Aula 07

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ITA 2023

Física

AULA 07
Dinâmica Impulsiva

Prof. Toni Burgatto

www.estrategiamilitares.com.br
Prof. Toni Burgatto

Sumário
Introdução 3

1. Quantidade de movimento 4

1.1. Impulso 9

1.2. Cálculo do Impulso para força resultante variável 10

1.3. Força média 17

1.4. Quantidade de movimento de um sistema de partículas 20

1.5. Sistema Isolado 21

1.6. Conservação da quantidade de movimento para um sistema isolado 21

2. Colisões 33

2.1. A aplicação de quantidade de movimento do sistema em colisões 36

2.2. Energia cinética em colisões 39

2.3. Velocidade relativa 40

2.4. Coeficiente de restituição 40

2.5. Aplicação de progressões geométricas em colisões 44

2.6. Caso especial: colisão unidimensional com 𝑴 ≫ 𝒎 46

2.8. Colisões bidimensionais 49

3. Centro de massa 60

3.1. Propriedades do centro de massa em um sistema de 2 partículas 60

3.2. Propriedades do centro de massa em um sistema de 𝒏 partículas 64

3.3. Sistema isolado de forças externas 70

3.4. Massa reduzida e colisão unidimensional 78

3.5. Massa continuamente variável e propulsão de foguetes 80

4. Lista de questões nível 1 83

5. Gabarito sem comentários nível 1 104

6. Lista de questões nível 1 comentada 106

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7. Lista de questões nível 2 152

8. Gabarito sem comentários nível 2 173

9. Lista de questões nível 2 comentada 176

10. Lista de questões nível 3 235

11. Gabarito sem comentários nível 3 243

12. Lista de questões nível 3 comentada 244

13. Referências bibliográficas 275

14. Considerações finais 275

Introdução
Nesta aula vamos trabalhar os conceitos de impulso, quantidade de movimento e centro de massa.
Este tema costuma ser cobrado junto com energia mecânica e, em algumas ocasiões, com análise de
dinâmica.

É muito importante você guardar todos os conceitos e fazer muito exercícios para pôr em prática
tudo aquilo que você aprendeu desse assunto.

Como esse assunto é muito cobrado, existem muitas questões de elevado nível nos nossos
vestibulares de interesse.

As questões da OBF no início da lista servirão para te dar uma base, antes de entrar nas questões
do nosso concurso em si.

Caso tenha alguma dúvida entre em contato conosco através do fórum de dúvidas do Estratégia
ou se preferir:

@proftoniburgatto

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1. Quantidade de movimento
Seja uma partícula 𝑃, de massa 𝑚, com velocidade vetorial instantânea 𝑣⃗. Define-se quantidade
⃗⃗ como:
de movimento da partícula 𝑃 a grandeza vetorial 𝑄

⃗⃗ = 𝑚 ⋅ 𝑣⃗
𝑄

Representativamente, temos:

Figura 1: Quantidade de movimento de uma partícula no instante t.

Além de quantidade de movimento, é comum chamarmos essa grandeza de momento linear ou


ainda momentum.

Observações:

 A quantidade de movimento 𝑄 ⃗⃗ e a velocidade vetorial 𝑣⃗ possuem a mesma direção,


conforme mostrando na figura 1.

 Além disso, como massa é uma grandeza escalar positiva, então a quantidade de
movimento 𝑄⃗⃗ e a velocidade 𝑣⃗ possuem o mesmo sentido, vide figura 2.

Figura 2: A quantidade de movimento tem mesma direção e sentido que a velocidade da partícula.

Pela definição de quantidade de movimento, temos:

⃗⃗ | = 𝑚 ⋅ |𝑣⃗|
|𝑄

Portanto, a unidade de quantidade de movimento é:

𝑢(𝑄) = 𝑢(𝑚) ⋅ 𝑢(𝑣)

No Sistema Internacional de Unidades (SI):

𝑢(𝑄) = 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠

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1)
Um ponto material de massa 4,0 𝑘𝑔 move-se em uma trajetória retilínea, realizando um MRUV com
função horária do espaço 𝑠 = 2,0 + 10,0 ⋅ 𝑡 − 6,0 ⋅ 𝑡 2 (SI). Calcule:
a) o módulo da quantidade de movimento em 𝑡1 = 0,5 𝑠;
b) o módulo da quantidade de movimento em 𝑡2 = 1,0 𝑠;
c) o módulo da variação da quantidade de movimento no intervalo Δ𝑡 = 𝑡2 − 𝑡1 .

Comentários:
a) Inicialmente, devemos determinar a função horária da velocidade 𝑣. Para isso, basta simplesmente
derivar 𝑠 em relação ao tempo:
𝑑𝑠 𝑑
𝑣= ⇒ 𝑣 = (2,0 + 10,0 ⋅ 𝑡 − 6,0 ⋅ 𝑡 2 )
𝑑𝑡 𝑑𝑡
⇒ 𝑣 = 0 + 10,0 − 12 ⋅ 𝑡 ⇒ 𝑣(𝑡) = 10,0 − 12 ⋅ 𝑡
Para 𝑡1 = 0,5 𝑠, temos:
𝑣1 (0,5) = 10,0 − 12 ⋅ (0,5) ⇒ 𝑣1 (0,5) = 4,0 𝑚/𝑠
Logo, o módulo da quantidade de movimento é de:
⃗⃗1 | = 𝑚 ⋅ |𝑣⃗1 | ⇒ |𝑄
|𝑄 ⃗⃗1 | = 4,0 ⋅ 4,0 ⇒ |𝑄
⃗⃗1 | = 16,0 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠

b) Para 𝑡2 = 1,0 𝑠, temos:


𝑣2 (1,0) = 10,0 − 12 ⋅ (1,0) ⇒ 𝑣2 (1,0) = −2,0 𝑚/𝑠
Logo, o módulo da quantidade de movimento é de:
⃗⃗2 | = 𝑚 ⋅ |𝑣⃗2 | ⇒ |𝑄
|𝑄 ⃗⃗2 | = 4,0 ⋅ 2,0 ⇒ |𝑄
⃗⃗2 | = 8,0 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠

⃗⃗), no intervalo Δ𝑡 = 𝑡2 − 𝑡1 é dado por:


c) A variação da quantidade de movimento (Δ𝑄
⃗⃗ = 𝑄
Δ𝑄 ⃗⃗2 − 𝑄
⃗⃗1
Note que se trata de uma grandeza vetorial, portanto, ao efetuarmos essa conta devemos levar
em consideração direção e sentido. Podemos representar os dois instantes do ponto material de acordo
com o esquema:

Portanto:

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⃗⃗ = 𝑄
Δ𝑄 ⃗⃗2 − 𝑄
⃗⃗1 ⇒ Δ𝑄
⃗⃗ = −8,0 𝑖̂ − 16,0 𝑖̂ ⇒ Δ𝑄
⃗⃗ = −24,0 𝑖̂ (𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠)

2)
Um ponto material realiza um MUV a partir do repouso em uma trajetória qualquer:
a) Plote o gráfico do módulo da quantidade de movimento em função do módulo da velocidade.
b) Qual é o significado físico da área medida sob o gráfico plotado.

Comentários:
a) Como vimos, a quantidade de movimento é dada por 𝑄 ⃗⃗ = 𝑚 ⋅ 𝑣⃗ e seu módulo é |𝑄
⃗⃗ | = 𝑚 ⋅ |𝑣⃗|. Dessa
forma, vemos que o módulo da quantidade de movimento é diretamente proporcional ao da velocidade,
⃗⃗ | varia linearmente com |𝑣⃗|. Graficamente:
ou seja, |𝑄

b) A área hachurada (triangular) é dada por:

𝑏𝑎𝑠𝑒 ⋅ 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 ⃗⃗1 |


|𝑣⃗1 | ⋅ |𝑄
Á𝑟𝑒𝑎 = ⇒ Á𝑟𝑒𝑎 =
2 2
⃗⃗1 | = 𝑚 ⋅ |𝑣⃗1 |, então:
Como |𝑄
|𝑣⃗1 | ⋅ 𝑚 ⋅ |𝑣⃗1 | 1
Á𝑟𝑒𝑎 = ⇒ Á𝑟𝑒𝑎 = 𝑚 ⋅ |𝑣⃗1 |2 = 𝐸𝑐
2 2
Com esse resultado podemos afirmar que área medida sob o gráfico é numericamente igual à
energia cinética do corpo.

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3)
Um corpo de massa 𝑚 = 2,0 𝑘𝑔 desloca-se em um MCU com velocidade de módulo 2,0 𝑚/𝑠.
Calcule o módulo da variação da quantidade de movimento nos seguintes intervalos de tempo:
a) Um quarto de período.
b) Meio período.

Comentários:
Como o módulo da velocidade no MCU não varia, então o módulo da quantidade de movimento
também não se altera. Logo:
⃗⃗ | = 2,0 ⋅ 2,0 ⇒ |𝑄
|𝑣⃗| = 2,0 𝑚/𝑠 ⇒ |𝑄 ⃗⃗ | = 4,0 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠

a) Vamos tomar o corpo em duas posições quaisquer tais que o intervalo de tempo entre elas corresponda
a um quarto do período. Então, sem perdas de generalidades, temos:

Pelo teorema de Pitágoras, temos:


2 2 2 2
⃗⃗ | = |𝑄
|Δ𝑄 ⃗⃗1 | + |𝑄
⃗⃗2 | ⇒ |Δ𝑄
⃗⃗ | = (4,0)2 + (4,0)2 ⇒ |Δ𝑄
⃗⃗ | = 4√2 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠

b) Analogamente ao item a, vamos tomar duas posições quaisquer tais que o intervalo de tempo entre
elas corresponda a um meio período. Então, sem perdas de generalidades, temos:

Assim:
⃗⃗ = 𝑄
Δ𝑄 ⃗⃗2 − 𝑄
⃗⃗1 ⇒ |Δ𝑄
⃗⃗ | = |𝑄
⃗⃗2 | + |𝑄
⃗⃗1 | ⇒ |Δ𝑄
⃗⃗ | = 4,0 + 4,0 ⇒ |Δ𝑄
⃗⃗ | = 8,0 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠

4)
Um corpo de massa 𝑚 = 1,0 𝑘𝑔 move-se em MCU, percorrendo um arco de circunferência de raio 𝑅 =
2,0 𝑚, exclusivamente sob a ação de uma força de módulo igual à 2,0 N. Calcule:
a) O módulo da velocidade do corpo; e

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b) O módulo da variação da quantidade de movimento entre as posições 𝐴 e 𝐵.

Comentários:
a) Se a única força que atua no corpo, que realiza um MCU, então essa força será a resultante centrípeta.
Logo:
𝑚 ⋅ 𝑣2 1,0 ⋅ 𝑣 2
𝐹𝑐𝑝 = ⇒ 2,0 = ⇒ 𝑣 = 2,0 𝑚/𝑠
𝑅 2,0
b) Para os pontos 𝐴 e 𝐵, temos os seguintes valores dos módulos:

Portanto, temos a seguinte composição dos vetores:

⃗⃗1 | = |𝑄
|𝑄 ⃗⃗2 | = 𝑚 ⋅ 𝑣 = 1,0 ⋅ 2,0 = 2,0 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠
Então, pela lei dos cossenos, vem:
2 2 2
⃗⃗ | = |𝑄
|Δ𝑄 ⃗⃗1 | + |𝑄
⃗⃗2 | − 2|𝑄
⃗⃗1 | ⋅ |𝑄
⃗⃗2 | ⋅ cos 120°
2
⃗⃗ | = 22 + 22 − 2 ⋅ 2 ⋅ (− 1) ⇒ |Δ𝑄
|Δ𝑄 ⃗⃗ | = √10 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠
2

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1.1. Impulso

Vamos tomar um ponto material de massa 𝑚 em movimento retilíneo uniformemente variado sob
a ação de uma força resultante 𝐹⃗ (aqui constante), conforme figura abaixo.

Figura 3: Força constante F agindo sobre um ponto material que realiza um MRUV.

Pela segunda lei de Newton, sabemos que 𝐹⃗ = 𝑚 ⋅ 𝑎⃗. Contudo, vimos na cinemática vetorial que
⃗⃗
Δ𝑣
𝑎⃗ = , então:
Δ𝑡

Δ𝑣⃗
𝐹⃗ = 𝑚 ⋅ ⇒ 𝐹⃗ ⋅ Δ𝑡 = 𝑚 ⋅ Δ𝑣⃗ ⇒ 𝐹⃗ ⋅ Δ𝑡 = 𝑚 ⋅ 𝑣⃗2 − 𝑚 ⋅ 𝑣⃗1 (𝑒𝑞. 1.1)
Δ𝑡
Note que o segundo termo da equação 1.1 representa as quantidades de movimento do corpo nos
instantes 𝑡1 e 𝑡2 :

⃗⃗1 = 𝑚 ⋅ 𝑣⃗1 e 𝑄
𝑄 ⃗⃗2 = 𝑚 ⋅ 𝑣⃗2

Por outro lado, o primeiro termo da equação 1.1 temos o produto 𝐹⃗ ⋅ Δ𝑡 que é denominado
impulso da força 𝐹⃗ e representa-se por 𝐼⃗. Em outras palavras:

𝐼⃗ = 𝐹⃗ ⋅ Δ𝑡

Observe que pela forma como foi definido, o impulso é uma grandeza vetorial e tem a direção e
o sentido da força 𝐹⃗ , já que a variação de tempo é sempre positiva. No SI, a unidade de impulso é o N ⋅ s.

Quando retornamos à equação 1.1, podemos escrever o impulso em função das quantidades de
⃗⃗1 e 𝑄
movimento 𝑄 ⃗⃗2 :

⃗⃗2 − 𝑄
𝐼⃗ = 𝑄 ⃗⃗1 (𝑒𝑞. 1.2)

A equação 1.2 descreve o teorema do impulso, que pode ser enunciado como:

O impulso da resultante das forças que atuam sobre uma partícula é igual à variação de sua
quantidade de movimento, ou seja:
𝐼⃗𝐹⃗ = Δ𝑄⃗⃗ ⇒ 𝐼⃗𝐹⃗ = 𝑄
⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑄
⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
𝑅 𝑅

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Consequentemente, pelo teorema do impulso vemos que as unidades de impulso e de quantidade


de movimento são equivalentes:

1 N ⋅ s = 1 kg ⋅ m/s

Apenas como curiosidade. Vamos ir um pouco mais a fundo agora na segunda lei de Newton.
Quando ele propôs o Princípio Fundamental da Dinâmica, ele o apresentou da seguinte forma:

⃗⃗
𝑑𝑄
𝐹⃗ =
𝑑𝑡

Dizemos que a derivada da quantidade de movimento de um corpo, em relação ao tempo, é igual


à força resulta que nele atua.

Podemos notar que:

⃗⃗
𝑑𝑄 𝑑(𝑚 ⋅ 𝑣⃗)
𝐹⃗ = ⇔ 𝐹⃗ =
𝑑𝑡 𝑑𝑡
Como a massa 𝑚 é constante (em quase todos os exercícios), ela pode sair da derivada:

𝑑𝑣⃗
𝐹⃗ = 𝑚 ⋅ ⇔ 𝐹⃗ = 𝑚 ⋅ 𝑎⃗
𝑑𝑡
Com isso, podemos generalizar a segunda lei de Newton para um sistema de 𝑛 partículas, em que
⃗ ⃗⃗ a quantidade
𝐹 é a resultante de todas as forças externas ao sistema e 𝑚 é a soma das massas. Sendo 𝑄
de movimento do sistema, então:
𝑛

𝐹⃗ = ∑ 𝐹⃗𝑖 = 𝐹⃗1 + 𝐹⃗2 + ⋯ + 𝐹⃗𝑛 (forças externas)


𝑖=1

𝑚 = ∑ 𝑚𝑖 = 𝑚1 + 𝑚2 + ⋯ + 𝑚𝑛
𝑖=1

𝑛
⃗⃗ = ∑ 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑖 = 𝑄
⃗⃗1 + 𝑄
⃗⃗2 + ⋯ + 𝑄
⃗⃗𝑛
𝑖=1

1.2. Cálculo do Impulso para força resultante variável

Apenas decore o resultado gráfico!

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Quando introduzimos o conceito de impulso, apresentamos para uma força resultante constante.
Entretanto, em diversas situações na natureza, a força que age em uma partícula não é constante. Nesse
caso, você deve utilizar a definição utilizando Cálculo:

𝑡2

𝐼⃗𝐹⃗ = ∫ 𝐹⃗ 𝑑𝑡
𝑡1

Podemos ver que o teorema do impulso é válido para qualquer força resultante, pois:
𝑡2 𝑡2
⃗⃗
𝑑𝑄
𝐼⃗𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 = ∫ 𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑡 = ∫ ⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑄
𝑑𝑡 = 𝑄 ⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ⇒ 𝐼⃗ ⃗ = Δ𝑄
⃗⃗
𝐹𝑟𝑒𝑠
𝑑𝑡
𝑡1 𝑡1

Para um sistema de partículas, o impulso resultante causados pelas forças externas que atuam
sobre ele é igual à variação da quantidade de movimento total do sistema. Em outras palavras:
𝑡2

⃗⃗𝑠𝑖𝑠
𝐼⃗𝑒𝑥𝑡 𝑟𝑒𝑠 = ∫ 𝐹⃗𝑒𝑥𝑡 𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑡 = Δ𝑄
𝑡1

Entretanto, nossos vestibulares não são focados em usar Cálculo. Por isso, utilizar métodos gráficos
é uma excelente saída para este caso. Pela definição de impulso de uma força, podemos dizer que a área
sob a curva é numericamente igual ao impulso em um gráfico de |𝐹⃗ | × 𝑡:

Figura 4: Gráfico da força pelo tempo. A área sob a curva é numericamente igual ao módulo do impulso da força.

Por exemplo: um homem empurra um carrinho com uma força 𝐹⃗ de direção constante e sentido
igual ao de sua velocidade de vetorial 𝑣⃗. A intensidade de 𝐹⃗ obedece ao seguinte gráfico:

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Assim, o impulso de força que o homem exerce sobre o carrinho durante os 4 segundos tem
mesma direção e sentido que a velocidade 𝑣⃗. O módulo deste impulso é dado ela área do triangulo:

𝑏𝑎𝑠𝑒 ⋅ 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 4 ⋅ 10
𝐴= ⇒𝐴= ⇒ 𝐴 = 20 𝑢. 𝑎.
2 2
Portanto:

|𝐼⃗| = 20 N ⋅ s

5)
Um carrinho de compras de massa igual a 2,0 kg e tamanho desprezível, sob a ação da força 𝐹⃗ horizontal.
A intensidade de 𝐹⃗ varia conforme o gráfico abaixo, com sua direção e sentido permanecendo constantes.
Se o carrinho parte do repouso em 𝑡0 = 0, então:

a) A intensidade do impulso de 𝐹⃗ durante os cinco primeiros segundos; e


b) O módulo da velocidade do carrinho em 𝑡 = 5,0 s.

Comentários:
a) Como vimos em teoria, o impulso da força 𝐹⃗ é numericamente igual à área do triangulo destacada:

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Portanto:
5 ⋅ 10
𝐼= ⇒ 𝐼 = 25 N ⋅ s
2
b) Dado que 𝐹⃗ é a única força que atua no carrinho na direção horizontal, logo ela é a resultante. Então,
aplicando o teorema do impulso, temos:
⃗⃗ ⇒ 𝐼𝐹
𝐼⃗𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 = Δ𝑄 = Δ𝑄𝑥 ⇒ 25 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝑓 − 𝑚 ⋅ 𝑣𝑖
𝑟𝑒𝑠,𝑥

Como o carrinho parte do repouso, isto é, 𝑣𝑖 = 0, então:


25 = 5 ⋅ 𝑣𝑓 ⇒ 𝑣𝑓 = 5,0 𝑚/𝑠

6)
Considere uma força 𝐹⃗ atuando sobre um carrinho, conforme mostra a figura abaixo:

De 𝑡 = 0 até 𝑡 = 4,0 s, o sentido da força foi o mesmo da velocidade vetorial 𝑣⃗ e, a partir deste instante,
a força foi invertida de sentido, conforme mostra o gráfico abaixo:

a) Calcule o módulo do impulso de 𝐹⃗ entre 0 e 8,0 segundos.


b) Dado que |𝑣⃗0 | = 2,0 𝑚/𝑠 e a massa 𝑚 = 2,0 𝑘𝑔, calcule o sentido e o módulo da velocidade 𝑣⃗1 no
instante 𝑡 = 4,0 𝑠.

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c) determine a intensidade e o sentido da velocidade final 𝑣⃗𝑓 em 𝑡 = 8,0 𝑠.

Comentários:
a) Como visto em teoria, em um gráfico 𝑓𝑜𝑟ç𝑎 × 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 a área abaixo da curva é numericamente igual
ao impulso. Assim, temos duas regiões:

Entre 0 e 4,0 segundos, o impulso tem valor algébrico positivo, pois 𝐹⃗ tem sentido conforme a
orientação adotada. Logo:
4,0 ⋅ 10
𝐼1 𝑁=𝐴1 ⇒ 𝐼1 = ⇒ 𝐼1 = 20,0 𝑁 ⋅ 𝑠
2
Entre 4,0 e 8,0 segundos, o impulso tem valor algébrico negativo, já que 𝐹⃗ tem sentido conforme
a orientação adotada. Portanto:
(8,0 − 4,0) ⋅ 5
𝐼2 𝑁=𝐴2 ⇒ 𝐼2 = ⇒ 𝐼2 = −10,0 𝑁 ⋅ 𝑠
2
Dessa forma, o impulso total é dado pela soma algébrica:
𝐼 = 𝐼1 + 𝐼2 ⇒ 𝐼 = 20,0 − 10,0 ⇒ 𝐼 = 10,0 𝑁 ⋅ 𝑠

Importante! Note que fizemos a soma algébrica dos impulsos somente porque a força 𝐹⃗ não
mudou sua direção.
b) A velocidade 𝑣⃗1 pode ser determinada pelo teorema do impulso:
⃗⃗1 ⇒ 𝐼1 = 𝑚 ⋅ 𝑣1 − 𝑚 ⋅ 𝑣0 ⇒ 20,0 = 2,0 ⋅ 𝑣1 − 2 ⋅ 2,0 ⇒ 𝑣1 = 8,0 𝑚/𝑠
𝐼⃗1 = Δ𝑄
O sentido de 𝑣⃗2 é o mesmo que o eixo de referência.
c) A velocidade 𝑣⃗𝑓 pode ser determinada pelo teorema do impulso:
⃗⃗ ⇒ 𝐼 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝑓 − 𝑚 ⋅ 𝑣0 ⇒ 10,0 = 2,0 ⋅ 𝑣𝑓 − 2 ⋅ 2,0 ⇒ 𝑣𝑓 = 3,0 𝑚/𝑠
𝐼⃗ = Δ𝑄

O sentido de 𝑣⃗𝑓 é o mesmo que o eixo de referência.


Note que poderíamos ter utilizado 𝐼2 para determinar 𝑣2 :
𝐼2 = 𝑄2 − 𝑄1 ⇒ −10,0 = 2 ⋅ 𝑣𝑓 − 2 ⋅ 8,0 ⇒ 𝑣𝑓 = 3,0 𝑚/𝑠

7)

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Considere um ponto material de massa 𝑚 = 1,0 𝑘𝑔, lançado obliquamente ao espaço em um local onde
𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 . No ponto mais alto da trajetória, sua energia cinética é de 32 𝐽. Se o tempo total de voo
foi de 8 segundos, determine:
a) a intensidade da quantidade de movimento na direção horizontal (𝑄𝑥 ) nos instantes 𝑡1 = 2,0 𝑠 e 𝑡2 =
6,0 𝑠;
b) a intensidade do impulso da força peso entre 𝑡1 e 𝑡2 ;
c) o módulo das componentes 𝑣⃗𝑦 1 (𝑡1 ) e 𝑣⃗𝑦 2 (𝑡2 ).
É desprezível a resistência do ar.

Comentários:
a) No ponto mais alto da trajetória, teremos apenas a componente horizontal da velocidade, logo:
𝑣 = 𝑣𝑥
1 1
⇒ 𝐸𝐶 = 𝑚 ⋅ 𝑣 2 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝑥2
2 2

𝑚 ⋅ 𝐸𝐶 1 ⋅ 32
⇒ 𝑣𝑥 = √ =√
2 2

⇒ 𝑣𝑥 = 4,0 𝑚/𝑠
Como a velocidade na direção horizontal se mantém constante (em módulo, direção e sentido),
então em qualquer instante da trajetória 𝑄𝑥 tem o mesmo valor:
𝑄𝑥 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝑥 ⇒ 𝑄𝑥 = 1,0 ⋅ 4,0 ⇒ 𝑄𝑥 = 4,0 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠
b) Considerando o peso uma força constante na vertical em toda trajetória, podemos dizer que:
𝐼⃗𝑃⃗⃗ = 𝑃⃗⃗ ⋅ Δ𝑡
Na direção vertical, temos:
𝐼𝑃⃗⃗ = 𝑃 ⋅ Δ𝑡 ⇒ 𝐼𝑃⃗⃗ = 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ Δ𝑡 ⇒ 𝐼𝑃⃗⃗ = 1,0 ⋅ 10,0 ⋅ (6,0 − 4,0) ⇒ 𝐼𝑃⃗⃗ = 20,0 𝑁 ⋅ 𝑠
c) Para os instantes considerados, temos a seguinte configuração:

Pelo teorema do impulso, temos:


⃗⃗2 − 𝑄
𝐼⃗ = 𝑄 ⃗⃗1 ⇒ 𝐼⃗ = 𝑚 ⋅ (𝑣⃗𝑦 − 𝑣⃗𝑦 )
2 1

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Da cinemática do lançamento oblíquo, sabemos que |𝑣⃗𝑦2 | = |𝑣⃗𝑦1 |, já que ele atingiu o topo da
trajetória em 𝑡 = 4,0 𝑠. Portanto:
𝐼 20,0
𝐼⃗ = 𝑚 ⋅ (𝑣⃗𝑦2 − 𝑣⃗𝑦1 ) ⇒ 𝐼 = 2 ⋅ 𝑚 ⋅ |𝑣⃗𝑦1 | ⇒ |𝑣⃗𝑦1 | = ⇒ |𝑣⃗𝑦1 | =
2⋅𝑚 2 ⋅ 1,0
∴ |𝑣⃗𝑦1 | = |𝑣⃗𝑦2 | = 10,0 𝑚/𝑠

8) (ITA-SP)
Um corpo de massa igual a 2,0 𝑘𝑔 acha-se em movimento retilíneo. Num certo trecho de sua trajetória
faz-se agir sobre ele uma força que tem a mesma direção do movimento e que varia com o tempo,
conforme a figura abaixo. Neste trecho e nestas condições, pode-se afirmar que a variação da velocidade
escalar "Δ𝑣" do corpo será dada por:

a) Δ𝑣 = 2,5 𝑚/𝑠 b) Δ𝑣 = 5,0 𝑚/𝑠 c) Δ𝑣 = 8,0 𝑚/𝑠


d) Δ𝑣 = 2,0 𝑚/𝑠 e) Δ𝑣 = 4,0 𝑚/𝑠

Comentários:
Considerando que a força 𝐹 que atua no corpo seja a resultante na direção do movimento, então
podemos aplicar o teorema do impulso:
⃗⃗
𝐼⃗𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 = Δ𝑄

⇒ 𝐼⃗𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 = 𝑚 ⋅ (𝑣⃗𝑓 − 𝑣⃗𝑖 )

⇒ 𝐼⃗𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 = 𝑚 ⋅ Δ𝑣⃗
Admitindo que a força não mudou de direção, então:
𝐼𝐹 = 𝑚 ⋅ Δ𝑣
Pelo gráfico, podemos determinar o impulso da força 𝐹:
𝐼𝐹 𝑁=Á𝑟𝑒𝑎

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⇒ 𝐼𝐹 = 𝐴1 + 𝐴2 (soma algébrica)
30 ⋅ (0,4 − 0,1) 10 ⋅ (0,5 − 0,4)
⇒ 𝐼𝐹 = − ⇒ 𝐼𝐹 = 4,0 N ⋅ s
2 2
Portanto:
𝐼𝐹 4,0
Δ𝑣 = ⇒ Δ𝑣 =
𝑚 2,0
⇒ Δ𝑣 = 2,0 𝑚/𝑠

1.3. Força média

O conceito de força média é bem simples e pode ser bem útil. Define-se força média em um Δ𝑡 =
𝑡 − 0 como a força constante capaz de imprimir ao corpo o mesmo impulso que a força real, durante o
Δ𝑡 mencionado.

Considerando uma força de módulo variável e direção constante, podemos plotar o seu gráfico
em função do tempo. Como visto anteriormente, a área sombreada será numericamente igual ao módulo
do impulso da força em Δ𝑡 = 𝑡 − 0.

Figura 5: Gráfico da intensidade da força variando com o tempo. A área sombreada é numericamente igual ao módulo do impulso.

Dessa forma, a força média 𝐹⃗𝑚 é constante e deve produzir o mesmo impulso que 𝐹⃗ . Com isso, a
área retangular hachurada (Á𝑟𝑒𝑎 𝑁=𝐹𝑚 ⋅ Δ𝑡) corresponde ao módulo desse impulso.

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Figura 6: A força média produz o mesmo impulso.

9)
Um corpo de massa 𝑚 = 10 𝑘𝑔. inicialmente à velocidade escalar 𝑣0 = 5,0 𝑚/𝑠. é solicitado por uma
força 𝐹⃗ que atua na direção e sentido do movimento, e varia com o tempo da forma vista no gráfico.

a) Determine o módulo de uma força constante capaz de produzir no móvel a mesma variação de
velocidade que 𝐹⃗ proporcionou. desde que atue na direção e sentido do movimento, durante 4,0 𝑠.
b) Determine a velocidade escalar ao fim dos 4,0 𝑠.

Comentários:
a) Note que a FUVEST está cobrando o conceito de força média, pois pelo teorema do impulso sabemos
⃗⃗, então para produzir a mesma variação de velocidade, o módulo da força constante deve
que 𝐼⃗𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 = Δ𝑄
ter o mesmo impulso que a força variável. Dessa forma, incialmente iremos calcular o impulso de 𝐹,
utilizando a área sob a curva, de acordo com o gráfico da questão:
1
Á𝑟𝑒𝑎 = Á𝑟𝑒𝑎0→2 + Á𝑟𝑒𝑎2→4 ⇒ Á𝑟𝑒𝑎 = (2 ⋅ 100) + 50 ⋅ (4 − 2) ⇒ Á𝑟𝑒𝑎 = 200 𝑢. 𝑎.
2
Portanto:
𝐼𝐹 = 200 N ⋅ s

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Pela definição de força média, temos:


𝐼𝐹 = 𝐼𝐹𝑚 ⇒ 200 = 𝐹𝑚 ⋅ (4 − 0) ⇒ 𝐹𝑚 = 50 N
b) Utilizando o teorema do impulso, admitindo que 𝐹 é a força resultante, então:
𝐼𝐹 = Δ𝑄 ⇒ 200 = 10 ⋅ (𝑣𝑓 − 5) ⇒ 𝑣𝑓 = 25 𝑚/𝑠

10)
Uma partícula de massa 2,0 𝑘𝑔, movendo-se no interior de uma canaleta com velocidade escalar
constante de 10√2 𝑚/𝑠, gasta 5,0 𝑠 para passar pelo cotovelo indicado na figura. Qual é a força resultante
média que atua na partícula ao passar pelo cotovelo?

Comentários:
Inicialmente, devemos calcular a variação da quantidade de movimento da partícula ao passar
pelo cotovelo. Note que o cotovelo está alterando a direção do vetor quantidade de movimento. Então,
temos a seguinte configuração.

Como a velocidade é constante ao longo de todo trajeto, o módulo da variação da quantidade de


movimento permanece o mesmo:
⃗⃗ | = 𝑚 ⋅ |𝑣⃗| ⇒ |𝑄
|𝑄 ⃗⃗ | = 2,0 ⋅ 10√2 ⇒ |𝑄
⃗⃗ | = 20√2 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠

⃗⃗ | é dado pelo teorema de Pitágoras:


Logo, |Δ𝑄
2 2 2
⃗⃗ | = |𝑄
|Δ𝑄 ⃗⃗1 | + |𝑄
⃗⃗2 | ⇒ |Δ𝑄
⃗⃗ | = 40 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠

Aplicando o teorema do impulso, temos que:


𝐼𝐹 = Δ𝑄 ⇒ 𝐼𝐹 = 40 N ⋅ s
Utilizando o conceito de força média, vem:
𝐼𝐹𝑚 = 𝐼𝐹 ⇒ 𝐹𝑚 ⋅ Δ𝑡 = 𝐼𝐹 ⇒ 𝐹𝑚 ⋅ 5 = 40 ⇒ 𝐹𝑚 = 8,0 N

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 19


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1.4. Quantidade de movimento de um sistema de partículas

Seja um sistema formado por 𝑛 partículas (𝑃1 , 𝑃2 , … , 𝑃𝑛 ), com massas (𝑚1 , 𝑚2 , … , 𝑚𝑛 ). Se


tomarmos um certo instante 𝑡, as suas velocidades vetoriais são 𝑣⃗1 , 𝑣⃗2 , … , 𝑣⃗𝑛 , conforme figura logo
abaixo.

Figura 7: Sistema de n partículas P1 , P2 , … , Pn .

Para cada partícula, podemos escrever a quantidade de movimento da seguinte maneira:

⃗⃗𝑖 = 𝑚𝑖 ⋅ 𝑣⃗𝑖
𝑄

Assim, a quantidade de movimento do sistema é a soma vetorial das quantidades de movimento


de cada partícula. Matematicamente, temos:

𝑛
⃗⃗𝑠𝑖𝑠 = 𝑚1 ⋅ 𝑣⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑣⃗2 + ⋯ + 𝑚𝑛 ⋅ 𝑣⃗𝑛 ou 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 = ∑ 𝑚𝑖 ⋅ 𝑣⃗𝑖
𝑖=1

Análogo para uma partícula, o impulso resultante sobre um sistema de partículas, ocasionado por
forças externas que atuam sobre o sistema, é igual à variação da quantidade de movimento total do
sistema:
𝑡2

⃗⃗𝑠𝑖𝑠
𝐼⃗𝑒𝑥𝑡 𝑟𝑒𝑠 = ∫ 𝐹⃗𝑒𝑥𝑡 𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑡 ⇒ 𝐼⃗𝑒𝑥𝑡 𝑟𝑒𝑠 = Δ𝑄
𝑡1

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 20


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1.5. Sistema Isolado

Em um sistema de partículas, as forças que agem podem ser divididas em duas categorias: internas
e externas.

Denotamos por forças internas aquelas que são trocadas entre os elementos do sistema. Dessa
forma, tais forças respeitam o Princípio da Ação e Reação, ou seja, a cada força interna 𝐹⃗𝑖 associa-se uma
outra −𝐹⃗𝑖 . Note que a soma dos impulsos por causa dessas forças é nula.

Por outro lado, chamamos de forças externas aquelas que são trocadas pelos elementos do
sistema com outros corpos fora dele, denominados agentes externos.

Um sistema de partículas é dito isolado de forças externas (ou apenas isolado) quando ocorrer
uma das situações:

Não atua nenhuma força externa sobre nenhuma de suas partículas; e

A resultante das forças externas que atuam no sistema é nula.

Caso as forças internas tiverem módulos desprezíveis em relação às forças internas, podemos dizer
que o sistema é isolado também.

Em suma, dizemos que:

Um sistema é dito isolado quando a resultante das forças externas é nula.

1.6. Conservação da quantidade de movimento para um sistema isolado

Vamos tomar um sistema formado por 𝑛 partículas 𝑃1 , 𝑃2 , … , 𝑃𝑛 , isolado de forças externas. Como
visto no tópico anterior, o impulso total associado às forças internas é nulo. Além disso, o sistema é
isolado, ou seja, a resultante das forças externas sobre o sistema é nula. Portanto, o impulso resultante
das forças externas também é nulo.

Pelo teorema do impulso ao sistema podemos escrever que:

⃗⃗𝑠𝑖𝑠
𝐼⃗𝑒𝑥𝑡 𝑟𝑒𝑠 = Δ𝑄

Como 𝐼⃗𝑒𝑥𝑡 𝑟𝑒𝑠 = ⃗⃗


0, então:

⃗⃗𝑠𝑖𝑠 = ⃗0⃗ ⇒ (𝑄
Δ𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 ) ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
− (𝑄 = ⃗0⃗
𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙

⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
(𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
= (𝑄
𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 21


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11)
Considere duas partículas, 𝐴 e 𝐵, que se movem em uma mesma trajetória orientada e suas velocidades
escalares variam com o tempo, como nos mostra o gráfico abaixo. Suas massas são idênticas e valem 𝑚.

a) Determine a intensidade da quantidade de movimento do sistema (𝐴 + 𝐵) no instante 𝑡1 = 1,0 𝑠;


b) Determine a intensidade da quantidade de movimento do sistema (𝐴 + 𝐵) no instante 𝑡2 = 3,0 𝑠;
c) Determine a intensidade do impulso resultante entre os instantes 𝑡1 e 𝑡2 .

Comentários:
a) Aplicando a definição de quantidade de movimento de um sistema, temos que:
⃗⃗𝑠𝑖𝑠 = 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝐴 + 𝑄
⃗⃗𝐵 ⇒ 𝑄
⃗⃗𝑠𝑖𝑠 = 𝑚 ⋅ 𝑣⃗𝐴 + 𝑚 ⋅ 𝑣⃗𝐵
Pelo gráfico, vemos que a velocidade de 𝐵 em 𝑡1 = 1,0 𝑠 tem sentido contrário ao eixo adotado
como referência (𝑥 +). Então:
⃗⃗𝑠𝑖𝑠 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝐴 𝑥̂ + 𝑚 ⋅ 𝑣𝐵 (−𝑥̂) ⇒ 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 = 𝑚 ⋅ 6 𝑥̂ − 𝑚 ⋅ 6 𝑥̂ ⇒ 𝑄
⃗⃗𝑠𝑖𝑠 = ⃗⃗ ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 | = 0
0 ⇒ |𝑄
b) Semelhante ao item a, temos para 𝑡2 = 3,0 𝑠:
⃗⃗𝑠𝑖𝑠 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝐴 (−𝑥̂) + 𝑚 ⋅ 𝑣𝐵 𝑥̂ ⇒ 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 = −𝑚 ⋅ 2 𝑥̂ + 𝑚 ⋅ 2 𝑥̂ ⇒ 𝑄
⃗⃗𝑠𝑖𝑠 = ⃗⃗ ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 | = 0
0 ⇒ |𝑄
c) Como a variação da quantidade de movimento é nula entre 𝑡1 e 𝑡2 , então o impulso resultante entre 𝑡1
e 𝑡2 será nulo.

12)

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 22


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Calcule o módulo da quantidade de movimento do sistema 𝐴 + 𝐵, sabendo que as partículas têm massa
iguais à 𝑚.

Comentários:
O módulo da quantidade de movimento de cada partícula é dado por:
|𝑄⃗⃗𝐴 | = 𝑚𝐴 ⋅ |𝑣⃗𝐴 | ⃗⃗𝐴 | = 𝑚 ⋅ 𝑣
|𝑄
{ ⇒{ ⃗⃗𝐴 | = |𝑄
⇒ |𝑄 ⃗⃗𝐵 | = 𝑚 ⋅ 𝑣
⃗⃗𝐵 | = 𝑚𝐵 ⋅ |𝑣⃗𝐵 |
|𝑄 ⃗⃗𝐵 | = 𝑚 ⋅ 𝑣
|𝑄
Dado que 𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 = 𝑄
⃗⃗𝐴 + 𝑄
⃗⃗𝐵 , conhecermos o módulo da quantidade de movimento do sistema
devemos ter que:

1
𝑄𝑠𝑖𝑠 = √𝑄𝐴2 + 𝑄𝐵2 + 2 ⋅ 𝑄𝐴 ⋅ 𝑄𝐵 ⋅ cos(60°) ⇒ 𝑄𝑠𝑖𝑠 = √𝑄𝐴2 + 𝑄𝐴2 + 2 ⋅ 𝑄𝐴 ⋅ 𝑄𝐴 ⋅ 2

𝑄𝑠𝑖𝑠 = 𝑄𝐴 √3 ⇒ 𝑄𝑠𝑖𝑠 = √3 ⋅ 𝑚 ⋅ 𝑣

13)
Dois carrinhos viajam sobre os trilhos de uma ferrovia com velocidades constantes iguais a 𝑣𝐴 = 6,0 𝑚/𝑠
e 𝑣𝐵 = 2,0 𝑚/𝑠, respectivamente, conforme a figura.

Em um dado momento, o carrinho 𝐴 alcança o 𝐵 e nele fica engatado. Determine a velocidade final do
conjunto (𝐴 + 𝐵). Dados: 𝑚𝐴 = 4,0 𝑘𝑔 e 𝑚𝐵 = 6,0 𝑘𝑔.

Comentários:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 23


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Note que quando 𝐴 alcança 𝐵 e nele se engata, existem forças internas ao conjunto, mas não
existem forças externas atuando na horizontal. Há forças externas apenas na vertical (força peso e
normais do solo). Dessa forma, na direção horizontal o sistema está isolado de forças externas. Portanto,
podemos conservar a quantidade de movimento na direção horizontal, respeitando o eixo adotado:
⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ⇒ (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 ) ⋅ 𝑣⃗𝑓 = 𝑚𝐴 ⋅ 𝑣𝐴 𝑥̂ + 𝑚𝐵 ⋅ 𝑣𝐵 𝑥̂

10 ⋅ 𝑣⃗𝑓 = (4,0 ⋅ 6,0 + 6,0 ⋅ 2,0) 𝑥̂ ⇒ 𝑣⃗𝑓 = 3,6 𝑚/𝑠

14)
Um canhão de guerra está rigidamente preso a um pequeno carrinho que se move com velocidade
constante 𝑣𝑖 = 5,0 𝑚/𝑠 sobre trilhos retos e horizontais, como mostra a figura abaixo.

