da velocidade no MCU não varia, então o módulo da quantidade de movimento
também não se altera. Logo:
⃗⃗ | = 2,0 ⋅ 2,0 ⇒ |𝑄
|𝑣⃗| = 2,0 𝑚/𝑠 ⇒ |𝑄 ⃗⃗ | = 4,0 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠
a) Vamos tomar o corpo em duas posições quaisquer tais que o intervalo de tempo entre elas corresponda
a um quarto do período. Então, sem perdas de generalidades, temos:
b) Analogamente ao item a, vamos tomar duas posições quaisquer tais que o intervalo de tempo entre
elas corresponda a um meio período. Então, sem perdas de generalidades, temos:
Assim:
⃗⃗ = 𝑄
Δ𝑄 ⃗⃗2 − 𝑄
⃗⃗1 ⇒ |Δ𝑄
⃗⃗ | = |𝑄
⃗⃗2 | + |𝑄
⃗⃗1 | ⇒ |Δ𝑄
⃗⃗ | = 4,0 + 4,0 ⇒ |Δ𝑄
⃗⃗ | = 8,0 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠
4)
Um corpo de massa 𝑚 = 1,0 𝑘𝑔 move-se em MCU, percorrendo um arco de circunferência de raio 𝑅 =
2,0 𝑚, exclusivamente sob a ação de uma força de módulo igual à 2,0 N. Calcule:
a) O módulo da velocidade do corpo; e
Comentários:
a) Se a única força que atua no corpo, que realiza um MCU, então essa força será a resultante centrípeta.
Logo:
𝑚 ⋅ 𝑣2 1,0 ⋅ 𝑣 2
𝐹𝑐𝑝 = ⇒ 2,0 = ⇒ 𝑣 = 2,0 𝑚/𝑠
𝑅 2,0
b) Para os pontos 𝐴 e 𝐵, temos os seguintes valores dos módulos:
⃗⃗1 | = |𝑄
|𝑄 ⃗⃗2 | = 𝑚 ⋅ 𝑣 = 1,0 ⋅ 2,0 = 2,0 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠
Então, pela lei dos cossenos, vem:
2 2 2
⃗⃗ | = |𝑄
|Δ𝑄 ⃗⃗1 | + |𝑄
⃗⃗2 | − 2|𝑄
⃗⃗1 | ⋅ |𝑄
⃗⃗2 | ⋅ cos 120°
2
⃗⃗ | = 22 + 22 − 2 ⋅ 2 ⋅ (− 1) ⇒ |Δ𝑄
|Δ𝑄 ⃗⃗ | = √10 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠
2
1.1. Impulso
Vamos tomar um ponto material de massa 𝑚 em movimento retilíneo uniformemente variado sob
a ação de uma força resultante 𝐹⃗ (aqui constante), conforme figura abaixo.
Figura 3: Força constante F agindo sobre um ponto material que realiza um MRUV.
Pela segunda lei de Newton, sabemos que 𝐹⃗ = 𝑚 ⋅ 𝑎⃗. Contudo, vimos na cinemática vetorial que
⃗⃗
Δ𝑣
𝑎⃗ = , então:
Δ𝑡
Δ𝑣⃗
𝐹⃗ = 𝑚 ⋅ ⇒ 𝐹⃗ ⋅ Δ𝑡 = 𝑚 ⋅ Δ𝑣⃗ ⇒ 𝐹⃗ ⋅ Δ𝑡 = 𝑚 ⋅ 𝑣⃗2 − 𝑚 ⋅ 𝑣⃗1 (𝑒𝑞. 1.1)
Δ𝑡
Note que o segundo termo da equação 1.1 representa as quantidades de movimento do corpo nos
instantes 𝑡1 e 𝑡2 :
⃗⃗1 = 𝑚 ⋅ 𝑣⃗1 e 𝑄
𝑄 ⃗⃗2 = 𝑚 ⋅ 𝑣⃗2
Por outro lado, o primeiro termo da equação 1.1 temos o produto 𝐹⃗ ⋅ Δ𝑡 que é denominado
impulso da força 𝐹⃗ e representa-se por 𝐼⃗. Em outras palavras:
𝐼⃗ = 𝐹⃗ ⋅ Δ𝑡
Observe que pela forma como foi definido, o impulso é uma grandeza vetorial e tem a direção e
o sentido da força 𝐹⃗ , já que a variação de tempo é sempre positiva. No SI, a unidade de impulso é o N ⋅ s.
Quando retornamos à equação 1.1, podemos escrever o impulso em função das quantidades de
⃗⃗1 e 𝑄
movimento 𝑄 ⃗⃗2 :
⃗⃗2 − 𝑄
𝐼⃗ = 𝑄 ⃗⃗1 (𝑒𝑞. 1.2)
A equação 1.2 descreve o teorema do impulso, que pode ser enunciado como:
O impulso da resultante das forças que atuam sobre uma partícula é igual à variação de sua
quantidade de movimento, ou seja:
𝐼⃗𝐹⃗ = Δ𝑄⃗⃗ ⇒ 𝐼⃗𝐹⃗ = 𝑄
⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑄
⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
𝑅 𝑅
1 N ⋅ s = 1 kg ⋅ m/s
Apenas como curiosidade. Vamos ir um pouco mais a fundo agora na segunda lei de Newton.
Quando ele propôs o Princípio Fundamental da Dinâmica, ele o apresentou da seguinte forma:
⃗⃗
𝑑𝑄
𝐹⃗ =
𝑑𝑡
⃗⃗
𝑑𝑄 𝑑(𝑚 ⋅ 𝑣⃗)
𝐹⃗ = ⇔ 𝐹⃗ =
𝑑𝑡 𝑑𝑡
Como a massa 𝑚 é constante (em quase todos os exercícios), ela pode sair da derivada:
𝑑𝑣⃗
𝐹⃗ = 𝑚 ⋅ ⇔ 𝐹⃗ = 𝑚 ⋅ 𝑎⃗
𝑑𝑡
Com isso, podemos generalizar a segunda lei de Newton para um sistema de 𝑛 partículas, em que
⃗ ⃗⃗ a quantidade
𝐹 é a resultante de todas as forças externas ao sistema e 𝑚 é a soma das massas. Sendo 𝑄
de movimento do sistema, então:
𝑛
𝑚 = ∑ 𝑚𝑖 = 𝑚1 + 𝑚2 + ⋯ + 𝑚𝑛
𝑖=1
𝑛
⃗⃗ = ∑ 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑖 = 𝑄
⃗⃗1 + 𝑄
⃗⃗2 + ⋯ + 𝑄
⃗⃗𝑛
𝑖=1
Quando introduzimos o conceito de impulso, apresentamos para uma força resultante constante.
Entretanto, em diversas situações na natureza, a força que age em uma partícula não é constante. Nesse
caso, você deve utilizar a definição utilizando Cálculo:
𝑡2
𝐼⃗𝐹⃗ = ∫ 𝐹⃗ 𝑑𝑡
𝑡1
Podemos ver que o teorema do impulso é válido para qualquer força resultante, pois:
𝑡2 𝑡2
⃗⃗
𝑑𝑄
𝐼⃗𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 = ∫ 𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑡 = ∫ ⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑄
𝑑𝑡 = 𝑄 ⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ⇒ 𝐼⃗ ⃗ = Δ𝑄
⃗⃗
𝐹𝑟𝑒𝑠
𝑑𝑡
𝑡1 𝑡1
Para um sistema de partículas, o impulso resultante causados pelas forças externas que atuam
sobre ele é igual à variação da quantidade de movimento total do sistema. Em outras palavras:
𝑡2
⃗⃗𝑠𝑖𝑠
𝐼⃗𝑒𝑥𝑡 𝑟𝑒𝑠 = ∫ 𝐹⃗𝑒𝑥𝑡 𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑡 = Δ𝑄
𝑡1
Entretanto, nossos vestibulares não são focados em usar Cálculo. Por isso, utilizar métodos gráficos
é uma excelente saída para este caso. Pela definição de impulso de uma força, podemos dizer que a área
sob a curva é numericamente igual ao impulso em um gráfico de |𝐹⃗ | × 𝑡:
Figura 4: Gráfico da força pelo tempo. A área sob a curva é numericamente igual ao módulo do impulso da força.
Por exemplo: um homem empurra um carrinho com uma força 𝐹⃗ de direção constante e sentido
igual ao de sua velocidade de vetorial 𝑣⃗. A intensidade de 𝐹⃗ obedece ao seguinte gráfico:
Assim, o impulso de força que o homem exerce sobre o carrinho durante os 4 segundos tem
mesma direção e sentido que a velocidade 𝑣⃗. O módulo deste impulso é dado ela área do triangulo:
𝑏𝑎𝑠𝑒 ⋅ 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 4 ⋅ 10
𝐴= ⇒𝐴= ⇒ 𝐴 = 20 𝑢. 𝑎.
2 2
Portanto:
|𝐼⃗| = 20 N ⋅ s
5)
Um carrinho de compras de massa igual a 2,0 kg e tamanho desprezível, sob a ação da força 𝐹⃗ horizontal.
A intensidade de 𝐹⃗ varia conforme o gráfico abaixo, com sua direção e sentido permanecendo constantes.
Se o carrinho parte do repouso em 𝑡0 = 0, então:
Comentários:
a) Como vimos em teoria, o impulso da força 𝐹⃗ é numericamente igual à área do triangulo destacada:
Portanto:
5 ⋅ 10
𝐼= ⇒ 𝐼 = 25 N ⋅ s
2
b) Dado que 𝐹⃗ é a única força que atua no carrinho na direção horizontal, logo ela é a resultante. Então,
aplicando o teorema do impulso, temos:
⃗⃗ ⇒ 𝐼𝐹
𝐼⃗𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 = Δ𝑄 = Δ𝑄𝑥 ⇒ 25 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝑓 − 𝑚 ⋅ 𝑣𝑖
𝑟𝑒𝑠,𝑥
6)
Considere uma força 𝐹⃗ atuando sobre um carrinho, conforme mostra a figura abaixo:
De 𝑡 = 0 até 𝑡 = 4,0 s, o sentido da força foi o mesmo da velocidade vetorial 𝑣⃗ e, a partir deste instante,
a força foi invertida de sentido, conforme mostra o gráfico abaixo:
Comentários:
a) Como visto em teoria, em um gráfico 𝑓𝑜𝑟ç𝑎 × 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 a área abaixo da curva é numericamente igual
ao impulso. Assim, temos duas regiões:
Entre 0 e 4,0 segundos, o impulso tem valor algébrico positivo, pois 𝐹⃗ tem sentido conforme a
orientação adotada. Logo:
4,0 ⋅ 10
𝐼1 𝑁=𝐴1 ⇒ 𝐼1 = ⇒ 𝐼1 = 20,0 𝑁 ⋅ 𝑠
2
Entre 4,0 e 8,0 segundos, o impulso tem valor algébrico negativo, já que 𝐹⃗ tem sentido conforme
a orientação adotada. Portanto:
(8,0 − 4,0) ⋅ 5
𝐼2 𝑁=𝐴2 ⇒ 𝐼2 = ⇒ 𝐼2 = −10,0 𝑁 ⋅ 𝑠
2
Dessa forma, o impulso total é dado pela soma algébrica:
𝐼 = 𝐼1 + 𝐼2 ⇒ 𝐼 = 20,0 − 10,0 ⇒ 𝐼 = 10,0 𝑁 ⋅ 𝑠
Importante! Note que fizemos a soma algébrica dos impulsos somente porque a força 𝐹⃗ não
mudou sua direção.
b) A velocidade 𝑣⃗1 pode ser determinada pelo teorema do impulso:
⃗⃗1 ⇒ 𝐼1 = 𝑚 ⋅ 𝑣1 − 𝑚 ⋅ 𝑣0 ⇒ 20,0 = 2,0 ⋅ 𝑣1 − 2 ⋅ 2,0 ⇒ 𝑣1 = 8,0 𝑚/𝑠
𝐼⃗1 = Δ𝑄
O sentido de 𝑣⃗2 é o mesmo que o eixo de referência.
c) A velocidade 𝑣⃗𝑓 pode ser determinada pelo teorema do impulso:
⃗⃗ ⇒ 𝐼 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝑓 − 𝑚 ⋅ 𝑣0 ⇒ 10,0 = 2,0 ⋅ 𝑣𝑓 − 2 ⋅ 2,0 ⇒ 𝑣𝑓 = 3,0 𝑚/𝑠
𝐼⃗ = Δ𝑄
7)
Considere um ponto material de massa 𝑚 = 1,0 𝑘𝑔, lançado obliquamente ao espaço em um local onde
𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 . No ponto mais alto da trajetória, sua energia cinética é de 32 𝐽. Se o tempo total de voo
foi de 8 segundos, determine:
a) a intensidade da quantidade de movimento na direção horizontal (𝑄𝑥 ) nos instantes 𝑡1 = 2,0 𝑠 e 𝑡2 =
6,0 𝑠;
b) a intensidade do impulso da força peso entre 𝑡1 e 𝑡2 ;
c) o módulo das componentes 𝑣⃗𝑦 1 (𝑡1 ) e 𝑣⃗𝑦 2 (𝑡2 ).
É desprezível a resistência do ar.
Comentários:
a) No ponto mais alto da trajetória, teremos apenas a componente horizontal da velocidade, logo:
𝑣 = 𝑣𝑥
1 1
⇒ 𝐸𝐶 = 𝑚 ⋅ 𝑣 2 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝑥2
2 2
𝑚 ⋅ 𝐸𝐶 1 ⋅ 32
⇒ 𝑣𝑥 = √ =√
2 2
⇒ 𝑣𝑥 = 4,0 𝑚/𝑠
Como a velocidade na direção horizontal se mantém constante (em módulo, direção e sentido),
então em qualquer instante da trajetória 𝑄𝑥 tem o mesmo valor:
𝑄𝑥 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝑥 ⇒ 𝑄𝑥 = 1,0 ⋅ 4,0 ⇒ 𝑄𝑥 = 4,0 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠
b) Considerando o peso uma força constante na vertical em toda trajetória, podemos dizer que:
𝐼⃗𝑃⃗⃗ = 𝑃⃗⃗ ⋅ Δ𝑡
Na direção vertical, temos:
𝐼𝑃⃗⃗ = 𝑃 ⋅ Δ𝑡 ⇒ 𝐼𝑃⃗⃗ = 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ Δ𝑡 ⇒ 𝐼𝑃⃗⃗ = 1,0 ⋅ 10,0 ⋅ (6,0 − 4,0) ⇒ 𝐼𝑃⃗⃗ = 20,0 𝑁 ⋅ 𝑠
c) Para os instantes considerados, temos a seguinte configuração:
Da cinemática do lançamento oblíquo, sabemos que |𝑣⃗𝑦2 | = |𝑣⃗𝑦1 |, já que ele atingiu o topo da
trajetória em 𝑡 = 4,0 𝑠. Portanto:
𝐼 20,0
𝐼⃗ = 𝑚 ⋅ (𝑣⃗𝑦2 − 𝑣⃗𝑦1 ) ⇒ 𝐼 = 2 ⋅ 𝑚 ⋅ |𝑣⃗𝑦1 | ⇒ |𝑣⃗𝑦1 | = ⇒ |𝑣⃗𝑦1 | =
2⋅𝑚 2 ⋅ 1,0
∴ |𝑣⃗𝑦1 | = |𝑣⃗𝑦2 | = 10,0 𝑚/𝑠
8) (ITA-SP)
Um corpo de massa igual a 2,0 𝑘𝑔 acha-se em movimento retilíneo. Num certo trecho de sua trajetória
faz-se agir sobre ele uma força que tem a mesma direção do movimento e que varia com o tempo,
conforme a figura abaixo. Neste trecho e nestas condições, pode-se afirmar que a variação da velocidade
escalar "Δ𝑣" do corpo será dada por:
Comentários:
Considerando que a força 𝐹 que atua no corpo seja a resultante na direção do movimento, então
podemos aplicar o teorema do impulso:
⃗⃗
𝐼⃗𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 = Δ𝑄
⇒ 𝐼⃗𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 = 𝑚 ⋅ Δ𝑣⃗
Admitindo que a força não mudou de direção, então:
𝐼𝐹 = 𝑚 ⋅ Δ𝑣
Pelo gráfico, podemos determinar o impulso da força 𝐹:
𝐼𝐹 𝑁=Á𝑟𝑒𝑎
⇒ 𝐼𝐹 = 𝐴1 + 𝐴2 (soma algébrica)
30 ⋅ (0,4 − 0,1) 10 ⋅ (0,5 − 0,4)
⇒ 𝐼𝐹 = − ⇒ 𝐼𝐹 = 4,0 N ⋅ s
2 2
Portanto:
𝐼𝐹 4,0
Δ𝑣 = ⇒ Δ𝑣 =
𝑚 2,0
⇒ Δ𝑣 = 2,0 𝑚/𝑠
O conceito de força média é bem simples e pode ser bem útil. Define-se força média em um Δ𝑡 =
𝑡 − 0 como a força constante capaz de imprimir ao corpo o mesmo impulso que a força real, durante o
Δ𝑡 mencionado.
Considerando uma força de módulo variável e direção constante, podemos plotar o seu gráfico
em função do tempo. Como visto anteriormente, a área sombreada será numericamente igual ao módulo
do impulso da força em Δ𝑡 = 𝑡 − 0.
Figura 5: Gráfico da intensidade da força variando com o tempo. A área sombreada é numericamente igual ao módulo do impulso.
Dessa forma, a força média 𝐹⃗𝑚 é constante e deve produzir o mesmo impulso que 𝐹⃗ . Com isso, a
área retangular hachurada (Á𝑟𝑒𝑎 𝑁=𝐹𝑚 ⋅ Δ𝑡) corresponde ao módulo desse impulso.
9)
Um corpo de massa 𝑚 = 10 𝑘𝑔. inicialmente à velocidade escalar 𝑣0 = 5,0 𝑚/𝑠. é solicitado por uma
força 𝐹⃗ que atua na direção e sentido do movimento, e varia com o tempo da forma vista no gráfico.
a) Determine o módulo de uma força constante capaz de produzir no móvel a mesma variação de
velocidade que 𝐹⃗ proporcionou. desde que atue na direção e sentido do movimento, durante 4,0 𝑠.
b) Determine a velocidade escalar ao fim dos 4,0 𝑠.
Comentários:
a) Note que a FUVEST está cobrando o conceito de força média, pois pelo teorema do impulso sabemos
⃗⃗, então para produzir a mesma variação de velocidade, o módulo da força constante deve
que 𝐼⃗𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 = Δ𝑄
ter o mesmo impulso que a força variável. Dessa forma, incialmente iremos calcular o impulso de 𝐹,
utilizando a área sob a curva, de acordo com o gráfico da questão:
1
Á𝑟𝑒𝑎 = Á𝑟𝑒𝑎0→2 + Á𝑟𝑒𝑎2→4 ⇒ Á𝑟𝑒𝑎 = (2 ⋅ 100) + 50 ⋅ (4 − 2) ⇒ Á𝑟𝑒𝑎 = 200 𝑢. 𝑎.
2
Portanto:
𝐼𝐹 = 200 N ⋅ s
10)
Uma partícula de massa 2,0 𝑘𝑔, movendo-se no interior de uma canaleta com velocidade escalar
constante de 10√2 𝑚/𝑠, gasta 5,0 𝑠 para passar pelo cotovelo indicado na figura. Qual é a força resultante
média que atua na partícula ao passar pelo cotovelo?
Comentários:
Inicialmente, devemos calcular a variação da quantidade de movimento da partícula ao passar
pelo cotovelo. Note que o cotovelo está alterando a direção do vetor quantidade de movimento. Então,
temos a seguinte configuração.
⃗⃗𝑖 = 𝑚𝑖 ⋅ 𝑣⃗𝑖
𝑄
𝑛
⃗⃗𝑠𝑖𝑠 = 𝑚1 ⋅ 𝑣⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑣⃗2 + ⋯ + 𝑚𝑛 ⋅ 𝑣⃗𝑛 ou 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 = ∑ 𝑚𝑖 ⋅ 𝑣⃗𝑖
𝑖=1
Análogo para uma partícula, o impulso resultante sobre um sistema de partículas, ocasionado por
forças externas que atuam sobre o sistema, é igual à variação da quantidade de movimento total do
sistema:
𝑡2
⃗⃗𝑠𝑖𝑠
𝐼⃗𝑒𝑥𝑡 𝑟𝑒𝑠 = ∫ 𝐹⃗𝑒𝑥𝑡 𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑡 ⇒ 𝐼⃗𝑒𝑥𝑡 𝑟𝑒𝑠 = Δ𝑄
𝑡1
Em um sistema de partículas, as forças que agem podem ser divididas em duas categorias: internas
e externas.
Denotamos por forças internas aquelas que são trocadas entre os elementos do sistema. Dessa
forma, tais forças respeitam o Princípio da Ação e Reação, ou seja, a cada força interna 𝐹⃗𝑖 associa-se uma
outra −𝐹⃗𝑖 . Note que a soma dos impulsos por causa dessas forças é nula.
Por outro lado, chamamos de forças externas aquelas que são trocadas pelos elementos do
sistema com outros corpos fora dele, denominados agentes externos.
Um sistema de partículas é dito isolado de forças externas (ou apenas isolado) quando ocorrer
uma das situações:
Caso as forças internas tiverem módulos desprezíveis em relação às forças internas, podemos dizer
que o sistema é isolado também.
Vamos tomar um sistema formado por 𝑛 partículas 𝑃1 , 𝑃2 , … , 𝑃𝑛 , isolado de forças externas. Como
visto no tópico anterior, o impulso total associado às forças internas é nulo. Além disso, o sistema é
isolado, ou seja, a resultante das forças externas sobre o sistema é nula. Portanto, o impulso resultante
das forças externas também é nulo.
⃗⃗𝑠𝑖𝑠
𝐼⃗𝑒𝑥𝑡 𝑟𝑒𝑠 = Δ𝑄
⃗⃗𝑠𝑖𝑠 = ⃗0⃗ ⇒ (𝑄
Δ𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 ) ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
− (𝑄 = ⃗0⃗
𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
(𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
= (𝑄
𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
11)
Considere duas partículas, 𝐴 e 𝐵, que se movem em uma mesma trajetória orientada e suas velocidades
escalares variam com o tempo, como nos mostra o gráfico abaixo. Suas massas são idênticas e valem 𝑚.
Comentários:
a) Aplicando a definição de quantidade de movimento de um sistema, temos que:
⃗⃗𝑠𝑖𝑠 = 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝐴 + 𝑄
⃗⃗𝐵 ⇒ 𝑄
⃗⃗𝑠𝑖𝑠 = 𝑚 ⋅ 𝑣⃗𝐴 + 𝑚 ⋅ 𝑣⃗𝐵
Pelo gráfico, vemos que a velocidade de 𝐵 em 𝑡1 = 1,0 𝑠 tem sentido contrário ao eixo adotado
como referência (𝑥 +). Então:
⃗⃗𝑠𝑖𝑠 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝐴 𝑥̂ + 𝑚 ⋅ 𝑣𝐵 (−𝑥̂) ⇒ 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 = 𝑚 ⋅ 6 𝑥̂ − 𝑚 ⋅ 6 𝑥̂ ⇒ 𝑄
⃗⃗𝑠𝑖𝑠 = ⃗⃗ ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 | = 0
0 ⇒ |𝑄
b) Semelhante ao item a, temos para 𝑡2 = 3,0 𝑠:
⃗⃗𝑠𝑖𝑠 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝐴 (−𝑥̂) + 𝑚 ⋅ 𝑣𝐵 𝑥̂ ⇒ 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 = −𝑚 ⋅ 2 𝑥̂ + 𝑚 ⋅ 2 𝑥̂ ⇒ 𝑄
⃗⃗𝑠𝑖𝑠 = ⃗⃗ ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 | = 0
0 ⇒ |𝑄
c) Como a variação da quantidade de movimento é nula entre 𝑡1 e 𝑡2 , então o impulso resultante entre 𝑡1
e 𝑡2 será nulo.
12)
Calcule o módulo da quantidade de movimento do sistema 𝐴 + 𝐵, sabendo que as partículas têm massa
iguais à 𝑚.
Comentários:
O módulo da quantidade de movimento de cada partícula é dado por:
|𝑄⃗⃗𝐴 | = 𝑚𝐴 ⋅ |𝑣⃗𝐴 | ⃗⃗𝐴 | = 𝑚 ⋅ 𝑣
|𝑄
{ ⇒{ ⃗⃗𝐴 | = |𝑄
⇒ |𝑄 ⃗⃗𝐵 | = 𝑚 ⋅ 𝑣
⃗⃗𝐵 | = 𝑚𝐵 ⋅ |𝑣⃗𝐵 |
|𝑄 ⃗⃗𝐵 | = 𝑚 ⋅ 𝑣
|𝑄
Dado que 𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 = 𝑄
⃗⃗𝐴 + 𝑄
⃗⃗𝐵 , conhecermos o módulo da quantidade de movimento do sistema
devemos ter que:
1
𝑄𝑠𝑖𝑠 = √𝑄𝐴2 + 𝑄𝐵2 + 2 ⋅ 𝑄𝐴 ⋅ 𝑄𝐵 ⋅ cos(60°) ⇒ 𝑄𝑠𝑖𝑠 = √𝑄𝐴2 + 𝑄𝐴2 + 2 ⋅ 𝑄𝐴 ⋅ 𝑄𝐴 ⋅ 2
𝑄𝑠𝑖𝑠 = 𝑄𝐴 √3 ⇒ 𝑄𝑠𝑖𝑠 = √3 ⋅ 𝑚 ⋅ 𝑣
13)
Dois carrinhos viajam sobre os trilhos de uma ferrovia com velocidades constantes iguais a 𝑣𝐴 = 6,0 𝑚/𝑠
e 𝑣𝐵 = 2,0 𝑚/𝑠, respectivamente, conforme a figura.
Em um dado momento, o carrinho 𝐴 alcança o 𝐵 e nele fica engatado. Determine a velocidade final do
conjunto (𝐴 + 𝐵). Dados: 𝑚𝐴 = 4,0 𝑘𝑔 e 𝑚𝐵 = 6,0 𝑘𝑔.
Comentários:
Note que quando 𝐴 alcança 𝐵 e nele se engata, existem forças internas ao conjunto, mas não
existem forças externas atuando na horizontal. Há forças externas apenas na vertical (força peso e
normais do solo). Dessa forma, na direção horizontal o sistema está isolado de forças externas. Portanto,
podemos conservar a quantidade de movimento na direção horizontal, respeitando o eixo adotado:
⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ⇒ (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 ) ⋅ 𝑣⃗𝑓 = 𝑚𝐴 ⋅ 𝑣𝐴 𝑥̂ + 𝑚𝐵 ⋅ 𝑣𝐵 𝑥̂
14)
Um canhão de guerra está rigidamente preso a um pequeno carrinho que se move com velocidade
constante 𝑣𝑖 = 5,0 𝑚/𝑠 sobre trilhos retos e horizontais, como mostra a figura abaixo.
Em determinado instante, o canhão dispara uma bala de massa 𝑚 = 2,0 𝑘𝑔, que sai com velocidade de
300,0 𝑚/𝑠 em relação ao solo. A massa do canhão mais a carreta é igual a 100,0 𝑘𝑔. Calcule o módulo da
velocidade do canhão após o tiro e o sentido do canhão.
Comentários:
Note que novamente o sistema é isolado horizontalmente. Portanto, pela conservação da
quantidade de movimento, adotando o eixo de orientação para a direita, temos:
⃗⃗𝑠𝑖𝑠,𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠,𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ⇒ 𝑚𝑏𝑎𝑙𝑎 ⋅ 𝑣𝑏𝑎𝑙𝑎 𝑥̂ + 𝑀 ⋅ 𝑣⃗𝐶 = (𝑀 + 𝑚𝑏𝑎𝑙𝑎 ) ⋅ 𝑣𝑖 𝑥̂
2,0 ⋅ 300,0 𝑥̂ + 100 ⋅ 𝑣⃗𝐶 = (100,0 + 2,0) ⋅ 5,0 𝑥̂ ⇒ 𝑣⃗𝐶 = −0,9 𝑥̂ (𝑚/𝑠)
Note que o sinal de menos indica que após o tiro o canhão move-se em sentido contrário ao eixo.
15)
Um recipiente de metal, com 𝑋 kg de massa, desliza inicialmente vazio sobre uma superfície horizontal,
com velocidade 1,0 𝑚/𝑠. Começa a chover verticalmente e, após certo tempo, a chuva para. Depois da
chuva, o recipiente contém 1,0 𝑘𝑔 de água e se move com velocidade 2/3 𝑚/𝑠. Desprezando o atrito,
pergunta-se: quanto vale 𝑋?
Comentários:
Sem perda de generalidade, vamos dizer que o carrinho está se locomovendo para a direita,
sentido de orientação do sistema. Dessa forma, a quantidade de movimento do carrinho vazio vale:
⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝑖 𝑥̂ ⇒ 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑋 ⋅ 1,0 𝑥̂
Se considerarmos que a chuva caia verticalmente, então ela não produzirá impulso externo na
direção horizontal no sistema. Logo:
𝐼⃗ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 = ⃗0⃗ ⇒ Δ𝑄
⃗⃗ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 = ⃗0⃗
Portanto, a quantidade de movimento na direção horizontal se conserva:
⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ⇒ (1,0 + 𝑋) ⋅ 2 𝑥̂ = 𝑋 ⋅ 1,0 𝑥̂ ⇒ (1,0 + 𝑋) ⋅ 2 = 𝑋 ⋅ 1,0
⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑄
𝑄 3 3
𝑋 = 2,0 𝑘𝑔
16)
Uma granada é lançada obliquamente, a partir do solo, e no topo da trajetória explode em dois pedaços:
um de massa 𝑚 e outro de massa 3𝑚. Dado que a velocidade da granada no topo é 𝑣𝑡𝑜𝑝𝑜 , calcule a
velocidade do menor pedaço, sabendo que o fragmento maior tem velocidade 𝑣 no sentido contrário ao
outro. Despreze a resistência do ar.
Comentários:
Note que o sistema é isolado horizontalmente quando a granada está no topo de sua trajetória.
Verticalmente ainda existe a força peso atuando na granada, portanto a granada não está livre de forças
externas nesta direção. Portanto, podemos conservar a quantidade de movimento na horizontal.
Lembrando da cinemática que no topo da trajetória do lançamento oblíquo temos apenas a
velocidade na direção horizontal, livre de forças atuando na granada em 𝑥, então:
𝑢 = 4𝑣𝑡𝑜𝑝𝑜 + 3𝑣
17)
Uma bolinha de tênis de 0,1 𝑘𝑔 de massa, com velocidade de módulo 20,0 𝑚/𝑠. atinge uma superfície
lisa horizontal formando com ela um ângulo de 30°. Ela ricocheteia com velocidade do mesmo módulo e
mesmo ângulo. Determine o módulo e a direção da variação da sua quantidade de movimento.
Comentários:
Durante a colisão haverá apenas forças na direção normal e a força peso atuando sobre ela, ambas
na direção normal. Portanto, haverá apenas variação da quantidade de movimento na direção normal.
Note que na direção tangencial não há força externa atuando, logo, não irá variar a quantidade de
movimento nesta direção. Podemos evidenciar este fato através da matemática:
⃗⃗𝑡,𝑖 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝑖 ⋅ cos 30° 𝑡̂ e 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑡,𝑓 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝑓 ⋅ cos 30° 𝑡̂
⃗⃗𝑡,𝑖 = 𝑄
Como 𝑣𝑖 = 𝑣𝑓 , então 𝑄 ⃗⃗𝑡,𝑓 .
⃗⃗𝑛 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝑓 𝑛̂ ⇒ Δ𝑄
Δ𝑄 ⃗⃗𝑛 = 2,0 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠
18)
Um homem de massa 𝑚 encontra-se na extremidade de um vagão-prancha em repouso. O vagão tem
massa 9 𝑚 e comprimento 𝐿. O homem caminha até a extremidade oposta do vagão e para.
Comentários:
Inicialmente, o sistema encontra-se parado. Portanto, a quantidade de movimento total do
sistema é nula:
⃗⃗𝑖 = 𝑄
𝑄 ⃗⃗ℎ,𝑖 + 𝑄
⃗⃗𝐶,𝑖 = ⃗0⃗ + ⃗0⃗ = ⃗0⃗
Enquanto o homem se movimenta, não há forças externas na direção horizontal do sistema
formado pelo homem e pelo carrinho. Há forças externas apenas na direção vertical como por exemplo a
força peso e a força normal do solo sobre o carrinho.
Com isso, podemos conservar a quantidade de movimento na direção horizontal, isto é:
⃗⃗𝑓 ) = (𝑄
(𝑄 ⃗⃗ℎ,𝑓 ) + (𝑄
⃗⃗𝐶,𝑓 ) = ⃗0⃗ ⇒ (𝑄
⃗⃗ℎ,𝑓 ) = −(𝑄
⃗⃗𝐶,𝑓 )
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥 𝑥
Esquematicamente, temos:
Dessa forma, à medida que o homem se desloca para a direita, o carrinho se move para a esquerda.
Trabalhando com os módulos das quantidades de movimento, temos:
⃗⃗𝐶,𝑓 ) | ⇒ 𝑚 ⋅ 𝑣ℎ = 9𝑚 ⋅ 𝑣𝐶 ⇒ 𝑣ℎ = 9𝑣𝐶 ⇒ 𝑑ℎ = 9 ⋅ 𝑑𝐶 ⇒ 𝑑ℎ = 9𝑑𝐶 (𝑒𝑞. 1)
⃗⃗ℎ,𝑓 ) | = |(𝑄
|(𝑄
𝑥 𝑥 Δ𝑡 Δ𝑡
Alternativa correta D.
19)
Um objeto de 4,0 𝑘𝑔, deslocando-se sobre uma superfície horizontal com atrito constante, passa por um
ponto onde possui 50 𝐽 de energia cinética, e para dez metros adiante. Adote 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2
a) Qual o coeficiente de atrito entre o ponto e a superfície?
b) Qual o valor do módulo do impulso aplicado sobre o corpo para detê-lo?
Comentários:
a) Vamos tomar dois instantes que são cruciais para o problema: ponto onde energia cinética é de 50
joules e o momento em que ele para. Pelo teorema do trabalho e energia, tomando como referencial para
a energia potencial o solo, temos que:
𝑤𝑓𝑛𝑐 = Δ𝐸𝑚𝑒𝑐 ⇒ −𝜇 ⋅ 𝑁 ⋅ 𝑑 = (0 − 𝐸𝐶,𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ) ⇒ 𝜇 ⋅ 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑑 = 𝐸𝐶,𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
⇒ 𝜇 ⋅ 4,0 ⋅ 10 ⋅ 10 = 50
𝜇 = 0,125
b) Aplicando o teorema do impulso, temos:
⃗⃗ = 𝑄
𝐼⃗𝐹 = Δ𝑄 ⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑄
⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ⇒ |𝐼⃗𝐹 | = |𝑄
⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑄
⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 |
⃗⃗ − 𝑚 ⋅ 𝑣 𝑥̂| ⇒ |𝐼⃗𝐹 | = |𝑚 ⋅ 𝑣 𝑥̂| ⇒ |𝐼⃗𝐹 | = 𝑚 ⋅ 𝑣 |𝑥̂| = 𝑚 ⋅ 𝑣
|𝐼⃗𝐹 | = |0
Portanto, basta conhecermos a velocidade quando ele possui energia cinética de 50 joules. Logo:
1 1
𝐸𝐶 = 2 𝑚𝑣 2 ⇒ 50 = 2 4𝑣 2 ⇒ 𝑣 = 5 𝑚/𝑠
Assim, o impulso da força para detê-lo é de:
20) (ITA-SP)
Um avião a jato se encontra na cabeceira da pista com a sua turbina ligada e com os freios acionados, que
o impedem de se movimentar. Quando o piloto aciona a máxima potência, o ar é expelido a uma razão
de 100 kg por segundo, a uma velocidade de 600 m/s em relação ao avião. Nessas condições:
a) a força transmitida pelo ar expelido ao avião é nula, pois um corpo não pode exercer força sobre si
mesmo.
b) as rodas do avião devem suportar uma força horizontal igual a 60 kN.
c) se a massa do avião é de 7,0 ⋅ 103 𝑘𝑔, o coeficiente de atrito mínimo entre as rodas e o piso deve ser
de 0,20.
d) não é possível calcular a força sobre o avião com os dados fornecidos.
e) nenhuma das afirmativas acima é verdadeira.
Comentários:
Quando o piloto aciona a máxima potência, o ar começa a ser expelido em um sentido e o avião
tenderia a ir para o sentido contrário, de acordo com o princípio da conservação da quantidade de
movimento. Para que ele continue parado, deve existir uma força horizontal tal que o impulso gerado por
essa força seja o mesmo que o impulso gerado pela propulsão do motor. Portanto, pelo teorema do
impulso teremos:
⃗⃗ ⇒ 𝐼⃗𝐹 = 𝑄
𝐼⃗𝐹 = Δ𝑄 ⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑄
⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
Note que a alternativa a) está errada, pois a força transmitida pelo ar ao avião está no avião e, por
ação e reação, o avião empurra os gases para fora. Na letra c), se a massa é de 7 ⋅ 103 𝑘𝑔, admitindo que
a força horizontal corresponda a força de atrito estático, o coeficiente de atrito mínimo para garantir o
avião parado seria tal que:
𝐹 = 𝐹𝑎𝑡 ⇒ 60 ⋅ 103 = 𝜇 ⋅ 7 ⋅ 103 ⋅ 10 ⇒ 𝜇 ≈ 0,86
As demais alternativas não podem ser verdadeiras, já que a letra b) está correta.
21)
Um menino de 40 kg está sobre um skate que se move com velocidade constante de 3,0 𝑚/𝑠 numa
trajetória retilínea e horizontal. Defronte de um obstáculo ele salta e após 1,0 𝑠 cai sobre o skate, que
durante lodo o tempo mantém a velocidade de 3,0 𝑚/𝑠.
Comentários:
a) Inicialmente, devemos compreender o que está acontecendo fisicamente no problema. O conjunto
𝑠𝑘𝑎𝑡𝑒 + 𝑔𝑎𝑟𝑜𝑡𝑜 está se locomovendo com velocidade de 3,0 𝑚/𝑠 na horizontal, ausente de forças
externas nesta direção. Na direção vertical, existem forças externas como a força peso e a força normal
do solo no skate.
Para saltar, o garoto deve fazer força no skate na direção normal, note que essa força é interna ao
nosso conjunto 𝑠𝑘𝑎𝑡𝑒 + 𝑔𝑎𝑟𝑜𝑡𝑜. Essa força faz ele se deslocar na direção vertical e somado a velocidade
que ele já tem junto ao skate, o garoto consegue pular o obstáculo.
Diante dessas informações, para determinar a altura máxima atingida pelo menino, basta utilizar
o princípio da independência dos corpos de Galileu, pois o movimento vertical não depende do
movimento horizontal. Assim, se ele gasta 1,0 s para subir e descer novamente na vertical, então:
1
𝑡𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 = 𝑡𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎 = 2 𝑡𝑣𝑜𝑜 = 0,5 𝑠
O tempo de queda por ser calculado pela expressão:
2
2⋅𝐻 𝑔⋅𝑡𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎 10⋅0,52
𝑡𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎 = √ ⇒𝐻= ⇒𝐻= ⇒ 𝐻 = 1,25 𝑚
𝑔 2 2
b) No ponto mais alto da trajetória, o menino possui apenas velocidade na horizontal. Como o skate não
variou a sua velocidade, ou seja, nenhuma força externa atuou nesta direção, a velocidade do menino não
variou na direção horizontal. Portanto:
⃗⃗𝑥 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝑥 𝑥̂ ⇒ 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑥 = 40 ⋅ 3,0 𝑥̂ ⇒ 𝑄
⃗⃗𝑥 = 120 𝑥̂ (𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠)
Comentários:
Pelo teorema do impulso, temos:
⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑄
𝐼⃗𝐹 = 𝑄 ⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ⇒ 𝐼⃗𝐹 = 𝑄
⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
Considerando que a força resultante não alterou sua direção, então podemos trabalhar a equação
acima em módulo:
⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 |
|𝐼⃗𝐹 | = |𝑄
Lembrando que a área é numericamente ao impulso da força em um gráfico 𝐹 × 𝑡, então:
Á𝑟𝑒𝑎 = 𝐴1 + 𝐴2 ⇒ Á𝑟𝑒𝑎 = 𝐹1 ⋅ 𝑡1 + (−𝐹2 ⋅ (𝑡2 − 𝑡1 )) ⇒ Á𝑟𝑒𝑎 = (𝐹1 + 𝐹2 ) ⋅ 𝑡1 − 𝐹2 𝑡2
Portanto:
(𝐹1 + 𝐹2 ) ⋅ 𝑡1 − 𝐹2 𝑡2 = 𝑚 ⋅ 𝑣2 ⇒ 𝑣2 = [(𝐹1 + 𝐹2 ) ⋅ 𝑡1 − 𝐹2 𝑡2 ]/𝑚
Alternativa correta A.
23)
Uma granada em repouso sobre uma superfície horizontal explode, partindo-se em três fragmentos. Dois
deles, que possuem a mesma massa, deslocam-se em direções perpendiculares entre si, com velocidades
de módulos iguais a 𝑣. O terceiro fragmento tem massa igual ao triplo da dos outros dois. Determine o
módulo e a direção de sua velocidade do pedaço com maior massa.
Comentários:
Note que inicialmente, a granada está em repouso, logo, sua quantidade de movimento é nula:
⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = ⃗0⃗
𝑄
Como não existem forças externas na direção horizontal, então 𝐼⃗ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 = ⃗0⃗. Tal fato implica
conservação da quantidade de movimento nessa direção:
⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = ⃗0⃗
Vamos adotar o par de eixos 𝑥 e 𝑦 como referencial, com origem dos eixos onde a granada estava
inicialmente:
Note que as massas 𝑚 possuem direções perpendiculares, então, para que conserve o vetor
quantidade de movimento, o fragmento de massa 3𝑚 deve ter a direção mostrada na figura logo acima.
Dessa forma, temos:
Direção 𝑥:
⃗⃗𝑓 = ⃗0⃗ ⇒ 𝑚 ⋅ 𝑣𝑥 − 3𝑚 ⋅ 𝑢 ⋅ cos 𝛼 = 0 ⇒ 𝑣𝑥 = 3𝑢 ⋅ cos 𝛼 (𝑒𝑞. 1)
𝑄
Direção 𝑦:
⃗⃗𝑓 = ⃗⃗
𝑄 0 ⇒ 𝑚 ⋅ 𝑣𝑦 − 3𝑚 ⋅ 𝑢 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 ⇒ 𝑣𝑦 = 3𝑢 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 (𝑒𝑞. 2)
Portanto:
𝑣 𝑣
𝑢
⃗⃗ = − 3 𝑥̂ − 3 𝑦̂
24)
Um pequeno tubo de ensaio está suspenso por um fio ideal, de comprimento 0,50 𝑚. que tem uma
extremidade presa ao pino 𝑂. O tubo de 100 𝑔 está cheio de gás e está fechado por uma rolha de 50 𝑔.
Aquecendo o tubo, a rolha salta com velocidade de módulo 𝑣. A menor velocidade 𝑣 da rolha que faz com
que o tubo descreva uma volta completa em torno de 𝑂 é:
Comentários:
A menor velocidade que o tubo deve ter para dar uma volta completa é aquela que é capaz de
fazer o tubo chegar no ponto mais alta com tração no fio quase nula. Dessa forma temos:
𝑃 + 𝑇 = 𝑅𝑐𝑝
Como 𝑇 ≅ 0, então:
2
𝑚𝑡𝑢𝑏𝑜 ⋅ 𝑣𝑡𝑜𝑝𝑜
𝑃 = 𝑅𝐶𝑝 ⇒ 𝑚𝑡𝑢𝑏𝑜 ⋅ 𝑔 =
𝑅
Em que 𝑅 = 𝐿, 𝐿 comprimento do fio. Então:
2
𝑣𝑡𝑜𝑝𝑜 =𝑔⋅𝐿
Para sabermos a velocidade do tubo no momento que a rolha sai, no ponto mais baixo da trajetória
dele, podemos utilizar a conservação da energia mecânica:
1 2
1 2
𝐸𝑀𝑡𝑜𝑝𝑜 = 𝐸𝑀+𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜 ⇒ 𝑚𝑡𝑢𝑏𝑜 ⋅ 𝑔 ⋅ 2 ⋅ 𝐿 + 𝑚𝑡𝑢𝑏𝑜 ⋅ 𝑣𝑡𝑜𝑝𝑜 = 𝑚𝑡𝑢𝑏𝑜 ⋅ 𝑣+𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜
2 2
1 1 2
𝑔⋅2⋅𝐿+ ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐿 = ⋅ 𝑣+𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜 ⇒ 𝑣+𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜 = √5 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐿
2 2
Inicialmente, o sistema está livre de forças externas na direção horizontal, portanto, não há
impulso das forças externas nesta direção e, com isso, a quantidade de movimento é conservada nessa
direção. Tomando como eixo de referência o sentido que a rolha sai, então:
⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 e 𝑄
⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = ⃗⃗
0⇒𝑄⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = ⃗⃗
0 ⇒ 𝑚𝑟𝑜𝑙ℎ𝑎 ⋅ 𝑣 − 𝑚𝑡𝑢𝑏𝑜 ⋅ 𝑣+𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜 = 0
𝑚𝑡𝑢𝑏𝑜
𝑣= ⋅𝑣
𝑚𝑟𝑜𝑙ℎ𝑎 +𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜
Substituindo valores temos que:
100 ⋅ 10−3
𝑣= ⋅ √5 ⋅ 10 ⋅ 0,5 ⇒ 𝑣 = 10,0 𝑚/𝑠
50 ⋅ 10−3
Alternativa correta E.
2. Colisões
Uma colisão (ou um choque) entre dois corpos ocorre quando eles se aproximam e durante um
curto intervalo de tempo interagem fortemente, de tal forma que as forças de interação entre eles são
consideradas desprezíveis.
Como exemplos podemos mencionar a batida de um taco na bola de beisebol, o choque entre
duas bolas de bilhar, o chute numa bola de futebol, o saque de um jogador de vôlei. Nesses casos, dizemos
que as colisões ocorreram entre corpos macroscópicos, havendo contato entre os corpos durante a
colisão.
Por outro lado, quando se trata de corpos microscópicos como partículas ou cargas, não é
necessário haver contato entre os corpos. Como por exemplo, um próton 𝐴 que se move com grande
rapidez 𝑣⃗𝐴 , bem distante de outro próton 𝐵 inicialmente em repouso. Lembrando da eletrostática,
sabemos que o módulo da força de repulsão é diretamente proporcional ao inverso do quadrado da
distância entre as cargas:
1
𝐹∝
𝑑2
Dessa forma, a medida em que a distância vai diminuindo, a força de repulsão se torna muito
intensa, de tal forma que quando 𝐴 está bem próximo de 𝐵, para um intervalo de tempo bem pequeno,
há uma intensa repulsão entre eles, acarretando o desvio da trajetória de 𝐴 e o deslocamento de 𝐵 de
sua posição inicial, como mostra a figura abaixo.
Figura 9: Devido à repulsão eletrostática, o próton, que estava em repouso, entra em movimento segundo a direção indicada,
caracterizando uma colisão sem a necessidade de haver contato entre os corpos.
Na verdade, também não ocorre contato entre corpos macroscópicos se colidindo. De fato,
quando os corpos estão bem próximos, a força de repulsão de origem elétrica se torna muito intensa.
Entretanto, para nossos olhos limitados, tudo se passa como se ocorresse o contato.
Essas forças que atuam durante uma colisão são muito mais intensas que as outras forças externas
que atuam no sistema e, além disso, o intervalo de tempo em que elas ocorrem são da ordem de
milésimos de segundos e, portanto, as chamamos de forças impulsivas.
Vamos tomar a colisão entre dois corpos macroscópicos, de tal forma que eles não se quebrem e
não mudam de natureza durante o impacto. Vamos supor que após o choque, os corpos se separam.
Podemos ilustrar o que ocorre durante a colisão pelo seguinte esquema:
Durante o pequeno intervalo de tempo em que acontece a colisão, o corpo 𝐶1 exerce no corpo 𝐶2
uma força variável 𝐹⃗1,2 e, simultaneamente, o corpo 𝐶2 exerce em 𝐶1 uma força 𝐹⃗2,1 . Pela terceira lei de
Newton, 𝐹⃗1,2 e 𝐹⃗2,1 formam um par ação e reação, tendo em cada instante os mesmos módulos, as
mesmas direções e sentidos opostos:
Na verdade, é muito difícil obter o gráfico da força impulsiva 𝐹(𝑡). Tais forças são muito intensas
e ocorrem em intervalos de tempo muito curtos, por isso, sabemos que o gráfico 𝐹 × 𝑡 é algo semelhante
a figura abaixo:
Figura 10: Gráfico da força impulsiva em função do tempo. De t1 a t′ constitui a fase de deformação e de t′ a t 2 a fase de restituição.
Na colisão, podemos dizer que cada corpo é semelhante a uma mola que comprime (fase de
deformação) e depois se distende (fase de restituição), sendo capaz (ou não) voltar à sua forma inicial. No
geral, após o choque as partículas ficam deformadas, ainda que seja pequena.
Se os corpos ficam unidos após a colisão, então não há fase de restituição e o gráfico da força
impulsiva é semelhante a ilustração abaixo:
Figura 11: Gráfico da força impulsiva em função do tempo apenas para a fase de deformação, característica de colisões inelásticas, isto é,
corpos grudam após o choque.
De um modo geral, não estamos interessados em conhecer a forma exata do gráfico da força
impulsiva pelo tempo. Quando estudamos colisões, não nos interessa saber detalhadamente o que
ocorreu durante o impacto. Geralmente, desejamos saber o estado do sistema imediatamente após a
colisão, dado que já possuímos as informações do sistema antes do choque.
Vamos tomar um sistema constituído por dois corpos que se colidem. Como já mencionamos, a
colisão acontece em um intervalo de tempo muito curto e, nesse intervalo de tempo, as forças impulsivas
são muito mais intensas do que as forças externas.
Com isso, podemos desprezar a variação da quantidade de movimento produzida pelas forças
externas, ou seja, a quantidade de movimento do sistema permanece inalterado.
Dessa forma, as forças internas que atuam no decorrer do impacto servem apenas para fazer uma
transferência interna de quantidade de movimento entre os corpos. Assim, essas transferências internas
não modificam a soma das quantidades de movimento do sistema.
Mesmo que o sistema não esteja isolado das forças externas em uma colisão, podemos
admitir que a quantidade de movimento do sistema (𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 ) não se altera durante o intervalo
de tempo muito pequeno (Δ𝑡 ≅ 0). Em outras palavras:
(𝑄⃗⃗𝑠𝑖𝑠 ) ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
= (𝑄
𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
Para um sistema isolado, podemos dizer que a quantidade de movimento permanece inalterada
antes, durante e depois de uma colisão interna:
Por outro lado, a quantidade de movimento em um sistema não isolado varia com o tempo.
Entretanto, uma colisão interna não altera esse comportamento. Sem perda de generalidade, para um
sistema no qual aumenta a quantidade de movimento, caso ocorra uma colisão temos o seguinte gráfico:
Figura 13: Módulo da quantidade de movimento de um sistema não isolado que cresce com o tempo.
Outro exemplo clássico de um sistema que a quantidade de movimento vai decrescendo com o
tempo é o deslocamento de dois blocos em uma superfície áspera.
Devido à ação da força de atrito externo, quantidade de movimento do sistema vai diminuindo
gradativamente, como ilustra a figura abaixo.
Figura 15: Módulo da quantidade de movimento de um sistema não isolado que decresce com o tempo.
25)
Dois corpos de massas 𝑚𝐴 = 2,0 𝑘𝑔 e 𝑚𝐵 = 4,0 𝑘𝑔, movem-se sobre uma reta, alinhados os sentidos e
os módulos das velocidades, conforme figura abaixo.
Após a colisão unidimensional dos corpos, a partícula 𝐴 move-se para a esquerda com velocidade de
4, 0 𝑚/𝑠. Calcule o módulo e o sentido da velocidade do corpo 𝐵.
Comentários:
Inicialmente, devemos adotar um eixo para orientarmos a direção e o sentido das velocidades e
das quantidades de movimento. Dessa forma, podemos representar nosso problema da seguinte forma:
2,0 ⋅ (−4,0 𝑥̂) + 4,0 ⋅ 𝑣⃗𝐵′ = 2,0 ⋅ (6,0 𝑥̂) + 4,0 ⋅ (−3,0 𝑥̂)
4,0 ⋅ 𝑣⃗𝐵′ = 2,0 ⋅ (6,0 𝑥̂) + 4,0 ⋅ (−3,0 𝑥̂) − 2,0 ⋅ (−4,0 𝑥̂)
4,0 ⋅ 𝑣⃗𝐵′ = 8,0 𝑥̂ ⇒ 𝑣⃗𝐵′ = 2,0 𝑥̂ (𝑚/𝑠)
Portanto, o corpo 𝐵 move-se no sentido do eixo adotado com módulo igual à 2,0 𝑚/𝑠.
Comentários:
Considerando que o intervalo de tempo do choque é muito pequeno, então logo após a colisão o
conjunto 𝑝𝑟𝑜𝑗é𝑡𝑖𝑙 + 𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜 ainda não começou a subir. Dessa forma, podemos trabalhar a conservação
da quantidade de movimento como sendo unidimensional.
𝑚
⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
(𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
= (𝑄 ⇒ (𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑣𝑖 𝑥̂ = 𝑚 ⋅ 𝑣0 𝑥̂ ⇒ 𝑣𝑖 = ⋅ 𝑣0
𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑚+𝑀
De um modo geral, em uma colisão de dois corpos macroscópicos uma parte da energia cinética
total é perdida. Certa quantidade de energia é perdida no trabalho de deformação dos corpos. Além disso,
uma fração de energia cinética é transformada em outras energias como a térmica e vibratória, a qual
produz o som que ouvimos no momento da colisão.
Em alguns casos, a perda de energia cinética é tão pequena que podemos admitir que a energia
cinética se conserva no choque. Neste caso, dizemos que os choques são elásticos. Um bom exemplo de
choques totalmente elásticos são alguns choques entre partículas subatômicas.
(∑ 𝐸𝑐𝑖𝑛 ) = (∑ 𝐸𝑐𝑖𝑛 )
𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠
Choques parcialmente elásticos: há separação dos corpos após o choque, mas a energia
cinética total logo após o choque é menor que a energia cinética total logo antes do
impacto.
Choques inelásticos: os corpos grudam na colisão e a energia total após o choque é menor
que antes do choque.
Curiosidade!
Existem ainda os choques superelásticos, que podem ter energia cinética total após o choque
maior que a de antes da colisão. Isso ocorre se, no decorrer do choque, alguma energia potencial é
liberada, transformando-se em energia cinética. Tal fato ocorre em colisões que envolve núcleos
atômicos. Neste curso não trabalharemos com os choques superelásticos.
Antes de continuar nossos estudos dos choques, vamos relembrar alguns conceitos da Cinemática
os conceitos de velocidade relativa, para duas partículas que se deslocam em uma mesma reta.
Para isso, vamos dividir em alguns possíveis casos para o deslocamento relativo das partículas:
Nesse caso, o módulo da velocidade relativa (𝑣⃗𝑟 ) é dado pela diferença dos módulos das
velocidades dos corpos. Assim, temos duas possibilidades:
Note que pela definição, o coeficiente de restituição é adimensional. Alguns exemplos de cálculo
do coeficiente de restituição.
Coeficiente de restituição
Logo antes do choque Logo depois do choque
(𝑒)
8−3 5
𝑒= = = 0,625
10 − 2 8
2+4 6
𝑒= = = 0,86
5+2 7
6−6 0
𝑒= = =0
5−4 1
Tomando o devido cuidado de colocar as velocidades com sinais de + ou – de acordo com o eixo
de referência adotado. Por exemplo, vamos pegar o caso da segunda linha da tabela logo acima e adotar
o referencial para a direita. Então:
Para cada tipo de choque, o coeficiente de restituição pode ter os seguintes valores:
Choque inelástico: como os corpos ficam grudados após o choque inelástico, então a velocidade
relativa após o choque é nula. Portanto:
𝑒=0
Choque elástico: o módulo da velocidade relativa após o choque é igual ao módulo da velocidade
relativa antes do choque. Em outras palavras:
𝑒=1
Sem perda de generalidade, vamos demonstrar esse resultado para o caso de um choque
unidimensional elástico como mostra a figura abaixo.
⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
(𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
= (𝑄
𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑚𝐴 ⋅ 𝑣𝐴′ + 𝑚𝐵 ⋅ 𝑣𝐵′ = 𝑚𝐴 ⋅ 𝑣𝐴 + 𝑚𝐵 ⋅ 𝑣𝐵
1 1 1 2 1 2
𝑚𝐴 𝑣𝐴2 + 𝑚𝐵 𝑣𝐵2 = 𝑚𝐴 𝑣 ′𝐴 + 𝑚𝐵 𝑣 ′
2 2 2 2
2 2
𝑚𝐴 (𝑣𝐴2 − 𝑣𝐴′ ) = 𝑚𝐵 (𝑣𝐵′ − 𝑣𝐵2 ) (𝑒𝑞. 2)
|𝑣𝐴′ − 𝑣𝐵′ |
𝑒=
|𝑣𝐴 − 𝑣𝐵 |
Choques parcialmente elásticos: a energia cinética total logo após a colisão é menor que a energia
cinética total logo antes da colisão. Por isso, a velocidade relativa imediatamente após o impacto
é menor que a velocidade relativa logo antes do choque (trabalhando em módulo) e, portanto:
0<𝑒<1
Observações:
Na verdade, o coeficiente de restituição (𝑒) não depende apenas do material. Ele depende
das velocidades e das formas dos corpos.
Mais à frente vamos estudar choques oblíquos e mostraremos como calcular o coeficiente
de restituição para estes casos.
27)
Considere 𝑛 esferas de mesma massa 𝑚 suspensas por fios de comprimentos iguais, com as esferas bem
próximas umas das outras, quase se tocando, como ilustra a figura abaixo.
A esfera 1 é levemente erguida e solta, de tal forma que acerta a esfera 2 com velocidade 𝑣⃗1. Após
sucessivos choques, determine o módulo da velocidade da n-ésima esfera logo após o choque com a
antecessora, pela primeira vez. Adote que o coeficiente de restituição entre os choques é igual à 𝑒.
Comentários:
Note que as pequenas esferas não se tocam. Primeiramente, vamos analisar a colisão entre a primeira e
a segunda esfera e notar que existe uma lei de recorrência para as velocidades. Para as duas primeiras
esferas, temos:
⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
(𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
= (𝑄 ⇒ 𝑚 ⋅ (−𝑣1′ ) + 𝑚 ⋅ 𝑣2′ = 𝑚 ⋅ 𝑣1 ⇒ 𝑣2′ = 𝑣1 + 𝑣1′ (𝑒𝑞. 2)
𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
Não é difícil de perceber que após 𝑛 − 1 colisões, a n-ésima esfera terá velocidade 𝑣𝑛 expressa
por:
1 + 𝑒 𝑛−1
𝑣𝑛 = ( ) ⋅ 𝑣1
2
Considere uma bola caindo verticalmente do repouso e realiza sucessivas colisões com o solo,
subindo e descendo como mostra a figura abaixo.
Figura 16: Esquema representativo de uma bola caindo de uma altura H1 verticalmente. Apenas por questões didáticas, colocamos a bola,
após o primeiro, retornando para cima um pouco mais a direita, mas tenha em mente que todo o movimento ocorre em uma única reta
vertical.
Abandonada da altura 𝐻1 , a bola colide com o solo e sobe até a altura 𝐻2 , de onde cai novamente,
efetuando o segundo choque com o solo e elevando-se até a altura 𝐻3 e assim por diante.
Vamos determinar uma relação entre duas alturas consecutivas (𝐻𝑛−1 e 𝐻𝑛 ) e o coeficiente de
restituição 𝑒.
1
(𝐸𝑚𝑒𝑐 )𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = (𝐸𝑚𝑒𝑐 )𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ⇒ 𝑚 ⋅ 𝑣12 = 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻1 ⇒ 𝑣1 = √2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻1
2
Após o primeiro choque, utilizando a conservação da energia mecânica podemos relacionar 𝑣2
com 𝐻2 :
1
(𝐸𝑚𝑒𝑐 )𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = (𝐸𝑚𝑒𝑐 )𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ⇒ 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻2 = 𝑚 ⋅ 𝑣22 ⇒ 𝑣2 = √2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻2
2
Da definição de coeficiente de restituição, temos:
𝑣2 = 𝑒 ⋅ 𝑣1 ⇒ √2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻2 = 𝑒 ⋅ √2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻1 ⇒ 𝐻2 = 𝐻1 ⋅ 𝑒 2
𝐻𝑛 = 𝐻𝑛−1 ⋅ 𝑒 2
Esse resultado nos permite dizer que as alturas sucessivas (𝐻1 , 𝐻2 , 𝐻3 , … , 𝐻𝑛 ) formam uma
progressão geométrica de razão 𝑒 2 .
Além das alturas, podemos relacionar o tempo de queda da bola para cada altura correspondente.
Para isso, basta calcular o tempo de queda para duas alturas sucessivas e dividir os tempos encontrados:
2 ⋅ 𝐻𝑛
𝑡𝑛 = √
𝑔 𝑡𝑛 𝐻𝑛
⇒ =√
𝑡𝑛−1 𝐻𝑛−1
2 ⋅ 𝐻𝑛−1
𝑡𝑛−1 =√
{ 𝑔
𝑡𝑛 𝐻𝑛
=√ = √𝑒 2 ⇒ 𝑡𝑛 = 𝑡𝑛−1 ⋅ 𝑒
𝑡𝑛−1 𝐻𝑛−1
Esse resultado nos mostra que os tempos de quedas sucessivos 𝑡1 , 𝑡2 , … , 𝑡𝑛 formam uma
progressão geométrica de razão 𝑒.
Já imaginou uma colisão entre dois corpos com massas 𝑀 e 𝑚, sendo 𝑀 ≫ 𝑚, por exemplo, uma
bolinha de pingue-pongue se chocando com um caminhão. Para isso, vamos dividir em dois choques
possíveis:
⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
(𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
= (𝑄
𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑚 ⋅ (−𝑣 ′ ) + 𝑀 ⋅ (𝑣 − 𝑣 ′ − 𝑢) = 𝑚 ⋅ 𝑣 + 𝑀 ⋅ 𝑢
𝑀−𝑚 2𝑀
𝑣′ = ( )⋅𝑣−( )⋅𝑢
𝑀+𝑚 𝑀+𝑚
Dado que 𝑀 ≫ 𝑚, por exemplo, a massa de um caminhão é da ordem de 104 𝑘𝑔 e a massa
da bolinha é da ordem de 10−3 𝑘𝑔, dessa forma, podemos dizer que 𝑀 ± 𝑚 ≅ 𝑀.
Portanto:
𝑣′ ≅ 𝑣 − 2 ⋅ 𝑢
𝑢′ = 𝑣 − 𝑣′ − 𝑢 ≅ 𝑣 − (𝑣 − 2 ⋅ 𝑢) − 𝑢 ⇒ 𝑢′ ≅ 𝑢
Portanto, nesse tipo especial de colisão o corpo com massa muito maior que o outro não
tem a sua velocidade alterada após o impacto.
⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
(𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
= (𝑄
𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
−𝑚 ⋅ 𝑣 ′ − 𝑀 ⋅ (𝑣 ′ − 𝑣 − 𝑢) = 𝑚 ⋅ 𝑣 − 𝑀 ⋅ 𝑢
𝑀−𝑚 2𝑀
⇒ 𝑣′ = ( )⋅𝑣+( )⋅𝑢
𝑀+𝑚 𝑀+𝑚
Novamente, como 𝑀 ≫ 𝑚, então podemos fazer a seguinte aproximação:
𝑣 ′ ≅ 𝑣 + 2𝑢
𝑢′ = 𝑣 ′ − 𝑣 − 𝑢 ≅ 𝑣 + 2𝑢 − 𝑣 − 𝑢 ⇒ 𝑢′ ≅ 𝑢
28)
Por transportar uma carga extremamente pesada, um certo caminhão trafega a uma velocidade de 10
m/s. Um rapaz à beira da estrada brinca com uma bola de tênis. Quando o caminhão passa, ele resolve
jogar a bola na traseira do mesmo. Sabendo-se que a bola atinge a traseira do caminhão
perpendicularmente, com velocidade de 20m/s, em reação ao solo, qual a velocidade horizontal final da
bola após o choque? Considere um choque perfeitamente elástico.
A) 10 m/s B) 20 m/s C) 30 m/s D) Zero
Comentários:
Inicialmente, devemos perceber que a massa do caminhão é muito maior que a massa da bola e
que antes da colisão eles se deslocam no mesmo sentido. Como acabamos de ver em teoria, a velocidade
do caminhão permanece praticamente inalterada. Portanto, pelo coeficiente de restituição, temos:
|𝑣𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑝ó𝑠 | 𝑣 ′ + 10
𝑒= = = 1 ⇒ 𝑣 ′ + 10 = 10 ⇒ 𝑣 ′ = 0
|𝑣𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 | 20 − 10
Gabarito D.
Vamos estudar as colisões bidimensionais. Por razões didáticas, trabalharemos os casos em ordem
de dificuldade.
Quando a bola toca a superfície, ele troca um par de forças impulsivas 𝐹⃗ que atuam na direção
normal e, por isso, há uma variação da quantidade de movimento nesta direção. Como não existem forças
impulsivas e nem forças externas atuando na direção tangencial, haverá conservação da quantidade de
movimento na direção tangencial.
∴ 𝑡𝑔 𝛼𝑓 = 𝑒 ⋅ 𝑡𝑔 𝛼𝑖
Observe que para o caso da colisão elástica, 𝑒 = 1, implica 𝛼𝑓 = 𝛼𝑖 , ou seja, o ângulo de incidência
é igual ao ângulo de reflexão. Baseado nessa ideia e adotando o modelo corpuscular da luz, Newton
provava que a reflexão da luz é meramente uma colisão elástica entre as partículas e a superfície refletora.
29)
Abandona-se uma pequena esfera de massa 𝑚 = 0,200 𝑘𝑔 no ponto 𝐴. Após cair 4,0 𝑚 ela atinge um
ponto 𝐵 de um plano inclinado de um ângulo 𝛼 em relação ao horizonte. O choque é perfeitamente
elástico. Adote para a aceleração da gravidade o valor numérico 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .
C) Qual o valor do ângulo o para que a esfera inicie seu movimento, após o choque, na direção horizontal?
d) Calcule a menor velocidade adquirida pela esfera, após o choque, quando 𝛼 = 30°.
e) Ainda para 𝛼 = 30°, calcule a máxima cota atingida pela esfera, após o choque.
Comentários:
a) Durante a queda do corpo, a força peso é a única força que atua no corpo, logo, ela é a resultante na
direção vertical. Dessa forma, podemos utilizar o teorema do impulso para determinar o impulso da força
peso (força resultante), conhecendo a variação da quantidade de movimento. Então:
⃗⃗ ⇒ 𝐼𝑃 = Δ𝑄𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙 ⇒ 𝐼𝑃 = 𝑚 ⋅ 𝑣 − 𝑚 ⋅ 𝑣𝐴 ⇒ 𝐼𝑃 = 𝑚 ⋅ 𝑣
𝐼⃗𝐹⃗𝑅 = Δ𝑄
Para determinar a velocidade em 𝐵 (𝑣) antes do choque, podemos utilizar a conservação da
energia mecânica:
1
(𝐸𝑚𝑒𝑐 )𝐵 = (𝐸𝑚𝑒𝑐 )𝐴 ⇒ 𝑚 ⋅ 𝑣 2 = 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ Δℎ ⇒ 𝑣 = √2 ⋅ 𝑔 ⋅ Δℎ ⇒ 𝑣 = √2 ⋅ 10 ⋅ 4
2
𝑣 = 4√5 𝑚/𝑠
Portanto:
4√5
𝐼𝑃 = 0,200 ⋅ 4√5 ⇒ 𝐼𝑃 = N⋅s
5
b) O choque é elástico (𝑒 = 1), portanto, há conservação da energia cinética do sistema. Por outro lado,
a quantidade de movimento varia em direção, mas como existe conservação da energia cinética, então o
módulo da velocidade não se altera. Portanto, a quantidade de movimento muda pois altera a direção da
esfera.
c) Considerando que a bolinha vai sair na direção horizontal, temos a seguinte configuração:
d) Como o choque é perfeitamente elástico, o módulo da velocidade não muda. Portanto 𝑣𝑚𝑖𝑛 =
4√5 𝑚/𝑠.
e) Para 𝛼 = 30°, temos a seguinte configuração:
Figura 18: Colisão elástica de uma pequena esfera com um anteparo fixo vertical. A linha tracejada representa a trajetória da bolinha caso
não existisse a parede.
Vimos na aula 02 que a bolinha realizaria uma trajetória parabólica caso não existisse uma parede
no caminho dela, desprezando a resistência do ar.
Como vimos na seção anterior, quando o corpo realiza uma colisão perfeitamente elástica com um
anteparo fixo, o ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão (𝛼𝑖 = 𝛼𝑓 ). Dado que 𝑒 = 1 e 𝛼𝑖 = 𝛼𝑓 ,
então 𝑣𝑖 = 𝑣𝑓 (em módulo). Vetorialmente, a velocidade na direção tangencial conserva sua direção e
sentido, ao passo que na direção normal conserva apenas a direção, mas inverte o sentido.
Assim, temos a seguinte configuração dos vetores que representam a velocidade do corpo antes
e depois do choque perfeitamente elástico.
Dessa forma, devido à simetria das velocidades, para determinar a trajetória do corpo, basta
rebater o trecho fictício em relação à parede vertical, como na figura abaixo:
Figura 20: Rebatimento das trajetórias da bolinha, onde as linhas tracejadas representam as trajetórias caso não existisse parede vertical.
Note que a parede funciona como um espelho das trajetórias.
Essa ideia ainda não apareceu nas nossas provas, mas pode vir a aparecer.
30)
Um pequeno objeto é lançado horizontalmente, com velocidade 𝑣⃗0 e módulo 𝑣0 = 30 𝑚/𝑠, em um local
onde a aceleração da gravidade é de 10 𝑚/𝑠 2, como mostra a figura.
Se não existisse a parede vertical, o objeto atingiria o solo em 𝐴. Entretanto, ao colidir com a parede no
ponto 𝐶, o objeto atinge o solo no ponto 𝐵. Considerando o choque perfeitamente elástico e desprezando
a resistência do ar, determine os tamanhos ̅̅̅̅
𝐷𝐴 e ̅̅̅̅
𝐶𝐷.
Comentários:
̅̅̅̅ =
Devido ao fato de o choque ser elástico, sabemos que as velocidades serão rebatidas e que 𝐷𝐴
̅̅̅̅
𝐵𝐷. O tempo de queda caso não houvesse a parede é dado por:
2⋅𝐻 2 ⋅ 45
𝑡𝑞𝑢𝑒𝑑𝑎 = √ ⇒ 𝑡𝑞𝑢𝑒𝑑𝑎 = √ ⇒ 𝑡𝑞𝑢𝑒𝑑𝑎 = 3 𝑠
𝑔 10
Considere uma cunha de massa 𝑀 apoiada sobre rodas em uma superfície horizontal
perfeitamente lisa. Uma bola de tênis de massa 𝑚 é solta de uma altura 𝐻 e colide com a cunha como
mostra a figura abaixo:
Figura 22: A cunha de massa M tem liberdade para se mover ao longo do eixo horizontal.
Se após a colisão a bola sai na direção horizontal, qual será o coeficiente de restituição e a
velocidade da cunha para alguém que está em repouso no solo?
Inicialmente, devemos conhecer a velocidade da bola logo antes de colidir com a parede da cunha.
Para isso, vamos utilizar o conceito de energia mecânica, tomando como referencial para a energia
potencial gravitacional nível onde a bola toca a cunha:
1
(𝐸𝑚𝑒𝑐 )𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑐ℎ𝑜𝑞𝑢𝑒 = (𝐸𝑚𝑒𝑐 )𝑖𝑛í𝑐𝑖𝑜 ⇒ 𝑚 ⋅ 𝑣02 = 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻 ⇒ 𝑣0 = √2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻 (𝑒𝑞. 2.7.3)
2
Vamos tomar todas as velocidades em relação à Terra. Além disso, vamos denominar a o módulo
da velocidade da bola após o choque por 𝑣𝑏 e a velocidade da cunha por 𝑣𝑐 . Na colisão, as forças
impulsivas têm direção normal e, assim, há conservação da quantidade de movimento na direção
tangencial. Esquematicamente, temos:
Além disso, o sistema constituído pela bola e pela cunha não possui forças externas atuando na
direção horizontal. Por isso, a quantidade de movimento se conserva nessa direção:
𝑀 ⋅ 𝑣𝑐 𝑚 ⋅ 𝑣𝑏 𝑚 𝑚
= ⇒ 𝑣𝑐 = ⋅ 𝑡𝑔𝜃 ⋅ 𝑣0 ⇒ 𝑣𝑐 = ⋅ 𝑡𝑔𝜃 ⋅ √2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻
𝑣0 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝑣𝑏 ⋅ cos 𝜃 𝑀 𝑀
Caso seja conhecido o coeficiente de restituição e não o ângulo da cunha, temos que:
𝑚 𝑚 𝑒
𝑣𝑐 = ⋅ 𝑡𝑔𝜃 ⋅ √2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻 ⇒ 𝑣𝑐 = ⋅ √ 𝑚 ⋅ √2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻
𝑀 𝑀 1+𝑀
𝑚 2⋅𝑔⋅𝐻⋅𝑒
∴ 𝑣𝑐 = ⋅√ 𝑚
𝑀 1+𝑀
Para isso, vamos representar as situações das partículas logo antes e logo depois da colisão.
Provaremos que 𝜃 = 90°. Para isso, vamos calcular a quantidade de movimento de cada partícula
de forma vetorial:
⃗⃗ = 𝑚 ⋅ 𝑣⃗𝐴
𝑄 ⃗⃗ ′ = 𝑚 ⋅ 𝑣⃗′𝐴
𝑄
Antes { 𝐴 e Depois { 𝐴
𝑄⃗⃗𝐵 = ⃗⃗
0 𝑄⃗⃗ ′𝐵 = 𝑚 ⋅ 𝑣⃗𝐵′
⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
(𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
= (𝑄 ⃗⃗𝐴 + 𝑄
⇒𝑄 ⃗⃗𝐵 = 𝑄
⃗⃗ ′𝐴 + 𝑄
⃗⃗ ′𝐵 ⇒ 𝑄
⃗⃗𝐴 + ⃗⃗
0=𝑄⃗⃗ ′𝐴 + 𝑄
⃗⃗ ′𝐵
𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
⃗⃗𝐴 = 𝑄
𝑄 ⃗⃗ ′𝐴 + 𝑄
⃗⃗ ′𝐵
Devido ao fato de o choque ser perfeitamente elástico, sabemos que há conservação da energia
cinética do sistema. Portanto:
1 1 1 2 1 2
𝑚 ⋅ 𝑣𝐴2 + 𝑚 ⋅ 𝑣𝐵2 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝐴′ + 𝑚 ⋅ 𝑣𝐵′
2 2 2 2
1 1 2 1 2
⇒ 𝑚 ⋅ 𝑣𝐴2 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝐴′ + 𝑚 ⋅ 𝑣𝐵′
2 2 2
Como 𝑚𝐴 = 𝑚𝐵 = 𝑚, vamos multiplicar a equação acima por 2𝑚. Então:
1 1 2 1 2
𝑚 ⋅ 𝑣𝐴2 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝐴′ + 𝑚 ⋅ 𝑣𝐵′ (× 2𝑚)
2 2 2
2 2
⇒ 𝑚2 ⋅ 𝑣𝐴2 = 𝑚2 ⋅ 𝑣𝐴′ + 𝑚2 ⋅ 𝑣𝐵′
2 2 2
⃗⃗𝐴 | = |𝑄
(𝑚 ⋅ 𝑣𝐴 )2 = (𝑚 ⋅ 𝑣𝐴′ )2 + (𝑚 ⋅ 𝑣𝐵′ )2 ⇒ |𝑄 ⃗⃗ ′ | + |𝑄
⃗⃗ ′ |
𝐴 𝐵
⃗⃗𝐴 = 𝑄
Com esse resultado, a soma vetorial 𝑄 ⃗⃗ ′𝐴 + 𝑄
⃗⃗ ′𝐵 , possui a soma dos módulos dada por
2 2 2
⃗⃗𝐴 | = |𝑄
|𝑄 ⃗⃗ ′ | + |𝑄
⃗⃗ ′ | , portanto:
𝐴 𝐵
𝜃 = 90 °
Nesse tipo de choque, o eixo normal passa pelos centros das partículas. Além disso, o eixo
tangencial é perpendicular ao eixo normal, tangenciando as partículas no ponto de contato entre elas,
conforme a figura 12.
Na direção tangencial, não forças impulsivas atuando durante a colisão e, assim, a velocidade de
cada partícula nessa direção permanece inalterada:
𝑚𝐴 ⋅ (𝑣𝐴′ ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃𝐴′ ) + 𝑚𝐵 ⋅ (−𝑣𝐵′ ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃𝐵′ ) = 𝑚𝐴 ⋅ (−𝑣𝐴 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃𝐴 ) + 𝑚𝐵 ⋅ (𝑣𝐵 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃𝐵 )
3. Centro de massa
Neste capítulo, introduziremos o conceito de centro de massa, um assunto de extrema
importância para o vestibular do ITA e do IME. Nossos vestibulares adoram esse tema e cobram questões
dos mais variados estilos, questões que aparentemente parecem ser de outro assunto, mas são
rapidamente resolvidas pelo conceito de centro de massa.
Um sistema mecânico é formado por um conjunto de partículas ou ainda um único corpo extenso.
Veremos neste capítulo que o movimento de um sistema mecânico pode ser estudado analisando
apenas um único ponto: o seu centro de massa.
Por motivos didáticos, inicialmente estudaremos o sistema simples constituído por duas partículas
de massas 𝑚1 e 𝑚2 . Podemos representar esse sistema da seguinte forma:
Por definição, dizemos que o centro de massa desse sistema (𝑐𝑚) é aquele cuja abscissa 𝑥⃗𝑐𝑚 é
expressa por:
𝑚1 ⋅ 𝑥⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑥⃗2
𝑥⃗𝑐𝑚 =
𝑚1 + 𝑚2
Assim, vimos que o centro de massa para um sistema de partículas é a média aritmética
ponderada, tendo como pesos as massas dos corpos. Logo, o centro de massa estará mais próximo
daquela partícula que possui maior massa.
𝑚1 ⋅ 𝑥⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑥⃗2
𝑥⃗𝑐𝑚 =
𝑚1 + 𝑚2
𝑚1 ⋅ 𝑣⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑣⃗2
∴ 𝑣⃗𝑐𝑚 =
𝑚1 + 𝑚2
Note que a velocidade do centro de massa é dada pela média aritmética ponderada das
velocidades das partículas, tendo como peso as respectivas massas.
Exemplo 1: considere duas partículas se movendo com velocidades 𝑣 e 2𝑣, como mostra a figura
logo abaixo:
𝑚 ⋅ 2𝑣 ⋅ 𝑥̂ + 2𝑚 ⋅ 𝑣 ⋅ (−𝑥̂) 0
𝑣⃗𝑐𝑚 = = ⋅ 𝑥̂ ⇒ 𝑣⃗𝑐𝑚 = ⃗0⃗
𝑚 + 2𝑚 3𝑚
Esse resultado mostra que o centro de massa fica parado, quando os dois corpos se aproximam.
Exemplo 2: um corpo de massa 3𝑚 viaja com velocidade 2𝑣 para a direita e outro corpo de massa
𝑚 viaja com velocidade 2𝑣 para a esquerda. Portanto a velocidade do centro de massa é de:
∴ 𝑣⃗𝑐𝑚 = 𝑣 ⋅ 𝑥̂
𝑚1 ⋅ 𝑥⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑥⃗2 3𝑚 ⋅ 0 ⋅ 𝑥̂ + 𝑚 ⋅ 𝑥2 ⋅ 𝑥̂ 𝑥2
𝑥⃗𝑐𝑚 = ⇒ 𝑥⃗𝑐𝑚 = ⇒ 𝑥⃗𝑐𝑚 = 𝑥̂
𝑚1 + 𝑚2 3𝑚 + 𝑚 4
𝑚1 ⋅ 𝑎⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑎⃗2
𝑎⃗𝑐𝑚 =
𝑀
Novamente, observe que a aceleração do centro de massa é dada pela média aritmética
ponderada das acelerações das partículas, tendo como peso as respectivas massas.
⃗⃗1 + 𝑄
𝑀 ⋅ 𝑣⃗𝑐𝑚 = 𝑄 ⃗⃗2 = 𝑄
⃗⃗𝑠𝑖𝑠
⃗⃗𝑠𝑖𝑠 = 𝑀 ⋅ 𝑣⃗𝑐𝑚
𝑄
Esse resultado mostra que para calcular a quantidade de movimento do sistema, basta supor que
toda sua massa esteja concentrada no centro de massa.
Como vimos anteriormente no capítulo 1 dessa aula, quando estudamos sistema isolado, em um
sistema podem agir dois tipos de forças: internas ou externas.
Denotamos por forças internas aquelas que são trocadas entre os elementos do sistema. Dessa
forma, tais forças respeitam o Princípio da Ação e Reação, ou seja, a cada força interna 𝐹⃗𝑖 associa-se uma
outra −𝐹⃗𝑖 . Note que a soma dos impulsos por causa dessas forças é nula.
Por outro lado, chamamos de forças externas aquelas que são trocadas pelos elementos do
sistema com outros corpos fora dele, denominados agentes externos.
Como as forças externas são exercidas sobre cada partícula independentemente das interações
internas entre as partículas, podemos concluir que a força resultante que age no sistema é a resultante
das forças externas. Matematicamente:
1) A aceleração do centro de massa não depende das forças internas ao sistema. Depende
apenas da resultante das forças externas.
2) O centro de massa se move como se fosse um ponto material de massa igual à massa total
do sistema (𝑀 = 𝑚1 + 𝑚2 + ⋯ + 𝑚𝑛 ) e conforme a ação da resultante das forças externas
que atuam no sistema.
𝑀 = 𝑚1 + 𝑚2 + ⋯ + 𝑚𝑛 = ∑ 𝑚𝑛
𝑖=1
𝑚1 ⋅ 𝑥1 + 𝑚2 ⋅ 𝑥2 + ⋯ + 𝑚𝑛 ⋅ 𝑥𝑛 ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 ⋅ 𝑥𝑖
𝑥𝑐𝑚 = ou 𝑥𝑐𝑚 =
𝑚1 + 𝑚2 + ⋯ + 𝑚𝑛 ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑛
∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 ⋅ 𝑦𝑖 ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 ⋅ 𝑧𝑖
𝑦𝑐𝑚 = e 𝑧𝑐𝑚 =
∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑛 ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑛
Podemos ainda escrever o centro de massa a partir do vetor posição de cada partícula:
Figura 27: Se as massas iguais estão dispostas em um triângulo equilátero, o centro de massa está em seu centro geométrico.
Figura 28: Se as massas iguais estão dispostas nos vértices de um retângulo, o centro de massa está em seu centro geométrico.
3) Se um corpo homogêneo admite um ponto de simetria, então o seu centro de massa coincidirá
com o seu centro geométrico. Por exemplo, o centro de massa de uma esfera está no centro geométrico
da esfera.
Figura 29: Em uma esfera homogênea, o centro de massa está no centro da esfera.
4) Para uma chapa homogênea de forma retangular, o centro de massa da chapa estará no centro
geométrico dessa chapa.
Figura 30: Em uma chapa homogênea, o centro de massa está no centro geométrico dessa chapa.
31)
Considere uma chapa homogênea de espessura uniforme, conforme a figura abaixo:
Comentários:
Uma boa forma de atacar esse problema é dividir a chapa em duas partes:
Como trabalhamos com a velocidade na forma vetorial, podemos ver que esse resultado é aplicado
para qualquer sistema bi ou tridimensional.
⃗⃗1 + 𝑄
𝑀 ⋅ 𝑣⃗𝑐𝑚 = 𝑄 ⃗⃗2 + ⋯ + 𝑄
⃗⃗𝑛 = 𝑄
⃗⃗𝑠𝑖𝑠
Portanto:
⃗⃗𝑠𝑖𝑠 = 𝑀 ⋅ 𝑣⃗𝑐𝑚
𝑄
Portanto:
Cada termo 𝑚𝑖 ⋅ 𝑎⃗𝑖 do segundo membro da equação representa a força resultante na respectiva
partícula, isto é:
𝑚 ⋅ 𝑎⃗𝑖 = 𝐹⃗𝑖
Portanto:
Como já vimos, as forças internas ao sistema surgem aos pares, segundo a terceira lei de Newton
entre cada par de partículas. Dessa forma, ao somar vetorialmente as forças internas elas se anulam duas
a duas.
Com esse resultado, podemos ver que o centro de massa de um sistema de 𝑛 partículas move-se
como se fosse um único ponto material de massa 𝑀𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑚1 + 𝑚2 + ⋯ + 𝑚𝑛 , por efeito da ação da
resultante das forças externas 𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 (𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑠), de acordo com a segunda lei de Newton.
Um exemplo clássico é a detonação de uma granada. Vamos supor que uma granada é lançada
horizontalmente, em um local onde 𝑔⃗ é uniforme e a resistência do ar é desprezível. Caso não houvesse
a detonação, a trajetória da granada seria uma parábola para um observado na Terra. Mas, vamos supor
que a granada explode em dois fragmentos idênticos (claramente, uma granada explode em diversos
fragmentos e em todas as direções).
De um modo geral, determinar a trajetória de cada fragmento é muito difícil. Entretanto, o centro
de massa do sistema continuará a descrever uma trajetória parabólica. Isso ocorre porque a única força
externa que atua na granada é a força peso na direção vertical. Então, podemos dizer que:
𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 (𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑠) = 𝑀𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ⋅ 𝑎⃗𝑐𝑚 ⇒ 𝑃⃗⃗ = 𝑀𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ⋅ 𝑎⃗𝑐𝑚 ⇒ 𝑀𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ⋅ 𝑔⃗ = 𝑀𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ⋅ 𝑎⃗𝑐𝑚
∴ 𝑎⃗𝑐𝑚 = 𝑔⃗
Como podemos ver, a aceleração do centro de massa é a própria aceleração da gravidade. Por
isso, devemos ter a seguinte trajetória para a granada, fragmentos e centro de massa:
Note que na explosão da granada surgem forças internas ao sistema que não podem alterar a
trajetória do centro de massa.
Se ao somar vetorialmente as forças externas e a resultante destas forças for nula, então dizemos
que o sistema está isolado de forças externas. Em consequência disso, teremos que:
𝑣⃗𝑐𝑚 é constante
⃗⃗𝑠𝑖𝑠
𝐼⃗𝐹𝑟𝑒𝑠 (𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑠) = Δ𝑄
Como 𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 (𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑠) = ⃗0⃗, então 𝐼⃗𝐹𝑟𝑒𝑠 (𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑠) = ⃗0⃗. Com isso, temos que:
⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
(𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
= (𝑄
𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠
⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
(𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
= (𝑄 ⇒ 𝑀𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ⋅ (𝑣⃗𝑐𝑚 )𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝑀𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ⋅ (𝑣⃗𝑐𝑚 )𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠
𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠
Se o sistema estiver isolado, a quantidade de movimento total dele não varia com o tempo.
Por exemplo, considere duas esferas estão se aproximando com velocidades constantes, em uma
superfície horizontal perfeitamente lisa, como mostra a figura abaixo:
Devido ao fato de não existirem forças externas na direção horizontal, já que não há atrito
(superfície perfeitamente lisa), o impulso da resultante das forças externas é nulo nessa direção. Dessa
forma, podemos afirmar que a velocidade do centro de massa é constante, pois o sistema é isolado. Com
isso, a velocidade do centro de massa não se altera. Uma possível configuração para as velocidades após
a colisão é dada pela figura logo abaixo:
Figura 33: Trajetória do centro de massa antes e depois da colisão. Note que após o choque, a trajetória do centro de massa não se altera.
Note que na direção vertical, existe a força peso e a força de contato da superfície com as esferas.
Assim, o sistema não é isolado na direção vertical, mas todo movimento ocorre na direção horizontal.
32)
Dois corpos 𝐴 e 𝐵, de massas iguais a 2,0 𝑘𝑔 e 3,0 𝑘𝑔, respectivamente, possuem velocidades de mesmo
módulo, 2,0 𝑚/𝑠 e direções perpendiculares. Qual a velocidade do centro de massa?
Comentários:
De acordo com o enunciado, temos que:
⃗⃗𝑥,𝐴 +𝑚𝐵 ⋅𝑣
𝑚𝐴 ⋅𝑣 ⃗⃗𝑥,𝐵 2,0⋅0 𝑥̂+3,0⋅2,0 𝑥̂
𝑣⃗𝑥,𝑐𝑚 = ⇒ 𝑣⃗𝑥,𝑐𝑚 = ⇒ 𝑣⃗𝑥,𝑐𝑚 = 1,2 𝑥̂ (𝑚/𝑠)
𝑚𝐴 +𝑚𝐵 2,0+3,0
⃗⃗𝑦,𝐴 +𝑚𝐵 ⋅𝑣
𝑚𝐴 ⋅𝑣 ⃗⃗𝑦,𝐵 2,0⋅2,0 𝑦̂+3,0⋅0 𝑦̂
𝑣⃗𝑦,𝑐𝑚 = ⇒ 𝑣⃗𝑦,𝑐𝑚 = ⇒ 𝑣⃗𝑦,𝑐𝑚 = 0,8 𝑦̂ (𝑚/𝑠)
𝑚𝐴 +𝑚𝐵 2,0+3,0
A questão poderia trabalhar com quantidade de movimento, o que seria obtido fazendo o produto
das massas com as respectivas velocidades.
33)
Um carioca e um mineiro estão sentados cada um em carrinho de rolimã e cada conjunto (homem e
carrinho) possui massas iguais a 80 𝑘𝑔 e 120 𝑘𝑔, respectivamente. No início, ambos estão parados e a
distância entre eles é de 1,0 m. Tracionando a corda que liga os dois amigos, eles se aproximam
mutuamente. Desprezando quaisquer forças dissipativas.
a) Descreva o que acontecerá com o centro de massa do sistema (carioca, mineiro, carrinhos e corda).
b) Quanto cada um deles irá percorrer até se encontrarem?
Comentários:
a) O sistema (carioca, mineiro, carrinhos e corda) não está isolado de forças externas, pois há forças
externas na direção vertical. Entretanto, na direção horizontal, não existem forças externas atuando. A
força que cada operador faz na corda é interna ao sistema considerado. Portanto, a quantidade de
movimento do centro de massa permanecerá constante. Como inicialmente os amigos estão em repouso,
então o centro de massa está parado no início e assim permanecerá.
b) Como o centro de massa permanece parado durante todo o movimento deles, então o encontro
ocorrerá no centro de massa. Colocando a origem do eixo 𝑥 no carioca, temos a seguinte posição do
centro de massa:
80⋅0+120⋅1
𝑥𝑐𝑚 = ⇒ 𝑥𝑐𝑚 = 0,6 𝑚
80+120
34)
Considere três corpos 𝐴, 𝐵 e 𝐶, com massas respectivamente iguais a 8,0 𝑘𝑔, 12,0 𝑘𝑔 e 8,0 𝑘𝑔,
inicialmente apoiados sobre uma mesa horizontal perfeitamente lisa. Liga-se 𝐴𝐵 e 𝐵𝐶 por molas de
massas desprezíveis. Em um certo momento, os corpos são abandonados e experimentam as forças iguais
à 20 𝑁 e 30 𝑁 nas molas 𝐴𝐵 e 𝐵𝐶, respectivamente. No momento em que os corpos são soltos, calcule
os módulos das acelerações dos centros de massa dos seguintes sistemas:
a) 𝐴 + 𝐵.
b) 𝐴 + 𝐵 + 𝐶.
Comentários:
a) Para o sistema 𝐴 + 𝐵, as forças na mola que liga 𝐴𝐵 são internas, apenas a força de 15 N no corpo 𝐵,
devido a outra mola (𝐵𝐶) é externa ao sistema considerado:
Uma lâmina de material muito leve de massa 𝑚 está em repouso sobre uma superfície sem atrito. A
extremidade esquerda da lâmina está a 1 cm de uma parede. Uma formiga considerada como um ponto,
de massa está 5 inicialmente em repouso sobre essa extremidade, como mostra a figura. A seguir, a
formiga caminha para frente muito lentamente, sobre a lâmina. A que distância d da parede estará a
formiga no momento em que a lâmina tocar a parede?
Comentários:
Novamente, o sistema formiga-lâmina não é isolado, pois existem forças externas (peso e normal
do solo) atuando no sistema. Mas, na direção horizontal, não há atrito e nenhuma outra força externa ao
sistema. Portanto, na direção horizontal, a quantidade de movimento do centro de massa do sistema se
conserva. Como inicialmente o sistema está em repouso, então o centro de massa do sistema
permanecerá parado.
Portanto:
(𝑥𝑐𝑚 )𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = (𝑥𝑐𝑚 )𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠
Se adotarmos a parede como a origem do nosso eixo 𝑥, temos:
𝑚𝑓𝑜𝑟𝑚𝑖𝑔𝑎 ⋅𝑥𝑐1 +𝑚𝑙â𝑚𝑖𝑛𝑎 ⋅𝑥𝑐2 𝑚𝑓𝑜𝑟𝑚𝑖𝑔𝑎 ⋅𝑥′𝑐1 +𝑚𝑙â𝑚𝑖𝑛𝑎 ⋅𝑥′𝑐2
=
𝑚𝑓𝑜𝑟𝑚𝑖𝑔𝑎 +𝑚𝑙â𝑚𝑖𝑛𝑎 𝑚𝑓𝑜𝑟𝑚𝑖𝑔𝑎 +𝑚𝑙â𝑚𝑖𝑛𝑎
Considerando que a lâmina tem comprimento 𝐿 (não foi mencionado no enunciado, mas não será
necessário para resolver a questão), substituindo os valores, temos:
𝑚 𝐿 𝑚 𝐿
⋅1+𝑚⋅( +1) ⋅𝑑+𝑚⋅
5 2 5 2
𝑚 = 𝑚
+𝑚 +𝑚
5 5
1 𝐿 𝑑 𝐿
+ 2 + 1 = 5 + 2 ⇒ 𝑑 = 6 𝑐𝑚
5
centro de massa G da rampa tem coordenadas: 𝑥𝐺 = 2𝑏/3 e 𝑦𝐺 = 𝑐/3. São dados ainda: 𝑎 = 15,0 𝑚 e
𝑠𝑒𝑛 𝛼 = 0,6.
Desprezando os possíveis atritos e as dimensões do bloco, pode-se afirmar que a distância percorrida pela
rampa no solo, até o instante em que o bloco atinge o ponto 2, é
Comentários:
Novamente, só existem forças externas na vertical, sendo nulas as forças externas na horizontal
agindo no sistema formado por bloco (𝑚𝑏 ) e pela rampa rolante (𝑚𝑟 ).
Portanto, o sistema é isolado na direção horizontal e o deslocamento do centro de massa nessa
direção é nulo, pois inicialmente o sistema está em repouso.
Assim, o deslocamento do centro de massa é nulo:
𝑚𝑏 ⋅Δ𝑥𝑏 +𝑚𝑟 ⋅Δ𝑥𝑟 𝑚
Δ𝑥𝑐𝑚 = = 0 ⇒ Δ𝑥𝑏 = − 𝑚𝑟 ⋅ Δ𝑥𝑟
𝑚𝑏 +𝑚𝑟 𝑏
Quando o bloco estiver saindo pelo ponto 2, a diferença algébrica entre o deslocamento da rampa
e o do bloco é igual ao lado 𝑏, como na figura ao lado:
Portanto:
Δ𝑥𝑟 − Δ𝑥𝑏 = 𝑏 = 𝑎 ⋅ cos 𝛼
Logo:
𝑚𝑟 𝑎⋅cos 𝛼
Δ𝑥𝑟 − Δ𝑥𝑏 = 𝑎 ⋅ cos 𝛼 ⇒ Δ𝑥𝑟 − (− ⋅ Δ𝑥𝑟 ) = 𝑎 ⋅ cos 𝛼 ⇒ Δ𝑥𝑟 = 𝑚
𝑚𝑏 1+ 𝑟
𝑚𝑏
Substituindo valores, lembrando que se o 𝑠𝑒𝑛 𝛼 = 0,6, então cos 𝛼 = 0,8 para o 0 < 𝛼 < 90°,
temos:
15⋅0,8
Δ𝑥𝑟 = 120/𝑔 ⇒ Δ𝑥𝑟 = 4,8 𝑚
1+
80/𝑔
Figura 34: Localização do baricentro de um sistema, onde o campo gravitacional é não uniforme.
Quando um sistema está imerso em um campo gravitacional uniforme, o seu centro de massa
(CM) coincidirá com o seu centro de gravidade (CG).
Em suma, podemos dizer que o centro de gravidade de um corpo sólido é aquele pelo qual
podemos suspender um corpo de tal forma que ele permaneça em equilíbrio indiferente.
Para entender o conceito de massa reduzida, vamos tomar dois corpos 𝑚1 e 𝑚2 , viajando na mesma
direção e no mesmo sentido, mas com velocidades 𝑣1 e 𝑣2 , respectivamente.
Vamos encontrar a energia que esse sistema possui, mas de uma forma diferente. Vamos escrever
a energia cinética desse sistema.
1 1
𝐸𝐶 = 𝑚1 𝑣12 + 𝑚2 𝑣22
2 2
Supondo que 𝑣1 seja maior que 𝑣2 , então a velocidade relativa é dada por:
𝑣𝑟 = 𝑣1 − 𝑣2
E a velocidade do centro de massa? Ela é dada pela média ponderada das velocidades, tendo como
peso as massas. Matematicamente:
𝑚1 𝑣1 + 𝑚2 𝑣2
𝑣𝑐𝑚 =
𝑚1 + 𝑚2
𝑣1 = 𝑣𝑟 + 𝑣2
Portanto:
Substituindo 𝑣2 em 𝑣1 , temos:
𝑚1
𝑣1 = 𝑣𝑟 + 𝑣𝑐𝑚 − ⋅𝑣
𝑚1 + 𝑚2 𝑟
𝑚2
𝑣1 = 𝑣𝑐𝑚 + ⋅𝑣
𝑚1 + 𝑚2 𝑟
1 𝑚2 2 1 𝑚1 2
𝐸𝐶 = 𝑚1 (𝑣𝑐𝑚 + ⋅ 𝑣𝑟 ) + 𝑚2 (𝑣𝑐𝑚 − ⋅ 𝑣𝑟 )
2 𝑚1 + 𝑚2 2 𝑚1 + 𝑚2
1 1 𝑚2 1 𝑚2 2
2
𝐸𝐶 = 𝑚1 𝑣𝑐𝑚 + 2 ⋅ 𝑚1 ( ) 𝑣𝑐𝑚 𝑣𝑟 + 𝑚1 ( ) 𝑣𝑟2 +
2 2 𝑚1 + 𝑚2 2 𝑚1 + 𝑚2
1 1 𝑚1 1 𝑚1 2
2
+ 𝑚2 𝑣𝑐𝑚 − 2 ⋅ 𝑚2 𝑣𝑐𝑚 ( ) 𝑣𝑟 + 𝑚2 ( ) 𝑣𝑟2
2 2 𝑚1 + 𝑚2 2 𝑚1 + 𝑚2
1 2
1 𝑚1 𝑚2
𝐸𝐶 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑣𝑐𝑚 + ( ) (𝑚1 + 𝑚2 )𝑣𝑟2
2 2 (𝑚1 + 𝑚2 )2
1 2
1 𝑚1 𝑚2
𝐸𝐶 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑣𝑐𝑚 + ( ) 𝑣2
2 2 𝑚1 + 𝑚2 𝑟
1 1
𝐸𝑐 = 𝜇𝑣𝑟2 + 𝑀𝑣𝑐𝑚
2
2 2
𝑚 𝑚
Em que 𝜇 = 𝑚 1+𝑚2 e 𝑀 = 𝑚1 + 𝑚2 . Essa equação traz consequências interessantes. Por exemplo,
1 2
se um sistema é isolado, então a aceleração do centro de massa é nula. Consequentemente, a velocidade
do centro de massa é constante. Então a parcela da energia que corresponde a energia do centro de massa
permanece inalterada.
Exemplo: calcule a perda de energia após a colisão frontal entre duas esferas de massas 𝑚1 e 𝑚2 ,
com velocidades 𝑣1 e 𝑣2 , respectivamente, se aproximando em sentidos opostos. Sabe-se que o
coeficiente de restituição é 𝑒. Considere movimento horizontal das partículas e a superfície perfeitamente
lisa.