Em determinado instante, o canhão dispara uma bala de massa 𝑚 = 2,0 𝑘𝑔, que sai com velocidade de
300,0 𝑚/𝑠 em relação ao solo. A massa do canhão mais a carreta é igual a 100,0 𝑘𝑔. Calcule o módulo da
velocidade do canhão após o tiro e o sentido do canhão.

Comentários:
Note que novamente o sistema é isolado horizontalmente. Portanto, pela conservação da
quantidade de movimento, adotando o eixo de orientação para a direita, temos:
⃗⃗𝑠𝑖𝑠,𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠,𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ⇒ 𝑚𝑏𝑎𝑙𝑎 ⋅ 𝑣𝑏𝑎𝑙𝑎 𝑥̂ + 𝑀 ⋅ 𝑣⃗𝐶 = (𝑀 + 𝑚𝑏𝑎𝑙𝑎 ) ⋅ 𝑣𝑖 𝑥̂

2,0 ⋅ 300,0 𝑥̂ + 100 ⋅ 𝑣⃗𝐶 = (100,0 + 2,0) ⋅ 5,0 𝑥̂ ⇒ 𝑣⃗𝐶 = −0,9 𝑥̂ (𝑚/𝑠)
Note que o sinal de menos indica que após o tiro o canhão move-se em sentido contrário ao eixo.

15)
Um recipiente de metal, com 𝑋 kg de massa, desliza inicialmente vazio sobre uma superfície horizontal,
com velocidade 1,0 𝑚/𝑠. Começa a chover verticalmente e, após certo tempo, a chuva para. Depois da
chuva, o recipiente contém 1,0 𝑘𝑔 de água e se move com velocidade 2/3 𝑚/𝑠. Desprezando o atrito,
pergunta-se: quanto vale 𝑋?

Comentários:
Sem perda de generalidade, vamos dizer que o carrinho está se locomovendo para a direita,
sentido de orientação do sistema. Dessa forma, a quantidade de movimento do carrinho vazio vale:
⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝑖 𝑥̂ ⇒ 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑋 ⋅ 1,0 𝑥̂
Se considerarmos que a chuva caia verticalmente, então ela não produzirá impulso externo na
direção horizontal no sistema. Logo:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 24


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𝐼⃗ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 = ⃗0⃗ ⇒ Δ𝑄
⃗⃗ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 = ⃗0⃗
Portanto, a quantidade de movimento na direção horizontal se conserva:
⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ⇒ (1,0 + 𝑋) ⋅ 2 𝑥̂ = 𝑋 ⋅ 1,0 𝑥̂ ⇒ (1,0 + 𝑋) ⋅ 2 = 𝑋 ⋅ 1,0
⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑄
𝑄 3 3

𝑋 = 2,0 𝑘𝑔

16)
Uma granada é lançada obliquamente, a partir do solo, e no topo da trajetória explode em dois pedaços:
um de massa 𝑚 e outro de massa 3𝑚. Dado que a velocidade da granada no topo é 𝑣𝑡𝑜𝑝𝑜 , calcule a
velocidade do menor pedaço, sabendo que o fragmento maior tem velocidade 𝑣 no sentido contrário ao
outro. Despreze a resistência do ar.

Comentários:
Note que o sistema é isolado horizontalmente quando a granada está no topo de sua trajetória.
Verticalmente ainda existe a força peso atuando na granada, portanto a granada não está livre de forças
externas nesta direção. Portanto, podemos conservar a quantidade de movimento na horizontal.
Lembrando da cinemática que no topo da trajetória do lançamento oblíquo temos apenas a
velocidade na direção horizontal, livre de forças atuando na granada em 𝑥, então:

Pela conservação da quantidade de movimento na direção horizontal, temos:


⃗⃗𝑠𝑖𝑠,𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠,𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ⇒ 3𝑚 ⋅ 𝑣 (−𝑥̂) + 𝑚 ⋅ 𝑢 𝑥̂ = 4𝑚 ⋅ 𝑣𝑡𝑜𝑝𝑜 𝑥̂

𝑢 = 4𝑣𝑡𝑜𝑝𝑜 + 3𝑣

17)
Uma bolinha de tênis de 0,1 𝑘𝑔 de massa, com velocidade de módulo 20,0 𝑚/𝑠. atinge uma superfície
lisa horizontal formando com ela um ângulo de 30°. Ela ricocheteia com velocidade do mesmo módulo e
mesmo ângulo. Determine o módulo e a direção da variação da sua quantidade de movimento.

Comentários:

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Vamos adotar o par de eixos normal e tangencial conforme a figura abaixo:

Durante a colisão haverá apenas forças na direção normal e a força peso atuando sobre ela, ambas
na direção normal. Portanto, haverá apenas variação da quantidade de movimento na direção normal.
Note que na direção tangencial não há força externa atuando, logo, não irá variar a quantidade de
movimento nesta direção. Podemos evidenciar este fato através da matemática:
⃗⃗𝑡,𝑖 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝑖 ⋅ cos 30° 𝑡̂ e 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑡,𝑓 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝑓 ⋅ cos 30° 𝑡̂
⃗⃗𝑡,𝑖 = 𝑄
Como 𝑣𝑖 = 𝑣𝑓 , então 𝑄 ⃗⃗𝑡,𝑓 .

Por outro lado, na direção normal, temos:


⃗⃗𝑛,𝑖 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝑖 ⋅ sen 30° (−𝑛̂) e 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑛,𝑓 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝑓 ⋅ sen 30° 𝑛̂

Portanto, a variação da quantidade de movimento é de:


⃗⃗𝑛 = 𝑄
Δ𝑄 ⃗⃗𝑛,𝑖 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝑓 ⋅ sen 30° 𝑛̂ − 𝑚 ⋅ 𝑣𝑖 ⋅ sen 30° (−𝑛̂) = 2 𝑚 ⋅ 𝑣𝑓 ⋅ 1 𝑛̂
⃗⃗𝑛,𝑓 − 𝑄
2

⃗⃗𝑛 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝑓 𝑛̂ ⇒ Δ𝑄
Δ𝑄 ⃗⃗𝑛 = 2,0 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠

18)
Um homem de massa 𝑚 encontra-se na extremidade de um vagão-prancha em repouso. O vagão tem
massa 9 𝑚 e comprimento 𝐿. O homem caminha até a extremidade oposta do vagão e para.

Desprezando-se o atrito entre o vagão e os trilhos, o deslocamento do homem em relação ao solo é:


a) 𝐿/10 b) 𝐿 c) 𝐿/3 d) 9𝐿/10 e) 𝐿/9

Comentários:
Inicialmente, o sistema encontra-se parado. Portanto, a quantidade de movimento total do
sistema é nula:

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⃗⃗𝑖 = 𝑄
𝑄 ⃗⃗ℎ,𝑖 + 𝑄
⃗⃗𝐶,𝑖 = ⃗0⃗ + ⃗0⃗ = ⃗0⃗
Enquanto o homem se movimenta, não há forças externas na direção horizontal do sistema
formado pelo homem e pelo carrinho. Há forças externas apenas na direção vertical como por exemplo a
força peso e a força normal do solo sobre o carrinho.
Com isso, podemos conservar a quantidade de movimento na direção horizontal, isto é:
⃗⃗𝑓 ) = (𝑄
(𝑄 ⃗⃗ℎ,𝑓 ) + (𝑄
⃗⃗𝐶,𝑓 ) = ⃗0⃗ ⇒ (𝑄
⃗⃗ℎ,𝑓 ) = −(𝑄
⃗⃗𝐶,𝑓 )
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥 𝑥

Esquematicamente, temos:

Dessa forma, à medida que o homem se desloca para a direita, o carrinho se move para a esquerda.
Trabalhando com os módulos das quantidades de movimento, temos:
⃗⃗𝐶,𝑓 ) | ⇒ 𝑚 ⋅ 𝑣ℎ = 9𝑚 ⋅ 𝑣𝐶 ⇒ 𝑣ℎ = 9𝑣𝐶 ⇒ 𝑑ℎ = 9 ⋅ 𝑑𝐶 ⇒ 𝑑ℎ = 9𝑑𝐶 (𝑒𝑞. 1)
⃗⃗ℎ,𝑓 ) | = |(𝑄
|(𝑄
𝑥 𝑥 Δ𝑡 Δ𝑡

Pela figura, temos que:


𝐿 = 𝑑ℎ + 𝑑𝐶 ⇒ 𝑑𝐶 = 𝐿 − 𝑑ℎ (𝑒𝑞. 2)
Substituindo 2 em 1, vem:
9
𝑑ℎ = 9(𝐿 − 𝑑ℎ ) ⇒ 𝑑ℎ = 10 𝐿

Alternativa correta D.

19)
Um objeto de 4,0 𝑘𝑔, deslocando-se sobre uma superfície horizontal com atrito constante, passa por um
ponto onde possui 50 𝐽 de energia cinética, e para dez metros adiante. Adote 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2
a) Qual o coeficiente de atrito entre o ponto e a superfície?
b) Qual o valor do módulo do impulso aplicado sobre o corpo para detê-lo?

Comentários:

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a) Vamos tomar dois instantes que são cruciais para o problema: ponto onde energia cinética é de 50
joules e o momento em que ele para. Pelo teorema do trabalho e energia, tomando como referencial para
a energia potencial o solo, temos que:
𝑤𝑓𝑛𝑐 = Δ𝐸𝑚𝑒𝑐 ⇒ −𝜇 ⋅ 𝑁 ⋅ 𝑑 = (0 − 𝐸𝐶,𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ) ⇒ 𝜇 ⋅ 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑑 = 𝐸𝐶,𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
⇒ 𝜇 ⋅ 4,0 ⋅ 10 ⋅ 10 = 50
𝜇 = 0,125
b) Aplicando o teorema do impulso, temos:
⃗⃗ = 𝑄
𝐼⃗𝐹 = Δ𝑄 ⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑄
⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ⇒ |𝐼⃗𝐹 | = |𝑄
⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑄
⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 |
⃗⃗ − 𝑚 ⋅ 𝑣 𝑥̂| ⇒ |𝐼⃗𝐹 | = |𝑚 ⋅ 𝑣 𝑥̂| ⇒ |𝐼⃗𝐹 | = 𝑚 ⋅ 𝑣 |𝑥̂| = 𝑚 ⋅ 𝑣
|𝐼⃗𝐹 | = |0
Portanto, basta conhecermos a velocidade quando ele possui energia cinética de 50 joules. Logo:
1 1
𝐸𝐶 = 2 𝑚𝑣 2 ⇒ 50 = 2 4𝑣 2 ⇒ 𝑣 = 5 𝑚/𝑠
Assim, o impulso da força para detê-lo é de:

|𝐼⃗𝐹 | = 4,0 ⋅ 5 ⇒ |𝐼⃗𝐹 | = 20 𝑁 ⋅ 𝑠

20) (ITA-SP)
Um avião a jato se encontra na cabeceira da pista com a sua turbina ligada e com os freios acionados, que
o impedem de se movimentar. Quando o piloto aciona a máxima potência, o ar é expelido a uma razão
de 100 kg por segundo, a uma velocidade de 600 m/s em relação ao avião. Nessas condições:
a) a força transmitida pelo ar expelido ao avião é nula, pois um corpo não pode exercer força sobre si
mesmo.
b) as rodas do avião devem suportar uma força horizontal igual a 60 kN.
c) se a massa do avião é de 7,0 ⋅ 103 𝑘𝑔, o coeficiente de atrito mínimo entre as rodas e o piso deve ser
de 0,20.
d) não é possível calcular a força sobre o avião com os dados fornecidos.
e) nenhuma das afirmativas acima é verdadeira.

Comentários:
Quando o piloto aciona a máxima potência, o ar começa a ser expelido em um sentido e o avião
tenderia a ir para o sentido contrário, de acordo com o princípio da conservação da quantidade de
movimento. Para que ele continue parado, deve existir uma força horizontal tal que o impulso gerado por
essa força seja o mesmo que o impulso gerado pela propulsão do motor. Portanto, pelo teorema do
impulso teremos:
⃗⃗ ⇒ 𝐼⃗𝐹 = 𝑄
𝐼⃗𝐹 = Δ𝑄 ⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑄
⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙

A variação na quantidade de movimento é devido ao ar sendo expelido na potência máxima.


Então, a força média que as rodas devem suportar é tal que:
𝑚 𝑘𝑔 𝑚
𝐹 ⋅ Δ𝑡 = 𝑚 ⋅ Δ𝑣 ⇒ 𝐹 = Δ𝑡 ⋅ Δ𝑣 ⇒ 𝐹 = 100 ⋅ 600 ⇒ 𝐹 = 60 kN
𝑠 𝑠

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Note que a alternativa a) está errada, pois a força transmitida pelo ar ao avião está no avião e, por
ação e reação, o avião empurra os gases para fora. Na letra c), se a massa é de 7 ⋅ 103 𝑘𝑔, admitindo que
a força horizontal corresponda a força de atrito estático, o coeficiente de atrito mínimo para garantir o
avião parado seria tal que:
𝐹 = 𝐹𝑎𝑡 ⇒ 60 ⋅ 103 = 𝜇 ⋅ 7 ⋅ 103 ⋅ 10 ⇒ 𝜇 ≈ 0,86
As demais alternativas não podem ser verdadeiras, já que a letra b) está correta.

21)
Um menino de 40 kg está sobre um skate que se move com velocidade constante de 3,0 𝑚/𝑠 numa
trajetória retilínea e horizontal. Defronte de um obstáculo ele salta e após 1,0 𝑠 cai sobre o skate, que
durante lodo o tempo mantém a velocidade de 3,0 𝑚/𝑠.

Desprezando-se as eventuais forças de atrito, pede-se:


a) a altura que o menino atingiu no seu salto, tomando como referência a base do skate.
b) a quantidade de movimento do menino no ponto mais alto de sua trajetória.

Comentários:
a) Inicialmente, devemos compreender o que está acontecendo fisicamente no problema. O conjunto
𝑠𝑘𝑎𝑡𝑒 + 𝑔𝑎𝑟𝑜𝑡𝑜 está se locomovendo com velocidade de 3,0 𝑚/𝑠 na horizontal, ausente de forças
externas nesta direção. Na direção vertical, existem forças externas como a força peso e a força normal
do solo no skate.
Para saltar, o garoto deve fazer força no skate na direção normal, note que essa força é interna ao
nosso conjunto 𝑠𝑘𝑎𝑡𝑒 + 𝑔𝑎𝑟𝑜𝑡𝑜. Essa força faz ele se deslocar na direção vertical e somado a velocidade
que ele já tem junto ao skate, o garoto consegue pular o obstáculo.
Diante dessas informações, para determinar a altura máxima atingida pelo menino, basta utilizar
o princípio da independência dos corpos de Galileu, pois o movimento vertical não depende do
movimento horizontal. Assim, se ele gasta 1,0 s para subir e descer novamente na vertical, então:
1
𝑡𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 = 𝑡𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎 = 2 𝑡𝑣𝑜𝑜 = 0,5 𝑠
O tempo de queda por ser calculado pela expressão:

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2
2⋅𝐻 𝑔⋅𝑡𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎 10⋅0,52
𝑡𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎 = √ ⇒𝐻= ⇒𝐻= ⇒ 𝐻 = 1,25 𝑚
𝑔 2 2

b) No ponto mais alto da trajetória, o menino possui apenas velocidade na horizontal. Como o skate não
variou a sua velocidade, ou seja, nenhuma força externa atuou nesta direção, a velocidade do menino não
variou na direção horizontal. Portanto:
⃗⃗𝑥 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝑥 𝑥̂ ⇒ 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑥 = 40 ⋅ 3,0 𝑥̂ ⇒ 𝑄
⃗⃗𝑥 = 120 𝑥̂ (𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠)

22) (ITA – SP)


A figura mostra o gráfico da força resultante agindo numa partícula de massa 𝑚, inicialmente em repouso.
No instante 𝑡2 a velocidade da partícula, 𝑣2 , será:

a) 𝑣2 = [(𝐹1 + 𝐹2 )𝑡1 − 𝐹2 𝑡2 ]/𝑚


b) 𝑣2 = [(𝐹1 − 𝐹2 )𝑡1 − 𝐹2 𝑡2 ]/𝑚
c) 𝑣2 = [(𝐹1 − 𝐹2 )𝑡1 + 𝐹2 𝑡2 ]/𝑚
d) 𝑣2 = [𝐹1 𝑡1 − 𝐹2 𝑡2 ]/𝑚
e) 𝑣2 = [(𝑡2 − 𝑡1 )(𝐹1 − 𝐹2 )]/2𝑚

Comentários:
Pelo teorema do impulso, temos:
⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑄
𝐼⃗𝐹 = 𝑄 ⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ⇒ 𝐼⃗𝐹 = 𝑄
⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

Considerando que a força resultante não alterou sua direção, então podemos trabalhar a equação
acima em módulo:
⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 |
|𝐼⃗𝐹 | = |𝑄
Lembrando que a área é numericamente ao impulso da força em um gráfico 𝐹 × 𝑡, então:
Á𝑟𝑒𝑎 = 𝐴1 + 𝐴2 ⇒ Á𝑟𝑒𝑎 = 𝐹1 ⋅ 𝑡1 + (−𝐹2 ⋅ (𝑡2 − 𝑡1 )) ⇒ Á𝑟𝑒𝑎 = (𝐹1 + 𝐹2 ) ⋅ 𝑡1 − 𝐹2 𝑡2
Portanto:
(𝐹1 + 𝐹2 ) ⋅ 𝑡1 − 𝐹2 𝑡2 = 𝑚 ⋅ 𝑣2 ⇒ 𝑣2 = [(𝐹1 + 𝐹2 ) ⋅ 𝑡1 − 𝐹2 𝑡2 ]/𝑚
Alternativa correta A.

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23)
Uma granada em repouso sobre uma superfície horizontal explode, partindo-se em três fragmentos. Dois
deles, que possuem a mesma massa, deslocam-se em direções perpendiculares entre si, com velocidades
de módulos iguais a 𝑣. O terceiro fragmento tem massa igual ao triplo da dos outros dois. Determine o
módulo e a direção de sua velocidade do pedaço com maior massa.

Comentários:
Note que inicialmente, a granada está em repouso, logo, sua quantidade de movimento é nula:
⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = ⃗0⃗
𝑄
Como não existem forças externas na direção horizontal, então 𝐼⃗ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 = ⃗0⃗. Tal fato implica
conservação da quantidade de movimento nessa direção:
⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = ⃗0⃗

Vamos adotar o par de eixos 𝑥 e 𝑦 como referencial, com origem dos eixos onde a granada estava
inicialmente:

Note que as massas 𝑚 possuem direções perpendiculares, então, para que conserve o vetor
quantidade de movimento, o fragmento de massa 3𝑚 deve ter a direção mostrada na figura logo acima.
Dessa forma, temos:
Direção 𝑥:
⃗⃗𝑓 = ⃗0⃗ ⇒ 𝑚 ⋅ 𝑣𝑥 − 3𝑚 ⋅ 𝑢 ⋅ cos 𝛼 = 0 ⇒ 𝑣𝑥 = 3𝑢 ⋅ cos 𝛼 (𝑒𝑞. 1)
𝑄
Direção 𝑦:
⃗⃗𝑓 = ⃗⃗
𝑄 0 ⇒ 𝑚 ⋅ 𝑣𝑦 − 3𝑚 ⋅ 𝑢 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 ⇒ 𝑣𝑦 = 3𝑢 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 (𝑒𝑞. 2)

Pelo enunciado, 𝑣𝑥 = 𝑣𝑦 = 𝑣, então:


𝑣𝑥 = 𝑣𝑦 ⇒ 3𝑢 ⋅ cos 𝛼 = 3𝑢 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 ⇒ 𝑡𝑔 𝛼 = 1

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Por construção, se 𝑡𝑔 𝛼 = 1, então 𝛼 = 45°.


Voltando a equação 1, podemos determinar a velocidade do terceiro fragmento:
𝑣√2
𝑣 = 3𝑢 ⋅ cos 45° ⇒ 𝑢 = 3

Portanto:
𝑣 𝑣
𝑢
⃗⃗ = − 3 𝑥̂ − 3 𝑦̂

24)
Um pequeno tubo de ensaio está suspenso por um fio ideal, de comprimento 0,50 𝑚. que tem uma
extremidade presa ao pino 𝑂. O tubo de 100 𝑔 está cheio de gás e está fechado por uma rolha de 50 𝑔.
Aquecendo o tubo, a rolha salta com velocidade de módulo 𝑣. A menor velocidade 𝑣 da rolha que faz com
que o tubo descreva uma volta completa em torno de 𝑂 é:

Despreze a massa do gás.


a) 2,0 m/s b) 4,0 m/s c) 5,0 m/s d) 8,0 m/s e) 10,0 m/s

Comentários:
A menor velocidade que o tubo deve ter para dar uma volta completa é aquela que é capaz de
fazer o tubo chegar no ponto mais alta com tração no fio quase nula. Dessa forma temos:
𝑃 + 𝑇 = 𝑅𝑐𝑝
Como 𝑇 ≅ 0, então:
2
𝑚𝑡𝑢𝑏𝑜 ⋅ 𝑣𝑡𝑜𝑝𝑜
𝑃 = 𝑅𝐶𝑝 ⇒ 𝑚𝑡𝑢𝑏𝑜 ⋅ 𝑔 =
𝑅
Em que 𝑅 = 𝐿, 𝐿 comprimento do fio. Então:
2
𝑣𝑡𝑜𝑝𝑜 =𝑔⋅𝐿
Para sabermos a velocidade do tubo no momento que a rolha sai, no ponto mais baixo da trajetória
dele, podemos utilizar a conservação da energia mecânica:
1 2
1 2
𝐸𝑀𝑡𝑜𝑝𝑜 = 𝐸𝑀+𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜 ⇒ 𝑚𝑡𝑢𝑏𝑜 ⋅ 𝑔 ⋅ 2 ⋅ 𝐿 + 𝑚𝑡𝑢𝑏𝑜 ⋅ 𝑣𝑡𝑜𝑝𝑜 = 𝑚𝑡𝑢𝑏𝑜 ⋅ 𝑣+𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜
2 2

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1 1 2
𝑔⋅2⋅𝐿+ ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐿 = ⋅ 𝑣+𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜 ⇒ 𝑣+𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜 = √5 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐿
2 2
Inicialmente, o sistema está livre de forças externas na direção horizontal, portanto, não há
impulso das forças externas nesta direção e, com isso, a quantidade de movimento é conservada nessa
direção. Tomando como eixo de referência o sentido que a rolha sai, então:
⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 e 𝑄
⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = ⃗⃗
0⇒𝑄⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = ⃗⃗
0 ⇒ 𝑚𝑟𝑜𝑙ℎ𝑎 ⋅ 𝑣 − 𝑚𝑡𝑢𝑏𝑜 ⋅ 𝑣+𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜 = 0
𝑚𝑡𝑢𝑏𝑜
𝑣= ⋅𝑣
𝑚𝑟𝑜𝑙ℎ𝑎 +𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜
Substituindo valores temos que:
100 ⋅ 10−3
𝑣= ⋅ √5 ⋅ 10 ⋅ 0,5 ⇒ 𝑣 = 10,0 𝑚/𝑠
50 ⋅ 10−3
Alternativa correta E.

2. Colisões
Uma colisão (ou um choque) entre dois corpos ocorre quando eles se aproximam e durante um
curto intervalo de tempo interagem fortemente, de tal forma que as forças de interação entre eles são
consideradas desprezíveis.

Como exemplos podemos mencionar a batida de um taco na bola de beisebol, o choque entre
duas bolas de bilhar, o chute numa bola de futebol, o saque de um jogador de vôlei. Nesses casos, dizemos
que as colisões ocorreram entre corpos macroscópicos, havendo contato entre os corpos durante a
colisão.

Por outro lado, quando se trata de corpos microscópicos como partículas ou cargas, não é
necessário haver contato entre os corpos. Como por exemplo, um próton 𝐴 que se move com grande
rapidez 𝑣⃗𝐴 , bem distante de outro próton 𝐵 inicialmente em repouso. Lembrando da eletrostática,
sabemos que o módulo da força de repulsão é diretamente proporcional ao inverso do quadrado da
distância entre as cargas:

1
𝐹∝
𝑑2

Figura 8: Próton se aproximando de outro próton parado.

Dessa forma, a medida em que a distância vai diminuindo, a força de repulsão se torna muito
intensa, de tal forma que quando 𝐴 está bem próximo de 𝐵, para um intervalo de tempo bem pequeno,
há uma intensa repulsão entre eles, acarretando o desvio da trajetória de 𝐴 e o deslocamento de 𝐵 de
sua posição inicial, como mostra a figura abaixo.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 33


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Figura 9: Devido à repulsão eletrostática, o próton, que estava em repouso, entra em movimento segundo a direção indicada,
caracterizando uma colisão sem a necessidade de haver contato entre os corpos.

Na verdade, também não ocorre contato entre corpos macroscópicos se colidindo. De fato,
quando os corpos estão bem próximos, a força de repulsão de origem elétrica se torna muito intensa.
Entretanto, para nossos olhos limitados, tudo se passa como se ocorresse o contato.

Essas forças que atuam durante uma colisão são muito mais intensas que as outras forças externas
que atuam no sistema e, além disso, o intervalo de tempo em que elas ocorrem são da ordem de
milésimos de segundos e, portanto, as chamamos de forças impulsivas.

Vamos tomar a colisão entre dois corpos macroscópicos, de tal forma que eles não se quebrem e
não mudam de natureza durante o impacto. Vamos supor que após o choque, os corpos se separam.
Podemos ilustrar o que ocorre durante a colisão pelo seguinte esquema:

Antes da colisão Durante a colisão Depois da colisão

Durante o choque, os corpos


exercem forças opostos 𝐹⃗12 e Corpos se afastando após o
Os corpos 𝐶1 e 𝐶2 estão se 𝐹⃗21 , que obedecem à 3ª lei de choque.
aproximando. Newton:

𝐹⃗12 = −𝐹⃗21 e |𝐹⃗12 | = |𝐹⃗21 |

Durante o pequeno intervalo de tempo em que acontece a colisão, o corpo 𝐶1 exerce no corpo 𝐶2
uma força variável 𝐹⃗1,2 e, simultaneamente, o corpo 𝐶2 exerce em 𝐶1 uma força 𝐹⃗2,1 . Pela terceira lei de
Newton, 𝐹⃗1,2 e 𝐹⃗2,1 formam um par ação e reação, tendo em cada instante os mesmos módulos, as
mesmas direções e sentidos opostos:

𝐹⃗1,2 = −𝐹⃗2,1 e |𝐹⃗1,2 | = |𝐹⃗2,1 | = 𝐹

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 34


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Na verdade, é muito difícil obter o gráfico da força impulsiva 𝐹(𝑡). Tais forças são muito intensas
e ocorrem em intervalos de tempo muito curtos, por isso, sabemos que o gráfico 𝐹 × 𝑡 é algo semelhante
a figura abaixo:

Figura 10: Gráfico da força impulsiva em função do tempo. De t1 a t′ constitui a fase de deformação e de t′ a t 2 a fase de restituição.

No decorrer do choque podemos identificar duas etapas: a deformação e a restituição. A fase de


deformação começa no instante em que começam o contato (𝑡1 ) e encerra no instante em que a
velocidade relativa entre os corpos é nula (𝑡2 ). A partir de 𝑡2 , inicia-se a etapa de restituição, que finaliza
em 𝑡3 , momento em que os corpos se separam.

Na colisão, podemos dizer que cada corpo é semelhante a uma mola que comprime (fase de
deformação) e depois se distende (fase de restituição), sendo capaz (ou não) voltar à sua forma inicial. No
geral, após o choque as partículas ficam deformadas, ainda que seja pequena.

Se os corpos ficam unidos após a colisão, então não há fase de restituição e o gráfico da força
impulsiva é semelhante a ilustração abaixo:

Figura 11: Gráfico da força impulsiva em função do tempo apenas para a fase de deformação, característica de colisões inelásticas, isto é,
corpos grudam após o choque.

De um modo geral, não estamos interessados em conhecer a forma exata do gráfico da força
impulsiva pelo tempo. Quando estudamos colisões, não nos interessa saber detalhadamente o que
ocorreu durante o impacto. Geralmente, desejamos saber o estado do sistema imediatamente após a
colisão, dado que já possuímos as informações do sistema antes do choque.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 35


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2.1. A aplicação de quantidade de movimento do sistema em colisões

Vamos tomar um sistema constituído por dois corpos que se colidem. Como já mencionamos, a
colisão acontece em um intervalo de tempo muito curto e, nesse intervalo de tempo, as forças impulsivas
são muito mais intensas do que as forças externas.

Com isso, podemos desprezar a variação da quantidade de movimento produzida pelas forças
externas, ou seja, a quantidade de movimento do sistema permanece inalterado.

Dessa forma, as forças internas que atuam no decorrer do impacto servem apenas para fazer uma
transferência interna de quantidade de movimento entre os corpos. Assim, essas transferências internas
não modificam a soma das quantidades de movimento do sistema.

Dessa forma, podemos dizer que:

Mesmo que o sistema não esteja isolado das forças externas em uma colisão, podemos
admitir que a quantidade de movimento do sistema (𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 ) não se altera durante o intervalo
de tempo muito pequeno (Δ𝑡 ≅ 0). Em outras palavras:
(𝑄⃗⃗𝑠𝑖𝑠 ) ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
= (𝑄
𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠

Para um sistema isolado, podemos dizer que a quantidade de movimento permanece inalterada
antes, durante e depois de uma colisão interna:

Figura 12: Módulo da quantidade de movimento de um sistema isolado em função do tempo.

Por outro lado, a quantidade de movimento em um sistema não isolado varia com o tempo.
Entretanto, uma colisão interna não altera esse comportamento. Sem perda de generalidade, para um
sistema no qual aumenta a quantidade de movimento, caso ocorra uma colisão temos o seguinte gráfico:

Figura 13: Módulo da quantidade de movimento de um sistema não isolado que cresce com o tempo.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 36


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Um exemplo clássico de um sistema não isolado que aumenta o módulo da quantidade de


movimento com o tempo consiste na queda de duas bolinhas que se chocam em algum ponto da queda.
Note que a força peso é externa as duas bolinhas mas na colisão interna não é alterada a quantidade de
movimento do sistema, nem a velocidade do seu centro de massa (𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 = 𝑚𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ⋅ 𝑣⃗𝑐𝑚 ), que obedece à
lei de formação da figura 6.

Outro exemplo clássico de um sistema que a quantidade de movimento vai decrescendo com o
tempo é o deslocamento de dois blocos em uma superfície áspera.

Figura 14: Dois corpos se aproximando, em uma superfície com atrito.

Devido à ação da força de atrito externo, quantidade de movimento do sistema vai diminuindo
gradativamente, como ilustra a figura abaixo.

Figura 15: Módulo da quantidade de movimento de um sistema não isolado que decresce com o tempo.

Na colisão entre os dois blocos, não há perturbação no comportamento da quantidade de


movimento decrescente desse sistema, já que o intervalo de tempo do choque é muito pequeno e, assim,
⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
continua válida a equação (𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
= (𝑄 .
𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠

25)
Dois corpos de massas 𝑚𝐴 = 2,0 𝑘𝑔 e 𝑚𝐵 = 4,0 𝑘𝑔, movem-se sobre uma reta, alinhados os sentidos e
os módulos das velocidades, conforme figura abaixo.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 37


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Após a colisão unidimensional dos corpos, a partícula 𝐴 move-se para a esquerda com velocidade de
4, 0 𝑚/𝑠. Calcule o módulo e o sentido da velocidade do corpo 𝐵.

Comentários:
Inicialmente, devemos adotar um eixo para orientarmos a direção e o sentido das velocidades e
das quantidades de movimento. Dessa forma, podemos representar nosso problema da seguinte forma:

Pela conservação da quantidade de movimento na colisão, temos:


⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
(𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
= (𝑄 ⇒ 𝑚𝐴 ⋅ 𝑣⃗ ′𝐴 + 𝑚𝐵 ⋅ 𝑣⃗𝐵′ = 𝑚𝐴 ⋅ 𝑣⃗𝐴 + 𝑚𝐵 ⋅ 𝑣⃗𝐵
𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠

2,0 ⋅ (−4,0 𝑥̂) + 4,0 ⋅ 𝑣⃗𝐵′ = 2,0 ⋅ (6,0 𝑥̂) + 4,0 ⋅ (−3,0 𝑥̂)
4,0 ⋅ 𝑣⃗𝐵′ = 2,0 ⋅ (6,0 𝑥̂) + 4,0 ⋅ (−3,0 𝑥̂) − 2,0 ⋅ (−4,0 𝑥̂)
4,0 ⋅ 𝑣⃗𝐵′ = 8,0 𝑥̂ ⇒ 𝑣⃗𝐵′ = 2,0 𝑥̂ (𝑚/𝑠)
Portanto, o corpo 𝐵 move-se no sentido do eixo adotado com módulo igual à 2,0 𝑚/𝑠.

26) (Pêndulo balístico)


Um pêndulo balístico é um dispositivo muito utilizado para medir a intensidade da velocidade de uma
munição de revolver. O sistema é composto de um grande bloco de madeira de massa 𝑀 pendurado por
fios a uma superfície horizontal. Os fios são inextensíveis, flexíveis e tem massa desprezível. Assim, um
projétil de massa 𝑚 e velocidade 𝑣0 é disparado horizontalmente contra o bloco e nele fica incrustada.
Em seguida, o conjunto (𝑝𝑟𝑜𝑗é𝑡𝑖𝑙 + 𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜) atinge a altura máxima 𝐻 em relação à posição de repouso
inicial. Calcule a velocidade 𝑣0 neste problema.

Comentários:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 38


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Considerando que o intervalo de tempo do choque é muito pequeno, então logo após a colisão o
conjunto 𝑝𝑟𝑜𝑗é𝑡𝑖𝑙 + 𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜 ainda não começou a subir. Dessa forma, podemos trabalhar a conservação
da quantidade de movimento como sendo unidimensional.

𝑚
⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
(𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
= (𝑄 ⇒ (𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑣𝑖 𝑥̂ = 𝑚 ⋅ 𝑣0 𝑥̂ ⇒ 𝑣𝑖 = ⋅ 𝑣0
𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑚+𝑀

Conhecido o módulo da velocidade do conjunto logo após a colisão, podemos aplicar a


conservação da energia mecânica entre o início da subida e o ponto mais alto que o conjunto alcança:
1
(𝐸𝑚𝑒𝑐 )𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = (𝐸𝑚𝑒𝑐 )𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ⇒ (𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻 = (𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑣𝑖2
2
𝑚 𝑚+𝑀
⇒ 𝑣𝑖 = √2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻 ⇒ 𝑚+𝑀 ⋅ 𝑣0 = √2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻 ⇒ 𝑣0 = ( ) ⋅ √2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻
𝑚

2.2. Energia cinética em colisões

De um modo geral, em uma colisão de dois corpos macroscópicos uma parte da energia cinética
total é perdida. Certa quantidade de energia é perdida no trabalho de deformação dos corpos. Além disso,
uma fração de energia cinética é transformada em outras energias como a térmica e vibratória, a qual
produz o som que ouvimos no momento da colisão.

Em alguns casos, a perda de energia cinética é tão pequena que podemos admitir que a energia
cinética se conserva no choque. Neste caso, dizemos que os choques são elásticos. Um bom exemplo de
choques totalmente elásticos são alguns choques entre partículas subatômicas.

Em relação à conservação ou não da energia cinética, as colisões são classificadas em:

 Choques elásticos: a energia cinética do sistema se conserva e os corpos se separam após


o choque.

(∑ 𝐸𝑐𝑖𝑛 ) = (∑ 𝐸𝑐𝑖𝑛 )
𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠

 Choques parcialmente elásticos: há separação dos corpos após o choque, mas a energia
cinética total logo após o choque é menor que a energia cinética total logo antes do
impacto.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 39


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(∑ 𝐸𝑐𝑖𝑛 ) > (∑ 𝐸𝑐𝑖𝑛 )


𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠

 Choques inelásticos: os corpos grudam na colisão e a energia total após o choque é menor
que antes do choque.

Curiosidade!

Existem ainda os choques superelásticos, que podem ter energia cinética total após o choque
maior que a de antes da colisão. Isso ocorre se, no decorrer do choque, alguma energia potencial é
liberada, transformando-se em energia cinética. Tal fato ocorre em colisões que envolve núcleos
atômicos. Neste curso não trabalharemos com os choques superelásticos.

2.3. Velocidade relativa

Antes de continuar nossos estudos dos choques, vamos relembrar alguns conceitos da Cinemática
os conceitos de velocidade relativa, para duas partículas que se deslocam em uma mesma reta.

Para isso, vamos dividir em alguns possíveis casos para o deslocamento relativo das partículas:

 Partículas em sentidos opostos:

Nesse caso, o módulo da velocidade relativa de aproximação ou de aproximação (𝑣⃗𝑟 ) entre


os corpos é dado pela soma dos módulos das velocidades:

|𝑣⃗𝑟 | = |𝑣⃗𝐴 | + |𝑣⃗𝐵 |

 Partículas no mesmo sentido:

Nesse caso, o módulo da velocidade relativa (𝑣⃗𝑟 ) é dado pela diferença dos módulos das
velocidades dos corpos. Assim, temos duas possibilidades:

 Se |𝑣⃗𝐴 | > |𝑣⃗𝐵 |, então |𝑣⃗𝑟 | = |𝑣⃗𝐴 | − |𝑣⃗𝐵 |.

 Se |𝑣⃗𝐵 | > |𝑣⃗𝐴 |, então |𝑣⃗𝑟 | = |𝑣⃗𝐵 | − |𝑣⃗𝐴 |.

2.4. Coeficiente de restituição

Quando vamos resolver um problema de colisão, a conservação da quantidade de movimento não


é suficiente para a resolução, já que temos mais incógnitas do que equações. Por isso, são necessárias
mais informações.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 40


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Em choques unidimensionais de dois corpos macroscópicos 𝐴 e 𝐵, experimentalmente, Isaac


Newton verificou uma interessante relação entre as velocidades dos corpos. Tal relação depende apenas
da natureza dos materiais. Chamamos essa relação de coeficiente de restituição e representamos pela
letra 𝑒. Matematicamente, ele é calculado da seguinte forma:

|velocidade relativa entre 𝐴 e 𝐵 logo após o choque|


𝑒=
|velocidade relativa entre 𝐴 e 𝐵 logo antes do choque|

Note que pela definição, o coeficiente de restituição é adimensional. Alguns exemplos de cálculo
do coeficiente de restituição.

Coeficiente de restituição
Logo antes do choque Logo depois do choque
(𝑒)

8−3 5
𝑒= = = 0,625
10 − 2 8

2+4 6
𝑒= = = 0,86
5+2 7

6−6 0
𝑒= = =0
5−4 1

Observação: outra forma de ver o coeficiente de restituição é escrever assim:


𝑣𝐵𝑓 − 𝑣𝐴𝑓
𝑒=
𝑣𝐴𝑖 − 𝑣𝐵𝑖

Tomando o devido cuidado de colocar as velocidades com sinais de + ou – de acordo com o eixo
de referência adotado. Por exemplo, vamos pegar o caso da segunda linha da tabela logo acima e adotar
o referencial para a direita. Então:

𝑣𝐵𝑓 − 𝑣𝐴𝑓 4 − (−2) 6


𝑒= = =
𝑣𝐴𝑖 − 𝑣𝐵𝑖 5 − (−2) 7

Para cada tipo de choque, o coeficiente de restituição pode ter os seguintes valores:

 Choque inelástico: como os corpos ficam grudados após o choque inelástico, então a velocidade
relativa após o choque é nula. Portanto:

𝑒=0

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 41


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 Choque elástico: o módulo da velocidade relativa após o choque é igual ao módulo da velocidade
relativa antes do choque. Em outras palavras:

𝑒=1

 Sem perda de generalidade, vamos demonstrar esse resultado para o caso de um choque
unidimensional elástico como mostra a figura abaixo.