Como a velocidade do centro de massa não se altera, pois, o sistema é isolado na horizontal,
temos:
1 1
𝐸𝐶𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝜇𝑣𝑟 12 + 𝑀𝑣𝑐𝑚
2
2 2
Depois da colisão, temos:
1 1
𝐸𝐶𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 = 𝜇𝑣𝑟 22 + 𝑀𝑣𝑐𝑚
2
2 2
Fazendo a diferença de energia, temos:
Δ𝐸 = 𝐸𝑐𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 − 𝐸𝑐𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠
1 1 1 1
Δ𝐸 = 𝜇𝑣𝑟 12 + 𝑀𝑣𝑐𝑚
2
− [ 𝜇𝑣𝑟 22 + 𝑀𝑣𝑐𝑚
2
]
2 2 2 2
1
Δ𝐸 = 𝜇(𝑣𝑟21 − 𝑣𝑟22 )
2
𝑚 𝑚
Em que 𝜇 = 𝑚 1+𝑚2 . Pela definição de coeficiente de restituição, temos:
1 2
𝑣𝑟2
𝑒=
𝑣𝑟1
𝑣𝑟2 = 𝑒 ⋅ 𝑣𝑟1
1
Δ𝐸 = 𝜇(𝑣𝑟21 − 𝑒 2 𝑣𝑟21 )
2
1
Δ𝐸 = 𝜇𝑣𝑟 12 (1 − 𝑒 2 )
2
1 𝑚1 𝑚2
Δ𝐸 = ( ) ⋅ (𝑣1 + 𝑣2 )2 (1 − 𝑒 2 )
2 𝑚1 + 𝑚2
1 𝑚1 𝑚2
Δ𝐸 = ( ) ⋅ (𝑣1 + 𝑣2 )2
2 𝑚1 + 𝑚2
Até aqui, você viu que é muito importante para a resolução de um problema físico definir qual é o
seu sistema em questão. Um exemplo clássico de sistema que possui massa variável é o foguete. Neste
caso, definimos o sistema como o foguete mais todo o combustível que ainda não foi queimado. Note que
o sistema está diminuindo a sua massa, à medida que o combustível é queimado e o gás é lançado para
trás.
Para isto, precisamos desenvolver uma versão da segunda lei de Newton para sistema com massa
continuamente variável.
Figura 39: Partículas de um fluxo contínuo, com velocidade ⃗u⃗, sofrem colisões perfeitamente inelásticas com um corpo de massa M que
possui velocidade v⃗⃗. Nesse sistema, existe uma força externa resultante ⃗F⃗ext res atuando sobre o corpo. A figura ilustra dois momentos do
sistema: t e t + Δt.
Quando estas partículas se chocam, elas se fixam ao objeto e aumentam a sua massa de Δ𝑀
durante o intervalo de tempo Δ𝑡. Note que durante o tempo Δ𝑡, a velocidade 𝑣⃗ é acrescida de Δ𝑣⃗.
Aplicando o teorema do impulso e quantidade de movimento a este sistema, temos:
⃗⃗ = 𝑄
𝐹⃗𝑒𝑥𝑡 𝑟𝑒𝑠 ⋅ Δ𝑡 = Δ𝑄 ⃗⃗𝑓 − 𝑄
⃗⃗𝑖 = [(𝑀 + Δ𝑚)(𝑣⃗ + Δ𝑣⃗)] − [𝑀 ⋅ 𝑣⃗ + Δ𝑀 ⋅ 𝑢
⃗⃗]
Δ𝑣⃗ Δ𝑀 Δ𝑀
𝐹⃗𝑒𝑥𝑡 𝑟𝑒𝑠 = 𝑀 ⋅ + (𝑣⃗ − 𝑢
⃗⃗) + ⋅ Δ𝑣⃗
Δ𝑡 Δ𝑡 Δ𝑡
𝑑𝑣⃗ 𝑑𝑀 𝑑𝑀
𝐹⃗𝑒𝑥𝑡 𝑟𝑒𝑠 = 𝑀 ⋅ − (𝑣⃗ − 𝑢
⃗⃗) + ⋅ (0)
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
Portanto:
𝑑𝑀 𝑑𝑣⃗
𝐹⃗𝑒𝑥𝑡 𝑟𝑒𝑠 + ⋅ 𝑣⃗𝑟𝑒𝑙 = 𝑀 ⋅
𝑑𝑡 𝑑𝑡
Em que 𝑣⃗𝑟𝑒𝑙 = 𝑢
⃗⃗ − 𝑣⃗ é a velocidade, em relação ao objeto, do material lançado contra ele. Note
que a equação que desenvolvemos é igual à segunda lei de Newton para um sistema de partículas com
𝑑𝑀
massa constante, exceto pelo termo 𝑑𝑡 ⋅ 𝑣⃗𝑟𝑒𝑙 . Caso a massa não há variação da massa, temos
rigorosamente a segunda lei como já conhecíamos.
Comentários:
No sistema constituído pelo prato da balança e pela parte da corda que já está no prato, existem
duas forças externas sobre este sistema: a força da gravidade e a força normal exercida pela balança sobre
o prato. Vamos aplicar a segunda lei de Newton para nosso sistema:
𝑑𝑚 𝑑𝑣𝑦
𝐹𝑒𝑥𝑡 𝑟𝑒𝑠 𝑦 + ⋅ 𝑣𝑟𝑒𝑙 𝑦 = 𝑚 ⋅
𝑑𝑡 𝑑𝑡
Quando a corda chega ao prato, ela para. Portanto, a velocidade do sistema permanece zero e,
𝑑𝑣𝑦
assim, = 0. Então:
𝑑𝑡
𝑑𝑚
𝐹𝑛 − 𝑚𝑔 + ⋅ 𝑣𝑟𝑒𝑙 𝑦 = 0
𝑑𝑡
Assim, a rapidez de impacto do segmento é de 𝑑𝑙/𝑑𝑡. Como nosso eixo está orientado para cima
e a corda está caindo, então 𝑣𝑟𝑒𝑙 𝑦 = −𝑑𝑙/𝑑𝑡. Portanto:
𝑑𝑚 𝑀
= − 𝐿 ⋅ 𝑣𝑟𝑒𝑙 𝑦
𝑑𝑡
Cada ponto da corda cai com a aceleração de queda livre 𝑔⃗. Aplicando a equação de Torricelli para
um pedaço qualquer de corda, temos que:
2 2 2
𝑣𝑟𝑒𝑙 𝑦 = 𝑣𝑟𝑒𝑙 𝑦0 + 2 ⋅ 𝑎𝑦 ⋅ Δ𝑦 ⇒ 𝑣𝑟𝑒𝑙 𝑦 = 2 ⋅ 𝑎𝑦 ⋅ Δ𝑦
Quando metade da corda estiver sobre a prato, a massa do sistema prato mais corda será dada
por:
𝑀
𝑚 = 𝑚𝑝𝑟𝑎𝑡𝑜 + 𝑚𝑐𝑜𝑟𝑑𝑎 = 𝑚𝑝𝑟𝑎𝑡𝑜 + 2
Portanto:
𝑀 2 𝑀 𝑀
𝐹𝑛 = 𝑚 ⋅ 𝑔 + ⋅ 𝑣𝑟𝑒𝑙 𝑦 = (𝑚𝑝𝑟𝑎𝑡𝑜 + 2 ) ⋅ 𝑔 + ⋅ (𝑔 ⋅ 𝐿)
𝐿 𝐿
3
𝐹𝑛 = 𝑚𝑝𝑟𝑎𝑡𝑜 ⋅ 𝑔 + 2 ⋅ 𝑀 ⋅ 𝑔
A força normal da balança sobre o prato é composta da força peso do prato e da força exercida
pela corda sobre o prato:
𝐹𝑛 = 𝑚𝑝𝑟𝑎𝑡𝑜 ⋅ 𝑔 + 𝐹𝑐𝑜𝑟𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑜 𝑝𝑟𝑎𝑡𝑜
𝐹𝑐𝑜𝑟𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑜 𝑝𝑟𝑎𝑡𝑜 = 𝐹𝑛 − 𝑚𝑝𝑟𝑎𝑡𝑜 ⋅ 𝑔
3
𝐹𝑐𝑜𝑟𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑜 𝑝𝑟𝑎𝑡𝑜 = ⋅𝑀⋅𝑔
2
adquire uma velocidade de 2,0 𝑚/𝑠. Determine a velocidade do bloco de 1,2 𝑘𝑔 imediatamente
após a liberação da mola.
(AFA – 2018)
Um corpo M de dimensões desprezíveis e massa 10 kg movimentando-se em uma dimensão,
⃗⃗ , vai sucessivamente colidindo inelasticamente com N partículas m,
inicialmente com velocidade 𝑉
todas de mesma massa 1 kg, e com velocidades de módulo 𝑣 = 20 𝑚/𝑠, que também se
movimentam em uma dimensão de acordo com a Figura 1, a seguir.
O gráfico que representa a velocidade final do conjunto 𝑉𝑓 após cada colisão em função do número
de partículas N é apresentado na Figura 2, a seguir.
𝐻 𝐻 𝐻
a)𝐻 b) 2 c) 3 d) 9
(AFA – 2011)
Analise as afirmativas abaixo sobre impulso e quantidade de movimento.
I - Considere dois corpos 𝐴 𝑒 𝐵 deslocando-se com quantidades de movimento constantes e iguais.
Se a massa de 𝐴 for o dobro de 𝐵, então, o módulo da velocidade de 𝐴 será metade do de 𝐵.
II - A força de atrito sempre exerce impulso sobre os corpos em que atua.
III - A quantidade de movimento de uma luminária fixa no teto de um trem é nula para um
passageiro, que permanece em seu lugar durante todo o trajeto, mas não o é para uma pessoa na
plataforma que vê o trem passar.
IV - Se um jovem que está afundando na areia movediça de um pântano puxar seus cabelos para
cima, ele se salvará.
São corretas:
a) apenas I e III. b) apenas I, II e III.
c) apenas III e IV. d) todas as afirmativas.
(AFA – 2010)
O bloco da Figura 1 entra em movimento sob ação de uma força resultante de módulo 𝐹 que pode
atuar de três formas diferentes, conforme os diagramas da Figura 2.
Com relação aos módulos das velocidades 𝑣1 , 𝑣2 e 𝑣3 atingidas pelo bloco no instante 𝑡 = 2 𝑠, nas
três situações descritas, pode-se afirmar que
a) 𝑣1 > 𝑣2 > 𝑣3 b) 𝑣2 > 𝑣3 > 𝑣1
c) 𝑣3 < 𝑣1 < 𝑣2 d) 𝑣2 < 𝑣3 < 𝑣1
(AFA – 2007)
Três esferas idênticas estão suspensas por fios ideais conforme a figura. Se a esfera 𝐴 for deslocada
da posição inicial e solta, ela atingirá uma velocidade 𝑣 e colidirá frontalmente com as outras duas
esferas estacionadas. Considerando o choque entre as esferas perfeitamente elástico, pode-se
afirmar que as velocidades 𝑣𝐴 , 𝑣𝐵 e 𝑣𝐶 de 𝐴, 𝐵 e 𝐶, imediatamente após as colisões, serão
a) 𝑣𝐴 = 𝑣𝐵 = 𝑣𝐶 = 𝑣 b) 𝑣𝐴 = 𝑣𝐵 = 0 𝑒 𝑣𝐶 = 𝑣
𝑣 𝑣
c) 𝑣𝐴 = 0 𝑣𝐵 = 𝑣𝐶 = d) 𝑣𝐴 = 𝑣𝐵 = 𝑣𝐶 =
2 3
(AFA – 2006)
Uma partícula de massa m é lançada obliquamente com velocidade v0 próxima à superfície
terrestre, conforme indica a figura abaixo. A quantidade de movimento adquirida pela partícula no
ponto Q, de altura máxima, é
v0 2
a) 𝑚𝑣0 b) 𝑚√v0 2 − 2gh c) 𝑚√2gh d) 𝑚√ − gh
2
(AFA – 2005)
Um atirador utiliza alvos móveis. Em um treinamento, deixa cair um bloco de massa M, a partir de
uma altura h. Ao final do primeiro segundo de queda, o bloco é atingido horizontalmente por uma
bala de massa m e velocidade v. A bala se aloja no bloco e observa-se um desvio horizontal x na sua
trajetória em relação ao ponto que tocaria o chão, caso não houvesse acontecido a colisão. O valor
de x é dado por
2h 1 m 2h 1 m
a) ( g )2 ((M+m))v b) (( g )2 − 1) ((M+m))v
2h 1 (M+m) 2h 1
c) (( g )2 − 1) ( )v d) ( g )2 (M + m)v
m
(AFA – 2005)
Um lavador de carros segura uma mangueira do modo que aparece na figura abaixo:
Qual a força necessária para manter o bico da mangueira estacionário na horizontal, sabendo que a
vazão da água é de 0,60 kg/s, com a velocidade de saída na mangueira de 25 m/s?
a) 15,0 N b) 10,0 N c) 20,0 N d) 5,0 N
(AFA – 2004)
Um foguete cuja massa vale 6 toneladas é colocado em posição vertical para lançamento. Se a
velocidade de escape dos gases vale 1 𝑘𝑚/𝑠, a quantidade de gases expelida por segundo, a fim de
proporcionar o empuxo necessário para dar ao foguete uma aceleração inicial para cima igual a
20 𝑚/𝑠 2 é
a) 180 kg b) 120 kg c) 100 kg d) 80 kg
(AFA – 2004)
Num circo, um homem-bala, de massa 60 kg, é disparado por um canhão com a velocidade de 25
m/s, sob um ângulo de 370 com a horizontal. Sua parceira, cuja massa é 40 kg, está numa plataforma
localizada no topo da trajetória. Ao passar pela plataforma, o homem-bala e a parceira se reúnem
e vão cair numa rede de segurança, na mesma altura que o canhão. Veja figura abaixo. Desprezando
a resistência do ar e considerando sen 37o = 0,6 e cos 37𝑜 = 0,8, pode-se afirmar que o alcance
A atingido pelo homem é
a) 60 m b) 48 m c) 36 m d) 24 m
(AFA – 2004)
Um aquário, com um peixe, está equilibrado no prato de uma balança. Num certo instante, o peixe
nada em direção à superfície. É correto afirmar que
a) a leitura da balança aumenta.
b) a leitura da balança diminui.
c) não há alteração na leitura da balança.
d) o enunciado é inconclusivo
(AFA – 2003)
Dois carrinhos 𝐴 e 𝐵, de massa 2 kg cada, movem-se sobre trilhos retilíneos horizontais e sem atrito.
Eles se chocam e passam a se mover grudados. O gráfico representa a posição de cada carrinho em
função do tempo, até o instante da colisão.
(AFA – 2003)
Um projétil de chumbo (𝑐 = 120 𝐽/𝑘𝑔. ℃) se movimenta horizontalmente com velocidade de 100
m/s e colide com uma parede ficando nela alojado. Durante o choque, 60% da energia cinética se
transforma em calor e 80% desse calor é absorvido pelo projétil. A temperatura correspondente ao
ponto de fusão do chumbo é 327 ℃ e o projétil se encontra inicialmente à temperatura de 25 ℃.
Nessas condições, pode-se afirmar que o projétil
a) se funde, pois o calor que ele absorve é mais que o necessário para ele atingir 327 ℃.
b) não se funde, pois sua temperatura não varia.
c) não se funde, mas sua temperatura atinge 327 ℃.
d) não se funde, pois sua temperatura aumenta apenas 20 ℃.
(AFA – 2002)
Uma bola abandonada de uma altura 𝐻, no vácuo, chega ao solo e atinge, agora, altura máxima ℎ.
A razão entre a velocidade com que a bola chega ao solo e aquela com que ela deixa o solo é
1 3
𝐻 2 𝐻 𝐻 2 𝐻 2
a) (ℎ ) b) ℎ c) (ℎ ) d) ( ℎ )
(AFA – 2002)
Uma partícula de massa 𝑚 e velocidade 𝑣, colide com outra de massa 3m inicialmente em repouso.
Após a colisão elas permanecem juntas, movendo-se com velocidade 𝑉. Então, pode-se afirmar que
a) V = v. b) 2V = v. c) 3V = v. d) 4V = v.
(AFA – 2002)
O motor de um avião a jato que se desloca a 900 km/h, expele por segundo 200 kg de gases
provenientes da combustão. Sabendo-se que estes produtos da combustão são expelidos pela
retarguarda, com velocidade de 1800 km/h em relação ao avião, pode-se afirmar que a potência
liberada pelo motor vale
a) 1,00.105 W. b) 2,50.107 W. c) 3,70.107 W. d) 3,24.1O8 W.
(AFA – 2000)
Assinale a alternativa correta.
a) As forças de ação e reação são duas forças sempre iguais.
b) O peso de um corpo é uma grandeza física que é igual a intensidade da força de reação do apoio.
c) A condição necessária e suficiente para um corpo permanecer em repouso é que a somatória de
forças sobre ele seja zero.
d) Um canhão dispara um projétil para a direita e sofre um recuo para a esquerda. A variação da
quantidade de movimento do sistema é nula.
(AFA – 2000)
Um automóvel com o motorista e um passageiro move-se em movimento retilíneo uniforme.
Repentinamente, o motorista faz uma curva para a esquerda, e o passageiro é deslocado para a
direita.
O fato relatado pode ser explicado pelo princípio da
a) inércia.
b) ação e reação.
c) conservação da energia.
d) conservação do momento angular.
(AFA – 2000)
Uma bola de borracha é lançada verticalmente para baixo com energia cinética 𝐾1 , a partir de uma
altura h. Após colidir elasticamente com o solo, a bola desloca-se para cima atingindo um ponto cuja
altura é 25% maior que a da posição inicial. Considere 𝐾2 a energia cinética da bola imediatamente
antes de chocar-se com o solo e calcule a razão 𝐾1 /𝐾2 . Despreze a resistência do ar.
a) 0,25 b) 0,20 c) 0,75 d) 1,25
(AFA – 2000)
Dois carrinhos A e B de massas 𝑚𝐴 = 8 𝑘𝑔 e 𝑚𝐵 = 12 𝑘𝑔 movem-se com velocidade 𝑣0 = 9 m/s,
ligados por um fio ideal, conforme a figura. Entre eles existe uma mola comprimida, de massa
desprezível. Num dado instante, o fio se rompe e o carrinho A é impulsionado para a frente (sentido
positivo do eixo 𝑥), ficando com velocidade de 30 m/s. A energia potencial inicialmente armazenada
na mola, em joules, era de
(AFA – 2000)
Duas esferas A e B, de massas respectivamente iguais a 4 kg e 2 kg, percorrem a mesma trajetória
retilínea, apoiadas num plano horizontal, com velocidades de 10 m/s e 8 m/s, respectivamente,
conforme a figura. Após a ocorrência de um choque frontal entre elas, as esferas movem-se
separadamente e a energia dissipada na colisão vale 162 J. Os módulos das velocidades de A e de B,
após a colisão, em m/s, valem, respectivamente,
a) 8 e 6 b) 2 e 7 c) 1 e 8 d) 1 e 10
(AFA – 1999)
Uma série de n projéteis, de 10 gramas cada um, é disparada com velocidade v = 503 m/s sobre
um bloco amortecedor, de massa M = 15 kg, que os absorve integralmente. Imediatamente após,
o bloco desliza sobre um plano horizontal com velocidade V = 3 m/s. Qual o valor de n?
a) 4 b) 6 c) 7 d) 9
(AFA – 1999)
Um pósitron é uma micropartícula que possui massa de repouso igual à do elétron e carga idêntica,
mas positiva. Suponha, por hipótese, que durante a atração entre um pósitron e um elétron a
velocidade das partículas é da ordem de 36000 km/h e obedece às leis clássicas. Considerando a
massa do elétron e do pósitron igual a 9 ⋅ 10−31 kg, podemos afirmar que a quantidade de
movimento do sistema imediatamente antes da recombinação, é
a) zero b) 9x10−27 kgm/s
c) 18x10−27 kgm/s d) 35x10−27 kgm/s
(EN – 2018)
Analise as afirmativas abaixo, que se referem às grandezas impulso e quantidade de movimento.
I- Se uma partícula está submetida a uma força resultante constante, a direção da quantidade de
movimento da partícula pode mudar.
II- Se uma partícula está se movendo em círculo com módulo da velocidade constante 𝑣, a
intensidade da taxa de variação da quantidade de movimento no tempo é proporcional a 𝑣 2 .
III- Com o gráfico do módulo da força resultante que atua sobre uma partícula em função da posição
𝑥, pode-se obter o módulo do impulso sobre a partícula, calculando-se a área entre a curva e o eixo
𝑥.
∆J⃗
IV- Se ⃗J representa o impulso de uma determinada força, então ∆𝑡 representa a variação da força.
Assinale a opção correta.
a) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.
b) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras.
c) Apenas as afirmativas III e IV são verdadeiras.
d) Apenas as afirmativas I, II e IV são verdadeiras.
e) Apenas as afirmativas II, III e IV são verdadeiras.
(EN – 2012)
Um bloco A, de massa mA = 1,0 kg, colide frontalmente com outro bloco, B, de massa mB =
3,0 kg, que se encontrava inicialmente em repouso. Para que os blocos sigam grudados com
velocidade 2,0 m/s, a energia total dissipada durante a colisão, em joules, deve ser
a) 24 b) 32 c) 36 d) 48 e) 64
(EN – 2011)
A esfera de massa mo tem o módulo da sua velocidade reduzida a
zero na colisão frontal e inelástica (ou parcialmente elástica) com a
esfera de massa m = 2mo . Por sua vez, a esfera de massa m
encontra-se inicialmente em repouso na posição A, suspensa por um
fio inextensível e de massa desprezível. Após a colisão, percorre a
trajetória circular ABCD de raio igual ao comprimento L do fio.
Despreze o atrito no pivô O e a resistência do ar. Para que a esfera de
massa m percorra a trajetória circular, o valor mínimo do módulo da
velocidade ⃗⃗⃗⃗⃗
V0 , antes da colisão, é Dado: g é a aceleração da
gravidade.
a) √gL b) √5gL c) √10gL d) 2 √5gL e) 2√10gL
(EN – 2010)
Fixada ao bloco 1, a mola ideal de constante elástica K exerce sobre este uma força Fx responsável
por acelerá-lo do repouso (x = − A) até o choque perfeitamente elástico com o bloco 2, em
repouso. O choque ocorre em x = 0, coordenada na qual Fx se anula. Imediatamente após a
colisão, os blocos se afastam com velocidades iguais em módulo e o sistema mola-bloco 1 inicia um
movimento harmônico simples com amplitude de oscilação igual a A/2. Despreze os atritos. A razão
entre as massas m1 /m2 dos blocos vale
a) 1/ 3 b) 2/ 3 c) 1 d) 3/ 2 e) 3
(EN – 2009)
O centro de massa de um sistema de duas partículas se desloca no espaço com uma aceleração
constante a⃗⃗ = 4,0Î + 3,0ĵ (m/ s2 ). Num dado instante t, o centro de massa desse sistema está
sobre a reta y=5,0m com uma velocidade ⃗V⃗ = 4,0î (m/ s) , sendo que uma das partículas está sobre
a origem e a outra, que possui massa de 1,5kg, encontra-se na posição r⃗ = 3,0î + 8,0ĵ (m) . Quanto
valem, respectivamente, o módulo da quantidade de movimento do sistema no instante t, e o
módulo da resultante das forças externas que atuam no sistema?
A) 7, 6 kgm/ s e 10N B) 7, 6 kgm/ s e 12N C) 9, 6 kgm/ s e 20N
D) 9, 6 kgm/ s e 12N E) 11, 6 kgm/ s e 10N
(EN – 2013)
Uma granada, que estava inicialmente com velocidade nula, explode, partindo-se em três pedaços.
O primeiro pedaço, de massa M1 = 0,20 kg, é projetado com uma velocidade de módulo igual a
10 m/s. O segundo pedaço, de massa M2 = 0,10 kg, é projetado em uma direção perpendicular à
direção do primeiro pedaço, com uma velocidade de módulo igual a 15 m/s. Sabendo-se que o
módulo da velocidade do terceiro pedaço é igual a 5,0 m/s, a massa da granada, em kg, vale
(EFOMM – 2020)
Um jogador de futebol cobra uma falta frontal e acerta o canto superior esquerdo da baliza,
marcando o gol do título. Suponha que a bola, com massa de 400 g, tenha seguido uma trajetória
parabólica e levado 1,0 s para atingir a meta. Se a falta foi cobrada a 20 m de distância da linha de
fundo e a bola atingiu o gol à altura de 2,0 m, qual é o vetor força média que o jogador imprimiu à
bola durante o chute? Considere que o tempo de interação entre o pé do jogador e a bola foi de 0,1
s e que não há resistência do ar. Considere ainda g = 10 m/s2 e os vetores unitários î e ĵ ao longo
das direções horizontal e vertical, respectivamente.
a) 20,0 N î - 7,0 N ĵ b) 80,0 N î - 12,0 N ĵ c) 40,0 N î + 14,0 N ĵ
d) 8,0 N î + 2,8 N ĵ e) 80,0 N î + 28,0 N ĵ
(EFOMM – 2019)
Na figura (a) é apresentada uma mola de constante K, que tem presa em sua extremidade um bloco
de massa M. Esse sistema oscila em uma superfície lisa sem atrito com amplitude A, e a mola se
encontra relaxada no ponto 0. Em um certo instante, quando a massa M se encontra na posição A,
um bloco de massa m e velocidade v se choca com ela, permanecendo grudadas (figura (b)).
Determine a nova amplitude de oscilação A’ do sistema massa-mola.
m 2 v2 mv2 (M+m)v2
a) A’ = √(m+M)K + A2 b) A’ = √ + A2 c) A’ = √ + A2
K K
(M+m)
d) A’ = √ v e) A’ = A
K
(EFOMM – 2019)
Duas pessoas - A e B - de massas mA e mB, estão sobre uma jangada de massa M, em um lago.
Inicialmente, todos esses três elementos (jangada e pessoas) estão em repouso em relação à água.
Suponha um plano coordenado XY paralelo à superfície do lago e considere que, em determinado
momento, A e B passam a se deslocar com velocidades (em relação à água) de módulos VA e VB,
nas direções, respectivamente, dos eixos perpendiculares x e y daquele plano coordenado. A
velocidade relativa entre a pessoa A e a jangada tem módulo:
1 1
A) M √(mA VA )2 + (mB VB )2 B) M √(mA + M)2 VA2 + (mB VB )2
1 1
C) M+ m √(mA VA )2 + (mB VB )2 D) M+ m √(mA VA )2 + (mB VB )2
A A
mA
E) M(m √(mA VA )2 + (mB VB )2
A + mB )
(EFOMM – 2017)
Dois móveis P e T com massas de 15,0 kg e 13,0 kg, respectivamente, movem-se em sentidos opostos
com velocidades VP = 5,0 m/s e VT = 3,0 m/s, até sofrerem uma colisão unidimensional,
(EFOMM – 2016)
Uma balsa de 2,00 toneladas de massa, inicialmente em repouso, transporta os carros A e B, de
massas 800 kg e 900 kg, respectivamente. Partindo do repouso e distantes 200 m inicialmente, os
carros aceleram, um em direção ao outro, até alcançarem uma velocidade constante de 20,0 m/s
em relação à balsa. Se as acelerações são aA = 7,00 m/s2 e aB = 5,00 m/s2, relativamente à balsa, a
velocidade da balsa em relação ao meio líquido, em m/s, imediatamente antes dos veículos
colidirem, é de
(EFOMM – 2015)
Uma partícula viaja com velocidade constante de módulo v no sentido positivo do eixo x, enquanto
outra partícula idêntica viaja com velocidade constante de módulo 2v no sentido positivo do eixo y.
Ao passarem pela origem, as partículas colidem e passam a mover-se juntas, como uma única
partícula composta. Sobre o módulo da velocidade da partícula composta e o ângulo que ela faz
com o eixo x, pode-se afirmar que são, respectivamente,
a) 3v, 45o b) 3v, 63o c) v√3, 45o
d) v√5, 45o e) v√5, 63o
(EFOMM – 2013 - ADAPTADA)
A bola A (mA 4,0 kg) se move em uma superfície plana e horizontal com velocidade de módulo 3,0
m/s, estando as bolas B (mB 3,0 kg) e C (mC 1,0 kg) inicialmente em repouso. Após colidir com
a bola B, a bola A sofre um desvio de 30o em sua trajetória, conforme figura abaixo. Já a bola B sofre
nova colisão, agora frontal, com a bola C, ambas prosseguindo juntas com velocidade de módulo v.
Considerando a superfície sem atrito, a velocidade v, em m/s, vale
(EFOMM – 2012)
Uma bola, de massa 0,20 kg e velocidade v
⃗⃗ de módulo igual a 5,0 m/s, é atingida por um taco e sofre
um desvio de 90o em sua trajetória. O módulo de sua velocidade não se altera, conforme indica a
figura, sabendo que a colisão ocorre num intervalo de tempo de 20 milissegundos, o módulo, em
newtons, da força média entre o taco e a bola, é:
Um jogador de futebol chuta uma bola de massa 1,0kg vinda com velocidade de 10m/s da direção
AB e a arremessa na direção BC com velocidade de 30m/s, conforme a figura acima. Sabendo que
as direções AB e BC são perpendiculares e o tempo de contato do pé com a bola é de 10-2s, qual é
a intensidade, em newtons, da força aplicada na bola pelo jogador?
a) 4059 b) 3162 c) 2059 d) 1542 e) 1005
(EFOMM – 2010)
Observe a figura a seguir.
Dois blocos deslizam sobre uma superfície horizontal com atrito desprezível. Inicialmente, o bloco
de massa 𝑚1 = 1,0𝑘𝑔 tem velocidade 𝑣1 = 4,0𝑚/𝑠 e o bloco de massa 𝑚2 = 2,0𝑘𝑔 tem velocidade
𝑣2 = 1,0𝑚/𝑠, conforme indica a figura acima. Após um curto intervalo de tempo, os dois blocos
colidirão, dissipando a máxima energia mecânica possível, que é, em joules,
29 25 21 17 14
a) b) c) d) e)
3 3 3 3 3
(EFOMM – 2007)
Um purificador de óleo de bordo que possui um disco giratório de diâmetro 62 cm gira a 7200 rpm.
A quantidade de movimento (em kg.m/s) tangencial imposta a uma partícula sólida de impureza de
massa 1,5 g, posicionada a 1 cm da borda do disco é, aproximadamente,
a) 0,11 b) 0,23 c) 0,34 d) 0,45 e) 0,56
(EFOMM – 2006)
Certa embarcação mercante tem 33000 toneladas de porte bruto (massa da embarcação); quando
seu sistema propulsor, de potência 8750 HP, aplica força de 3.000.000 N na rotação máxima de
serviço (118 rpm), a quantidade de movimento da embarcação, em kg.m/s é, aproximadamente
(dado 1 HP = 746 watts)
a) 3,6 x 107 b) 4,7 x 107 c) 5,8 x 107
d) 7,2 x 107 e) 8,9 x 107
(ITA – 1990)
Um projétil de massa 𝑚 e velocidade 𝑣 atingo um objeto do massa 𝑀, inicialmente Imóvel. O projétil
atravessa o corpo de massa 𝑀 e sai dele com velocidade 𝑣/2. O corpo que foi atingido desliza por
uma superfície som atrito, subindo uma rampa até a altura ℎ. Nestas condiçóos podemos afirmar
que a velocidade inicial do projétil ora de:
2𝑀 𝑀 𝑀
a) 𝑣 = √2𝑔ℎ b) 𝑣 = 2√2 𝑚 𝑔ℎ c) 𝑣 = 2√𝑚 𝑔ℎ
𝑚
d) 𝑣 = √8𝑔ℎ e) 𝑣 = 2√𝑔ℎ
(ITA – 1991)
Segundo um observador acoplado a um referencial inercial duas partículas de massa 𝑚𝐴 e 𝑚𝐵
possuem velocidades 𝑣⃗𝐴 e 𝑣⃗𝐵 , respectivamente. Qual a quantidade de movimento 𝑝⃗𝐴 que um
observador preso ao centro de massa do sistema mede para a partícula 𝐴?
𝑚 ⋅𝑚
a) 𝑝⃗𝐴 = 𝑚𝐴 𝑣⃗𝐴 b) 𝑝⃗𝐴 = 𝑚𝐴 (𝑣⃗𝐴 − 𝑣⃗𝐵 ) c) 𝑝⃗𝐴 = (𝑚 𝐴+𝑚𝐵 ) 𝑣⃗𝐴
𝐴 𝐵
𝑚𝐴 ⋅𝑚𝐵
d) 𝑝⃗𝐴 = (𝑚 ) (𝑣⃗𝐴 − 𝑣⃗𝐵 ) e) Nenhuma das anteriores.
𝐴 +𝑚𝐵
(ITA – 1991)
Um pêndulo simples de comprimento 𝑙 e massa 𝑚 é posto a oscilar. Cada vez que o pêndulo passa
pela posição de equilíbrio atua sobre ele, durante um pequeno intervalo de tempo 𝑡, uma força 𝐹.
Esta força é constantemente ajustada para, a cada passagem, ter mesma direção e sentido que a
velocidade de 𝑚. Quantas oscilações completas são necessárias para que o pêndulo forme um
ângulo reto com a direção vertical de equilíbrio?
𝑚√𝑔𝑙 𝑚𝑔𝑙√2 𝑚√2𝑔𝑙
a) 𝑛 = b) 𝑛 = c) 𝑛 =
2𝐹𝑡 2𝐹𝑡 2𝐹𝑡
𝑚𝑔𝑙
d) 𝑛 = +1 e) Nenhuma das anteriores.
𝐹𝑡
(ITA – 1992)
Um objeto de massa 𝑀 é deixado cair de uma altura ℎ. Ao final do 1° segundo de queda o objeto é
atingido horizontalmente por um projétil de massa 𝑚 e velocidade 𝑣, que nele se aloja. Calcule o
desvio 𝑥 que o objeto sofre ao atingir o solo, em relação ao alvo pretendido.
𝑚
a) √2ℎ /𝑔 ⋅ (𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑣 b) √2ℎ /𝑔 ⋅ 𝑀+𝑚 ⋅ 𝑣
𝑚 𝑀+𝑚
c) (√2ℎ /𝑔 − 1) ⋅ 𝑀+𝑚 ⋅ 𝑣 d) (√2ℎ /𝑔 − 1) ⋅ ⋅𝑣
𝑀
e) (1 − √2ℎ /𝑔) ⋅ (𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑣
(ITA – 1995)
Todo caçador ao atirar com um rifle, mantém a arma firmemente apertada contra o ombro evitando
assim o “coice” da mesma. Considere que a massa do atirador é 95,0 𝑘𝑔. A massa do rifle é 5,00 𝑘𝑔,
e a massa do projétil é 15,0 𝑔 o qual é disparada a uma velocidade de 3,00 ⋅ 104 𝑐𝑚/𝑠. Nestas
condição, a velocidade de recuo do rifle (𝑣𝑟 ) quando se segura muito frouxamente a arma e a
velocidade de recuo do atirador (𝑣𝑎 ) quando ele mantém a arma firmemente apoiada no ombro
serão respectivamente:
a) 0,90 𝑚/𝑠; 4,7 ⋅ 102 𝑚/𝑠 b) 90,0 𝑚/𝑠; 4,7 𝑚/𝑠 c) 90,0 𝑚/𝑠; 4,5 𝑚/𝑠
d) 0,90 𝑚/𝑠; 4,5 ⋅ 10−2 𝑚/𝑠 e) 0,10 𝑚/𝑠; 1,5 ⋅ 10−2 𝑚/𝑠
(ITA – 1996)
Um avião a jato se encontra na cabeceira da pista com a sua turbina ligada e com os freios acionados,
que o impedem de se movimentar. Quando o piloto aciona a máxima potência, o ar é expelido a
uma razão de 100 𝑘𝑔 por segundo, a uma velocidade de 600 𝑚/𝑠 em relação ao avião. Nessas
condições:
a) a força transmitida pelo ar expelido ao avião é nula, pois um corpo não pode exercer força sobre
si mesmo.
b) as rodas do avião devem suportar uma força horizontal igual a 60 𝑘𝑁.
c) se a massa do avião é de 7 ⋅ 103 𝑘𝑔 o coeficiente de atrito mínimo entre as rodas e o piso deve
ser de 0,2.
d) não é possível calcular a força sobre o avião com os dados fornecidos.
e) nenhuma das afirmativas acima é verdadeira.
(ITA – 2000)
Uma sonda espacial de 1000 𝑘𝑔, vista de um sistema de referência inercial, encontra-se em repouso
no espaço. Num determinado instante, seu propulsor é ligado e, durante o intervalo de tempo de 5
segundos, os gases são ejetados a uma velocidade constante, em relaçào à sonda, de 5000 𝑚/𝑠. No
final desse processo, com a sonda movendo-se a 20 𝑚/𝑠, a massa aproximada de gases ejetados é
a) 0,8 𝑘𝑔
b) 4 𝑘𝑔
c) 5 𝑘𝑔
d) 20 𝑘𝑔
e) 25 𝑘𝑔
(ITA – 2004)
Atualmente, vários laboratórios. utilizando várias feixes de laser, são capazes de resfriar gases a
temperaturas muito próximas do zero absoluto, obtendo moléculas e átomos ultrafrios. Considere
três átomos ultrafrios de massa 𝑀, que se aproximam com velocidades desprezíveis. Da colisão
tripla resultante, observada de um referencial situado no centro de massa do sistema, forma-se uma
molécula diatômica com liberação de certa quantidade de energia 𝐵. Obtenha a velocidade final do
átomo remanescente em função de 𝐵 e 𝑀.
(ITA – 2005)
Um vagão-caçamba de massa 𝑀 se desprende da locomotiva e corre sobre trilhos horizontais com
velocidade constante 𝑣 = 72,0 𝑘𝑚/ℎ (portanto, sem resistência de qualquer espécie ao
movimento). Em dado instante, a caçamba é preenchida com uma carga de grãos de massa igual a
4𝑀, despejada verticalmente a partir do repouso de uma altura de 6,00𝑚 (veja figura).
Supondo que toda a energia liberada no processo seja integralmente convertida em calor para o
aquecimento exclusivo dos grãos, então, a quantidade de calor por unidade de massa recebido pelos
grãos é
a) 15 𝐽/𝑘𝑔.
b) 80 𝐽/𝑘𝑔.
c) 100 𝐽/𝑘𝑔.
d) 463 𝐽/𝑘g.
e) 578 𝐽/𝑘𝑔.
(ITA – 2005)
Dois corpos esféricos de massa 𝑀 e 5𝑀 e raios 𝑅 e 2𝑅, respectivamente, são liberados no espaço
livre. Considerando que a única força interveniente seja a da atração gravitadonal mútua, e que seja
de 12𝑅 a distância de separação inicial entre os centros dos corpos, então, o espaço percorrido pelo
corpo menor até a colisão será de
a) 1,5𝑅.
b) 2,5𝑅.
c) 4,5𝑅.
d) 7,5𝑅.
e) 10,0𝑅.
(ITA – 2006)
Animado com velocidade inicial 𝑣0 , o objeto 𝑋, de massa 𝑚, desliza sobre um piso horizontal ao
longo de uma distância 𝑑, ao fim da qual colide com o objeto 𝑌, de mesma massa, que se encontra
inicialmente parado na beira de uma escada de altura ℎ.
Com o choque, o objeto 𝑌 atinge o solo no ponto 𝑃. Chamando 𝜇𝑘 o coeficiente de atrito cinético
entre o objeto 𝑋 e o piso, 𝑔 a aceleração da gravidade e desprezando a resistência do ar, assinale a
expressão que dá a distância 𝑑.
1 𝑠2 𝑔
a) 𝑑 = 2𝜇 (𝑣02 − )
𝑘 𝑔 2ℎ
−1 𝑠2 𝑔
b) 𝑑 = 2𝜇 (𝑣02 − )
𝑘 𝑔 2ℎ
−𝑣 𝑔
c) 𝑑 = 2𝜇 0𝑔 (𝑣0 − 𝑠√2ℎ)
𝑘
1 𝑠2 𝑔
d) 𝑑 = (2𝑣02 − )
2𝜇𝑘 𝑔 2ℎ
−𝑣0 𝑔
e) 𝑑 = 𝜇 (𝑣0 − 𝑠√2ℎ)
𝑘 𝑔
(ITA – 2007)
Uma bala de massa 𝑚 e velocidade 𝑣0 é disparada contra um bloco de massa 𝑀, que inicialmente
se encontra em repouso na borda de um poste de altura ℎ, conforme mostra a figura.
A bala aloja-se no bloco que, devido ao impacto, cai no solo. Sendo 𝑔 a aceleração da gravidade, e
não havendo atrito e nem resistência de qualquer outra natureza, o módulo da velocidade com que
o conjunto atinge o solo vale
𝑚𝑣 2
a) √(𝑚+𝑀
0
) + 2𝑔ℎ
2𝑔ℎ𝑚2
b) √𝑣02 + (𝑚+𝑀)2
2𝑚𝑔ℎ
c) √𝑣02 + 𝑀
d) √𝑣02 + 2𝑔ℎ
𝑚𝑣 2
e) √𝑚+𝑀
0
+ 2𝑔ℎ
(ITA – 2008)
Num dos pratos de uma balança que se encontra em equilíbrio estático, uma mosca de massa 𝑚
está em repouso no fundo de um frasco de massa 𝑀. Mostrar em que condições a mosca poderá
voar dentro do frasco sem que o equilíbrio seja afetado.
(ITA – 2012)
100 cápsulas com água, cada uma de massa 𝑚 = 1,0 𝑔, são disparadas à velocidade de 10,0 𝑚/𝑠
perpendicularmente a uma placa vertical com a qual colidem inelasticamente. Sendo as cápsulas
enfileiradas com espaçamento de 1,0 𝑐𝑚, determine a força média exercida pelas mesmas sobre a
placa.
(ITA – 2013)
Uma rampa maciça de 120 𝑘𝑔 inicialmente em repouso, apoiada sobre um piso horizontal, tem sua
declividade dada por 𝑡𝑔(𝜃) = 3/4. Um corpo de 80 𝑘𝑔 desliza nessa rampa a partir do repouso,
nela percorrendo 15 𝑚 até alcançar o piso. No final desse percurso, e desconsiderando qualquer
tipo de atrito, a velocidade da rança em relação ao piso é de aproximadamente
a) 1 m/s. b) 3 m/s. c) 5 m/s. d) 2 m/s. e) 4 m/s.
(ITA – 2014)
Um disco rígido de massa 𝑀 e centro 𝑂 pode oscilar sem atrito num plano vertical em torno de uma
articulação 𝑃. O disco é atingido por um projétil de massa 𝑚 ≪ 𝑀 que se move horizontalmente
com velocidade 𝑣 no plano do disco. Após a colisão, o projétil se incrusta no disco e o conjunto gira
em torno de 𝑃 até o ângulo 𝜃. Nestas condições, afirmam-se:
(ITA – 2015)
Uma chapa metálica homogênea quadrada de 100 𝑐𝑚2 de área, situada no plano 𝑥𝑦 de um sistema
de referência, com um dos lados no eixo 𝑥, tem o vértice inferior esquerdo na origem. Dela, retira-
(ITA – 2016)
Na ausência da gravidade e no vácuo, encontram-se três esferas condutoras alinhadas, 𝐴, 𝐵 e 𝐶, de
mesmo raio e de massas respectivamente iguais a 𝑚, 𝑚 e 2𝑚. Inicialmente 𝐵 e 𝐶 encontram-se
descarregadas e em repouso, e a esfera 𝐴, com carga elétrica 𝑄, é lançaria contra a intermediária 𝐵
com uma certa velocidade 𝑣. Supondo que todos movimentos ocorram ao longo de uma mesma
reta, que as massas sejam grandes o suficiente para se desprezar as forças coulombianas e ainda
que todas as colisões sejam elásticas, determine a carga elétrica de cada esfera após todas as
colisões possíveis.
(IME – 2009)
(IME – 2009)
Dois corpos 𝐴 e 𝐵 encontram-se sobre um plano horizontal sem atrito. Um observador inercial O
está na origem do eixo 𝑥. Os corpos 𝐴 e 𝐵 sofrem colisão frontal perfeitamente elástica, sendo que,
inicialmente, o corpo A tem velocidade 𝑣𝐴 = 2 𝑚/𝑠 (na direção 𝑥 com sentido positivo) e o coipo 𝐵
está parado na posição 𝑥 = 2 𝑚. Considere um outro observador inercial 𝑂′ que no instante da
colisão tem a sua posição coincidente com a do observador 𝑂. Se a velocidade relativa de 𝑂′ em
relação a 𝑂 é 𝑣0′ = 2 𝑚/𝑠 (na direção 𝑥 com sentido positivo), determine em relação a 𝑂
a) as velocidades dos corpos 𝐴 e 𝐵 após a colisào;
b) a posição do corpo 𝐴 dois segundos após a colisào.
Dados:
• massa de A = 100 𝑔;
• massa de B = 200 𝑔.
(IME – 2010)
Um soldado em pé sobre um lago congelado (sem atrito) atira horizontalmente com uma bazuca. A
massa total do soldado e da bazuca é 100 kg e a massa do projétil é 1 kg. Considerando que a bazuca
seja uma máquina térmica com rendimento de 5% e que o calor fornecido a ela no instante do
disparo é 100 kJ, a velocidade de recuo do soldado é, em m/s,
a) 0,1 b) 0,5 c) 1,0 d) 10.0 e) 100,0
9) 3 m/s 30) C
11) B 32) D
12) D 33) A
13) A 34) A
14) C 35) A
15) B 36) D
16) B 37) A
17) B 38) D
18) A 39) C
19) B 40) E
20) B 41) B
21) A 42) B
43) B
44) B 4𝐵
59) √3𝑀
45) S/A
60) C
46) A
61) D
47) D
62) A
48) B
63) A
49) B
64) Ver comentários
50) C
65) 10 N
51) D
66) C
52) A
67) E
53) D
68) B
54) C
3𝑄 3𝑄 𝑄
69) 𝑄𝐴′ = , 𝑄𝐵′ = , 𝑄𝐶′ =
55) C 8 8 4
70) D
56) D
8 2 10
57) B 71) a) − 3 𝑚/𝑠 e − 3 𝑚/𝑠 b) − 𝑚
3
58) B 72) C
Comentários:
⃗⃗
𝑑𝑄
Temos que 𝐹⃗𝑅 = , ou seja, a força resultante é dada pela variação da quantidade de movimento
𝑑𝑡
Δ𝑄 ⃗⃗
com o tempo. Para encontrarmos a intensidade média da 𝐹⃗𝑅 devemos fazer 𝐹⃗𝑅 = Δ𝑡 .
Assim:
|−20 − 80|
|𝐹⃗𝑅 | = = 10 𝑁
10
Gabarito: 10 N
Comentários:
𝑄0 = 𝑄𝑓 ⇒ 𝑚1 𝑣1 + 𝑚2 𝑣2 = 𝑚𝑓 𝑣𝑓
⇒ 10 ∙ 𝑣 + 990 ∙ 0 = 1000 ∙ 2
⇒ 𝑣 = 200 𝑚/𝑠
Comentários:
A mudança de velocidade da água tende a jogar a mangueira para trás, a fim de conservar a
quantidade de movimento. Assim, a força horizontal exercida pelo jardineiro está relacionada com o
impulso que causa a variação da quantidade de movimento do sistema.
𝐼 = 𝑚 ∙ 𝑣𝑆 − 𝑚 ∙ 𝑣𝐸
⇒ 𝐼 = 1,75
𝐹 = 1,75 𝑁
b) A força de reação da parede também está associada ao impulso que faz a água parar, variando a
quantidade de movimento.
𝐼 = 0 − 𝑚 ∙ 𝑣𝐸 ⇒ 𝐼 = −2,0
Comentários:
𝑣𝑦 2 = 2 ∙ 𝑔 ∙ ∆𝑆 ⇒ 𝑣𝑦 = 10 𝑚/𝑠
𝑣𝑦 = 𝑎𝑡 ⇒ 𝑡 = 1𝑠
𝑆 = 𝑣𝐵 𝑡 ⇒ 𝑣𝐵 = 10 𝑚/𝑠
𝑄0 = 𝑄𝑓 ⇒ 𝑚𝐵 𝑣𝐵 + 𝑚𝐶 𝑣𝐶 = (𝑚𝐵 + 𝑚𝐶 )𝑣𝐹
20
⇒ 5 ∙ 10 + 10 ∙ 5 = 15 ∙ 𝑣𝐹 ⇒ 𝑣𝐹 = 𝑚/𝑠
3
Um garoto de massa m está num pequeno barco, de massa 𝑀, que se encontra em repouso em um
lago de águas paradas. Em um determinado momento ele anda com velocidade 𝑣 de um extremo
do barco ao outro. Desprezando os efeitos dissipativos.
a) Qual será a velocidade do barco em relação à margem?
b) Se o barco fosse transformado num navio, qual seria a velocidade do navio?
Comentários:
𝑚
→ 0 ⇒ 𝑣′ → 0
𝑀
𝒎
Gabarito: a) 𝒗𝒃 = − 𝑴 𝒗 b) 𝒗𝑵 ≅ 𝟎
Comentários:
a) A quantidade de movimento é uma grandeza vetorial. Pelo teorema do Impulso, sabemos que o impulso
da força resultante é a variação da quantidade de movimento:
⃗⃗⃗⃗⃗𝑓 − ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐼⃗ = 𝑄 𝑄0
𝐼 = 5 𝑁𝑠
𝐼 = 𝐹 ∙ ∆𝑡 ∴ 𝐹 = 50 𝑁
Gabarito: a) 𝟓 𝑵 ⋅ 𝒔 b) 𝟓𝟎 𝑵
Comentários:
A explosão ocorre no ponto mais alto da trajetória do projétil e os fragmentos são lançados
horizontalmente. Isso nos diz que a velocidade inicial em y dos fragmentos é nula. O que nos leva a
importante conclusão de que o tempo de queda dos fragmentos será igual ao tempo de subida do projétil.
O fragmento que é lançado para trás com velocidade de mesmo módulo que possuía o projétil
imediatamente antes de explodir percorrerá 100 m de distância horizontal, haja visto o tempo de queda
já discutido.
𝑄0 = 𝑄𝑓 ⇒ 2𝑚𝑣 = −𝑚𝑣 + 𝑚𝑣 ′ ∴ 𝑣 ′ = 3𝑣
Assim temos que o segundo fragmento percorrerá uma distância horizontal de 300m antes de cair
no chão, pois seu tempo de queda é o mesmo e sua velocidade é 3 vezes maior.
Portanto, tendo um fragmento percorrido 100 m para trás e o outro 300 para frente, a distância
em que cairão os fragmentos será de 400 m.
Gabarito: 400 m
Comentários:
Impulso é dado por 𝐼 = ∫ 𝐹𝑑𝑡, portanto, pode ser calculado como a área sob o gráfico F por t.
Gabarito: 𝟓 𝑵 ∙ 𝒔
Comentários:
Observe que o sistema trabalha unicamente com a aplicação de forças internas, logo, a quantidade
de movimento do sistema se conserva:
Gabarito: 𝒗 = 𝟑 𝒎⁄𝒔
Comentários:
𝐼𝑅 = ∆𝑄
𝐹 ∙ ∆𝑡 = 𝑄𝑓 − 𝑄0 = 𝑚(𝑣𝑓 − 𝑣𝑜 )
45 ∙ ∆𝑡 = 0,45(4 − 2)
∆𝑡 = 0,2 𝑠
Gabarito: 𝟎, 𝟐 𝒔
(AFA – 2018)
Um corpo M de dimensões desprezíveis e massa 10 kg movimentando-se em uma dimensão,
⃗⃗ , vai sucessivamente colidindo inelasticamente com N partículas m,
inicialmente com velocidade 𝑉
todas de mesma massa 1 kg, e com velocidades de módulo 𝑣 = 20 𝑚/𝑠, que também se
movimentam em uma dimensão de acordo com a Figura 1, a seguir.
O gráfico que representa a velocidade final do conjunto 𝑉𝑓 após cada colisão em função do número
de partículas N é apresentado na Figura 2, a seguir.
Comentários:
𝑀𝑉 − 𝑁0 𝑚𝑣 = 0
10𝑉 = 𝑁0 . 1.20
𝑉
𝑁0 =
2
Além disso, pelo gráfico, quando N=10, temos 𝑣𝑓 = 40𝑚/𝑠. Pela conservação de momento linear:
𝑀𝑉 − 𝑁𝑚𝑣 = (𝑀 + 𝑁𝑚)𝑣𝑓
𝑉 = 100𝑚/𝑠
Logo
𝑁0 = 50
Gabarito: B
(AFA – 2012)
De acordo com a figura abaixo, a partícula 𝐴, ao ser abandonada de uma altura 𝐻, desce a rampa
sem atritos ou resistência do ar até sofrer uma colisão, perfeitamente elástica, com a partícula 𝐵
que possui o dobro da massa de 𝐴 e que se encontra inicialmente em repouso. Após essa colisão, 𝐵
entra em movimento e 𝐴 retorna, subindo a rampa e atingindo uma altura igual a
𝐻 𝐻 𝐻
a)𝐻 b) 2 c) 3 d) 9
Comentários:
𝑚𝑎 𝑣𝑎 = 𝑚𝑏 𝑣𝑏′ − 𝑚𝑎 𝑣𝑎′
𝑣𝑏′ + 𝑣𝑎′
1= → 𝑣𝑏 ′ = 𝑣𝑎 − 𝑣𝑎 ′
𝑣𝑎
Logo:
𝑣𝑎 (𝑚𝑏 − 𝑚𝑎 ) 𝑣𝑎
𝑣𝑎′ = =
𝑚𝑏 + 𝑚 𝑎 3
Dessa forma:
√2𝑔𝐻
√2𝑔𝐻 ′ =
3
𝐻
𝐻′ =
9
Gabarito: D
(AFA – 2011)
Analise as afirmativas abaixo sobre impulso e quantidade de movimento.
I - Considere dois corpos 𝐴 𝑒 𝐵 deslocando-se com quantidades de movimento constantes e iguais.
Se a massa de 𝐴 for o dobro de 𝐵, então, o módulo da velocidade de 𝐴 será metade do de 𝐵.
II - A força de atrito sempre exerce impulso sobre os corpos em que atua.
III - A quantidade de movimento de uma luminária fixa no teto de um trem é nula para um
passageiro, que permanece em seu lugar durante todo o trajeto, mas não o é para uma pessoa na
plataforma que vê o trem passar.
IV - Se um jovem que está afundando na areia movediça de um pântano puxar seus cabelos para
cima, ele se salvará.
São corretas:
a) apenas I e III. b) apenas I, II e III.
c) apenas III e IV. d) todas as afirmativas.
Comentários:
III. Correta. Na física clássica tudo depende da velocidade relativa, que é zero para o passageiro.
IV. Incorreta. Como não existe força externa para cima, ele continuará afundando.
Gabarito: A
(AFA – 2010)
O bloco da Figura 1 entra em movimento sob ação de uma força resultante de módulo 𝐹 que pode
atuar de três formas diferentes, conforme os diagramas da Figura 2.
Com relação aos módulos das velocidades 𝑣1 , 𝑣2 e 𝑣3 atingidas pelo bloco no instante 𝑡 = 2 𝑠, nas
três situações descritas, pode-se afirmar que
a) 𝑣1 > 𝑣2 > 𝑣3 b) 𝑣2 > 𝑣3 > 𝑣1
c) 𝑣3 < 𝑣1 < 𝑣2 d) 𝑣2 < 𝑣3 < 𝑣1
Comentários:
O impulso vale a área do gráfico e é igual à variação da quantidade de movimento. Logo, quanto
maior a área, maior a velocidade adquirida, dessa forma:
𝑣2 > 𝑣1 > 𝑣3
Gabarito: C
(AFA – 2007)
Três esferas idênticas estão suspensas por fios ideais conforme a figura. Se a esfera 𝐴 for deslocada
da posição inicial e solta, ela atingirá uma velocidade 𝑣 e colidirá frontalmente com as outras duas
esferas estacionadas. Considerando o choque entre as esferas perfeitamente elástico, pode-se
afirmar que as velocidades 𝑣𝐴 , 𝑣𝐵 e 𝑣𝐶 de 𝐴, 𝐵 e 𝐶, imediatamente após as colisões, serão
a) 𝑣𝐴 = 𝑣𝐵 = 𝑣𝐶 = 𝑣 b) 𝑣𝐴 = 𝑣𝐵 = 0 𝑒 𝑣𝐶 = 𝑣
𝑣 𝑣
c) 𝑣𝐴 = 0 𝑣𝐵 = 𝑣𝐶 = 2 d) 𝑣𝐴 = 𝑣𝐵 = 𝑣𝐶 = 3
Comentários:
Conhecemos esse brinquedo né gente? Sabemos que todas as esferas param com exceção da
última. Mas vamos à prova:
(𝑣𝑏′ − 𝑣𝑎′ )
1= → 𝑣𝑏′ = 𝑣𝑎′ + 𝑣𝑎
𝑣𝑎
𝑣𝑏′′ = 0
𝑣𝑐′′ = 𝑣𝑎
Gabarito: B
(AFA – 2006)
Uma partícula de massa m é lançada obliquamente com velocidade v0 próxima à superfície
terrestre, conforme indica a figura abaixo. A quantidade de movimento adquirida pela partícula no
ponto Q, de altura máxima, é
v0 2
a) 𝑚𝑣0 b) 𝑚√v0 2 − 2gh c) 𝑚√2gh d) 𝑚√ − gh
2
Comentários:
𝑚𝑣02 𝑚𝑣 2
= 𝑚𝑔ℎ + → 𝑣 = √𝑣02 − 2𝑔ℎ
2 2
𝑚𝑣 = 𝑚√𝑣02 − 2𝑔ℎ
Gabarito: B
(AFA – 2005)
Um atirador utiliza alvos móveis. Em um treinamento, deixa cair um bloco de massa M, a partir de
uma altura h. Ao final do primeiro segundo de queda, o bloco é atingido horizontalmente por uma
bala de massa m e velocidade v. A bala se aloja no bloco e observa-se um desvio horizontal x na sua
trajetória em relação ao ponto que tocaria o chão, caso não houvesse acontecido a colisão. O valor
de x é dado por
2h 1 m 2h 1 m
a) ( g )2 ((M+m))v b) (( g )2 − 1) ((M+m))v
2h 1 (M+m) 2h 1
c) (( g )2 − 1) ( )v d) ( g )2 (M + m)v
m
Comentários:
2ℎ
O bloco demora √ 𝑔 𝑠 para tocar o chão.
A velocidade horizontal do bloco após colisão pode ser determinada por conservação da
quantidade de movimento:
𝑚𝑣
𝑚𝑣 = (𝑚 + 𝑀)𝑣 ′ → 𝑣 ′ =
𝑀+𝑚
Logo:
2ℎ
(√ 𝑔 − 1) 𝑚𝑣
2ℎ
Δ𝑥 = (√ − 1) 𝑣 ′ =
𝑔 𝑀+𝑚
Gabarito: B
(AFA – 2005)
Um lavador de carros segura uma mangueira do modo que aparece na figura abaixo:
Qual a força necessária para manter o bico da mangueira estacionário na horizontal, sabendo que a
vazão da água é de 0,60 kg/s, com a velocidade de saída na mangueira de 25 m/s?
a) 15,0 N b) 10,0 N c) 20,0 N d) 5,0 N
Comentários:
Δ𝑝 Δm
𝐹= = 𝑣 = 0,6.25 = 15𝑁
Δt Δt
Gabarito: A
(AFA – 2004)
Um foguete cuja massa vale 6 toneladas é colocado em posição vertical para lançamento. Se a
velocidade de escape dos gases vale 1 𝑘𝑚/𝑠, a quantidade de gases expelida por segundo, a fim de
proporcionar o empuxo necessário para dar ao foguete uma aceleração inicial para cima igual a
20 𝑚/𝑠 2 é
a) 180 kg b) 120 kg c) 100 kg d) 80 kg
Comentários:
0 = (𝑚 − Δ𝑚)Δ𝑣 − Δm𝑣𝑔á𝑠
Δ𝑣 vgás Δ𝑚 Δ𝑚 𝑚𝑎 6000 ⋅ 20
=a= → = = = 120𝑘𝑔/𝑠
Δt 𝑚 Δ𝑡 Δ𝑡 𝑣𝑔á𝑠 1000
Gabarito: B
(AFA – 2004)
Num circo, um homem-bala, de massa 60 kg, é disparado por um canhão com a velocidade de 25
m/s, sob um ângulo de 370 com a horizontal. Sua parceira, cuja massa é 40 kg, está numa plataforma
localizada no topo da trajetória. Ao passar pela plataforma, o homem-bala e a parceira se reúnem
e vão cair numa rede de segurança, na mesma altura que o canhão. Veja figura abaixo. Desprezando
a resistência do ar e considerando sen 37o = 0,6 e cos 37𝑜 = 0,8, pode-se afirmar que o alcance
A atingido pelo homem é
a) 60 m b) 48 m c) 36 m d) 24 m
Comentários:
𝑚1 ⋅ 𝑉0 cos 𝜃 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑣 ′
𝑣 ′ = 12 𝑚/𝑠
𝑉0 sin 37°
𝑡= = 1,5𝑠
𝑔
𝐴 = 𝑉0 cos 𝜃 𝑡 + 𝑣 ′ 𝑡 = 48 𝑚
Gabarito: B
(AFA – 2004)
Um aquário, com um peixe, está equilibrado no prato de uma balança. Num certo instante, o peixe
nada em direção à superfície. É correto afirmar que
a) a leitura da balança aumenta.
b) a leitura da balança diminui.
c) não há alteração na leitura da balança.
d) o enunciado é inconclusivo
Comentários:
Quando o peixe começa a nadar para cima, no momento inicial, existe aceleração e mudança da
quantidade de movimento, que é para cima, originando uma força para baixo no aquário por ação e
reação.
Gabarito: A
(AFA – 2003)
Dois carrinhos 𝐴 e 𝐵, de massa 2 kg cada, movem-se sobre trilhos retilíneos horizontais e sem atrito.
Eles se chocam e passam a se mover grudados. O gráfico representa a posição de cada carrinho em
função do tempo, até o instante da colisão.
Comentários:
𝑚𝐴 𝑣𝐴 + 𝑚𝐵 𝑣𝐵 = (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 )𝑣
10 30
2 ⋅ (− )+2⋅( )= 4⋅𝑣
10 10
𝑣 = 1𝑚/𝑠
(AFA – 2003)
Um projétil de chumbo (𝑐 = 120 𝐽/𝑘𝑔. ℃) se movimenta horizontalmente com velocidade de 100
m/s e colide com uma parede ficando nela alojado. Durante o choque, 60% da energia cinética se
transforma em calor e 80% desse calor é absorvido pelo projétil. A temperatura correspondente ao
ponto de fusão do chumbo é 327 ℃ e o projétil se encontra inicialmente à temperatura de 25 ℃.
Nessas condições, pode-se afirmar que o projétil
a) se funde, pois o calor que ele absorve é mais que o necessário para ele atingir 327 ℃.
b) não se funde, pois sua temperatura não varia.
c) não se funde, mas sua temperatura atinge 327 ℃.
d) não se funde, pois sua temperatura aumenta apenas 20 ℃.
Comentários:
𝑚𝑣 2
Δ𝐸 = = 5000𝑚
2
O calor absorvido vale:
Gabarito: D
(AFA – 2002)
Uma bola abandonada de uma altura 𝐻, no vácuo, chega ao solo e atinge, agora, altura máxima ℎ.
A razão entre a velocidade com que a bola chega ao solo e aquela com que ela deixa o solo é
1 3
𝐻 2 𝐻 𝐻 2 𝐻 2
a) (ℎ ) b) ℎ c) (ℎ ) d) ( ℎ )
Comentários:
𝑣1 = √2𝑔𝐻
𝑣2 = √2𝑔ℎ
𝐻
√
ℎ
Gabarito: A
(AFA – 2002)
Uma partícula de massa 𝑚 e velocidade 𝑣, colide com outra de massa 3m inicialmente em repouso.
Após a colisão elas permanecem juntas, movendo-se com velocidade 𝑉. Então, pode-se afirmar que
a) V = v. b) 2V = v. c) 3V = v. d) 4V = v.
Comentários:
𝑚𝑣 = (𝑚 + 3𝑚)𝑉 → 𝑣 = 4𝑉
Gabarito: D
(AFA – 2002)
O motor de um avião a jato que se desloca a 900 km/h, expele por segundo 200 kg de gases
provenientes da combustão. Sabendo-se que estes produtos da combustão são expelidos pela
retarguarda, com velocidade de 1800 km/h em relação ao avião, pode-se afirmar que a potência
liberada pelo motor vale
a) 1,00.105 W. b) 2,50.107 W. c) 3,70.107 W. d) 3,24.1O8 W.
Comentários:
Δ𝑚 1800
𝐹= 𝑣𝑔á𝑠 = 200 ⋅ = 100𝑘𝑁
Δt 3,6
900
𝑃 = 𝐹𝑣𝑎𝑣𝑖ã𝑜 = 100 ⋅ = 25𝑀𝑊
3,6
Gabarito: B
(AFA – 2000)
Assinale a alternativa correta.
a) As forças de ação e reação são duas forças sempre iguais.
b) O peso de um corpo é uma grandeza física que é igual a intensidade da força de reação do apoio.
c) A condição necessária e suficiente para um corpo permanecer em repouso é que a somatória de
forças sobre ele seja zero.
d) Um canhão dispara um projétil para a direita e sofre um recuo para a esquerda. A variação da
quantidade de movimento do sistema é nula.
Comentários:
A. Incorreta. As forças de ação e reação tem módulos iguais, mas sentidos opostos.
B. Incorreta. A reação de apoio pode envolver outras forças que não a peso.
C. Incorreta. Se a força resultante é zero o corpo está ou em repouso ou em movimento retilíneo uniforme.
D. Correta. Como não existem forças externas existe conservação da quantidade de movimento
Gabarito: D
(AFA – 2000)
Comentários:
Gabarito: A
(AFA – 2000)
Uma bola de borracha é lançada verticalmente para baixo com energia cinética 𝐾1 , a partir de uma
altura h. Após colidir elasticamente com o solo, a bola desloca-se para cima atingindo um ponto cuja
altura é 25% maior que a da posição inicial. Considere 𝐾2 a energia cinética da bola imediatamente
antes de chocar-se com o solo e calcule a razão 𝐾1 /𝐾2 . Despreze a resistência do ar.
a) 0,25 b) 0,20 c) 0,75 d) 1,25
Comentários:
𝐾1 1
𝐾2 = 1,25𝑚𝑔ℎ ∴ =
𝐾2 5
Gabarito: B
(AFA – 2000)
Dois carrinhos A e B de massas 𝑚𝐴 = 8 𝑘𝑔 e 𝑚𝐵 = 12 𝑘𝑔 movem-se com velocidade 𝑣0 = 9 m/s,
ligados por um fio ideal, conforme a figura. Entre eles existe uma mola comprimida, de massa
desprezível. Num dado instante, o fio se rompe e o carrinho A é impulsionado para a frente (sentido
positivo do eixo 𝑥), ficando com velocidade de 30 m/s. A energia potencial inicialmente armazenada
na mola, em joules, era de
Comentários:
(𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 )𝑣0 = 𝑚𝑏 𝑣𝐵 + 𝑚𝐴 𝑣𝐴
20 ⋅ 9 = 12𝑣𝐵 + 8 ⋅ 30
𝑣𝐵 = −5𝑚/𝑠
(AFA – 2000)
Duas esferas A e B, de massas respectivamente iguais a 4 kg e 2 kg, percorrem a mesma trajetória
retilínea, apoiadas num plano horizontal, com velocidades de 10 m/s e 8 m/s, respectivamente,
conforme a figura. Após a ocorrência de um choque frontal entre elas, as esferas movem-se
separadamente e a energia dissipada na colisão vale 162 J. Os módulos das velocidades de A e de B,
após a colisão, em m/s, valem, respectivamente,
a) 8 e 6 b) 2 e 7 c) 1 e 8 d) 1 e 10
Comentários:
𝑚𝐴 𝑣𝐴 + 𝑚𝐵 𝑣𝐵 = 𝑚𝐴 𝑣𝐴′ + 𝑚𝐵 𝑣𝐵′
4 ⋅ 10 − 2 ⋅ 8 = 4𝑣𝐴′ + 2𝑣𝐵′
𝑣𝐵′ = 12 − 2𝑣𝐴′
6𝑣𝐴′2 − 48𝑣𝐴′ + 42 = 0
2
𝑣𝐴′ − 8𝑣𝐴′ − 7 = 0 → 𝑣𝐴′ = 1 𝑜𝑢 7𝑚/𝑠
Logo:
𝑣𝐵′ = 10 𝑜𝑢 − 2𝑚/𝑠
Gabarito: D
(AFA – 1999)
Uma série de n projéteis, de 10 gramas cada um, é disparada com velocidade v = 503 m/s sobre
um bloco amortecedor, de massa M = 15 kg, que os absorve integralmente. Imediatamente após,
o bloco desliza sobre um plano horizontal com velocidade V = 3 m/s. Qual o valor de n?
a) 4 b) 6 c) 7 d) 9
Comentários:
𝑀𝑉
𝑛𝑚𝑣 = (𝑀 + 𝑛𝑚)𝑉 → 𝑛𝑚𝑣 − 𝑛𝑚𝑉 = 𝑀𝑉 → 𝑛 =
𝑚(𝑣 − 𝑉)
15 ⋅ 3
𝑛= =9
0,01 ⋅ 500
Gabarito: D
(AFA – 1999)
Um pósitron é uma micropartícula que possui massa de repouso igual à do elétron e carga idêntica,
mas positiva. Suponha, por hipótese, que durante a atração entre um pósitron e um elétron a
velocidade das partículas é da ordem de 36000 km/h e obedece às leis clássicas. Considerando a
massa do elétron e do pósitron igual a 9 ⋅ 10−31 kg, podemos afirmar que a quantidade de
movimento do sistema imediatamente antes da recombinação, é
a) zero b) 9x10−27 kgm/s
c) 18x10−27 kgm/s d) 35x10−27 kgm/s
Comentários:
Quando as partículas estão se aproximando, elas possuem velocidades iguais, mas sentidos
contrárias e mesma massa. Logo, a quantidade de movimento do sistema é de:
𝑄 = 𝑚𝑣 − 𝑚𝑣 = 0
Gabarito: A
(EN – 2018)
Analise as afirmativas abaixo, que se referem às grandezas impulso e quantidade de movimento.
I- Se uma partícula está submetida a uma força resultante constante, a direção da quantidade de
movimento da partícula pode mudar.
II- Se uma partícula está se movendo em círculo com módulo da velocidade constante 𝑣, a
intensidade da taxa de variação da quantidade de movimento no tempo é proporcional a 𝑣 2 .
III- Com o gráfico do módulo da força resultante que atua sobre uma partícula em função da posição
𝑥, pode-se obter o módulo do impulso sobre a partícula, calculando-se a área entre a curva e o eixo
𝑥.
∆J ⃗
IV- Se ⃗J representa o impulso de uma determinada força, então ∆𝑡 representa a variação da força.
Assinale a opção correta.
f) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.
g) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras.
h) Apenas as afirmativas III e IV são verdadeiras.
i) Apenas as afirmativas I, II e IV são verdadeiras.
j) Apenas as afirmativas II, III e IV são verdadeiras.
Comentários:
I. Correta. No caso do MCU, por exemplo, o vetor quantidade de movimento muda de direção.
Δ𝑝 𝑚𝑣 2
II. Correta. 𝐹 = =
Δ𝑡 𝑅
𝑑𝐽 ⃗Δ𝐽 ⃗
IV. Incorreta. 𝐹⃗ = 𝑑𝑡 = Δ𝑡 para F constante. Logo tal razão é igual à própria força e não sua variação.
Gabarito: A
(EN – 2012)
Um bloco A, de massa mA = 1,0 kg, colide frontalmente com outro bloco, B, de massa mB =
3,0 kg, que se encontrava inicialmente em repouso. Para que os blocos sigam grudados com
velocidade 2,0 m/s, a energia total dissipada durante a colisão, em joules, deve ser
a) 24 b) 32 c) 36 d) 48 e) 64
Comentários:
𝑚𝐴 𝑣𝐴 = (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 )𝑣
𝑣𝐴 = 4 ⋅ 2 = 8 𝑚/𝑠
𝑚𝐴 𝑣𝐴2 (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 )𝑣 2 82 22
− = − 4 ⋅ = 24𝐽
2 2 2 2
Gabarito: A
(EN – 2011)
A esfera de massa mo tem o módulo da sua velocidade reduzida a
zero na colisão frontal e inelástica (ou parcialmente elástica) com a
esfera de massa m = 2mo . Por sua vez, a esfera de massa m
encontra-se inicialmente em repouso na posição A, suspensa por um
fio inextensível e de massa desprezível. Após a colisão, percorre a
trajetória circular ABCD de raio igual ao comprimento L do fio.
Despreze o atrito no pivô O e a resistência do ar. Para que a esfera de
massa m percorra a trajetória circular, o valor mínimo do módulo da
velocidade ⃗⃗⃗⃗⃗
V0 , antes da colisão, é Dado: g é a aceleração da
gravidade.
a) √gL b) √5gL c) √10gL d) 2 √5gL e) 2√10gL
Comentários:
A velocidade mínima para o lançamento ocorre quando a tração do fio no ponto máximo é nula:
2
𝑚 𝑣𝑡𝑜𝑝𝑜
𝑁 = 0 → 𝑚𝑔 = → 𝑣𝑡𝑜𝑝𝑜 = √𝑔𝐿
𝐿
Por conservação de energia mecânica:
2 2
𝑚𝑣𝑐ℎã𝑜 𝑚𝑣𝑡𝑜𝑝𝑜
= + 2𝑚𝑔𝐿
2 2
𝑣𝑐ℎã𝑜 = √5𝑔𝐿
𝑚0 𝑣0 = 2𝑚0 𝑣𝑐ℎã𝑜
𝑣0 = 2√5𝑔𝐿
Gabarito: D
(EN – 2010)
Fixada ao bloco 1, a mola ideal de constante elástica K exerce sobre este uma força Fx responsável
por acelerá-lo do repouso (x = − A) até o choque perfeitamente elástico com o bloco 2, em
repouso. O choque ocorre em x = 0, coordenada na qual Fx se anula. Imediatamente após a
colisão, os blocos se afastam com velocidades iguais em módulo e o sistema mola-bloco 1 inicia um
movimento harmônico simples com amplitude de oscilação igual a A/2. Despreze os atritos. A razão
entre as massas m1 /m2 dos blocos vale
a) 1/ 3 b) 2/ 3 c) 1 d) 3/ 2 e) 3
Comentários:
𝑘𝐴2 𝑚1 𝑣 2 𝑘𝐴2
= →𝑣=√
2 2 𝑚1
𝐴 2
𝑘 (2 ) 𝑚1 𝑣 ′2 𝑘𝐴2 𝑣
= → 𝑣′ = √ =
2 2 4𝑚1 2
(EN – 2009)
O centro de massa de um sistema de duas partículas se desloca no espaço com uma aceleração
constante a⃗⃗ = 4,0Î + 3,0ĵ (m/ s2 ). Num dado instante t, o centro de massa desse sistema está
sobre a reta y=5,0m com uma velocidade ⃗V⃗ = 4,0î (m/ s) , sendo que uma das partículas está sobre
a origem e a outra, que possui massa de 1,5kg, encontra-se na posição r⃗ = 3,0î + 8,0ĵ (m) . Quanto
valem, respectivamente, o módulo da quantidade de movimento do sistema no instante t, e o
módulo da resultante das forças externas que atuam no sistema?
A) 7, 6 kgm/ s e 10N B) 7, 6 kgm/ s e 12N C) 9, 6 kgm/ s e 20N
D) 9, 6 kgm/ s e 12N E) 11, 6 kgm/ s e 10N
Comentários:
𝑚1 𝑦1 + 𝑚2 𝑦2 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑦
𝑚1 = 0,9 𝑘𝑔
Como o módulo da aceleração vale 5m/s podemos calcular o momento linear e a força resultante
no sistema:
Gabarito: D
(EN – 2013)
Uma granada, que estava inicialmente com velocidade nula, explode, partindo-se em três pedaços.
O primeiro pedaço, de massa M1 = 0,20 kg, é projetado com uma velocidade de módulo igual a
10 m/s. O segundo pedaço, de massa M2 = 0,10 kg, é projetado em uma direção perpendicular à
direção do primeiro pedaço, com uma velocidade de módulo igual a 15 m/s. Sabendo-se que o
módulo da velocidade do terceiro pedaço é igual a 5,0 m/s, a massa da granada, em kg, vale
a) 0,30 b) 0,60 c) 0,80 d) 1,0 e) 1,2
Comentários:
𝑀1 𝑉1
𝑀1 𝑉1 + 𝑀3 𝑉𝑥 = 0 → 𝑉𝑥 =
𝑀3
No eixo y:
𝑀2 𝑉2
𝑀2 𝑉2 + 𝑀3 𝑉𝑦 = 0 → 𝑉𝑦 =
𝑀3
𝑀 = 0,8 𝑘𝑔
Gabarito: C
(EFOMM – 2020)
Um jogador de futebol cobra uma falta frontal e acerta o canto superior esquerdo da baliza,
marcando o gol do título. Suponha que a bola, com massa de 400 g, tenha seguido uma trajetória
parabólica e levado 1,0 s para atingir a meta. Se a falta foi cobrada a 20 m de distância da linha de
fundo e a bola atingiu o gol à altura de 2,0 m, qual é o vetor força média que o jogador imprimiu à
bola durante o chute? Considere que o tempo de interação entre o pé do jogador e a bola foi de 0,1
s e que não há resistência do ar. Considere ainda g = 10 m/s2 e os vetores unitários î e ĵ ao longo
das direções horizontal e vertical, respectivamente.
a) 20,0 N î - 7,0 N ĵ b) 80,0 N î - 12,0 N ĵ c) 40,0 N î + 14,0 N ĵ
d) 8,0 N î + 2,8 N ĵ e) 80,0 N î + 28,0 N ĵ
Comentários:
𝑔𝑡 2
𝑦 = 𝑉0 sin 𝜃 𝑡 −
2
2 = 𝑉0 sin 𝜃 ⋅ 1 − 5 → 𝑉0 sin 𝜃 = 7
𝑥 = 𝑉0 𝑐𝑜𝑠𝜃𝑡
20 = 𝑉0 𝑐𝑜𝑠𝜃 ⋅ 1 → 𝑉0 cos 𝜃 = 20
𝐹⃗ = 80𝑖 + 28𝑗
Gabarito: E
(EFOMM – 2019)
Na figura (a) é apresentada uma mola de constante K, que tem presa em sua extremidade um bloco
de massa M. Esse sistema oscila em uma superfície lisa sem atrito com amplitude A, e a mola se
encontra relaxada no ponto 0. Em um certo instante, quando a massa M se encontra na posição A,
um bloco de massa m e velocidade v se choca com ela, permanecendo grudadas (figura (b)).
Determine a nova amplitude de oscilação A’ do sistema massa-mola.
m 2 v2 mv2 (M+m)v2
a) A’ = √(m+M)K + A2 b) A’ = √ + A2 c) A’ = √ + A2
K K
(M+m)
d) A’ = √ v e) A’ = A
K
Comentários:
𝑚𝑣 = (𝑀 + 𝑚)𝑣 ′
𝑚
𝑣′ = ( )𝑣
𝑀+𝑚
𝑚𝑣 2 (𝑀 + 𝑚)𝑣 ′2 𝑚𝑣 2 𝑚 𝑚𝑀 𝑣 2
− = (1 − )=
2 2 2 𝑀+𝑚 (𝑀 + 𝑚) 2
Logo:
𝑘𝐴 ⋅ 𝐴 𝑚𝑣 2 𝑚𝑀𝑣 2 𝑘𝐴′2
+ − =
2 2 2(𝑀 + 𝑚) 2
𝑘𝐴2 𝑚2 𝑣 2 𝑘𝐴′2
− =
2 2(𝑀 + 𝑚) 2
′
𝑚2 𝑣 2
𝐴 = √𝐴2 +
𝑘(𝑀 + 𝑚)
Gabarito: B
(EFOMM – 2019)
Duas pessoas - A e B - de massas mA e mB, estão sobre uma jangada de massa M, em um lago.
Inicialmente, todos esses três elementos (jangada e pessoas) estão em repouso em relação à água.
Suponha um plano coordenado XY paralelo à superfície do lago e considere que, em determinado
momento, A e B passam a se deslocar com velocidades (em relação à água) de módulos VA e VB,
nas direções, respectivamente, dos eixos perpendiculares x e y daquele plano coordenado. A
velocidade relativa entre a pessoa A e a jangada tem módulo:
1 1
A) M √(mA VA )2 + (mB VB )2 B) M √(mA + M)2 VA2 + (mB VB )2
1 1
C) M+ m √(mA VA )2 + (mB VB )2 D) M+ m √(mA VA )2 + (mB VB )2
A A
mA
E) M(m √(mA VA )2 + (mB VB )2
A + mB )
Comentários:
No eixo X temos:
𝑚𝐴 𝑉𝐴
𝑚𝐴 𝑉𝐴 + 𝑀𝑉𝑥 = 0 → 𝑉𝑥 = −
𝑀
No eixo Y temos:
𝑚𝐵 𝑉𝐵
𝑚𝐵 𝑉𝐵 + 𝑀𝑉𝑦 = 0 → 𝑉𝑦 = −
𝑀
1
𝑉𝐴−𝐽 = √(𝑉𝐴 − 𝑉𝑥 )2 + 𝑉𝑦2 = √𝑉 2 (𝑀 + 𝑚𝑎 )2 + (𝑚𝐵 𝑉𝐵 )2
𝑀 𝐴
Gabarito: B
(EFOMM – 2017)
Dois móveis P e T com massas de 15,0 kg e 13,0 kg, respectivamente, movem-se em sentidos opostos
com velocidades VP = 5,0 m/s e VT = 3,0 m/s, até sofrerem uma colisão unidimensional,
parcialmente elástica de coeficiente de restituição e = 3/4. Determine a intensidade de suas
velocidades após o choque.
a) VT = 5 m/s e VP = 3,0 m/s
b) VT = 4,5 m/s e VP = 1,5 m/s
c) VT = 3,0 m/s e VP = 1,5 m/s
d) VT = 1,5 m/s e VP = 4,5 m/s
e) VT = 1,5 m/s e VP = 3,0 m/s
Comentários:
𝑚𝑃 𝑣𝑃 + 𝑚 𝑇 𝑣𝑇 = 𝑚𝑃 𝑣𝑃′ + 𝑚 𝑇 𝑣𝑇′
15 ⋅ 5 − 13 ⋅ 3 = 15 ⋅ 𝑣𝑃′ + 13 ⋅ 𝑣𝑇′ = 36
3 𝑣𝑇′ − 𝑣𝑃′
= → 𝑣𝑇′ = 6 + 𝑣𝑃′
4 5+3
15𝑣𝑃′ + 78 + 13𝑣𝑃′ = 36
𝑣𝑇′ = 4,5𝑚/𝑠
Gabarito: B
(EFOMM – 2016)
Uma balsa de 2,00 toneladas de massa, inicialmente em repouso, transporta os carros A e B, de
massas 800 kg e 900 kg, respectivamente. Partindo do repouso e distantes 200 m inicialmente, os
carros aceleram, um em direção ao outro, até alcançarem uma velocidade constante de 20,0 m/s
em relação à balsa. Se as acelerações são aA = 7,00 m/s2 e aB = 5,00 m/s2, relativamente à balsa, a
velocidade da balsa em relação ao meio líquido, em m/s, imediatamente antes dos veículos
colidirem, é de
Comentários:
𝑚𝐴 (𝑣𝐴 + 𝑣) + 𝑚𝐵 (𝑣𝐴 + 𝑣) + 𝑀𝑣 = 0
𝑣 = 0,54 𝑚/𝑠
Gabarito: B
(EFOMM – 2015)
Uma partícula viaja com velocidade constante de módulo v no sentido positivo do eixo x, enquanto
outra partícula idêntica viaja com velocidade constante de módulo 2v no sentido positivo do eixo y.
Ao passarem pela origem, as partículas colidem e passam a mover-se juntas, como uma única
partícula composta. Sobre o módulo da velocidade da partícula composta e o ângulo que ela faz
com o eixo x, pode-se afirmar que são, respectivamente,
a) 3v, 45o b) 3v, 63o c) v√3, 45o
d) v√5, 45o e) v√5, 63o
Comentários:
𝑣√5
𝑉 = √𝑉𝑥2 + 𝑉𝑦2 =
2
𝑉𝑦
𝜃 = arctan ( ) = arctan(2) = 63°
𝑉𝑥
Gabarito: S/A
Comentários:
No eixo X:
3𝑣𝐵′ 4√3 ′
12 = 2√3𝑣𝐴′ + → 𝑣𝐵′ = 8 − 𝑣
2 3 𝐴
No eixo Y:
3𝑣𝐵 √3 3√3
2𝑣𝐴′ = → 2𝑣𝐴 = 12√3 − 6𝑣𝐴′ → 𝑣𝐴′ = 𝑚/𝑠
2 2
𝑣𝐵′ = 2𝑚/𝑠
Na segunda colisão:
𝑚𝐵 𝑣𝐵 = (𝑚𝐵 + 𝑚𝐶 )𝑣
6 = 4𝑣 → 𝑣 = 1,5 𝑚/𝑠
Gabarito: A
(EFOMM – 2012)
Uma bola, de massa 0,20 kg e velocidade v
⃗⃗ de módulo igual a 5,0 m/s, é atingida por um taco e sofre
um desvio de 90o em sua trajetória. O módulo de sua velocidade não se altera, conforme indica a
figura, sabendo que a colisão ocorre num intervalo de tempo de 20 milissegundos, o módulo, em
newtons, da força média entre o taco e a bola, é:
Comentários:
𝐼 = 𝐹Δ𝑡 = 𝑚𝑣√2
5√2
𝐹 = 0,2 ⋅ = 50√2𝑁
0,02
Gabarito: D
(EFOMM – 2011)
Observe a figura a seguir.
Um jogador de futebol chuta uma bola de massa 1,0kg vinda com velocidade de 10m/s da direção
AB e a arremessa na direção BC com velocidade de 30m/s, conforme a figura acima. Sabendo que
as direções AB e BC são perpendiculares e o tempo de contato do pé com a bola é de 10-2s, qual é
a intensidade, em newtons, da força aplicada na bola pelo jogador?
a) 4059 b) 3162 c) 2059 d) 1542 e) 1005
Comentários:
A variação da velocidade é:
Logo:
𝐹Δ𝑡 = 𝑚Δ𝑣
10√10
𝐹 = 1⋅ = 3162𝑁
0,01
Gabarito: B
(EFOMM – 2010)
Observe a figura a seguir.
Dois blocos deslizam sobre uma superfície horizontal com atrito desprezível. Inicialmente, o bloco
de massa 𝑚1 = 1,0𝑘𝑔 tem velocidade 𝑣1 = 4,0𝑚/𝑠 e o bloco de massa 𝑚2 = 2,0𝑘𝑔 tem velocidade
𝑣2 = 1,0𝑚/𝑠, conforme indica a figura acima. Após um curto intervalo de tempo, os dois blocos
colidirão, dissipando a máxima energia mecânica possível, que é, em joules,
29 25 21 17 14
a) b) c) d) e)
3 3 3 3 3
Comentários:
Logo:
𝑚1 𝑣1 + 𝑚2 𝑣2 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑣
2
1 ⋅ 4 + 2 ⋅ (−1) = 3𝑣 → 𝑣 = 𝑚/𝑠
3
A variação da energia mecânica vale:
2 2
𝑚1 𝑣12 𝑚2 𝑣22 (𝑚1 + 𝑚2 )𝑣 2 2
4 1 2 (3)
2 25
Δ𝐸 = + − =1⋅ +2⋅ −3⋅ = 8+1− = 𝐽
2 2 2 2 2 2 3 3
Gabarito: B
(EFOMM – 2007)
Um purificador de óleo de bordo que possui um disco giratório de diâmetro 62 cm gira a 7200 rpm.
A quantidade de movimento (em kg.m/s) tangencial imposta a uma partícula sólida de impureza de
massa 1,5 g, posicionada a 1 cm da borda do disco é, aproximadamente,
a) 0,11 b) 0,23 c) 0,34 d) 0,45 e) 0,56
Comentários:
7200
𝑝 = 𝑚𝑣 = 𝑚𝑤𝑅 = 2𝜋𝑚𝑓𝑅 = 2 ⋅ 3,14 ⋅ 1,5 ⋅ 10−3 ⋅ ⋅ 30 = 0,34 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠
60
Gabarito: C
(EFOMM – 2006)
Certa embarcação mercante tem 33000 toneladas de porte bruto (massa da embarcação); quando
seu sistema propulsor, de potência 8750 HP, aplica força de 3.000.000 N na rotação máxima de
serviço (118 rpm), a quantidade de movimento da embarcação, em kg.m/s é, aproximadamente
(dado 1 HP = 746 watts)
a) 3,6 x 107 b) 4,7 x 107 c) 5,8 x 107
d) 7,2 x 107 e) 8,9 x 107
Comentários:
Gabarito: D
(ITA – 1990)
Um projétil de massa 𝑚 e velocidade 𝑣 atingo um objeto do massa 𝑀, inicialmente Imóvel. O projétil
atravessa o corpo de massa 𝑀 e sai dele com velocidade 𝑣/2. O corpo que foi atingido desliza por
uma superfície som atrito, subindo uma rampa até a altura ℎ. Nestas condiçóos podemos afirmar
que a velocidade inicial do projétil ora de:
2𝑀 𝑀 𝑀
a) 𝑣 = √2𝑔ℎ b) 𝑣 = 2√2 𝑚 𝑔ℎ c) 𝑣 = 2√𝑚 𝑔ℎ
𝑚
d) 𝑣 = √8𝑔ℎ e) 𝑣 = 2√𝑔ℎ
Comentários:
𝑚⋅𝜗2
= 𝑚⋅𝑔⋅ℎ
2
A partir de (i) e (ii), chegamos que:
2𝑀
𝑣 = ⋅ √2 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ
𝑚
Gabarito: A
(ITA – 1991)
Segundo um observador acoplado a um referencial inercial duas partículas de massa 𝑚𝐴 e 𝑚𝐵
possuem velocidades 𝑣⃗𝐴 e 𝑣⃗𝐵 , respectivamente. Qual a quantidade de movimento 𝑝⃗𝐴 que um
observador preso ao centro de massa do sistema mede para a partícula 𝐴?
𝑚 ⋅𝑚
a) 𝑝⃗𝐴 = 𝑚𝐴 𝑣⃗𝐴 b) 𝑝⃗𝐴 = 𝑚𝐴 (𝑣⃗𝐴 − 𝑣⃗𝐵 ) c) 𝑝⃗𝐴 = (𝑚 𝐴+𝑚𝐵 ) 𝑣⃗𝐴
𝐴 𝐵
𝑚𝐴 ⋅𝑚𝐵
d) 𝑝⃗𝐴 = (𝑚 ) (𝑣⃗𝐴 − 𝑣⃗𝐵 ) e) Nenhuma das anteriores.
𝐴 +𝑚𝐵
Comentários:
𝑚𝐴 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣𝐴 + 𝑚𝐵 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣𝐵
𝑣𝑐𝑚 =
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑚𝐴 + 𝑚𝐵
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣𝐴` = ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣𝐴 − ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣𝑐𝑚
Portanto:
Gabarito: D
(ITA – 1991)
Um pêndulo simples de comprimento 𝑙 e massa 𝑚 é posto a oscilar. Cada vez que o pêndulo passa
pela posição de equilíbrio atua sobre ele, durante um pequeno intervalo de tempo 𝑡, uma força 𝐹.
Esta força é constantemente ajustada para, a cada passagem, ter mesma direção e sentido que a
velocidade de 𝑚. Quantas oscilações completas são necessárias para que o pêndulo forme um
ângulo reto com a direção vertical de equilíbrio?
𝑚√𝑔𝑙 𝑚𝑔𝑙√2 𝑚√2𝑔𝑙
a) 𝑛 = b) 𝑛 = c) 𝑛 =
2𝐹𝑡 2𝐹𝑡 2𝐹𝑡
𝑚𝑔𝑙
d) 𝑛 = +1 e) Nenhuma das anteriores.
𝐹𝑡
Comentários:
A cada vez que o pêndulo passa pela posição de equilíbrio, ele sofre um impulso da força F que
altera sua velocidade:
𝐼 = 𝐹 ∙ 𝑡 = 𝑚 ∙ ∆𝑣
E a cada oscilação completa, o pêndulo passa duas vezes pela posição de equilíbrio. Assim
podemos escrever sua velocidade em função do número de oscilações completas n que o pêndulo
descreveu:
2∙𝑛∙𝐹∙𝑡
𝑣=
𝑚
Para que faça um ângulo de 90°, sua velocidade no ponto de equilíbrio deve ser igual a:
𝑚𝑣 2
= 𝑚𝑔𝑙 ⇒ 𝑣 = √2𝑔𝑙
2
Igualando as equações, temos:
𝑚√2𝑔𝑙
𝑛=
2𝐹𝑡
Gabarito: C
(ITA – 1992)
Um objeto de massa 𝑀 é deixado cair de uma altura ℎ. Ao final do 1° segundo de queda o objeto é
atingido horizontalmente por um projétil de massa 𝑚 e velocidade 𝑣, que nele se aloja. Calcule o
desvio 𝑥 que o objeto sofre ao atingir o solo, em relação ao alvo pretendido.
𝑚
a) √2ℎ /𝑔 ⋅ (𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑣 b) √2ℎ /𝑔 ⋅ 𝑀+𝑚 ⋅ 𝑣
𝑚 𝑀+𝑚
c) (√2ℎ /𝑔 − 1) ⋅ 𝑀+𝑚 ⋅ 𝑣 d) (√2ℎ /𝑔 − 1) ⋅ ⋅𝑣
𝑀
e) (1 − √2ℎ /𝑔) ⋅ (𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑣
Comentários:
𝜗𝑦 = 𝑔𝑡 = 10 𝑚/𝑠
Como a colisão não altera a velocidade em y, temos que o tempo de queda é mantido, e se
contássemos o tempo para cair, dado que já se passou 1 segundo, teríamos que:
2ℎ
𝑡 = √ −1
𝑔
𝑚⋅𝑣
𝑚 ⋅ 𝑣 = (𝑀 + 𝑚)𝑣 ′ ⇒ 𝑣 ′ =
(𝑀 + 𝑚)
Δ𝑥 = 𝑣 ′ ⋅ 𝑡
𝑚⋅𝑣 2ℎ
Δ𝑥 = [√ − 1]
(𝑀 + 𝑚) 𝑔
Gabarito: C
(ITA – 1995)
Todo caçador ao atirar com um rifle, mantém a arma firmemente apertada contra o ombro evitando
assim o “coice” da mesma. Considere que a massa do atirador é 95,0 𝑘𝑔. A massa do rifle é 5,00 𝑘𝑔,
e a massa do projétil é 15,0 𝑔 o qual é disparada a uma velocidade de 3,00 ⋅ 104 𝑐𝑚/𝑠. Nestas
condição, a velocidade de recuo do rifle (𝑣𝑟 ) quando se segura muito frouxamente a arma e a
velocidade de recuo do atirador (𝑣𝑎 ) quando ele mantém a arma firmemente apoiada no ombro
serão respectivamente:
a) 0,90 𝑚/𝑠; 4,7 ⋅ 102 𝑚/𝑠 b) 90,0 𝑚/𝑠; 4,7 𝑚/𝑠 c) 90,0 𝑚/𝑠; 4,5 𝑚/𝑠
d) 0,90 𝑚/𝑠; 4,5 ⋅ 10−2 𝑚/𝑠 e) 0,10 𝑚/𝑠; 1,5 ⋅ 10−2 𝑚/𝑠
Comentários:
𝑚𝑟 ⋅ 𝑣𝑟 = 𝑚𝑝𝑟𝑜𝑗 ⋅ 𝑣𝑝𝑟𝑜𝑗
Gabarito: D
(ITA – 1996)
Um avião a jato se encontra na cabeceira da pista com a sua turbina ligada e com os freios acionados,
que o impedem de se movimentar. Quando o piloto aciona a máxima potência, o ar é expelido a
uma razão de 100 𝑘𝑔 por segundo, a uma velocidade de 600 𝑚/𝑠 em relação ao avião. Nessas
condições:
a) a força transmitida pelo ar expelido ao avião é nula, pois um corpo não pode exercer força sobre
si mesmo.
b) as rodas do avião devem suportar uma força horizontal igual a 60 𝑘𝑁.
c) se a massa do avião é de 7 ⋅ 103 𝑘𝑔 o coeficiente de atrito mínimo entre as rodas e o piso deve
ser de 0,2.
d) não é possível calcular a força sobre o avião com os dados fornecidos.
e) nenhuma das afirmativas acima é verdadeira.
Comentários:
𝑑𝑚
𝐹𝑅 = ∙𝑣 +𝑚∙𝑎
𝑑𝑡 𝑟𝑒𝑙
Como a aceleração é nula, temos que a forca gerada pela turbina é igual a:
Para que o avião não se movimente, as rodas devem suportar uma força de atrito com módulo
igual à forca da turbina. Assim temos que a letra B é a correta.
Gabarito: B
(ITA – 2000)
Uma sonda espacial de 1000 𝑘𝑔, vista de um sistema de referência inercial, encontra-se em repouso
no espaço. Num determinado instante, seu propulsor é ligado e, durante o intervalo de tempo de 5
segundos, os gases são ejetados a uma velocidade constante, em relaçào à sonda, de 5000 𝑚/𝑠. No
final desse processo, com a sonda movendo-se a 20 𝑚/𝑠, a massa aproximada de gases ejetados é
a) 0,8 𝑘𝑔
b) 4 𝑘𝑔
c) 5 𝑘𝑔
d) 20 𝑘𝑔
e) 25 𝑘𝑔
Comentários:
𝑀 ⋅ 𝑣(𝑡) = 𝑚(𝑡)[5000]
𝑀 ⋅ 20 = 𝑚 ⋅ [5000]
𝑚 = 4 𝑘𝑔
Gabarito: B
(ITA – 2004)
Atualmente, vários laboratórios. utilizando várias feixes de laser, são capazes de resfriar gases a
temperaturas muito próximas do zero absoluto, obtendo moléculas e átomos ultrafrios. Considere
três átomos ultrafrios de massa 𝑀, que se aproximam com velocidades desprezíveis. Da colisão
tripla resultante, observada de um referencial situado no centro de massa do sistema, forma-se uma
molécula diatômica com liberação de certa quantidade de energia 𝐵. Obtenha a velocidade final do
átomo remanescente em função de 𝐵 e 𝑀.
Comentários:
𝑣
2𝑀 ⋅ 𝑣⃗ ′ + 𝑀 ⋅ 𝑣⃗ = ⃗0⃗ ⇒ 𝑣 ′ =
2
A energia cinética do sistema formado pela molécula diatômica e pelo átomo é de:
1 1
𝐵 = 2𝑀 ⋅ 𝑣 ′2 + 𝑀𝑣 2
2 2
𝑣 2 1 4𝐵
𝐵 = 𝑀 ⋅ ( ) + 𝑀𝑣 2 ∴ 𝑣 = √
2 2 3𝑀
𝟒𝑩
Gabarito: √𝟑𝑴
(ITA – 2005)
Um vagão-caçamba de massa 𝑀 se desprende da locomotiva e corre sobre trilhos horizontais com
velocidade constante 𝑣 = 72,0 𝑘𝑚/ℎ (portanto, sem resistência de qualquer espécie ao
movimento). Em dado instante, a caçamba é preenchida com uma carga de grãos de massa igual a
4𝑀, despejada verticalmente a partir do repouso de uma altura de 6,00𝑚 (veja figura).
Supondo que toda a energia liberada no processo seja integralmente convertida em calor para o
aquecimento exclusivo dos grãos, então, a quantidade de calor por unidade de massa recebido pelos
grãos é
a) 15 𝐽/𝑘𝑔.
b) 80 𝐽/𝑘𝑔.
c) 100 𝐽/𝑘𝑔.
d) 463 𝐽/𝑘g.
e) 578 𝐽/𝑘𝑔.
Comentários:
𝑄0 = 𝑄𝑓 ⇒ 𝑀𝑣 = 5𝑀𝑣 ′
𝑘𝑚 20𝑚
Passando a velocidade inicial do carrinho para 𝑚/𝑠,𝑣 = 72 = , temos:
ℎ 𝑠
𝑣 ′ = 4 𝑚/𝑠
𝑀𝑣 2
𝐸0 = 4𝑀𝑔ℎ +
2
A energia final do sistema é dada por:
5𝑀𝑣′2
𝐸𝑓 =
2
A energia liberada é dada pela diferença entre a energia final e a inicial:
𝑄
= 100 𝐽/𝑘𝑔
4𝑀
Gabarito: C
(ITA – 2005)
Dois corpos esféricos de massa 𝑀 e 5𝑀 e raios 𝑅 e 2𝑅, respectivamente, são liberados no espaço
livre. Considerando que a única força interveniente seja a da atração gravitadonal mútua, e que seja
de 12𝑅 a distância de separação inicial entre os centros dos corpos, então, o espaço percorrido pelo
corpo menor até a colisão será de
a) 1,5𝑅.
b) 2,5𝑅.
c) 4,5𝑅.
d) 7,5𝑅.
e) 10,0𝑅.