 Pela conservação da quantidade de movimento, temos:

⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
(𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
= (𝑄
𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠

𝑚𝐴 ⋅ 𝑣𝐴′ + 𝑚𝐵 ⋅ 𝑣𝐵′ = 𝑚𝐴 ⋅ 𝑣𝐴 + 𝑚𝐵 ⋅ 𝑣𝐵

𝑚𝐴 ⋅ (𝑣𝐴 − 𝑣𝐴′ ) = 𝑚𝐵 ⋅ (𝑣𝐵′ − 𝑣𝐵 ) (𝑒𝑞. 1)

Dado que o choque é elástico, então a energia cinética do sistema se conserva:

1 1 1 2 1 2
𝑚𝐴 𝑣𝐴2 + 𝑚𝐵 𝑣𝐵2 = 𝑚𝐴 𝑣 ′𝐴 + 𝑚𝐵 𝑣 ′
2 2 2 2
2 2
𝑚𝐴 (𝑣𝐴2 − 𝑣𝐴′ ) = 𝑚𝐵 (𝑣𝐵′ − 𝑣𝐵2 ) (𝑒𝑞. 2)

Dividindo as equações 1 e 2, temos:


2 2
𝑚𝐴 (𝑣𝐴2 − 𝑣𝐴′ ) 𝑚𝐵 (𝑣𝐵′ − 𝑣𝐵2 ) (𝑣𝐴 + 𝑣𝐴′ ) ⋅ (𝑣𝐴 − 𝑣𝐴′ ) (𝑣𝐵′ + 𝑣𝐵 )(𝑣𝐵′ − 𝑣𝐵 )
= ⇒ =
𝑚𝐴 ⋅ (𝑣𝐴 − 𝑣𝐴′ ) 𝑚𝐵 ⋅ (𝑣𝐵′ − 𝑣𝐵 ) (𝑣𝐴 − 𝑣𝐴′ ) (𝑣𝐵′ − 𝑣𝐵 )

𝑣𝐴′ + 𝑣𝐴 = 𝑣𝐵′ + 𝑣𝐵 ⇒ 𝑣𝐴′ − 𝑣𝐵′ = 𝑣𝐵 − 𝑣𝐴 (𝑒𝑞. 3)

Da definição de coeficiente de restituição, temos que:

|𝑣𝐴′ − 𝑣𝐵′ |
𝑒=
|𝑣𝐴 − 𝑣𝐵 |

Então, pela equação 3 vemos que:

|𝑣𝐴′ − 𝑣𝐵′ | |𝑣𝐵 − 𝑣𝐴 | |𝑣𝐴 − 𝑣𝐵 |


𝑒= = = =1
|𝑣𝐴 − 𝑣𝐵 | |𝑣𝐴 − 𝑣𝐵 | |𝑣𝐴 − 𝑣𝐵 |

 Choques parcialmente elásticos: a energia cinética total logo após a colisão é menor que a energia
cinética total logo antes da colisão. Por isso, a velocidade relativa imediatamente após o impacto
é menor que a velocidade relativa logo antes do choque (trabalhando em módulo) e, portanto:

0<𝑒<1

Observações:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 42


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 Na verdade, o coeficiente de restituição (𝑒) não depende apenas do material. Ele depende
das velocidades e das formas dos corpos.

 Mais à frente vamos estudar choques oblíquos e mostraremos como calcular o coeficiente
de restituição para estes casos.

 Para choques superelásticos 𝑒 > 1.

27)
Considere 𝑛 esferas de mesma massa 𝑚 suspensas por fios de comprimentos iguais, com as esferas bem
próximas umas das outras, quase se tocando, como ilustra a figura abaixo.

A esfera 1 é levemente erguida e solta, de tal forma que acerta a esfera 2 com velocidade 𝑣⃗1. Após
sucessivos choques, determine o módulo da velocidade da n-ésima esfera logo após o choque com a
antecessora, pela primeira vez. Adote que o coeficiente de restituição entre os choques é igual à 𝑒.

Comentários:
Note que as pequenas esferas não se tocam. Primeiramente, vamos analisar a colisão entre a primeira e
a segunda esfera e notar que existe uma lei de recorrência para as velocidades. Para as duas primeiras
esferas, temos:

Pela definição de coeficiente de restituição, temos que:


|𝑣𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑝ó𝑠 | 𝑣1′ + 𝑣2′
𝑒= = ⇒ 𝑣1′ = 𝑒 ⋅ 𝑣1 − 𝑣2′ (𝑒𝑞. 1)
|𝑣𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 | 𝑣1
Fazendo a conservação da quantidade de movimento, temos:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 43


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⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
(𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
= (𝑄 ⇒ 𝑚 ⋅ (−𝑣1′ ) + 𝑚 ⋅ 𝑣2′ = 𝑚 ⋅ 𝑣1 ⇒ 𝑣2′ = 𝑣1 + 𝑣1′ (𝑒𝑞. 2)
𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠

Substituindo a equação 1 em 2, vem:


1+𝑒
𝑣2′ = 𝑣1 + 𝑒 ⋅ 𝑣1 − 𝑣2′ ⇒ 𝑣2′ = ( ) ⋅ 𝑣1 (𝑒𝑞. 3)
2
Com esse resultado vemos que após o choque entre 1 e 2, esta última sai com velocidade 𝑣′2
calculada acima. Agora, para o choque entre 2 e 3 vamos repetir os mesmos cálculos já feitos para 1 e 2.
Por isso, podemos dizer sem riscos que:
1+𝑒
𝑣3′ = ( ) ⋅ 𝑣′2
2
1+𝑒
Mas, 𝑣2′ = ( ) ⋅ 𝑣1 . Portanto:
2

1+𝑒 1+𝑒 1+𝑒 2 1 + 𝑒 3−1


𝑣3′ =( )⋅( ′
) ⋅ 𝑣1 ⇒ 𝑣3 = ( ′
) ⋅ 𝑣1 ou 𝑣3 = ( ) ⋅ 𝑣1
2 2 2 2
Para a quarta esfera, temos:

1+𝑒 1+𝑒 1 + 𝑒 3−1 1 + 𝑒 4−1


𝑣4′ = ( ) ⋅ 𝑣 ′3 = ( )⋅( ) ⋅ 𝑣1 ⇒ 𝑣4′ = ( ) ⋅ 𝑣1
2 2 2 2

Não é difícil de perceber que após 𝑛 − 1 colisões, a n-ésima esfera terá velocidade 𝑣𝑛 expressa
por:

1 + 𝑒 𝑛−1
𝑣𝑛 = ( ) ⋅ 𝑣1
2

2.5. Aplicação de progressões geométricas em colisões

Considere uma bola caindo verticalmente do repouso e realiza sucessivas colisões com o solo,
subindo e descendo como mostra a figura abaixo.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 44


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Figura 16: Esquema representativo de uma bola caindo de uma altura H1 verticalmente. Apenas por questões didáticas, colocamos a bola,
após o primeiro, retornando para cima um pouco mais a direita, mas tenha em mente que todo o movimento ocorre em uma única reta
vertical.

Abandonada da altura 𝐻1 , a bola colide com o solo e sobe até a altura 𝐻2 , de onde cai novamente,
efetuando o segundo choque com o solo e elevando-se até a altura 𝐻3 e assim por diante.

Vamos determinar uma relação entre duas alturas consecutivas (𝐻𝑛−1 e 𝐻𝑛 ) e o coeficiente de
restituição 𝑒.

No primeiro choque, a bola chega ao solo com velocidade 𝑣1 dada por:

1
(𝐸𝑚𝑒𝑐 )𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = (𝐸𝑚𝑒𝑐 )𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ⇒ 𝑚 ⋅ 𝑣12 = 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻1 ⇒ 𝑣1 = √2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻1
2
Após o primeiro choque, utilizando a conservação da energia mecânica podemos relacionar 𝑣2
com 𝐻2 :

1
(𝐸𝑚𝑒𝑐 )𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = (𝐸𝑚𝑒𝑐 )𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ⇒ 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻2 = 𝑚 ⋅ 𝑣22 ⇒ 𝑣2 = √2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻2
2
Da definição de coeficiente de restituição, temos:

|𝑣𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑝ó𝑠 | 𝑣2 − 0 𝑣2


𝑒= = = ⇒ 𝑣2 = 𝑒 ⋅ 𝑣1
|𝑣𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 | 𝑣1 − 0 𝑣1

Para as alturas, vem:

𝑣2 = 𝑒 ⋅ 𝑣1 ⇒ √2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻2 = 𝑒 ⋅ √2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻1 ⇒ 𝐻2 = 𝐻1 ⋅ 𝑒 2

Ou seja, a relação entre duas alturas consecutivas é dada por:

𝐻𝑛 = 𝐻𝑛−1 ⋅ 𝑒 2

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 45


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Esse resultado nos permite dizer que as alturas sucessivas (𝐻1 , 𝐻2 , 𝐻3 , … , 𝐻𝑛 ) formam uma
progressão geométrica de razão 𝑒 2 .

Além das alturas, podemos relacionar o tempo de queda da bola para cada altura correspondente.
Para isso, basta calcular o tempo de queda para duas alturas sucessivas e dividir os tempos encontrados:

2 ⋅ 𝐻𝑛
𝑡𝑛 = √
𝑔 𝑡𝑛 𝐻𝑛
⇒ =√
𝑡𝑛−1 𝐻𝑛−1
2 ⋅ 𝐻𝑛−1
𝑡𝑛−1 =√
{ 𝑔

Como 𝐻𝑛 = 𝐻𝑛−1 ⋅ 𝑒 2 , então:

𝑡𝑛 𝐻𝑛
=√ = √𝑒 2 ⇒ 𝑡𝑛 = 𝑡𝑛−1 ⋅ 𝑒
𝑡𝑛−1 𝐻𝑛−1

Esse resultado nos mostra que os tempos de quedas sucessivos 𝑡1 , 𝑡2 , … , 𝑡𝑛 formam uma
progressão geométrica de razão 𝑒.

2.6. Caso especial: colisão unidimensional com 𝑴 ≫ 𝒎

Já imaginou uma colisão entre dois corpos com massas 𝑀 e 𝑚, sendo 𝑀 ≫ 𝑚, por exemplo, uma
bolinha de pingue-pongue se chocando com um caminhão. Para isso, vamos dividir em dois choques
possíveis:

1. Bolinha e caminhão se movendo em um mesmo sentido: vamos considerar a velocidade


da bolinha (𝑣) maior que a velocidade do caminhão (𝑢). Dessa forma, temos a seguinte
configuração:

Após a colisão da bolinha com o caminhão, temos a seguinte configuração:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 46


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Pela conservação da quantidade de movimento podemos escrever que:

⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
(𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
= (𝑄
𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠

⇒ 𝑚 ⋅ (−𝑣 ′ ) + 𝑀 ⋅ 𝑢′ = 𝑚 ⋅ 𝑣 + 𝑀 ⋅ 𝑢 (𝑒𝑞. 2.6.1)

Considerando que o choque é perfeitamente elástico (𝑒 = 1), temos:

|𝑣𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑝ó𝑠 | 𝑣 ′ + 𝑢′


𝑒= = = 1 ⇒ 𝑢′ = 𝑣 − 𝑣′ − 𝑢 (𝑒𝑞. 2.6.2)
|𝑣𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 | 𝑣−𝑢

Substituindo 2.6.2 em 2.6.1, vem:

𝑚 ⋅ (−𝑣 ′ ) + 𝑀 ⋅ (𝑣 − 𝑣 ′ − 𝑢) = 𝑚 ⋅ 𝑣 + 𝑀 ⋅ 𝑢

𝑀−𝑚 2𝑀
𝑣′ = ( )⋅𝑣−( )⋅𝑢
𝑀+𝑚 𝑀+𝑚
Dado que 𝑀 ≫ 𝑚, por exemplo, a massa de um caminhão é da ordem de 104 𝑘𝑔 e a massa
da bolinha é da ordem de 10−3 𝑘𝑔, dessa forma, podemos dizer que 𝑀 ± 𝑚 ≅ 𝑀.
Portanto:

𝑣′ ≅ 𝑣 − 2 ⋅ 𝑢

Com esse resultado, vemos que a velocidade do caminhão é praticamente a mesma:

𝑢′ = 𝑣 − 𝑣′ − 𝑢 ≅ 𝑣 − (𝑣 − 2 ⋅ 𝑢) − 𝑢 ⇒ 𝑢′ ≅ 𝑢

Portanto, nesse tipo especial de colisão o corpo com massa muito maior que o outro não
tem a sua velocidade alterada após o impacto.

2. Bolinha e caminhão se movendo em sentido opostos: neste caso, temos a seguinte


configuração:

Após a colisão da bolinha com o caminhão, temos a seguinte configuração:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 47


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Pela conservação da quantidade de movimento podemos escrever que:

⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
(𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
= (𝑄
𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠

⇒ 𝑚 ⋅ (−𝑣 ′ ) + 𝑀 ⋅ (−𝑢′ ) = 𝑚 ⋅ 𝑣 + 𝑀 ⋅ (−𝑢) (𝑒𝑞. 2.6.3)

Considerando que o choque é perfeitamente elástico (𝑒 = 1), temos:

|𝑣𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑝ó𝑠 | 𝑣 ′ − 𝑢′


𝑒= = = 1 ⇒ 𝑢′ = 𝑣 ′ − 𝑣 − 𝑢 (𝑒𝑞. 2.6.4)
|𝑣𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 | 𝑣+𝑢

Substituindo a equação 2.6.4 em 2.6.3, temos:

−𝑚 ⋅ 𝑣 ′ − 𝑀 ⋅ (𝑣 ′ − 𝑣 − 𝑢) = 𝑚 ⋅ 𝑣 − 𝑀 ⋅ 𝑢

𝑀−𝑚 2𝑀
⇒ 𝑣′ = ( )⋅𝑣+( )⋅𝑢
𝑀+𝑚 𝑀+𝑚
Novamente, como 𝑀 ≫ 𝑚, então podemos fazer a seguinte aproximação:

𝑣 ′ ≅ 𝑣 + 2𝑢

Com esse resultado, vemos novamente que a velocidade do caminho é praticamente a


mesma:

𝑢′ = 𝑣 ′ − 𝑣 − 𝑢 ≅ 𝑣 + 2𝑢 − 𝑣 − 𝑢 ⇒ 𝑢′ ≅ 𝑢

28)
Por transportar uma carga extremamente pesada, um certo caminhão trafega a uma velocidade de 10
m/s. Um rapaz à beira da estrada brinca com uma bola de tênis. Quando o caminhão passa, ele resolve
jogar a bola na traseira do mesmo. Sabendo-se que a bola atinge a traseira do caminhão
perpendicularmente, com velocidade de 20m/s, em reação ao solo, qual a velocidade horizontal final da
bola após o choque? Considere um choque perfeitamente elástico.
A) 10 m/s B) 20 m/s C) 30 m/s D) Zero

Comentários:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 48


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Inicialmente, devemos perceber que a massa do caminhão é muito maior que a massa da bola e
que antes da colisão eles se deslocam no mesmo sentido. Como acabamos de ver em teoria, a velocidade
do caminhão permanece praticamente inalterada. Portanto, pelo coeficiente de restituição, temos:
|𝑣𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑝ó𝑠 | 𝑣 ′ + 10
𝑒= = = 1 ⇒ 𝑣 ′ + 10 = 10 ⇒ 𝑣 ′ = 0
|𝑣𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 | 20 − 10
Gabarito D.

2.8. Colisões bidimensionais

Vamos estudar as colisões bidimensionais. Por razões didáticas, trabalharemos os casos em ordem
de dificuldade.

2.8.1. Colisão com um anteparo fixo


Considere uma pequena esfera de massa 𝑚 que colide com uma superfície plana perfeitamente
lisa, conforme a figura abaixo:

Figura 17: Desenho esquemático de um choque bidimensional em um anteparo fixo.

Quando a bola toca a superfície, ele troca um par de forças impulsivas 𝐹⃗ que atuam na direção
normal e, por isso, há uma variação da quantidade de movimento nesta direção. Como não existem forças
impulsivas e nem forças externas atuando na direção tangencial, haverá conservação da quantidade de
movimento na direção tangencial.

Fazendo a conservação da quantidade de movimento na direção tangencial, temos:

(𝑄𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 )𝑡𝑎𝑛𝑔𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 = (𝑄𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 )𝑡𝑎𝑛𝑔𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 ⇒ 𝑚 ⋅ 𝑣𝑓 ⋅ cos 𝛼𝑓 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝑖 ⋅ cos 𝛼𝑖

𝑣𝑓 ⋅ cos 𝛼𝑓 = 𝑣𝑖 ⋅ cos 𝛼𝑖 (𝑒𝑞. 2.7.1)

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 49


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Em colisões bidimensionais, o coeficiente de restituição 𝑒 deve relacionar as velocidades relativas


entre o corpo e o anteparo apenas na direção normal. Então, o coeficiente de restituição é expresso por:

|𝑣𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑝ó𝑠 | 𝑣𝑓 𝑣𝑓 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼𝑓


𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙
𝑒= = ⇒ 𝑒= (𝑒𝑞. 2.7.2)
|𝑣𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 |𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 𝑣𝑖 𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 𝑣𝑖 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼𝑖

Substituindo 𝑣𝑓 da equação 2.7.1 em 2.7.2, vem:


𝑣𝑖 ⋅ cos 𝛼𝑓
cos 𝛼𝑓 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼𝑓 𝑠𝑒𝑛 𝛼𝑓 cos 𝛼𝑖
𝑒= ⇒𝑒= ⋅
𝑣𝑖 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼𝑖 cos 𝛼𝑓 𝑠𝑒𝑛 𝛼𝑖

∴ 𝑡𝑔 𝛼𝑓 = 𝑒 ⋅ 𝑡𝑔 𝛼𝑖

Observe que para o caso da colisão elástica, 𝑒 = 1, implica 𝛼𝑓 = 𝛼𝑖 , ou seja, o ângulo de incidência
é igual ao ângulo de reflexão. Baseado nessa ideia e adotando o modelo corpuscular da luz, Newton
provava que a reflexão da luz é meramente uma colisão elástica entre as partículas e a superfície refletora.

Em qualquer superfície plana, independente da direção, sempre consideraremos uma direção


tangente e uma direção normal a ela e aplicaremos dois princípios fundamentais:

1) Na direção normal: aplica-se a definição de coeficiente de restituição, calculando as


velocidades relativas apenas com as projeções das velocidades na direção normal.

2) Na direção tangencial: aplica-se a conservação da quantidade de movimento, já que não


existem forças impulsivas nessa direção.

29)
Abandona-se uma pequena esfera de massa 𝑚 = 0,200 𝑘𝑔 no ponto 𝐴. Após cair 4,0 𝑚 ela atinge um
ponto 𝐵 de um plano inclinado de um ângulo 𝛼 em relação ao horizonte. O choque é perfeitamente
elástico. Adote para a aceleração da gravidade o valor numérico 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .

a) Calcule o impulso da força peso até o instante do choque.


b) No choque há conservação de energia? E da quantidade de movimento? Justifique.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 50


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C) Qual o valor do ângulo o para que a esfera inicie seu movimento, após o choque, na direção horizontal?
d) Calcule a menor velocidade adquirida pela esfera, após o choque, quando 𝛼 = 30°.
e) Ainda para 𝛼 = 30°, calcule a máxima cota atingida pela esfera, após o choque.

Comentários:
a) Durante a queda do corpo, a força peso é a única força que atua no corpo, logo, ela é a resultante na
direção vertical. Dessa forma, podemos utilizar o teorema do impulso para determinar o impulso da força
peso (força resultante), conhecendo a variação da quantidade de movimento. Então:
⃗⃗ ⇒ 𝐼𝑃 = Δ𝑄𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙 ⇒ 𝐼𝑃 = 𝑚 ⋅ 𝑣 − 𝑚 ⋅ 𝑣𝐴 ⇒ 𝐼𝑃 = 𝑚 ⋅ 𝑣
𝐼⃗𝐹⃗𝑅 = Δ𝑄
Para determinar a velocidade em 𝐵 (𝑣) antes do choque, podemos utilizar a conservação da
energia mecânica:
1
(𝐸𝑚𝑒𝑐 )𝐵 = (𝐸𝑚𝑒𝑐 )𝐴 ⇒ 𝑚 ⋅ 𝑣 2 = 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ Δℎ ⇒ 𝑣 = √2 ⋅ 𝑔 ⋅ Δℎ ⇒ 𝑣 = √2 ⋅ 10 ⋅ 4
2

𝑣 = 4√5 𝑚/𝑠
Portanto:

4√5
𝐼𝑃 = 0,200 ⋅ 4√5 ⇒ 𝐼𝑃 = N⋅s
5
b) O choque é elástico (𝑒 = 1), portanto, há conservação da energia cinética do sistema. Por outro lado,
a quantidade de movimento varia em direção, mas como existe conservação da energia cinética, então o
módulo da velocidade não se altera. Portanto, a quantidade de movimento muda pois altera a direção da
esfera.
c) Considerando que a bolinha vai sair na direção horizontal, temos a seguinte configuração:

Como visto nesta seção, temos que:


𝑡𝑔 𝛼 = 𝑒 ⋅ 𝑡𝑔 𝜃 ⇒ 𝑡𝑔 𝛼 = 1 ⋅ 𝑡𝑔 𝜃 ⇒ 𝑡𝑔 𝛼 = 𝑡𝑔 𝜃
Pela construção, vemos que 𝛼 + 𝜃 = 90°, então:
𝛼 = 𝜃 = 45 °

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 51


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d) Como o choque é perfeitamente elástico, o módulo da velocidade não muda. Portanto 𝑣𝑚𝑖𝑛 =
4√5 𝑚/𝑠.
e) Para 𝛼 = 30°, temos a seguinte configuração:

No estudo do lançamento oblíquo, vimos que o alcance é dado por:


2 √3
𝑣02 𝑠𝑒𝑛 2𝜃 (4√5) ⋅ 𝑠𝑒𝑛(2 ⋅ 30°) 16 ⋅ 5 ⋅ 2
𝐴= ⇒𝐴= ⇒𝐴= ⇒ 𝐴 = 4√3 𝑚
𝑔 10 10

2.8.2. Colisão elástica com um anteparo fixo vertical –


espelhamento da trajetória
Considere uma bola de tênis sendo arremessada contra uma parede vertical, conforme a figura
abaixo:

Figura 18: Colisão elástica de uma pequena esfera com um anteparo fixo vertical. A linha tracejada representa a trajetória da bolinha caso
não existisse a parede.

Vimos na aula 02 que a bolinha realizaria uma trajetória parabólica caso não existisse uma parede
no caminho dela, desprezando a resistência do ar.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 52


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Como vimos na seção anterior, quando o corpo realiza uma colisão perfeitamente elástica com um
anteparo fixo, o ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão (𝛼𝑖 = 𝛼𝑓 ). Dado que 𝑒 = 1 e 𝛼𝑖 = 𝛼𝑓 ,
então 𝑣𝑖 = 𝑣𝑓 (em módulo). Vetorialmente, a velocidade na direção tangencial conserva sua direção e
sentido, ao passo que na direção normal conserva apenas a direção, mas inverte o sentido.

Assim, temos a seguinte configuração dos vetores que representam a velocidade do corpo antes
e depois do choque perfeitamente elástico.

Figura 19: Choque perfeitamente elástico de partícula em anteparo fixo vertical.

Dessa forma, devido à simetria das velocidades, para determinar a trajetória do corpo, basta
rebater o trecho fictício em relação à parede vertical, como na figura abaixo:

Figura 20: Rebatimento das trajetórias da bolinha, onde as linhas tracejadas representam as trajetórias caso não existisse parede vertical.
Note que a parede funciona como um espelho das trajetórias.

Com isso, a trajetória final da bolinha será semelhante à figura a seguir:

Figura 21: Trajetória final da bolinha.

Essa ideia ainda não apareceu nas nossas provas, mas pode vir a aparecer.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 53


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30)
Um pequeno objeto é lançado horizontalmente, com velocidade 𝑣⃗0 e módulo 𝑣0 = 30 𝑚/𝑠, em um local
onde a aceleração da gravidade é de 10 𝑚/𝑠 2, como mostra a figura.

Se não existisse a parede vertical, o objeto atingiria o solo em 𝐴. Entretanto, ao colidir com a parede no
ponto 𝐶, o objeto atinge o solo no ponto 𝐵. Considerando o choque perfeitamente elástico e desprezando
a resistência do ar, determine os tamanhos ̅̅̅̅
𝐷𝐴 e ̅̅̅̅
𝐶𝐷.

Comentários:
̅̅̅̅ =
Devido ao fato de o choque ser elástico, sabemos que as velocidades serão rebatidas e que 𝐷𝐴
̅̅̅̅
𝐵𝐷. O tempo de queda caso não houvesse a parede é dado por:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 54


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2⋅𝐻 2 ⋅ 45
𝑡𝑞𝑢𝑒𝑑𝑎 = √ ⇒ 𝑡𝑞𝑢𝑒𝑑𝑎 = √ ⇒ 𝑡𝑞𝑢𝑒𝑑𝑎 = 3 𝑠
𝑔 10

Assim, a distância que ele percorreria na horizontal é de:


Δ𝑥 = 𝑣0 ⋅ Δ𝑡𝑞𝑢𝑒𝑑𝑎 ⇒ Δ𝑥 = 30 ⋅ 3 ⇒ Δ𝑥 = 90 𝑚
Como a parede está a 60 metros do lançamento horizontal do corpo, então ̅̅̅̅
𝐷𝐴 = 30 𝑚.
̅̅̅̅, basta saber o tempo que o objeto leva para chegar em 𝐶 e utilizar a
Para determinar a altura 𝐶𝐷
equação de lançamento oblíquo na vertical. O tempo que o objeto leva para chegar em 𝐶 pode ser
determinado pelo deslocamento em 𝑥:
60
Δ𝑠𝑥 = 𝑣0 ⋅ 𝑡 ⇒ 𝑡 = ⇒ 𝑡 =2𝑠
30
A equação horária do espaço na direção vertical é dada por:
𝑔 ⋅ 𝑡2
𝑦 = 𝑦0 + 𝑣0𝑦 ⋅ 𝑡 −
2
Portanto:
𝑦 = 45 − 5 ⋅ 22 ⇒ 𝑦 = 25 𝑚 ⇒ ̅̅̅̅
𝐶𝐷 = 25 𝑚

2.8.3. Colisão com uma parede móvel


Para ficar mais claro esse problema vamos resolver um exercício.

Considere uma cunha de massa 𝑀 apoiada sobre rodas em uma superfície horizontal
perfeitamente lisa. Uma bola de tênis de massa 𝑚 é solta de uma altura 𝐻 e colide com a cunha como
mostra a figura abaixo:

Figura 22: A cunha de massa M tem liberdade para se mover ao longo do eixo horizontal.

Se após a colisão a bola sai na direção horizontal, qual será o coeficiente de restituição e a
velocidade da cunha para alguém que está em repouso no solo?

Inicialmente, devemos conhecer a velocidade da bola logo antes de colidir com a parede da cunha.
Para isso, vamos utilizar o conceito de energia mecânica, tomando como referencial para a energia
potencial gravitacional nível onde a bola toca a cunha:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 55


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1
(𝐸𝑚𝑒𝑐 )𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑐ℎ𝑜𝑞𝑢𝑒 = (𝐸𝑚𝑒𝑐 )𝑖𝑛í𝑐𝑖𝑜 ⇒ 𝑚 ⋅ 𝑣02 = 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻 ⇒ 𝑣0 = √2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻 (𝑒𝑞. 2.7.3)
2
Vamos tomar todas as velocidades em relação à Terra. Além disso, vamos denominar a o módulo
da velocidade da bola após o choque por 𝑣𝑏 e a velocidade da cunha por 𝑣𝑐 . Na colisão, as forças
impulsivas têm direção normal e, assim, há conservação da quantidade de movimento na direção
tangencial. Esquematicamente, temos:

Pela conservação da quantidade de movimento na direção tangencial durante o choque, temos:

𝑚 ⋅ 𝑣0 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝑏 ⋅ cos 𝜃 ⇒ 𝑣0 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 = 𝑣𝑏 ⋅ cos 𝜃 (𝑒𝑞. 2.7.4)

Além disso, o sistema constituído pela bola e pela cunha não possui forças externas atuando na
direção horizontal. Por isso, a quantidade de movimento se conserva nessa direção:

(𝑄ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 )𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = (𝑄ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 )𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ⇒ 𝑀 ⋅ 𝑣𝑐 + 𝑚 ⋅ (−𝑣𝑏 ) = 0 + 0 ⇒ 𝑀 ⋅ 𝑣𝑐 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝑏 (2.7.5)

De acordo com a definição de coeficiente de restituição, temos:

|𝑣𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑝ó𝑠 | 𝑣𝑏 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 + 𝑣𝐶 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝑣𝑏 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 + 𝑣𝐶 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃


𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙
𝑒= = ⇒𝑒=
|𝑣𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 |𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 𝑣0 ⋅ cos 𝜃 𝑣0 ⋅ cos 𝜃

Substituindo 𝑣0 da equação 2.7.4 e 𝑣𝑐 da equação 2.7.5 na expressão de 𝑒, temos:


𝑚 ⋅ 𝑣𝑏
𝑣𝑏 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 + 𝑀 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 ⇒ 𝑒 = 𝑠𝑒𝑛 𝜃 + 𝑚 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃
2 2
𝑒=
𝑣𝑏 ⋅ cos 𝜃 cos 2 𝜃 𝑀 cos2 𝜃
⋅ cos 𝜃
𝑠𝑒𝑛 𝜃
𝑚
∴ 𝑒 = 𝑡𝑔2 𝜃 ⋅ (1 + )
𝑀

Dividindo a equação 2.7.5 por 2.7.4, temos:

𝑀 ⋅ 𝑣𝑐 𝑚 ⋅ 𝑣𝑏 𝑚 𝑚
= ⇒ 𝑣𝑐 = ⋅ 𝑡𝑔𝜃 ⋅ 𝑣0 ⇒ 𝑣𝑐 = ⋅ 𝑡𝑔𝜃 ⋅ √2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻
𝑣0 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝑣𝑏 ⋅ cos 𝜃 𝑀 𝑀

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 56


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Caso seja conhecido o coeficiente de restituição e não o ângulo da cunha, temos que:

𝑚 𝑚 𝑒
𝑣𝑐 = ⋅ 𝑡𝑔𝜃 ⋅ √2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻 ⇒ 𝑣𝑐 = ⋅ √ 𝑚 ⋅ √2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻
𝑀 𝑀 1+𝑀

𝑚 2⋅𝑔⋅𝐻⋅𝑒
∴ 𝑣𝑐 = ⋅√ 𝑚
𝑀 1+𝑀

2.8.4. Choque oblíquo e elástico (𝒆 = 𝟏) entre partículas de


mesma massa, com uma delas inicialmente em repouso.
Esse tipo de colisão é muito empregado nas experiências de física nuclear. Por exemplo, a colisão
elástica entre um próton e outro próton inicialmente parado.

Vamos demonstrar que após o choque as partículas se movem em direções perpendiculares.

Para isso, vamos representar as situações das partículas logo antes e logo depois da colisão.

Imediatamente antes do choque Imediatamente depois do choque

Provaremos que 𝜃 = 90°. Para isso, vamos calcular a quantidade de movimento de cada partícula
de forma vetorial:

⃗⃗ = 𝑚 ⋅ 𝑣⃗𝐴
𝑄 ⃗⃗ ′ = 𝑚 ⋅ 𝑣⃗′𝐴
𝑄
Antes { 𝐴 e Depois { 𝐴
𝑄⃗⃗𝐵 = ⃗⃗
0 𝑄⃗⃗ ′𝐵 = 𝑚 ⋅ 𝑣⃗𝐵′

Pela conservação da quantidade de movimento vetorial do sistema, vem:

⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
(𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
= (𝑄 ⃗⃗𝐴 + 𝑄
⇒𝑄 ⃗⃗𝐵 = 𝑄
⃗⃗ ′𝐴 + 𝑄
⃗⃗ ′𝐵 ⇒ 𝑄
⃗⃗𝐴 + ⃗⃗
0=𝑄⃗⃗ ′𝐴 + 𝑄
⃗⃗ ′𝐵
𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠

⃗⃗𝐴 = 𝑄
𝑄 ⃗⃗ ′𝐴 + 𝑄
⃗⃗ ′𝐵

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 57


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Podemos representar esses vetores da seguinte forma:

Devido ao fato de o choque ser perfeitamente elástico, sabemos que há conservação da energia
cinética do sistema. Portanto:

1 1 1 2 1 2
𝑚 ⋅ 𝑣𝐴2 + 𝑚 ⋅ 𝑣𝐵2 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝐴′ + 𝑚 ⋅ 𝑣𝐵′
2 2 2 2
1 1 2 1 2
⇒ 𝑚 ⋅ 𝑣𝐴2 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝐴′ + 𝑚 ⋅ 𝑣𝐵′
2 2 2
Como 𝑚𝐴 = 𝑚𝐵 = 𝑚, vamos multiplicar a equação acima por 2𝑚. Então:

1 1 2 1 2
𝑚 ⋅ 𝑣𝐴2 = 𝑚 ⋅ 𝑣𝐴′ + 𝑚 ⋅ 𝑣𝐵′ (× 2𝑚)
2 2 2
2 2
⇒ 𝑚2 ⋅ 𝑣𝐴2 = 𝑚2 ⋅ 𝑣𝐴′ + 𝑚2 ⋅ 𝑣𝐵′

2 2 2
⃗⃗𝐴 | = |𝑄
(𝑚 ⋅ 𝑣𝐴 )2 = (𝑚 ⋅ 𝑣𝐴′ )2 + (𝑚 ⋅ 𝑣𝐵′ )2 ⇒ |𝑄 ⃗⃗ ′ | + |𝑄
⃗⃗ ′ |
𝐴 𝐵

⃗⃗𝐴 = 𝑄
Com esse resultado, a soma vetorial 𝑄 ⃗⃗ ′𝐴 + 𝑄
⃗⃗ ′𝐵 , possui a soma dos módulos dada por
2 2 2
⃗⃗𝐴 | = |𝑄
|𝑄 ⃗⃗ ′ | + |𝑄
⃗⃗ ′ | , portanto:
𝐴 𝐵

𝜃 = 90 °

2.8.5. Choque central oblíquo entre duas partículas


Considere duas partículas 𝐴 e 𝐵 que se aproximam com velocidades 𝑣𝐴 e 𝑣𝐵 , como ilustra a figura
abaixo:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 58


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Figura 23: Colisão central oblíqua entre duas partículas.

Nesse tipo de choque, o eixo normal passa pelos centros das partículas. Além disso, o eixo
tangencial é perpendicular ao eixo normal, tangenciando as partículas no ponto de contato entre elas,
conforme a figura 12.

Na direção tangencial, não forças impulsivas atuando durante a colisão e, assim, a velocidade de
cada partícula nessa direção permanece inalterada:

𝑣𝐴 ⋅ cos 𝜃𝐴 = 𝑣 ′𝐴 ⋅ cos 𝜃𝐴′


{
𝑣𝐵 ⋅ cos 𝜃𝐵 = 𝑣 ′ 𝐵 ⋅ cos 𝜃𝐵′

Impondo a conservação da quantidade de movimento na direção normal, temos:

𝑚𝐴 ⋅ (𝑣𝐴′ ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃𝐴′ ) + 𝑚𝐵 ⋅ (−𝑣𝐵′ ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃𝐵′ ) = 𝑚𝐴 ⋅ (−𝑣𝐴 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃𝐴 ) + 𝑚𝐵 ⋅ (𝑣𝐵 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃𝐵 )

Por fim, podemos relacionar as velocidades na direção normal utilizando o coeficiente de


restituição:

|𝑣𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑝ó𝑠 | 𝑣𝐴′ ⋅ cos 𝜃𝐴′ + 𝑣𝐵′ ⋅ cos 𝜃𝐵′


𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙
𝑒= ⇒ 𝑒=
|𝑣𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 |𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 𝑣𝐴 ⋅ cos 𝜃𝐴 + 𝑣𝐵 ⋅ cos 𝜃𝐵

Assim, conhecendo as informações necessárias fornecidas pelo enunciado da questão, podemos


determinar qualquer resultado por intermédio das equações aqui desenvolvidas. Nosso objetivo aqui não
é você decorar os resultados prontos, mas entender como chegamos neles. É muito importante a
compreensão de todo o processo que nos levou a esses resultados.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 59


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3. Centro de massa
Neste capítulo, introduziremos o conceito de centro de massa, um assunto de extrema
importância para o vestibular do ITA e do IME. Nossos vestibulares adoram esse tema e cobram questões
dos mais variados estilos, questões que aparentemente parecem ser de outro assunto, mas são
rapidamente resolvidas pelo conceito de centro de massa.

Um sistema mecânico é formado por um conjunto de partículas ou ainda um único corpo extenso.

Veremos neste capítulo que o movimento de um sistema mecânico pode ser estudado analisando
apenas um único ponto: o seu centro de massa.

3.1. Propriedades do centro de massa em um sistema de 2 partículas

Por motivos didáticos, inicialmente estudaremos o sistema simples constituído por duas partículas
de massas 𝑚1 e 𝑚2 . Podemos representar esse sistema da seguinte forma:

Figura 24: Centro de massa (cm) para um sistema de duas partículas.

3.1.1. Localização do centro de massa


Para um sistema de apenas duas partículas, basta um eixo orientado ligando as duas partículas,
como na figura 13.

Por definição, dizemos que o centro de massa desse sistema (𝑐𝑚) é aquele cuja abscissa 𝑥⃗𝑐𝑚 é
expressa por:

𝑚1 ⋅ 𝑥⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑥⃗2
𝑥⃗𝑐𝑚 =
𝑚1 + 𝑚2

Assim, vimos que o centro de massa para um sistema de partículas é a média aritmética
ponderada, tendo como pesos as massas dos corpos. Logo, o centro de massa estará mais próximo
daquela partícula que possui maior massa.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 60


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3.1.2. Velocidade do centro de massa


Para o nosso sistema de duas partículas, que é unidimensional, podemos representar pelas
velocidades 𝑣⃗1 e 𝑣⃗2 .

Figura 25: Representação das velocidades no sistema de partículas.

A posição do centro de massa é dada por:

𝑚1 ⋅ 𝑥⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑥⃗2
𝑥⃗𝑐𝑚 =
𝑚1 + 𝑚2

Como 𝑚1 + 𝑚2 = 𝑀 é a massa total do sistema, podemos reescrever a posição do centro de


massa:

𝑚1 ⋅ 𝑥⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑥⃗2 𝑚1 ⋅ 𝑥⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑥⃗2


𝑥⃗𝑐𝑚 = ⇒ 𝑥⃗𝑐𝑚 = ⇒ 𝑀 ⋅ 𝑥⃗𝑐𝑚 = 𝑚1 ⋅ 𝑥⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑥⃗2 (𝑒𝑞. 1)
𝑚1 + 𝑚2 𝑀

Derivando a equação (1) em relação ao tempo, teremos a velocidade do centro de massa em


relação às velocidades 𝑣⃗1 e 𝑣⃗2 :

𝑑𝑥⃗𝑐𝑚 𝑑𝑥⃗1 𝑑𝑥⃗2


𝑀⋅ = 𝑚1 ⋅ + 𝑚2 ⋅ ⇒ 𝑀 ⋅ 𝑣⃗𝑐𝑚 = 𝑚1 ⋅ 𝑣⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑣⃗2 (𝑒𝑞. 2)
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑚1 ⋅ 𝑣⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑣⃗2
⇒ 𝑣⃗𝑐𝑚 =
𝑀

𝑚1 ⋅ 𝑣⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑣⃗2
∴ 𝑣⃗𝑐𝑚 =
𝑚1 + 𝑚2

Note que a velocidade do centro de massa é dada pela média aritmética ponderada das
velocidades das partículas, tendo como peso as respectivas massas.

Exemplo 1: considere duas partículas se movendo com velocidades 𝑣 e 2𝑣, como mostra a figura
logo abaixo:

Observe que a posição do centro de massa é dada por:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 61


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𝑚1 ⋅ 𝑥⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑥⃗2 𝑚 ⋅ 𝑥⃗1 + 2𝑚𝑥⃗2 1 2


𝑥⃗𝑐𝑚 = ⇒ 𝑥⃗𝑐𝑚 = ⇒ 𝑥⃗𝑐𝑚 = 𝑥⃗1 + 𝑥⃗2
𝑚1 + 𝑚2 𝑚 + 2𝑚 3 3

Mas a velocidade do centro de massa é nula:

𝑚 ⋅ 2𝑣 ⋅ 𝑥̂ + 2𝑚 ⋅ 𝑣 ⋅ (−𝑥̂) 0
𝑣⃗𝑐𝑚 = = ⋅ 𝑥̂ ⇒ 𝑣⃗𝑐𝑚 = ⃗0⃗
𝑚 + 2𝑚 3𝑚
Esse resultado mostra que o centro de massa fica parado, quando os dois corpos se aproximam.

Exemplo 2: um corpo de massa 3𝑚 viaja com velocidade 2𝑣 para a direita e outro corpo de massa
𝑚 viaja com velocidade 2𝑣 para a esquerda. Portanto a velocidade do centro de massa é de:

𝑚1 ⋅ 𝑣⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑣⃗2 3𝑚 ⋅ 2𝑣 ⋅ 𝑥̂ + 𝑚 ⋅ 2𝑣 ⋅ (−𝑥̂) 4𝑚 ⋅ 𝑣 ⋅ 𝑥̂


𝑣⃗𝑐𝑚 = ⇒ 𝑣⃗𝑐𝑚 = ⇒ 𝑣⃗𝑐𝑚 =
𝑚1 + 𝑚2 3𝑚 + 𝑚 4𝑚

∴ 𝑣⃗𝑐𝑚 = 𝑣 ⋅ 𝑥̂

A posição do centro de massa, tomando a origem do eixo 𝑥 a massa 3𝑚, é de:

𝑚1 ⋅ 𝑥⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑥⃗2 3𝑚 ⋅ 0 ⋅ 𝑥̂ + 𝑚 ⋅ 𝑥2 ⋅ 𝑥̂ 𝑥2
𝑥⃗𝑐𝑚 = ⇒ 𝑥⃗𝑐𝑚 = ⇒ 𝑥⃗𝑐𝑚 = 𝑥̂
𝑚1 + 𝑚2 3𝑚 + 𝑚 4

Assim, temos a seguinte configuração das velocidades para esse sistema:

3.1.3. Aceleração do centro de massa


Em um sistema unidimensional, formado por duas partículas, a aceleração do centro de massa
pode ser obtida derivando a velocidade do centro de massa em relação ao tempo, a partir da equação (2).
Isto é:

𝑀 ⋅ 𝑣⃗𝑐𝑚 = 𝑚1 ⋅ 𝑣⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑣⃗2

𝑑𝑣⃗𝑐𝑚 𝑑𝑣⃗1 𝑑𝑣⃗2


𝑀⋅ = 𝑚1 ⋅ + 𝑚2 ⋅
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡

𝑀 ⋅ 𝑎⃗𝑐𝑚 = 𝑚1 ⋅ 𝑎⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑎⃗2 (𝑒𝑞. 3)

𝑚1 ⋅ 𝑎⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑎⃗2
𝑎⃗𝑐𝑚 =
𝑀

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 62


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Novamente, observe que a aceleração do centro de massa é dada pela média aritmética
ponderada das acelerações das partículas, tendo como peso as respectivas massas.

3.1.4. Quantidade de movimento do centro de massa


Analisando a equação, podemos dizer que:

𝑀 ⋅ 𝑣⃗𝑐𝑚 = 𝑚1 ⋅ 𝑣⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑣⃗2

⃗⃗1 + 𝑄
𝑀 ⋅ 𝑣⃗𝑐𝑚 = 𝑄 ⃗⃗2 = 𝑄
⃗⃗𝑠𝑖𝑠

⃗⃗𝑠𝑖𝑠 = 𝑀 ⋅ 𝑣⃗𝑐𝑚
𝑄

Esse resultado mostra que para calcular a quantidade de movimento do sistema, basta supor que
toda sua massa esteja concentrada no centro de massa.

3.1.5. Forças externas e forças internas ao sistema


Analisando a equação (3), vemos que os termos 𝑚1 ⋅ 𝑎⃗1 e 𝑚2 ⋅ 𝑎⃗2 representam as resultantes das
forças sobre cada partícula. Dessa forma, temos:

𝑀 ⋅ 𝑎⃗𝑐𝑚 = 𝑚1 ⋅ 𝑎⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑎⃗2

𝑀 ⋅ 𝑎⃗𝑐𝑚 = 𝐹⃗1 + 𝐹⃗2 = 𝐹⃗𝑟𝑒𝑠

Como vimos anteriormente no capítulo 1 dessa aula, quando estudamos sistema isolado, em um
sistema podem agir dois tipos de forças: internas ou externas.

Denotamos por forças internas aquelas que são trocadas entre os elementos do sistema. Dessa
forma, tais forças respeitam o Princípio da Ação e Reação, ou seja, a cada força interna 𝐹⃗𝑖 associa-se uma
outra −𝐹⃗𝑖 . Note que a soma dos impulsos por causa dessas forças é nula.

Por outro lado, chamamos de forças externas aquelas que são trocadas pelos elementos do
sistema com outros corpos fora dele, denominados agentes externos.

Como as forças externas são exercidas sobre cada partícula independentemente das interações
internas entre as partículas, podemos concluir que a força resultante que age no sistema é a resultante
das forças externas. Matematicamente:

𝑀 ⋅ 𝑎⃗𝑐𝑚 = 𝐹⃗1 + 𝐹⃗2 = 𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 (𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑠)

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 63


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Diante disso, concluímos que:

1) A aceleração do centro de massa não depende das forças internas ao sistema. Depende
apenas da resultante das forças externas.

2) O centro de massa se move como se fosse um ponto material de massa igual à massa total
do sistema (𝑀 = 𝑚1 + 𝑚2 + ⋯ + 𝑚𝑛 ) e conforme a ação da resultante das forças externas
que atuam no sistema.

3) Para determinar a aceleração do centro de massa do sistema, consideramos que toda


massa está concentrada em um único ponto (o centro de massa) e nesse ponto colocamos
a resultante das forças externas que atuam no sistema.

3.2. Propriedades do centro de massa em um sistema de 𝒏 partículas

Didaticamente, primeiro estudamos os conceitos de centro de massa para um sistema


unidimensional, composto de duas partículas. Entretanto, todos os resultados obtidos são facilmente
expandidos para um sistema com 𝑛 partículas em três dimensões, como o da figura abaixo:

Figura 26: Sistema com n partículas distribuídas no espaço.

Para o nosso sistema com 𝑛 partículas, a massa total é dada por:


𝑛

𝑀 = 𝑚1 + 𝑚2 + ⋯ + 𝑚𝑛 = ∑ 𝑚𝑛
𝑖=1

Dessa forma, as coordenadas do centro de massa são dadas por:

𝑚1 ⋅ 𝑥1 + 𝑚2 ⋅ 𝑥2 + ⋯ + 𝑚𝑛 ⋅ 𝑥𝑛 ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 ⋅ 𝑥𝑖
𝑥𝑐𝑚 = ou 𝑥𝑐𝑚 =
𝑚1 + 𝑚2 + ⋯ + 𝑚𝑛 ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑛

Para as outras coordenadas, podemos fazer de forma análoga:

∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 ⋅ 𝑦𝑖 ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 ⋅ 𝑧𝑖
𝑦𝑐𝑚 = e 𝑧𝑐𝑚 =
∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑛 ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑛

Podemos ainda escrever o centro de massa a partir do vetor posição de cada partícula:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 64


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𝑚1 ⋅ 𝑟⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑟⃗2 + ⋯ + 𝑚𝑛 ⋅ 𝑟⃗𝑛


𝑟⃗𝑐𝑚 =
𝑚1 + 𝑚2 + ⋯ + 𝑚𝑛

3.2.1. Localização do centro de massa para figuras simétricas


1) Para um sistema formado por partículas de massas iguais e distribuídas nos vértices de uma
figura geométrica regular, o centro de massa estará localizado no centro geométrico da figura. Por
exemplo, em um triângulo equilátero, o centro de massa estará no seu baricentro (geométrico).

Figura 27: Se as massas iguais estão dispostas em um triângulo equilátero, o centro de massa está em seu centro geométrico.

2) Em um sistema de 𝑛 partículas de massas iguais que possua um ponto de simetria, o centro de


massa coincide com esse ponto. Um exemplo claro dessa propriedade ocorre em um sistema composto
de 4 partículas nos vértices de um retângulo. O centro de massa está no centro geométrico do retângulo.

Figura 28: Se as massas iguais estão dispostas nos vértices de um retângulo, o centro de massa está em seu centro geométrico.

3) Se um corpo homogêneo admite um ponto de simetria, então o seu centro de massa coincidirá
com o seu centro geométrico. Por exemplo, o centro de massa de uma esfera está no centro geométrico
da esfera.

Figura 29: Em uma esfera homogênea, o centro de massa está no centro da esfera.

4) Para uma chapa homogênea de forma retangular, o centro de massa da chapa estará no centro
geométrico dessa chapa.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 65


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Figura 30: Em uma chapa homogênea, o centro de massa está no centro geométrico dessa chapa.

31)
Considere uma chapa homogênea de espessura uniforme, conforme a figura abaixo:

Determine as coordenadas do centro de massa da chapa.

Comentários:
Uma boa forma de atacar esse problema é dividir a chapa em duas partes:

Os centros de massa 𝑐𝑚1 e 𝑐𝑚2 de cada parte são dados por:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 66


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𝑐𝑚1 → 𝑥𝑐𝑚1 = 4 𝑐𝑚; 𝑦𝑐𝑚1 = 2 𝑐𝑚


{
𝑐𝑚2 → 𝑥𝑐𝑚2 = 10 𝑐𝑚; 𝑦𝑐𝑚2 = 6 𝑐𝑚
As áreas de cada parte valem:
𝑆1 = 8 ⋅ 4 = 32 𝑐𝑚2
{
𝑆2 = (12 − 8) ⋅ 12 = 48 𝑐𝑚2
No enunciado da questão, foi mencionado que a chapa era homogênea e de espessura uniforme,
ou seja, sua densidade superficial 𝜇 é constante:
𝑚1 𝑚2
𝜇= =
𝑆1 𝑆2

Portanto, a posição do centro de massa é dada por:


𝑚1 ⋅𝑥𝑐𝑚1 +𝑚2 ⋅𝑥𝑐𝑚2 𝜇⋅𝑆1 ⋅𝑥𝑐𝑚1 +𝜇⋅𝑆2 ⋅𝑥𝑐𝑚2
𝑥𝑐𝑚 = ⇒ 𝑥𝑐𝑚 =
𝑚1 +𝑚2 𝜇⋅𝑆1 +𝜇⋅𝑆2

𝑆1 ⋅𝑥𝑐𝑚1 +𝑆2 ⋅𝑥𝑐𝑚2


⇒ 𝑥𝑐𝑚 = 𝑆1 +𝑆2

Analogamente, para as 𝑦𝑐𝑚 , temos:


𝑆1 ⋅𝑦𝑐𝑚1 +𝑆2 ⋅𝑦𝑐𝑚2
𝑦𝑐𝑚 = 𝑆1 +𝑆2

Substituindo valores, temos:


𝑆1 ⋅𝑥𝑐𝑚 +𝑆2 ⋅𝑥𝑐𝑚
1 2 32⋅4+48⋅10
𝑥𝑐𝑚 = 𝑥𝑐𝑚 = 32+48 𝑥𝑐𝑚 = 7,6 𝑐𝑚
𝑆1 +𝑆2
{ 𝑆1 ⋅𝑦𝑐𝑚1 +𝑆2 ⋅𝑦𝑐𝑚2 ⇒ { 32⋅2+48⋅6 ⇒ { 𝑦
𝑦𝑐𝑚 = 𝑦𝑐𝑚 = 32+48 𝑐𝑚 = 4,4 𝑐𝑚
𝑆 +𝑆1 2

3.2.2. Velocidade do centro de massa do sistema


Vimos para um sistema unidimensional com duas partículas que a velocidade vetorial do centro
de massa é dada por:

𝑀 ⋅ 𝑣⃗𝑐𝑚 = 𝑚1 ⋅ 𝑣⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑣⃗2

Para um sistema de 𝑛 partículas, temos:

𝑀 ⋅ 𝑣⃗𝑐𝑚 = 𝑚1 ⋅ 𝑣⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑣⃗2 + ⋯ + 𝑚𝑛 ⋅ 𝑣⃗𝑛 (𝑒𝑞. 4)

𝑚1 ⋅ 𝑣⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑣⃗2 + ⋯ + 𝑚𝑛 ⋅ 𝑣⃗𝑛


𝑣⃗𝑐𝑚 =
𝑀

𝑚1 ⋅ 𝑣⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑣⃗2 + ⋯ + 𝑚𝑛 ⋅ 𝑣⃗𝑛


𝑣⃗𝑐𝑚 =
𝑚1 + 𝑚2 + ⋯ + 𝑚𝑛

Como trabalhamos com a velocidade na forma vetorial, podemos ver que esse resultado é aplicado
para qualquer sistema bi ou tridimensional.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 67


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3.2.3. Quantidade de movimento do centro de massa do


sistema
A partir da equação (4) da velocidade do centro de massa é dada por:

𝑀 ⋅ 𝑣⃗𝑐𝑚 = 𝑚1 ⋅ 𝑣⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑣⃗2 + ⋯ + 𝑚𝑛 ⋅ 𝑣⃗𝑛

⃗⃗1 + 𝑄
𝑀 ⋅ 𝑣⃗𝑐𝑚 = 𝑄 ⃗⃗2 + ⋯ + 𝑄
⃗⃗𝑛 = 𝑄
⃗⃗𝑠𝑖𝑠

Portanto:

⃗⃗𝑠𝑖𝑠 = 𝑀 ⋅ 𝑣⃗𝑐𝑚
𝑄

3.2.4. Aceleração do centro de massa do sistema


Para o caso de 𝑛 partículas, a equação da aceleração do centro de massa pode ser escrita como:

𝑀 ⋅ 𝑎⃗𝑐𝑚 = 𝑚1 ⋅ 𝑎⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑎⃗2 + ⋯ + 𝑚𝑛 ⋅ 𝑎⃗𝑛

Portanto:

𝑚1 ⋅ 𝑎⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑎⃗2 + ⋯ + 𝑚𝑛 ⋅ 𝑎⃗𝑛


𝑎⃗𝑐𝑚 =
𝑚1 + 𝑚2 + ⋯ + 𝑚𝑛

3.2.5. Resultante das forças externas


Como vimos a aceleração do centro de massa do sistema de 𝑛 partículas é dada por:

𝑀 ⋅ 𝑎⃗𝑐𝑚 = 𝑚1 ⋅ 𝑎⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑎⃗2 + ⋯ + 𝑚𝑛 ⋅ 𝑎⃗𝑛

Cada termo 𝑚𝑖 ⋅ 𝑎⃗𝑖 do segundo membro da equação representa a força resultante na respectiva
partícula, isto é:

𝑚 ⋅ 𝑎⃗𝑖 = 𝐹⃗𝑖

Portanto:

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𝑀 ⋅ 𝑎⃗𝑐𝑚 = 𝑚1 ⋅ 𝑎⃗1 + 𝑚2 ⋅ 𝑎⃗2 + ⋯ + 𝑚𝑛 ⋅ 𝑣⃗𝑛 ⇒ 𝑀 ⋅ 𝑎⃗𝑐𝑚 = 𝐹⃗1 + 𝐹⃗2 + ⋯ + 𝐹⃗𝑛

Como já vimos, as forças internas ao sistema surgem aos pares, segundo a terceira lei de Newton
entre cada par de partículas. Dessa forma, ao somar vetorialmente as forças internas elas se anulam duas
a duas.

Portanto, ao somar vetorialmente as forças externas ao sistema, temos que:

∑ 𝐹⃗𝑖 = 𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 (𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑠)

𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 (𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑠) = 𝑀𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ⋅ 𝑎⃗𝑐𝑚

Com esse resultado, podemos ver que o centro de massa de um sistema de 𝑛 partículas move-se
como se fosse um único ponto material de massa 𝑀𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑚1 + 𝑚2 + ⋯ + 𝑚𝑛 , por efeito da ação da
resultante das forças externas 𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 (𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑠), de acordo com a segunda lei de Newton.

3.2.6. Trajetória do centro de massa


Aplicando o resultado que acabamos de ver (𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 (𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑠) = 𝑀𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ⋅ 𝑎⃗𝑐𝑚 ) é possível
determinar a trajetória do centro de massa de um sistema de 𝑛 partículas. Embora as partículas do sistema
tenham trajetórias complicadas, o seu centro de massa se comporta como se fosse uma única partícula
que está sujeita a uma resultante das forças externas ao sistema.

Um exemplo clássico é a detonação de uma granada. Vamos supor que uma granada é lançada
horizontalmente, em um local onde 𝑔⃗ é uniforme e a resistência do ar é desprezível. Caso não houvesse
a detonação, a trajetória da granada seria uma parábola para um observado na Terra. Mas, vamos supor
que a granada explode em dois fragmentos idênticos (claramente, uma granada explode em diversos
fragmentos e em todas as direções).

De um modo geral, determinar a trajetória de cada fragmento é muito difícil. Entretanto, o centro
de massa do sistema continuará a descrever uma trajetória parabólica. Isso ocorre porque a única força
externa que atua na granada é a força peso na direção vertical. Então, podemos dizer que:

𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 (𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑠) = 𝑀𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ⋅ 𝑎⃗𝑐𝑚 ⇒ 𝑃⃗⃗ = 𝑀𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ⋅ 𝑎⃗𝑐𝑚 ⇒ 𝑀𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ⋅ 𝑔⃗ = 𝑀𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ⋅ 𝑎⃗𝑐𝑚

∴ 𝑎⃗𝑐𝑚 = 𝑔⃗

Como podemos ver, a aceleração do centro de massa é a própria aceleração da gravidade. Por
isso, devemos ter a seguinte trajetória para a granada, fragmentos e centro de massa:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 69


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Figura 31: Trajetória do centro de massa de uma granada após a explosão.

Note que na explosão da granada surgem forças internas ao sistema que não podem alterar a
trajetória do centro de massa.

3.3. Sistema isolado de forças externas

Se ao somar vetorialmente as forças externas e a resultante destas forças for nula, então dizemos
que o sistema está isolado de forças externas. Em consequência disso, teremos que:

1) A aceleração do centro de massa é nula e a sua velocidade vetorial se mantém constante,


pois:

𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 (𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑠) = 𝑀𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ⋅ 𝑎⃗𝑐𝑚 ⇒ ⃗⃗


0 = 𝑀𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ⋅ 𝑎⃗𝑐𝑚 ⇒ 𝑎⃗𝑐𝑚 = ⃗⃗
0
⃗⃗𝑐𝑚
𝑑𝑣
Como 𝑎⃗𝑐𝑚 = = ⃗0⃗, temos que:
𝑑𝑡

𝑣⃗𝑐𝑚 é constante

2) O centro de massa poderá estar em repouso ou em movimento retilíneo uniforme. Este


resultado vem diretamente da primeira consequência.

3) A quantidade de movimento do sistema se mantém constante, pois pelo teorema do


impulso, temos que:

⃗⃗𝑠𝑖𝑠
𝐼⃗𝐹𝑟𝑒𝑠 (𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑠) = Δ𝑄

Como 𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 (𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑠) = ⃗0⃗, então 𝐼⃗𝐹𝑟𝑒𝑠 (𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑠) = ⃗0⃗. Com isso, temos que:

⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
(𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
= (𝑄
𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠

Além disso, podemos ver a consequência 1 da seguinte forma:

⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
(𝑄 ⃗⃗𝑠𝑖𝑠 )
= (𝑄 ⇒ 𝑀𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ⋅ (𝑣⃗𝑐𝑚 )𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝑀𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ⋅ (𝑣⃗𝑐𝑚 )𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠
𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠

(𝑣⃗𝑐𝑚 )𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = (𝑣⃗𝑐𝑚 )𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠

Ou seja, a velocidade do centro de massa permanece constante.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 70


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Diante disso, podemos enunciar o seguinte teorema da conservação da quantidade de


movimento:

Se o sistema estiver isolado, a quantidade de movimento total dele não varia com o tempo.

Por exemplo, considere duas esferas estão se aproximando com velocidades constantes, em uma
superfície horizontal perfeitamente lisa, como mostra a figura abaixo:

Figura 32: Dois corpos se aproximando e se chocando.

Devido ao fato de não existirem forças externas na direção horizontal, já que não há atrito
(superfície perfeitamente lisa), o impulso da resultante das forças externas é nulo nessa direção. Dessa
forma, podemos afirmar que a velocidade do centro de massa é constante, pois o sistema é isolado. Com
isso, a velocidade do centro de massa não se altera. Uma possível configuração para as velocidades após
a colisão é dada pela figura logo abaixo:

Figura 33: Trajetória do centro de massa antes e depois da colisão. Note que após o choque, a trajetória do centro de massa não se altera.

Note que na direção vertical, existe a força peso e a força de contato da superfície com as esferas.
Assim, o sistema não é isolado na direção vertical, mas todo movimento ocorre na direção horizontal.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 71


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32)
Dois corpos 𝐴 e 𝐵, de massas iguais a 2,0 𝑘𝑔 e 3,0 𝑘𝑔, respectivamente, possuem velocidades de mesmo
módulo, 2,0 𝑚/𝑠 e direções perpendiculares. Qual a velocidade do centro de massa?

Comentários:
De acordo com o enunciado, temos que:
⃗⃗𝑥,𝐴 +𝑚𝐵 ⋅𝑣
𝑚𝐴 ⋅𝑣 ⃗⃗𝑥,𝐵 2,0⋅0 𝑥̂+3,0⋅2,0 𝑥̂
𝑣⃗𝑥,𝑐𝑚 = ⇒ 𝑣⃗𝑥,𝑐𝑚 = ⇒ 𝑣⃗𝑥,𝑐𝑚 = 1,2 𝑥̂ (𝑚/𝑠)
𝑚𝐴 +𝑚𝐵 2,0+3,0
⃗⃗𝑦,𝐴 +𝑚𝐵 ⋅𝑣
𝑚𝐴 ⋅𝑣 ⃗⃗𝑦,𝐵 2,0⋅2,0 𝑦̂+3,0⋅0 𝑦̂
𝑣⃗𝑦,𝑐𝑚 = ⇒ 𝑣⃗𝑦,𝑐𝑚 = ⇒ 𝑣⃗𝑦,𝑐𝑚 = 0,8 𝑦̂ (𝑚/𝑠)
𝑚𝐴 +𝑚𝐵 2,0+3,0

𝑣⃗𝑐𝑚 = 𝑣⃗𝑥,𝑐𝑚 + 𝑣⃗𝑦,𝑐𝑚 ⇒ 𝑣⃗𝑐𝑚 = 1,2 𝑥̂ + 0,8 𝑦̂ (𝑚/𝑠)

A questão poderia trabalhar com quantidade de movimento, o que seria obtido fazendo o produto
das massas com as respectivas velocidades.

33)
Um carioca e um mineiro estão sentados cada um em carrinho de rolimã e cada conjunto (homem e
carrinho) possui massas iguais a 80 𝑘𝑔 e 120 𝑘𝑔, respectivamente. No início, ambos estão parados e a
distância entre eles é de 1,0 m. Tracionando a corda que liga os dois amigos, eles se aproximam
mutuamente. Desprezando quaisquer forças dissipativas.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 72


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a) Descreva o que acontecerá com o centro de massa do sistema (carioca, mineiro, carrinhos e corda).
b) Quanto cada um deles irá percorrer até se encontrarem?

Comentários:
a) O sistema (carioca, mineiro, carrinhos e corda) não está isolado de forças externas, pois há forças
externas na direção vertical. Entretanto, na direção horizontal, não existem forças externas atuando. A
força que cada operador faz na corda é interna ao sistema considerado. Portanto, a quantidade de
movimento do centro de massa permanecerá constante. Como inicialmente os amigos estão em repouso,
então o centro de massa está parado no início e assim permanecerá.

b) Como o centro de massa permanece parado durante todo o movimento deles, então o encontro
ocorrerá no centro de massa. Colocando a origem do eixo 𝑥 no carioca, temos a seguinte posição do
centro de massa:

80⋅0+120⋅1
𝑥𝑐𝑚 = ⇒ 𝑥𝑐𝑚 = 0,6 𝑚
80+120

Portanto, o carioca andará 0,6 metros e o mineiro 0,4 metros.

34)
Considere três corpos 𝐴, 𝐵 e 𝐶, com massas respectivamente iguais a 8,0 𝑘𝑔, 12,0 𝑘𝑔 e 8,0 𝑘𝑔,
inicialmente apoiados sobre uma mesa horizontal perfeitamente lisa. Liga-se 𝐴𝐵 e 𝐵𝐶 por molas de
massas desprezíveis. Em um certo momento, os corpos são abandonados e experimentam as forças iguais
à 20 𝑁 e 30 𝑁 nas molas 𝐴𝐵 e 𝐵𝐶, respectivamente. No momento em que os corpos são soltos, calcule
os módulos das acelerações dos centros de massa dos seguintes sistemas:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 73


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a) 𝐴 + 𝐵.
b) 𝐴 + 𝐵 + 𝐶.

Comentários:
a) Para o sistema 𝐴 + 𝐵, as forças na mola que liga 𝐴𝐵 são internas, apenas a força de 15 N no corpo 𝐵,
devido a outra mola (𝐵𝐶) é externa ao sistema considerado:

Pelo teorema do centro de massa, temos:


(𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 ) ⋅ 𝑎⃗𝑐𝑚 = 𝐹⃗𝑒𝑥𝑡
Em módulos, temos:
(𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 ) ⋅ 𝑎𝑐𝑚 = 𝐹𝑒𝑥𝑡 ⇒ (8,0 + 12,0) ⋅ 𝑎𝑐𝑚 = 30 ⇒ 𝑎𝑐𝑚 = 1,5 𝑚/𝑠 2
b) Para o sistema constituído pelos três corpos, todas as forças serão internas e não há forças externas
atuando no sistema. Portanto, a resultante das forças externas é nula. Logo, a aceleração do centro de
massa desse sistema deve ser nula.

(𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 + 𝑚𝐶 ) ⋅ 𝑎⃗𝑐𝑚 = 𝐹⃗𝑒𝑥𝑡 = ⃗0⃗ ⇒ 𝑎⃗𝑐𝑚 = ⃗0⃗ ⇒ 𝑎𝑐𝑚 = 0

35) (ITA – 2000)

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 74


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Uma lâmina de material muito leve de massa 𝑚 está em repouso sobre uma superfície sem atrito. A
extremidade esquerda da lâmina está a 1 cm de uma parede. Uma formiga considerada como um ponto,
de massa está 5 inicialmente em repouso sobre essa extremidade, como mostra a figura. A seguir, a
formiga caminha para frente muito lentamente, sobre a lâmina. A que distância d da parede estará a
formiga no momento em que a lâmina tocar a parede?

a) 2 cm. b) 3 cm. c) 4cm. d) 5 cm. e) 6 cm.

Comentários:
Novamente, o sistema formiga-lâmina não é isolado, pois existem forças externas (peso e normal
do solo) atuando no sistema. Mas, na direção horizontal, não há atrito e nenhuma outra força externa ao
sistema. Portanto, na direção horizontal, a quantidade de movimento do centro de massa do sistema se
conserva. Como inicialmente o sistema está em repouso, então o centro de massa do sistema
permanecerá parado.
Portanto:
(𝑥𝑐𝑚 )𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = (𝑥𝑐𝑚 )𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠
Se adotarmos a parede como a origem do nosso eixo 𝑥, temos:
𝑚𝑓𝑜𝑟𝑚𝑖𝑔𝑎 ⋅𝑥𝑐1 +𝑚𝑙â𝑚𝑖𝑛𝑎 ⋅𝑥𝑐2 𝑚𝑓𝑜𝑟𝑚𝑖𝑔𝑎 ⋅𝑥′𝑐1 +𝑚𝑙â𝑚𝑖𝑛𝑎 ⋅𝑥′𝑐2
=
𝑚𝑓𝑜𝑟𝑚𝑖𝑔𝑎 +𝑚𝑙â𝑚𝑖𝑛𝑎 𝑚𝑓𝑜𝑟𝑚𝑖𝑔𝑎 +𝑚𝑙â𝑚𝑖𝑛𝑎

Considerando que a lâmina tem comprimento 𝐿 (não foi mencionado no enunciado, mas não será
necessário para resolver a questão), substituindo os valores, temos:
𝑚 𝐿 𝑚 𝐿
⋅1+𝑚⋅( +1) ⋅𝑑+𝑚⋅
5 2 5 2
𝑚 = 𝑚
+𝑚 +𝑚
5 5
1 𝐿 𝑑 𝐿
+ 2 + 1 = 5 + 2 ⇒ 𝑑 = 6 𝑐𝑚
5

36) (ITA – 2002)


Uma rampa rolante pesa 120𝑁 e se encontra inicialmente em repouso, como mostra a figura. Um bloco
que pesa 80 𝑁, também em repouso, é abandonado no ponto 1, deslizando a seguir sobre a rampa. O

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 75


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centro de massa G da rampa tem coordenadas: 𝑥𝐺 = 2𝑏/3 e 𝑦𝐺 = 𝑐/3. São dados ainda: 𝑎 = 15,0 𝑚 e
𝑠𝑒𝑛 𝛼 = 0,6.
Desprezando os possíveis atritos e as dimensões do bloco, pode-se afirmar que a distância percorrida pela
rampa no solo, até o instante em que o bloco atinge o ponto 2, é

A) 16.0 m B) 30.0 m C) 4.8 m D) 24.0 m E) 9.6 m

Comentários:
Novamente, só existem forças externas na vertical, sendo nulas as forças externas na horizontal
agindo no sistema formado por bloco (𝑚𝑏 ) e pela rampa rolante (𝑚𝑟 ).
Portanto, o sistema é isolado na direção horizontal e o deslocamento do centro de massa nessa
direção é nulo, pois inicialmente o sistema está em repouso.
Assim, o deslocamento do centro de massa é nulo:
𝑚𝑏 ⋅Δ𝑥𝑏 +𝑚𝑟 ⋅Δ𝑥𝑟 𝑚
Δ𝑥𝑐𝑚 = = 0 ⇒ Δ𝑥𝑏 = − 𝑚𝑟 ⋅ Δ𝑥𝑟
𝑚𝑏 +𝑚𝑟 𝑏

Quando o bloco estiver saindo pelo ponto 2, a diferença algébrica entre o deslocamento da rampa
e o do bloco é igual ao lado 𝑏, como na figura ao lado:

Portanto:
Δ𝑥𝑟 − Δ𝑥𝑏 = 𝑏 = 𝑎 ⋅ cos 𝛼
Logo:
𝑚𝑟 𝑎⋅cos 𝛼
Δ𝑥𝑟 − Δ𝑥𝑏 = 𝑎 ⋅ cos 𝛼 ⇒ Δ𝑥𝑟 − (− ⋅ Δ𝑥𝑟 ) = 𝑎 ⋅ cos 𝛼 ⇒ Δ𝑥𝑟 = 𝑚
𝑚𝑏 1+ 𝑟
𝑚𝑏

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 76


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Substituindo valores, lembrando que se o 𝑠𝑒𝑛 𝛼 = 0,6, então cos 𝛼 = 0,8 para o 0 < 𝛼 < 90°,
temos:
15⋅0,8
Δ𝑥𝑟 = 120/𝑔 ⇒ Δ𝑥𝑟 = 4,8 𝑚
1+
80/𝑔

3.3.1 Baricentro ou centro de gravidade


Chamamos de centro de gravidade (CG) ou baricentro (G) o ponto no qual aplicamos a resultante
das forças de gravidade que agem em cada partícula do sistema, como mostra a figura abaixo:

Figura 34: Localização do baricentro de um sistema, onde o campo gravitacional é não uniforme.

Quando um sistema está imerso em um campo gravitacional uniforme, o seu centro de massa
(CM) coincidirá com o seu centro de gravidade (CG).

A determinação do centro de gravidade de um corpo, homogêneo ou não, é feita de forma


experimental: coloca-se o corpo suspenso por dois pontos diferentes em duas situações distintas.
Primeiramente, suspendemos o corpo por um ponto A e traçamos uma reta vertical 𝐴𝑋. Repetimos o
processo por um outro ponto 𝐵. Podemos aplicar esse método para um cabide:

Figura 35: Processo para determinação do baricentro de um corpo não homogêneo.

O centro de gravidade CG é a intersecção das retas 𝐴𝑋 e 𝐵𝑌:

Figura 36: Posição do centro de gravidade de um cabide.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 77


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Em suma, podemos dizer que o centro de gravidade de um corpo sólido é aquele pelo qual
podemos suspender um corpo de tal forma que ele permaneça em equilíbrio indiferente.

3.4. Massa reduzida e colisão unidimensional

Para entender o conceito de massa reduzida, vamos tomar dois corpos 𝑚1 e 𝑚2 , viajando na mesma
direção e no mesmo sentido, mas com velocidades 𝑣1 e 𝑣2 , respectivamente.

Figura 37: Corpos viajando ao longo de trajetórias retilíneas.

Vamos encontrar a energia que esse sistema possui, mas de uma forma diferente. Vamos escrever
a energia cinética desse sistema.

1 1
𝐸𝐶 = 𝑚1 𝑣12 + 𝑚2 𝑣22
2 2
Supondo que 𝑣1 seja maior que 𝑣2 , então a velocidade relativa é dada por:

𝑣𝑟 = 𝑣1 − 𝑣2

E a velocidade do centro de massa? Ela é dada pela média ponderada das velocidades, tendo como
peso as massas. Matematicamente:

𝑚1 𝑣1 + 𝑚2 𝑣2
𝑣𝑐𝑚 =
𝑚1 + 𝑚2

Vamos isolar 𝑣1 em função de 𝑣𝑟 e substituir em 𝑣𝑐𝑚 para isolar 𝑣2 :

𝑣1 = 𝑣𝑟 + 𝑣2

Portanto:

(𝑚1 + 𝑚2 ) ⋅ 𝑣𝑐𝑚 = 𝑚1 (𝑣𝑟 + 𝑣2 ) + 𝑚2 𝑣2

(𝑚1 + 𝑚2 )𝑣𝑐𝑚 = 𝑚1 𝑣𝑟 + (𝑚1 + 𝑚2 )𝑣2


𝑚1
𝑣2 = 𝑣𝑐𝑚 − ⋅𝑣
𝑚1 + 𝑚2 𝑟

Substituindo 𝑣2 em 𝑣1 , temos:
𝑚1
𝑣1 = 𝑣𝑟 + 𝑣𝑐𝑚 − ⋅𝑣
𝑚1 + 𝑚2 𝑟
𝑚2
𝑣1 = 𝑣𝑐𝑚 + ⋅𝑣
𝑚1 + 𝑚2 𝑟

Agora, podemos substituir 𝑣1 e 𝑣2 na equação da energia cinética do sistema:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 78


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1 𝑚2 2 1 𝑚1 2
𝐸𝐶 = 𝑚1 (𝑣𝑐𝑚 + ⋅ 𝑣𝑟 ) + 𝑚2 (𝑣𝑐𝑚 − ⋅ 𝑣𝑟 )
2 𝑚1 + 𝑚2 2 𝑚1 + 𝑚2

Expandindo as partes, temos:

1 1 𝑚2 1 𝑚2 2
2
𝐸𝐶 = 𝑚1 𝑣𝑐𝑚 + 2 ⋅ 𝑚1 ( ) 𝑣𝑐𝑚 𝑣𝑟 + 𝑚1 ( ) 𝑣𝑟2 +
2 2 𝑚1 + 𝑚2 2 𝑚1 + 𝑚2

1 1 𝑚1 1 𝑚1 2
2
+ 𝑚2 𝑣𝑐𝑚 − 2 ⋅ 𝑚2 𝑣𝑐𝑚 ( ) 𝑣𝑟 + 𝑚2 ( ) 𝑣𝑟2
2 2 𝑚1 + 𝑚2 2 𝑚1 + 𝑚2

1 2
1 𝑚1 𝑚2
𝐸𝐶 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑣𝑐𝑚 + ( ) (𝑚1 + 𝑚2 )𝑣𝑟2
2 2 (𝑚1 + 𝑚2 )2

1 2
1 𝑚1 𝑚2
𝐸𝐶 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑣𝑐𝑚 + ( ) 𝑣2
2 2 𝑚1 + 𝑚2 𝑟

O termo na frente da velocidade do centro de massa corresponde a massa total do sistema (𝑀 =


𝑚 𝑚
𝑚1 + 𝑚2 ) e o termo na frente da velocidade relativa nós chamamos de massa reduzida (𝜇 = 𝑚 1+𝑚2 ).
1 2
Massa reduzida, pois, sempre que pegamos dois números reais positivos e fazemos produto deles pela
soma, o resultado é um número menor que o menor dos números.

Assim, a energia cinética do sistema é dada por:

1 1
𝐸𝑐 = 𝜇𝑣𝑟2 + 𝑀𝑣𝑐𝑚
2
2 2
𝑚 𝑚
Em que 𝜇 = 𝑚 1+𝑚2 e 𝑀 = 𝑚1 + 𝑚2 . Essa equação traz consequências interessantes. Por exemplo,
1 2
se um sistema é isolado, então a aceleração do centro de massa é nula. Consequentemente, a velocidade
do centro de massa é constante. Então a parcela da energia que corresponde a energia do centro de massa
permanece inalterada.

Exemplo: calcule a perda de energia após a colisão frontal entre duas esferas de massas 𝑚1 e 𝑚2 ,
com velocidades 𝑣1 e 𝑣2 , respectivamente, se aproximando em sentidos opostos. Sabe-se que o
coeficiente de restituição é 𝑒. Considere movimento horizontal das partículas e a superfície perfeitamente
lisa.

Figura 38: Dois corpos se aproximando.

Como a velocidade do centro de massa não se altera, pois, o sistema é isolado na horizontal,
temos:

1 1
𝐸𝐶𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝜇𝑣𝑟 12 + 𝑀𝑣𝑐𝑚
2
2 2
Depois da colisão, temos:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 79


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1 1
𝐸𝐶𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 = 𝜇𝑣𝑟 22 + 𝑀𝑣𝑐𝑚
2
2 2
Fazendo a diferença de energia, temos:

Δ𝐸 = 𝐸𝑐𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 − 𝐸𝑐𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠

1 1 1 1
Δ𝐸 = 𝜇𝑣𝑟 12 + 𝑀𝑣𝑐𝑚
2
− [ 𝜇𝑣𝑟 22 + 𝑀𝑣𝑐𝑚
2
]
2 2 2 2
1
Δ𝐸 = 𝜇(𝑣𝑟21 − 𝑣𝑟22 )
2
𝑚 𝑚
Em que 𝜇 = 𝑚 1+𝑚2 . Pela definição de coeficiente de restituição, temos:
1 2

𝑣𝑟2
𝑒=
𝑣𝑟1

𝑣𝑟2 = 𝑒 ⋅ 𝑣𝑟1

Substituindo na equação de energia, temos:

1
Δ𝐸 = 𝜇(𝑣𝑟21 − 𝑒 2 𝑣𝑟21 )
2
1
Δ𝐸 = 𝜇𝑣𝑟 12 (1 − 𝑒 2 )
2

1 𝑚1 𝑚2
Δ𝐸 = ( ) ⋅ (𝑣1 + 𝑣2 )2 (1 − 𝑒 2 )
2 𝑚1 + 𝑚2

Note que se 𝑒 = 1, Δ𝐸 = 0, como já esperávamos da teoria, pois 𝑒 = 1 é uma colisão


perfeitamente elástica, onde temos conservação da energia cinética. Por outro lado, se 𝑒 = 0, então nós
temos a máxima perda de energia cinética e ela é dada por:

1 𝑚1 𝑚2
Δ𝐸 = ( ) ⋅ (𝑣1 + 𝑣2 )2
2 𝑚1 + 𝑚2

3.5. Massa continuamente variável e propulsão de foguetes

Até aqui, você viu que é muito importante para a resolução de um problema físico definir qual é o
seu sistema em questão. Um exemplo clássico de sistema que possui massa variável é o foguete. Neste
caso, definimos o sistema como o foguete mais todo o combustível que ainda não foi queimado. Note que
o sistema está diminuindo a sua massa, à medida que o combustível é queimado e o gás é lançado para
trás.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 80


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Para isto, precisamos desenvolver uma versão da segunda lei de Newton para sistema com massa
continuamente variável.

Considere um fluxo contínuo de matéria movendo-se com velocidade 𝑢 ⃗⃗ e chocando-se com um


objeto de massa 𝑀 que se move com velocidade 𝑣⃗, como mostra a figura abaixo:

Figura 39: Partículas de um fluxo contínuo, com velocidade ⃗u⃗, sofrem colisões perfeitamente inelásticas com um corpo de massa M que
possui velocidade v⃗⃗. Nesse sistema, existe uma força externa resultante ⃗F⃗ext res atuando sobre o corpo. A figura ilustra dois momentos do
sistema: t e t + Δt.

Quando estas partículas se chocam, elas se fixam ao objeto e aumentam a sua massa de Δ𝑀
durante o intervalo de tempo Δ𝑡. Note que durante o tempo Δ𝑡, a velocidade 𝑣⃗ é acrescida de Δ𝑣⃗.
Aplicando o teorema do impulso e quantidade de movimento a este sistema, temos:

⃗⃗ = 𝑄
𝐹⃗𝑒𝑥𝑡 𝑟𝑒𝑠 ⋅ Δ𝑡 = Δ𝑄 ⃗⃗𝑓 − 𝑄
⃗⃗𝑖 = [(𝑀 + Δ𝑚)(𝑣⃗ + Δ𝑣⃗)] − [𝑀 ⋅ 𝑣⃗ + Δ𝑀 ⋅ 𝑢
⃗⃗]

Rearranjando a equação, vem:

𝐹⃗𝑒𝑥𝑡 𝑟𝑒𝑠 ⋅ Δ𝑡 = 𝑀 ⋅ Δ𝑣⃗ + Δ𝑀(𝑣⃗ − 𝑢


⃗⃗) + Δ𝑀 ⋅ Δ𝑣⃗

Δ𝑣⃗ Δ𝑀 Δ𝑀
𝐹⃗𝑒𝑥𝑡 𝑟𝑒𝑠 = 𝑀 ⋅ + (𝑣⃗ − 𝑢
⃗⃗) + ⋅ Δ𝑣⃗
Δ𝑡 Δ𝑡 Δ𝑡

Se fizermos o limite Δ𝑡 → 0, que é o mesmo que fazer Δ𝑀 → 0 ou Δ𝑣⃗ → 0, temos:

𝑑𝑣⃗ 𝑑𝑀 𝑑𝑀
𝐹⃗𝑒𝑥𝑡 𝑟𝑒𝑠 = 𝑀 ⋅ − (𝑣⃗ − 𝑢
⃗⃗) + ⋅ (0)
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
Portanto:

𝑑𝑀 𝑑𝑣⃗
𝐹⃗𝑒𝑥𝑡 𝑟𝑒𝑠 + ⋅ 𝑣⃗𝑟𝑒𝑙 = 𝑀 ⋅
𝑑𝑡 𝑑𝑡

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 81


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Em que 𝑣⃗𝑟𝑒𝑙 = 𝑢
⃗⃗ − 𝑣⃗ é a velocidade, em relação ao objeto, do material lançado contra ele. Note
que a equação que desenvolvemos é igual à segunda lei de Newton para um sistema de partículas com
𝑑𝑀
massa constante, exceto pelo termo 𝑑𝑡 ⋅ 𝑣⃗𝑟𝑒𝑙 . Caso a massa não há variação da massa, temos
rigorosamente a segunda lei como já conhecíamos.

37) Corda caindo


Uma corda uniforme de massa 𝑀 e comprimento 𝐿 está suspensa por uma das extremidades e a outra
extremidade apenas tocando a superfície do prato de uma balança. Em um dado instante, a corda é solta
e começa a cair. Qual a força que a corda exerce sobre o prato da balança, quando a extremidade mais A
atinge metade da altura inicial.