Comentários:
Como todas as forças que agem no sistema constituído pelos corpos são internas, sabemos que a
posição do centro de massa não varia. Portanto:
𝑋𝐶𝑀𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑋𝐶𝑀𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
𝑑 = 7,5𝑅
Gabarito: D
(ITA – 2006)
Animado com velocidade inicial 𝑣0 , o objeto 𝑋, de massa 𝑚, desliza sobre um piso horizontal ao
longo de uma distância 𝑑, ao fim da qual colide com o objeto 𝑌, de mesma massa, que se encontra
inicialmente parado na beira de uma escada de altura ℎ.
Com o choque, o objeto 𝑌 atinge o solo no ponto 𝑃. Chamando 𝜇𝑘 o coeficiente de atrito cinético
entre o objeto 𝑋 e o piso, 𝑔 a aceleração da gravidade e desprezando a resistência do ar, assinale a
expressão que dá a distância 𝑑.
1 𝑠2 𝑔
a) 𝑑 = 2𝜇 (𝑣02 − )
𝑘 𝑔 2ℎ
−1 𝑠2 𝑔
b) 𝑑 = 2𝜇 (𝑣02 − )
𝑘 𝑔 2ℎ
−𝑣 𝑔
c) 𝑑 = 2𝜇 0𝑔 (𝑣0 − 𝑠√2ℎ)
𝑘
1 𝑠2 𝑔
d) 𝑑 = 2𝜇 (2𝑣02 − )
𝑘 𝑔 2ℎ
−𝑣0 𝑔
e) 𝑑 = 𝜇 (𝑣0 − 𝑠√2ℎ)
𝑘𝑔
Comentários:
2ℎ
𝑡𝑞𝑢𝑒𝑑𝑎 = √
𝑔
𝑠 𝑔
𝑣= =𝑠⋅√
𝑡𝑞𝑢𝑒𝑑𝑎 2ℎ
1 2
𝑠2 ⋅ 𝑔
𝑑= (𝑣 − )
2 ⋅ 𝜇𝑘 ⋅ 𝑔 0 2ℎ
Gabarito: A
(ITA – 2007)
Uma bala de massa 𝑚 e velocidade 𝑣0 é disparada contra um bloco de massa 𝑀, que inicialmente
se encontra em repouso na borda de um poste de altura ℎ, conforme mostra a figura.
A bala aloja-se no bloco que, devido ao impacto, cai no solo. Sendo 𝑔 a aceleração da gravidade, e
não havendo atrito e nem resistência de qualquer outra natureza, o módulo da velocidade com que
o conjunto atinge o solo vale
𝑚𝑣 2
a) √(𝑚+𝑀
0
) + 2𝑔ℎ
2𝑔ℎ𝑚2
b) √𝑣02 + (𝑚+𝑀)2
2𝑚𝑔ℎ
c) √𝑣02 + 𝑀
d) √𝑣02 + 2𝑔ℎ
𝑚𝑣 2
e) √𝑚+𝑀
0
+ 2𝑔ℎ
Comentários:
𝑚 ⋅ 𝑣0
𝑚 ⋅ 𝑣0 = (𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑣 ⇒ 𝑣 =
𝑚+𝑀
𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
𝐸𝑚𝑒𝑐 = 𝐸𝑚𝑒𝑐
1 1
(𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑣 2 + (𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ = (𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑢2
2 2
𝑚 ⋅ 𝑣0 2
𝑢 = √𝑣 2 + 2 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ ⇒ 𝑢 = √( ) +2⋅𝑔⋅ℎ
𝑚+𝑀
Gabarito: A
(ITA – 2008)
Num dos pratos de uma balança que se encontra em equilíbrio estático, uma mosca de massa 𝑚
está em repouso no fundo de um frasco de massa 𝑀. Mostrar em que condições a mosca poderá
voar dentro do frasco sem que o equilíbrio seja afetado.
Comentários:
A força que a balança indica é a força vertical que o frasco atua sobre ela. Assim, para que a mosca
consiga se locomover no interior do frasco sem afetar o equilíbrio, basta que a aceleração vertical do
animal seja sempre nula. Pois, caso contrário, ela estaria gerando força vertical sobre o frasco e
consequentemente mudando a leitura da balança.
Além disso, o centro de massa da porção direita da balança deve sempre permanecer à uma
mesma distância do pino central. Dessa forma, o movimento da mosca deve se restringir apenas ao plano
vertical, perpendicular ao braço da balança, tal que contenha a posição inicial da mosca.
(ITA – 2012)
100 cápsulas com água, cada uma de massa 𝑚 = 1,0 𝑔, são disparadas à velocidade de 10,0 𝑚/𝑠
perpendicularmente a uma placa vertical com a qual colidem inelasticamente. Sendo as cápsulas
enfileiradas com espaçamento de 1,0 𝑐𝑚, determine a força média exercida pelas mesmas sobre a
placa.
Comentários:
Pelo teorema do impulso, podemos calcular a força média exercida pelas cápsulas:
𝑚
⃗⃗ ⇒ 𝐹⃗𝑚 ⋅ Δ𝑡 = 𝑚 ⋅ Δ𝑣⃗ ⇒ |𝐹⃗𝑚 | =
𝐼⃗ = Δ𝑄 ⋅ |Δ𝑣⃗|
Δ𝑡
Como a colisão é inelástica, então:
𝐿 1 ⋅ 10−2 𝑚
Δ𝑡 = = = 10−3 𝑠
𝑣 10 𝑚/𝑠
Admitindo que a força média sobre as cápsulas tem a mesma intensidade que a força média sobre
a placa. Portanto:
1,0 ⋅ 10−3
|𝐹⃗𝑚 | = ⋅ 10,0 ⇒ |𝐹⃗𝑚 | = 10 𝑁
10−3
Gabarito: 10 N
(ITA – 2013)
Uma rampa maciça de 120 𝑘𝑔 inicialmente em repouso, apoiada sobre um piso horizontal, tem sua
declividade dada por 𝑡𝑔(𝜃) = 3/4. Um corpo de 80 𝑘𝑔 desliza nessa rampa a partir do repouso,
nela percorrendo 15 𝑚 até alcançar o piso. No final desse percurso, e desconsiderando qualquer
tipo de atrito, a velocidade da rança em relação ao piso é de aproximadamente
a) 1 m/s. b) 3 m/s. c) 5 m/s. d) 2 m/s. e) 4 m/s.
Comentários:
Devido à ausência de forças externas, a posição do centro de massa do sistema não se altera. Assim
podemos encontrar o quanto a rampa se deslocou:
𝑋𝐶𝑀𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑋𝐶𝑀𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
Para a rampa:
𝑁𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝑀𝑎
Para o bloco:
𝑁 + 𝑚𝑎 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝑚𝑔𝑐𝑜𝑠𝜃
𝑎 ≅ 2,58 𝑚/𝑠 2
𝑣 2 = 2𝑎∆𝑆 ⇒ 𝑣 = 5𝑚/𝑠
Gabarito: C
(ITA – 2014)
Um disco rígido de massa 𝑀 e centro 𝑂 pode oscilar sem atrito num plano vertical em torno de uma
articulação 𝑃. O disco é atingido por um projétil de massa 𝑚 ≪ 𝑀 que se move horizontalmente
com velocidade 𝑣 no plano do disco. Após a colisão, o projétil se incrusta no disco e o conjunto gira
em torno de 𝑃 até o ângulo 𝜃. Nestas condições, afirmam-se:
Comentários:
I. FALSA. A articulação 𝑃 realiza sobre o sistema um impulso e, por isso, a quantidade de movimento não
se conserva.
III. VERDADEIRA. Após a colisão, a única força realizando trabalho é a força Peso. Assim a energia se
conserva.
Gabarito: E
(ITA – 2015)
Uma chapa metálica homogênea quadrada de 100 𝑐𝑚2 de área, situada no plano 𝑥𝑦 de um sistema
de referência, com um dos lados no eixo 𝑥, tem o vértice inferior esquerdo na origem. Dela, retira-
se uma porção circular de 5,00 𝑐𝑚 de diâmetro com o centro posicionado em 𝑥 = 2,50 𝑐𝑚 e 𝑦 =
5,00 𝑐𝑚. Determine as coordenadas do centro de massa da chapa restante.
a) (𝑥𝐶 , 𝑦𝐶 ) = (6,51, 5,00) 𝑐𝑚 b) (𝑥𝐶 , 𝑦𝐶 ) = (5,61, 5,00) 𝑐𝑚
c) (𝑥𝐶 , 𝑦𝐶 ) = (5,00, 5,61) 𝑐𝑚 d) (𝑥𝐶 , 𝑦𝐶 ) = (5,00, 6,51) 𝑐𝑚
e) (𝑥𝐶 , 𝑦𝐶 ) = (5,00, 5,00) 𝑐𝑚
Comentários:
1 2 3
∑ 𝑚𝑦 ∑ 𝑚𝑥
𝑦𝑐 = ; 𝑥𝑐 =
∑𝑚 ∑𝑚
Como a chapa é homogênea, então podemos escrever a massa em função da área e da densidade
superficial de massa:
𝑚𝑖 = 𝜇 ⋅ 𝐴𝑖
Com isso, podemos escrever a posição do centro de massa em função das áreas.
∑ 𝜇 ⋅ 𝐴𝑖 ⋅ 𝑦𝑖 ∑ 𝜇 ⋅ 𝐴𝑖 ⋅ 𝑥𝑖
𝑦𝑐 = ; 𝑥𝑐 =
∑ 𝜇 ⋅ 𝐴𝑖 ∑ 𝜇 ⋅ 𝐴𝑖
∑ 𝐴𝑖 ⋅ 𝑦𝑖 ∑ 𝐴𝑖 ⋅ 𝑥𝑖
𝑦𝑐 = ; 𝑥𝑐 =
∑ 𝐴𝑖 ∑ 𝐴𝑖
𝑥𝑐𝑚 = 5,61 𝑐𝑚
Devido à simetria do problema, a posição vertical do centro de massa deve permanecer a mesma:
𝑦𝑐𝑚 = 5,00 𝑐𝑚
Gabarito: B
(ITA – 2016)
Na ausência da gravidade e no vácuo, encontram-se três esferas condutoras alinhadas, 𝐴, 𝐵 e 𝐶, de
mesmo raio e de massas respectivamente iguais a 𝑚, 𝑚 e 2𝑚. Inicialmente 𝐵 e 𝐶 encontram-se
descarregadas e em repouso, e a esfera 𝐴, com carga elétrica 𝑄, é lançaria contra a intermediária 𝐵
com uma certa velocidade 𝑣. Supondo que todos movimentos ocorram ao longo de uma mesma
reta, que as massas sejam grandes o suficiente para se desprezar as forças coulombianas e ainda
que todas as colisões sejam elásticas, determine a carga elétrica de cada esfera após todas as
colisões possíveis.
Comentários:
A primeira colisão ocorre entre as bolas A e B. Como todas as colisões são elásticas usaremos que
𝑒 = 1.
𝑄0 = 𝑄𝑓 ⇒ 𝑚𝑣 = 𝑚𝑣𝐴′ + 𝑚𝑣𝐵′
𝑒 = 1 ⇒ 𝑣 = 𝑣𝐵′ −𝑣𝐴′
𝑣𝐵′ = 𝑣 𝑒 𝑣𝐴′ = 0
Resultado que já esperávamos, pois numa colisão elástica entre corpos de mesma massa, eles
trocam de velocidade.
Como todas têm o mesmo raio, a carga se distribui igualmente. Assim, após a primeira colisão:
𝑄 𝑄
𝑄𝐴 = 𝑒 𝑄𝐵 = 𝑒 𝑄𝐶 = 0
2 2
Para a segunda colisão, aplicando os mesmos passos, temos:
E:
𝑄 𝑄 𝑄
𝑄𝐴 = 𝑒 𝑄𝐵 = 𝑒 𝑄𝐶 =
2 4 4
Para a terceira colisão, 𝐴 e 𝐵 trocam de velocidades e, assim, não haverá mais colisões. Assim,
após todas as colisões:
3𝑄 3𝑄 𝑄
𝑄′𝐴 = 𝑒 𝑄′𝐵 = 𝑒 𝑄′𝐶 =
8 8 4
𝟑𝑸 𝟑𝑸 𝑸
Gabarito: 𝑸′𝑨 = , 𝑸′𝑩 = , 𝑸′𝑪 =
𝟖 𝟖 𝟒
(IME – 2009)
Comentários:
2
𝑚𝐴 𝑣𝐴
I.FALSA. 𝐸0 = = 80 𝐽 e 𝐸𝑓 = 57,5 J.
2
Gabarito: D
(IME – 2009)
Dois corpos 𝐴 e 𝐵 encontram-se sobre um plano horizontal sem atrito. Um observador inercial O
está na origem do eixo 𝑥. Os corpos 𝐴 e 𝐵 sofrem colisão frontal perfeitamente elástica, sendo que,
inicialmente, o corpo A tem velocidade 𝑣𝐴 = 2 𝑚/𝑠 (na direção 𝑥 com sentido positivo) e o coipo 𝐵
está parado na posição 𝑥 = 2 𝑚. Considere um outro observador inercial 𝑂′ que no instante da
colisão tem a sua posição coincidente com a do observador 𝑂. Se a velocidade relativa de 𝑂′ em
relação a 𝑂 é 𝑣0′ = 2 𝑚/𝑠 (na direção 𝑥 com sentido positivo), determine em relação a 𝑂
a) as velocidades dos corpos 𝐴 e 𝐵 após a colisào;
b) a posição do corpo 𝐴 dois segundos após a colisào.
Dados:
• massa de A = 100 𝑔;
• massa de B = 200 𝑔.
Comentários:
a) Em relação à 𝑂’, o corpo 𝐴 está inicialmente parado e o corpo 𝐵 tem velocidade 𝑣𝐵 = 2 𝑚/𝑠 (na direção
de x com sentido negativo).
Dado que a colisão foi perfeitamente elástica, temos que velocidade relativa de afastamento é
igual a velocidade relativa de aproximação:
𝑣′𝐴 − 𝑣 ′ 𝐵 = 2
𝑚𝐵 ∙ 2 = 𝑚𝐴 ∙ 𝑣 ′𝐴 + 𝑚𝐵 ∙ 𝑣 ′ 𝐵
4 = 𝑣 ′𝐴 + 2𝑣 ′ 𝐵
Assim:
2𝑚 8𝑚
𝑣 ′𝐵 = − 𝑒 𝑣 ′𝐴 = −
3 𝑠 3𝑠
b) Posição do corpo A:
8 10
𝑆 =2− ∙2=− 𝑚
3 3
𝟖 𝟐 𝟏𝟎
Gabarito: a) − 𝟑 𝒎/𝒔 e − 𝟑 𝒎/𝒔 b) − 𝒎
𝟑
(IME – 2010)
Um soldado em pé sobre um lago congelado (sem atrito) atira horizontalmente com uma bazuca. A
massa total do soldado e da bazuca é 100 kg e a massa do projétil é 1 kg. Considerando que a bazuca
seja uma máquina térmica com rendimento de 5% e que o calor fornecido a ela no instante do
disparo é 100 kJ, a velocidade de recuo do soldado é, em m/s,
a) 0,1 b) 0,5 c) 1,0 d) 10.0 e) 100,0
Comentários:
De acordo com o rendimento da bazuca, ela realiza um trabalho de 5 kJ. Essa energia é usada para
acelerar o projétil, assim, o projétil sai da bazuca com velocidade igual a:
𝑚𝑣𝐵2 𝑚
𝜏= ⇒ 𝑣𝐵 = 100
2 𝑠
Conservando a quantidade de movimento, temos:
𝑄0 = 𝑄𝑓 ⇒ 0 = 𝑚𝐵 𝑣𝐵 + 𝑚𝑆 𝑣𝑆 ∴ 𝑣𝑆 = −1 𝑚/𝑠
Gabarito: C
A figura acima mostra um homem de 69kg, segurando um pequeno objeto de 1,0kg, em pé na popa
de um flutuador de 350kg e 6,0m de comprimento que está em repouso sobre águas tranquilas. A
proa do flutuador está a 0,50m de distância do píer. O homem se desloca a partir da popa até a
proa do flutuador, para, e em seguida lança horizontalmente o objeto, que atinge o píer no ponto
B, indicado na figura acima. Sabendo que o deslocamento vertical do objeto durante seu voo é de
1,25m, qual a velocidade, em relação ao píer, com que o objeto inicia o voo?
Dado: g = 10 m/s 2
a) 2,40 m/s b) 61,0 cm/s c) 360 cm/s d) 3,00 km/h e) 15,0 km/h
(EN – 2014)
Um artefato explosivo é lançado do solo com velocidade inicial 𝑉0 fazendo um ângulo de 30° com a
horizontal. Após 3,0 segundos, no ponto mais alto de sua trajetória, o artefato explode em duas
partes iguais, sendo que uma delas (fragmento A) sofre apenas uma inversão no seu vetor
velocidade. Desprezando a resistência do ar, qual a distância, em metros, entre os dois fragmentos
quando o fragmento A atingir o solo?
Dados : sen 30° = 0,5 cos 30° = 0,9 g = 10m /s 2
a) 280 b) 350 c) 432 d) 540 e) 648
(EN – 2015)
Analise a figura abaixo.
A figura acima mostra o gráfico das energias cinéticas de dois carrinhos, A e B respectivamente, que
deslizam sem atrito ao longo de um trilho horizontal retilíneo. No instante t = 3s ocorre uma colisão
entre os carrinhos. Sendo assim, assinale a opção que pode representar um gráfico para as
velocidades dos carrinhos antes e depois da colisão.
a) b)
c) d)
e)
a) Qual o tempo total de colisão entre o carrinho e a mola (tempo em que ambos ficarão em
contato)?
b) Faça uma estimativa razoável do impulso total fornecido pela mola após o choque.
(AFA – 2021)
Numa partida de vôlei, certo atleta dá um mergulho na quadra, a uma distância x = 2,5 m da rede,
defendendo um ataque adversário, conforme figura a seguir. Após essa defesa, considere que a bola
é lançada de uma altura desprezível em relação ao chão, de forma que sua velocidade faz um ângulo
de 45º com a direção horizontal. Ao longo de sua trajetória, essa bola toca a fita da rede caindo,
posteriormente, do outro lado da quadra. Imediatamente antes e imediatamente após tocar a fita,
a velocidade da bola tem direção horizontal. A distância x’, onde a bola cai na quadra, é igual à
metade da altura h da fita. Despreze a resistência do ar e considere a bola uma partícula de massa
200 g, cujo movimento se dá no plano da figura. O módulo do impulso, aplicado pela fita sobre a
bola, em N⋅s, vale
(AFA – 2021)
Uma partícula de massa M é lançada obliquamente com sua velocidade inicial 𝑣⃗0 fazendo um ângulo
de 30º com a direção horizontal, conforme indica figura a seguir. Ao atingir a altura máxima de sua
trajetória parabólica, essa partícula colide inelasticamente com um bloco de massa 5M. Esse bloco,
de dimensões desprezíveis, está preso ao teto por um fio ideal, de comprimento 1,2 m, formando
um pêndulo balístico. Inicialmente o fio do pêndulo está na vertical. Após a colisão, o pêndulo atinge
uma altura máxima, na qual o fio tem uma inclinação de 30º em relação à direção horizontal.
Desprezando a resistência do ar, o módulo da velocidade inicial da partícula, 𝑣0 , em m/s, é igual a
a) 5,0 b) 10 c) 15 d) 24
(AFA – 2020)
A partícula 1, no ponto A, sofre uma colisão perfeitamente elástica e faz com que a partícula 2,
inicialmente em repouso, percorra, sobre uma superfície, a trajetória ABMCD, conforme figura a
seguir.
O trecho BMC é um arco de 90° de uma circunferência de raio R = 1,0 m.
Ao passar sobre o ponto M, a partícula 2 está na iminência de perder o contato com a superfície. A
energia mecânica perdida, devido ao atrito, pela partícula 2 ao longo do trecho ABM é exatamente
igual à que ela perde no trecho MCD. No ponto D, a partícula 2 sofre outra colisão, perfeitamente
elástica, com a partícula 3, que está em repouso. As partículas 1 e 3 possuem mesma massa, sendo
a massa de cada uma delas o dobro da massa da partícula 2. A velocidade da partícula 1,
imediatamente antes da colisão no ponto A, era de 6,0 m/s. A aceleração da gravidade é constante
e igual a g. Desprezando a resistência do ar, a velocidade da partícula 3, imediatamente após a
colisão no ponto D, em m/s, será igual a
A partícula, agora, descreve uma trajetória parabólica e, ao atingir seu ponto de altura máxima,
nessa trajetória, ela se acopla a uma partícula 2, sofrendo, portanto, uma colisão inelástica. Essa
segunda partícula possui o dobro de massa da primeira, está em repouso antes da colisão e está
presa ao teto por um fio ideal, de comprimento maior que H, constituindo, assim, um pêndulo.
Considerando que apenas na colisão atuaram forças dissipativas, e que o campo gravitacional local
é constante. O sistema formado pelas partículas 1 e 2 atinge uma altura máxima h igual a
𝐻 𝐻 𝐻 𝐻
a) b) 9 c) 16 d) 18
3
(AFA – 2015)
Considere duas rampas 𝐴 e 𝐵, respectivamente de massas 1 𝑘𝑔 e 2 𝑘g, em forma de quadrantes de
circunferência de raios iguais a 10 m, apoiadas em um plano horizontal e sem atrito. Duas esferas 1
e 2 se encontram, respectivamente, no topo das rampas 𝐴 e 𝐵 e são abandonadas, do repouso, em
um dado instante, conforme figura abaixo.
Quando as esferas perdem contato com as rampas, estas se movimentam conforme os gráficos de
suas posições 𝑥, em metros, em função do tempo 𝑡, em segundos, abaixo representados.
𝑚1
Desprezando qualquer tipo de atrito, a razão das massas 𝑚1 e 𝑚2 das esferas 1 e 2,
𝑚2
respectivamente, é
1 3
a) 2 b) 1 c) 2 d) 2
(AFA – 2014)
Uma partícula 𝐴, de massa m e carga elétrica q, está em repouso no momento em que uma segunda
partícula 𝐵, de massa e carga elétrica iguais às de 𝐴, é lançada com velocidade de módulo igual a
𝑣0 , na direção 𝑥, conforme ilustra a figura abaixo.
A partícula 𝐵 foi lançada de um ponto muito distante de 𝐴, de tal forma que, no instante do
lançamento, as forças elétricas coulombianas entre elas possam ser desprezadas. Sendo 𝐾 a
constante eletrostática do meio e considerando apenas interações eletrostáticas entre essas
partículas, a distância mínima entre 𝐴 e 𝐵 será igual a
8 𝑚𝑣 2 3 𝐾𝑣 2 𝐾𝑞 2 𝐾𝑞 2
a) 3 𝐾𝑞20 b) 4 𝑚𝑞02 c) 2 𝑚𝑣2 d) 4 𝑚𝑣2
0 0
(EN – 2011)
Uma pista é composta por um trecho retilíneo longo horizontal seguido do trecho circular vertical
de raio R (conforme a figura abaixo). O carrinho (1) (partícula), de massa m1 = 1,0 kg e velocidade
v⃗⃗⃗⃗=
1 5,0. î (m/ s), colide com o carrinho (2) (partícula), de massa m2 = 2,0kg, em repouso no trecho
retilíneo. Despreze os atritos. O coeficiente de restituição do choque vale 0,80. Após a colisão, o
carrinho (2) sobe o trecho circular vertical e, num certo instante, passa pela primeira vez na
posição A, de altura ha = R, com velocidade tal que o módulo da força normal da pista sobre o
carrinho é igual ao módulo do seu peso. Nesse instante, o módulo da velocidade (em m/ s) do
carrinho (2) em relação ao carrinho (1) é
(EN – 2010)
Dois pêndulos constituídos por fios de massas desprezíveis e de comprimento L = 2,0 m estão
pendurados em um teto em dois pontos próximos de tal modo que as esferas A e B, de raios
desprezíveis, estejam muito próximas, sem se tocarem. As massas das esferas valem mA = 0,10 kg
e mB = 0,15 kg. Abandona-se a esfera A quando o fio forma um ângulo de 60° com a vertical,
estando a esfera B do outro pêndulo na posição de equilíbrio. Sabendo que, após a colisão frontal,
a altura máxima alcançada pelo centro de massa do sistema, em relação à posição de equilíbrio, é
de 0,40 m, o coeficiente de restituição da colisão é Dado: | g | = 10,0 m/ s 2
(EN – 2009)
Uma bola de golfe percorre 7, 2m horizontalmente e atinge uma altura máxima de 1, 8m antes de
colidir com o solo. Durante o choque com o solo, a bola sofre um impulso na vertical e
imediatamente após o choque sua velocidade forma um ângulo de 30° com a horizontal, conforme
indica a figura. Quanto vale o coeficiente de restituição da colisão?
Dados: g = 10m/s 2 ; sen30° = 1 ⁄ 2 ; sen60° = √3 ⁄ 2
√3 2 √3 √2
a) b) 3 c) d) e) 1
2 3 3
(EN – 2008)
Uma esfera de madeira, de massa igual a 4,00 𝑘𝑔, é solta de uma altura igual a 1,80 m de um piso
horizontal (massa infinita). No choque, o piso exerce uma força média de módulo igual a 12 ⋅ 103 𝑁 ,
atuando no intervalo de tempo de 3,00 𝑚𝑠. Desprezando-se a resistência do ar, o coeficiente de
restituição do choque vale:
Dado: |𝑔̅ | = 10,0𝑚/𝑠 2
a) 0,30 b) 0,40 c) 0,45 d) 0,50 e) 0,60
(EN – 2008)
Um projétil de chumbo, de massa igual a 10,0 gramas, está na temperatura de 27,0°𝐶 e se desloca
horizontalmente com velocidade de 400 𝑚/𝑠 quando se choca com um bloco de massa 5,00 𝑘𝑔,
inicialmente em repouso sobre uma superfície horizontal. Os coeficientes de atrito entre o bloco e
a superfície horizontal valem 0,300 e 0,200. O projétil penetra no bloco e o conjunto passa a se
mover com uma velocidade de 2,00 𝑚/𝑠. Admitindo-se que a energia cinética perdida pelo projétil
seja transformada em calor e que 40% deste calor foi absorvido pelo próprio projétil, a variação de
entropia (em J/K) do projétil é, aproximadamente, igual a
Dados:
calor específico do chumbo sólido = 1,30 𝑥 102 𝐽/𝑘𝑔°𝐶
calor latente de fusão do chumbo = 2,50 𝑥 104 𝐽/𝑘𝑔
temperatura de fusão do chumbo = 327 °C ;
conversão: 0°C = 273K
𝑙𝑛10 = 2,30; ln 3,62 = 1,29; ln 1,81 = 0,59
a) 0,500 b) 0,740 c) 0,767 d) 0,800 e) 0,830
(EN – 2008)
Duas pedras A e B, de mesma massa, são lançadas simultaneamente, da mesma altura H do solo,
com velocidades iguais de módulo V. A pedra A foi lançada formando um ângulo de 10° abaixo da
horizontal e a pedra B foi lançada formando um ângulo de 60° acima da horizontal. Despreze a
resistência do ar e considere a aceleração da gravidade constante. Podemos afirmar corretamente
que, ao atingir o solo:
a) o módulo da quantidade de movimento linear da pedra A é menor do que o da pedra B e ambas
atingem o solo no mesmo instante.
b) o módulo da quantidade de movimento linear da pedra B é igual ao da pedra A e as pedras
chegam ao solo em instantes diferentes.
(EN – 2007)
Os corredores A e B, que pesam 560 N e 700 N respectivamente, estão colocados nas extremidades
de uma prancha de peso igual a 500 N, que pode deslizar livremente sobre o gelo onde se apoia,
conforme a figura. Eles partem do repouso, correndo na mesma direção e sentidos opostos, com
acelerações de módulos: 𝑎𝐴 = 2,00 𝑚/𝑠 2 e 𝑎𝐵 = 3,00 𝑚/𝑠 2 , até alcançarem a velocidade
constante de módulo igual a 6,00 m/s, relativamente à prancha. Calcule:
a) o módulo da velocidade da prancha no instante em que os corredores se encontram; e (8 pontos)
b) o intervalo de tempo para os corredores se encontrarem. (7 pontos)
Dado: |𝑔⃗| = 10,0 𝑚/𝑠 2
(EN – 2005)
Três mols de um certo gás ideal, cujo calor molar a pressão constante vale 5,00 cal/mol. k, está no
interior do cilindro da figura abaixo. O gás recebe calor de uma fonte térmica (não indicada na figura)
de tal maneira que a sua temperatura aumenta de 10,0°C. Ao absorver calor verifica-se que o pistão,
adiabático e de massa desprezível, se eleva de 2,00 metros. Sobre o pistão temos o bloco 1 de massa
m1 = 20,0 kg. Considere: |g ⃗⃗| = 10 m/s 2 e 1, 00 cal = 4,18 J .
(EFOMM – 2021)
Uma mola de massa desprezível e de constante elástica 𝑘 = 100 𝑁/𝑚 tem um tamanho natural de
1 m e é comprimida para que se acomode num espaço de 60 cm entre duas caixas de massas 1 kg e
2 kg. O piso horizontal não tem atrito, e o sistema é mantido em repouso por um agente externo
não representado na figura.
Assim que o sistema é liberado, a mola se expande e empurra as caixas até atingir novamente seu
tamanho natural, momento em que o contato entre os três objetos é perdido. A partir desse
instante, a caixa de massa 1 kg segue com velocidade constante de módulo:
3 2
(A) 2√2 𝑚/𝑠 (B) 2 √2 𝑚/𝑠 (C) 4 𝑚/𝑠 (D) 4√3 𝑚/𝑠 (E) 5 𝑚/𝑠
(ITA – 1998)
Uma bala de massa 10 g é atirada horizontalmente contra um bloco de madeira de 100 g que está
fixo, penetrando nele 10 cm até parar. Depois, o bloco é suspenso de tal forma que se possa mover
livremente e uma bala idêntica à primeira é atirada contra ele. Considerando a força de atrito entre
a bala e a madeira em ambos os casos como sendo a mesma, conclui-se que a segunda bala penetra
no bloco a uma profundidade de aproximadamente:
a) 8.0 cm. b) 8.2 cm. c) 8.8 cm. d) 9.2 cm. e) 9.6 cm.
(ITA – 1998)
Uma massa 𝑚 em repouso drvide-se em duas partes, uma com massa 2𝑚/3 e outra com massa
𝑚/3. Após a divisão, a parte com massa 𝑚/3 move-se para a direita com uma velocidade de módulo
𝑣1 . Se a massa 𝑚 estivesse se movendo para a esquerda com velocidade de módulo 𝑣 antes da
divisão, a velocidade da parte 𝑚/3 depois da divisão seria:
1
a) (3 𝑣1 − 𝑣) para a esquerda. b) (𝑣1 − 𝑣) para a esquerda.
1
c) (𝑣1 − 𝑣) para a direita. d) (3 𝑣1 − 𝑣) para a direita.
e) (𝑣1 + 𝑣) para a direita.
(ITA – 2002)
Uma tampa rolante pesa 120 𝑁 e se encontra Inicialmente em tepousa conto mostra a figura. Um
bloco que pesa 80 𝑁 também em repousa e abandonado no ponto 1, deslizando a seguir sobre a
rampa. O centro de massa 𝐺 da rampa tem coordenadas: 𝑥𝐺 = 2𝑏/3 e 𝑦𝐺 = 𝑐/3. Sâo dados ainda:
𝑎 = 15,0 𝑚 e 𝑠𝑒𝑛 𝛼 = 0,6. Desprezando os possíveis atritos e as dimensões do bloco, pode-se
afirmar que a distância percorrida pela rampa no sola até o instante em que o bloco atinge o ponto
2, é
a) 16,0 m
b) 30,0 m
c) 4,8 m
d) 24,0 m
e) 9,6 m
(ITA – 2008)
Numa brincadeira de aventura, o garoto (de massa 𝑀) lança-se por uma corda amarrada num galho
de árvore num ponto de altura 𝐿 acima do gatinho (de massa 𝑚) da figura, que pretende resgatar.
Sendo 𝑔 a aceleração da gravidade e 𝐻 a altura da plataforma de onde se lança, indique o valor da
tensão na corda, imediatamente após o garoto apanhar o gato para aterrisá-lo na outra margem do
lago.
2𝐻
a) 𝑀 ⋅ 𝑔 ⋅ (1 + )
𝐿
𝑀+𝑚 2 2𝐻
b) (𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑔 ⋅ (1 − ( ) ⋅ )
𝑀 𝐿
2𝐻
c) 𝑀 ⋅ 𝑔 ⋅ (1 − )
𝐿
𝑀 2 2𝐻
d) (𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑔 ⋅ (1 + (𝑀+𝑚) ⋅ )
𝐿
𝑀 2 2𝐻
e) (𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑔 ⋅ (( ) ⋅ − 1)
𝑚+𝑀 𝐿
(ITA – 2008)
A figura mostra uma bola de massa 𝑚 que que cai com velocidade 𝑣⃗1 sobre a superfície de um
suporte rígido, inclinada de um ângulo 𝜃 em relação ao plano horizontal. Sendo 𝑒 o coeficiente de
restituição para esse impacto, calcule o módulo da velocidade 𝑣⃗2 com que a bola é ricocheteada,
em função de 𝑣⃗1 , 𝜃 e 𝑒. Calcule também o ângulo a.
A massa 𝑀 é muito menor que 𝑚 e o volume da esfera metálica é desprezível quando comparado
ao da bola de borracha. Considerando que: os movimentos dos centros de massa da esferinha e da
bola estão sempre na mesma vertical; o sistema se choca contra o solo e todos os choques
envolvidos são perfeitamente elásticos; a distância na vertical percorrida pela esferinha é muito
maior que a deformação da bola de borracha; é desprezível a resistência do ar em questão,
determine:
a) A velocidade aproximada com que a esferinha se separa da bola na subida.
b) A distância vertical percorrida pela esferinha na subida em função da distância percorrida pela
mesma, na descida.
(ITA – 2009)
Considere uma bola de basquete de 600 𝑔 a 5 𝑚 de altura e, logo acima dela, uma de tênis de 60 𝑔.
A seguir, num dado instante, ambas as bolas são deixadas cair. Supondo choques perfeitamente
elásticos e ausência de eventuais resistências, e considerando 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 , assinale o valor que
mais se aproxima da altura máxima alcançada pela bola de tênis em sua ascensão após o choque.
a) 5 m b) 10 m c) 15 m d) 25 m e) 35 m
(ITA – 2012)
Apoiado sobre patins niuna superfície horizontal sem atrito, um atirador dispara um projétil de
massa 𝑚 com velocidade 𝑣 contra um alvo a uma distância 𝑑. Antes do disparo, a massa total do
atirador e seus equipamentos é 𝑀. Sendo 𝑣𝑠 a velocidade do som no ar e desprezando a perda de
energia em todo o processo, quanto tempo após o disparo o atirador ouviria o ruído do impacto do
projétil no alvo?
𝑑(𝑣 +𝑣)(𝑀−𝑚) 𝑑(𝑣 +𝑣)(𝑀+𝑚) 𝑑(𝑣 −𝑣)(𝑀+𝑚)
A) 𝑣(𝑀⋅𝑣𝑠 −𝑚(𝑣 +𝑣)) B) 𝑣(𝑀⋅𝑣𝑠 +𝑚(𝑣 +𝑣)) C) 𝑣(𝑀⋅𝑣𝑠
𝑠 𝑠 𝑠 𝑠 𝑠 +𝑚(𝑣𝑠 +𝑣))
(ITA – 2015)
Nêutrons podem atravessar uma fina camada de chumbo, mas têm sua energia cinética absorvida
com alta eficiência na água ou em materiais com elevada concentração de hidrogênio. Explique este
efeito considerando um nêutron de massa 𝑚 e velocidade 𝑣0 que efetua uma colisão elástica e
central com um átomo qualquer de massa 𝑀 inicialmente em repouso.
(ITA – 2016)
Dois garotos com patins de rodinhas idênticos encontram-se numa superfície horizontal com atrito
e, graças a uma interação, conseguem obter a razão entre seus respectivos pesos valendo-se apenas
de uma fita métrica. Como é resolvida essa questão e quais os conceitos físicos envolvidos?
(ITA – 2017)
(ITA – 2018)
Num plano horizontal liso, presas cada qual a uma corda de massa desprezível, as massas 𝑚1 e 𝑚2
giram em órbitas circulares de mesma frequência angular uniforme, respectivamente com raios 𝑟1
e 𝑟2 = 𝑟1 /2. Em certo instante essas massas colidem-se frontal e elasticamente e cada qual volta a
perfazer jum movimento circular uniforme. Sendo iguais os módulos das velocidades de 𝑚1 e 𝑚2
após o choque, assinale a relação 𝑚2 /𝑚1 .
a) 1 b) 3/2 c) 4/3 d) 5/4 e) 7/5
(ITA - 2021)
Uma bola de gude de raio 𝑟 e uma bola de basquete de raio 𝑅 são lançadas contra uma parede com
velocidade horizontal 𝑣 e com seus centros a uma altura ℎ. A bola de gude e a bola de basquete
estão na iminência de contato entre si, assim como ambas contra a parede. Desprezando a duração
de todas as colisões e quaisquer perdas de energia, calcule o deslocamento horizontal ∆𝑆 da bolinha
de gude ao atingir o solo.
2(ℎ−2𝑟)
a) 3𝑣 √ 𝑔
2(ℎ−𝑟)
b) 3𝑣 √ 𝑔
2(ℎ−𝑟)
c) 𝑣 √ 𝑔
2(ℎ−2𝑟)
d) 𝑣 √ 𝑔
2(ℎ−𝑅−𝑟)
e) 3𝑣 √ 𝑔
(IME – 2005)
Um canhão de massa 𝑀 = 200 𝑘𝑔 em repouso sobre um plano horizontal sem atrito e carregado
com um projétil de massa 𝑚 = 1 𝑘𝑔, permanecendo ambos neste estado até o projétil ser
disparado na direção horizontal. Sabe-se que este canhão pode ser considerado tuna maquina
térmica com 20% o de rendimento, porcentagem essa utilizada no movimento do projétil, e que o
calor fornecido a esta máquina térmica é igual a 100.000 𝐽. Suponha que a velocidade do projétil
após o disparo é constante no interior do canhão e que o atrito e a resistência do ar podem ser
desprezados. Determine a velocidade de recuo do canhão após o disparo.
(IME – 2011)
A figura acima apresenta duas massas 𝑚1 = 5 𝑘𝑔 e 𝑚2 = 20 𝑘𝑔 presas por um fio que passa por
uma roldana. As massas são abandonadas a partir do repouso, ambas a uma altura ℎ do solo, no
exato instante em que um cilindro oco de massa 𝑚 = 5 𝑘𝑔 atinge 𝑚1 com velocidade 𝑣 =
36 𝑚/𝑠, ficando ambas coladas. Determine a altura ℎ, em metros, para que 𝑚1 chegue ao solo com
velocidade nula.
Dado:
• Aceleração da gravidade: 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2
Observação:
• A roldana e o fio são ideais.
a) 5,4 b) 2,7 c) 3,6 d) 10,8 e) 1,8
(IME – 2012)
Duas bolas, 1 e 2. movem-se em um piso perfeitamente liso. A bola 1, de massa 𝑚1 = 2 𝑘𝑔, move-
se no sentido da esquerda para direita com velocidade 𝑣1 = 1 𝑚/𝑠. A bola 2. de massa 𝑚2 = 1 𝑘𝑔,
move-se com ângulo de 60° com o eixo 𝑥, com velocidade 𝑣2 = 2 𝑚/𝑠. Sabe-se que o coeficiente
de atrito cinético entre as bolas e o piso rugoso é 0,10 sec 2 𝛽 e a aceleração gravitacional é
10 𝑚/𝑠 2. Ao colidirem, permanecem unidas após o choque e movimentam-se em um outro piso
rugoso, conforme mostra a figura. A distância percorrida, em metros, pelo conjunto bola 1 e bola 2
até parar é igual a
a) 0,2 b) 0,5 c) 0,7 d) 0,9 e) 1,2
(IME – 2015)
(IME – 2016)
Na Figura 1, o corpo A, constituído de gelo. possui massa 𝑚 e é solto em uma rampa a uma altura
ℎ. Enquanto desliza pela rampa, ele derrete e alcança o plano horizontal com metade da energia
mecânica e metade da massa iniciais. Após atingir o plano horizontal, o corpo A se choca, no instante
4𝑇, com o corpo B, de massa 𝑚, que foi retirado do repouso através da aplicação da força 𝑓(𝑡), cujo
gráfico é exibido na Figura 2.
Para que os corpos parem no momento do choque, 𝐹 deve ser dado por
Dado:
• aceleração da gravidade: 𝑔.
Observações:
• o choque entre os corpos é perfeitamente inelástico:
(IME – 2017)
(IME – 2019)
Conforme a figura acima, um corpo, cuja velocidade é nula no ponto A da superfície circular de raio
𝑅, é atingido por um projétil, que se move verticalmente para cima, e fica alojado no corpo. Ambos
passam a deslizar sem atrito na superfície circular, perdendo o contato com a superfície no ponto
B. A seguir, passam a descrever uma trajetória no ar até atingirem o ponto C, indicado na figura.
Diante do exposto, a velocidade do projétil é:
Dados:
Massa do projétil: 𝑚;
Massa do corpo: 9𝑚; e
Aceleração da gravidade: 𝑔.
5𝑅𝑔 3𝑅𝑔 5𝑅𝑔 3𝑅𝑔 2𝑅𝑔
a) 10√ b) 10√ c) 10√ d) 10√ e) 10√
2 2 3 5 3
(IME – 2021)
(ITA – 2012)
Átomos neutros ultrafnos restritos a um plano são uma realidade experimental atual em armadilhas
magneto-ópticas. Imagine que possa existir uma situação na qual átomos do tipo 𝐴 e 𝐵 estão
restritos respectivamente aos planos 𝛼 e 𝛽, perpendiculares entre si, sendo suas massas tais que
𝑚𝐴 = 2𝑚𝐵 . Os átomos 𝐴 e 𝐵 colidem elasticamente entre si não saindo dos respectivos planos,
sendo as quantidades de movimento iniciais 𝑝⃗𝐴 e 𝑝⃗𝐵 ,e as finais, 𝑞⃗𝐴 e 𝑞⃗𝐵 . 𝑝⃗𝐴 forma um ângulo 𝜃 com
o plano horizontal e 𝑝⃗𝐵 = ⃗0⃗. Sabendo que houve transferência de momento entre 𝐴 e 𝐵, qual é a
razão das energias cinéticas de 𝐵 e 𝐴 após a colisão?
(ITA – 2018)
(ITA – 2019)
Conforme a figura, um veículo espacial, composto de um
motor-foguete de massa 𝑚1 e carga útil de massa 𝑚2 , é
lançado verticalmente de um planeta esférico e homogêneo
de massa 𝑀 e raio 𝑅. Após esgotar o combustível, o veículo
permanece em voo vertical até atingir o repouso a uma
distância 𝑟 do centro do planeta. Nesse instante um
explosivo é acionado, separando a carga útil do motor-
foguete e impulsionando-a verticalmente com velocidade
mínima para escapar do campo gravitacional do planeta.
Desprezando forças dissipativas, a variação de massa
associada à queima do combustível do foguete e efeitos de
rotação do planeta, e sendo 𝐺 a constante de gravitação
universal, determine
a) o trabalho realizado pelo motor-foguete durante o 1° estágio do seu movimento de subida; e
b) a energia mecânica adquirida pelo sistema devido à explosão.
Sabendo que a velocidade de 𝐴 e 𝐵 é de 3𝑚/𝑠 para a direita, e considerando que o atrito entre as
rodas dos carrinhos e o solo é desprezível, responda:
(IME – 2008)
A figura abaixo ilustra um pequeno bloco e uma mola sobre uma mesa retangular de largura 𝑑, vista
de cima. A mesa é constituída por dois materiais diferentes, um sem atrito e o outro com coeficiente
de atrito cinético 𝜇 igual a 0,5. A mola tem uma de suas extremidades fixada no ponto 𝐴 e a outra
no bloco. A mola está inicialmente comprimida de 4 cm, sendo liberada para que o bloco oscile na
região sem atrito na direção 𝑦. Depois de várias oscilações, ao passar pela posição na qual tem
máxima velocidade, o bloco é atingido por uma bolinha que se move com velocidade de 2 𝑚/𝑠 na
direção 𝑥 e se aloja nele. O sistema é imediatamente liberado da mola e se desloca na parte áspera
da mesa. Determine:
A figura apresenta um carrinho que se desloca a uma velocidade constante de 5 𝑚/𝑠 para a direita
em relação a um observador que está no solo. Sobre o carrinho encontra-se um conjunto formado
por um plano inclinado de 30°, uma mola comprimida inicialmente de 10 𝑐𝑚 e uma pequena bola
apoiada em sua extremidade. A bola é liberada e se desprende do conjunto na posição em que a
mola deixa de ser comprimida. Considerando que a mola permaneça não comprimida após a
liberação da bola, devido a um dispositivo mecânico, determine:
a) o vetor momento linear da bola em relação ao solo no momento em que se desprende do
conjunto;
b) a distância entre a bola e a extremidade da mola quando a bola atinge a altura máxima.
Dados:
• Constante elástica da mola: 𝑘 = 100 𝑁 ⋅ 𝑚−1
• Massa da bola: 𝑚 = 200 𝑔
• Aceleração da gravidade: 𝑔 = 10 𝑚 ⋅ 𝑠 −2
Observação:
A massa do carrinho é muito maior que a massa da bola.
2) E
3) A
𝜗⋅√5 ⃗⃗⃗⃗|
|𝜗
⃗⃗⃗⃗⃗
4) |𝜗 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑅 | = 2 ou |𝜗𝑅 | = 2
5) 21 m
6) h = 0,088 m
𝑚
8) a) 𝑡 = 𝜋 ⋅ √ 𝑘 ; b) 𝐼 = 2𝑚 ⋅ 𝑣
9) 9 colisões
10) 10 m/s
𝑚 2 1
11) a) ver comentários. b) ℎ = 𝑟 [(𝑚2 ) ∙ 4 + 1]
1
12) B
13) D
14) B
15) D
16) A
17) D
18) D
19) E
20) C
21) D
22) C
23) B
26) D
27) D
28) C
29) C
30) D
32) a) 𝑣𝑀 + 𝑣𝑚 b) 9𝐻
33) E
34) A
𝑚 𝑚−𝑀 2
35) ⋅ (𝑚+𝑀) ⋅ 𝑣02
2
37) Δ𝑦𝑐𝑚 = 0
38) E
39) B
40) 1 m/s
41) A
42) B
43) S/A
44) B
45) B
46) A
47) A
8⋅cos2 𝜃
48) 9−8⋅cos2 𝜃
49) D
1 1 𝐺𝑀𝑚2 𝑚
50) a) 𝜏 = 𝐺𝑀(𝑚1 + 𝑚2 ) (𝑅 − 𝑟 ) b) 𝐸𝑎𝑑𝑞 = (1 + 𝑚2 )
𝑟 1
1 4√5
53) a) (0,4𝑖 + 0,8𝑗) (𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠) b) 4 + 𝑚
45
√13
54) a) 𝑝⃗ = [0,2(5 − √3) ⋅ 𝑖̂ + 0,2 ⋅ 𝑗̂] 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠 b) 20 𝑚
A figura acima mostra um homem de 69kg, segurando um pequeno objeto de 1,0kg, em pé na popa
de um flutuador de 350kg e 6,0m de comprimento que está em repouso sobre águas tranquilas. A
proa do flutuador está a 0,50m de distância do píer. O homem se desloca a partir da popa até a
proa do flutuador, para, e em seguida lança horizontalmente o objeto, que atinge o píer no ponto
B, indicado na figura acima. Sabendo que o deslocamento vertical do objeto durante seu voo é de
1,25m, qual a velocidade, em relação ao píer, com que o objeto inicia o voo?
Dado: g = 10 m/s 2
a) 2,40 m/s b) 61,0 cm/s c) 360 cm/s d) 3,00 km/h e) 15,0 km/h
Comentários:
Ao se deslocar até a proa, o centro de massa do sistema não muda. Se a nova distância da proa ao
pír vale x, então:
2𝐻
𝑡=√ = 0.5𝑠
𝑔
Gabarito: C
(EN – 2014)
Um artefato explosivo é lançado do solo com velocidade inicial 𝑉0 fazendo um ângulo de 30° com a
horizontal. Após 3,0 segundos, no ponto mais alto de sua trajetória, o artefato explode em duas
partes iguais, sendo que uma delas (fragmento A) sofre apenas uma inversão no seu vetor
velocidade. Desprezando a resistência do ar, qual a distância, em metros, entre os dois fragmentos
quando o fragmento A atingir o solo?
Comentários:
𝑉0 sin 𝜃 𝑉0
𝑡= →3= → 𝑉0 = 60𝑚/𝑠
𝑔 20
No ponto máximo:
𝑉𝑥 = 𝑉0 𝑐𝑜𝑠𝜃 = 54𝑚/𝑠
Depois da explosão:
𝑚 𝑚
𝑚𝑉𝑥 = 𝑉 − 𝑉𝑥 → 𝑉 = 3𝑉𝑥
2 2
Logo:
Δ𝑉 = 216𝑚/𝑠
𝐴 = 𝑡Δ𝑉 = 648𝑚
Gabarito: E
(EN – 2015)
Analise a figura abaixo.
A figura acima mostra o gráfico das energias cinéticas de dois carrinhos, A e B respectivamente, que
deslizam sem atrito ao longo de um trilho horizontal retilíneo. No instante t = 3s ocorre uma colisão
entre os carrinhos. Sendo assim, assinale a opção que pode representar um gráfico para as
velocidades dos carrinhos antes e depois da colisão.
a) b)
c) d)
e)
Comentários:
𝑚𝐴 𝑣𝐴2 12
= 6 → |𝑣𝐴 | = √
2 𝑚𝐴
Da mesma forma:
16 27 1
|𝑣𝐵 | = √ e |𝑣𝐴′ | = √ e | 𝑣𝐵′ | = √
𝑚𝐵 𝑚𝐴 𝑚𝐵
Assim:
𝑣𝐵′ 1 𝑣𝐴′ 3
| |= e | |=
𝑣𝐵 4 𝑣𝐴 2
Gabarito: A
Comentários:
Para que o corpo “𝑚” tenha sua velocidade final perpendicular à velocidade inicial, devemos ter
uma componente da força responsável por gerar um impulso e zerar a velocidade inicial de “𝑚” no eixo 𝑥:
⃗⃗⃗⃗𝑥 ⋅ 𝛥𝑡 = 𝑚 ⋅ ⃗⃗⃗⃗
−𝐹 𝜗 = 𝐼⃗𝑥
Existem infinitas formas de o corpo adquirir uma velocidade perpendicular à sua velocidade inicial,
basta que os demais impulsos fornecidos pela força 𝐹 não tenham componentes em 𝑥.