Comentários:
No sistema constituído pelo prato da balança e pela parte da corda que já está no prato, existem
duas forças externas sobre este sistema: a força da gravidade e a força normal exercida pela balança sobre
o prato. Vamos aplicar a segunda lei de Newton para nosso sistema:
𝑑𝑚 𝑑𝑣𝑦
𝐹𝑒𝑥𝑡 𝑟𝑒𝑠 𝑦 + ⋅ 𝑣𝑟𝑒𝑙 𝑦 = 𝑚 ⋅
𝑑𝑡 𝑑𝑡

Quando a corda chega ao prato, ela para. Portanto, a velocidade do sistema permanece zero e,
𝑑𝑣𝑦
assim, = 0. Então:
𝑑𝑡
𝑑𝑚
𝐹𝑛 − 𝑚𝑔 + ⋅ 𝑣𝑟𝑒𝑙 𝑦 = 0
𝑑𝑡

Como a corda é uniforme, sua densidade linear de massa é constante. Logo:


𝑑𝑚 𝑀
𝜇= =
𝑑𝑙 𝐿
𝑑𝑚 𝑀 𝑑𝑚
Se 𝑑𝑙
= 𝐿 , então podemos escrever 𝑑𝑡
da seguinte forma:
𝑑𝑚 𝑀 𝑑𝑙
= ⋅ 𝑑𝑡
𝑑𝑡 𝐿

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 82


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Assim, a rapidez de impacto do segmento é de 𝑑𝑙/𝑑𝑡. Como nosso eixo está orientado para cima
e a corda está caindo, então 𝑣𝑟𝑒𝑙 𝑦 = −𝑑𝑙/𝑑𝑡. Portanto:
𝑑𝑚 𝑀
= − 𝐿 ⋅ 𝑣𝑟𝑒𝑙 𝑦
𝑑𝑡

Substituindo na equação da força normal, temos:


𝑀 2
𝐹𝑛 = 𝑚 ⋅ 𝑔 + ⋅ 𝑣𝑟𝑒𝑙 𝑦
𝐿

Cada ponto da corda cai com a aceleração de queda livre 𝑔⃗. Aplicando a equação de Torricelli para
um pedaço qualquer de corda, temos que:
2 2 2
𝑣𝑟𝑒𝑙 𝑦 = 𝑣𝑟𝑒𝑙 𝑦0 + 2 ⋅ 𝑎𝑦 ⋅ Δ𝑦 ⇒ 𝑣𝑟𝑒𝑙 𝑦 = 2 ⋅ 𝑎𝑦 ⋅ Δ𝑦

Na condição desejada, isto é, Δ𝑦 = −𝐿/2, temos:


2 𝐿
𝑣𝑟𝑒𝑙 𝑦 = 2 ⋅ (−𝑔) ⋅ (− 2) = 𝑔𝐿

Quando metade da corda estiver sobre a prato, a massa do sistema prato mais corda será dada
por:
𝑀
𝑚 = 𝑚𝑝𝑟𝑎𝑡𝑜 + 𝑚𝑐𝑜𝑟𝑑𝑎 = 𝑚𝑝𝑟𝑎𝑡𝑜 + 2

Portanto:
𝑀 2 𝑀 𝑀
𝐹𝑛 = 𝑚 ⋅ 𝑔 + ⋅ 𝑣𝑟𝑒𝑙 𝑦 = (𝑚𝑝𝑟𝑎𝑡𝑜 + 2 ) ⋅ 𝑔 + ⋅ (𝑔 ⋅ 𝐿)
𝐿 𝐿
3
𝐹𝑛 = 𝑚𝑝𝑟𝑎𝑡𝑜 ⋅ 𝑔 + 2 ⋅ 𝑀 ⋅ 𝑔
A força normal da balança sobre o prato é composta da força peso do prato e da força exercida
pela corda sobre o prato:
𝐹𝑛 = 𝑚𝑝𝑟𝑎𝑡𝑜 ⋅ 𝑔 + 𝐹𝑐𝑜𝑟𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑜 𝑝𝑟𝑎𝑡𝑜
𝐹𝑐𝑜𝑟𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑜 𝑝𝑟𝑎𝑡𝑜 = 𝐹𝑛 − 𝑚𝑝𝑟𝑎𝑡𝑜 ⋅ 𝑔
3
𝐹𝑐𝑜𝑟𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑜 𝑝𝑟𝑎𝑡𝑜 = ⋅𝑀⋅𝑔
2

4. Lista de questões nível 1


(2ª fase OBF – 2005)
Os movimentos, em uma linha reta, de dois corpos A e B são descritos pelo gráfico a seguir, que
relaciona as quantidades de movimento com o tempo. Qual a intensidade média da força de
interação que o corpo A exerceu sobre o corpo B?

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 83


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(3ª fase OBF – 2005)


Uma bala, de massa 10 𝑔, atinge e se encrava em um bloco de chumbo de massa igual a 990 𝑔 que
se encontra em repouso sobre uma superfície sem atrito. Após a penetração da bala no bloco, este
se move com velocidade constante igual a 2 𝑚/𝑠. Qual era a velocidade da bala antes de penetrar
no bloco?

(2ª fase OBF – 2006)


A figura mostra a mão de um jardineiro segurando o bico de uma "mangueira" de regar jardins e o
jato de água da mesma batendo em uma parede e sendo espalhado perpendicularmente ao bico da
mangueira. Supondo o escoamento igual a 1,0 𝑘𝑔 de água por segundo, a velocidade da água no
interior da mangueira 𝑣𝐸 igual a 0,25 𝑚/𝑠 e a velocidade da água ao sair pelo bico vs igual a 2,0 𝑚/𝑠,
pede-se determinar:
a) o valor da força horizontal que o jardineiro exerce para equilibrar a força associada à mudança
de velocidade da água no bico da "mangueira";
b) o valor da força de reação exercida pela parede contra o jato de água.

(2ª fase OBF – 2006)


Uma bola de chumbo de massa 𝑚𝐵 igual a 5 𝑘𝑔 é lançada com uma velocidade 𝑣𝐵 que faz com que
ela caia e fique imobilizada dentro de um carrinho, conforme mostrado no desenho. O carrinho tem
massa 𝑚𝑐 igual a 10 𝑘𝑔 e se move com velocidade constante 𝑣𝑐 = 5 𝑚/𝑠.
De posse desses dados:
a) calcule o valor da velocidade 𝑣𝐵 com que a bola colide com o carrinho;
b) calcule a velocidade 𝑣 com que o carrinho se movimentará após ter recebido a bola de chumbo.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 84


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(2ª fase OBF – 2007)


Um garoto de massa m está num pequeno barco, de massa 𝑀, que se encontra em repouso em um
lago de águas paradas. Em um determinado momento ele anda com velocidade 𝑣 de um extremo
do barco ao outro. Desprezando os efeitos dissipativos.
a) Qual será a velocidade do barco em relação à margem?
b) Se o barco fosse transformado num navio, qual seria a velocidade do navio?

(3ª fase OBF – 2007)


Uma partícula de massa 𝑚 = 0,5 𝑘𝑔 tem velocidade inicial horizontal de 6 𝑚/𝑠. Ao receber um
impulso de uma força 𝐹 constante, modifica sua velocidade para 8 𝑚/𝑠, em direção ’ perpendicular
à inidal, num intervalo de tempo Δ𝑡 = 0,1 𝑠.
a) Qual a intensidade do impulso da força 𝐹?
b) Qual a intensidade da força 𝐹?

(2ª fase OBF – 2008)


Um projétil é disparado por um canhão e. no ponto mais alto de sua trajetória, a uma distância
horizontal de 100 m do canhão, explode, dividindo-se em dois pedaços iguais. Um dos fragmentos
é lançado horizontalmente para trás com velocidade de mesmo módulo que possuía o projétil
imediatamente antes de explodir. Considerando desprezível a resistência do ar. a que distância
entre si cairão no solo os dois fragmentos?

(3ª fase OBF – 2009)


A figura 2 representa a força que uma partícula sofre durante um pequeno intervalo de tempo.
Calcule o impulso que a partícula sofreu.

(2ª fase OBF – 2010)


Dois blocos são posicionados sobre uma superfície horizontal e sem atrito e conectados por uma
mola que é comprimida. Imediatamente após a liberação dos blocos, o bloco de massa 1,8 𝑘𝑔

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 85


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adquire uma velocidade de 2,0 𝑚/𝑠. Determine a velocidade do bloco de 1,2 𝑘𝑔 imediatamente
após a liberação da mola.

(2ª fase OBF – 2014)


Uma bola de futebol de 450 𝑔 está se movendo a 2,0 𝑚/𝑠 quando um jogador a chuta com uma
força constante de 45,0 𝑁 na mesma direção de seu movimento. Por quanto tempo o pé do jogador
ficará em contato com a bola para aumentar sua velocidade para 4,0 𝑚/𝑠?

(AFA – 2018)
Um corpo M de dimensões desprezíveis e massa 10 kg movimentando-se em uma dimensão,
⃗⃗ , vai sucessivamente colidindo inelasticamente com N partículas m,
inicialmente com velocidade 𝑉
todas de mesma massa 1 kg, e com velocidades de módulo 𝑣 = 20 𝑚/𝑠, que também se
movimentam em uma dimensão de acordo com a Figura 1, a seguir.

O gráfico que representa a velocidade final do conjunto 𝑉𝑓 após cada colisão em função do número
de partículas N é apresentado na Figura 2, a seguir.

Desconsiderando as forças de atrito e a resistência do ar sobre o corpo e as partículas, a colisão de


ordem 𝑁0 na qual a velocidade do corpo resultante (corpo 𝑀 + 𝑁0 partículas m) se anula, é,
𝑎) 25 𝑏) 50 𝑐) 100 𝑑) 200
(AFA – 2012)
De acordo com a figura abaixo, a partícula 𝐴, ao ser abandonada de uma altura 𝐻, desce a rampa
sem atritos ou resistência do ar até sofrer uma colisão, perfeitamente elástica, com a partícula 𝐵
que possui o dobro da massa de 𝐴 e que se encontra inicialmente em repouso. Após essa colisão, 𝐵
entra em movimento e 𝐴 retorna, subindo a rampa e atingindo uma altura igual a

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 86


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𝐻 𝐻 𝐻
a)𝐻 b) 2 c) 3 d) 9

(AFA – 2011)
Analise as afirmativas abaixo sobre impulso e quantidade de movimento.
I - Considere dois corpos 𝐴 𝑒 𝐵 deslocando-se com quantidades de movimento constantes e iguais.
Se a massa de 𝐴 for o dobro de 𝐵, então, o módulo da velocidade de 𝐴 será metade do de 𝐵.
II - A força de atrito sempre exerce impulso sobre os corpos em que atua.
III - A quantidade de movimento de uma luminária fixa no teto de um trem é nula para um
passageiro, que permanece em seu lugar durante todo o trajeto, mas não o é para uma pessoa na
plataforma que vê o trem passar.
IV - Se um jovem que está afundando na areia movediça de um pântano puxar seus cabelos para
cima, ele se salvará.
São corretas:
a) apenas I e III. b) apenas I, II e III.
c) apenas III e IV. d) todas as afirmativas.

(AFA – 2010)
O bloco da Figura 1 entra em movimento sob ação de uma força resultante de módulo 𝐹 que pode
atuar de três formas diferentes, conforme os diagramas da Figura 2.

Com relação aos módulos das velocidades 𝑣1 , 𝑣2 e 𝑣3 atingidas pelo bloco no instante 𝑡 = 2 𝑠, nas
três situações descritas, pode-se afirmar que
a) 𝑣1 > 𝑣2 > 𝑣3 b) 𝑣2 > 𝑣3 > 𝑣1
c) 𝑣3 < 𝑣1 < 𝑣2 d) 𝑣2 < 𝑣3 < 𝑣1
(AFA – 2007)

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 87


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Três esferas idênticas estão suspensas por fios ideais conforme a figura. Se a esfera 𝐴 for deslocada
da posição inicial e solta, ela atingirá uma velocidade 𝑣 e colidirá frontalmente com as outras duas
esferas estacionadas. Considerando o choque entre as esferas perfeitamente elástico, pode-se
afirmar que as velocidades 𝑣𝐴 , 𝑣𝐵 e 𝑣𝐶 de 𝐴, 𝐵 e 𝐶, imediatamente após as colisões, serão

a) 𝑣𝐴 = 𝑣𝐵 = 𝑣𝐶 = 𝑣 b) 𝑣𝐴 = 𝑣𝐵 = 0 𝑒 𝑣𝐶 = 𝑣
𝑣 𝑣
c) 𝑣𝐴 = 0 𝑣𝐵 = 𝑣𝐶 = d) 𝑣𝐴 = 𝑣𝐵 = 𝑣𝐶 =
2 3

(AFA – 2006)
Uma partícula de massa m é lançada obliquamente com velocidade v0 próxima à superfície
terrestre, conforme indica a figura abaixo. A quantidade de movimento adquirida pela partícula no
ponto Q, de altura máxima, é

v0 2
a) 𝑚𝑣0 b) 𝑚√v0 2 − 2gh c) 𝑚√2gh d) 𝑚√ − gh
2

(AFA – 2005)
Um atirador utiliza alvos móveis. Em um treinamento, deixa cair um bloco de massa M, a partir de
uma altura h. Ao final do primeiro segundo de queda, o bloco é atingido horizontalmente por uma
bala de massa m e velocidade v. A bala se aloja no bloco e observa-se um desvio horizontal x na sua
trajetória em relação ao ponto que tocaria o chão, caso não houvesse acontecido a colisão. O valor
de x é dado por
2h 1 m 2h 1 m
a) ( g )2 ((M+m))v b) (( g )2 − 1) ((M+m))v
2h 1 (M+m) 2h 1
c) (( g )2 − 1) ( )v d) ( g )2 (M + m)v
m

(AFA – 2005)
Um lavador de carros segura uma mangueira do modo que aparece na figura abaixo:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 88


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Qual a força necessária para manter o bico da mangueira estacionário na horizontal, sabendo que a
vazão da água é de 0,60 kg/s, com a velocidade de saída na mangueira de 25 m/s?
a) 15,0 N b) 10,0 N c) 20,0 N d) 5,0 N

(AFA – 2004)
Um foguete cuja massa vale 6 toneladas é colocado em posição vertical para lançamento. Se a
velocidade de escape dos gases vale 1 𝑘𝑚/𝑠, a quantidade de gases expelida por segundo, a fim de
proporcionar o empuxo necessário para dar ao foguete uma aceleração inicial para cima igual a
20 𝑚/𝑠 2 é
a) 180 kg b) 120 kg c) 100 kg d) 80 kg

(AFA – 2004)
Num circo, um homem-bala, de massa 60 kg, é disparado por um canhão com a velocidade de 25
m/s, sob um ângulo de 370 com a horizontal. Sua parceira, cuja massa é 40 kg, está numa plataforma
localizada no topo da trajetória. Ao passar pela plataforma, o homem-bala e a parceira se reúnem
e vão cair numa rede de segurança, na mesma altura que o canhão. Veja figura abaixo. Desprezando
a resistência do ar e considerando sen 37o = 0,6 e cos 37𝑜 = 0,8, pode-se afirmar que o alcance
A atingido pelo homem é

a) 60 m b) 48 m c) 36 m d) 24 m

(AFA – 2004)
Um aquário, com um peixe, está equilibrado no prato de uma balança. Num certo instante, o peixe
nada em direção à superfície. É correto afirmar que
a) a leitura da balança aumenta.
b) a leitura da balança diminui.
c) não há alteração na leitura da balança.
d) o enunciado é inconclusivo

(AFA – 2003)
Dois carrinhos 𝐴 e 𝐵, de massa 2 kg cada, movem-se sobre trilhos retilíneos horizontais e sem atrito.
Eles se chocam e passam a se mover grudados. O gráfico representa a posição de cada carrinho em
função do tempo, até o instante da colisão.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 89


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A energia dissipada com o choque, em joules, é igual a


a) 8. b) 32. c) 0. d) 40.

(AFA – 2003)
Um projétil de chumbo (𝑐 = 120 𝐽/𝑘𝑔. ℃) se movimenta horizontalmente com velocidade de 100
m/s e colide com uma parede ficando nela alojado. Durante o choque, 60% da energia cinética se
transforma em calor e 80% desse calor é absorvido pelo projétil. A temperatura correspondente ao
ponto de fusão do chumbo é 327 ℃ e o projétil se encontra inicialmente à temperatura de 25 ℃.
Nessas condições, pode-se afirmar que o projétil
a) se funde, pois o calor que ele absorve é mais que o necessário para ele atingir 327 ℃.
b) não se funde, pois sua temperatura não varia.
c) não se funde, mas sua temperatura atinge 327 ℃.
d) não se funde, pois sua temperatura aumenta apenas 20 ℃.

(AFA – 2002)
Uma bola abandonada de uma altura 𝐻, no vácuo, chega ao solo e atinge, agora, altura máxima ℎ.
A razão entre a velocidade com que a bola chega ao solo e aquela com que ela deixa o solo é
1 3
𝐻 2 𝐻 𝐻 2 𝐻 2
a) (ℎ ) b) ℎ c) (ℎ ) d) ( ℎ )

(AFA – 2002)
Uma partícula de massa 𝑚 e velocidade 𝑣, colide com outra de massa 3m inicialmente em repouso.
Após a colisão elas permanecem juntas, movendo-se com velocidade 𝑉. Então, pode-se afirmar que
a) V = v. b) 2V = v. c) 3V = v. d) 4V = v.

(AFA – 2002)
O motor de um avião a jato que se desloca a 900 km/h, expele por segundo 200 kg de gases
provenientes da combustão. Sabendo-se que estes produtos da combustão são expelidos pela
retarguarda, com velocidade de 1800 km/h em relação ao avião, pode-se afirmar que a potência
liberada pelo motor vale
a) 1,00.105 W. b) 2,50.107 W. c) 3,70.107 W. d) 3,24.1O8 W.
(AFA – 2000)
Assinale a alternativa correta.
a) As forças de ação e reação são duas forças sempre iguais.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 90


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b) O peso de um corpo é uma grandeza física que é igual a intensidade da força de reação do apoio.
c) A condição necessária e suficiente para um corpo permanecer em repouso é que a somatória de
forças sobre ele seja zero.
d) Um canhão dispara um projétil para a direita e sofre um recuo para a esquerda. A variação da
quantidade de movimento do sistema é nula.

(AFA – 2000)
Um automóvel com o motorista e um passageiro move-se em movimento retilíneo uniforme.
Repentinamente, o motorista faz uma curva para a esquerda, e o passageiro é deslocado para a
direita.
O fato relatado pode ser explicado pelo princípio da
a) inércia.
b) ação e reação.
c) conservação da energia.
d) conservação do momento angular.

(AFA – 2000)
Uma bola de borracha é lançada verticalmente para baixo com energia cinética 𝐾1 , a partir de uma
altura h. Após colidir elasticamente com o solo, a bola desloca-se para cima atingindo um ponto cuja
altura é 25% maior que a da posição inicial. Considere 𝐾2 a energia cinética da bola imediatamente
antes de chocar-se com o solo e calcule a razão 𝐾1 /𝐾2 . Despreze a resistência do ar.
a) 0,25 b) 0,20 c) 0,75 d) 1,25

(AFA – 2000)
Dois carrinhos A e B de massas 𝑚𝐴 = 8 𝑘𝑔 e 𝑚𝐵 = 12 𝑘𝑔 movem-se com velocidade 𝑣0 = 9 m/s,
ligados por um fio ideal, conforme a figura. Entre eles existe uma mola comprimida, de massa
desprezível. Num dado instante, o fio se rompe e o carrinho A é impulsionado para a frente (sentido
positivo do eixo 𝑥), ficando com velocidade de 30 m/s. A energia potencial inicialmente armazenada
na mola, em joules, era de

a) 2570 b) 2640 c) 2940 d) 3750

(AFA – 2000)
Duas esferas A e B, de massas respectivamente iguais a 4 kg e 2 kg, percorrem a mesma trajetória
retilínea, apoiadas num plano horizontal, com velocidades de 10 m/s e 8 m/s, respectivamente,
conforme a figura. Após a ocorrência de um choque frontal entre elas, as esferas movem-se
separadamente e a energia dissipada na colisão vale 162 J. Os módulos das velocidades de A e de B,
após a colisão, em m/s, valem, respectivamente,

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 91


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a) 8 e 6 b) 2 e 7 c) 1 e 8 d) 1 e 10

(AFA – 1999)
Uma série de n projéteis, de 10 gramas cada um, é disparada com velocidade v = 503 m/s sobre
um bloco amortecedor, de massa M = 15 kg, que os absorve integralmente. Imediatamente após,
o bloco desliza sobre um plano horizontal com velocidade V = 3 m/s. Qual o valor de n?
a) 4 b) 6 c) 7 d) 9

(AFA – 1999)
Um pósitron é uma micropartícula que possui massa de repouso igual à do elétron e carga idêntica,
mas positiva. Suponha, por hipótese, que durante a atração entre um pósitron e um elétron a
velocidade das partículas é da ordem de 36000 km/h e obedece às leis clássicas. Considerando a
massa do elétron e do pósitron igual a 9 ⋅ 10−31 kg, podemos afirmar que a quantidade de
movimento do sistema imediatamente antes da recombinação, é
a) zero b) 9x10−27 kgm/s
c) 18x10−27 kgm/s d) 35x10−27 kgm/s

(EN – 2018)
Analise as afirmativas abaixo, que se referem às grandezas impulso e quantidade de movimento.
I- Se uma partícula está submetida a uma força resultante constante, a direção da quantidade de
movimento da partícula pode mudar.
II- Se uma partícula está se movendo em círculo com módulo da velocidade constante 𝑣, a
intensidade da taxa de variação da quantidade de movimento no tempo é proporcional a 𝑣 2 .
III- Com o gráfico do módulo da força resultante que atua sobre uma partícula em função da posição
𝑥, pode-se obter o módulo do impulso sobre a partícula, calculando-se a área entre a curva e o eixo
𝑥.
∆J⃗
IV- Se ⃗J representa o impulso de uma determinada força, então ∆𝑡 representa a variação da força.
Assinale a opção correta.
a) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.
b) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras.
c) Apenas as afirmativas III e IV são verdadeiras.
d) Apenas as afirmativas I, II e IV são verdadeiras.
e) Apenas as afirmativas II, III e IV são verdadeiras.

(EN – 2012)
Um bloco A, de massa mA = 1,0 kg, colide frontalmente com outro bloco, B, de massa mB =
3,0 kg, que se encontrava inicialmente em repouso. Para que os blocos sigam grudados com
velocidade 2,0 m/s, a energia total dissipada durante a colisão, em joules, deve ser

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 92


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a) 24 b) 32 c) 36 d) 48 e) 64

(EN – 2011)
A esfera de massa mo tem o módulo da sua velocidade reduzida a
zero na colisão frontal e inelástica (ou parcialmente elástica) com a
esfera de massa m = 2mo . Por sua vez, a esfera de massa m
encontra-se inicialmente em repouso na posição A, suspensa por um
fio inextensível e de massa desprezível. Após a colisão, percorre a
trajetória circular ABCD de raio igual ao comprimento L do fio.
Despreze o atrito no pivô O e a resistência do ar. Para que a esfera de
massa m percorra a trajetória circular, o valor mínimo do módulo da
velocidade ⃗⃗⃗⃗⃗
V0 , antes da colisão, é Dado: g é a aceleração da
gravidade.
a) √gL b) √5gL c) √10gL d) 2 √5gL e) 2√10gL

(EN – 2010)
Fixada ao bloco 1, a mola ideal de constante elástica K exerce sobre este uma força Fx responsável
por acelerá-lo do repouso (x = − A) até o choque perfeitamente elástico com o bloco 2, em
repouso. O choque ocorre em x = 0, coordenada na qual Fx se anula. Imediatamente após a
colisão, os blocos se afastam com velocidades iguais em módulo e o sistema mola-bloco 1 inicia um
movimento harmônico simples com amplitude de oscilação igual a A/2. Despreze os atritos. A razão
entre as massas m1 /m2 dos blocos vale

a) 1/ 3 b) 2/ 3 c) 1 d) 3/ 2 e) 3

(EN – 2009)
O centro de massa de um sistema de duas partículas se desloca no espaço com uma aceleração
constante a⃗⃗ = 4,0Î + 3,0ĵ (m/ s2 ). Num dado instante t, o centro de massa desse sistema está
sobre a reta y=5,0m com uma velocidade ⃗V⃗ = 4,0î (m/ s) , sendo que uma das partículas está sobre
a origem e a outra, que possui massa de 1,5kg, encontra-se na posição r⃗ = 3,0î + 8,0ĵ (m) . Quanto
valem, respectivamente, o módulo da quantidade de movimento do sistema no instante t, e o
módulo da resultante das forças externas que atuam no sistema?
A) 7, 6 kgm/ s e 10N B) 7, 6 kgm/ s e 12N C) 9, 6 kgm/ s e 20N
D) 9, 6 kgm/ s e 12N E) 11, 6 kgm/ s e 10N

(EN – 2013)
Uma granada, que estava inicialmente com velocidade nula, explode, partindo-se em três pedaços.
O primeiro pedaço, de massa M1 = 0,20 kg, é projetado com uma velocidade de módulo igual a
10 m/s. O segundo pedaço, de massa M2 = 0,10 kg, é projetado em uma direção perpendicular à
direção do primeiro pedaço, com uma velocidade de módulo igual a 15 m/s. Sabendo-se que o
módulo da velocidade do terceiro pedaço é igual a 5,0 m/s, a massa da granada, em kg, vale

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 93


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a) 0,30 b) 0,60 c) 0,80 d) 1,0 e) 1,2

(EFOMM – 2020)
Um jogador de futebol cobra uma falta frontal e acerta o canto superior esquerdo da baliza,
marcando o gol do título. Suponha que a bola, com massa de 400 g, tenha seguido uma trajetória
parabólica e levado 1,0 s para atingir a meta. Se a falta foi cobrada a 20 m de distância da linha de
fundo e a bola atingiu o gol à altura de 2,0 m, qual é o vetor força média que o jogador imprimiu à
bola durante o chute? Considere que o tempo de interação entre o pé do jogador e a bola foi de 0,1
s e que não há resistência do ar. Considere ainda g = 10 m/s2 e os vetores unitários î e ĵ ao longo
das direções horizontal e vertical, respectivamente.
a) 20,0 N î - 7,0 N ĵ b) 80,0 N î - 12,0 N ĵ c) 40,0 N î + 14,0 N ĵ
d) 8,0 N î + 2,8 N ĵ e) 80,0 N î + 28,0 N ĵ

(EFOMM – 2019)
Na figura (a) é apresentada uma mola de constante K, que tem presa em sua extremidade um bloco
de massa M. Esse sistema oscila em uma superfície lisa sem atrito com amplitude A, e a mola se
encontra relaxada no ponto 0. Em um certo instante, quando a massa M se encontra na posição A,
um bloco de massa m e velocidade v se choca com ela, permanecendo grudadas (figura (b)).
Determine a nova amplitude de oscilação A’ do sistema massa-mola.

m 2 v2 mv2 (M+m)v2
a) A’ = √(m+M)K + A2 b) A’ = √ + A2 c) A’ = √ + A2
K K

(M+m)
d) A’ = √ v e) A’ = A
K

(EFOMM – 2019)
Duas pessoas - A e B - de massas mA e mB, estão sobre uma jangada de massa M, em um lago.
Inicialmente, todos esses três elementos (jangada e pessoas) estão em repouso em relação à água.
Suponha um plano coordenado XY paralelo à superfície do lago e considere que, em determinado
momento, A e B passam a se deslocar com velocidades (em relação à água) de módulos VA e VB,
nas direções, respectivamente, dos eixos perpendiculares x e y daquele plano coordenado. A
velocidade relativa entre a pessoa A e a jangada tem módulo:
1 1
A) M √(mA VA )2 + (mB VB )2 B) M √(mA + M)2 VA2 + (mB VB )2
1 1
C) M+ m √(mA VA )2 + (mB VB )2 D) M+ m √(mA VA )2 + (mB VB )2
A A
mA
E) M(m √(mA VA )2 + (mB VB )2
A + mB )

(EFOMM – 2017)
Dois móveis P e T com massas de 15,0 kg e 13,0 kg, respectivamente, movem-se em sentidos opostos
com velocidades VP = 5,0 m/s e VT = 3,0 m/s, até sofrerem uma colisão unidimensional,

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 94


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parcialmente elástica de coeficiente de restituição e = 3/4. Determine a intensidade de suas


velocidades após o choque.
a) VT = 5 m/s e VP = 3,0 m/s
b) VT = 4,5 m/s e VP = 1,5 m/s
c) VT = 3,0 m/s e VP = 1,5 m/s
d) VT = 1,5 m/s e VP = 4,5 m/s
e) VT = 1,5 m/s e VP = 3,0 m/s

(EFOMM – 2016)
Uma balsa de 2,00 toneladas de massa, inicialmente em repouso, transporta os carros A e B, de
massas 800 kg e 900 kg, respectivamente. Partindo do repouso e distantes 200 m inicialmente, os
carros aceleram, um em direção ao outro, até alcançarem uma velocidade constante de 20,0 m/s
em relação à balsa. Se as acelerações são aA = 7,00 m/s2 e aB = 5,00 m/s2, relativamente à balsa, a
velocidade da balsa em relação ao meio líquido, em m/s, imediatamente antes dos veículos
colidirem, é de

a) zero b) 0,540 c) 0,980 d) 2,35 e) 2,80

(EFOMM – 2015)
Uma partícula viaja com velocidade constante de módulo v no sentido positivo do eixo x, enquanto
outra partícula idêntica viaja com velocidade constante de módulo 2v no sentido positivo do eixo y.
Ao passarem pela origem, as partículas colidem e passam a mover-se juntas, como uma única
partícula composta. Sobre o módulo da velocidade da partícula composta e o ângulo que ela faz
com o eixo x, pode-se afirmar que são, respectivamente,
a) 3v, 45o b) 3v, 63o c) v√3, 45o
d) v√5, 45o e) v√5, 63o
(EFOMM – 2013 - ADAPTADA)
A bola A (mA  4,0 kg) se move em uma superfície plana e horizontal com velocidade de módulo 3,0
m/s, estando as bolas B (mB  3,0 kg) e C (mC  1,0 kg) inicialmente em repouso. Após colidir com
a bola B, a bola A sofre um desvio de 30o em sua trajetória, conforme figura abaixo. Já a bola B sofre
nova colisão, agora frontal, com a bola C, ambas prosseguindo juntas com velocidade de módulo v.
Considerando a superfície sem atrito, a velocidade v, em m/s, vale

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 95


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a) 1,5 b) 2,5 c) 3,5 d) 4,5 e) 5,5

(EFOMM – 2012)
Uma bola, de massa 0,20 kg e velocidade v
⃗⃗ de módulo igual a 5,0 m/s, é atingida por um taco e sofre
um desvio de 90o em sua trajetória. O módulo de sua velocidade não se altera, conforme indica a
figura, sabendo que a colisão ocorre num intervalo de tempo de 20 milissegundos, o módulo, em
newtons, da força média entre o taco e a bola, é:

a) 30√2 b) 50√2 c) 30√3 d) 50√3 e) 30√5


(EFOMM – 2011)
Observe a figura a seguir.

Um jogador de futebol chuta uma bola de massa 1,0kg vinda com velocidade de 10m/s da direção
AB e a arremessa na direção BC com velocidade de 30m/s, conforme a figura acima. Sabendo que
as direções AB e BC são perpendiculares e o tempo de contato do pé com a bola é de 10-2s, qual é
a intensidade, em newtons, da força aplicada na bola pelo jogador?
a) 4059 b) 3162 c) 2059 d) 1542 e) 1005

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 96


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(EFOMM – 2010)
Observe a figura a seguir.

Dois blocos deslizam sobre uma superfície horizontal com atrito desprezível. Inicialmente, o bloco
de massa 𝑚1 = 1,0𝑘𝑔 tem velocidade 𝑣1 = 4,0𝑚/𝑠 e o bloco de massa 𝑚2 = 2,0𝑘𝑔 tem velocidade
𝑣2 = 1,0𝑚/𝑠, conforme indica a figura acima. Após um curto intervalo de tempo, os dois blocos
colidirão, dissipando a máxima energia mecânica possível, que é, em joules,
29 25 21 17 14
a) b) c) d) e)
3 3 3 3 3

(EFOMM – 2007)
Um purificador de óleo de bordo que possui um disco giratório de diâmetro 62 cm gira a 7200 rpm.
A quantidade de movimento (em kg.m/s) tangencial imposta a uma partícula sólida de impureza de
massa 1,5 g, posicionada a 1 cm da borda do disco é, aproximadamente,
a) 0,11 b) 0,23 c) 0,34 d) 0,45 e) 0,56
(EFOMM – 2006)
Certa embarcação mercante tem 33000 toneladas de porte bruto (massa da embarcação); quando
seu sistema propulsor, de potência 8750 HP, aplica força de 3.000.000 N na rotação máxima de
serviço (118 rpm), a quantidade de movimento da embarcação, em kg.m/s é, aproximadamente
(dado 1 HP = 746 watts)
a) 3,6 x 107 b) 4,7 x 107 c) 5,8 x 107
d) 7,2 x 107 e) 8,9 x 107

(ITA – 1990)
Um projétil de massa 𝑚 e velocidade 𝑣 atingo um objeto do massa 𝑀, inicialmente Imóvel. O projétil
atravessa o corpo de massa 𝑀 e sai dele com velocidade 𝑣/2. O corpo que foi atingido desliza por
uma superfície som atrito, subindo uma rampa até a altura ℎ. Nestas condiçóos podemos afirmar
que a velocidade inicial do projétil ora de:

2𝑀 𝑀 𝑀
a) 𝑣 = √2𝑔ℎ b) 𝑣 = 2√2 𝑚 𝑔ℎ c) 𝑣 = 2√𝑚 𝑔ℎ
𝑚

d) 𝑣 = √8𝑔ℎ e) 𝑣 = 2√𝑔ℎ

(ITA – 1991)
Segundo um observador acoplado a um referencial inercial duas partículas de massa 𝑚𝐴 e 𝑚𝐵
possuem velocidades 𝑣⃗𝐴 e 𝑣⃗𝐵 , respectivamente. Qual a quantidade de movimento 𝑝⃗𝐴 que um
observador preso ao centro de massa do sistema mede para a partícula 𝐴?

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 97


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𝑚 ⋅𝑚
a) 𝑝⃗𝐴 = 𝑚𝐴 𝑣⃗𝐴 b) 𝑝⃗𝐴 = 𝑚𝐴 (𝑣⃗𝐴 − 𝑣⃗𝐵 ) c) 𝑝⃗𝐴 = (𝑚 𝐴+𝑚𝐵 ) 𝑣⃗𝐴
𝐴 𝐵

𝑚𝐴 ⋅𝑚𝐵
d) 𝑝⃗𝐴 = (𝑚 ) (𝑣⃗𝐴 − 𝑣⃗𝐵 ) e) Nenhuma das anteriores.
𝐴 +𝑚𝐵

(ITA – 1991)
Um pêndulo simples de comprimento 𝑙 e massa 𝑚 é posto a oscilar. Cada vez que o pêndulo passa
pela posição de equilíbrio atua sobre ele, durante um pequeno intervalo de tempo 𝑡, uma força 𝐹.
Esta força é constantemente ajustada para, a cada passagem, ter mesma direção e sentido que a
velocidade de 𝑚. Quantas oscilações completas são necessárias para que o pêndulo forme um
ângulo reto com a direção vertical de equilíbrio?
𝑚√𝑔𝑙 𝑚𝑔𝑙√2 𝑚√2𝑔𝑙
a) 𝑛 = b) 𝑛 = c) 𝑛 =
2𝐹𝑡 2𝐹𝑡 2𝐹𝑡
𝑚𝑔𝑙
d) 𝑛 = +1 e) Nenhuma das anteriores.
𝐹𝑡

(ITA – 1992)
Um objeto de massa 𝑀 é deixado cair de uma altura ℎ. Ao final do 1° segundo de queda o objeto é
atingido horizontalmente por um projétil de massa 𝑚 e velocidade 𝑣, que nele se aloja. Calcule o
desvio 𝑥 que o objeto sofre ao atingir o solo, em relação ao alvo pretendido.
𝑚
a) √2ℎ /𝑔 ⋅ (𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑣 b) √2ℎ /𝑔 ⋅ 𝑀+𝑚 ⋅ 𝑣
𝑚 𝑀+𝑚
c) (√2ℎ /𝑔 − 1) ⋅ 𝑀+𝑚 ⋅ 𝑣 d) (√2ℎ /𝑔 − 1) ⋅ ⋅𝑣
𝑀

e) (1 − √2ℎ /𝑔) ⋅ (𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑣

(ITA – 1995)
Todo caçador ao atirar com um rifle, mantém a arma firmemente apertada contra o ombro evitando
assim o “coice” da mesma. Considere que a massa do atirador é 95,0 𝑘𝑔. A massa do rifle é 5,00 𝑘𝑔,
e a massa do projétil é 15,0 𝑔 o qual é disparada a uma velocidade de 3,00 ⋅ 104 𝑐𝑚/𝑠. Nestas
condição, a velocidade de recuo do rifle (𝑣𝑟 ) quando se segura muito frouxamente a arma e a
velocidade de recuo do atirador (𝑣𝑎 ) quando ele mantém a arma firmemente apoiada no ombro
serão respectivamente:
a) 0,90 𝑚/𝑠; 4,7 ⋅ 102 𝑚/𝑠 b) 90,0 𝑚/𝑠; 4,7 𝑚/𝑠 c) 90,0 𝑚/𝑠; 4,5 𝑚/𝑠

d) 0,90 𝑚/𝑠; 4,5 ⋅ 10−2 𝑚/𝑠 e) 0,10 𝑚/𝑠; 1,5 ⋅ 10−2 𝑚/𝑠

(ITA – 1996)
Um avião a jato se encontra na cabeceira da pista com a sua turbina ligada e com os freios acionados,
que o impedem de se movimentar. Quando o piloto aciona a máxima potência, o ar é expelido a
uma razão de 100 𝑘𝑔 por segundo, a uma velocidade de 600 𝑚/𝑠 em relação ao avião. Nessas
condições:
a) a força transmitida pelo ar expelido ao avião é nula, pois um corpo não pode exercer força sobre
si mesmo.
b) as rodas do avião devem suportar uma força horizontal igual a 60 𝑘𝑁.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 98


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c) se a massa do avião é de 7 ⋅ 103 𝑘𝑔 o coeficiente de atrito mínimo entre as rodas e o piso deve
ser de 0,2.
d) não é possível calcular a força sobre o avião com os dados fornecidos.
e) nenhuma das afirmativas acima é verdadeira.

(ITA – 2000)
Uma sonda espacial de 1000 𝑘𝑔, vista de um sistema de referência inercial, encontra-se em repouso
no espaço. Num determinado instante, seu propulsor é ligado e, durante o intervalo de tempo de 5
segundos, os gases são ejetados a uma velocidade constante, em relaçào à sonda, de 5000 𝑚/𝑠. No
final desse processo, com a sonda movendo-se a 20 𝑚/𝑠, a massa aproximada de gases ejetados é
a) 0,8 𝑘𝑔
b) 4 𝑘𝑔
c) 5 𝑘𝑔
d) 20 𝑘𝑔
e) 25 𝑘𝑔
(ITA – 2004)
Atualmente, vários laboratórios. utilizando várias feixes de laser, são capazes de resfriar gases a
temperaturas muito próximas do zero absoluto, obtendo moléculas e átomos ultrafrios. Considere
três átomos ultrafrios de massa 𝑀, que se aproximam com velocidades desprezíveis. Da colisão
tripla resultante, observada de um referencial situado no centro de massa do sistema, forma-se uma
molécula diatômica com liberação de certa quantidade de energia 𝐵. Obtenha a velocidade final do
átomo remanescente em função de 𝐵 e 𝑀.

(ITA – 2005)
Um vagão-caçamba de massa 𝑀 se desprende da locomotiva e corre sobre trilhos horizontais com
velocidade constante 𝑣 = 72,0 𝑘𝑚/ℎ (portanto, sem resistência de qualquer espécie ao
movimento). Em dado instante, a caçamba é preenchida com uma carga de grãos de massa igual a
4𝑀, despejada verticalmente a partir do repouso de uma altura de 6,00𝑚 (veja figura).
Supondo que toda a energia liberada no processo seja integralmente convertida em calor para o
aquecimento exclusivo dos grãos, então, a quantidade de calor por unidade de massa recebido pelos
grãos é
a) 15 𝐽/𝑘𝑔.
b) 80 𝐽/𝑘𝑔.
c) 100 𝐽/𝑘𝑔.
d) 463 𝐽/𝑘g.
e) 578 𝐽/𝑘𝑔.

(ITA – 2005)
Dois corpos esféricos de massa 𝑀 e 5𝑀 e raios 𝑅 e 2𝑅, respectivamente, são liberados no espaço
livre. Considerando que a única força interveniente seja a da atração gravitadonal mútua, e que seja
de 12𝑅 a distância de separação inicial entre os centros dos corpos, então, o espaço percorrido pelo
corpo menor até a colisão será de

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 99


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a) 1,5𝑅.
b) 2,5𝑅.
c) 4,5𝑅.
d) 7,5𝑅.
e) 10,0𝑅.