Entretanto, da forma que o problema foi abordado, nos é possível calcular a velocidade do
segundo corpo de uma forma mais categórica considerando um problema bidimensional trabalhado
somente nos eixos 𝑥 e 𝑦.
Assim, vamos considerar dois possíveis Impulsos, positivo em relação à direção do eixo 𝑦 (Tipo1)
e negativo em relação ao eixo 𝑦 (Tipo2).
Tipo1:
Tipo2:
⃗⃗⃗⃗
−𝐹 ⃗⃗⃗⃗ ⃗
𝑦 ⋅ 𝛥𝑡 = 𝑚 ⋅ 𝜗 = 𝐼𝑦
Como as duas partículas estão sujeitas à mesma força, teremos os seguintes impulsos para a
segunda partícula:
⃗⃗⃗⃗
𝜗
−𝑚 ⋅ ⃗⃗⃗⃗
𝜗 = 2𝑚 ⋅ 𝜗⃗𝑥 ⇒ 𝜗⃗𝑥 = −
2
Tipo 1: Tipo 2:
⃗⃗⃗⃗
𝜗 ⃗⃗⃗⃗
𝜗
⃗⃗⃗⃗ − 2𝑚 ⋅
𝑚⋅𝜗 = ⃗0⃗ ⃗⃗⃗⃗ − 2𝑚 ⋅
−𝑚 ⋅ 𝜗 ⃗⃗⃗⃗
= −2𝑚 ⋅ 𝜗
2 2
⃗⃗⃗⃗⃗
𝜗𝑦 = ⃗0⃗ 𝑚/𝑠 2𝑚 ⋅ 𝜗⃗𝑦 = −2𝑚 ⋅ ⃗⃗⃗⃗
𝜗 ⇒ 𝜗⃗𝑦 = −𝜗
⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗|
|𝜗 𝜗 2 𝜗⋅√5
⃗⃗⃗⃗⃗
Tipo1: |𝜗 𝑅| =
⃗⃗⃗⃗⃗
Tipo2: |𝜗 𝑅 | = √𝜗 + 4 =
2
2 2
𝝑⋅√𝟓 ⃗⃗⃗⃗|
|𝝑
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
Gabarito: |𝝑 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑹 | = 𝟐 ou |𝝑𝑹 | = 𝟐
Comentários:
18
3= ⇒ 𝑡𝑡𝑟𝑎𝑣𝑒𝑠𝑠𝑖𝑎 = 6 𝑠
𝑡𝑡𝑟𝑎𝑣𝑒𝑠𝑠𝑖𝑎
Deslocamento que o tronco teria nesse intervalo de tempo caso o homem não estivesse
deslocando em sua superfície:
𝑑ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡é𝑡𝑖𝑐𝑜 = 4 ⋅ 6 = 24 𝑚
Entretanto, a relação entre o homem e o tronco se dá por forças internas, dessa forma, para que
o centro de massa seja mantido numa posição constante no referencial do tronco, devemos ter um
pequeno deslocamento do tronco para trás:
𝑙
400 ⋅ 2
= 𝑥cm = 7,5𝑚
400 + 80
Deslocamento de recuo do tronco:
𝑥𝑐𝑚 + 𝑑 = 𝑙 − 𝑥𝑐𝑚 ⇒ 𝑑 = 3𝑚
Assim:
d𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑜 = dℎ𝑖𝑝𝑜𝑡é𝑡𝑖𝑐𝑜 − 𝑑 = 21 𝑚
Gabarito: 21 m
Comentários:
Pela conservação da energia, encontramos a velocidade com que a esfera atinge o nosso bloco:
𝑚 ⋅ 𝑣2
𝑚⋅𝑔⋅ℎ = ⇒ 𝑣 = √2𝑔ℎ = 3 𝑚⁄𝑠
2
Conservação da quantidade de movimento:
𝑚 ⋅ 𝑣 = −𝑚 ⋅ 𝑢 + 𝑀 ⋅ 𝜗
𝑢+𝜗
=1
𝑣
Das equações (iii) e (iv), temos um sistema de duas equações e duas incógnitas cuja solução nos
dá:
𝜗 = 2,4 𝑚⁄𝑠
A energia da bolinha após passar pela zona de atrito será totalmente convertida em energia
potencial gravitacional para que seja atingida assim a altura máxima:
𝑀 ⋅ 𝜗2 𝜗2 1
− 𝜇𝑀𝑔𝑑 = 𝑀𝑔ℎ ⇒ ℎ = [ − 𝜇𝑔𝑑 ] ⋅ = 0,088 𝑚
2 2 𝑔
Gabarito: 𝒉 = 𝟎, 𝟎𝟖𝟖 𝒎
Comentários:
Vamos assumir por hipótese que as duas partículas vão para a direita da figura após a colisão:
Como assumimos o referencial positivo para a direita, concluímos que a bolinha 2 passa a ir para
a direita e a bolinha 1 passa a ir para a esquerda.
a) Qual o tempo total de colisão entre o carrinho e a mola (tempo em que ambos ficarão em
contato)?
b) Faça uma estimativa razoável do impulso total fornecido pela mola após o choque.
Comentários:
a) Caso a mola estivesse presa ao corpo, o período de oscilação do sistema seria dado por:
𝑚
𝑇 =2⋅𝜋⋅√
𝑘
Entretanto, podemos observar que o movimento que o corpo equivale à metade de um período
de oscilação completo, e, portanto, eles ficarão em contato o tempo total de:
𝑇 𝑚
=𝑡 =𝜋⋅√
2 𝑘
b) O impulso é dado pela variação da quantidade de movimento do corpo, como a velocidade não muda
de direção, somente de sentido, podemos escrever:
𝐼 = 𝑚 ⋅ 𝑣 − (−𝑚 ⋅ 𝑣) = 2𝑚 ⋅ 𝑣
𝒎
Gabarito: a) 𝒕 = 𝝅 ⋅ √ 𝒌 ; b) 𝑰 = 𝟐𝒎 ⋅ 𝒗
Comentários:
Pela geometria, quando o pêndulo colide com a parede, ele está na altura de:
ℎ = 0,2𝐿
As colisões vão parar quando o pêndulo chegar na parede com velocidade zero, neste momento
sua energia vai ser:
𝐸𝑓 = 𝑚𝑔ℎ = 0,2𝑚𝑔𝐿
𝐸𝑓 = 𝐸0 ∙ (0,9)𝑛
log 0,4
0,4 = (0,9)𝑛 ⇒ n = log 0,9 (0,4) =
log 0,9
𝑛 ≅ 8,7
Gabarito: 9 colisões
Comentários:
𝑀𝑣 2 5𝑀𝑢2
𝑀𝑔𝑅 = +
2 2
Na horizontal, o sistema é isolado de forças externas, portanto, a quantidade de movimento na
direção horizontal se conserva:
𝑀𝑣 − 5𝑀𝑢 = 0 ∴ 𝑣 = 5𝑢
Substituindo, temos:
𝑢 = 2 𝑚/𝑠
∴ 𝑣 = 10 𝑚/𝑠
Gabarito: 𝟏𝟎 𝒎/𝒔
Comentários:
a) Devido à ausência de forças externas e pelo fato de não haver forças dissipativas, podemos dizer que
nosso sistema é conservativo, isto é, a energia mecânica do sistema se conserva. Além disso, quando 𝑚1
se choca com 𝑚2 , o tempo de colisão é muito pequeno de tal forma que podemos conversar a quantidade
de movimento na colisão.
b) Desprezando os atritos, todas as forças que agem no corpo 1 antes da colisão são conservativas. Assim,
podemos encontrar a velocidade do corpo 1 imediatamente antes da colisão, usando o fato de que a
energia se conserva:
𝑚1 𝑣12
𝑚1 𝑔ℎ = 𝑚1 𝑔𝑟 +
2
𝑣1 = √2𝑔(ℎ − 𝑟)
𝑚1 𝑣1 = 𝑚1 ∙ 0 + 𝑚2 𝑣2
𝑚1 𝑣1
𝑣2 =
𝑚2
𝑔𝑡 2
𝑟 = 0+ ⇒ 𝑟 = 𝑣2 ∙ 𝑡
2
𝑟 2
2𝑟 = 𝑔 ( )
𝑣2
Substituindo, temos:
𝑚1 𝑣1 2
2𝑣2 2 = 𝑟𝑔 ⇒ 2 ( ) = 𝑟𝑔
𝑚2
𝑚1 2
2 ( ) ∙ 2(ℎ − 𝑟) = 𝑟
𝑚2
𝑚2 2 1
ℎ = 𝑟 [( ) ∙ + 1]
𝑚1 4
𝒎 𝟐 𝟏
Gabarito: a) ver comentários. b) 𝒉 = 𝒓 [(𝒎𝟐 ) ∙ 𝟒 + 𝟏]
𝟏
(AFA – 2021)
Numa partida de vôlei, certo atleta dá um mergulho na quadra, a uma distância x = 2,5 m da rede,
defendendo um ataque adversário, conforme figura a seguir. Após essa defesa, considere que a bola
é lançada de uma altura desprezível em relação ao chão, de forma que sua velocidade faz um ângulo
de 45º com a direção horizontal. Ao longo de sua trajetória, essa bola toca a fita da rede caindo,
posteriormente, do outro lado da quadra. Imediatamente antes e imediatamente após tocar a fita,
a velocidade da bola tem direção horizontal. A distância x’, onde a bola cai na quadra, é igual à
metade da altura h da fita. Despreze a resistência do ar e considere a bola uma partícula de massa
200 g, cujo movimento se dá no plano da figura. O módulo do impulso, aplicado pela fita sobre a
bola, em N⋅s, vale
Comentários:
𝑣0 sin 45°
𝑡𝑠 =
𝑔
A distância x vale:
𝑣02
𝑥 = 𝑣0 cos 45° 𝑡𝑠 = = 2,5 → 𝑣0 = √50 𝑚/𝑠
20
Dessa forma:
1
𝑡𝑠 = 𝑠
2
A altura h vale:
𝑣0 sin 45° 𝑡𝑠 5
ℎ= = 𝑚
2 4
A distância x’ vale:
𝐻 5
𝑥′ = = 𝑚
2 8
A velocidade imediatamente depois de colidir é:
′ ′
5
𝑥 ′ = 𝑣0𝑥 𝑡𝑠 → 𝑣0𝑥 = 𝑚/𝑠
4
A variação de velocidade é:
15
Δ𝑣 = 𝑚/𝑠
4
O impulso vale:
𝐼 = 𝑚Δ𝑣 = 0,75 𝑁 ⋅ 𝑠
Gabarito: B
(AFA – 2021)
Uma partícula de massa M é lançada obliquamente com sua velocidade inicial 𝑣⃗0 fazendo um ângulo
de 30º com a direção horizontal, conforme indica figura a seguir. Ao atingir a altura máxima de sua
trajetória parabólica, essa partícula colide inelasticamente com um bloco de massa 5M. Esse bloco,
de dimensões desprezíveis, está preso ao teto por um fio ideal, de comprimento 1,2 m, formando
um pêndulo balístico. Inicialmente o fio do pêndulo está na vertical. Após a colisão, o pêndulo atinge
uma altura máxima, na qual o fio tem uma inclinação de 30º em relação à direção horizontal.
Desprezando a resistência do ar, o módulo da velocidade inicial da partícula, 𝑣0 , em m/s, é igual a
a) 5,0 b) 10 c) 15 d) 24
Comentários:
𝑣𝑥 = 𝑣0 cos 30°
6𝑀𝑣𝑥′ = 𝑀𝑣𝑥
𝑣0 cos 30°
𝑣𝑥′ =
6
Por conservação de energia:
6𝑀𝑣𝑥′2
= 6𝑀𝑔𝑅(1 − sin 30°)
2
𝑣𝑥′ = √𝑔𝑅
6√𝑔𝑅
𝑣0 = = 24 𝑚/𝑠
cos 30°
Gabarito: D
(AFA – 2020)
A partícula 1, no ponto A, sofre uma colisão perfeitamente elástica e faz com que a partícula 2,
inicialmente em repouso, percorra, sobre uma superfície, a trajetória ABMCD, conforme figura a
seguir.
O trecho BMC é um arco de 90° de uma circunferência de raio R = 1,0 m.
Ao passar sobre o ponto M, a partícula 2 está na iminência de perder o contato com a superfície. A
energia mecânica perdida, devido ao atrito, pela partícula 2 ao longo do trecho ABM é exatamente
igual à que ela perde no trecho MCD. No ponto D, a partícula 2 sofre outra colisão, perfeitamente
elástica, com a partícula 3, que está em repouso. As partículas 1 e 3 possuem mesma massa, sendo
a massa de cada uma delas o dobro da massa da partícula 2. A velocidade da partícula 1,
imediatamente antes da colisão no ponto A, era de 6,0 m/s. A aceleração da gravidade é constante
e igual a g. Desprezando a resistência do ar, a velocidade da partícula 3, imediatamente após a
colisão no ponto D, em m/s, será igual a
Comentários:
Colisão em A:
2𝑚 ⋅ 𝑣1 = 2𝑚 ⋅ 𝑣1′ + 𝑚 ⋅ 𝑣2′
𝑣2′ − 𝑣1′
1= → 𝑣2′ = 𝑣1′ + 𝑣1
𝑣1 − 0
𝑣1
2𝑣1 = 2𝑣1′ + 𝑣1′ + 𝑣1 → 𝑣1′ = = 2𝑚/𝑠
3
𝑣2′ = 8𝑚/𝑠
Em M:
2
𝑚𝑣𝑀
𝑁 = 0 → 𝑚𝑔 = → 𝑣𝑀 = √𝑔𝑅 = √10𝑚/𝑠
𝑅
2
𝑚𝑣𝑀 𝑚𝑣𝐴2
+ 𝑚𝑔(2𝑅) = − 𝜏 → 5𝑚 + 20𝑚 = 32𝑚 − 𝜏
2 2
𝜏 = 7𝑚
Antes da colisão em D:
2
𝑚𝑣𝑀 𝑚𝑣𝐷2
+ 𝑚𝑔(2𝑅) − 𝜏 =
2 2
𝑚𝑣𝐷2
5𝑚 + 20𝑚 − 7𝑚 =
2
6𝑚
𝑣𝐷 =
𝑠
Depois da colisão em D:
𝑚 ⋅ 𝑣2 = 𝑚 ⋅ 𝑣2′ + 2𝑚𝑣3′
𝑣3′ − 𝑣2′
1= → 𝑣3′ = 𝑣2′ + 𝑣2
𝑣2 − 0
Gabarito: B
(AFA – 2019)
A montagem da figura a seguir ilustra a descida de uma partícula 1 ao longo de um trilho curvilíneo.
Partindo do repouso em A, a partícula chega ao ponto B, que está a uma distância vertical H abaixo
do ponto A, de onde, então, é lançada obliquamente, com um ângulo de 450 com a horizontal.
A partícula, agora, descreve uma trajetória parabólica e, ao atingir seu ponto de altura máxima,
nessa trajetória, ela se acopla a uma partícula 2, sofrendo, portanto, uma colisão inelástica. Essa
segunda partícula possui o dobro de massa da primeira, está em repouso antes da colisão e está
presa ao teto por um fio ideal, de comprimento maior que H, constituindo, assim, um pêndulo.
Considerando que apenas na colisão atuaram forças dissipativas, e que o campo gravitacional local
é constante. O sistema formado pelas partículas 1 e 2 atinge uma altura máxima h igual a
𝐻 𝐻 𝐻 𝐻
a) b) 9 c) 16 d) 18
3
Comentários:
𝑚𝑣𝑏2
𝑚𝑔𝐻 =
2
𝑣𝑏 = √2 𝑔 𝐻
A velocidade do conjunto pós colisão pode ser calculado pela conversação da quantidade de
movimento/momento linear:
𝑚 ∗ √𝑔𝐻 = 3𝑚 ∗ 𝑣
√𝑔𝐻
𝑣=
3
A altura máxima pode ser calculada pela conservação de energia mecânica:
𝑚𝑣 2 𝑚𝑔𝐻
𝑚𝑔ℎ = =
2 18
𝐻
ℎ=
18
Gabarito: D
(AFA – 2015)
Considere duas rampas 𝐴 e 𝐵, respectivamente de massas 1 𝑘𝑔 e 2 𝑘g, em forma de quadrantes de
circunferência de raios iguais a 10 m, apoiadas em um plano horizontal e sem atrito. Duas esferas 1
e 2 se encontram, respectivamente, no topo das rampas 𝐴 e 𝐵 e são abandonadas, do repouso, em
um dado instante, conforme figura abaixo.
Quando as esferas perdem contato com as rampas, estas se movimentam conforme os gráficos de
suas posições 𝑥, em metros, em função do tempo 𝑡, em segundos, abaixo representados.
𝑚1
Desprezando qualquer tipo de atrito, a razão das massas 𝑚1 e 𝑚2 das esferas 1 e 2,
𝑚2
respectivamente, é
1 3
a) b) 1 c) 2 d)
2 2
Comentários:
No metade da queda:
√3
𝑣1 = 𝑣2 = 𝑚/𝑠
2
Por conservação da quantidade de movimento:
0 = 𝑚1 𝑣1 + 𝑚𝑎 𝑣𝑎 → 𝑣𝑎 = −𝑚1 𝑣1 /𝑚𝑎
0 = 𝑚2 𝑣2 + 𝑚𝑏 𝑣𝑏 → 𝑣𝑏 = −𝑚2 𝑣2 /𝑚𝑏
𝑚1 𝑔𝑅 𝑚1 𝑣12 𝑚𝑎 𝑣𝑎2
= +
2 2 2
𝑚1 𝑔𝑅 𝑚1 𝑣12 𝑚𝑎 𝑚1 𝑣1 2 𝑚1 𝑣12 𝑚12 𝑣12 𝑚1 𝑣12 𝑚𝑎 + 𝑚1
= + (− ) = + = ⋅
2 2 2 𝑚𝑎 2 2𝑚𝑎 2 𝑚𝑎
𝑔𝑅
𝑚1 = 𝑚𝑎 ( 2 − 1)
𝑣1
𝑔𝑅
𝑚2 = 𝑚𝑏 ( 2 − 1)
𝑣2
𝑔𝑅
−1
𝑚1 𝑚𝑎 𝑣12 1
=( )⋅( )=
𝑚2 𝑚𝑏 𝑔𝑅 2
−1
𝑣22
Gabarito: A
(AFA – 2014)
Uma partícula 𝐴, de massa m e carga elétrica q, está em repouso no momento em que uma segunda
partícula 𝐵, de massa e carga elétrica iguais às de 𝐴, é lançada com velocidade de módulo igual a
𝑣0 , na direção 𝑥, conforme ilustra a figura abaixo.
A partícula 𝐵 foi lançada de um ponto muito distante de 𝐴, de tal forma que, no instante do
lançamento, as forças elétricas coulombianas entre elas possam ser desprezadas. Sendo 𝐾 a
constante eletrostática do meio e considerando apenas interações eletrostáticas entre essas
partículas, a distância mínima entre 𝐴 e 𝐵 será igual a
8 𝑚𝑣02 3 𝐾𝑣02 𝐾𝑞 2 𝐾𝑞 2
a) b) c) 2 d) 4
3 𝐾𝑞 2 4 𝑚𝑞 2 𝑚𝑣02 𝑚𝑣02
Comentários:
A distância mínima ocorre quando ambas as partículas tem a mesma velocidade. Por conservação
da quantidade de movimento:
𝑣0
𝑚𝑣 + 𝑚𝑣 = 𝑚𝑣0 → 𝑣 =
2
Por conservação de energia:
𝑚𝑣02 𝑚𝑣 2 𝑚𝑣 2 𝑘𝑞 2
= + +
2 2 2 𝑑
𝑚𝑣02 𝑣0 2 𝑘𝑞 2
= 𝑚( ) +
2 2 𝑑
𝑘𝑞 2 𝑚𝑣02
=
𝑑 4
4𝑘𝑞 2
𝑑=
𝑚𝑣02
Gabarito: D
(EN – 2011)
Uma pista é composta por um trecho retilíneo longo horizontal seguido do trecho circular vertical
de raio R (conforme a figura abaixo). O carrinho (1) (partícula), de massa m1 = 1,0 kg e velocidade
v⃗⃗⃗⃗=
1 5,0. î (m/ s), colide com o carrinho (2) (partícula), de massa m2 = 2,0kg, em repouso no trecho
retilíneo. Despreze os atritos. O coeficiente de restituição do choque vale 0,80. Após a colisão, o
carrinho (2) sobe o trecho circular vertical e, num certo instante, passa pela primeira vez na
posição A, de altura ha = R, com velocidade tal que o módulo da força normal da pista sobre o
carrinho é igual ao módulo do seu peso. Nesse instante, o módulo da velocidade (em m/ s) do
carrinho (2) em relação ao carrinho (1) é
Comentários:
𝑚1 𝑣1 + 𝑚2 𝑣2 = 𝑚1 𝑣1′ + 𝑚2 𝑣2′
𝑣1 = 𝑣1′ + 2𝑣2′
𝑣2′ − 𝑣1′
𝑒= = 0,8
𝑣1
Logo:
3𝑚
𝑣2′ = 0,6𝑣1 =
𝑠
1𝑚
𝑣1′ = −0,2𝑣1 = −
𝑠
Em A:
𝑚2 𝑣𝐴2 𝑚2 𝑣𝐴2 𝑚2 𝑔𝑅
𝑁= = 𝑚2 𝑔 → =
𝑅 2 2
𝑚2 𝑣𝐴2 𝑚2 𝑣2′2
+ 𝑚2 𝑔𝑅 =
2 2
𝑚2 𝑔𝑅 𝑚2 𝑣2′2
+ 𝑚2 𝑔𝑅 =
2 2
3 𝑣2′2
𝑔𝑅 = → 𝑅 = 0,3𝑚
2 2
√3𝑚
𝑣𝐴 = √𝑔𝑅 =
𝑠
Como as velocidades são ortogonais:
2𝑚
𝑣12 = √3 + 1 =
𝑠
Gabarito: D
(EN – 2010)
Dois pêndulos constituídos por fios de massas desprezíveis e de comprimento L = 2,0 m estão
pendurados em um teto em dois pontos próximos de tal modo que as esferas A e B, de raios
desprezíveis, estejam muito próximas, sem se tocarem. As massas das esferas valem mA = 0,10 kg
e mB = 0,15 kg. Abandona-se a esfera A quando o fio forma um ângulo de 60° com a vertical,
estando a esfera B do outro pêndulo na posição de equilíbrio. Sabendo que, após a colisão frontal,
a altura máxima alcançada pelo centro de massa do sistema, em relação à posição de equilíbrio, é
de 0,40 m, o coeficiente de restituição da colisão é Dado: | g | = 10,0 m/ s 2
Comentários:
3
𝑚𝐴 𝑣𝐴 = 𝑚𝐴 𝑣𝐴′ + 𝑚𝐵 𝑣𝐵′ → 𝑣𝐴′ = 𝑣𝐴 − 𝑣𝐵′
2
Por conservação de energia pós-choque:
𝑚𝐴 𝑣𝐴′2 𝑚𝐵 𝑣𝐵′2
+ = (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 )𝑔𝐻
2 2
0,1𝑣𝐴′2 + 0,15𝑣𝐵′2 = 0,5𝑔𝐻
3 ′ 2
2 (𝑣𝐴 − 𝑣𝐵 ) + 3𝑣𝐵′2 = 10𝑔𝐻
2
9
2𝑣𝐴2 − 6𝑣𝐴 𝑣𝐵′ + 𝑣𝐵′2 + 3𝑣𝐵′2 = 40
2
15 ′2 4√20
40 − 6√20𝑣𝐵′ + 𝑣𝐵 = 40 → 𝑣𝐵′ = 𝑚/𝑠
2 5
√20
𝑣𝐴′ = − 𝑚/𝑠
5
𝑣𝐵′ − 𝑣𝐴′
𝑒= =1
𝑣𝐴
Gabarito: E
(EN – 2009)
Uma bola de golfe percorre 7, 2m horizontalmente e atinge uma altura máxima de 1, 8m antes de
colidir com o solo. Durante o choque com o solo, a bola sofre um impulso na vertical e
imediatamente após o choque sua velocidade forma um ângulo de 30° com a horizontal, conforme
indica a figura. Quanto vale o coeficiente de restituição da colisão?
Dados: g = 10m/s 2 ; sen30° = 1 ⁄ 2 ; sen60° = √3 ⁄ 2
√3 2 √3 √2
a) b) 3 c) d) e) 1
2 3 3
Comentários:
𝑉02 sin2 𝜃
= 1,8 → 𝑉0 sin 𝜃 = 6 → 𝑉0 = 6/ sin 𝜃
2𝑔
𝑉02 sin 2𝜃
= 7,2 → 𝑉02 sin 𝜃 cos 𝜃 = 36
𝑔
36
( 2 ) sin 𝜃 cos 𝜃 = 36 → tan 𝜃 = 1 → 𝜃 = 45°
sin 𝜃
Logo, no momento da colisão:
𝑉0 √2
𝑉𝑥 = −𝑉𝑦 =
2
Como a colisão ocorre no plano horizontal, somente 𝑉𝑦 muda. Pelo ângulo falado pelo exercício:
𝑉𝑦′ √3 𝑉0 √6
= tan 30° = → 𝑉𝑦′ =
𝑉𝑥 3 6
𝑉𝑦′ √3
𝑒= =
𝑉𝑦 3
Gabarito: C
(EN – 2008)
Uma esfera de madeira, de massa igual a 4,00 𝑘𝑔, é solta de uma altura igual a 1,80 m de um piso
horizontal (massa infinita). No choque, o piso exerce uma força média de módulo igual a 12 ⋅ 103 𝑁 ,
atuando no intervalo de tempo de 3,00 𝑚𝑠. Desprezando-se a resistência do ar, o coeficiente de
restituição do choque vale:
Dado: |𝑔̅ | = 10,0𝑚/𝑠 2
a) 0,30 b) 0,40 c) 0,45 d) 0,50 e) 0,60
Comentários:
A velocidade final da esfera pode ser calculada por (veja que o sentido das velocidades é oposto):
−𝑚𝑣 + 𝐼 = 𝑚𝑣 ′ → −4 ⋅ 6 + 36 = 4 ⋅ 𝑣 ′ → 𝑣 ′ = 3 𝑚/𝑠
𝑣′
𝑒= = 0,5
𝑣
Gabarito: D
(EN – 2008)
Um projétil de chumbo, de massa igual a 10,0 gramas, está na temperatura de 27,0°𝐶 e se desloca
horizontalmente com velocidade de 400 𝑚/𝑠 quando se choca com um bloco de massa 5,00 𝑘𝑔,
inicialmente em repouso sobre uma superfície horizontal. Os coeficientes de atrito entre o bloco e
a superfície horizontal valem 0,300 e 0,200. O projétil penetra no bloco e o conjunto passa a se
mover com uma velocidade de 2,00 𝑚/𝑠. Admitindo-se que a energia cinética perdida pelo projétil
seja transformada em calor e que 40% deste calor foi absorvido pelo próprio projétil, a variação de
entropia (em J/K) do projétil é, aproximadamente, igual a
Dados:
calor específico do chumbo sólido = 1,30 𝑥 102 𝐽/𝑘𝑔°𝐶
calor latente de fusão do chumbo = 2,50 𝑥 104 𝐽/𝑘𝑔
temperatura de fusão do chumbo = 327 °C ;
conversão: 0°C = 273K
𝑙𝑛10 = 2,30; ln 3,62 = 1,29; ln 1,81 = 0,59
a) 0,500 b) 0,740 c) 0,767 d) 0,800 e) 0,830
Comentários:
Resposta: Porque existe atrito. No tempo que demora a colisão existe força externa (atrito), e
portanto não há conservação da quantidade de movimento. O atrito, entretanto, é muito menor que a
força de restituição do choque, e geralmente não altera tanto a quantidade de movimento quando os
corpos têm a mesma massa, mas quando um corpo é muito menor que o outro, ele pode ser bem
importante.
𝑚𝑣 2 (𝑚 + 𝑀)𝑣 ′2 −2
4002 22
Δ𝐸 = − = 10 ⋅ − 5,01 ⋅ = 790𝐽
2 2 2 2
𝑄 = 0,4Δ𝐸 = 316𝐽
316
𝑄 = 𝑚𝑐Δ𝑇 → Δ𝑇 = = 243°𝐶 → 𝑇𝑓 = 270°𝐶
1,3
𝑇𝑓 543
Δ𝑆 = mc ln = 10−2 ⋅ 130 ⋅ ln ( ) = 1,3 ⋅ ln(1,81) = 0,767 𝐽/𝐾
𝑇𝑖 300
Gabarito: C
(EN – 2008)
Duas pedras A e B, de mesma massa, são lançadas simultaneamente, da mesma altura H do solo,
com velocidades iguais de módulo V. A pedra A foi lançada formando um ângulo de 10° abaixo da
horizontal e a pedra B foi lançada formando um ângulo de 60° acima da horizontal. Despreze a
resistência do ar e considere a aceleração da gravidade constante. Podemos afirmar corretamente
que, ao atingir o solo:
a) o módulo da quantidade de movimento linear da pedra A é menor do que o da pedra B e ambas
atingem o solo no mesmo instante.
b) o módulo da quantidade de movimento linear da pedra B é igual ao da pedra A e as pedras
chegam ao solo em instantes diferentes.
c) a energia cinética da pedra A é menor do que a da pedra B e as pedras chegam ao solo em
instantes diferentes.
d) a energia cinética da pedra A é igual a da pedra B e ambas atingem o solo no mesmo instante.
e) a energia cinética da pedra A tem o mesmo valor numérico do módulo da quantidade de
movimento linear da pedra B e as pedras chegam ao solo em instantes diferentes.
Comentários:
𝑔𝑡 2
0 = 𝐻 + 𝑉0 sin 𝜃 𝑡 − → 𝑔𝑡 2 − 2𝑉0 sin 𝜃 𝑡 − 2𝐻 = 0
2
Δ = 4𝑉02 sin2 𝜃 + 8𝑔𝐻
Sendo 𝜃 = 60° e 𝛼 = −10°, para que os tempos fossem iguais, deveríamos ter:
𝑉02 sin2 𝜃 − 2𝑉0 sin 𝜃 √𝑉02 sin2 𝛼 + 2𝑔𝐻 + 𝑉02 sin2 𝛼 + 2𝑔𝐻 = 𝑉02 sin2 𝛼 − 2𝑉0 sin 𝛼 √𝑉02 sin2 𝜃 + 2𝑔𝐻 + 𝑉02 sin2 𝜃 + 2𝑔𝐻
𝑉02 sin2 𝛼 sin2 𝜃 + 2𝑔𝐻 sin2 𝜃 = 𝑉02 sin2 𝛼 sin2 𝜃 + 2𝑔𝐻 sin2 𝛼
sin2 𝜃 = sin2 𝛼
Das duas soluções, ao substituirmos na equação vemos que somente sin 𝜃 = sin 𝛼 é possível,
portanto 𝜃 = 𝛼 ou 𝜃 = 180° − 𝛼, o que não vale para os ângulos mencionados. Dessa forma, as pedras
caem em instantes diferentes.
Ao atingir o solo:
2
𝑚𝑉02 𝑚𝑉𝑐ℎã𝑜
+ 2𝑔𝐻 =
2 2
Portanto, a velocidade no chão é a mesma para ambas as massas, e o mesmo vale para a
quantidade de movimento e a energia cinética.
Gabarito: B
(EN – 2007)
Os corredores A e B, que pesam 560 N e 700 N respectivamente, estão colocados nas extremidades
de uma prancha de peso igual a 500 N, que pode deslizar livremente sobre o gelo onde se apoia,
conforme a figura. Eles partem do repouso, correndo na mesma direção e sentidos opostos, com
acelerações de módulos: 𝑎𝐴 = 2,00 𝑚/𝑠 2 e 𝑎𝐵 = 3,00 𝑚/𝑠 2 , até alcançarem a velocidade
constante de módulo igual a 6,00 m/s, relativamente à prancha. Calcule:
a) o módulo da velocidade da prancha no instante em que os corredores se encontram; e (8 pontos)
b) o intervalo de tempo para os corredores se encontrarem. (7 pontos)
Dado: |𝑔⃗| = 10,0 𝑚/𝑠 2
Comentários:
a) Considerando o referencial do gelo, como não existem forças externas, existe conservação da
quantidade de movimento:
𝑚𝐴 𝑣𝐴 + 𝑚𝐵 𝑣𝐵 + 𝑚𝑃 𝑣𝑃 = 0
𝑣𝑃 = −0,477 𝑚/𝑠
2𝑡 2
𝑥𝐴 = =9𝑚
2
No instante 𝑡 = 3𝑠 o corredor B estará em:
3 ⋅ 22
𝑥𝐵 = 100 − − 6 ⋅ 1 = 88𝑚
2
88 − 9
𝑡 = 3+ = 16,2 𝑠
6
Gabarito: A. 0,477 m/s B. 16,2 s
(EN – 2005)
Três mols de um certo gás ideal, cujo calor molar a pressão constante vale 5,00 cal/mol. k, está no
interior do cilindro da figura abaixo. O gás recebe calor de uma fonte térmica (não indicada na figura)
de tal maneira que a sua temperatura aumenta de 10,0°C. Ao absorver calor verifica-se que o pistão,
adiabático e de massa desprezível, se eleva de 2,00 metros. Sobre o pistão temos o bloco 1 de massa
m1 = 20,0 kg. Considere: |g ⃗⃗| = 10 m/s 2 e 1, 00 cal = 4,18 J .
Comentários:
Δ𝑈 = 𝑄 − 𝑊 = 378 𝐽
𝑄 5
Logo 𝛾𝑔á𝑠 = Δ𝑈 = 3: O gás é monoatômico.
Como foi dito que o volume aumentou, a pressão atmosférica deveria ser negativa, o que é um
absurdo. Também não foi dado o valor de R, fazendo com que o aluno usasse mgH e Pa. Não foi dito qual
a pressão atmosférica, e mesmo se o aluno considerasse zero, vemos que isso faz com que o exercício
ainda sim seja incoerente.
𝑚2 𝑣2 = 𝑚1 𝑣1′ + 𝑚2 𝑣2′
𝑣1′ − 𝑣2′
0,8 = → 𝑣1′ − 𝑣2′ = 0,8𝑣2
𝑣2
𝑣1′ − 5 + 2𝑣1′ = 4
𝑣1′ = 3𝑚/𝑠
𝑣2′ = 2 𝑚 /𝑠
(EFOMM – 2021)
Uma mola de massa desprezível e de constante elástica 𝑘 = 100 𝑁/𝑚 tem um tamanho natural de
1 m e é comprimida para que se acomode num espaço de 60 cm entre duas caixas de massas 1 kg e
2 kg. O piso horizontal não tem atrito, e o sistema é mantido em repouso por um agente externo
não representado na figura.
Assim que o sistema é liberado, a mola se expande e empurra as caixas até atingir novamente seu
tamanho natural, momento em que o contato entre os três objetos é perdido. A partir desse
instante, a caixa de massa 1 kg segue com velocidade constante de módulo:
3 2
(A) 2√2 𝑚/𝑠 (B) 2 √2 𝑚/𝑠 (C) 4 𝑚/𝑠 (D) 4√3 𝑚/𝑠 (E) 5 𝑚/𝑠
Comentários:
Δ𝐸𝑚𝑒𝑐 = 0
𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
𝐸𝑚𝑒𝑐 = 𝐸𝑚𝑒𝑐
1 1 1
𝑚𝑣 2 + 𝑀𝑉 2 = 𝐾 ⋅ Δ𝑥 2
2 2 2
𝑚𝑣 2 + 𝑀𝑉 2 = 𝐾 ⋅ Δ𝑥 2 (𝑒𝑞. 1)
Em que a deformação da mola é dada por Δ𝑥 = 1 − 0,6 = 0,4 𝑚. No exato momento em que o
sistema fica livre do agente externo, não existe forças externas atuando na direção horizontal. Não há
atrito entre os corpos e o solo, e a força elástica é interna ao sistema formado pelos corpos. Portanto, há
conservação da quantidade de movimento na horizontal.
Δ𝑄𝑥 = 0
𝑣
𝑚𝑣 = 𝑀𝑉 ⇒ 1 ⋅ 𝑣 = 2 ⋅ 𝑉 ⇒ 𝑉 = (𝑒𝑞. 2)
2
Substituindo 2 em 1 e colocando os valores do enunciado, temos:
𝑣 2 3𝑣 2
1 ⋅ 𝑣 2 + 2 ⋅ ( ) = 100 ⋅ 0,42 ⇒ = 42
2 2
2
𝑣 = 4√ 𝑚/𝑠
3
Gabarito: D
(ITA – 1998)
Uma bala de massa 10 g é atirada horizontalmente contra um bloco de madeira de 100 g que está
fixo, penetrando nele 10 cm até parar. Depois, o bloco é suspenso de tal forma que se possa mover
livremente e uma bala idêntica à primeira é atirada contra ele. Considerando a força de atrito entre
a bala e a madeira em ambos os casos como sendo a mesma, conclui-se que a segunda bala penetra
no bloco a uma profundidade de aproximadamente:
a) 8.0 cm. b) 8.2 cm. c) 8.8 cm. d) 9.2 cm. e) 9.6 cm.
Comentários:
0,01 ∙ 𝑣02
𝐹𝑟𝑒𝑠 ∙ 0,1 =
2
𝐹𝑟𝑒𝑠 = 0,05𝑣02
No segundo tiro, as velocidades finais podem ser encontradas pela conservação da quantidade de
movimento:
1
0,01 ∙ 𝑣0 = (0,11 + 0,01)𝑣` ⇒ 𝑣` = 𝑣
12 0
Para o bloco:
𝐹𝑟𝑒𝑠 ∙ 𝑑1 = ∆𝐸𝑐𝑖𝑛
2
0,11 1
0,05𝑣02 ∙ 𝑑1 = ∙ ( 𝑣0 ) − 0
2 12
1,1
𝑑1 = 𝑚
144
Para o projétil:
𝐹𝑟𝑒𝑠 ∙ 𝑑2 = ∆𝐸𝑐𝑖𝑛
2
0,01 1 0,01
0,05𝑣02 ∙ 𝑑2 = ∙ ( 𝑣0 ) − ∙ (𝑣0 )2
2 12 2
14,3
𝑑2 = 𝑚
144
A distância que a bala penetrou é dada por:
𝐷 = 𝑑2 − 𝑑1 ≅ 9,2 𝑐𝑚
Gabarito: D
(ITA – 1998)
Uma massa 𝑚 em repouso drvide-se em duas partes, uma com massa 2𝑚/3 e outra com massa
𝑚/3. Após a divisão, a parte com massa 𝑚/3 move-se para a direita com uma velocidade de módulo
𝑣1 . Se a massa 𝑚 estivesse se movendo para a esquerda com velocidade de módulo 𝑣 antes da
divisão, a velocidade da parte 𝑚/3 depois da divisão seria:
1
a) (3 𝑣1 − 𝑣) para a esquerda. b) (𝑣1 − 𝑣) para a esquerda.
1
c) (𝑣1 − 𝑣) para a direita. d) (3 𝑣1 − 𝑣) para a direita.
e) (𝑣1 + 𝑣) para a direita.
Comentários:
𝑚1 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣1 + 𝑚2 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣2
𝑣𝑐 𝑚 =
⃗⃗⃗⃗
𝑚1 + 𝑚2
Suponha agora que a velocidade do centro de massa seja alterada de um valor 𝑣⃗; assim:
𝑚1 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣1 + 𝑚2 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣2
𝑣𝑐 𝑚 − 𝑣⃗ =
⃗⃗⃗⃗ − 𝑣⃗
𝑚1 + 𝑚2
𝑚1 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
(𝑣1 − 𝑣⃗) + 𝑚2 (𝑣
⃗⃗⃗⃗⃗2 − 𝑣⃗)
𝑣𝑐 𝑚 − 𝑣⃗ =
⃗⃗⃗⃗
𝑚1 + 𝑚2
Assim como demonstrado acima, o centro de massa do sistema apresentado muda de − 𝑣⃗ de uma
situação para a outra, dessa forma, pode-se calcular a nossa velocidade que uma das partes integrantes
terá apenas subtraindo também o vetor − 𝑣⃗.
Gabarito: C
(ITA – 2002)
Uma tampa rolante pesa 120 𝑁 e se encontra Inicialmente em tepousa conto mostra a figura. Um
bloco que pesa 80 𝑁 também em repousa e abandonado no ponto 1, deslizando a seguir sobre a
rampa. O centro de massa 𝐺 da rampa tem coordenadas: 𝑥𝐺 = 2𝑏/3 e 𝑦𝐺 = 𝑐/3. Sâo dados ainda:
𝑎 = 15,0 𝑚 e 𝑠𝑒𝑛 𝛼 = 0,6. Desprezando os possíveis atritos e as dimensões do bloco, pode-se
afirmar que a distância percorrida pela rampa no sola até o instante em que o bloco atinge o ponto
2, é
a) 16,0 m
b) 30,0 m
c) 4,8 m
d) 24,0 m
e) 9,6 m
Comentários:
Como não existem forças externas no eixo das abcissas, o 𝑋𝐶𝑀 se conserva.
Inicialmente:
2𝑏
𝑋1 𝑚1 + 𝑋2 𝑚2 𝑏 ∙ 𝑚1 + 3 𝑚2
𝑋𝐶𝑀 = =
𝑚1 + 𝑚2 𝑚𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
Depois da rampa ter percorrido uma distância d no solo e o bloco ter deslizado até o chão:
2𝑏
𝑑 ∙ 𝑚1 + (𝑑 + 3 )𝑚2
𝑋𝐶𝑀 =
𝑚𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑑 = 4,8 𝑚
Gabarito: C
(ITA – 2008)
Numa brincadeira de aventura, o garoto (de massa 𝑀) lança-se por uma corda amarrada num galho
de árvore num ponto de altura 𝐿 acima do gatinho (de massa 𝑚) da figura, que pretende resgatar.
Sendo 𝑔 a aceleração da gravidade e 𝐻 a altura da plataforma de onde se lança, indique o valor da
tensão na corda, imediatamente após o garoto apanhar o gato para aterrisá-lo na outra margem do
lago.
2𝐻
a) 𝑀 ⋅ 𝑔 ⋅ (1 + )
𝐿
𝑀+𝑚 2 2𝐻
b) (𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑔 ⋅ (1 − ( ) ⋅ )
𝑀 𝐿
2𝐻
c) 𝑀 ⋅ 𝑔 ⋅ (1 − )
𝐿
𝑀 2 2𝐻
d) (𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑔 ⋅ (1 + (𝑀+𝑚) ⋅ )
𝐿
𝑀 2 2𝐻
e) (𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑔 ⋅ ((𝑚+𝑀) ⋅ − 1)
𝐿
Comentários:
A velocidade do garoto logo antes dele pegar o gato vem da expressão da conservação da energia:
𝑀𝑣 2
𝐸0 = 𝐸𝑓 ⇒ 𝑀𝑔𝐻 = ∴ 𝑣 = √2𝑔𝐻
2
Para encontrarmos a velocidade do conjunto imediatamente após a colisão inelástica iremos
conservar a quantidade de movimento:
𝑄0 = 𝑄𝑓 ⇒ 𝑀√2𝑔𝐻 + 0 = (𝑀 + 𝑚)𝑢
𝑀√2𝑔𝐻
𝑢=
𝑀+𝑚
Numa trajetória circular, temos que:
𝑢2
𝑅𝑐𝑝 = (𝑀 + 𝑚) =𝑇−𝑃
𝐿
𝑀2 ∙ (2𝑔𝐻)
𝑇 = (𝑀 + 𝑚) + (𝑀 + 𝑚)𝑔
(𝑀 + 𝑚)2 ∙ 𝐿
2
𝑀 2𝐻
∴𝑇= (𝑀 + 𝑚)𝑔(1 + ( ) ∙ )
𝑀+𝑚 𝐿
Gabarito: D
(ITA – 2008)
A figura mostra uma bola de massa 𝑚 que que cai com velocidade 𝑣⃗1 sobre a superfície de um
suporte rígido, inclinada de um ângulo 𝜃 em relação ao plano horizontal. Sendo 𝑒 o coeficiente de
restituição para esse impacto, calcule o módulo da velocidade 𝑣⃗2 com que a bola é ricocheteada,
em função de 𝑣⃗1 , 𝜃 e 𝑒. Calcule também o ângulo a.
Comentários:
𝑣2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝛼)
𝑒= ⇒ 𝑣2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝛼) = 𝑒 ⋅ 𝑣1 ⋅ cos(𝜃) (𝑒𝑞. 2)
𝑣1 ⋅ cos(𝜃)
𝑣22 (cos 2 (𝛼) + 𝑠𝑒𝑛2 (𝛼)) = 𝑣12 [𝑠𝑒𝑛2 (𝜃) + 𝑒 2 ⋅ cos 2 (𝜃)]
𝑡𝑔(𝛼) = 𝑒 ⋅ 𝑐𝑜𝑡𝑔(𝜃)
∴ 𝛼 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔[𝑒 ⋅ 𝑐𝑜𝑡𝑔(𝜃)]
A massa 𝑀 é muito menor que 𝑚 e o volume da esfera metálica é desprezível quando comparado
ao da bola de borracha. Considerando que: os movimentos dos centros de massa da esferinha e da
bola estão sempre na mesma vertical; o sistema se choca contra o solo e todos os choques
envolvidos são perfeitamente elásticos; a distância na vertical percorrida pela esferinha é muito
maior que a deformação da bola de borracha; é desprezível a resistência do ar em questão,
determine:
a) A velocidade aproximada com que a esferinha se separa da bola na subida.
b) A distância vertical percorrida pela esferinha na subida em função da distância percorrida pela
mesma, na descida.
Comentários:
A colisão é elástica:
Assim:
Assim:
𝑣𝑠𝑒𝑝𝑎𝑟𝑎çã𝑜 = 𝑣𝑀 + 𝑣𝑚
𝑚𝑣`2𝑚
𝑚𝑔𝐻𝐹 =
2
2
2𝑔𝐻𝐹 = 9𝑣𝑀 = 18𝑔𝐻
⇒ 𝐻𝐹 = 9𝐻
Gabarito: a) 𝒗𝑴 + 𝒗𝒎 b) 𝟗𝑯
(ITA – 2009)
Considere uma bola de basquete de 600 𝑔 a 5 𝑚 de altura e, logo acima dela, uma de tênis de 60 𝑔.
A seguir, num dado instante, ambas as bolas são deixadas cair. Supondo choques perfeitamente
elásticos e ausência de eventuais resistências, e considerando 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 , assinale o valor que
mais se aproxima da altura máxima alcançada pela bola de tênis em sua ascensão após o choque.
a) 5 m b) 10 m c) 15 m d) 25 m e) 35 m
Comentários:
𝑄0 = 𝑄𝑓
𝑀𝑣 − 𝑚𝑣 = 𝑀𝑤 + 𝑚𝑢 (𝑖)
Adotamos o eixo de referência do solo para cima. Além disso, note que ao tocar o solo, a
velocidade da bola de basquete apenas inverte de sentido, já que todas das colisões são consideradas
perfeitamente elásticas.
𝑢 − 𝑤 = 𝑣 − (−𝑣)
𝑢 − 𝑤 = 2𝑣 (𝑖𝑖)
3𝑀 − 𝑚
𝑢= 𝑣
𝑀+𝑚
29
Como 𝑀 = 10𝑚, então 𝑢 = 11 𝑣. Podemos encontrar 𝑣 usando Torriceli:
𝑣 2 = 0 + 2𝑔ℎ = 100
Para encontrar a altura máxima H basta conservar a energia mecânica entre o ponto logo após as
colisões e o ponto mais alto atingido pela bola de tênis:
𝑚𝑢2 29 2
= 𝑚𝑔𝐻 ⇒ ( 𝑣) = 2𝑔𝐻
2 11
𝐻 ≅ 35 𝑚
Gabarito: E
(ITA – 2012)
Apoiado sobre patins niuna superfície horizontal sem atrito, um atirador dispara um projétil de
massa 𝑚 com velocidade 𝑣 contra um alvo a uma distância 𝑑. Antes do disparo, a massa total do
atirador e seus equipamentos é 𝑀. Sendo 𝑣𝑠 a velocidade do som no ar e desprezando a perda de
energia em todo o processo, quanto tempo após o disparo o atirador ouviria o ruído do impacto do
projétil no alvo?
𝑑(𝑣 +𝑣)(𝑀−𝑚) 𝑑(𝑣 +𝑣)(𝑀+𝑚) 𝑑(𝑣 −𝑣)(𝑀+𝑚)
A) 𝑣(𝑀⋅𝑣𝑠 −𝑚(𝑣 +𝑣)) B) 𝑣(𝑀⋅𝑣𝑠 +𝑚(𝑣 +𝑣)) C) 𝑣(𝑀⋅𝑣𝑠
𝑠 𝑠 𝑠 𝑠 𝑠 +𝑚(𝑣𝑠 +𝑣))
Comentários:
𝑄0 = 𝑄𝑓 ⇒ 0 = 𝑚𝑣 − (𝑀 − 𝑚)𝑢
𝑚𝑣
𝑢=
𝑀−𝑚
O projetil atinge o alvo após um tempo 𝑡1 :
𝑑
𝑡1 =
𝑣
Façamos a função horaria para o atirador e para o som:
𝑆𝐴 = 𝑑 + 𝑢 ∙ 𝑡1 + 𝑢 ∙ 𝑡
𝑆𝑆 = 𝑣𝑆 ∙ 𝑡
𝑑 + 𝑢 ∙ 𝑡1 + 𝑢 ∙ 𝑡2 = 𝑣𝑆 ∙ 𝑡2
𝑑 + 𝑢 ∙ 𝑡1
𝑡2 =
𝑣𝑆 − 𝑢
Assim:
𝑡𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑡1 + 𝑡2
𝑑 ∙ (𝑀 − 𝑚) ∙ (𝑣𝑆 + 𝑣)
𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 =
𝑣(𝑀 ∙ 𝑣𝑆 − 𝑚(𝑣𝑆 + 𝑣))
Gabarito: A
(ITA – 2015)
Nêutrons podem atravessar uma fina camada de chumbo, mas têm sua energia cinética absorvida
com alta eficiência na água ou em materiais com elevada concentração de hidrogênio. Explique este
efeito considerando um nêutron de massa 𝑚 e velocidade 𝑣0 que efetua uma colisão elástica e
central com um átomo qualquer de massa 𝑀 inicialmente em repouso.
Comentários:
𝑣′ − 𝑣
𝑒=1⇒ = 1 ⇒ 𝑣0 = 𝑣 ′ − 𝑣 (𝑒𝑞. 1)
𝑣0
𝑚 𝑚
⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⇒ 𝑚 ⋅ 𝑣0 = 𝑚 ⋅ 𝑣 + 𝑀 ⋅ 𝑣 ′ ⇒ ⋅ 𝑣0 = ⋅ 𝑣 + 𝑣 ′ (𝑒𝑞. 2)
𝑀 𝑀
𝑚 𝑚 𝑚−𝑀
( − 1) ⋅ 𝑣0 = ( + 1) ⋅ 𝑣 ⇒ 𝑣 = 𝑣0 ⋅ ( )
𝑀 𝑀 𝑚+𝑀
𝑚 ⋅ 𝑣2 𝑚 𝑚−𝑀 2 2
𝐸𝑐 = ⇒ 𝐸𝐶 = ⋅ ( ) ⋅ 𝑣0
2 2 𝑚+𝑀
Com esse resultado, como 𝑚 < 𝑀, a energia cinética do nêutron deve ser menor após a colisão
com algum átomo. Por outro lado, em colisões com átomos de hidrogênio, em que 𝑚 ≈ 𝑀, a energia
cinética do nêutron tende a zero após o choque, pois 𝑚 − 𝑀 ≈ 0.
𝒎 𝒎−𝑴 𝟐
Gabarito: 𝑬𝑪 = (𝒎+𝑴) 𝒗𝟐𝟎
𝟐
(ITA – 2016)
Dois garotos com patins de rodinhas idênticos encontram-se numa superfície horizontal com atrito
e, graças a uma interação, conseguem obter a razão entre seus respectivos pesos valendo-se apenas
de uma fita métrica. Como é resolvida essa questão e quais os conceitos físicos envolvidos?
Comentários:
𝑋𝐶𝑀𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑋𝐶𝑀𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
−𝑚1 𝑥1 + 𝑚2 𝑥2
0=
𝑚1 + 𝑚2
−𝑃1 𝑥1 + 𝑃2 𝑥2
0= ⇒ 𝑃1 𝑥1 = 𝑃2 𝑥2
𝑃1 + 𝑃2
𝑃1 𝑥2
=
𝑃2 𝑥1
Então, para qualquer instante, os garotos conseguem a razão entre seus respectivos pesos
medindo o deslocamento de cada um com a fita métrica.
(ITA – 2017)
Mediante um fio inextensível e de peso desprezível, a polia da figura suporta à
esquerda uma massa de 60 𝑘𝑔, e à direita, uma massa de 55 𝑘𝑔 tendo em cima
outra de 5 𝑘𝑔, de formato anelar, estando este conjunto a 1 𝑚 acima da massa da
esquerda. Num dado instante, por um dispositivo interno, a massa de 5 𝑘𝑔 é lançada
para cima com velocidade 𝑣 = 10 𝑚/𝑠, após o que, cai e se choca inelasticamente
com a de 55 𝑘𝑔. Determine a altura entre a posição do centro de massa de todo o
sistema antes do lançamento e a deste centro logo após o choque.
Comentários:
Inicialmente, devemos determinar a aceleração dos corpos de 60 𝑘𝑔 e de 55 𝑘𝑔, pela segunda lei
de Newton:
50
60 ⋅ 𝑔 − 55 ⋅ 𝑔 = (60 + 55) ⋅ 𝑎 ⇒ 𝑎 = 𝑚/𝑠 2
115
50
5,0 ⋅ 10 = (60 + 55) ⋅ 𝑢 ⇒ 𝑢 = 𝑚/𝑠 2
115
50 2
10 ⋅ 𝑡 2 50 ⋅𝑡 𝑡 50 55
𝑠5 = 𝑠55 ⇒ 10 ⋅ 𝑡 − =− ⋅𝑡+ 115 ⇒ ( + 10) = + 10 ⇒ 𝑡 = 2 𝑠
2 115 2 2 115 115
Sendo assim, o ponto de encontro é dado por:
10 ⋅ 22
𝑠5 = 𝑠55 = 10 ⋅ 2 − =0
2
Portanto, eles se encontram na mesma posição inicial. Assim, o centro de massa se encontra
também na mesma posição de antes do lançamento, isto é:
Δ𝑦𝑐𝑚 = 0
Gabarito: 𝚫𝒚𝒄𝒎 = 𝟎
(ITA – 2018)
Num plano horizontal liso, presas cada qual a uma corda de massa desprezível, as massas 𝑚1 e 𝑚2
giram em órbitas circulares de mesma frequência angular uniforme, respectivamente com raios 𝑟1
e 𝑟2 = 𝑟1 /2. Em certo instante essas massas colidem-se frontal e elasticamente e cada qual volta a
perfazer jum movimento circular uniforme. Sendo iguais os módulos das velocidades de 𝑚1 e 𝑚2
após o choque, assinale a relação 𝑚2 /𝑚1 .
a) 1 b) 3/2 c) 4/3 d) 5/4 e) 7/5
Comentários:
Antes da colisão, sabemos que as frequências angulares das massas são iguais, mas que 𝑟1 = 2𝑟2 .
Portanto:
𝑣1 𝑣2
𝜔1 = 𝜔2 ⇒ =
𝑟1 𝑟2
∴ 𝑣1 = 2𝑣2
𝑄0 = 𝑄𝑓 ⇒ 𝑚1 𝑣1 − 𝑚2 𝑣2 = (𝑚2 − 𝑚1 )𝑢
A colisão é elástica:
𝑒 = 1 ⇒ 𝑣1 + 𝑣2 = 2𝑢
𝑣1 = 2𝑣2
{𝑚1 𝑣1 − 𝑚2 𝑣2 = (𝑚2 − 𝑚1 )𝑢
𝑣1 + 𝑣2 = 2𝑢
𝑚2 7
∴ =
𝑚1 5
Gabarito: E
(ITA - 2021)
Uma bola de gude de raio 𝑟 e uma bola de basquete de raio 𝑅 são lançadas contra uma parede com
velocidade horizontal 𝑣 e com seus centros a uma altura ℎ. A bola de gude e a bola de basquete
estão na iminência de contato entre si, assim como ambas contra a parede. Desprezando a duração
de todas as colisões e quaisquer perdas de energia, calcule o deslocamento horizontal ∆𝑆 da bolinha
de gude ao atingir o solo.
2(ℎ−2𝑟)
a) 3𝑣 √ 𝑔
2(ℎ−𝑟)
b) 3𝑣 √ 𝑔
2(ℎ−𝑟)
c) 𝑣 √ 𝑔
2(ℎ−2𝑟)
d) 𝑣 √
𝑔
2(ℎ−𝑅−𝑟)
e) 3𝑣 √ 𝑔
Comentários:
Como não há perdas nas colisões, todas as colisões podem ser consideradas perfeitamente
elásticas. Então, após a bola de basquete colidir com a parede vertical, a velocidade da bola de basquete
apenas inverte de sentido, enquanto a bola de gude ainda está se movendo na direção da parede.
Agora, vamos considerar a colisão entre a bola de basquete e a bola de gude (que inicialmente
está indo para a esquerda) perfeitamente elástica. Então:
𝑀𝑣 − 𝑚𝑣 = 𝑀𝑢 + 𝑚𝑤 (𝑒𝑞. 1)
Substituindo 2 em 1, temos:
𝑀𝑣 − 𝑚𝑣 = 𝑀(𝑤 − 2𝑣) + 𝑚𝑤
3𝑀 − 𝑚
𝑤=( )𝑣
𝑀+𝑚
Considerando a massa 𝑀 da bola de basquete é muito maior que a massa 𝑚 da bolinha de gude,
podemos aproximar para:
𝑤 ≅ 3𝑣
Então, após as colisões, a bolinha de gude sai horizontalmente com velocidade 3𝑣. Portanto, o
deslocamento horizontal da bola de gude é de:
∆𝑆 = 3𝑣 ∙ 𝑡𝑞
2(ℎ − 𝑟)
∆𝑆 = 3𝑣 ∙ √
𝑔
Gabarito: B
(IME – 2005)
Um canhão de massa 𝑀 = 200 𝑘𝑔 em repouso sobre um plano horizontal sem atrito e carregado
com um projétil de massa 𝑚 = 1 𝑘𝑔, permanecendo ambos neste estado até o projétil ser
disparado na direção horizontal. Sabe-se que este canhão pode ser considerado tuna maquina
térmica com 20% o de rendimento, porcentagem essa utilizada no movimento do projétil, e que o
calor fornecido a esta máquina térmica é igual a 100.000 𝐽. Suponha que a velocidade do projétil
após o disparo é constante no interior do canhão e que o atrito e a resistência do ar podem ser
desprezados. Determine a velocidade de recuo do canhão após o disparo.
Comentários:
Do enunciado vemos que a energia cinética que é transferido ao projétil é dada por:
𝑄𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝑄𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠
𝑀
0=𝑚⋅𝑣−𝑀⋅𝑢 ⇒𝑣 = ⋅ 𝑢 ⇒ 𝑣 = 200 ⋅ 𝑢
𝑚
A energia cinética final do projétil é de:
𝑚 ⋅ 𝑣2 1 ⋅ 𝑣2
𝐸𝑐 = ⇒ 20.000 = ⇒ 𝑣 = 200 𝑚/𝑠
2 2
Portanto:
Gabarito: 1 m/s
(IME – 2011)
A figura acima apresenta duas massas 𝑚1 = 5 𝑘𝑔 e 𝑚2 = 20 𝑘𝑔 presas por um fio que passa por
uma roldana. As massas são abandonadas a partir do repouso, ambas a uma altura ℎ do solo, no
exato instante em que um cilindro oco de massa 𝑚 = 5 𝑘𝑔 atinge 𝑚1 com velocidade 𝑣 =
36 𝑚/𝑠, ficando ambas coladas. Determine a altura ℎ, em metros, para que 𝑚1 chegue ao solo com
velocidade nula.
Dado:
• Aceleração da gravidade: 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2
Observação:
• A roldana e o fio são ideais.
a) 5,4 b) 2,7 c) 3,6 d) 10,8 e) 1,8
Comentários:
𝑄0 = 𝑄𝑓 ⇒ 𝑚𝑣0 = (𝑚 + 𝑚1 + 𝑚2 )𝑣
⇒ 𝑣 = 6 𝑚/𝑠
10
𝐹𝑅 = 𝑚𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ∙ 𝑎 ⇒ 𝑎 = 𝑚/𝑠 2
3
Para que o corpo 1 chegue ao solo com velocidade nula:
10
𝑣 2 = 𝑣02 + 2𝑎ℎ ⇒ 0 = 36 + 2 (− )ℎ
3
⇒ ℎ = 5,4 𝑚
Gabarito: A
(IME – 2012)
Duas bolas, 1 e 2. movem-se em um piso perfeitamente liso. A bola 1, de massa 𝑚1 = 2 𝑘𝑔, move-
se no sentido da esquerda para direita com velocidade 𝑣1 = 1 𝑚/𝑠. A bola 2. de massa 𝑚2 = 1 𝑘𝑔,
move-se com ângulo de 60° com o eixo 𝑥, com velocidade 𝑣2 = 2 𝑚/𝑠. Sabe-se que o coeficiente
de atrito cinético entre as bolas e o piso rugoso é 0,10 sec 2 𝛽 e a aceleração gravitacional é
10 𝑚/𝑠 2. Ao colidirem, permanecem unidas após o choque e movimentam-se em um outro piso
rugoso, conforme mostra a figura. A distância percorrida, em metros, pelo conjunto bola 1 e bola 2
até parar é igual a
a) 0,2 b) 0,5 c) 0,7 d) 0,9 e) 1,2
Comentários:
Inicialmente, devemos calcular o módulo da quantidade de movimento inicial para cada corpo:
𝑄1 = 𝑚1 ⋅ 𝑣1 = 2 ⋅ 1 = 2 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠
{
𝑄2 = 𝑚2 ⋅ 𝑣2 = 1 ⋅ 2 = 2 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠
⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑄
⃗⃗ e 𝑄
⃗⃗ = 𝑄
⃗⃗1 + 𝑄
⃗⃗2
⃗⃗ é dado por:
O módulo de 𝑄
2√3
𝑣= 𝑚/𝑠
3
Devido ao fato de 𝑄1 = 𝑄2, pela geometria vemos que 𝛽 = 30°. Podemos determinar a distância
percorrida no piso rugoso por Torricelli:
2
2√3
𝑣𝑓2 = 𝑣𝑖2 − 2 ⋅ 𝑎 ⋅ Δ𝑠 ⇒ 0 = ( ) − 2 ⋅ (0,1 ⋅ sec 2 𝛽) ⋅ 10 ⋅ Δ𝑠
3
𝑑 = 0,5 𝑚
Gabarito: B
(IME – 2015)
Comentários:
𝑚𝐴 𝑣𝐴2 𝑚𝐴 𝑣𝐵2
𝐸𝐴 = 𝐸𝐵 ⇒ + 𝑚𝐴 𝑔𝑅 =
2 2
⇒ 𝑣𝐴2 + 40 = 𝑣𝐵2
𝐸𝐵 = 𝐸𝐶
𝐹𝑐𝑝 = 𝑃 + 𝑁
𝑁 = 0 ⇒ 𝐹𝑐𝑝 = 𝑃
∴ 𝑣𝐶 = 2√5 𝑚/𝑠
Assim:
𝑣 ′ = 10 𝑚/𝑠 e 𝑣𝐵 = 20 𝑚/𝑠
Portanto:
𝑣𝐴 = 6√10 𝑚/𝑠
(IME – 2016)
Na Figura 1, o corpo A, constituído de gelo. possui massa 𝑚 e é solto em uma rampa a uma altura
ℎ. Enquanto desliza pela rampa, ele derrete e alcança o plano horizontal com metade da energia
mecânica e metade da massa iniciais. Após atingir o plano horizontal, o corpo A se choca, no instante
4𝑇, com o corpo B, de massa 𝑚, que foi retirado do repouso através da aplicação da força 𝑓(𝑡), cujo
gráfico é exibido na Figura 2.
Para que os corpos parem no momento do choque, 𝐹 deve ser dado por
Dado:
• aceleração da gravidade: 𝑔.
Observações:
• o choque entre os corpos é perfeitamente inelástico:
• o corpo não perde massa ao longo de seu movimento no plano horizontal.
𝑚√2𝑔ℎ 𝑚√2𝑔ℎ 𝑚√2𝑔ℎ 𝑚√2𝑔ℎ 𝑚√2𝑔ℎ
a) b) c) d) e)
8𝑇 6𝑇 4𝑇 3𝑇 2𝑇
Comentários:
Para o corpo B, o impulso da resultante pode ser calculado pela área sob a curva:
(4𝑇 + 2𝑇) ⋅ 𝐹
𝐼𝐵 = ⇒ 𝐼𝐵 = 3 ⋅ 𝑇 ⋅ 𝐹
2
Pelo teorema do Impulso, podemos determinar a quantidade de movimento final do corpo 𝐵:
𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
𝐼𝐵 = Δ𝑄𝐵 = 𝑄𝐵 − 𝑄𝐵𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ⇒ 3 ⋅ 𝑇 ⋅ 𝐹 = 𝑄𝐵
Para o movimento do corpo, podemos admitir que não há perdas de energia por atrito e, assim,
podemos determinar a velocidade antes da colisão com o corpo 𝐵 utilizando a o balanço energético:
𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 1 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑚 𝑣2 1
𝐸𝑚𝑒𝑐 = ⋅ 𝐸𝑚𝑒𝑐 ⇒ ( ) ⋅ = ⋅ 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ ⇒ 𝑣 = √2 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ
2 2 2 2
Dessa forma, logo antes da colisão, a quantidade de movimento de A é de:
𝑚 𝑚
𝑄𝐴 = ⋅ 𝑣 = ⋅ √2 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ
2 2
Para que os corpos parem no momento da colisão, a quantidade de movimento de cada corpo
deve ter a mesma intensidade e sentido opostos. Portanto:
𝑚
𝑄𝐴 = 𝑄𝐵 ⇒ ⋅ √2 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ = 3 ⋅ 𝑇 ⋅ 𝐹
2
𝑚 ⋅ √2 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ
∴ 𝐹=
6⋅𝑇
Gabarito: B
(IME – 2017)
Comentários:
É necessário destacar a seguinte diferença entre uma superfície refletora e uma superfície
absorvedora:
Assim, o módulo da 𝐹⃗𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 será máximo quando 𝑐𝑜𝑠2𝛼 > 0 e 𝑠𝑒𝑛2𝛼 tiver os maiores valores
possíveis:
𝜋 𝜋
0 < 2𝛼 < ∴0<𝛼<
2 4
𝜋
Refletora:[0 , 4 ]
𝜋 𝜋
Absorvedora: [ 4 , 2 ]
Gabarito: B
(IME – 2019)
Conforme a figura acima, um corpo, cuja velocidade é nula no ponto A da superfície circular de raio
𝑅, é atingido por um projétil, que se move verticalmente para cima, e fica alojado no corpo. Ambos
passam a deslizar sem atrito na superfície circular, perdendo o contato com a superfície no ponto
B. A seguir, passam a descrever uma trajetória no ar até atingirem o ponto C, indicado na figura.
Diante do exposto, a velocidade do projétil é:
Dados:
Massa do projétil: 𝑚;
Massa do corpo: 9𝑚; e
Aceleração da gravidade: 𝑔.
5𝑅𝑔 3𝑅𝑔 5𝑅𝑔 3𝑅𝑔 2𝑅𝑔
a) 10√ b) 10√ c) 10√ d) 10√ e) 10√
2 2 3 5 3
Comentários:
Incialmente, o projétil (com velocidade 𝑣0 ) se choca com o corpo em A e fica alojado nele. Dessa
forma, o conjunto (corpo + projétil) saem do ponto A com velocidade 𝑣. Pela conservação da quantidade
de movimento na direção vertical, temos que:
Considerando o sistema constituído pela Terra, pelo conjunto corpo + projétil, temos que a força
normal de contato do plano semicircular é perpendicular ao deslocamento. Dessa forma, podemos aplicar
o teorema de trabalho e energia entre A e B. Vamos tomar como referência o nível do ponto A para o
cálculo da energia potencial gravitacional. Lembrando que não existe atrito nesse trecho.
0 = Δ𝐸𝑚𝑒𝑐 − 0
Δ𝐸𝑚𝑒𝑐 = 0
𝑚𝑣𝐵2 𝑚𝑣 2
𝑚𝑔𝑅 + =
2 2
𝑣𝐵2 = 𝑣 2 − 2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑅 (𝑒𝑞 2)
𝑥 = 𝑣𝐵 ⋅ 𝑡
𝑔
{ 1 2 ⇒𝑦 = ⋅ 𝑥2
𝑦 = ⋅𝑔⋅𝑡 2𝑣𝐵2
2
No ponto C, temos que:
𝑔 2 2
𝑔⋅𝑅
𝑅= 2 ⋅ 𝑅 ⇒ 𝑣𝐵 = 2 (𝑒𝑞 3)
2𝑣𝐵
Substituindo 3 em 2, temos:
𝑔⋅𝑅 5𝑅𝑔
= 𝑣2 − 2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑅 ⇒ 𝑣 = √
2 2
5𝑅𝑔
𝑣0 = 10√
2
Gabarito: A
(IME – 2021)
𝑣2 𝑣 𝑣2 𝑣 𝑣2
a) 2⋅106 𝑔𝑑 b) 2⋅106 𝑔𝑑 c) 106 𝑔𝑑 d) 3⋅106 𝑔𝑑 e) 3⋅106 𝑔𝑑
Comentários:
Por conservação da quantidade de movimento, já que a colisão durante muito pouco tempo,
temos:
𝑚𝑣 = 1000𝑚𝑣 ′
𝑣
𝑣′ =
1000
Além disso:
02 = 𝑣 ′2 − 2𝑎𝑑
𝑣2
𝑎=
2 ⋅ 106 𝑑
Como a força resultante é a força de atrito após a colisão, então:
𝑀𝐴 𝑔𝜇𝑒 = 𝑀𝐴 𝑎
𝑣2
𝜇𝑒 =
2 ⋅ 106 𝑔𝑑
Gabarito: A
(ITA – 2012)
Átomos neutros ultrafnos restritos a um plano são uma realidade experimental atual em armadilhas
magneto-ópticas. Imagine que possa existir uma situação na qual átomos do tipo 𝐴 e 𝐵 estão
restritos respectivamente aos planos 𝛼 e 𝛽, perpendiculares entre si, sendo suas massas tais que
𝑚𝐴 = 2𝑚𝐵 . Os átomos 𝐴 e 𝐵 colidem elasticamente entre si não saindo dos respectivos planos,
sendo as quantidades de movimento iniciais 𝑝⃗𝐴 e 𝑝⃗𝐵 ,e as finais, 𝑞⃗𝐴 e 𝑞⃗𝐵 . 𝑝⃗𝐴 forma um ângulo 𝜃 com
o plano horizontal e 𝑝⃗𝐵 = ⃗⃗
0. Sabendo que houve transferência de momento entre 𝐴 e 𝐵, qual é a
razão das energias cinéticas de 𝐵 e 𝐴 após a colisão?
Comentários:
Como bem sabemos, podemos conservação a quantidade de movimento em uma colisão. Antes
da colisão, não existe quantidade de movimento em 𝑦. Após a colisão, 𝐴 não possui quantidade de
movimento em 𝑦, logo, 𝐵 tem quantidade de movimento apenas em 𝑥.
Devido ao fato de a colisão ser elástica, sabemos que não há variação da energia cinética do
sistema. Portanto:
3𝑞𝐵
∴ 𝑝𝐴 =
2 cos 𝜃
3𝑞𝐵 2
( ) = 𝑞𝐴2 + 2𝑞𝐵2 ⇒ 9𝑞𝐵2 = 4 ⋅ cos 2 𝜃 ⋅ 𝑞𝐴2 + 8 ⋅ cos2 𝜃 ⋅ 𝑞𝐵2
2 cos 𝜃
𝑞𝐵2 4 ⋅ cos 2 𝜃
=
𝑞𝐴2 9 − 8 ⋅ cos 2 𝜃
𝑞𝐵2
𝐸𝐶𝐵 2𝑚𝐵 𝑞𝐵2 𝑚𝐴 4 ⋅ cos 2 𝜃
= 2 = 2⋅ = ⋅2
𝐸𝐶𝐴 𝑞𝐴 𝑞𝐴 𝑚𝐵 9 − 8 ⋅ cos 2 𝜃
2𝑚𝐴
𝐸𝐶𝐵 8 ⋅ cos 2 𝜃
=
𝐸𝐶𝐴 9 − 8 ⋅ cos2 𝜃
𝑬 𝟖𝒄𝒐𝒔𝟐 𝜽
Gabarito: 𝑬𝑪,𝑩 = 𝟗−𝟖𝒄𝒐𝒔𝟐 𝜽
𝑪,𝑨
(ITA – 2018)
Um tubo fino cie massa 1225 𝑔 e raio 𝑟 = 10,0 𝑐𝑚 encontra-se inicialmente
em repouso sobre um plano horizontal sem atrito. A partir do ponto mais alto,
um corpo de massa 71,0 𝑔 com velocidade inicial zero desliza sem atrito pelo
interior do tubo no sentido anti-horário, conforme a figura. Então, quando na
posição mais baixa, o corpo terá uma velocidade relativa ao tubo, em 𝑐𝑚/𝑠,
igual a
a) −11,3. b) −206. c) 11,3. d) 206. e) 194.
Comentários:
Devido ao fato de não ter atrito entre o tubo fino e o solo, o tubo não realiza rolamento. Assim, na
posição mais baixa, o corpo de massa 71,0 𝑔 se desloca para a direita e, para conservar a quantidade de
movimento do sistema constituído pelos dois corpos, o tubo deve se deslocar para esquerda. Como o
sistema é isolado de forças externas em 𝑥, então:
𝑚
⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
𝑄 𝑥 ⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
=𝑄 𝑥
⇒0=𝑚⋅𝑣−𝑀⋅𝑢 ⇒ 𝑢 = ⋅ 𝑣 (𝑒𝑞. 1)
𝑀
𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑚 ⋅ 𝑣 2 𝑚 ⋅ 𝑢2
𝐸𝑚𝑒𝑐 = 𝐸𝑚𝑒𝑐 ⇒ 2 ⋅ 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑟 = +
2 2
4 ⋅ 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑟 = 𝑚 ⋅ 𝑣 2 + 𝑀 ⋅ 𝑢2 (𝑒𝑞. 2)
𝑚 2
4 ⋅ 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑟 = 𝑚 ⋅ 𝑣2 + 𝑀 ⋅ ( ⋅ 𝑣)
𝑀
4𝑀𝑔𝑟
𝑣2 = ⇒ 𝑣 = 1,94 𝑚/𝑠
𝑀+𝑚
Portanto:
𝑚 71
𝑢= ⋅𝑣 = ⋅ 1,94 ⇒ 𝑢 = 0,11 𝑚/𝑠
𝑀 1225
Logo, a velocidade relativa do tubo é de:
Gabarito: D
(ITA – 2019)
Conforme a figura, um veículo espacial, composto de um
motor-foguete de massa 𝑚1 e carga útil de massa 𝑚2 , é
lançado verticalmente de um planeta esférico e homogêneo
de massa 𝑀 e raio 𝑅. Após esgotar o combustível, o veículo
permanece em voo vertical até atingir o repouso a uma
distância 𝑟 do centro do planeta. Nesse instante um
explosivo é acionado, separando a carga útil do motor-
foguete e impulsionando-a verticalmente com velocidade
mínima para escapar do campo gravitacional do planeta.
Desprezando forças dissipativas, a variação de massa
associada à queima do combustível do foguete e efeitos de
rotação do planeta, e sendo 𝐺 a constante de gravitação
universal, determine
a) o trabalho realizado pelo motor-foguete durante o 1° estágio do seu movimento de subida; e
b) a energia mecânica adquirida pelo sistema devido à explosão.
Comentários:
a) De acordo com o enunciado, o foguete fornece energia ao sistema, de tal forma que o trabalho
corresponde a variação da energia mecânica do sistema:
𝐺𝑀(𝑚1 + 𝑚2 ) 𝐺𝑀(𝑚1 + 𝑚2 )
𝜏=− − [− ]
𝑟 𝑅
1 1
𝜏 = 𝐺𝑀(𝑚1 + 𝑚2 ) ( − )
𝑅 𝑟
𝑚2
𝑝⃗𝑓 = 𝑝⃗𝑖 ⇒ 𝑚1 𝑣1 − 𝑚2 𝑣2 = 0 ⇒ 𝑣1 = 𝑣
𝑚1 2
2𝐺𝑀
𝑣2 = √
𝑟
1 1
𝐸𝑎𝑑𝑞 = 𝑚1 𝑣12 + 𝑚2 𝑣22
2 2
2 2
1 𝑚2 2𝐺𝑀 1 2𝐺𝑀
𝐸𝑎𝑑𝑞 = 𝑚1 ( √ ) + 𝑚2 (√ )
2 𝑚1 𝑟 2 𝑟
𝐺𝑀𝑚2 𝑚2
𝐸𝑎𝑑𝑞 = (1 + )
𝑟 𝑚1
𝟏 𝟏 𝑮𝑴𝒎𝟐 𝒎
Gabarito: a) 𝝉 = 𝑮𝑴(𝒎𝟏 + 𝒎𝟐 ) (𝑹 − 𝒓) b) 𝑬𝒂𝒅𝒒 = (𝟏 + 𝒎𝟐 )
𝒓 𝟏
Comentários:
𝑚𝜗 2
𝑚⋅𝑔⋅𝑙 =
2
𝜗 = √2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑙 = 3 𝑚/𝑠
(1) 𝑀𝑣 ′ + 𝑚𝜗 ′ = 𝑚𝜗
𝑣′ − 𝜗′
(2) 𝑒 = = 1
𝜗
De (1) e (2), concluímos que:
2𝑚𝜗
𝜈′ = = 0,6 m/s
𝑀+𝑚
𝜗 ′ = −2,4 𝑚/𝑠
b) Conservação da energia de “M” logo após à colisão até o ponto onde ele para:
2 2
𝑀𝑣 ′ 𝜈′
= 𝜇𝑀𝑔𝑑 ⇒ 𝑑 = = 0,09 𝑚
2 2𝜇𝑔
Sabendo que a velocidade de 𝐴 e 𝐵 é de 3𝑚/𝑠 para a direita, e considerando que o atrito entre as
rodas dos carrinhos e o solo é desprezível, responda:
a) Se a colisão entre 𝐴 e 𝐶 for perfeitamente inelástica (𝐶 fica "grudado" em 𝐴) e, entre 𝐶 e 𝐷 for
perfeitamente elástica, qual será a velocidade final do sistema sabendo que a colisão entre 𝐷 e 𝐵
também será perfeitamente inelástica (𝐷 fica “grudado” em 𝐵)?
b) Qual a velocidade final do sistema considerando a colisão entre 𝐴 e 𝐶 perfeitamente inelástica. e
entre 𝐶 e 𝐷 também perfeitamente inelástica? Compare essa velocidade com aquela obtida no item
(a). Explique o resultado.
Comentários:
𝑚𝐴𝐵 ⋅ 𝜗𝐴𝐵
𝑚𝐴𝐵 ⋅ 𝜗𝐴𝐵 = (𝑚𝐴𝐵 + 𝑚𝑐 ) ⋅ 𝜗𝐴𝐵𝐶 ⇒ 𝜗𝐴𝐵𝐶 = = 2 𝑚/𝑠
𝑚𝐴𝐵 + 𝑚𝑐
2(𝑚𝐴𝐵 + 𝑚𝑐 )𝜗𝐴𝐵𝐶 ′
𝜗𝑑 = = 3 𝑚/𝑠 e 𝜗𝑑 − 𝜗𝐴𝐵𝐶 = 𝜗𝐴𝐵𝐶 = 1 𝑚/𝑠
𝑚𝐴𝐵 + 𝑚𝑐 + 𝑚𝑑
Portanto:
′
𝑚𝑑 𝜗𝑑 + (𝑚𝐴𝐵 + 𝑚𝑐 ) ⋅ 𝜗𝐴𝐵𝐶
𝜗 = = 1,5 𝑚/𝑠
(𝑚𝐴𝐵 + 𝑚𝑐 + 𝑚𝑑 )
𝑚𝐴𝐵 ⋅ 𝜗𝐴𝐵
𝜗𝐴𝐵𝐶 = = 2 𝑚/𝑠
𝑚𝐴𝐵 + 𝑚𝑐
(𝑚𝐴𝐵 + 𝑚𝑐 ) ⋅ 𝜗𝐴𝐵𝐶
𝜗= = 1,5 𝑚/𝑠
(𝑚𝐴𝐵 + 𝑚𝑐 + 𝑚𝑑 )
Observe que, ao considerarmos os 4 corpos como um único sistema, temos que a quantidade de
movimento total do sistema deve se conservar dado que as colisões ocorrem mediante forças internas.
Assim, é de se esperar que os itens (a) e (b) tenham o mesmo resultado, pois, apesar de possuírem
diferentes processos intermediários, apresentam a mesma configuração inicial e final do sistema.
Matematicamente:
𝑄𝑖 = (𝑚𝐴𝐵 + 𝑚𝑐 + 𝑚𝑑 ) ⋅ 𝜗 = 𝑄𝑓
Gabarito: a) a velocidade final do sistema é 1,5 m/s. b) A velocidade final do sistema é v = 1,5 m/s, ou
seja, a mesma do item (a).
(IME – 2008)
A figura abaixo ilustra um pequeno bloco e uma mola sobre uma mesa retangular de largura 𝑑, vista
de cima. A mesa é constituída por dois materiais diferentes, um sem atrito e o outro com coeficiente
de atrito cinético 𝜇 igual a 0,5. A mola tem uma de suas extremidades fixada no ponto 𝐴 e a outra
no bloco. A mola está inicialmente comprimida de 4 cm, sendo liberada para que o bloco oscile na
região sem atrito na direção 𝑦. Depois de várias oscilações, ao passar pela posição na qual tem
máxima velocidade, o bloco é atingido por uma bolinha que se move com velocidade de 2 𝑚/𝑠 na
direção 𝑥 e se aloja nele. O sistema é imediatamente liberado da mola e se desloca na parte áspera
da mesa. Determine:
Comentários:
𝑘𝐴2 𝑀𝑉 2
= ⇒ 𝑉 = 2 𝑚/𝑠
2 2
Pela conservação da quantidade de movimento:
⃗⃗⃗⃗⃗
𝑄0 = 𝑄⃗⃗⃗⃗⃗𝑓
⃗⃗ + 𝑚𝑣⃗ = (𝑀 + 𝑚)𝑣
𝑀𝑉 ⃗⃗⃗⃗′
⃗⃗⃗⃗′
0,4(0 , 2) + 0,2(2 , 0) = 0,6𝑣
1
∴ ⃗⃗⃗⃗
𝑣 ′ = (4 , 8)
6
5𝑚
𝑎 = 𝜇𝑔 = 𝑠2
2√5
⃗⃗⃗⃗′ | =
|𝑣 𝑚/𝑠
3
A distância até parar pode ser calculada por Torricelli:
2
⃗⃗⃗⃗′ |
|𝑣 2
𝐷= = 𝑚
2𝑎 9
A trajetória do conjunto forma um ângulo 𝜃 com o eixo x, tal que:
𝑣𝑥 1 𝑣𝑦 2
𝑠𝑒𝑛𝜃 = ′
= e 𝑐𝑜𝑠𝜃 = ′ =
𝑣 √5 𝑣 √5
A largura mínima da mesa é de:
4√5
𝐿𝑚𝑖𝑛 = 2𝐷𝑥 = 2 ∙ 𝐷 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝜃 ⇒ 𝐿𝑚𝑖𝑛 = 𝑚
45
O comprimento mínimo da mesa é de:
1 4√5
∴ 𝐶𝑚𝑖𝑛 = + 𝑚
4 45
𝟏 𝟒√𝟓
Gabarito: a) (𝟎, 𝟒𝒊 + 𝟎, 𝟖𝒋) (𝒌𝒈 ⋅ 𝒎/𝒔) b) 𝟒 + 𝒎
𝟒𝟓
(IME – 2012)
A figura apresenta um carrinho que se desloca a uma velocidade constante de 5 𝑚/𝑠 para a direita
em relação a um observador que está no solo. Sobre o carrinho encontra-se um conjunto formado
por um plano inclinado de 30°, uma mola comprimida inicialmente de 10 𝑐𝑚 e uma pequena bola
apoiada em sua extremidade. A bola é liberada e se desprende do conjunto na posição em que a
mola deixa de ser comprimida. Considerando que a mola permaneça não comprimida após a
liberação da bola, devido a um dispositivo mecânico, determine:
a) o vetor momento linear da bola em relação ao solo no momento em que se desprende do
conjunto;
b) a distância entre a bola e a extremidade da mola quando a bola atinge a altura máxima.
Dados:
• Constante elástica da mola: 𝑘 = 100 𝑁 ⋅ 𝑚−1
• Massa da bola: 𝑚 = 200 𝑔
• Aceleração da gravidade: 𝑔 = 10 𝑚 ⋅ 𝑠 −2
Observação:
A massa do carrinho é muito maior que a massa da bola.
Comentários:
𝑘 ∙ 𝑥2 𝑚 ∙ 𝑣2
=𝑚∙𝑔∙ℎ+
2 2
𝑘 ∙ 𝑥2 𝑚 ∙ 𝑣2
= 𝑚 ∙ 𝑔 ∙ 𝑥 ∙ 𝑠𝑒𝑛30° +
2 2
2 𝑘 ∙ 𝑥2
𝑣= √ ∙( − 𝑚 ∙ 𝑔 ∙ 𝑥 ∙ 𝑠𝑒𝑛30°)
𝑚 2
2 100 ∙ 0,102 1
𝑣= √ ∙( − 0,2 ∙ 10 ∙ 0,1 ∙ )
0,2 2 2
𝑉𝑥 = 2 ∙ 𝑐𝑜𝑠30° = √3 𝑚/𝑠
𝑉𝑦 = 2 ∙ 𝑠𝑒𝑛30° = 1 𝑚/𝑠
𝑉 ′ 𝑥 = (5 − √3) 𝑚/𝑠
𝑉′𝑦 = 1 𝑚/𝑠
⃗⃗ = 𝑚 ∙ 𝑉
𝑄 ⃗⃗
𝑘𝑔 ∙ 𝑚
⃗⃗ = 0,200 ∙ [(5 − √3)𝑖̂ + 1𝑗̂]
𝑄
𝑠
b) Para descobrir a altura máxima, podemos realizar os cálculos com o referencial carrinho, já que
ele tem a velocidade constante.
𝑉 2 = V𝑜2 + 2 ∙ a ∙ Δs
0 = V𝑦 2 − 2 ∙ 𝑔 ∙ 𝑦
𝑦 = 0,05𝑚
𝑥 = 𝑉𝑥 ∙ 𝑡𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎
E 𝑡𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 é de:
2
𝑎𝑡 2 𝑔∙ 𝑡𝑠𝑢𝑏
𝑆 = 𝑆𝑜 + 𝑉𝑜 𝑡 + ⇒ 𝑦 = 𝑉𝑦 𝑡𝑠𝑢𝑏 +
2 2
2
0,05 = 𝑡𝑠𝑢𝑏 − 5 ∙ 𝑡𝑠𝑢𝑏 ⇒ 𝑡𝑠𝑢𝑏 = 0,1 𝑠
Logo:
𝑥 = 0,1√3 𝑚/𝑠
Portanto, a distância máxima entre a bola e a mola será dada por Pitágoras:
𝑑 2 = 𝑥 2 + 𝑦 2 = (0,1 ∙ √3 2 ) + 0,052
𝑑 = √0,0325 𝑚
√𝟏𝟑
⃗⃗ = [𝟎, 𝟐(𝟓 − √𝟑) ⋅ 𝒊̂ + 𝟎, 𝟐 ⋅ 𝒋̂] 𝒌𝒈 ⋅ 𝒎/𝒔 b)
Gabarito: a) 𝒑 𝒎
𝟐𝟎
(EFOMM – 2021)
Uma bola de bilhar de raio R tem velocidade de módulo v, enquanto se desloca em linha reta sobre
uma mesa horizontal sem atrito. Em algum momento, esse objeto atinge um segunda bola em
repouso, com mesmo raio e massa muito maior, cujo centro se localiza a uma distância 𝑅 da reta
que descreve a trajetória. A situação é representada na figura abaixo:
Após o impacto, a primeira esfera retorna para a esquerda em um linha reta que faz 75° (para baixo)
com relação à trajetória horizontal inicial. Suponha que a força que atua em cada esfera durante a
colisão é perpendicular à sua superfície e pode ser considerada constante, durante o curto intervalo
de tempo em que age. A razão entre os módulos da velocidade final e da velocidade inicial da
primeira esfera vale:
√6−√2 √6+√2 √6 √2 √2
(A) (B) (C) (D) (E)
4 4 2 4 2
(ITA – 2000)
Um corpo de massa 𝑚 desliza sem atrito sobre a superfície plana
(e inclinada de um ângulo 𝛼 em relação à horizontal) de um
bloco de massa 𝑀 sob a ação da mola, mostrada na figura. Esta
mola, de constante elástica 𝑘 e comprimento natural 𝐶, tem
suas extremidades respectivamente fixadas ao corpo de massa
𝑚 e ao bloco. Por sua vez, o bloco pode deslizar sem atrito sobre
a superfície plana e horizontal em que se apóia. O corpo é
puxado até uma posição em que a mola seja distendida
elasticamente a um comprimento 𝐿(𝐿 > 𝐶), tal que, ao ser
liberado, o corpo passa pela posição em que a força elástica é nula. Nessa posição o módulo da
velocidade do bloco é
a) 1 2
2𝑚 [
√ 2 𝑘(𝐿 − 𝐶) − 𝑚𝑔(𝐿 − 𝐶)𝑠𝑒𝑛(𝛼)]
𝑀2 [1 + 𝑠𝑒𝑛2 (𝛼)]
b)
1
2𝑚 [2 𝑘(𝐿 − 𝐶)2 − 𝑚𝑔(𝐿 − 𝐶)𝑠𝑒𝑛(𝛼)]
√
𝑀2 [1 + 𝑡𝑔2 (𝛼)]
c)
1
2𝑚 [2 𝑘(𝐿 − 𝐶)2 − 𝑚𝑔(𝐿 − 𝐶)𝑠𝑒𝑛(𝛼)]
√
(𝑚 + 𝑀)[(𝑚 + 𝑀)𝑡𝑔2 𝛼 + 𝑀]
d)
1
2𝑚 [2 𝑘(𝐿 − 𝐶)2 ]
√
𝑀2 [1 + 𝑡𝑔2 (𝛼)]
e) 0
(ITA – 2003)
Quando solto na posição angular de 45° (mostrada na figura), um pêndulo simples de massa 𝑚 e
comprimento 𝐿 colide com um bloco de massa 𝑀. Após a colisão, o bloco desliza sobre uma
superfície rugosa, cujo coeficiente de atrito dinâmico é igual a 0,3. Considere que após a colisão, ao
retornar, o pêndulo alcança uma posição angular máxima de 30°. Determine a distância percorrida
pelo bloco em função de 𝑚, 𝑀 e 𝐿.
(ITA – 2008)
Na figura, um gato de massa 𝑚 encontra-se parado próximo
a uma das extremidades de uma prancha de massa 𝑀 que
flutua em repouso na superfície de um lago. A seguir, o gato
salta e alcança uma nova posição na prancha, à distância 𝐿.
Desprezando o atrito entre a água e a prancha, sendo 𝜃 o
ângulo entre a velocidade inicial do gato e a horizontal, e 𝑔
a aceleração da gravidade, indique qual deve ser a
velocidade 𝑢 de deslocamento da prancha logo após o salto.
𝑔⋅𝐿⋅𝑀 𝑔⋅𝐿⋅𝑀
a) 𝑢 = √ 𝑀 b) 𝑢 = √ 𝑀
(1+ )⋅𝑚⋅𝑠𝑒𝑛(𝜃)⋅cos(𝜃) (1+ )⋅2𝑚⋅𝑠𝑒𝑛(2𝜃)
𝑚 𝑚
𝑔⋅𝐿⋅𝑀 𝑔⋅𝐿⋅𝑚
c) 𝑢 = √ 𝑀 d) 𝑢 = √ 𝑀
(1+ )⋅2𝑚⋅𝑠𝑒𝑛(𝜃) (1+ )⋅2𝑀⋅𝑡𝑔(𝜃)
𝑚 𝑚
2⋅𝑔⋅𝐿⋅𝑚
e) 𝑢 = √ 𝑀
(1+ )⋅𝑀⋅𝑡𝑔(𝜃)
𝑚
(ITA – 2009)
Num filme de ficção, um foguete de massa 𝑚 segue uma estação espacial, dela aproximando-se
com aceleração relativa o. Para reduzir o impacto do acoplamento, na estação existe uma mola de
comprimento 𝐿 e constante 𝑘. Calcule a deformação máxima sofrida pela mola durante o
acoplamento sabendo-se que o foguete alcançou a mesma velocidade da estação quanto dela se
aproximou de uma certa distância 𝑑 > 𝐿, por hipótese em sua mesma órbita.
(ITA – 2011)
Um objeto de massa 𝑚 é projetado no ar a 45° do chão horizontal com uma velocidade 𝑣. No ápice
de sua trajetória, este objeto é interceptado por um segundo objeto, de massa 𝑀 e velocidade 𝑉,
que havia sido projetado verticalmente do chão. Considerando que os dois objetos “se colam” e
desprezando qualquer tipo de resistência aos movimentos, determine a distância 𝑑 do ponto de
queda dos objetos em relação ao ponto de lançamento do segundo objeto.
Ao ser liberada a massa 𝑀 inicia o movimento colidindo com a massa 𝑚 (𝑀 > 𝑚) (desconsidere
todos os efeitos devido a quaisquer tipos de atrito neste sistema).
a) Determine a altura máxima que as massas 𝑀 e 𝑚 atingem após a colisão com relação à horizontal.
Use 𝑔 para a aceleração gravitacional local.
b) Qual será o tempo necessário, após a primeira colisão entre as massas, para que as massas voltem
a colidir novamente?
(3ª fase OBF – 2013)
Com base na figura, as duas esferas à direita estão inicialmente em repouso e esfera da esquerda
incide sobre a do centro com velocidade 𝑣0 . Supondo que as colisões sejam frontais e elásticas,
mostre que se 𝑚1 ≥ 𝑚2 há duas colisões 𝑚1 < 𝑚2 há três colisões.
(IME – 2004)
Um tanque de guerra de massa 𝑀 se desloca com velocidade constante 𝑣0 . Um atirador dispara um
foguete frontalmente contra o veículo quando a distância entre eles é 𝐷. O foguete de massa 𝑚 e
velocidade constante 𝑣𝑓 colide com o tanque, alojando-se em seu interior. Neste instante o
motorista freia com uma aceleração de módulo 𝑎. Determine:
1. o tempo 𝑡 transcorrido entre o instante em que o motorista pisa no freio e o instante em que o
veículo para;
2. a distância a que, ao parar, o veículo estará do local de onde o foguete foi disparado.
(IME – 2007)
Um pêndulo com comprimento 𝐿 = 1 𝑚, inicialmente em repouso, sustenta uma partícula com
massa 𝑚 = 1 𝑘𝑔. Uma segunda partícula com massa 𝑀 = 1 𝑘𝑔 movimenta-se na direção horizontal
com velocidade constante 𝑣0 até realizar um choque perfeitamente inelástico com a primeira. Em
função do choque, o pêndulo entra em movimento e atinge um obstáculo, conforme ilustrado na
figura. Observa-se que a maior altura alcançada pela partícula sustentada pelo pêndulo é a mesma
do ponto inferior do obstáculo. O fio pendular possui massa desprezível e permanece sempre
esticado. Considerando a aceleração da gravidade 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 e a resistência do ar desprezível,
determine:
a. a velocidade 𝑣0 da partícula com massa 𝑀 antes do choque;
b. a força que o fio exerce sobre a partícula de massa 𝑚 imediatamente após o fio bater no
obstáculo.
(IME – 2019)
(IME – 2021)
“Espaço: a fronteira final.” Certa vez, essa conhecida nave interplanetária teve seu disco defletor
destruído e entrou, logo em seguida, em movimento. Sabe-se que o disco defletor tem a
funcionalidade de desviar qualquer partícula espacial que, mesmo que pequena, em altas
velocidades, poderia destruir a nave.
Considere uma outra nave espacial, de menor porte, que tenha sofrido o mesmo dano em seu disco
defletor e seja obrigada a usar o escudo de força para se proteger. Seu escudo, ao invés de repelir,
absorve a massa das partículas espaciais, como em choques perfeitamente inelásticos. O excesso
de energia cinética, após cada choque, é dissipado pelo escudo, mas qualquer carga elétrica
encontrada permanece no escudo, deixando-o carregado. A nave resolve se dirigir para o planeta
ocupado mais próximo, para sofrer reparos. Por conta dos danos, só foi possível gerar uma
velocidade inicial 𝑣0 de 8% da velocidade da luz e seus motores foram desligados até o momento
de entrar em órbita. Durante o percurso, a nave encontra uma nuvem de partículas eletricamente
carregadas, realizando um trajeto retilíneo de comprimento L. Em média, uma partícula por
quilômetro é encontrada pela nave. Essa nuvem localiza-se em uma região distante de qualquer
influência gravitacional. Sabe-se que a nave permanecerá em uma órbita equatorial ao redor do
planeta, cujo campo magnético apresenta intensidade uniforme, no sentido do polo norte (N) para
o polo Sul (S).
Dados:
Nave: massa inicial 𝑚0 = 300 𝑡𝑜𝑛𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎𝑠 e carga inicial 𝑞0 nula;
Partículas: massa média 𝑚 = 100 𝑚𝑔 e carga elétrica média 𝑞 = 715 𝜇𝐶;
Planeta: massa 𝑀 = 6,3 ⋅ 1024 𝑘𝑔, raio 𝑅 = 7000 𝑘𝑚 e intensidade do campo magnético 𝐵 = 5 ⋅
10−5 𝑇.
Constante da gravitação universal: 𝐺 = 6,67 ⋅ 10−11 𝑁 ⋅ 𝑚2 ⋅ 𝑘𝑔−2 ;
Velocidade da luz: 𝑐 = 3 ⋅ 108 𝑚/𝑠; e
Comprimento da nuvem: 7,5 ⋅ 108 𝑘𝑚.
Observação: despreze a intensidade da força de repulsão entre as cargas de mesmo sinal.
Diante do exposto, pede-se a:
a) a velocidade final da nave logo após o último choque.
b) energia máxima dissipada pelo escudo em um único choque; e
c) velocidade mínima da nave para manter uma órbita de altura 𝐻 = 35 ⋅ 103 km acima da
superfície do planeta.
(Simulado ITA)
Uma bola de tênis colide com uma superfície rugosa de coeficiente de atrito 𝝁, como mostra a
figura. Sabe-se que a força da gravidade é muito pequena quando comparada as forças
impulsionavas e que a força de atrito é a mínima necessária para evitar o deslizamento da bola de
tênis. Dessa forma, o coeficiente de restituição da colisão é dado por:
𝑠𝑒𝑛 𝛼−𝜇 cos 𝛼−𝜇 𝑡𝑔 𝛼−𝜇 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝛼−𝜇 𝑐𝑜𝑠 𝛼−𝜇
(A) 𝑠𝑒𝑛 𝛽+𝜇 (B) cos 𝛽+𝜇 (C) (D) 𝑐𝑜𝑡𝑔𝛽+𝜇 (E) 𝑠𝑒𝑛 𝛽+𝜇
𝑡𝑔𝛽+𝜇
2) E
3⋅𝑀⋅𝑔⋅𝑥
3) 𝐿
4) C
2
𝑚2 ⋅𝐿
5) ⋅ (√2 − √2 + √2 − √3)
0,6⋅𝑀2
6) D
𝑚(𝑑−𝐿)
7) √2 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑘
8) Ver comentários
(𝑚1−𝑚2)𝑣0 2𝑚1 ⋅𝑣0
9) a) 𝑣1 = (𝑚1 +𝑚2 )
b) 𝑣2 = (𝑚
1 +𝑚2 )
1 (𝑀−𝑚)𝑣 2 1 2𝑀𝑣 2 𝐿
10) a) ℎ𝑀 = 2𝑔 ∙ ( (𝑀+𝑚) ) e ℎ𝑚 = 2𝑔 ∙ ((𝑀+𝑚)) b) 𝜋 ∙ √𝑔
11) Demonstração
15) 30 N
18) D
Comentários:
Vamos resolver esse exercício de maneira simplificada. Vamos considerar que a velocidade que o
combustível sai é constante durante esses 5 segundos, e que a massa desse avião praticamente não muda.
Depois vamos para o caso real (e que envolve cálculo integral), e vamos ver que o resultado é
praticamente o mesmo (mas não idêntico). E por que não é idêntico? Pois durante esses 5 segundos o
avião terá uma aceleração, logo sua velocidade mudará, dessa forma a velocidade com que o combustível
é ejetado também mudará.