(ITA – 2006)
Animado com velocidade inicial 𝑣0 , o objeto 𝑋, de massa 𝑚, desliza sobre um piso horizontal ao
longo de uma distância 𝑑, ao fim da qual colide com o objeto 𝑌, de mesma massa, que se encontra
inicialmente parado na beira de uma escada de altura ℎ.
Com o choque, o objeto 𝑌 atinge o solo no ponto 𝑃. Chamando 𝜇𝑘 o coeficiente de atrito cinético
entre o objeto 𝑋 e o piso, 𝑔 a aceleração da gravidade e desprezando a resistência do ar, assinale a
expressão que dá a distância 𝑑.
1 𝑠2 𝑔
a) 𝑑 = 2𝜇 (𝑣02 − )
𝑘 𝑔 2ℎ
−1 𝑠2 𝑔
b) 𝑑 = 2𝜇 (𝑣02 − )
𝑘 𝑔 2ℎ

−𝑣 𝑔
c) 𝑑 = 2𝜇 0𝑔 (𝑣0 − 𝑠√2ℎ)
𝑘

1 𝑠2 𝑔
d) 𝑑 = (2𝑣02 − )
2𝜇𝑘 𝑔 2ℎ

−𝑣0 𝑔
e) 𝑑 = 𝜇 (𝑣0 − 𝑠√2ℎ)
𝑘 𝑔

(ITA – 2007)
Uma bala de massa 𝑚 e velocidade 𝑣0 é disparada contra um bloco de massa 𝑀, que inicialmente
se encontra em repouso na borda de um poste de altura ℎ, conforme mostra a figura.
A bala aloja-se no bloco que, devido ao impacto, cai no solo. Sendo 𝑔 a aceleração da gravidade, e
não havendo atrito e nem resistência de qualquer outra natureza, o módulo da velocidade com que
o conjunto atinge o solo vale
𝑚𝑣 2
a) √(𝑚+𝑀
0
) + 2𝑔ℎ

2𝑔ℎ𝑚2
b) √𝑣02 + (𝑚+𝑀)2

2𝑚𝑔ℎ
c) √𝑣02 + 𝑀

d) √𝑣02 + 2𝑔ℎ
𝑚𝑣 2
e) √𝑚+𝑀
0
+ 2𝑔ℎ

(ITA – 2008)

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 100


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Num dos pratos de uma balança que se encontra em equilíbrio estático, uma mosca de massa 𝑚
está em repouso no fundo de um frasco de massa 𝑀. Mostrar em que condições a mosca poderá
voar dentro do frasco sem que o equilíbrio seja afetado.

(ITA – 2012)
100 cápsulas com água, cada uma de massa 𝑚 = 1,0 𝑔, são disparadas à velocidade de 10,0 𝑚/𝑠
perpendicularmente a uma placa vertical com a qual colidem inelasticamente. Sendo as cápsulas
enfileiradas com espaçamento de 1,0 𝑐𝑚, determine a força média exercida pelas mesmas sobre a
placa.

(ITA – 2013)
Uma rampa maciça de 120 𝑘𝑔 inicialmente em repouso, apoiada sobre um piso horizontal, tem sua
declividade dada por 𝑡𝑔(𝜃) = 3/4. Um corpo de 80 𝑘𝑔 desliza nessa rampa a partir do repouso,
nela percorrendo 15 𝑚 até alcançar o piso. No final desse percurso, e desconsiderando qualquer
tipo de atrito, a velocidade da rança em relação ao piso é de aproximadamente
a) 1 m/s. b) 3 m/s. c) 5 m/s. d) 2 m/s. e) 4 m/s.

(ITA – 2014)
Um disco rígido de massa 𝑀 e centro 𝑂 pode oscilar sem atrito num plano vertical em torno de uma
articulação 𝑃. O disco é atingido por um projétil de massa 𝑚 ≪ 𝑀 que se move horizontalmente
com velocidade 𝑣 no plano do disco. Após a colisão, o projétil se incrusta no disco e o conjunto gira
em torno de 𝑃 até o ângulo 𝜃. Nestas condições, afirmam-se:

I. A quantidade de movimento do conjunto 𝑝𝑟𝑜𝑗é𝑡𝑖𝑙 + 𝑑𝑖𝑠𝑐𝑜 se mantém a mesma imediatamente


antes e imediatamente depois da colisão.
II. A energia cinética do conjunto 𝑝𝑟𝑜𝑗é𝑡𝑖𝑙 + 𝑑𝑖𝑠𝑐𝑜 se mantem a mesma imediatamente antes e
imediatamente depois da colisão.
III. A energia mecânica do conjunto 𝑝𝑟𝑜𝑗é𝑡𝑖𝑙 + 𝑑𝑖𝑠𝑐𝑜 imediatamente após a colisão é igual à da
posição de ângulo 𝜃/2.
É (são) verdadeira(s) apenas a(s) assertiva(s)
a) I. b) I e II. c) I e III. d) II e III. e) III.

(ITA – 2015)
Uma chapa metálica homogênea quadrada de 100 𝑐𝑚2 de área, situada no plano 𝑥𝑦 de um sistema
de referência, com um dos lados no eixo 𝑥, tem o vértice inferior esquerdo na origem. Dela, retira-

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 101


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se uma porção circular de 5,00 𝑐𝑚 de diâmetro com o centro posicionado em 𝑥 = 2,50 𝑐𝑚 e 𝑦 =


5,00 𝑐𝑚. Determine as coordenadas do centro de massa da chapa restante.
a) (𝑥𝐶 , 𝑦𝐶 ) = (6,51, 5,00) 𝑐𝑚 b) (𝑥𝐶 , 𝑦𝐶 ) = (5,61, 5,00) 𝑐𝑚
c) (𝑥𝐶 , 𝑦𝐶 ) = (5,00, 5,61) 𝑐𝑚 d) (𝑥𝐶 , 𝑦𝐶 ) = (5,00, 6,51) 𝑐𝑚
e) (𝑥𝐶 , 𝑦𝐶 ) = (5,00, 5,00) 𝑐𝑚

(ITA – 2016)
Na ausência da gravidade e no vácuo, encontram-se três esferas condutoras alinhadas, 𝐴, 𝐵 e 𝐶, de
mesmo raio e de massas respectivamente iguais a 𝑚, 𝑚 e 2𝑚. Inicialmente 𝐵 e 𝐶 encontram-se
descarregadas e em repouso, e a esfera 𝐴, com carga elétrica 𝑄, é lançaria contra a intermediária 𝐵
com uma certa velocidade 𝑣. Supondo que todos movimentos ocorram ao longo de uma mesma
reta, que as massas sejam grandes o suficiente para se desprezar as forças coulombianas e ainda
que todas as colisões sejam elásticas, determine a carga elétrica de cada esfera após todas as
colisões possíveis.

(IME – 2009)

Duas partículas A e B de massas 𝑚𝐴 = 0,1 𝑘𝑔 e 𝑚𝐵 = 0,2 𝑘𝑔 sofrem colisão não frontal. As


componentes 𝑥 e 𝑦 do vetor quantidade de movimento em função do tempo são apresentadas nos
gráficos acima.
Considere as seguintes afirmativas:
I. A energia cinética total é conservada.
II. A quantidade de movimento total é conservada.
III. O impulso correspondente à partícula B é 2𝑖 + 4𝑗.
IV. O impulso correspondente à partícula A é −3𝑖 + 2𝑗.
As afirmativas corretas são apenas:
a) I e II b) I e III c) II e III d) II e IV e) III e IV

(IME – 2009)
Dois corpos 𝐴 e 𝐵 encontram-se sobre um plano horizontal sem atrito. Um observador inercial O
está na origem do eixo 𝑥. Os corpos 𝐴 e 𝐵 sofrem colisão frontal perfeitamente elástica, sendo que,
inicialmente, o corpo A tem velocidade 𝑣𝐴 = 2 𝑚/𝑠 (na direção 𝑥 com sentido positivo) e o coipo 𝐵
está parado na posição 𝑥 = 2 𝑚. Considere um outro observador inercial 𝑂′ que no instante da
colisão tem a sua posição coincidente com a do observador 𝑂. Se a velocidade relativa de 𝑂′ em
relação a 𝑂 é 𝑣0′ = 2 𝑚/𝑠 (na direção 𝑥 com sentido positivo), determine em relação a 𝑂
a) as velocidades dos corpos 𝐴 e 𝐵 após a colisào;
b) a posição do corpo 𝐴 dois segundos após a colisào.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 102


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Dados:
• massa de A = 100 𝑔;
• massa de B = 200 𝑔.

(IME – 2010)
Um soldado em pé sobre um lago congelado (sem atrito) atira horizontalmente com uma bazuca. A
massa total do soldado e da bazuca é 100 kg e a massa do projétil é 1 kg. Considerando que a bazuca
seja uma máquina térmica com rendimento de 5% e que o calor fornecido a ela no instante do
disparo é 100 kJ, a velocidade de recuo do soldado é, em m/s,
a) 0,1 b) 0,5 c) 1,0 d) 10.0 e) 100,0

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 103


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5. Gabarito sem comentários nível 1


1) 10 N 22) A

2) 200 m/s 23) D

3) a) 1,75 N b) -2,0 N 24) A

4) a) 10√2 𝑚/𝑠 b) 6,67 m/s 25) D


𝑚 26) B
5) a) 𝑣𝑏 = − 𝑀 𝑣 b) 𝑣𝑁 ≅ 0
27) D
6) a) 5 𝑁 ⋅ 𝑠 b) 50 𝑁
28) A
7) 400 m
29) B
8) 5 𝑁 ∙ 𝑠

9) 3 m/s 30) C

10) 0,2 s 31) D

11) B 32) D

12) D 33) A

13) A 34) A

14) C 35) A

15) B 36) D

16) B 37) A

17) B 38) D

18) A 39) C

19) B 40) E

20) B 41) B

21) A 42) B

43) B

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 104


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44) B 4𝐵
59) √3𝑀
45) S/A
60) C
46) A
61) D
47) D
62) A
48) B
63) A
49) B
64) Ver comentários
50) C
65) 10 N
51) D
66) C
52) A
67) E
53) D
68) B
54) C
3𝑄 3𝑄 𝑄
69) 𝑄𝐴′ = , 𝑄𝐵′ = , 𝑄𝐶′ =
55) C 8 8 4

70) D
56) D
8 2 10
57) B 71) a) − 3 𝑚/𝑠 e − 3 𝑚/𝑠 b) − 𝑚
3

58) B 72) C

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 105


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6. Lista de questões nível 1 comentada


(2ª fase OBF – 2005)
Os movimentos, em uma linha reta, de dois corpos A e B são descritos pelo gráfico a seguir, que
relaciona as quantidades de movimento com o tempo. Qual a intensidade média da força de
interação que o corpo A exerceu sobre o corpo B?

Comentários:
⃗⃗
𝑑𝑄
Temos que 𝐹⃗𝑅 = , ou seja, a força resultante é dada pela variação da quantidade de movimento
𝑑𝑡
Δ𝑄 ⃗⃗
com o tempo. Para encontrarmos a intensidade média da 𝐹⃗𝑅 devemos fazer 𝐹⃗𝑅 = Δ𝑡 .

Assim:

|−20 − 80|
|𝐹⃗𝑅 | = = 10 𝑁
10
Gabarito: 10 N

(3ª fase OBF – 2005)


Uma bala, de massa 10 𝑔, atinge e se encrava em um bloco de chumbo de massa igual a 990 𝑔 que
se encontra em repouso sobre uma superfície sem atrito. Após a penetração da bala no bloco, este
se move com velocidade constante igual a 2 𝑚/𝑠. Qual era a velocidade da bala antes de penetrar
no bloco?

Comentários:

A quantidade de movimento se conserva, pois não há forças externas. Então:

𝑄0 = 𝑄𝑓 ⇒ 𝑚1 𝑣1 + 𝑚2 𝑣2 = 𝑚𝑓 𝑣𝑓

⇒ 10 ∙ 𝑣 + 990 ∙ 0 = 1000 ∙ 2

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 106


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⇒ 𝑣 = 200 𝑚/𝑠

Gabarito: 200 m/s

(2ª fase OBF – 2006)


A figura mostra a mão de um jardineiro segurando o bico de uma "mangueira" de regar jardins e o
jato de água da mesma batendo em uma parede e sendo espalhado perpendicularmente ao bico da
mangueira. Supondo o escoamento igual a 1,0 𝑘𝑔 de água por segundo, a velocidade da água no
interior da mangueira 𝑣𝐸 igual a 0,25 𝑚/𝑠 e a velocidade da água ao sair pelo bico vs igual a 2,0 𝑚/𝑠,
pede-se determinar:
a) o valor da força horizontal que o jardineiro exerce para equilibrar a força associada à mudança
de velocidade da água no bico da "mangueira";
b) o valor da força de reação exercida pela parede contra o jato de água.

Comentários:

a) Considere, para simplificar os cálculos, o intervalo de 1 segundo.

A mudança de velocidade da água tende a jogar a mangueira para trás, a fim de conservar a
quantidade de movimento. Assim, a força horizontal exercida pelo jardineiro está relacionada com o
impulso que causa a variação da quantidade de movimento do sistema.

𝐼 = 𝑚 ∙ 𝑣𝑆 − 𝑚 ∙ 𝑣𝐸

⇒ 𝐼 = 1,75

De acordo com a definição de impulso, 𝐼 = 𝐹 ∙ ∆𝑡, temos para o intervalo de 1 segundo


considerado que:

𝐹 = 1,75 𝑁

b) A força de reação da parede também está associada ao impulso que faz a água parar, variando a
quantidade de movimento.

𝐼 = 0 − 𝑚 ∙ 𝑣𝐸 ⇒ 𝐼 = −2,0

Para o intervalo de 1 segundo considerado temos que 𝐹 = −2,0 𝑁

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 107


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Gabarito: a) 1,75 N b) -2,0 N

(2ª fase OBF – 2006)


Uma bola de chumbo de massa 𝑚𝐵 igual a 5 𝑘𝑔 é lançada com uma velocidade 𝑣𝐵 que faz com que
ela caia e fique imobilizada dentro de um carrinho, conforme mostrado no desenho. O carrinho tem
massa 𝑚𝑐 igual a 10 𝑘𝑔 e se move com velocidade constante 𝑣𝑐 = 5 𝑚/𝑠.
De posse desses dados:
a) calcule o valor da velocidade 𝑣𝐵 com que a bola colide com o carrinho;
b) calcule a velocidade 𝑣 com que o carrinho se movimentará após ter recebido a bola de chumbo.

Comentários:

a) O que ocorre é um lançamento horizontal. Sabemos que a velocidade em 𝑥 é constante. E a velocidade


em 𝑦 é dada por:

𝑣𝑦 2 = 2 ∙ 𝑔 ∙ ∆𝑆 ⇒ 𝑣𝑦 = 10 𝑚/𝑠

O tempo de queda é dado por:

𝑣𝑦 = 𝑎𝑡 ⇒ 𝑡 = 1𝑠

A velocidade em x é dada por:

𝑆 = 𝑣𝐵 𝑡 ⇒ 𝑣𝐵 = 10 𝑚/𝑠

b) Assim a velocidade com que a bola colide com o carrinho é de:

𝑣 2 = 𝑣𝐵2 + 𝑣𝑦2 ⇒ 𝑣 = 10√2 𝑚/𝑠

A quantidade de movimento se conserva no eixo 𝑥:

𝑄0 = 𝑄𝑓 ⇒ 𝑚𝐵 𝑣𝐵 + 𝑚𝐶 𝑣𝐶 = (𝑚𝐵 + 𝑚𝐶 )𝑣𝐹

20
⇒ 5 ∙ 10 + 10 ∙ 5 = 15 ∙ 𝑣𝐹 ⇒ 𝑣𝐹 = 𝑚/𝑠
3

Gabarito: a) 𝟏𝟎√𝟐 𝒎/𝒔 b) 6,67 m/s

(2ª fase OBF – 2007)

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 108


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Um garoto de massa m está num pequeno barco, de massa 𝑀, que se encontra em repouso em um
lago de águas paradas. Em um determinado momento ele anda com velocidade 𝑣 de um extremo
do barco ao outro. Desprezando os efeitos dissipativos.
a) Qual será a velocidade do barco em relação à margem?
b) Se o barco fosse transformado num navio, qual seria a velocidade do navio?

Comentários:

a) A quantidade de movimento se conserva:


𝑚
𝑄0 = 𝑄𝑓 ⇒ 0 = 𝑚𝑣 + 𝑀𝑣′ ⇒ 𝑣 ′ = − 𝑣
𝑀
𝑚
b) Se 𝑀 >> 𝑚, temos que 𝑀 → 0, o que faz com que a velocidade do navio tenda para 0 também.

𝑚
→ 0 ⇒ 𝑣′ → 0
𝑀
𝒎
Gabarito: a) 𝒗𝒃 = − 𝑴 𝒗 b) 𝒗𝑵 ≅ 𝟎

(3ª fase OBF – 2007)


Uma partícula de massa 𝑚 = 0,5 𝑘𝑔 tem velocidade inicial horizontal de 6 𝑚/𝑠. Ao receber um
impulso de uma força 𝐹 constante, modifica sua velocidade para 8 𝑚/𝑠, em direção ’ perpendicular
à inidal, num intervalo de tempo Δ𝑡 = 0,1 𝑠.
a) Qual a intensidade do impulso da força 𝐹?
b) Qual a intensidade da força 𝐹?

Comentários:

a) A quantidade de movimento é uma grandeza vetorial. Pelo teorema do Impulso, sabemos que o impulso
da força resultante é a variação da quantidade de movimento:

⃗⃗⃗⃗⃗𝑓 − ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐼⃗ = 𝑄 𝑄0

|𝐼⃗| = |(0 , 4) − (3 , 0)| = |(−3 , 4)|

𝐼 = 5 𝑁𝑠

b) Pela definição de impulso de uma força, temos que:

𝐼 = 𝐹 ∙ ∆𝑡 ∴ 𝐹 = 50 𝑁

Gabarito: a) 𝟓 𝑵 ⋅ 𝒔 b) 𝟓𝟎 𝑵

(2ª fase OBF – 2008)


Um projétil é disparado por um canhão e. no ponto mais alto de sua trajetória, a uma distância
horizontal de 100 m do canhão, explode, dividindo-se em dois pedaços iguais. Um dos fragmentos
é lançado horizontalmente para trás com velocidade de mesmo módulo que possuía o projétil

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 109


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imediatamente antes de explodir. Considerando desprezível a resistência do ar. a que distância


entre si cairão no solo os dois fragmentos?

Comentários:

A explosão ocorre no ponto mais alto da trajetória do projétil e os fragmentos são lançados
horizontalmente. Isso nos diz que a velocidade inicial em y dos fragmentos é nula. O que nos leva a
importante conclusão de que o tempo de queda dos fragmentos será igual ao tempo de subida do projétil.

O fragmento que é lançado para trás com velocidade de mesmo módulo que possuía o projétil
imediatamente antes de explodir percorrerá 100 m de distância horizontal, haja visto o tempo de queda
já discutido.

Usaremos a conservação da quantidade de movimento para descobrir a velocidade do segundo


fragmento:

𝑄0 = 𝑄𝑓 ⇒ 2𝑚𝑣 = −𝑚𝑣 + 𝑚𝑣 ′ ∴ 𝑣 ′ = 3𝑣

Assim temos que o segundo fragmento percorrerá uma distância horizontal de 300m antes de cair
no chão, pois seu tempo de queda é o mesmo e sua velocidade é 3 vezes maior.

Portanto, tendo um fragmento percorrido 100 m para trás e o outro 300 para frente, a distância
em que cairão os fragmentos será de 400 m.

Gabarito: 400 m

(3ª fase OBF – 2009)


A figura 2 representa a força que uma partícula sofre durante um pequeno intervalo de tempo.
Calcule o impulso que a partícula sofreu.

Comentários:

Impulso é dado por 𝐼 = ∫ 𝐹𝑑𝑡, portanto, pode ser calculado como a área sob o gráfico F por t.

2 ∙ 500 6 ∙ 2000 2 ∙ 500


𝐼=− + − = 5000 𝑁 ∙ 𝑚𝑠
2 2 2
𝐼 = 5𝑁∙𝑠

Gabarito: 𝟓 𝑵 ∙ 𝒔

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 110


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(2ª fase OBF – 2010)


Dois blocos são posicionados sobre uma superfície horizontal e sem atrito e conectados por uma
mola que é comprimida. Imediatamente após a liberação dos blocos, o bloco de massa 1,8 𝑘𝑔
adquire uma velocidade de 2,0 𝑚/𝑠. Determine a velocidade do bloco de 1,2 𝑘𝑔 imediatamente
após a liberação da mola.

Comentários:

Observe que o sistema trabalha unicamente com a aplicação de forças internas, logo, a quantidade
de movimento do sistema se conserva:

1,2 ⋅ 𝑣 = 1,8 ⋅ 2 ⇒ 𝑣 = 3 𝑚⁄𝑠

Gabarito: 𝒗 = 𝟑 𝒎⁄𝒔

(2ª fase OBF – 2014)


Uma bola de futebol de 450 𝑔 está se movendo a 2,0 𝑚/𝑠 quando um jogador a chuta com uma
força constante de 45,0 𝑁 na mesma direção de seu movimento. Por quanto tempo o pé do jogador
ficará em contato com a bola para aumentar sua velocidade para 4,0 𝑚/𝑠?

Comentários:

O impulso é a variação da quantidade de movimento. Logo:

𝐼𝑅 = ∆𝑄

Como a força é constante, então:

𝐹 ∙ ∆𝑡 = 𝑄𝑓 − 𝑄0 = 𝑚(𝑣𝑓 − 𝑣𝑜 )

45 ∙ ∆𝑡 = 0,45(4 − 2)

∆𝑡 = 0,2 𝑠

Gabarito: 𝟎, 𝟐 𝒔

(AFA – 2018)
Um corpo M de dimensões desprezíveis e massa 10 kg movimentando-se em uma dimensão,
⃗⃗ , vai sucessivamente colidindo inelasticamente com N partículas m,
inicialmente com velocidade 𝑉
todas de mesma massa 1 kg, e com velocidades de módulo 𝑣 = 20 𝑚/𝑠, que também se
movimentam em uma dimensão de acordo com a Figura 1, a seguir.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 111


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O gráfico que representa a velocidade final do conjunto 𝑉𝑓 após cada colisão em função do número
de partículas N é apresentado na Figura 2, a seguir.

Desconsiderando as forças de atrito e a resistência do ar sobre o corpo e as partículas, a colisão de


ordem 𝑁0 na qual a velocidade do corpo resultante (corpo 𝑀 + 𝑁0 partículas m) se anula, é,
𝑎) 25 𝑏) 50 𝑐) 100 𝑑) 200

Comentários:

Pela conservação de momento linear/quantidade de movimento:

𝑀𝑉 − 𝑁0 𝑚𝑣 = 0

10𝑉 = 𝑁0 . 1.20

𝑉
𝑁0 =
2
Além disso, pelo gráfico, quando N=10, temos 𝑣𝑓 = 40𝑚/𝑠. Pela conservação de momento linear:

𝑀𝑉 − 𝑁𝑚𝑣 = (𝑀 + 𝑁𝑚)𝑣𝑓

10𝑉 − 10.1.20 = (10 + 10.1). 40

10𝑉 − 200 = 800

𝑉 = 100𝑚/𝑠

Logo

𝑁0 = 50

Gabarito: B

(AFA – 2012)

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 112


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De acordo com a figura abaixo, a partícula 𝐴, ao ser abandonada de uma altura 𝐻, desce a rampa
sem atritos ou resistência do ar até sofrer uma colisão, perfeitamente elástica, com a partícula 𝐵
que possui o dobro da massa de 𝐴 e que se encontra inicialmente em repouso. Após essa colisão, 𝐵
entra em movimento e 𝐴 retorna, subindo a rampa e atingindo uma altura igual a

𝐻 𝐻 𝐻
a)𝐻 b) 2 c) 3 d) 9

Comentários:

Por conservação da quantidade de movimento:

𝑚𝑎 𝑣𝑎 = 𝑚𝑏 𝑣𝑏′ − 𝑚𝑎 𝑣𝑎′

Pela definição de coeficiente de restituição:

𝑣𝑏′ + 𝑣𝑎′
1= → 𝑣𝑏 ′ = 𝑣𝑎 − 𝑣𝑎 ′
𝑣𝑎

Logo:

𝑚𝑎 𝑣𝑎 = 𝑚𝑏 (𝑣𝑎 − 𝑣𝑎′ ) − 𝑚𝑎 𝑣𝑎′

𝑣𝑎 (𝑚𝑏 − 𝑚𝑎 ) 𝑣𝑎
𝑣𝑎′ = =
𝑚𝑏 + 𝑚 𝑎 3

Dessa forma:

√2𝑔𝐻
√2𝑔𝐻 ′ =
3
𝐻
𝐻′ =
9
Gabarito: D

(AFA – 2011)
Analise as afirmativas abaixo sobre impulso e quantidade de movimento.
I - Considere dois corpos 𝐴 𝑒 𝐵 deslocando-se com quantidades de movimento constantes e iguais.
Se a massa de 𝐴 for o dobro de 𝐵, então, o módulo da velocidade de 𝐴 será metade do de 𝐵.
II - A força de atrito sempre exerce impulso sobre os corpos em que atua.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 113


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III - A quantidade de movimento de uma luminária fixa no teto de um trem é nula para um
passageiro, que permanece em seu lugar durante todo o trajeto, mas não o é para uma pessoa na
plataforma que vê o trem passar.
IV - Se um jovem que está afundando na areia movediça de um pântano puxar seus cabelos para
cima, ele se salvará.
São corretas:
a) apenas I e III. b) apenas I, II e III.
c) apenas III e IV. d) todas as afirmativas.

Comentários:

I. Correta. Por conservação da quantidade de movimento, temos:


𝑣𝑏
2𝑚𝑣𝑎 = 𝑚𝑣𝑏 → 𝑣𝑎 =
2
II. Incorreta. A força de atrito estática não gera impulso.

III. Correta. Na física clássica tudo depende da velocidade relativa, que é zero para o passageiro.

IV. Incorreta. Como não existe força externa para cima, ele continuará afundando.

Gabarito: A

(AFA – 2010)
O bloco da Figura 1 entra em movimento sob ação de uma força resultante de módulo 𝐹 que pode
atuar de três formas diferentes, conforme os diagramas da Figura 2.

Com relação aos módulos das velocidades 𝑣1 , 𝑣2 e 𝑣3 atingidas pelo bloco no instante 𝑡 = 2 𝑠, nas
três situações descritas, pode-se afirmar que
a) 𝑣1 > 𝑣2 > 𝑣3 b) 𝑣2 > 𝑣3 > 𝑣1
c) 𝑣3 < 𝑣1 < 𝑣2 d) 𝑣2 < 𝑣3 < 𝑣1

Comentários:

O impulso vale a área do gráfico e é igual à variação da quantidade de movimento. Logo, quanto
maior a área, maior a velocidade adquirida, dessa forma:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 114


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𝑣2 > 𝑣1 > 𝑣3

Gabarito: C

(AFA – 2007)
Três esferas idênticas estão suspensas por fios ideais conforme a figura. Se a esfera 𝐴 for deslocada
da posição inicial e solta, ela atingirá uma velocidade 𝑣 e colidirá frontalmente com as outras duas
esferas estacionadas. Considerando o choque entre as esferas perfeitamente elástico, pode-se
afirmar que as velocidades 𝑣𝐴 , 𝑣𝐵 e 𝑣𝐶 de 𝐴, 𝐵 e 𝐶, imediatamente após as colisões, serão

a) 𝑣𝐴 = 𝑣𝐵 = 𝑣𝐶 = 𝑣 b) 𝑣𝐴 = 𝑣𝐵 = 0 𝑒 𝑣𝐶 = 𝑣
𝑣 𝑣
c) 𝑣𝐴 = 0 𝑣𝐵 = 𝑣𝐶 = 2 d) 𝑣𝐴 = 𝑣𝐵 = 𝑣𝐶 = 3

Comentários:

Conhecemos esse brinquedo né gente? Sabemos que todas as esferas param com exceção da
última. Mas vamos à prova:

Na primeira colisão (A com B):

𝑚𝑣𝑎 = 𝑚𝑣𝑎′ + 𝑚𝑣𝑏′

(𝑣𝑏′ − 𝑣𝑎′ )
1= → 𝑣𝑏′ = 𝑣𝑎′ + 𝑣𝑎
𝑣𝑎

𝑣𝑎 = 𝑣𝑎′ + 𝑣𝑎′ + 𝑣𝑎 → 𝑣𝑎′ = 0 → 𝑣𝑏′ = 𝑣𝑎

Na segunda colisão (B com C) acontece a mesma coisa que a anterior:

𝑣𝑏′′ = 0

𝑣𝑐′′ = 𝑣𝑎

Gabarito: B

(AFA – 2006)
Uma partícula de massa m é lançada obliquamente com velocidade v0 próxima à superfície
terrestre, conforme indica a figura abaixo. A quantidade de movimento adquirida pela partícula no
ponto Q, de altura máxima, é

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 115


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v0 2
a) 𝑚𝑣0 b) 𝑚√v0 2 − 2gh c) 𝑚√2gh d) 𝑚√ − gh
2

Comentários:

Por conservação da energia mecânica:

𝑚𝑣02 𝑚𝑣 2
= 𝑚𝑔ℎ + → 𝑣 = √𝑣02 − 2𝑔ℎ
2 2

𝑚𝑣 = 𝑚√𝑣02 − 2𝑔ℎ

Gabarito: B

(AFA – 2005)
Um atirador utiliza alvos móveis. Em um treinamento, deixa cair um bloco de massa M, a partir de
uma altura h. Ao final do primeiro segundo de queda, o bloco é atingido horizontalmente por uma
bala de massa m e velocidade v. A bala se aloja no bloco e observa-se um desvio horizontal x na sua
trajetória em relação ao ponto que tocaria o chão, caso não houvesse acontecido a colisão. O valor
de x é dado por
2h 1 m 2h 1 m
a) ( g )2 ((M+m))v b) (( g )2 − 1) ((M+m))v
2h 1 (M+m) 2h 1
c) (( g )2 − 1) ( )v d) ( g )2 (M + m)v
m

Comentários:

2ℎ
O bloco demora √ 𝑔 𝑠 para tocar o chão.

A velocidade horizontal do bloco após colisão pode ser determinada por conservação da
quantidade de movimento:
𝑚𝑣
𝑚𝑣 = (𝑚 + 𝑀)𝑣 ′ → 𝑣 ′ =
𝑀+𝑚
Logo:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 116


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2ℎ
(√ 𝑔 − 1) 𝑚𝑣
2ℎ
Δ𝑥 = (√ − 1) 𝑣 ′ =
𝑔 𝑀+𝑚

Gabarito: B

(AFA – 2005)
Um lavador de carros segura uma mangueira do modo que aparece na figura abaixo:

Qual a força necessária para manter o bico da mangueira estacionário na horizontal, sabendo que a
vazão da água é de 0,60 kg/s, com a velocidade de saída na mangueira de 25 m/s?
a) 15,0 N b) 10,0 N c) 20,0 N d) 5,0 N

Comentários:

Pelo teorema do impulso, temos:

Δ𝑝 Δm
𝐹= = 𝑣 = 0,6.25 = 15𝑁
Δt Δt
Gabarito: A

(AFA – 2004)
Um foguete cuja massa vale 6 toneladas é colocado em posição vertical para lançamento. Se a
velocidade de escape dos gases vale 1 𝑘𝑚/𝑠, a quantidade de gases expelida por segundo, a fim de
proporcionar o empuxo necessário para dar ao foguete uma aceleração inicial para cima igual a
20 𝑚/𝑠 2 é
a) 180 kg b) 120 kg c) 100 kg d) 80 kg

Comentários:

Considerando a massa do foguete aproximadamente constante:

0 = (𝑚 − Δ𝑚)Δ𝑣 − Δm𝑣𝑔á𝑠

Δm ⋅ 𝑣𝑔á𝑠 = 𝑚Δ𝑣 − Δ𝑚Δ𝑣 ≅ 𝑚Δ𝑣

Δ𝑣 vgás Δ𝑚 Δ𝑚 𝑚𝑎 6000 ⋅ 20
=a= → = = = 120𝑘𝑔/𝑠
Δt 𝑚 Δ𝑡 Δ𝑡 𝑣𝑔á𝑠 1000

Gabarito: B

(AFA – 2004)

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 117


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Num circo, um homem-bala, de massa 60 kg, é disparado por um canhão com a velocidade de 25
m/s, sob um ângulo de 370 com a horizontal. Sua parceira, cuja massa é 40 kg, está numa plataforma
localizada no topo da trajetória. Ao passar pela plataforma, o homem-bala e a parceira se reúnem
e vão cair numa rede de segurança, na mesma altura que o canhão. Veja figura abaixo. Desprezando
a resistência do ar e considerando sen 37o = 0,6 e cos 37𝑜 = 0,8, pode-se afirmar que o alcance
A atingido pelo homem é

a) 60 m b) 48 m c) 36 m d) 24 m

Comentários:

Por conservação da quantidade de movimento no momento da reunião:

𝑚1 ⋅ 𝑉0 cos 𝜃 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑣 ′

𝑣 ′ = 12 𝑚/𝑠

O tempo de subida e o de descida são iguais e valem:

𝑉0 sin 37°
𝑡= = 1,5𝑠
𝑔

𝐴 = 𝑉0 cos 𝜃 𝑡 + 𝑣 ′ 𝑡 = 48 𝑚

Gabarito: B

(AFA – 2004)
Um aquário, com um peixe, está equilibrado no prato de uma balança. Num certo instante, o peixe
nada em direção à superfície. É correto afirmar que
a) a leitura da balança aumenta.
b) a leitura da balança diminui.
c) não há alteração na leitura da balança.
d) o enunciado é inconclusivo

Comentários:

Quando o peixe começa a nadar para cima, no momento inicial, existe aceleração e mudança da
quantidade de movimento, que é para cima, originando uma força para baixo no aquário por ação e
reação.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 118


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Gabarito: A

(AFA – 2003)
Dois carrinhos 𝐴 e 𝐵, de massa 2 kg cada, movem-se sobre trilhos retilíneos horizontais e sem atrito.
Eles se chocam e passam a se mover grudados. O gráfico representa a posição de cada carrinho em
função do tempo, até o instante da colisão.

A energia dissipada com o choque, em joules, é igual a


a) 8. b) 32. c) 0. d) 40.

Comentários:

Por conservação da quantidade de movimento:

𝑚𝐴 𝑣𝐴 + 𝑚𝐵 𝑣𝐵 = (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 )𝑣

10 30
2 ⋅ (− )+2⋅( )= 4⋅𝑣
10 10
𝑣 = 1𝑚/𝑠

A energia dissipada vale:

𝑚𝐴 𝑣𝐴2 𝑚𝐵 𝑣𝐵2 (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 )𝑣 2 (−1)2 32 12


Δ𝐸 = + − =2⋅ +2⋅ −4⋅ == 1 + 9 − 2 = 8𝐽
2 2 2 2 2 2
Gabarito: A

(AFA – 2003)
Um projétil de chumbo (𝑐 = 120 𝐽/𝑘𝑔. ℃) se movimenta horizontalmente com velocidade de 100
m/s e colide com uma parede ficando nela alojado. Durante o choque, 60% da energia cinética se
transforma em calor e 80% desse calor é absorvido pelo projétil. A temperatura correspondente ao
ponto de fusão do chumbo é 327 ℃ e o projétil se encontra inicialmente à temperatura de 25 ℃.
Nessas condições, pode-se afirmar que o projétil
a) se funde, pois o calor que ele absorve é mais que o necessário para ele atingir 327 ℃.
b) não se funde, pois sua temperatura não varia.
c) não se funde, mas sua temperatura atinge 327 ℃.
d) não se funde, pois sua temperatura aumenta apenas 20 ℃.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 119


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Comentários:

𝑚𝑣 2
Δ𝐸 = = 5000𝑚
2
O calor absorvido vale:

𝑄 = 0,8 ⋅ 0,6 ⋅ Δ𝐸 = 2400𝑚

A energia necessária para o projétil alcançar 327°C é:

𝑄1 = 𝑚𝑐Δ𝑇 = 𝑚 ⋅ 120 ⋅ (327 − 25) = 36240𝑚

Logo o projétil não se funde e sua temperatura aumenta:

2400𝑚 = 𝑚 ⋅ 120 ⋅ Δ𝑇 → Δ𝑇 = 20°𝐶

Gabarito: D

(AFA – 2002)
Uma bola abandonada de uma altura 𝐻, no vácuo, chega ao solo e atinge, agora, altura máxima ℎ.
A razão entre a velocidade com que a bola chega ao solo e aquela com que ela deixa o solo é
1 3
𝐻 2 𝐻 𝐻 2 𝐻 2
a) (ℎ ) b) ℎ c) (ℎ ) d) ( ℎ )

Comentários:

A velocidade que a bola chega ao solo é:

𝑣1 = √2𝑔𝐻

A velocidade com que ela deixa o solo é:

𝑣2 = √2𝑔ℎ

Logo a razão entre as velocidades é:

𝐻

Gabarito: A

(AFA – 2002)
Uma partícula de massa 𝑚 e velocidade 𝑣, colide com outra de massa 3m inicialmente em repouso.
Após a colisão elas permanecem juntas, movendo-se com velocidade 𝑉. Então, pode-se afirmar que
a) V = v. b) 2V = v. c) 3V = v. d) 4V = v.

Comentários:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 120


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Por conservação da quantidade de movimento:

𝑚𝑣 = (𝑚 + 3𝑚)𝑉 → 𝑣 = 4𝑉

Gabarito: D

(AFA – 2002)
O motor de um avião a jato que se desloca a 900 km/h, expele por segundo 200 kg de gases
provenientes da combustão. Sabendo-se que estes produtos da combustão são expelidos pela
retarguarda, com velocidade de 1800 km/h em relação ao avião, pode-se afirmar que a potência
liberada pelo motor vale
a) 1,00.105 W. b) 2,50.107 W. c) 3,70.107 W. d) 3,24.1O8 W.

Comentários:

Pelo teorema do impulso, vem:

Δ𝑚 1800
𝐹= 𝑣𝑔á𝑠 = 200 ⋅ = 100𝑘𝑁
Δt 3,6
900
𝑃 = 𝐹𝑣𝑎𝑣𝑖ã𝑜 = 100 ⋅ = 25𝑀𝑊
3,6

Gabarito: B

(AFA – 2000)
Assinale a alternativa correta.
a) As forças de ação e reação são duas forças sempre iguais.
b) O peso de um corpo é uma grandeza física que é igual a intensidade da força de reação do apoio.
c) A condição necessária e suficiente para um corpo permanecer em repouso é que a somatória de
forças sobre ele seja zero.
d) Um canhão dispara um projétil para a direita e sofre um recuo para a esquerda. A variação da
quantidade de movimento do sistema é nula.

Comentários:

A. Incorreta. As forças de ação e reação tem módulos iguais, mas sentidos opostos.

B. Incorreta. A reação de apoio pode envolver outras forças que não a peso.

C. Incorreta. Se a força resultante é zero o corpo está ou em repouso ou em movimento retilíneo uniforme.

D. Correta. Como não existem forças externas existe conservação da quantidade de movimento

Gabarito: D

(AFA – 2000)

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 121


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Um automóvel com o motorista e um passageiro move-se em movimento retilíneo uniforme.


Repentinamente, o motorista faz uma curva para a esquerda, e o passageiro é deslocado para a
direita.
O fato relatado pode ser explicado pelo princípio da
a) inércia.
b) ação e reação.
c) conservação da energia.
d) conservação do momento angular.

Comentários:

Foi relatado o princípio da inércia (o movimento de um corpo não muda repentinamente).