Resolução aproximada:
I. Correta. Sendo a massa do avião inicial M, a massa de gás ejetada = m, a velocidade inicial do
avião v e a velocidade final v’:
(𝑀 + 𝑚)𝑣 = 𝑀𝑣 ′ + 𝑚𝑣𝑔
𝑀(𝑣 ′ − 𝑣) = 𝑚(𝑣 − 𝑣𝑔 )
1,25𝑚
40000Δ𝑣 = 100 ⋅ 500 → Δ𝑣 =
𝑠
II. Correta.
𝑀Δ𝑣 1,25
𝐹= = 40000 ⋅ = 10000𝑁
Δ𝑡 5
III. Correta.
Resolução correta:
𝑑𝑚𝑣 ′ = −𝑚𝑑𝑣
𝑑𝑚 𝑑𝑣
− = ′
𝑚 𝑣
𝑚𝑖 Δ𝑣
ln ( ) = ′
𝑚𝑓 𝑣
𝑚𝑖 40000
Δ𝑣 = 𝑣 ′ ln ( ) = 500 ln = 1,252 𝑚/𝑠
𝑚𝑓 39900
𝐼 = 𝐹Δ𝑡 = 50000𝑁. 𝑠
Gabarito: D
(EFOMM – 2021)
Uma bola de bilhar de raio R tem velocidade de módulo v, enquanto se desloca em linha reta sobre
uma mesa horizontal sem atrito. Em algum momento, esse objeto atinge um segunda bola em
repouso, com mesmo raio e massa muito maior, cujo centro se localiza a uma distância 𝑅 da reta
que descreve a trajetória. A situação é representada na figura abaixo:
Após o impacto, a primeira esfera retorna para a esquerda em um linha reta que faz 75° (para baixo)
com relação à trajetória horizontal inicial. Suponha que a força que atua em cada esfera durante a
colisão é perpendicular à sua superfície e pode ser considerada constante, durante o curto intervalo
de tempo em que age. A razão entre os módulos da velocidade final e da velocidade inicial da
primeira esfera vale:
√6−√2 √6+√2 √6 √2 √2
(A) (B) (C) (D) (E)
4 4 2 4 2
Comentários:
𝐵𝐶 𝑅 1
𝑠𝑒𝑛(𝜃) = = =
𝐴𝐵 𝑅 + 𝑅 2
∴ 𝜃 = 30°
Logo após o choque, a velocidade da esfera forma o ângulo de 75°, com a horizontal. Como a massa
da esfera que está parada é muito maior que a massa da esfera que se move, a esfera deve sair conforme
mostrado na figura. Além disso, o enunciado diz que a esfera retorna com velocidade para a esquerda.
Como a velocidade na direção tangencial não muda, já que o choque é frontal, então:
𝑣 ′ ⋅ 𝑠𝑒𝑛(45°) = 𝑣 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(30°)
√2 1
𝑣′ ⋅ =𝑣⋅
2 2
𝑣 ′ √2
=
𝑣 2
Gabarito: E
Comentários:
Em teoria, vimos a abordagem mais geral, utilizando o Cálculo para o caso mais geral possível. Para
essa questão da OBF, vamos fazer uma abordagem matemática um pouco diferente, mais parecido ainda
com aquilo que pode aparecer na sua prova.
𝑀 Δ𝑚
𝜆= =
𝐿 Δ𝑥
Considerando que um pedaço da corda caiu 𝑥, então:
𝐿−𝑥
Δ𝑚 = 𝑀 ⋅ ( )
𝐿
𝐿−𝑥
Δ𝑄 = 𝛥𝑃𝑒𝑠𝑜 ⋅ Δ𝑡 ⇒ 𝑄 = 𝑀 ⋅ ( )⋅𝑔⋅𝑡
𝐿
𝑔𝑡 2
Mas 𝑥 = , então:
2
𝑀 ⋅ 𝑔2 ⋅ 𝑡 3
𝑄 =𝑀⋅𝑔⋅𝑡−
2⋅𝐿
Agora, se tomarmos um intervalo de tempo muito pequeno (Δ𝑡) após esse instante (𝑡), ou seja,
𝑡 + Δ𝑡 e aplicarmos a equação que acabamos de desenvolver, podemos encontrar a força normal em
função do tempo:
Δ𝑄 = 𝐹𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 ⋅ Δ𝑡
𝑀 ⋅ 𝑔2 ⋅ (𝑡 + Δ𝑡)3 𝑀 ⋅ 𝑔2 ⋅ 𝑡 3
[𝑀 ⋅ 𝑔 ⋅ (𝑡 + Δ𝑡) − ] − [𝑀 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑡 − ] = (𝑀 ⋅ 𝑔 − 𝑁) ⋅ Δ𝑡
2⋅𝐿 2⋅𝐿
𝑀 ⋅ 𝑔2 𝑀 ⋅ 𝑔2 ⋅ 𝑡 3
𝑀 ⋅ 𝑔 ⋅ Δ𝑡 − (𝑡 3 + 3𝑡 2 ⋅ Δ𝑡 + 3𝑡 ⋅ Δ𝑡 2 + Δ𝑡 3 ) ⋅ ( )+ = (𝑀 ⋅ 𝑔 − 𝑁) ⋅ Δ𝑡
2⋅𝐿 2⋅𝐿
𝑀 ⋅ 𝑔2 𝑀 ⋅ 𝑔2
𝑀 ⋅ 𝑔 ⋅ Δ𝑡 − 3𝑡 2 ⋅ ( ) ⋅ Δ𝑡 − Δ𝑡 2 ⋅ (3𝑡 + Δ𝑡) ⋅ ( ) = (𝑀 ⋅ 𝑔 − 𝑁) ⋅ Δ𝑡
2⋅𝐿 2⋅𝐿
2
𝑀 ⋅ 𝑔2 𝑀 ⋅ 𝑔2
𝑀 ⋅ 𝑔 − 3𝑡 ⋅ ( ) − Δ𝑡 ⋅ (3𝑡 + Δ𝑡) ⋅ ( ) =𝑀⋅𝑔−𝑁
2⋅𝐿 2⋅𝐿
𝑀 ⋅ 𝑔2
𝑀 ⋅ 𝑔 − 3𝑡 2 ⋅ ( )=𝑀⋅𝑔−𝑁
2⋅𝐿
3 ⋅ 𝑀 ⋅ 𝑔2 ⋅ 𝑡 2
∴ 𝑁=
2⋅𝐿
𝑔𝑡 2
Como 𝑥 = , então:
2
3 ⋅ 𝑀 ⋅ 𝑔2 ⋅ 𝑡 2 3 ⋅ 𝑀 ⋅ 𝑔 𝑔 ⋅ 𝑡2
𝑁= ⇒𝑁= ⋅
2⋅𝐿 𝐿 2
3⋅𝑀⋅𝑔⋅𝑥
𝑁=
𝐿
𝟑⋅𝑴⋅𝒈⋅𝒙
Gabarito: 𝑵 = 𝑳
(ITA – 2000)
Um corpo de massa 𝑚 desliza sem atrito sobre a superfície plana
(e inclinada de um ângulo 𝛼 em relação à horizontal) de um
bloco de massa 𝑀 sob a ação da mola, mostrada na figura. Esta
mola, de constante elástica 𝑘 e comprimento natural 𝐶, tem
suas extremidades respectivamente fixadas ao corpo de massa
𝑚 e ao bloco. Por sua vez, o bloco pode deslizar sem atrito sobre
a superfície plana e horizontal em que se apóia. O corpo é
puxado até uma posição em que a mola seja distendida
elasticamente a um comprimento 𝐿(𝐿 > 𝐶), tal que, ao ser
liberado, o corpo passa pela posição em que a força elástica é nula. Nessa posição o módulo da
velocidade do bloco é
a) 1 2
√2𝑚 [2 𝑘(𝐿 − 𝐶) − 𝑚𝑔(𝐿 − 𝐶)𝑠𝑒𝑛(𝛼)]
𝑀2 [1 + 𝑠𝑒𝑛2 (𝛼)]
b)
1
2𝑚 [2 𝑘(𝐿 − 𝐶)2 − 𝑚𝑔(𝐿 − 𝐶)𝑠𝑒𝑛(𝛼)]
√
𝑀2 [1 + 𝑡𝑔2 (𝛼)]
c)
1
2𝑚 [2 𝑘(𝐿 − 𝐶)2 − 𝑚𝑔(𝐿 − 𝐶)𝑠𝑒𝑛(𝛼)]
√
(𝑚 + 𝑀)[(𝑚 + 𝑀)𝑡𝑔2 𝛼 + 𝑀]
d)
1
2𝑚 [2 𝑘(𝐿 − 𝐶)2 ]
√
𝑀2 [1 + 𝑡𝑔2 (𝛼)]
e) 0
Comentários:
O sistema (bloco + corpo + mola) é isolado na horizontal, por isso, em relação à Terra, podemos
escrever que:
⃗⃗𝑥 = 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑥 ⇒ ⃗0⃗ = 𝑄
⃗⃗𝑥 ⃗⃗𝑥
+𝑄 ⇒ 𝑚 ⋅ 𝑣𝑥/𝑇 = 𝑀 ⋅ 𝑉
𝑖 𝑓 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜
𝑀⋅𝑉
∴ 𝑣𝑥/𝑇 =
𝑚
𝑀𝑉 𝑀+𝑚
= 𝑣𝑥/𝐵 − 𝑉 ⇒ 𝑣𝑥/𝐵 = ( )𝑉
𝑚 𝑚
Para determinar a velocidade do corpo em relação ao bloco, devemos notar a seguinte soma
vetorial:
Dessa forma, a componente vertical (𝑣𝑦/𝑇 ) da velocidade do corpo em relação à Terra é dada por:
𝑀+𝑚
𝑣𝑦/𝑇 = 𝑣𝑦/𝐵 = 𝑣𝑥/𝐵 ⋅ 𝑡𝑔(𝛼) = ( ) ⋅ 𝑉 ⋅ 𝑡𝑔(𝛼)
𝑚
De acordo com o enunciado, temos as duas situações:
Como não há nenhuma força dissipativa atuando em nosso sistema, podemos dizer que ele é
conservativo. Assim, a energia mecânica se conserva. Portanto, em relação à Terra, temos:
𝑖 𝑓
𝐸𝑚𝑒𝑐 = 𝐸𝑚𝑒𝑐
𝑘(𝐿 − 𝐶)2 𝑚𝑣 2 𝑀𝑉 2
= + + 𝑚𝑔ℎ
2 2 2
2 2
𝑘(𝐿 − 𝐶)2 𝑚(𝑣𝑥/𝑇 + 𝑣𝑦/𝑇 ) 𝑀𝑉 2
= + + 𝑚𝑔(𝐿 − 𝐶)𝑠𝑒𝑛(𝛼)
2 2 2
𝑉2 𝑘(𝐿 − 𝐶)2
[𝑀2 + 𝑚𝑀 + (𝑀 + 𝑚)2 𝑡𝑔2 𝛼] = − 𝑚𝑔(𝐿 − 𝐶)𝑠𝑒𝑛(𝛼)
2𝑚 2
𝑉2 𝑘(𝐿 − 𝐶)2
{(𝑚 + 𝑀)[(𝑚 + 𝑀)𝑡𝑔2 𝛼 + 𝑀]} = − 𝑚𝑔(𝐿 − 𝐶)𝑠𝑒𝑛(𝛼)
2𝑚 2
𝑉2 𝑘(𝐿 − 𝐶)2
(𝑚 + 𝑀)[(𝑚 + 𝑀)𝑡𝑔2 𝛼 + 𝑀] = − 𝑚𝑔(𝐿 − 𝐶)𝑠𝑒𝑛(𝛼)
2𝑚 2
𝑘(𝐿 − 𝐶)2
2𝑚 [ − 𝑚𝑔(𝐿 − 𝐶)𝑠𝑒𝑛(𝛼)]
√ 2
𝑉=
(𝑚 + 𝑀)[(𝑚 + 𝑀)𝑡𝑔2 𝛼 + 𝑀]
Gabarito: C
(ITA – 2003)
Quando solto na posição angular de 45° (mostrada na figura), um pêndulo simples de massa 𝑚 e
comprimento 𝐿 colide com um bloco de massa 𝑀. Após a colisão, o bloco desliza sobre uma
superfície rugosa, cujo coeficiente de atrito dinâmico é igual a 0,3. Considere que após a colisão, ao
retornar, o pêndulo alcança uma posição angular máxima de 30°. Determine a distância percorrida
pelo bloco em função de 𝑚, 𝑀 e 𝐿.
Comentários:
Inicialmente, vamos calcular a velocidade com que o corpo de massa 𝑚 antes da colisão. Pela
conservação da energia mecânica, temos:
1 √2
𝐴
𝐸𝑚𝑒𝑐 𝐵
= 𝐸𝑚𝑒𝑐 ⇒ 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ (𝐿 − 𝐿 ⋅ cos 45°) = 𝑚 ⋅ 𝑣𝐵2 ⇒ 𝑣𝐵 = √2𝑔𝐿 (1 − ) (𝑒𝑞. 1)
2 2
𝑄𝐵 = 𝑄𝐶 ⇒ 𝑚 ⋅ 𝑣𝐵 = −𝑚 ⋅ 𝑣 + 𝑀 ⋅ 𝑉 (𝑒𝑞. 2)
Após o choque, o corpo de massa 𝑚 volta a ganhar energia potencial gravitacional. Pela
conservação de energia, temos:
𝐶 𝐷
1 √3
𝐸𝑚𝑒𝑐 = 𝐸𝑚𝑒𝑐 ⇒ 𝑚 ⋅ 𝑣 2 = 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ (𝐿 − 𝐿 ⋅ cos 30°) ⇒ 𝑣 = √2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐿 ⋅ (1 − ) (𝑒𝑞. 3)
2 2
√2 √3
𝑚 ⋅ √2𝑔𝐿 (1 − ) = −𝑚 ⋅ √2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐿 ⋅ (1 − ) + 𝑀 ⋅ 𝑉
2 2
𝑚
𝑉= √𝑔𝐿 (√2 − √2 + √2 − √3)
𝑀
1 2
𝑉2
𝜏𝑓𝑛𝑐 = Δ𝐸𝑚𝑒𝑐 ⇒ −𝜇 ⋅ 𝑀 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑑 = 0 − 𝑀𝑉 ⇒ 𝑑 =
2 2⋅𝜇⋅𝑔
2
1 𝑚2 2
𝑑= ⋅ 2 (√𝑔𝐿) (√2 − √2 + √2 − √3)
2 ⋅ 0,3 ⋅ 𝑔 𝑀
2
𝑚2 ⋅ 𝐿
𝑑= ⋅ (√2 − √2 + √2 − √3)
0,6 ⋅ 𝑀2
𝟐
𝒎𝟐 ⋅𝑳
Gabarito: 𝒅 = 𝟎,𝟔⋅𝑴𝟐 ⋅ (√𝟐 − √𝟐 + √𝟐 − √𝟑)
(ITA – 2008)
Na figura, um gato de massa 𝑚 encontra-se parado próximo
a uma das extremidades de uma prancha de massa 𝑀 que
flutua em repouso na superfície de um lago. A seguir, o gato
salta e alcança uma nova posição na prancha, à distância 𝐿.
Desprezando o atrito entre a água e a prancha, sendo 𝜃 o
ângulo entre a velocidade inicial do gato e a horizontal, e 𝑔
a aceleração da gravidade, indique qual deve ser a
velocidade 𝑢 de deslocamento da prancha logo após o salto.
𝑔⋅𝐿⋅𝑀 𝑔⋅𝐿⋅𝑀
a) 𝑢 = √ 𝑀 b) 𝑢 = √ 𝑀
(1+ )⋅𝑚⋅𝑠𝑒𝑛(𝜃)⋅cos(𝜃) (1+ )⋅2𝑚⋅𝑠𝑒𝑛(2𝜃)
𝑚 𝑚
𝑔⋅𝐿⋅𝑀 𝑔⋅𝐿⋅𝑚
c) 𝑢 = √ 𝑀 d) 𝑢 = √ 𝑀
(1+ )⋅2𝑚⋅𝑠𝑒𝑛(𝜃) (1+ )⋅2𝑀⋅𝑡𝑔(𝜃)
𝑚 𝑚
2⋅𝑔⋅𝐿⋅𝑚
e) 𝑢 = √ 𝑀
(1+ )⋅𝑀⋅𝑡𝑔(𝜃)
𝑚
Comentários:
Inicialmente, o gato está parado e não há forças externas agindo na direção horizontal. Dessa
forma, podemos dizer que o centro de massa na direção horizontal permanece inalterada. Portanto:
𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
𝑥𝑐𝑚 = 𝑥𝑐𝑚
𝑚 ⋅ 𝑥 + 𝑀 ⋅ (𝑥 + 𝑑) 𝑚 ⋅ 𝐿 + 𝑀 ⋅ 𝑑 𝑚𝐿
⇒ = ⇒ 𝑥=
𝑚+𝑀 𝑚+𝑀 𝑚+𝑀
𝑀⋅𝐿
𝐴 =𝐿−𝑥 =
𝑚+𝑀
Dado que o ângulo de lançamento foi de 𝜃, ângulo entre a velocidade do gato em relação a um
referencial inercial e a horizontal, temos:
𝑥 𝑥 𝑚
𝑄𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑄𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⇒ 0 = 𝑚 ⋅ 𝑣 ⋅ cos 𝜃 − 𝑀 ⋅ 𝑢 ⇒ 𝑢 = ⋅ 𝑣 ⋅ cos 𝜃
𝑀
Substituindo 𝑣 e manipulando algebricamente, vem:
𝑚 𝑀⋅𝐿⋅𝑔
𝑢= ⋅√ ⋅ cos 𝜃
𝑀 (𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑠𝑒𝑛(2𝜃)
𝑚2 𝑀⋅𝐿⋅𝑔
⇒𝑢=√ 2⋅ ⋅ cos2 𝜃
𝑀 (𝑚 + 𝑀) ⋅ 2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 ⋅ cos 𝜃
1 𝑚⋅𝐿⋅𝑔 𝑚⋅𝐿⋅𝑔
𝑢=√ ⋅ ⇒ 𝑢=√
𝑀 (𝑚 + 𝑀) 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝑀
⋅ 2 ⋅ (1 + 𝑚 ) ⋅ 2 ⋅ 𝑀 ⋅ 𝑡𝑔 𝜃
𝑚 cos 𝜃
Gabarito: D
(ITA – 2009)
Num filme de ficção, um foguete de massa 𝑚 segue uma estação espacial, dela aproximando-se
com aceleração relativa o. Para reduzir o impacto do acoplamento, na estação existe uma mola de
comprimento 𝐿 e constante 𝑘. Calcule a deformação máxima sofrida pela mola durante o
acoplamento sabendo-se que o foguete alcançou a mesma velocidade da estação quanto dela se
aproximou de uma certa distância 𝑑 > 𝐿, por hipótese em sua mesma órbita.
Comentários:
Vamos trabalhar o problema no referencial da estação espacial, isto é, um referencial que se move
com a mesma velocidade da estação, a partir do instante em que o foguete se encontra a uma distância
𝑑 da estação. Dessa forma, podemos aplicar a equação de Torricelli para o foguete:
𝑣 2 = 𝑣02 + 2 ⋅ 𝑎 ⋅ Δ𝑠 ⇒ 𝑣 2 = 2 ⋅ 𝑎 ⋅ (𝑑 − 𝐿)
Quando começar o atracamento, vamos considerar que pare a propulsão do foguete. Assim,
ocorrerá a colisão do foguete (massa 𝑚) com a estação (considerada de massa 𝑀).
Podemos dizer que quando a distância entre o foguete e a estação for mínima, então a deformação
da mola será máxima. Em outras palavras, neste instante a velocidade relativa entre eles é nula, ou seja,
ambos terão a mesma velocidade (𝑣 ′ ) em relação ao referencial escolhido.
𝑚
𝑚 ⋅ 𝑣 = (𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑣 ′ ⇒ 𝑣 ′ = ⋅𝑣
𝑚+𝑀
Durante a colisão, a força que age nos corpos é a elástica, que é conservativa. Então, podemos
dizer que há conservação da energia mecânica do sistema:
𝑚 ⋅ 𝑣 2 (𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑣 ′2 𝑘 ⋅ 𝑥 2
= +
2 2 2
Substituindo os valores encontrados anteriormente, temos:
𝑚 2
𝑚 ⋅ 𝑣2 = 𝑚 + 𝑀 ⋅ ( ⋅ 𝑣) + 𝑘 ⋅ 𝑥 2
𝑚+𝑀
𝑚2
𝑚 ⋅ 𝑣2 = ⋅ 𝑣2 + 𝑘 ⋅ 𝑥2
𝑚+𝑀
𝑚
𝑘 ⋅ 𝑥 2 = 𝑚 ⋅ 𝑣 2 (1 − )
𝑚+𝑀
𝑚
𝑘 ⋅ 𝑥 2 = (2 ⋅ 𝑎 ⋅ (𝑑 − 𝐿) ⋅ 𝑚) ⋅ (1 − )
𝑚+𝑀
𝑚(𝑑 − 𝐿) 1
𝑥 = √2 ⋅ 𝑎 ⋅ ⋅√ 𝑚
𝑘 1+𝑀
𝑚(𝑑 − 𝐿)
𝑥 = √2 ⋅ 𝑎 ⋅
𝑘
𝟐𝒂𝒎(𝒅−𝑳) 𝟏
Gabarito: 𝒙 = √ ⋅√ 𝒎
𝒌 𝟏+
𝑴
(ITA – 2011)
Um objeto de massa 𝑚 é projetado no ar a 45° do chão horizontal com uma velocidade 𝑣. No ápice
de sua trajetória, este objeto é interceptado por um segundo objeto, de massa 𝑀 e velocidade 𝑉,
que havia sido projetado verticalmente do chão. Considerando que os dois objetos “se colam” e
desprezando qualquer tipo de resistência aos movimentos, determine a distância 𝑑 do ponto de
queda dos objetos em relação ao ponto de lançamento do segundo objeto.
Comentários:
No ponto mais alto de sua trajetória o corpo só tem velocidade horizontal, dessa forma, temos:
√2
𝑣𝐻 = 𝑣 ⋅
2
Observe que a colisão pode ocorrer quando 𝑀 está subindo ou descendo. No momento do choque
temos a seguinte configuração:
𝑣𝑓2 = 𝑣𝑖2 + 2 ⋅ 𝑎 ⋅ Δ𝑆
𝑣2
0 = 𝑣 2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛2 45° − 2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻 ⇒ 𝐻 =
4𝑔
⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
𝑄 𝑥 ⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
=𝑄 𝑥
𝑣√2 𝑚 ⋅ 𝑣 ⋅ √2
𝑚⋅ = (𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑣𝑓𝑥 ⇒ 𝑣𝑓𝑥 =
2 2(𝑚 + 𝑀)
𝑀⋅𝑉
𝑀 ⋅ (±𝑉) = (𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑉𝑓𝑦 ⇒ 𝑉𝑓𝑦 = ±
(𝑀 + 𝑚)
(𝑎 ⋅ 𝑡 2 ) 𝑔
𝑠 = 𝑠0 + 𝑣0 ⋅ 𝑡 + ⇒ 0 = 𝐻 + 𝑣𝑓𝑦 ⋅ 𝑡 − 𝑡 2
2 2
𝑔 2 𝑀⋅𝑉 𝑣2
𝑡 ∓ ⋅𝑡− =0
2 (𝑀 + 𝑚) 4𝑔
𝑀⋅𝑉 𝑀⋅𝑉 2 𝑔 𝑣2 𝑀 ⋅ 𝑉 2 𝑣2
± + √(𝑚 + 𝑀) − 4 ⋅ 2 ⋅ (− 4𝑔) ±
𝑀⋅𝑉
+ √(𝑚 + 𝑀) + 2
(𝑀 + 𝑚) (𝑀 + 𝑚)
𝑡1 = 𝑔 ⇒ 𝑡1 =
2⋅2 𝑔
𝑀⋅𝑉 𝑀⋅𝑉 2 𝑔 𝑣2 𝑀 ⋅ 𝑉 2 𝑣2
± − √(𝑚 + 𝑀) − 4 ⋅ 2 ⋅ (− 4𝑔) ±
𝑀⋅𝑉
− √(𝑚 + 𝑀) + 2
(𝑀 + 𝑚) (𝑀 + 𝑚)
𝑡2 = 𝑔 ⇒ 𝑡2 =
2⋅2 𝑔
Note que 𝑡2 é sempre menor que zero, portanto, não serve. Dessa forma, o tempo de queda é de:
𝑀⋅𝑉 √ 𝑀 ⋅ 𝑉 2 𝑣2
± + (𝑚 + 𝑀) + 2
(𝑀 + 𝑚)
𝑡𝑞 =
𝑔
𝑑 = 𝑣𝑓𝑥 ⋅ 𝑡𝑞
𝑀⋅𝑉 𝑀 ⋅ 𝑉 2 𝑣2
𝑚 ⋅ 𝑣 ⋅ √2 ± + √(𝑚 + 𝑀) + 2
(𝑀 + 𝑚)
𝑑= ⋅
2(𝑚 + 𝑀) 𝑔
( )
Comentários:
a) O corpo 𝑚1 , ao entrar em contato com a mola pela primeira vez, se aproxima de 𝑚2 , variando a
quantidade de movimento do segundo por estar empurrando a mola, até o momento em que eles
possuem velocidade relativa igual a zero, ou seja, momento em que a mola para de comprimir.
Ademais, como o sistema é conservativo, podemos conservar a energia do instante inicial (antes
da colisão), até o instante em que as velocidades se igualam:
( 𝑚1 + 𝑚2 )𝑣 2 𝑘 ⋅ 𝑥 2 𝑚1 𝑣0 2
+ = ⇒
2 2 2
𝑚12 ⋅ 𝑣02
⇒ + 𝑘 ⋅ 𝑥 2 = 𝑚1 𝑣0 2
(𝑚1 + 𝑚2 )
𝑚1 ⋅ 𝑚2
𝑥 = 𝑣0 √
𝑘(𝑚1 + 𝑚2 )
b) Como o sistema é conservativo, podemos considerar a colisão sendo uma colisão elástica, e, portanto,
com coeficiente de restituição igual a 1.
𝑚1 ⋅ 𝑣0 = 𝑚1 ⋅ 𝑣1 + 𝑚2 ⋅ 𝑣2
Coeficiente de restituição:
𝑣2 − 𝑣1
= 1
𝑣0
Observe que temos um sistema simples de duas equações e duas incógnitas, cuja solução será
dada por:
2𝑚1 ⋅ 𝑣0
𝑣2 =
(𝑚1 + 𝑚2 )
(𝑚1 − 𝑚2)𝑣0
𝑣1 =
(𝑚1 + 𝑚2 )
(𝒎𝟏−𝒎𝟐)𝒗𝟎 𝟐𝒎𝟏 ⋅𝒗𝟎
Gabarito: a) 𝒗𝟏 = (𝒎𝟏 +𝒎𝟐 )
b) 𝒗𝟐 = (𝒎
𝟏 +𝒎𝟐 )
Ao ser liberada a massa 𝑀 inicia o movimento colidindo com a massa 𝑚 (𝑀 > 𝑚) (desconsidere
todos os efeitos devido a quaisquer tipos de atrito neste sistema).
a) Determine a altura máxima que as massas 𝑀 e 𝑚 atingem após a colisão com relação à horizontal.
Use 𝑔 para a aceleração gravitacional local.
b) Qual será o tempo necessário, após a primeira colisão entre as massas, para que as massas voltem
a colidir novamente?
Comentários:
𝑀𝑣 2
𝑀𝑔ℎ = ⇒ 𝑣 = √2𝑔ℎ
2
Na colisão a quantidade de movimento se conserva:
𝑀𝑣 = 𝑚𝑢 + 𝑀𝑤
Considerando 𝑒 = 1:
𝑣 =𝑢−𝑤
Assim:
(𝑀 − 𝑚)𝑣
𝑀𝑣 = 𝑚𝑣 + 𝑚𝑤 + 𝑀𝑤 ⇒ 𝑤 =
(𝑀 + 𝑚)
(𝑀 − 𝑚)𝑣 2𝑀𝑣
⇒𝑢 =𝑣+𝑤 =𝑣+ =
(𝑀 + 𝑚) (𝑀 + 𝑚)
𝑚𝑢2 𝑢2 1 2𝑀𝑣 2
𝑚𝑔ℎ𝑚 = ⇒ ℎ𝑚 = = ∙( )
2 2𝑔 2𝑔 (𝑀 + 𝑚)
𝐿
𝑇 = 2𝜋√
𝑔
𝑇
O tempo para que as massas voltem a colidir é 2 . Portanto:
𝐿
𝑡 =𝜋∙√
𝑔
𝟏 (𝑴−𝒎)𝒗 𝟐 𝟏 𝟐𝑴𝒗 𝟐 𝑳
Gabarito: a) 𝒉𝑴 = 𝟐𝒈 ∙ ( (𝑴+𝒎) ) e 𝒉𝒎 = 𝟐𝒈 ∙ ((𝑴+𝒎)) b) 𝝅 ∙ √𝒈
Comentários:
𝑚1 ⋅ 𝑣0 = 𝑚1 (𝑣 ′ + 𝑣 ′′ ) ⇒ 𝑣0 = 𝑣 ′ + 𝑣 ′′ (𝑖)
A colisão é elástica:
𝑣 ′′ − 𝑣 ′
𝑒= = 1 ⇒ 𝑣 ′′ − 𝑣 ′ = 𝑣0 (𝑖𝑖)
𝑣0
𝑣 ′′ = 𝑣0 e 𝑣 ′ = 0 𝑚/𝑠
𝑚1 ⋅ 𝑣0 = 𝑚1 ⋅ 𝑣 + 𝑚2 ⋅ 𝑣2 (𝑖𝑖𝑖)
𝑚1 ⋅ 𝑣0 = 𝑚1 ⋅ 𝑣2 − 𝑚1 ⋅ 𝑣 (𝑖𝑣)
2𝑚1 ⋅ 𝑣0
𝑣2 =
(𝑚1 + 𝑚2 )
(𝑚1 − 𝑚2 ) ⋅ 𝑣0
𝑣 =
(𝑚1 + 𝑚2 )
Observe que se 𝑚1 ≥ 𝑚2, 𝑣 é nulo ou 𝑣 tem o mesmo sentido e direção de 𝑣2 só que possui um
menor módulo; assim, tem-se que só existirão duas colisões. Entretanto, se 𝑚1 < 𝑚2 , 𝑣 passar a ser
menor do que 0, e assume o sentido contrário fazendo com que esta colida com a massa 𝑚1 que antes
estava parada, totalizando para este caso 3 colisões.
Gabarito: demonstração
Comentários:
a) Inicialmente, vamos fazer um desenho esquemático da granada explodindo no ponto mais alto da
trajetória:
No ponto mais alto da trajetória, a velocidade vertical do corpo é nula, e, como a velocidade
horizontal é constante, temos que:
2 ⋅ 𝑚 ∙ 𝑣 = 𝑚⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣2𝑥
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣2𝑥 = 500√3 𝑚/𝑠
Dado que a velocidade em 𝑦 era zero antes da explosão e que o corpo 1 cai em queda livre, temos,
pela conservação da quantidade de movimento no eixo 𝑦, que:
𝑣
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
2𝑦 = 0 𝑚/𝑠
Assim, podemos calcular a distância atingida pelo corpo a partir da altura do ponto máximo e do
tempo de queda:
⃗⃗⃗⃗⃗| 2
[|𝑣 0 ∙ 𝑠𝑒𝑛(30)]
𝐻 = = 3125 𝑚
2∙𝑔
2𝐻
𝑇𝑞(𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑞𝑢𝑒𝑑𝑎) = √ = 25 𝑠
𝑔
𝑑1
|𝑣
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
2𝑥 | = → 𝑑1 = 12500√3 𝑚
25
Distância percorrida até atingir o ponto de altura máxima:
𝑑2 = 𝑣 ∙ 𝑇𝑞 = 6250√3 𝑚
Logo, a distância que o corpo 2(A) cai do ponto de lançamento é dado por:
𝑑2 + 𝑑1 = 18750√3 𝑚
b) Primeiramente concluímos que a energia potencial gravitacional do sistema não varia, logo, a subtração
das energias potenciais antes e depois se anulam.
Logo, a variação de energia do sistema será dada pela variação da energia cinética do sistema:
2
2𝑚 ⋅ 𝑣 2 𝑚 ⋅ 𝑣2𝑥
𝛥𝐸 = | − | = 9375𝐽
2 2
Comentários:
a) Após ser disparada pelo canhão, a granada descreve uma trajetória parabólica.
No eixo 𝑥, temos:
𝑥 = 𝑣0 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝜃 ∙ 𝑡
𝑣𝑥 = 𝑣0 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝜃
No eixo 𝑦, temos:
𝑔𝑡 2
𝑦 = 𝑣0 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝜃 ∙ 𝑡 −
2
𝑣𝑦 = 𝑣0 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝜃 − 𝑔𝑡
𝑣0 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝜃
𝑣𝑦 = 0 ⇒ 𝑡 =
𝑔
Assim:
𝑣0𝑦 150
𝑡𝑠 = = ⇒ 𝑡𝑠 = 15𝑠
𝑔 10
𝑥 = 200 ∙ 20 = 4000𝑚
𝑦 = 150 ∙ 20 − 5 ∙ 20 ∙ 20 = 1000𝑚
b) Cálculo da posição do centro de massa (CM) do sistema 1 segundo após o instante da explosão (𝑡 =
21 𝑠):
𝑥 = 200 ∙ 21 = 4200𝑚
𝑦 = 150 ∙ 21 − 5 ∙ 21 ∙ 21 = 945𝑚
𝑚𝐴 𝑥𝐴 + 𝑚𝐵 𝑥𝐵
𝑥𝐶𝑀 = = 6600𝑚
𝑚𝐴 + 𝑚𝐵
𝑚𝐴 𝑦𝐴 + 𝑚𝐵 𝑦𝐵
𝑦𝐶𝑀 = = 2235𝑚
𝑚𝐴 + 𝑚𝐵
𝑣𝑥 = 200 𝑚/𝑠
∆𝑇 = 1𝑠 ⇒ 𝐹𝑥 = 4800 𝑁
∆𝑇 = 1𝑠 ⇒ 𝐹𝑥 = 2580 𝑁
Assim:
𝐹𝑅 = √29696400 𝑁
(IME – 2004)
Um tanque de guerra de massa 𝑀 se desloca com velocidade constante 𝑣0 . Um atirador dispara um
foguete frontalmente contra o veículo quando a distância entre eles é 𝐷. O foguete de massa 𝑚 e
velocidade constante 𝑣𝑓 colide com o tanque, alojando-se em seu interior. Neste instante o
motorista freia com uma aceleração de módulo 𝑎. Determine:
1. o tempo 𝑡 transcorrido entre o instante em que o motorista pisa no freio e o instante em que o
veículo para;
2. a distância a que, ao parar, o veículo estará do local de onde o foguete foi disparado.
Comentários:
𝑀 ⋅ 𝑣0 − 𝑚 ⋅ 𝑣𝑓
𝑄𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑄𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⇒ 𝑀 ⋅ 𝑣0 − 𝑚 ⋅ 𝑣𝑓 = (𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑢 ⇒ 𝑢 =
𝑀+𝑚
Após a colisão, vamos calcular o tempo que o veículo leva até parar:
𝑀 ⋅ 𝑣0 − 𝑚 ⋅ 𝑣𝑓
𝑢𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑢 + 𝑎 ⋅ 𝑡 ⇒ 0 = 𝑢 − 𝑎 ⋅ 𝑡 ⇒ 𝑡 =
(𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑎
𝑑𝑓 = 𝑣𝑓 ⋅ Δ𝑡𝑓
Note que o tempo que foguete leva para atingir o veículo (Δ𝑡𝑓 ) pode ser dado pela velocidade
relativa e a distância relativa entre eles:
Δ𝑠𝑟𝑒𝑙 𝐷
Δ𝑡𝑓 = =
𝑣𝑟𝑒𝑙 𝑣0 + 𝑣𝑓
Então:
𝐷
𝑑𝑓 = 𝑣𝑓 ⋅
𝑣0 + 𝑣𝑓
Por outro lado, a distância 𝑑𝑓+𝑇 percorrida até o conjunto parar é de:
𝑢2 1 𝑀 ⋅ 𝑣0 − 𝑚 ⋅ 𝑣𝑓 2
02 = 𝑢2 − 2 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑑𝑓+𝑇 ⇒ 𝑑𝑓+𝑇 = = ( )
2𝑎 2𝑎 𝑀+𝑚
Portanto, a distância do veículo quando ele para até a posição do disparo é de:
𝑑 = |𝑑𝑓 − 𝑑𝑓+𝑇 |
𝐷 1 𝑀 ⋅ 𝑣0 − 𝑚 ⋅ 𝑣𝑓 2
𝑑 = |𝑣𝑓 ⋅ − ⋅( ) |
𝑣0 + 𝑣𝑓 2𝑎 𝑀+𝑚
𝐷 1 𝑀 ⋅ 𝑣0 − 𝑚 ⋅ 𝑣𝑓 2
𝑑 = 𝑣𝑓 ⋅ + ⋅( )
𝑣0 + 𝑣𝑓 2𝑎 𝑀+𝑚
𝟐
𝑴𝒗𝟎 −𝒎𝒗𝒇 𝑫𝒗𝟎 (𝑴𝒗𝟎 −𝒎𝒗𝒇 )
Gabarito: 1. 𝒕 = 2. 𝒅 = 𝒗 +
(𝑴+𝒎)𝒂 𝟎 +𝒗𝒇 𝟐𝒂(𝑴+𝒎)𝟐
(IME – 2007)
Um pêndulo com comprimento 𝐿 = 1 𝑚, inicialmente em repouso, sustenta uma partícula com
massa 𝑚 = 1 𝑘𝑔. Uma segunda partícula com massa 𝑀 = 1 𝑘𝑔 movimenta-se na direção horizontal
com velocidade constante 𝑣0 até realizar um choque perfeitamente inelástico com a primeira. Em
função do choque, o pêndulo entra em movimento e atinge um obstáculo, conforme ilustrado na
figura. Observa-se que a maior altura alcançada pela partícula sustentada pelo pêndulo é a mesma
do ponto inferior do obstáculo. O fio pendular possui massa desprezível e permanece sempre
esticado. Considerando a aceleração da gravidade 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 e a resistência do ar desprezível,
determine:
a. a velocidade 𝑣0 da partícula com massa 𝑀 antes do choque;
b. a força que o fio exerce sobre a partícula de massa 𝑚 imediatamente após o fio bater no
obstáculo.
Comentários:
(𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑣 2
= (𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑔 ⋅ 0,8𝐿 ⇒ 𝑣 2 = 2 ⋅ 10 ⋅ 0,8 ⋅ 1 ⇒ 𝑣 = 4 𝑚/𝑠
2
Entre 1 e 2 temos uma colisão inelástica:
𝑀 ⋅ 𝑣0 = (𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑣 ⇒ 𝑣0 = 2 ⋅ 𝑣 ⇒ 𝑣0 = 8 𝑚/𝑠
𝑅𝑐𝑝 = (𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑎𝑐𝑝
𝑢2
⇒ 𝑇 − 𝑃 ⋅ cos 60° = (𝑚 + 𝑀) ⋅
𝐿−𝑥
1 𝑢2
⇒ 𝑇 − 20 ⋅ = 2⋅ (𝑒𝑞. 1)
2 𝐿−𝑥
0,2𝐿
cos 60° = ⇒ 𝑥 = 0,4 𝐿 ⇒ 𝐿 − 𝑥 = 0,6 𝑚 (𝑒𝑞. 2)
𝑥
Para determinar a velocidade 𝑢, basta conservar a energia mecânica entre 2 e 3:
(𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑣 2 (𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑢2
= + (𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑔 ⋅ 0,5𝐿
2 2
42 = 𝑢2 + 10 ⋅ 1 ⇒ 𝑢2 = 6 (𝑒𝑞. 3)
1 6
𝑇 − 20 ⋅ =2⋅ ⇒ 𝑇 = 30 𝑁
2 0,6
Gabarito: 30 N
(IME – 2019)
Dados:
J
Calores específicos das substâncias e do líquido borrifado: 𝑐 = 4,19 ⋅ 103 kg⋅K;
Comentários:
a) Considerando que toda massa das substâncias reage e que seu produto seja ejetado sob a forma do
jato, podemos dizer que toda energia da reação foi utilizada para aquecer o jato e fornecer a ele uma
energia cinética. Matematicamente, temos que:
𝑚𝑗𝑎𝑡𝑜 𝑣 2
𝑚𝑠𝑢𝑏𝑠 ⋅ 𝐿𝑠𝑢𝑏𝑠 = 𝑚𝑗𝑎𝑡𝑜 ⋅ 𝑐 ⋅ Δ𝜃 +
2
𝑚𝑠𝑢𝑏𝑠 = 𝑚𝑗𝑎𝑡𝑜
𝑣2
𝐿𝑠𝑢𝑏𝑠 = 𝑐 ⋅ Δ𝜃 +
2
2,42
𝐿𝑠𝑢𝑏𝑠 = 4,19 ⋅ 103 ⋅ (100 − 20) +
2
𝑣2
Note que a parcela é praticamente desprezível.
2
𝑄 = 𝑚𝑗𝑎𝑡𝑜 ⋅ 𝐿
𝑄 = 1,0056 ⋅ 10−1 J
Trabalho realizado na reação pode ser determinado pelas energias cinéticas do besouro e do jato.
Para o besouro, podemos conservar a quantidade de movimento, para que possamos relacionar a
velocidade do besouro com a saída do jato.
Portanto:
1 2
1 2
𝑊𝑟𝑒𝑎çã𝑜 = 𝑚𝑗𝑎𝑡𝑜 𝑣𝑗𝑎𝑡𝑜 + (𝑚𝑏𝑒𝑠𝑜𝑢𝑟𝑜 − 𝑚𝑗𝑎𝑡𝑜 )𝑣𝑏𝑒𝑠𝑜𝑢𝑟𝑜
2 2
1 −6 (2,4)2
1 1 2
𝑊𝑟𝑒𝑎çã𝑜 = ⋅ 0,30 ⋅ 10 ⋅ + ⋅ 289,7 ⋅ 10 ⋅ ( ) ⋅ 10−4
−6
2 2 4
c) Para um lançamento horizontal, lembrando que a formiga também caminha aproxima com velocidade
de 0,2 𝑐𝑚/𝑠 (𝑣𝑟𝑒𝑙 = 𝑣0 + 𝑣0𝑓𝑜𝑟𝑚𝑖𝑔𝑎 = 240 + 0,2 = 240,2 𝑐𝑚/𝑠), temos que:
𝑥 = 𝑣𝑟𝑒𝑙 ⋅ 𝑡
𝑔 2
{ 1 2 ⇒ 𝑦 = 2 ⋅𝑥
𝑦 = ⋅𝑔⋅𝑡 2𝑣𝑟𝑒𝑙
2
10
1 ⋅ 10−3 = ⋅ 𝐷2
2(240 + 0,2)2
𝐷 = 3,39 𝑐𝑚
d) Assumindo uma colisão inelástica do jato com a formiga, podemos escrever que:
𝑄𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑄𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
𝑣𝑓 = 1,24 𝑐𝑚/𝑠
(IME – 2021)
“Espaço: a fronteira final.” Certa vez, essa conhecida nave interplanetária teve seu disco defletor
destruído e entrou, logo em seguida, em movimento. Sabe-se que o disco defletor tem a
funcionalidade de desviar qualquer partícula espacial que, mesmo que pequena, em altas
velocidades, poderia destruir a nave.
Considere uma outra nave espacial, de menor porte, que tenha sofrido o mesmo dano em seu disco
defletor e seja obrigada a usar o escudo de força para se proteger. Seu escudo, ao invés de repelir,
absorve a massa das partículas espaciais, como em choques perfeitamente inelásticos. O excesso
de energia cinética, após cada choque, é dissipado pelo escudo, mas qualquer carga elétrica
encontrada permanece no escudo, deixando-o carregado. A nave resolve se dirigir para o planeta
ocupado mais próximo, para sofrer reparos. Por conta dos danos, só foi possível gerar uma
velocidade inicial 𝑣0 de 8% da velocidade da luz e seus motores foram desligados até o momento
de entrar em órbita. Durante o percurso, a nave encontra uma nuvem de partículas eletricamente
carregadas, realizando um trajeto retilíneo de comprimento L. Em média, uma partícula por
quilômetro é encontrada pela nave. Essa nuvem localiza-se em uma região distante de qualquer
influência gravitacional. Sabe-se que a nave permanecerá em uma órbita equatorial ao redor do
planeta, cujo campo magnético apresenta intensidade uniforme, no sentido do polo norte (N) para
o polo Sul (S).
Dados:
Nave: massa inicial 𝑚0 = 300 𝑡𝑜𝑛𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎𝑠 e carga inicial 𝑞0 nula;
Partículas: massa média 𝑚 = 100 𝑚𝑔 e carga elétrica média 𝑞 = 715 𝜇𝐶;
Planeta: massa 𝑀 = 6,3 ⋅ 1024 𝑘𝑔, raio 𝑅 = 7000 𝑘𝑚 e intensidade do campo magnético 𝐵 = 5 ⋅
10−5 𝑇.
Constante da gravitação universal: 𝐺 = 6,67 ⋅ 10−11 𝑁 ⋅ 𝑚2 ⋅ 𝑘𝑔−2 ;
Velocidade da luz: 𝑐 = 3 ⋅ 108 𝑚/𝑠; e
Comprimento da nuvem: 7,5 ⋅ 108 𝑘𝑚.
Observação: despreze a intensidade da força de repulsão entre as cargas de mesmo sinal.
Diante do exposto, pede-se a:
a) a velocidade final da nave logo após o último choque.
b) energia máxima dissipada pelo escudo em um único choque; e
c) velocidade mínima da nave para manter uma órbita de altura 𝐻 = 35 ⋅ 103 km acima da
superfície do planeta.
Comentários:
1 𝑝𝑎𝑟𝑡í𝑐𝑢𝑙𝑎 𝑁 𝑝𝑎𝑟𝑡í𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠
=
1 𝑘𝑚 7,5 ⋅ 108 𝑘𝑚
Podemos conservar o momento linear do instante inicial até o instante final. Chamaremos a massa
inicial da nave de 𝑚0 e a massa de cada partícula de Δ𝑚. Assim, temos:
𝑚0 ⋅ 𝑣0 = (𝑚0 + 𝑁 ⋅ Δ𝑚) ⋅ 𝑣𝑛
b) Considere dois choques consecutivos. O choque número (N) e o choque número (N+1). As velocidade
são:
𝑚0 ⋅ 𝑣0
𝑣𝑁 =
𝑚0 + 𝑁 ⋅ Δ𝑚
𝑚0 ⋅ 𝑣0
𝑣𝑁+1 =
𝑚0 + (𝑁 + 1) ⋅ Δ𝑚
𝑚02 ⋅ 𝑣02 1 1
Δ𝐸 = ( − )
2 𝑚0 + (𝑁 + 1) ⋅ Δ𝑚 𝑚0 + 𝑁 ⋅ Δ𝑚
𝑚02 ⋅ 𝑣02 ⋅ Δ𝑚
Δ𝐸 = −
2 ⋅ (𝑚0 + (𝑁 + 1) ⋅ Δ𝑚) ⋅ (𝑚0 + 𝑁 ⋅ Δ𝑚)
Quanto menor o valor de N, maior será a dissipação de energia. Dessa maneira, a maior dissipação
ocorre para a primeira interação. Ou seja, 𝑁 = 0.
𝑚0 ⋅ 𝑣02 ⋅ Δ𝑚
Δ𝐸(𝑚á𝑥) = −
2 ⋅ (𝑚0 + Δ𝑚)
𝑚𝑣 2
= 𝐹𝑔𝑟𝑎𝑣𝑖𝑡𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 − 𝐹𝑚𝑎𝑔𝑛é𝑡𝑖𝑐𝑎
𝑅+ℎ
𝑚𝑣 2 𝐺𝑀𝑚
= −𝑞⋅𝑣⋅𝐵
𝑅 + ℎ (𝑅 + ℎ)²
𝑣 2 + 3000𝑣 − 107 = 0
𝑣 = 2000 𝑚/𝑠
(Simulado ITA)
Uma bola de tênis colide com uma superfície rugosa de coeficiente de atrito 𝝁, como mostra a
figura. Sabe-se que a força da gravidade é muito pequena quando comparada as forças
impulsionavas e que a força de atrito é a mínima necessária para evitar o deslizamento da bola de
tênis. Dessa forma, o coeficiente de restituição da colisão é dado por:
𝑠𝑒𝑛 𝛼−𝜇 cos 𝛼−𝜇 𝑡𝑔 𝛼−𝜇 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝛼−𝜇 𝑐𝑜𝑠 𝛼−𝜇
(A) 𝑠𝑒𝑛 𝛽+𝜇 (B) cos 𝛽+𝜇 (C) (D) 𝑐𝑜𝑡𝑔𝛽+𝜇 (E) 𝑠𝑒𝑛 𝛽+𝜇
𝑡𝑔𝛽+𝜇
Comentários:
∑ 𝐹𝑣 = 𝑁 − 𝑚𝑔
Como 𝑁 ≫ 𝑚𝑔, então a força 𝑁 será a força impulsiva nessa direção. Colocando as velocidades
antes e depois da colisão, então:
⃗⃗
𝐼⃗ = 𝐹⃗ ⋅ Δ = Δ𝑄
Substituindo 𝑁 ⋅ Δ𝑡 de 2 em 1, temos:
𝑣2 cos 𝛼 − 𝜇 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼
∴ =
𝑣1 cos 𝛽 + 𝜇 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛽
𝑣2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛽
𝑒=
𝑣1 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼
Portanto:
cos 𝛼 − 𝜇 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼
𝑒= 𝑠𝑒𝑛 𝛼
cos 𝛽 + 𝜇 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛽
𝑠𝑒𝑛 𝛽
𝑐𝑜𝑡𝑔 𝛼 − 𝜇
𝑒=
𝑐𝑜𝑡𝑔𝛽 + 𝜇
Gabarito: D
[2] Bukhovtsev, B.B. Krivtchenkov, V.D. Miakishev, G.Ya. Saraeva, I. M. Problemas Selecionados de Física
Elementar. 1 ed. MIR, 1977.518p.
[4] Newton, Gualter, Helou. Tópicos de Física. 11ª ed. Saraiva, 1993. 303p.
Essa aula possui muitos exercícios resolvidos e muitos exercícios, pois trata-se de um assunto que
requer muito prática. Tente fazer todos os exercícios da lista.
Conte comigo nessa jornada. Quaisquer dúvidas, críticas ou sugestões entre em contato pelo
fórum de dúvidas do Estratégia ou se preferir:
@proftoniburgatto