Gabarito: A

(AFA – 2000)
Uma bola de borracha é lançada verticalmente para baixo com energia cinética 𝐾1 , a partir de uma
altura h. Após colidir elasticamente com o solo, a bola desloca-se para cima atingindo um ponto cuja
altura é 25% maior que a da posição inicial. Considere 𝐾2 a energia cinética da bola imediatamente
antes de chocar-se com o solo e calcule a razão 𝐾1 /𝐾2 . Despreze a resistência do ar.
a) 0,25 b) 0,20 c) 0,75 d) 1,25

Comentários:

Pela conservação das energias:

𝑚𝑔ℎ + 𝐾1 = 1,25𝑚𝑔ℎ → 𝐾1 = 0,25𝑚𝑔ℎ

𝐾1 1
𝐾2 = 1,25𝑚𝑔ℎ ∴ =
𝐾2 5

Gabarito: B

(AFA – 2000)
Dois carrinhos A e B de massas 𝑚𝐴 = 8 𝑘𝑔 e 𝑚𝐵 = 12 𝑘𝑔 movem-se com velocidade 𝑣0 = 9 m/s,
ligados por um fio ideal, conforme a figura. Entre eles existe uma mola comprimida, de massa
desprezível. Num dado instante, o fio se rompe e o carrinho A é impulsionado para a frente (sentido
positivo do eixo 𝑥), ficando com velocidade de 30 m/s. A energia potencial inicialmente armazenada
na mola, em joules, era de

a) 2570 b) 2640 c) 2940 d) 3750

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 122


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Comentários:

Por conservação da quantidade de movimento:

(𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 )𝑣0 = 𝑚𝑏 𝑣𝐵 + 𝑚𝐴 𝑣𝐴

20 ⋅ 9 = 12𝑣𝐵 + 8 ⋅ 30

𝑣𝐵 = −5𝑚/𝑠

A variação da energia cinética vale a energia potencial da mola:

𝑚𝐴 𝑣𝐴2 𝑚𝐵 𝑣𝐵2 (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 )𝑣 2 302 52 92


+ − =8⋅ + 12 ⋅ − 20 ⋅ = 2940𝐽
2 2 2 2 2 2
Gabarito: C

(AFA – 2000)
Duas esferas A e B, de massas respectivamente iguais a 4 kg e 2 kg, percorrem a mesma trajetória
retilínea, apoiadas num plano horizontal, com velocidades de 10 m/s e 8 m/s, respectivamente,
conforme a figura. Após a ocorrência de um choque frontal entre elas, as esferas movem-se
separadamente e a energia dissipada na colisão vale 162 J. Os módulos das velocidades de A e de B,
após a colisão, em m/s, valem, respectivamente,

a) 8 e 6 b) 2 e 7 c) 1 e 8 d) 1 e 10

Comentários:

Por conservação da quantidade de movimento:

𝑚𝐴 𝑣𝐴 + 𝑚𝐵 𝑣𝐵 = 𝑚𝐴 𝑣𝐴′ + 𝑚𝐵 𝑣𝐵′

4 ⋅ 10 − 2 ⋅ 8 = 4𝑣𝐴′ + 2𝑣𝐵′

𝑣𝐵′ = 12 − 2𝑣𝐴′

Por conservação de energia:

𝑚𝐴 𝑣𝐴2 𝑚𝐵 𝑣𝐵2 𝑚𝐴 𝑣𝐴′2 𝑚𝐵 𝑣𝐵′2


+ − − = 162
2 2 2 2
102 82 𝑣𝐴′2 (12 − 2𝑣𝐴′ )2
4⋅ +2⋅ −4⋅ −2⋅ = 162
2 2 2 2
200 + 64 − 2𝑣𝐴′2 − 144 + 48𝑣𝐴′ − 4𝑣𝐴′2 = 162

6𝑣𝐴′2 − 48𝑣𝐴′ + 42 = 0

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 123


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2
𝑣𝐴′ − 8𝑣𝐴′ − 7 = 0 → 𝑣𝐴′ = 1 𝑜𝑢 7𝑚/𝑠

Logo:

𝑣𝐵′ = 10 𝑜𝑢 − 2𝑚/𝑠

Ambas são possíveis

Gabarito: D

(AFA – 1999)
Uma série de n projéteis, de 10 gramas cada um, é disparada com velocidade v = 503 m/s sobre
um bloco amortecedor, de massa M = 15 kg, que os absorve integralmente. Imediatamente após,
o bloco desliza sobre um plano horizontal com velocidade V = 3 m/s. Qual o valor de n?
a) 4 b) 6 c) 7 d) 9

Comentários:

Por conservação da quantidade de movimento:

𝑀𝑉
𝑛𝑚𝑣 = (𝑀 + 𝑛𝑚)𝑉 → 𝑛𝑚𝑣 − 𝑛𝑚𝑉 = 𝑀𝑉 → 𝑛 =
𝑚(𝑣 − 𝑉)

15 ⋅ 3
𝑛= =9
0,01 ⋅ 500

Gabarito: D

(AFA – 1999)
Um pósitron é uma micropartícula que possui massa de repouso igual à do elétron e carga idêntica,
mas positiva. Suponha, por hipótese, que durante a atração entre um pósitron e um elétron a
velocidade das partículas é da ordem de 36000 km/h e obedece às leis clássicas. Considerando a
massa do elétron e do pósitron igual a 9 ⋅ 10−31 kg, podemos afirmar que a quantidade de
movimento do sistema imediatamente antes da recombinação, é
a) zero b) 9x10−27 kgm/s
c) 18x10−27 kgm/s d) 35x10−27 kgm/s

Comentários:

Quando as partículas estão se aproximando, elas possuem velocidades iguais, mas sentidos
contrárias e mesma massa. Logo, a quantidade de movimento do sistema é de:

𝑄 = 𝑚𝑣 − 𝑚𝑣 = 0

Gabarito: A

(EN – 2018)
Analise as afirmativas abaixo, que se referem às grandezas impulso e quantidade de movimento.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 124


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I- Se uma partícula está submetida a uma força resultante constante, a direção da quantidade de
movimento da partícula pode mudar.
II- Se uma partícula está se movendo em círculo com módulo da velocidade constante 𝑣, a
intensidade da taxa de variação da quantidade de movimento no tempo é proporcional a 𝑣 2 .
III- Com o gráfico do módulo da força resultante que atua sobre uma partícula em função da posição
𝑥, pode-se obter o módulo do impulso sobre a partícula, calculando-se a área entre a curva e o eixo
𝑥.
∆J ⃗
IV- Se ⃗J representa o impulso de uma determinada força, então ∆𝑡 representa a variação da força.
Assinale a opção correta.
f) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.
g) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras.
h) Apenas as afirmativas III e IV são verdadeiras.
i) Apenas as afirmativas I, II e IV são verdadeiras.
j) Apenas as afirmativas II, III e IV são verdadeiras.

Comentários:

I. Correta. No caso do MCU, por exemplo, o vetor quantidade de movimento muda de direção.

Δ𝑝 𝑚𝑣 2
II. Correta. 𝐹 = =
Δ𝑡 𝑅

III. Incorreta. A área de F por x é o trabalho

𝑑𝐽 ⃗Δ𝐽 ⃗
IV. Incorreta. 𝐹⃗ = 𝑑𝑡 = Δ𝑡 para F constante. Logo tal razão é igual à própria força e não sua variação.

Gabarito: A

(EN – 2012)
Um bloco A, de massa mA = 1,0 kg, colide frontalmente com outro bloco, B, de massa mB =
3,0 kg, que se encontrava inicialmente em repouso. Para que os blocos sigam grudados com
velocidade 2,0 m/s, a energia total dissipada durante a colisão, em joules, deve ser
a) 24 b) 32 c) 36 d) 48 e) 64

Comentários:

Por conservação da quantidade de movimento:

𝑚𝐴 𝑣𝐴 = (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 )𝑣

𝑣𝐴 = 4 ⋅ 2 = 8 𝑚/𝑠

A variação da energia cinética é:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 125


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𝑚𝐴 𝑣𝐴2 (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 )𝑣 2 82 22
− = − 4 ⋅ = 24𝐽
2 2 2 2
Gabarito: A

(EN – 2011)
A esfera de massa mo tem o módulo da sua velocidade reduzida a
zero na colisão frontal e inelástica (ou parcialmente elástica) com a
esfera de massa m = 2mo . Por sua vez, a esfera de massa m
encontra-se inicialmente em repouso na posição A, suspensa por um
fio inextensível e de massa desprezível. Após a colisão, percorre a
trajetória circular ABCD de raio igual ao comprimento L do fio.
Despreze o atrito no pivô O e a resistência do ar. Para que a esfera de
massa m percorra a trajetória circular, o valor mínimo do módulo da
velocidade ⃗⃗⃗⃗⃗
V0 , antes da colisão, é Dado: g é a aceleração da
gravidade.
a) √gL b) √5gL c) √10gL d) 2 √5gL e) 2√10gL

Comentários:

A velocidade mínima para o lançamento ocorre quando a tração do fio no ponto máximo é nula:
2
𝑚 𝑣𝑡𝑜𝑝𝑜
𝑁 = 0 → 𝑚𝑔 = → 𝑣𝑡𝑜𝑝𝑜 = √𝑔𝐿
𝐿
Por conservação de energia mecânica:
2 2
𝑚𝑣𝑐ℎã𝑜 𝑚𝑣𝑡𝑜𝑝𝑜
= + 2𝑚𝑔𝐿
2 2

𝑣𝑐ℎã𝑜 = √5𝑔𝐿

Por conservação da quantidade de movimento:

𝑚0 𝑣0 = 2𝑚0 𝑣𝑐ℎã𝑜

𝑣0 = 2√5𝑔𝐿

Gabarito: D

(EN – 2010)
Fixada ao bloco 1, a mola ideal de constante elástica K exerce sobre este uma força Fx responsável
por acelerá-lo do repouso (x = − A) até o choque perfeitamente elástico com o bloco 2, em
repouso. O choque ocorre em x = 0, coordenada na qual Fx se anula. Imediatamente após a
colisão, os blocos se afastam com velocidades iguais em módulo e o sistema mola-bloco 1 inicia um
movimento harmônico simples com amplitude de oscilação igual a A/2. Despreze os atritos. A razão
entre as massas m1 /m2 dos blocos vale

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 126


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a) 1/ 3 b) 2/ 3 c) 1 d) 3/ 2 e) 3

Comentários:

A velocidade do bloco 1 no ponto x=0 pode ser calculada por:

𝑘𝐴2 𝑚1 𝑣 2 𝑘𝐴2
= →𝑣=√
2 2 𝑚1

Depois da colisão temos:

𝐴 2
𝑘 (2 ) 𝑚1 𝑣 ′2 𝑘𝐴2 𝑣
= → 𝑣′ = √ =
2 2 4𝑚1 2

Por conservação da quantidade de movimento:


𝑚1 𝑣 𝑚2 𝑣
𝑚1 𝑣 = − + → 𝑚2 = 3𝑚1
2 2
Gabarito: A

(EN – 2009)
O centro de massa de um sistema de duas partículas se desloca no espaço com uma aceleração
constante a⃗⃗ = 4,0Î + 3,0ĵ (m/ s2 ). Num dado instante t, o centro de massa desse sistema está
sobre a reta y=5,0m com uma velocidade ⃗V⃗ = 4,0î (m/ s) , sendo que uma das partículas está sobre
a origem e a outra, que possui massa de 1,5kg, encontra-se na posição r⃗ = 3,0î + 8,0ĵ (m) . Quanto
valem, respectivamente, o módulo da quantidade de movimento do sistema no instante t, e o
módulo da resultante das forças externas que atuam no sistema?
A) 7, 6 kgm/ s e 10N B) 7, 6 kgm/ s e 12N C) 9, 6 kgm/ s e 20N
D) 9, 6 kgm/ s e 12N E) 11, 6 kgm/ s e 10N

Comentários:

Pela equação da posição vertical do centro de massa:

𝑚1 𝑦1 + 𝑚2 𝑦2 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑦

1,5 ⋅ 8 = (𝑚1 + 1,5) ⋅ 5

𝑚1 = 0,9 𝑘𝑔

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 127


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Como o módulo da aceleração vale 5m/s podemos calcular o momento linear e a força resultante
no sistema:

𝑃 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑉 = 2,4 ⋅ 4 = 9,6 𝑘𝑔. 𝑚/𝑠

𝐹 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑎 = 2,4 ⋅ 5 = 12𝑁

Gabarito: D

(EN – 2013)
Uma granada, que estava inicialmente com velocidade nula, explode, partindo-se em três pedaços.
O primeiro pedaço, de massa M1 = 0,20 kg, é projetado com uma velocidade de módulo igual a
10 m/s. O segundo pedaço, de massa M2 = 0,10 kg, é projetado em uma direção perpendicular à
direção do primeiro pedaço, com uma velocidade de módulo igual a 15 m/s. Sabendo-se que o
módulo da velocidade do terceiro pedaço é igual a 5,0 m/s, a massa da granada, em kg, vale
a) 0,30 b) 0,60 c) 0,80 d) 1,0 e) 1,2

Comentários:

Sendo 𝑉𝑥 e 𝑉𝑦 as componentes em dois eixos ortogonais da velocidade do terceiro pedaço. No eixo


x:

𝑀1 𝑉1
𝑀1 𝑉1 + 𝑀3 𝑉𝑥 = 0 → 𝑉𝑥 =
𝑀3

No eixo y:

𝑀2 𝑉2
𝑀2 𝑉2 + 𝑀3 𝑉𝑦 = 0 → 𝑉𝑦 =
𝑀3

𝑉32 = 𝑉𝑥2 + 𝑉𝑦2 → 𝑀32 𝑉32 = 𝑀22 𝑉22 + 𝑀12 𝑉12

25𝑀32 = 0,22 ⋅ 100 + 0,12 ⋅ 225 → 𝑀3 = 0,5 𝑘𝑔

𝑀 = 0,8 𝑘𝑔

Gabarito: C

(EFOMM – 2020)
Um jogador de futebol cobra uma falta frontal e acerta o canto superior esquerdo da baliza,
marcando o gol do título. Suponha que a bola, com massa de 400 g, tenha seguido uma trajetória
parabólica e levado 1,0 s para atingir a meta. Se a falta foi cobrada a 20 m de distância da linha de
fundo e a bola atingiu o gol à altura de 2,0 m, qual é o vetor força média que o jogador imprimiu à
bola durante o chute? Considere que o tempo de interação entre o pé do jogador e a bola foi de 0,1
s e que não há resistência do ar. Considere ainda g = 10 m/s2 e os vetores unitários î e ĵ ao longo
das direções horizontal e vertical, respectivamente.
a) 20,0 N î - 7,0 N ĵ b) 80,0 N î - 12,0 N ĵ c) 40,0 N î + 14,0 N ĵ
d) 8,0 N î + 2,8 N ĵ e) 80,0 N î + 28,0 N ĵ

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 128


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Comentários:

Pela equação vertical temporal do MUV:

𝑔𝑡 2
𝑦 = 𝑉0 sin 𝜃 𝑡 −
2
2 = 𝑉0 sin 𝜃 ⋅ 1 − 5 → 𝑉0 sin 𝜃 = 7

Pela equação temporal do MUV no eixo x:

𝑥 = 𝑉0 𝑐𝑜𝑠𝜃𝑡

20 = 𝑉0 𝑐𝑜𝑠𝜃 ⋅ 1 → 𝑉0 cos 𝜃 = 20

Logo a força vale:

Δ𝑝𝑦 𝑚𝑉0 𝑠𝑖𝑛𝜃 0,4 ⋅ 7


𝐹𝑦 = = = = 28𝑁
Δ𝑡 Δ𝑡 0,1
Δ𝑝𝑥 𝑚𝑉0 𝑐𝑜𝑠𝜃 0,4 ⋅ 20
𝐹𝑥 = = = = 80𝑁
Δ𝑡 Δ𝑡 0,1

𝐹⃗ = 80𝑖 + 28𝑗

Gabarito: E

(EFOMM – 2019)
Na figura (a) é apresentada uma mola de constante K, que tem presa em sua extremidade um bloco
de massa M. Esse sistema oscila em uma superfície lisa sem atrito com amplitude A, e a mola se
encontra relaxada no ponto 0. Em um certo instante, quando a massa M se encontra na posição A,
um bloco de massa m e velocidade v se choca com ela, permanecendo grudadas (figura (b)).
Determine a nova amplitude de oscilação A’ do sistema massa-mola.

m 2 v2 mv2 (M+m)v2
a) A’ = √(m+M)K + A2 b) A’ = √ + A2 c) A’ = √ + A2
K K

(M+m)
d) A’ = √ v e) A’ = A
K

Comentários:

Por conservação da quantidade de movimento:

𝑚𝑣 = (𝑀 + 𝑚)𝑣 ′
𝑚
𝑣′ = ( )𝑣
𝑀+𝑚

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 129


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A energia dissipada foi:

𝑚𝑣 2 (𝑀 + 𝑚)𝑣 ′2 𝑚𝑣 2 𝑚 𝑚𝑀 𝑣 2
− = (1 − )=
2 2 2 𝑀+𝑚 (𝑀 + 𝑚) 2

Logo:

𝑘𝐴 ⋅ 𝐴 𝑚𝑣 2 𝑚𝑀𝑣 2 𝑘𝐴′2
+ − =
2 2 2(𝑀 + 𝑚) 2

𝑘𝐴2 𝑚2 𝑣 2 𝑘𝐴′2
− =
2 2(𝑀 + 𝑚) 2


𝑚2 𝑣 2
𝐴 = √𝐴2 +
𝑘(𝑀 + 𝑚)

Gabarito: B

(EFOMM – 2019)
Duas pessoas - A e B - de massas mA e mB, estão sobre uma jangada de massa M, em um lago.
Inicialmente, todos esses três elementos (jangada e pessoas) estão em repouso em relação à água.
Suponha um plano coordenado XY paralelo à superfície do lago e considere que, em determinado
momento, A e B passam a se deslocar com velocidades (em relação à água) de módulos VA e VB,
nas direções, respectivamente, dos eixos perpendiculares x e y daquele plano coordenado. A
velocidade relativa entre a pessoa A e a jangada tem módulo:
1 1
A) M √(mA VA )2 + (mB VB )2 B) M √(mA + M)2 VA2 + (mB VB )2
1 1
C) M+ m √(mA VA )2 + (mB VB )2 D) M+ m √(mA VA )2 + (mB VB )2
A A
mA
E) M(m √(mA VA )2 + (mB VB )2
A + mB )

Comentários:

No eixo X temos:

𝑚𝐴 𝑉𝐴
𝑚𝐴 𝑉𝐴 + 𝑀𝑉𝑥 = 0 → 𝑉𝑥 = −
𝑀
No eixo Y temos:

𝑚𝐵 𝑉𝐵
𝑚𝐵 𝑉𝐵 + 𝑀𝑉𝑦 = 0 → 𝑉𝑦 = −
𝑀
1
𝑉𝐴−𝐽 = √(𝑉𝐴 − 𝑉𝑥 )2 + 𝑉𝑦2 = √𝑉 2 (𝑀 + 𝑚𝑎 )2 + (𝑚𝐵 𝑉𝐵 )2
𝑀 𝐴

Gabarito: B

(EFOMM – 2017)

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 130


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Dois móveis P e T com massas de 15,0 kg e 13,0 kg, respectivamente, movem-se em sentidos opostos
com velocidades VP = 5,0 m/s e VT = 3,0 m/s, até sofrerem uma colisão unidimensional,
parcialmente elástica de coeficiente de restituição e = 3/4. Determine a intensidade de suas
velocidades após o choque.
a) VT = 5 m/s e VP = 3,0 m/s
b) VT = 4,5 m/s e VP = 1,5 m/s
c) VT = 3,0 m/s e VP = 1,5 m/s
d) VT = 1,5 m/s e VP = 4,5 m/s
e) VT = 1,5 m/s e VP = 3,0 m/s

Comentários:

Por conservação da quantidade de movimento:

𝑚𝑃 𝑣𝑃 + 𝑚 𝑇 𝑣𝑇 = 𝑚𝑃 𝑣𝑃′ + 𝑚 𝑇 𝑣𝑇′

15 ⋅ 5 − 13 ⋅ 3 = 15 ⋅ 𝑣𝑃′ + 13 ⋅ 𝑣𝑇′ = 36

3 𝑣𝑇′ − 𝑣𝑃′
= → 𝑣𝑇′ = 6 + 𝑣𝑃′
4 5+3
15𝑣𝑃′ + 78 + 13𝑣𝑃′ = 36

𝑣𝑃′ = −1,5 𝑚/𝑠

𝑣𝑇′ = 4,5𝑚/𝑠

Gabarito: B

(EFOMM – 2016)
Uma balsa de 2,00 toneladas de massa, inicialmente em repouso, transporta os carros A e B, de
massas 800 kg e 900 kg, respectivamente. Partindo do repouso e distantes 200 m inicialmente, os
carros aceleram, um em direção ao outro, até alcançarem uma velocidade constante de 20,0 m/s
em relação à balsa. Se as acelerações são aA = 7,00 m/s2 e aB = 5,00 m/s2, relativamente à balsa, a
velocidade da balsa em relação ao meio líquido, em m/s, imediatamente antes dos veículos
colidirem, é de

a) zero b) 0,540 c) 0,980 d) 2,35 e) 2,80

Comentários:

Por conservação da quantidade de movimento:

𝑚𝐴 (𝑣𝐴 + 𝑣) + 𝑚𝐵 (𝑣𝐴 + 𝑣) + 𝑀𝑣 = 0

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 131


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800 ⋅ (20 + 𝑣) + 900(−20 + 𝑣) + 2000𝑣 = 0

16000 + 800𝑣 − 18000 + 900𝑣 + 2000𝑣 = 0

𝑣 = 0,54 𝑚/𝑠

Gabarito: B

(EFOMM – 2015)
Uma partícula viaja com velocidade constante de módulo v no sentido positivo do eixo x, enquanto
outra partícula idêntica viaja com velocidade constante de módulo 2v no sentido positivo do eixo y.
Ao passarem pela origem, as partículas colidem e passam a mover-se juntas, como uma única
partícula composta. Sobre o módulo da velocidade da partícula composta e o ângulo que ela faz
com o eixo x, pode-se afirmar que são, respectivamente,
a) 3v, 45o b) 3v, 63o c) v√3, 45o
d) v√5, 45o e) v√5, 63o

Comentários:

Por conservação da quantidade de movimento em cada eixo, temos:


𝑣
𝑚𝑣 = 2𝑚𝑉𝑥 → 𝑉𝑥 =
2
2𝑚𝑣 = 2𝑚𝑉𝑦 → 𝑉𝑦 = 𝑣

𝑣√5
𝑉 = √𝑉𝑥2 + 𝑉𝑦2 =
2
𝑉𝑦
𝜃 = arctan ( ) = arctan(2) = 63°
𝑉𝑥

Gabarito: S/A

(EFOMM – 2013 - ADAPTADA)


A bola A (mA  4,0 kg) se move em uma superfície plana e horizontal com velocidade de módulo 3,0
m/s, estando as bolas B (mB  3,0 kg) e C (mC  1,0 kg) inicialmente em repouso. Após colidir com
a bola B, a bola A sofre um desvio de 30o em sua trajetória, conforme figura abaixo. Já a bola B sofre
nova colisão, agora frontal, com a bola C, ambas prosseguindo juntas com velocidade de módulo v.
Considerando a superfície sem atrito, a velocidade v, em m/s, vale

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 132


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a) 1,5 b) 2,5 c) 3,5 d) 4,5 e) 5,5

Comentários:

No eixo X:

𝑚𝐴 𝑣𝐴 = 𝑚𝐴 𝑣𝐴′ cos 30° + 𝑚𝐵 𝑣𝐵′ cos 60°

3𝑣𝐵′ 4√3 ′
12 = 2√3𝑣𝐴′ + → 𝑣𝐵′ = 8 − 𝑣
2 3 𝐴
No eixo Y:

𝑚𝐴 𝑣𝐴 ′ sin 30° = 𝑚𝐵 𝑣𝐵 sin 60

3𝑣𝐵 √3 3√3
2𝑣𝐴′ = → 2𝑣𝐴 = 12√3 − 6𝑣𝐴′ → 𝑣𝐴′ = 𝑚/𝑠
2 2
𝑣𝐵′ = 2𝑚/𝑠

Na segunda colisão:

𝑚𝐵 𝑣𝐵 = (𝑚𝐵 + 𝑚𝐶 )𝑣

6 = 4𝑣 → 𝑣 = 1,5 𝑚/𝑠

Gabarito: A

(EFOMM – 2012)
Uma bola, de massa 0,20 kg e velocidade v
⃗⃗ de módulo igual a 5,0 m/s, é atingida por um taco e sofre
um desvio de 90o em sua trajetória. O módulo de sua velocidade não se altera, conforme indica a
figura, sabendo que a colisão ocorre num intervalo de tempo de 20 milissegundos, o módulo, em
newtons, da força média entre o taco e a bola, é:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 133


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a) 30√2 b) 50√2 c) 30√3 d) 50√3 e) 30√5

Comentários:

A variação da quantidade de movimento vale 𝑚𝑣√2. Logo:

𝐼 = 𝐹Δ𝑡 = 𝑚𝑣√2

5√2
𝐹 = 0,2 ⋅ = 50√2𝑁
0,02

Gabarito: D

(EFOMM – 2011)
Observe a figura a seguir.

Um jogador de futebol chuta uma bola de massa 1,0kg vinda com velocidade de 10m/s da direção
AB e a arremessa na direção BC com velocidade de 30m/s, conforme a figura acima. Sabendo que
as direções AB e BC são perpendiculares e o tempo de contato do pé com a bola é de 10-2s, qual é
a intensidade, em newtons, da força aplicada na bola pelo jogador?
a) 4059 b) 3162 c) 2059 d) 1542 e) 1005

Comentários:

A variação da velocidade é:

Δ𝑣 = √102 + 302 = 10√10𝑚/𝑠

Logo:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 134


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𝐹Δ𝑡 = 𝑚Δ𝑣

10√10
𝐹 = 1⋅ = 3162𝑁
0,01

Gabarito: B

(EFOMM – 2010)
Observe a figura a seguir.

Dois blocos deslizam sobre uma superfície horizontal com atrito desprezível. Inicialmente, o bloco
de massa 𝑚1 = 1,0𝑘𝑔 tem velocidade 𝑣1 = 4,0𝑚/𝑠 e o bloco de massa 𝑚2 = 2,0𝑘𝑔 tem velocidade
𝑣2 = 1,0𝑚/𝑠, conforme indica a figura acima. Após um curto intervalo de tempo, os dois blocos
colidirão, dissipando a máxima energia mecânica possível, que é, em joules,
29 25 21 17 14
a) b) c) d) e)
3 3 3 3 3

Comentários:

A colisão que dissipa a máxima energia mecânica é a completamente inelástica.

Logo:

𝑚1 𝑣1 + 𝑚2 𝑣2 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑣

2
1 ⋅ 4 + 2 ⋅ (−1) = 3𝑣 → 𝑣 = 𝑚/𝑠
3
A variação da energia mecânica vale:

2 2
𝑚1 𝑣12 𝑚2 𝑣22 (𝑚1 + 𝑚2 )𝑣 2 2
4 1 2 (3)
2 25
Δ𝐸 = + − =1⋅ +2⋅ −3⋅ = 8+1− = 𝐽
2 2 2 2 2 2 3 3
Gabarito: B

(EFOMM – 2007)
Um purificador de óleo de bordo que possui um disco giratório de diâmetro 62 cm gira a 7200 rpm.
A quantidade de movimento (em kg.m/s) tangencial imposta a uma partícula sólida de impureza de
massa 1,5 g, posicionada a 1 cm da borda do disco é, aproximadamente,
a) 0,11 b) 0,23 c) 0,34 d) 0,45 e) 0,56

Comentários:

Calculando a quantidade de movimento em módulo, temos:

7200
𝑝 = 𝑚𝑣 = 𝑚𝑤𝑅 = 2𝜋𝑚𝑓𝑅 = 2 ⋅ 3,14 ⋅ 1,5 ⋅ 10−3 ⋅ ⋅ 30 = 0,34 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠
60

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 135


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Gabarito: C

(EFOMM – 2006)
Certa embarcação mercante tem 33000 toneladas de porte bruto (massa da embarcação); quando
seu sistema propulsor, de potência 8750 HP, aplica força de 3.000.000 N na rotação máxima de
serviço (118 rpm), a quantidade de movimento da embarcação, em kg.m/s é, aproximadamente
(dado 1 HP = 746 watts)
a) 3,6 x 107 b) 4,7 x 107 c) 5,8 x 107
d) 7,2 x 107 e) 8,9 x 107

Comentários:

Pela definição de potência, temos:


𝑚
𝑃 = 𝐹𝑣 → 8750 ⋅ 746 = 3 ⋅ 106 𝑣 → 𝑣 = 2,175
𝑠
Logo, o módulo da quantidade de movimento é dado por:

𝑝 = 𝑚𝑣 = 33 ⋅ 106 ⋅ 2,175 = 7,2 ⋅ 107 𝑘𝑔𝑚/𝑠

Gabarito: D

(ITA – 1990)
Um projétil de massa 𝑚 e velocidade 𝑣 atingo um objeto do massa 𝑀, inicialmente Imóvel. O projétil
atravessa o corpo de massa 𝑀 e sai dele com velocidade 𝑣/2. O corpo que foi atingido desliza por
uma superfície som atrito, subindo uma rampa até a altura ℎ. Nestas condiçóos podemos afirmar
que a velocidade inicial do projétil ora de:

2𝑀 𝑀 𝑀
a) 𝑣 = √2𝑔ℎ b) 𝑣 = 2√2 𝑚 𝑔ℎ c) 𝑣 = 2√𝑚 𝑔ℎ
𝑚

d) 𝑣 = √8𝑔ℎ e) 𝑣 = 2√𝑔ℎ

Comentários:

Conservação da quantidade de movimento na colisão:


𝑣
𝑚⋅𝑣 =𝑚⋅ +𝑀⋅𝜗
2
𝑚 𝑣
𝜗 = ⋅
𝑀 2
Conservação de energia para o bloco de massa M:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 136


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𝑚⋅𝜗2
= 𝑚⋅𝑔⋅ℎ
2
A partir de (i) e (ii), chegamos que:

2𝑀
𝑣 = ⋅ √2 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ
𝑚
Gabarito: A

(ITA – 1991)
Segundo um observador acoplado a um referencial inercial duas partículas de massa 𝑚𝐴 e 𝑚𝐵
possuem velocidades 𝑣⃗𝐴 e 𝑣⃗𝐵 , respectivamente. Qual a quantidade de movimento 𝑝⃗𝐴 que um
observador preso ao centro de massa do sistema mede para a partícula 𝐴?
𝑚 ⋅𝑚
a) 𝑝⃗𝐴 = 𝑚𝐴 𝑣⃗𝐴 b) 𝑝⃗𝐴 = 𝑚𝐴 (𝑣⃗𝐴 − 𝑣⃗𝐵 ) c) 𝑝⃗𝐴 = (𝑚 𝐴+𝑚𝐵 ) 𝑣⃗𝐴
𝐴 𝐵

𝑚𝐴 ⋅𝑚𝐵
d) 𝑝⃗𝐴 = (𝑚 ) (𝑣⃗𝐴 − 𝑣⃗𝐵 ) e) Nenhuma das anteriores.
𝐴 +𝑚𝐵

Comentários:

Calculando a velocidade do centro de massa, temos:

𝑚𝐴 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣𝐴 + 𝑚𝐵 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣𝐵
𝑣𝑐𝑚 =
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑚𝐴 + 𝑚𝐵

No referencial do centro de massa, a velocidade da partícula A é dada por:

⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣𝐴` = ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣𝐴 − ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣𝑐𝑚

Portanto:

𝑝⃗𝐴 = 𝑚𝐴 𝑣⃗𝐴` = 𝑚𝐴 ∙ (𝑣⃗𝐴 − 𝑣⃗𝑐𝑚 )


𝑚𝐴 ∙ 𝑚𝐵
𝑝⃗𝐴 = ∙ (𝑣⃗𝐴 − 𝑣⃗𝐵 )
𝑚𝐴 +𝑚𝐵

Gabarito: D

(ITA – 1991)
Um pêndulo simples de comprimento 𝑙 e massa 𝑚 é posto a oscilar. Cada vez que o pêndulo passa
pela posição de equilíbrio atua sobre ele, durante um pequeno intervalo de tempo 𝑡, uma força 𝐹.
Esta força é constantemente ajustada para, a cada passagem, ter mesma direção e sentido que a
velocidade de 𝑚. Quantas oscilações completas são necessárias para que o pêndulo forme um
ângulo reto com a direção vertical de equilíbrio?
𝑚√𝑔𝑙 𝑚𝑔𝑙√2 𝑚√2𝑔𝑙
a) 𝑛 = b) 𝑛 = c) 𝑛 =
2𝐹𝑡 2𝐹𝑡 2𝐹𝑡
𝑚𝑔𝑙
d) 𝑛 = +1 e) Nenhuma das anteriores.
𝐹𝑡

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 137


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Comentários:

A cada vez que o pêndulo passa pela posição de equilíbrio, ele sofre um impulso da força F que
altera sua velocidade:

𝐼 = 𝐹 ∙ 𝑡 = 𝑚 ∙ ∆𝑣

E a cada oscilação completa, o pêndulo passa duas vezes pela posição de equilíbrio. Assim
podemos escrever sua velocidade em função do número de oscilações completas n que o pêndulo
descreveu:

2∙𝑛∙𝐹∙𝑡
𝑣=
𝑚
Para que faça um ângulo de 90°, sua velocidade no ponto de equilíbrio deve ser igual a:

𝑚𝑣 2
= 𝑚𝑔𝑙 ⇒ 𝑣 = √2𝑔𝑙
2
Igualando as equações, temos:

𝑚√2𝑔𝑙
𝑛=
2𝐹𝑡
Gabarito: C

(ITA – 1992)
Um objeto de massa 𝑀 é deixado cair de uma altura ℎ. Ao final do 1° segundo de queda o objeto é
atingido horizontalmente por um projétil de massa 𝑚 e velocidade 𝑣, que nele se aloja. Calcule o
desvio 𝑥 que o objeto sofre ao atingir o solo, em relação ao alvo pretendido.
𝑚
a) √2ℎ /𝑔 ⋅ (𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑣 b) √2ℎ /𝑔 ⋅ 𝑀+𝑚 ⋅ 𝑣
𝑚 𝑀+𝑚
c) (√2ℎ /𝑔 − 1) ⋅ 𝑀+𝑚 ⋅ 𝑣 d) (√2ℎ /𝑔 − 1) ⋅ ⋅𝑣
𝑀

e) (1 − √2ℎ /𝑔) ⋅ (𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑣

Comentários:

Velocidade do bloco que está caindo após um segundo de queda:

𝜗𝑦 = 𝑔𝑡 = 10 𝑚/𝑠

Como a colisão não altera a velocidade em y, temos que o tempo de queda é mantido, e se
contássemos o tempo para cair, dado que já se passou 1 segundo, teríamos que:

2ℎ
𝑡 = √ −1
𝑔

Conservação da quantidade de movimento na horizontal:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 138


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𝑚⋅𝑣
𝑚 ⋅ 𝑣 = (𝑀 + 𝑚)𝑣 ′ ⇒ 𝑣 ′ =
(𝑀 + 𝑚)

Assim, a distância horizontal percorrida será dada por:

Δ𝑥 = 𝑣 ′ ⋅ 𝑡

𝑚⋅𝑣 2ℎ
Δ𝑥 = [√ − 1]
(𝑀 + 𝑚) 𝑔

Gabarito: C

(ITA – 1995)
Todo caçador ao atirar com um rifle, mantém a arma firmemente apertada contra o ombro evitando
assim o “coice” da mesma. Considere que a massa do atirador é 95,0 𝑘𝑔. A massa do rifle é 5,00 𝑘𝑔,
e a massa do projétil é 15,0 𝑔 o qual é disparada a uma velocidade de 3,00 ⋅ 104 𝑐𝑚/𝑠. Nestas
condição, a velocidade de recuo do rifle (𝑣𝑟 ) quando se segura muito frouxamente a arma e a
velocidade de recuo do atirador (𝑣𝑎 ) quando ele mantém a arma firmemente apoiada no ombro
serão respectivamente:
a) 0,90 𝑚/𝑠; 4,7 ⋅ 102 𝑚/𝑠 b) 90,0 𝑚/𝑠; 4,7 𝑚/𝑠 c) 90,0 𝑚/𝑠; 4,5 𝑚/𝑠

d) 0,90 𝑚/𝑠; 4,5 ⋅ 10−2 𝑚/𝑠 e) 0,10 𝑚/𝑠; 1,5 ⋅ 10−2 𝑚/𝑠

Comentários:

Conservação da quantidade de movimento no caso em que o fuzil está frouxo:

𝑚𝑟 ⋅ 𝑣𝑟 = 𝑚𝑝𝑟𝑜𝑗 ⋅ 𝑣𝑝𝑟𝑜𝑗

5,00 ⋅ 𝑣𝑅 = 15,0 ⋅ 10−3 ⋅ 3,00 ⋅ 102 ⇒ 𝑣𝑟 = 0,90 𝑚/𝑠

Conservação da quantidade de movimento no caso em que o fuzil está preso:

(𝑚𝑟 + 𝑚𝐻 ) ⋅ 𝑣𝑎 = 𝑚𝑝𝑟𝑜𝑗 ⋅ 𝑣𝑝𝑟𝑜𝑗

100 ⋅ 𝑣𝑎 = 15,0 ⋅ 10−3 ⋅ 3,00 ⋅ 102

𝑣𝑎 = 4,5 ⋅ 10−2 𝑚/𝑠

Gabarito: D

(ITA – 1996)
Um avião a jato se encontra na cabeceira da pista com a sua turbina ligada e com os freios acionados,
que o impedem de se movimentar. Quando o piloto aciona a máxima potência, o ar é expelido a
uma razão de 100 𝑘𝑔 por segundo, a uma velocidade de 600 𝑚/𝑠 em relação ao avião. Nessas
condições:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 139


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a) a força transmitida pelo ar expelido ao avião é nula, pois um corpo não pode exercer força sobre
si mesmo.
b) as rodas do avião devem suportar uma força horizontal igual a 60 𝑘𝑁.
c) se a massa do avião é de 7 ⋅ 103 𝑘𝑔 o coeficiente de atrito mínimo entre as rodas e o piso deve
ser de 0,2.
d) não é possível calcular a força sobre o avião com os dados fornecidos.
e) nenhuma das afirmativas acima é verdadeira.

Comentários:

Para o sistema de massa variável, podemos escrever que:

𝑑𝑚
𝐹𝑅 = ∙𝑣 +𝑚∙𝑎
𝑑𝑡 𝑟𝑒𝑙
Como a aceleração é nula, temos que a forca gerada pela turbina é igual a:

𝐹 = 100 ∙ 600 𝑁 = 60𝑘𝑁

Para que o avião não se movimente, as rodas devem suportar uma força de atrito com módulo
igual à forca da turbina. Assim temos que a letra B é a correta.

Gabarito: B

(ITA – 2000)
Uma sonda espacial de 1000 𝑘𝑔, vista de um sistema de referência inercial, encontra-se em repouso
no espaço. Num determinado instante, seu propulsor é ligado e, durante o intervalo de tempo de 5
segundos, os gases são ejetados a uma velocidade constante, em relaçào à sonda, de 5000 𝑚/𝑠. No
final desse processo, com a sonda movendo-se a 20 𝑚/𝑠, a massa aproximada de gases ejetados é
a) 0,8 𝑘𝑔
b) 4 𝑘𝑔
c) 5 𝑘𝑔
d) 20 𝑘𝑔
e) 25 𝑘𝑔

Comentários:

Pela conservação da quantidade de movimento, temos:

𝑀(𝑡) ⋅ 𝑣(𝑡) = 𝑚(𝑡)[5000 − 𝑣(𝑡)]

[𝑀 − 𝑚(𝑡)] ⋅ 𝑣(𝑡) = 𝑚(𝑡)[5000 − 𝑣(𝑡)]

𝑀 ⋅ 𝑣(𝑡) = 𝑚(𝑡)[5000]

𝑀 ⋅ 20 = 𝑚 ⋅ [5000]

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 140


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𝑚 = 4 𝑘𝑔

Gabarito: B

(ITA – 2004)
Atualmente, vários laboratórios. utilizando várias feixes de laser, são capazes de resfriar gases a
temperaturas muito próximas do zero absoluto, obtendo moléculas e átomos ultrafrios. Considere
três átomos ultrafrios de massa 𝑀, que se aproximam com velocidades desprezíveis. Da colisão
tripla resultante, observada de um referencial situado no centro de massa do sistema, forma-se uma
molécula diatômica com liberação de certa quantidade de energia 𝐵. Obtenha a velocidade final do
átomo remanescente em função de 𝐵 e 𝑀.

Comentários:

Como mencionado no enunciado, as velocidades são desprezíveis, isto é, a energia cinética do


sistema é nula. Dessa forma, o centro de massa do sistema está em repouso. Portanto, após a colisão,
temos:

𝑣
2𝑀 ⋅ 𝑣⃗ ′ + 𝑀 ⋅ 𝑣⃗ = ⃗0⃗ ⇒ 𝑣 ′ =
2

A energia cinética do sistema formado pela molécula diatômica e pelo átomo é de:

1 1
𝐵 = 2𝑀 ⋅ 𝑣 ′2 + 𝑀𝑣 2
2 2

𝑣 2 1 4𝐵
𝐵 = 𝑀 ⋅ ( ) + 𝑀𝑣 2 ∴ 𝑣 = √
2 2 3𝑀

𝟒𝑩
Gabarito: √𝟑𝑴

(ITA – 2005)
Um vagão-caçamba de massa 𝑀 se desprende da locomotiva e corre sobre trilhos horizontais com
velocidade constante 𝑣 = 72,0 𝑘𝑚/ℎ (portanto, sem resistência de qualquer espécie ao
movimento). Em dado instante, a caçamba é preenchida com uma carga de grãos de massa igual a
4𝑀, despejada verticalmente a partir do repouso de uma altura de 6,00𝑚 (veja figura).
Supondo que toda a energia liberada no processo seja integralmente convertida em calor para o
aquecimento exclusivo dos grãos, então, a quantidade de calor por unidade de massa recebido pelos
grãos é

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 141


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a) 15 𝐽/𝑘𝑔.
b) 80 𝐽/𝑘𝑔.
c) 100 𝐽/𝑘𝑔.
d) 463 𝐽/𝑘g.
e) 578 𝐽/𝑘𝑔.

Comentários:

A quantidade de movimento se conserva no eixo horizontal. Assim podemos descobrir a


velocidade da caçamba após receber a carga:

𝑄0 = 𝑄𝑓 ⇒ 𝑀𝑣 = 5𝑀𝑣 ′
𝑘𝑚 20𝑚
Passando a velocidade inicial do carrinho para 𝑚/𝑠,𝑣 = 72 = , temos:
ℎ 𝑠

𝑣 ′ = 4 𝑚/𝑠

A energia inicial do sistema é dada por:

𝑀𝑣 2
𝐸0 = 4𝑀𝑔ℎ +
2
A energia final do sistema é dada por:

5𝑀𝑣′2
𝐸𝑓 =
2
A energia liberada é dada pela diferença entre a energia final e a inicial:

𝐸𝑙𝑖𝑏 = 𝐸𝑓 − 𝐸0 ∴ 𝐸𝑙𝑖𝑏 = 400𝑀

Assim a quantidade de energia por unidade de massa é:

𝑄
= 100 𝐽/𝑘𝑔
4𝑀
Gabarito: C

(ITA – 2005)
Dois corpos esféricos de massa 𝑀 e 5𝑀 e raios 𝑅 e 2𝑅, respectivamente, são liberados no espaço
livre. Considerando que a única força interveniente seja a da atração gravitadonal mútua, e que seja
de 12𝑅 a distância de separação inicial entre os centros dos corpos, então, o espaço percorrido pelo
corpo menor até a colisão será de

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 142


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a) 1,5𝑅.
b) 2,5𝑅.
c) 4,5𝑅.
d) 7,5𝑅.
e) 10,0𝑅.

Comentários:

Como todas as forças que agem no sistema constituído pelos corpos são internas, sabemos que a
posição do centro de massa não varia. Portanto:

𝑋𝐶𝑀𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑋𝐶𝑀𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

𝑀 ∙ 0 + 5𝑀 ∙ 12𝑅 𝑀 ∙ 𝑑 + 5𝑀(𝑑 + 3𝑅)


=
6𝑀 6𝑀

𝑑 = 7,5𝑅

Gabarito: D

(ITA – 2006)
Animado com velocidade inicial 𝑣0 , o objeto 𝑋, de massa 𝑚, desliza sobre um piso horizontal ao
longo de uma distância 𝑑, ao fim da qual colide com o objeto 𝑌, de mesma massa, que se encontra
inicialmente parado na beira de uma escada de altura ℎ.
Com o choque, o objeto 𝑌 atinge o solo no ponto 𝑃. Chamando 𝜇𝑘 o coeficiente de atrito cinético
entre o objeto 𝑋 e o piso, 𝑔 a aceleração da gravidade e desprezando a resistência do ar, assinale a
expressão que dá a distância 𝑑.
1 𝑠2 𝑔
a) 𝑑 = 2𝜇 (𝑣02 − )
𝑘 𝑔 2ℎ
−1 𝑠2 𝑔
b) 𝑑 = 2𝜇 (𝑣02 − )
𝑘 𝑔 2ℎ

−𝑣 𝑔
c) 𝑑 = 2𝜇 0𝑔 (𝑣0 − 𝑠√2ℎ)
𝑘

1 𝑠2 𝑔
d) 𝑑 = 2𝜇 (2𝑣02 − )
𝑘 𝑔 2ℎ

−𝑣0 𝑔
e) 𝑑 = 𝜇 (𝑣0 − 𝑠√2ℎ)
𝑘𝑔

Comentários:

Admitindo colisão elástica entre 𝑋 e 𝑌, a velocidade de lançamento de 𝑌 logo após o choque é


igual a velocidade de 𝑋 após percorrer a distância 𝑑.

O tempo de queda de 𝑌 é dado por:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 143


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2ℎ
𝑡𝑞𝑢𝑒𝑑𝑎 = √
𝑔

Portanto, a velocidade de lançamento de 𝑌 é expressa por:

𝑠 𝑔
𝑣= =𝑠⋅√
𝑡𝑞𝑢𝑒𝑑𝑎 2ℎ

Pela equação de Torricelli, podemos determinar o deslocamento de 𝑋 antes da colisão:


2
𝑔
2
𝑣 = 𝑣02 + 2 ⋅ (−𝜇𝑘 ⋅ 𝑔) ⋅ 𝑑 ⇒ (𝑠 ⋅ √ ) = 𝑣02 − 2 ⋅ 𝜇𝑘 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑑
2ℎ

1 2
𝑠2 ⋅ 𝑔
𝑑= (𝑣 − )
2 ⋅ 𝜇𝑘 ⋅ 𝑔 0 2ℎ

Gabarito: A

(ITA – 2007)
Uma bala de massa 𝑚 e velocidade 𝑣0 é disparada contra um bloco de massa 𝑀, que inicialmente
se encontra em repouso na borda de um poste de altura ℎ, conforme mostra a figura.
A bala aloja-se no bloco que, devido ao impacto, cai no solo. Sendo 𝑔 a aceleração da gravidade, e
não havendo atrito e nem resistência de qualquer outra natureza, o módulo da velocidade com que
o conjunto atinge o solo vale
𝑚𝑣 2
a) √(𝑚+𝑀
0
) + 2𝑔ℎ

2𝑔ℎ𝑚2
b) √𝑣02 + (𝑚+𝑀)2

2𝑚𝑔ℎ
c) √𝑣02 + 𝑀

d) √𝑣02 + 2𝑔ℎ
𝑚𝑣 2
e) √𝑚+𝑀
0
+ 2𝑔ℎ

Comentários:

Durante a colisão, podemos conservar a quantidade de movimento:

𝑚 ⋅ 𝑣0
𝑚 ⋅ 𝑣0 = (𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑣 ⇒ 𝑣 =
𝑚+𝑀

Após a colisão, o conjunto (𝑚 + 𝑀) sai, horizontalmente, com velocidade 𝑣. Portanto, pela


conservação da energia mecânica, temos:

𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
𝐸𝑚𝑒𝑐 = 𝐸𝑚𝑒𝑐

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 144


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1 1
(𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑣 2 + (𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ = (𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑢2
2 2

𝑚 ⋅ 𝑣0 2
𝑢 = √𝑣 2 + 2 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ ⇒ 𝑢 = √( ) +2⋅𝑔⋅ℎ
𝑚+𝑀

Gabarito: A

(ITA – 2008)
Num dos pratos de uma balança que se encontra em equilíbrio estático, uma mosca de massa 𝑚
está em repouso no fundo de um frasco de massa 𝑀. Mostrar em que condições a mosca poderá
voar dentro do frasco sem que o equilíbrio seja afetado.

Comentários:

A força que a balança indica é a força vertical que o frasco atua sobre ela. Assim, para que a mosca
consiga se locomover no interior do frasco sem afetar o equilíbrio, basta que a aceleração vertical do
animal seja sempre nula. Pois, caso contrário, ela estaria gerando força vertical sobre o frasco e
consequentemente mudando a leitura da balança.

Além disso, o centro de massa da porção direita da balança deve sempre permanecer à uma
mesma distância do pino central. Dessa forma, o movimento da mosca deve se restringir apenas ao plano
vertical, perpendicular ao braço da balança, tal que contenha a posição inicial da mosca.

Gabarito: ver comentários.

(ITA – 2012)
100 cápsulas com água, cada uma de massa 𝑚 = 1,0 𝑔, são disparadas à velocidade de 10,0 𝑚/𝑠
perpendicularmente a uma placa vertical com a qual colidem inelasticamente. Sendo as cápsulas
enfileiradas com espaçamento de 1,0 𝑐𝑚, determine a força média exercida pelas mesmas sobre a
placa.

Comentários:

Pelo teorema do impulso, podemos calcular a força média exercida pelas cápsulas:
𝑚
⃗⃗ ⇒ 𝐹⃗𝑚 ⋅ Δ𝑡 = 𝑚 ⋅ Δ𝑣⃗ ⇒ |𝐹⃗𝑚 | =
𝐼⃗ = Δ𝑄 ⋅ |Δ𝑣⃗|
Δ𝑡
Como a colisão é inelástica, então:

|Δ𝑣⃗| = |0 − 10| = 10 𝑚/𝑠

Assim, o tempo decorrido entre os choques das cápsulas é de:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 145


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𝐿 1 ⋅ 10−2 𝑚
Δ𝑡 = = = 10−3 𝑠
𝑣 10 𝑚/𝑠

Admitindo que a força média sobre as cápsulas tem a mesma intensidade que a força média sobre
a placa. Portanto:

1,0 ⋅ 10−3
|𝐹⃗𝑚 | = ⋅ 10,0 ⇒ |𝐹⃗𝑚 | = 10 𝑁
10−3
Gabarito: 10 N

(ITA – 2013)
Uma rampa maciça de 120 𝑘𝑔 inicialmente em repouso, apoiada sobre um piso horizontal, tem sua
declividade dada por 𝑡𝑔(𝜃) = 3/4. Um corpo de 80 𝑘𝑔 desliza nessa rampa a partir do repouso,
nela percorrendo 15 𝑚 até alcançar o piso. No final desse percurso, e desconsiderando qualquer
tipo de atrito, a velocidade da rança em relação ao piso é de aproximadamente
a) 1 m/s. b) 3 m/s. c) 5 m/s. d) 2 m/s. e) 4 m/s.

Comentários:

Devido à ausência de forças externas, a posição do centro de massa do sistema não se altera. Assim
podemos encontrar o quanto a rampa se deslocou:

𝑋𝐶𝑀𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑋𝐶𝑀𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

80 ∙ 12 + 120 ∙ 8 80𝑥 + 120(8 + 𝑥)


=
80 + 120 80 + 120
𝑥 = 4,8 𝑚

Adotando o referencial não inercial e fazendo as equações das forças, temos:

 Para a rampa:

𝑁𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝑀𝑎

 Para o bloco:

𝑁 + 𝑚𝑎 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝑚𝑔𝑐𝑜𝑠𝜃

Substituindo a N podemos encontrar a aceleração da rampa:

𝑎 ≅ 2,58 𝑚/𝑠 2

Logo a velocidade da rampa é:

𝑣 2 = 2𝑎∆𝑆 ⇒ 𝑣 = 5𝑚/𝑠

Gabarito: C

(ITA – 2014)

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 146


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Um disco rígido de massa 𝑀 e centro 𝑂 pode oscilar sem atrito num plano vertical em torno de uma
articulação 𝑃. O disco é atingido por um projétil de massa 𝑚 ≪ 𝑀 que se move horizontalmente
com velocidade 𝑣 no plano do disco. Após a colisão, o projétil se incrusta no disco e o conjunto gira
em torno de 𝑃 até o ângulo 𝜃. Nestas condições, afirmam-se:

I. A quantidade de movimento do conjunto 𝑝𝑟𝑜𝑗é𝑡𝑖𝑙 + 𝑑𝑖𝑠𝑐𝑜 se mantém a mesma imediatamente


antes e imediatamente depois da colisão.
II. A energia cinética do conjunto 𝑝𝑟𝑜𝑗é𝑡𝑖𝑙 + 𝑑𝑖𝑠𝑐𝑜 se mantem a mesma imediatamente antes e
imediatamente depois da colisão.
III. A energia mecânica do conjunto 𝑝𝑟𝑜𝑗é𝑡𝑖𝑙 + 𝑑𝑖𝑠𝑐𝑜 imediatamente após a colisão é igual à da
posição de ângulo 𝜃/2.
É (são) verdadeira(s) apenas a(s) assertiva(s)
a) I. b) I e II. c) I e III. d) II e III. e) III.

Comentários:

I. FALSA. A articulação 𝑃 realiza sobre o sistema um impulso e, por isso, a quantidade de movimento não
se conserva.

II. FALSA. Na colisão inelástica não há conservação de energia.

III. VERDADEIRA. Após a colisão, a única força realizando trabalho é a força Peso. Assim a energia se
conserva.

Gabarito: E

(ITA – 2015)
Uma chapa metálica homogênea quadrada de 100 𝑐𝑚2 de área, situada no plano 𝑥𝑦 de um sistema
de referência, com um dos lados no eixo 𝑥, tem o vértice inferior esquerdo na origem. Dela, retira-
se uma porção circular de 5,00 𝑐𝑚 de diâmetro com o centro posicionado em 𝑥 = 2,50 𝑐𝑚 e 𝑦 =
5,00 𝑐𝑚. Determine as coordenadas do centro de massa da chapa restante.
a) (𝑥𝐶 , 𝑦𝐶 ) = (6,51, 5,00) 𝑐𝑚 b) (𝑥𝐶 , 𝑦𝐶 ) = (5,61, 5,00) 𝑐𝑚
c) (𝑥𝐶 , 𝑦𝐶 ) = (5,00, 5,61) 𝑐𝑚 d) (𝑥𝐶 , 𝑦𝐶 ) = (5,00, 6,51) 𝑐𝑚
e) (𝑥𝐶 , 𝑦𝐶 ) = (5,00, 5,00) 𝑐𝑚

Comentários:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 147


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1 2 3

Pela definição do centro de massa, sabemos que:

∑ 𝑚𝑦 ∑ 𝑚𝑥
𝑦𝑐 = ; 𝑥𝑐 =
∑𝑚 ∑𝑚

Como a chapa é homogênea, então podemos escrever a massa em função da área e da densidade
superficial de massa:

𝑚𝑖 = 𝜇 ⋅ 𝐴𝑖

Com isso, podemos escrever a posição do centro de massa em função das áreas.

∑ 𝜇 ⋅ 𝐴𝑖 ⋅ 𝑦𝑖 ∑ 𝜇 ⋅ 𝐴𝑖 ⋅ 𝑥𝑖
𝑦𝑐 = ; 𝑥𝑐 =
∑ 𝜇 ⋅ 𝐴𝑖 ∑ 𝜇 ⋅ 𝐴𝑖

∑ 𝐴𝑖 ⋅ 𝑦𝑖 ∑ 𝐴𝑖 ⋅ 𝑥𝑖
𝑦𝑐 = ; 𝑥𝑐 =
∑ 𝐴𝑖 ∑ 𝐴𝑖

Pelo princípio da superposição, podemos dizer que:

𝐴𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ⋅ 𝑥𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝐴𝑐í𝑟𝑐𝑢𝑙𝑜 ⋅ 𝑥𝑐í𝑟𝑐𝑢𝑙𝑜 100 ⋅ 5 − (3,14 ⋅ 2,52 ) ⋅ 2,5


𝑥𝑐𝑚 = ⇒ 𝑥𝑐𝑚 =
𝐴𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝐴𝑐í𝑟𝑐𝑢𝑙𝑜 100 − (3,14 ⋅ 2,52 )

𝑥𝑐𝑚 = 5,61 𝑐𝑚

Devido à simetria do problema, a posição vertical do centro de massa deve permanecer a mesma:

𝑦𝑐𝑚 = 5,00 𝑐𝑚

Gabarito: B

(ITA – 2016)
Na ausência da gravidade e no vácuo, encontram-se três esferas condutoras alinhadas, 𝐴, 𝐵 e 𝐶, de
mesmo raio e de massas respectivamente iguais a 𝑚, 𝑚 e 2𝑚. Inicialmente 𝐵 e 𝐶 encontram-se
descarregadas e em repouso, e a esfera 𝐴, com carga elétrica 𝑄, é lançaria contra a intermediária 𝐵
com uma certa velocidade 𝑣. Supondo que todos movimentos ocorram ao longo de uma mesma
reta, que as massas sejam grandes o suficiente para se desprezar as forças coulombianas e ainda
que todas as colisões sejam elásticas, determine a carga elétrica de cada esfera após todas as
colisões possíveis.

Comentários:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 148


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A primeira colisão ocorre entre as bolas A e B. Como todas as colisões são elásticas usaremos que
𝑒 = 1.

Numa colisão, a quantidade de movimento se conserva:

𝑄0 = 𝑄𝑓 ⇒ 𝑚𝑣 = 𝑚𝑣𝐴′ + 𝑚𝑣𝐵′

𝑒 = 1 ⇒ 𝑣 = 𝑣𝐵′ −𝑣𝐴′

Resolvendo o sistema, temos:

𝑣𝐵′ = 𝑣 𝑒 𝑣𝐴′ = 0

Resultado que já esperávamos, pois numa colisão elástica entre corpos de mesma massa, eles
trocam de velocidade.

Como todas têm o mesmo raio, a carga se distribui igualmente. Assim, após a primeira colisão:

𝑄 𝑄
𝑄𝐴 = 𝑒 𝑄𝐵 = 𝑒 𝑄𝐶 = 0
2 2
Para a segunda colisão, aplicando os mesmos passos, temos:

𝑣𝐵′′ = 𝑣/3 𝑒 𝑣𝐶′ = 2𝑣/3

E:
𝑄 𝑄 𝑄
𝑄𝐴 = 𝑒 𝑄𝐵 = 𝑒 𝑄𝐶 =
2 4 4
Para a terceira colisão, 𝐴 e 𝐵 trocam de velocidades e, assim, não haverá mais colisões. Assim,
após todas as colisões:

3𝑄 3𝑄 𝑄
𝑄′𝐴 = 𝑒 𝑄′𝐵 = 𝑒 𝑄′𝐶 =
8 8 4
𝟑𝑸 𝟑𝑸 𝑸
Gabarito: 𝑸′𝑨 = , 𝑸′𝑩 = , 𝑸′𝑪 =
𝟖 𝟖 𝟒

(IME – 2009)

Duas partículas A e B de massas 𝑚𝐴 = 0,1 𝑘𝑔 e 𝑚𝐵 = 0,2 𝑘𝑔 sofrem colisão não frontal. As


componentes 𝑥 e 𝑦 do vetor quantidade de movimento em função do tempo são apresentadas nos
gráficos acima.
Considere as seguintes afirmativas:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 149


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I. A energia cinética total é conservada.


II. A quantidade de movimento total é conservada.
III. O impulso correspondente à partícula B é 2𝑖 + 4𝑗.
IV. O impulso correspondente à partícula A é −3𝑖 + 2𝑗.
As afirmativas corretas são apenas:
a) I e II b) I e III c) II e III d) II e IV e) III e IV

Comentários:
2
𝑚𝐴 𝑣𝐴
I.FALSA. 𝐸0 = = 80 𝐽 e 𝐸𝑓 = 57,5 J.
2

II.VERDADEIRA. Em 𝑥, a quantidade de movimento do sistema inicialmente é 4 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠 e, após a colisão,


esse valor se conserva. Em 𝑦, a quantidade de movimento do sistema se conserva sendo constante igual
a 0.

III.FALSA. O impulso correspondente à partícula B é 3𝑖 − 2𝑗.

IV.FALSA. O impulso correspondente à partícula A é −3𝑖 + 2𝑗.

Gabarito: D

(IME – 2009)
Dois corpos 𝐴 e 𝐵 encontram-se sobre um plano horizontal sem atrito. Um observador inercial O
está na origem do eixo 𝑥. Os corpos 𝐴 e 𝐵 sofrem colisão frontal perfeitamente elástica, sendo que,
inicialmente, o corpo A tem velocidade 𝑣𝐴 = 2 𝑚/𝑠 (na direção 𝑥 com sentido positivo) e o coipo 𝐵
está parado na posição 𝑥 = 2 𝑚. Considere um outro observador inercial 𝑂′ que no instante da
colisão tem a sua posição coincidente com a do observador 𝑂. Se a velocidade relativa de 𝑂′ em
relação a 𝑂 é 𝑣0′ = 2 𝑚/𝑠 (na direção 𝑥 com sentido positivo), determine em relação a 𝑂
a) as velocidades dos corpos 𝐴 e 𝐵 após a colisào;
b) a posição do corpo 𝐴 dois segundos após a colisào.
Dados:
• massa de A = 100 𝑔;
• massa de B = 200 𝑔.

Comentários:

a) Em relação à 𝑂’, o corpo 𝐴 está inicialmente parado e o corpo 𝐵 tem velocidade 𝑣𝐵 = 2 𝑚/𝑠 (na direção
de x com sentido negativo).

Dado que a colisão foi perfeitamente elástica, temos que velocidade relativa de afastamento é
igual a velocidade relativa de aproximação:

𝑣′𝐴 − 𝑣 ′ 𝐵 = 2

A quantidade de movimento se conserva:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 150


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𝑚𝐵 ∙ 2 = 𝑚𝐴 ∙ 𝑣 ′𝐴 + 𝑚𝐵 ∙ 𝑣 ′ 𝐵

4 = 𝑣 ′𝐴 + 2𝑣 ′ 𝐵

Assim:

2𝑚 8𝑚
𝑣 ′𝐵 = − 𝑒 𝑣 ′𝐴 = −
3 𝑠 3𝑠
b) Posição do corpo A:

8 10
𝑆 =2− ∙2=− 𝑚
3 3
𝟖 𝟐 𝟏𝟎
Gabarito: a) − 𝟑 𝒎/𝒔 e − 𝟑 𝒎/𝒔 b) − 𝒎
𝟑

(IME – 2010)
Um soldado em pé sobre um lago congelado (sem atrito) atira horizontalmente com uma bazuca. A
massa total do soldado e da bazuca é 100 kg e a massa do projétil é 1 kg. Considerando que a bazuca
seja uma máquina térmica com rendimento de 5% e que o calor fornecido a ela no instante do
disparo é 100 kJ, a velocidade de recuo do soldado é, em m/s,
a) 0,1 b) 0,5 c) 1,0 d) 10.0 e) 100,0

Comentários:

De acordo com o rendimento da bazuca, ela realiza um trabalho de 5 kJ. Essa energia é usada para
acelerar o projétil, assim, o projétil sai da bazuca com velocidade igual a:

𝑚𝑣𝐵2 𝑚
𝜏= ⇒ 𝑣𝐵 = 100
2 𝑠
Conservando a quantidade de movimento, temos:

𝑄0 = 𝑄𝑓 ⇒ 0 = 𝑚𝐵 𝑣𝐵 + 𝑚𝑆 𝑣𝑆 ∴ 𝑣𝑆 = −1 𝑚/𝑠

O sinal negativo indica que o soldado recua com velocidade de 1 m/s.

Gabarito: C

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 151


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7. Lista de questões nível 2


(EN – 2016)
Analise a figura abaixo.

A figura acima mostra um homem de 69kg, segurando um pequeno objeto de 1,0kg, em pé na popa
de um flutuador de 350kg e 6,0m de comprimento que está em repouso sobre águas tranquilas. A
proa do flutuador está a 0,50m de distância do píer. O homem se desloca a partir da popa até a
proa do flutuador, para, e em seguida lança horizontalmente o objeto, que atinge o píer no ponto
B, indicado na figura acima. Sabendo que o deslocamento vertical do objeto durante seu voo é de
1,25m, qual a velocidade, em relação ao píer, com que o objeto inicia o voo?
Dado: g = 10 m/s 2
a) 2,40 m/s b) 61,0 cm/s c) 360 cm/s d) 3,00 km/h e) 15,0 km/h

(EN – 2014)
Um artefato explosivo é lançado do solo com velocidade inicial 𝑉0 fazendo um ângulo de 30° com a
horizontal. Após 3,0 segundos, no ponto mais alto de sua trajetória, o artefato explode em duas
partes iguais, sendo que uma delas (fragmento A) sofre apenas uma inversão no seu vetor
velocidade. Desprezando a resistência do ar, qual a distância, em metros, entre os dois fragmentos
quando o fragmento A atingir o solo?
Dados : sen 30° = 0,5 cos 30° = 0,9 g = 10m /s 2
a) 280 b) 350 c) 432 d) 540 e) 648

(EN – 2015)
Analise a figura abaixo.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 152


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A figura acima mostra o gráfico das energias cinéticas de dois carrinhos, A e B respectivamente, que
deslizam sem atrito ao longo de um trilho horizontal retilíneo. No instante t = 3s ocorre uma colisão
entre os carrinhos. Sendo assim, assinale a opção que pode representar um gráfico para as
velocidades dos carrinhos antes e depois da colisão.

a) b)

c) d)

e)

(2ª fase OBF – 2008)


Duas partículas, uma de massa 𝑚 e velocidade 𝑣, e outra de massa 2𝑚 e velocidade
𝑣/2, movem-se perpendicularmente sobre uma superfície horizontal lisa como mostra
a figura 3. Num determinado instante atuam, sobre estas partículas, forças de igual
módulo, direção e sentido. Quando estas forças deixam de atuar, a primeira partícula
adquire um movimento perpendicular à sua direção inicial, sendo o módulo da
velocidade, o mesmo. Qual o módulo da velocidade adquirida pela segunda partícula?

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 153


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(2ª fase OBF – 2008)


Na superfície de um lago de águas paradas encontra-se em movimento um tronco, de massa 400 𝑘𝑔
e comprimento 18 𝑚, com uma velocidade constante igual a 4,0 𝑚/𝑠 em relação às margens do
lago. Em um determinado instante, um homem de massa 80 𝐾𝑔 começa a correr sobre ele, saindo
de uma extremidade a outra, com uma velocidade igual a 3,0 𝑚/𝑠 em relação ao tronco e no mesmo
sentido de seu movimento. Qual a distância percorrida pelo tronco sobre a água, do instante que o
homem deixa uma de suas extremidades e alcança a outra extremidade? Considere desprezível a
resistência produzida pela água ao movimento do tronco.

(2ª fase OBF – 2009)


Uma esfera de massa 𝑚 = 4𝑘𝑔 presa a uma haste de massa desprezível atinge, numa colisào
perfeitamente elástica, um bloco inicialmente em repouso, de massa 𝑚 = 6𝑘𝑔. A haste encontra-
se inicialmente na posição horizontal e possui um comprimento igual a 45 𝑐𝑚. com mostrado na
figura 3. Logo após a colisào. o bloco desliza sobre uma superfície plana com coeficiente de atrito
cinético 𝜇𝑐 = 0,4, percorrendo uma distância de 50 𝑐𝑚. Depois que o bloco passa pela superfície
com atrito, ele passa a deslizar sobre uma superfície de coeficiente de atrito cinético desprezível
como mostra a figura abaixo. Calcule a altura máxima atingida pelo bloco quando este entra na
elevação da pista (á direita).

(3ª fase OBF – 2009)


A figura 5 representa duas partículas de massas 𝑚1 = 4 𝑘𝑔 e 𝑚2 = 6 𝑘𝑔 movendo-se em direções
opostas, sobre uma superfície plana sem atrito. Elas têm velocidades constantes, cujos módulos são
𝑣1𝑖 = 20 𝑚/𝑠 e 𝑣2𝑖 = 10 𝑚/𝑠 e colidem. A colisão é frontal e perfeitamente elástica. Calcule as
velocidades finais das partículas.

(3ª fase OBF – 2010)


Um carrinho de massa 𝑚 com velocidade 𝑣 movimenta-se sobre uma superfície horizontal conforme
a figura abaixo. Este carrinho choca-se com uma mola de constante elástica 𝑘 (desconsidere todos
os efeitos de quaisquer tipos de atrito neste sistema).

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 154


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a) Qual o tempo total de colisão entre o carrinho e a mola (tempo em que ambos ficarão em
contato)?
b) Faça uma estimativa razoável do impulso total fornecido pela mola após o choque.

(3ª fase OBF – 2014)


Um pêndulo simples de comprimento L é posto a oscilar com uma abertura angular de 60°. A massa
pendular colide com uma parede onde perde 10,0% de sua energia. Quantas colisões o pêndulo
realiza com a parede?
Dados 𝑙𝑜𝑔 (0,4) = − 0,40 e 𝑙𝑜𝑔 (0,90) = − 0,046.

(2ª fase OBF – 2016)


Com a intenção de estudar os movimentos dos corpos e suas relações com a massa, foi construído
para uma feira de ciências um experimento que consiste de uma base "𝑏", uma rampa “𝑟” e uma
esfera "𝑒", conforme ilustrado na figura abaixo. A base foi fixada ao solo, de modo que sua superfície
superior plana e absolutamente lisa ficasse perfeitamente nivelada na horizontal. A rampa, com
formato circular de raio 𝑅 = 6 𝑚 e massa 5𝑀, foi apoiada em repouso sobre a base, mas podendo
deslizar sobre ela praticamente sem atrito. No ponto mais alto da rampa, uma esfera maciça,
homogênea, de massa 𝑀 e absolutamente lisa, foi então abandonada, deslizando sem rolar pela
rampa conforme a figura. Desprezando a resistência do ar e qualquer outro atrito, e considerando
o módulo da aceleração da gravidade 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 , determine, em m/s, o módulo da velocidade
da esfera no instante em que ela perde o contato com a rampa.

(2ª fase OBF – 2017)


Uma esfera de massa 𝑚1 é abandonada de uma altura ℎ, conforme ilustra figura. A esfera 𝑚1 entra
em um tubo circular e percorrendo o trajeto do tubo, até colidir elasticamente com outra esfera de
massa 𝑚2 em repouso.
Desprezando todos os atritos bem como as dimensões das esferas, pede-se

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 155


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a) justificar os princípios físicos das leis da conservação presentes nesta situação


b) determinar o valor de ℎ tal que na colisão, a massa 𝑚1 entre em repouso e a massa 𝑚2 atinja o
outro extremo do tubo.

(AFA – 2021)
Numa partida de vôlei, certo atleta dá um mergulho na quadra, a uma distância x = 2,5 m da rede,
defendendo um ataque adversário, conforme figura a seguir. Após essa defesa, considere que a bola
é lançada de uma altura desprezível em relação ao chão, de forma que sua velocidade faz um ângulo
de 45º com a direção horizontal. Ao longo de sua trajetória, essa bola toca a fita da rede caindo,
posteriormente, do outro lado da quadra. Imediatamente antes e imediatamente após tocar a fita,
a velocidade da bola tem direção horizontal. A distância x’, onde a bola cai na quadra, é igual à
metade da altura h da fita. Despreze a resistência do ar e considere a bola uma partícula de massa
200 g, cujo movimento se dá no plano da figura. O módulo do impulso, aplicado pela fita sobre a
bola, em N⋅s, vale

a) 0,50 b) 0,75 c) 1,00 d) 1,25

(AFA – 2021)
Uma partícula de massa M é lançada obliquamente com sua velocidade inicial 𝑣⃗0 fazendo um ângulo
de 30º com a direção horizontal, conforme indica figura a seguir. Ao atingir a altura máxima de sua
trajetória parabólica, essa partícula colide inelasticamente com um bloco de massa 5M. Esse bloco,
de dimensões desprezíveis, está preso ao teto por um fio ideal, de comprimento 1,2 m, formando
um pêndulo balístico. Inicialmente o fio do pêndulo está na vertical. Após a colisão, o pêndulo atinge
uma altura máxima, na qual o fio tem uma inclinação de 30º em relação à direção horizontal.
Desprezando a resistência do ar, o módulo da velocidade inicial da partícula, 𝑣0 , em m/s, é igual a

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 156


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a) 5,0 b) 10 c) 15 d) 24

(AFA – 2020)
A partícula 1, no ponto A, sofre uma colisão perfeitamente elástica e faz com que a partícula 2,
inicialmente em repouso, percorra, sobre uma superfície, a trajetória ABMCD, conforme figura a
seguir.
O trecho BMC é um arco de 90° de uma circunferência de raio R = 1,0 m.
Ao passar sobre o ponto M, a partícula 2 está na iminência de perder o contato com a superfície. A
energia mecânica perdida, devido ao atrito, pela partícula 2 ao longo do trecho ABM é exatamente
igual à que ela perde no trecho MCD. No ponto D, a partícula 2 sofre outra colisão, perfeitamente
elástica, com a partícula 3, que está em repouso. As partículas 1 e 3 possuem mesma massa, sendo
a massa de cada uma delas o dobro da massa da partícula 2. A velocidade da partícula 1,
imediatamente antes da colisão no ponto A, era de 6,0 m/s. A aceleração da gravidade é constante
e igual a g. Desprezando a resistência do ar, a velocidade da partícula 3, imediatamente após a
colisão no ponto D, em m/s, será igual a

a) 3,0 b) 4,0 c) 5,0 d) 6,0


(AFA – 2019)
A montagem da figura a seguir ilustra a descida de uma partícula 1 ao longo de um trilho curvilíneo.
Partindo do repouso em A, a partícula chega ao ponto B, que está a uma distância vertical H abaixo
do ponto A, de onde, então, é lançada obliquamente, com um ângulo de 450 com a horizontal.

A partícula, agora, descreve uma trajetória parabólica e, ao atingir seu ponto de altura máxima,
nessa trajetória, ela se acopla a uma partícula 2, sofrendo, portanto, uma colisão inelástica. Essa
segunda partícula possui o dobro de massa da primeira, está em repouso antes da colisão e está

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 157


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presa ao teto por um fio ideal, de comprimento maior que H, constituindo, assim, um pêndulo.
Considerando que apenas na colisão atuaram forças dissipativas, e que o campo gravitacional local
é constante. O sistema formado pelas partículas 1 e 2 atinge uma altura máxima h igual a
𝐻 𝐻 𝐻 𝐻
a) b) 9 c) 16 d) 18
3

(AFA – 2015)
Considere duas rampas 𝐴 e 𝐵, respectivamente de massas 1 𝑘𝑔 e 2 𝑘g, em forma de quadrantes de
circunferência de raios iguais a 10 m, apoiadas em um plano horizontal e sem atrito. Duas esferas 1
e 2 se encontram, respectivamente, no topo das rampas 𝐴 e 𝐵 e são abandonadas, do repouso, em
um dado instante, conforme figura abaixo.

Quando as esferas perdem contato com as rampas, estas se movimentam conforme os gráficos de
suas posições 𝑥, em metros, em função do tempo 𝑡, em segundos, abaixo representados.

𝑚1
Desprezando qualquer tipo de atrito, a razão das massas 𝑚1 e 𝑚2 das esferas 1 e 2,
𝑚2
respectivamente, é
1 3
a) 2 b) 1 c) 2 d) 2

(AFA – 2014)
Uma partícula 𝐴, de massa m e carga elétrica q, está em repouso no momento em que uma segunda
partícula 𝐵, de massa e carga elétrica iguais às de 𝐴, é lançada com velocidade de módulo igual a
𝑣0 , na direção 𝑥, conforme ilustra a figura abaixo.

A partícula 𝐵 foi lançada de um ponto muito distante de 𝐴, de tal forma que, no instante do
lançamento, as forças elétricas coulombianas entre elas possam ser desprezadas. Sendo 𝐾 a
constante eletrostática do meio e considerando apenas interações eletrostáticas entre essas
partículas, a distância mínima entre 𝐴 e 𝐵 será igual a
8 𝑚𝑣 2 3 𝐾𝑣 2 𝐾𝑞 2 𝐾𝑞 2
a) 3 𝐾𝑞20 b) 4 𝑚𝑞02 c) 2 𝑚𝑣2 d) 4 𝑚𝑣2
0 0

(EN – 2011)

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 158


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Uma pista é composta por um trecho retilíneo longo horizontal seguido do trecho circular vertical
de raio R (conforme a figura abaixo). O carrinho (1) (partícula), de massa m1 = 1,0 kg e velocidade
v⃗⃗⃗⃗=
1 5,0. î (m/ s), colide com o carrinho (2) (partícula), de massa m2 = 2,0kg, em repouso no trecho
retilíneo. Despreze os atritos. O coeficiente de restituição do choque vale 0,80. Após a colisão, o
carrinho (2) sobe o trecho circular vertical e, num certo instante, passa pela primeira vez na
posição A, de altura ha = R, com velocidade tal que o módulo da força normal da pista sobre o
carrinho é igual ao módulo do seu peso. Nesse instante, o módulo da velocidade (em m/ s) do
carrinho (2) em relação ao carrinho (1) é

a) 1,0 b) 1,2 c) 2,5 d) 2,0 e) 3,0

(EN – 2010)
Dois pêndulos constituídos por fios de massas desprezíveis e de comprimento L = 2,0 m estão
pendurados em um teto em dois pontos próximos de tal modo que as esferas A e B, de raios
desprezíveis, estejam muito próximas, sem se tocarem. As massas das esferas valem mA = 0,10 kg
e mB = 0,15 kg. Abandona-se a esfera A quando o fio forma um ângulo de 60° com a vertical,
estando a esfera B do outro pêndulo na posição de equilíbrio. Sabendo que, após a colisão frontal,
a altura máxima alcançada pelo centro de massa do sistema, em relação à posição de equilíbrio, é
de 0,40 m, o coeficiente de restituição da colisão é Dado: | g | = 10,0 m/ s 2

a) zero b) 0,25 c) 0,50 d) 0,75 e) 1,00

(EN – 2009)
Uma bola de golfe percorre 7, 2m horizontalmente e atinge uma altura máxima de 1, 8m antes de
colidir com o solo. Durante o choque com o solo, a bola sofre um impulso na vertical e
imediatamente após o choque sua velocidade forma um ângulo de 30° com a horizontal, conforme
indica a figura. Quanto vale o coeficiente de restituição da colisão?
Dados: g = 10m/s 2 ; sen30° = 1 ⁄ 2 ; sen60° = √3 ⁄ 2

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 159


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√3 2 √3 √2
a) b) 3 c) d) e) 1
2 3 3

(EN – 2008)
Uma esfera de madeira, de massa igual a 4,00 𝑘𝑔, é solta de uma altura igual a 1,80 m de um piso
horizontal (massa infinita). No choque, o piso exerce uma força média de módulo igual a 12 ⋅ 103 𝑁 ,
atuando no intervalo de tempo de 3,00 𝑚𝑠. Desprezando-se a resistência do ar, o coeficiente de
restituição do choque vale:
Dado: |𝑔̅ | = 10,0𝑚/𝑠 2
a) 0,30 b) 0,40 c) 0,45 d) 0,50 e) 0,60

(EN – 2008)
Um projétil de chumbo, de massa igual a 10,0 gramas, está na temperatura de 27,0°𝐶 e se desloca
horizontalmente com velocidade de 400 𝑚/𝑠 quando se choca com um bloco de massa 5,00 𝑘𝑔,
inicialmente em repouso sobre uma superfície horizontal. Os coeficientes de atrito entre o bloco e
a superfície horizontal valem 0,300 e 0,200. O projétil penetra no bloco e o conjunto passa a se
mover com uma velocidade de 2,00 𝑚/𝑠. Admitindo-se que a energia cinética perdida pelo projétil
seja transformada em calor e que 40% deste calor foi absorvido pelo próprio projétil, a variação de
entropia (em J/K) do projétil é, aproximadamente, igual a
Dados:
calor específico do chumbo sólido = 1,30 𝑥 102 𝐽/𝑘𝑔°𝐶
calor latente de fusão do chumbo = 2,50 𝑥 104 𝐽/𝑘𝑔
temperatura de fusão do chumbo = 327 °C ;
conversão: 0°C = 273K
𝑙𝑛10 = 2,30; ln 3,62 = 1,29; ln 1,81 = 0,59
a) 0,500 b) 0,740 c) 0,767 d) 0,800 e) 0,830

(EN – 2008)
Duas pedras A e B, de mesma massa, são lançadas simultaneamente, da mesma altura H do solo,
com velocidades iguais de módulo V. A pedra A foi lançada formando um ângulo de 10° abaixo da
horizontal e a pedra B foi lançada formando um ângulo de 60° acima da horizontal. Despreze a
resistência do ar e considere a aceleração da gravidade constante. Podemos afirmar corretamente
que, ao atingir o solo:
a) o módulo da quantidade de movimento linear da pedra A é menor do que o da pedra B e ambas
atingem o solo no mesmo instante.
b) o módulo da quantidade de movimento linear da pedra B é igual ao da pedra A e as pedras
chegam ao solo em instantes diferentes.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 160


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c) a energia cinética da pedra A é menor do que a da pedra B e as pedras chegam ao solo em


instantes diferentes.
d) a energia cinética da pedra A é igual a da pedra B e ambas atingem o solo no mesmo instante.
e) a energia cinética da pedra A tem o mesmo valor numérico do módulo da quantidade de
movimento linear da pedra B e as pedras chegam ao solo em instantes diferentes.

(EN – 2007)
Os corredores A e B, que pesam 560 N e 700 N respectivamente, estão colocados nas extremidades
de uma prancha de peso igual a 500 N, que pode deslizar livremente sobre o gelo onde se apoia,
conforme a figura. Eles partem do repouso, correndo na mesma direção e sentidos opostos, com
acelerações de módulos: 𝑎𝐴 = 2,00 𝑚/𝑠 2 e 𝑎𝐵 = 3,00 𝑚/𝑠 2 , até alcançarem a velocidade
constante de módulo igual a 6,00 m/s, relativamente à prancha. Calcule:
a) o módulo da velocidade da prancha no instante em que os corredores se encontram; e (8 pontos)
b) o intervalo de tempo para os corredores se encontrarem. (7 pontos)
Dado: |𝑔⃗| = 10,0 𝑚/𝑠 2

(EN – 2005)
Três mols de um certo gás ideal, cujo calor molar a pressão constante vale 5,00 cal/mol. k, está no
interior do cilindro da figura abaixo. O gás recebe calor de uma fonte térmica (não indicada na figura)
de tal maneira que a sua temperatura aumenta de 10,0°C. Ao absorver calor verifica-se que o pistão,
adiabático e de massa desprezível, se eleva de 2,00 metros. Sobre o pistão temos o bloco 1 de massa
m1 = 20,0 kg. Considere: |g ⃗⃗| = 10 m/s 2 e 1, 00 cal = 4,18 J .

a) Calcule a variação da energia interna (em joules) do gás. (4 pontos)


b) No final da expansão do gás, o bloco 1 em repouso sobre a superfície horizontal AB, de atrito
desprezível, é atingido pelo bloco 2 de massa m2 = 10,0 kg e velocidade igual a 5,00 m/s. Calcule
a velocidade de recuo do bloco 2, sabendo-se que o coeficiente de restituição vale 0,800.(7 pontos)

(EFOMM – 2021)

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 161


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Uma mola de massa desprezível e de constante elástica 𝑘 = 100 𝑁/𝑚 tem um tamanho natural de
1 m e é comprimida para que se acomode num espaço de 60 cm entre duas caixas de massas 1 kg e
2 kg. O piso horizontal não tem atrito, e o sistema é mantido em repouso por um agente externo
não representado na figura.
Assim que o sistema é liberado, a mola se expande e empurra as caixas até atingir novamente seu
tamanho natural, momento em que o contato entre os três objetos é perdido. A partir desse
instante, a caixa de massa 1 kg segue com velocidade constante de módulo:

3 2
(A) 2√2 𝑚/𝑠 (B) 2 √2 𝑚/𝑠 (C) 4 𝑚/𝑠 (D) 4√3 𝑚/𝑠 (E) 5 𝑚/𝑠

(ITA – 1998)
Uma bala de massa 10 g é atirada horizontalmente contra um bloco de madeira de 100 g que está
fixo, penetrando nele 10 cm até parar. Depois, o bloco é suspenso de tal forma que se possa mover
livremente e uma bala idêntica à primeira é atirada contra ele. Considerando a força de atrito entre
a bala e a madeira em ambos os casos como sendo a mesma, conclui-se que a segunda bala penetra
no bloco a uma profundidade de aproximadamente:
a) 8.0 cm. b) 8.2 cm. c) 8.8 cm. d) 9.2 cm. e) 9.6 cm.

(ITA – 1998)
Uma massa 𝑚 em repouso drvide-se em duas partes, uma com massa 2𝑚/3 e outra com massa
𝑚/3. Após a divisão, a parte com massa 𝑚/3 move-se para a direita com uma velocidade de módulo
𝑣1 . Se a massa 𝑚 estivesse se movendo para a esquerda com velocidade de módulo 𝑣 antes da
divisão, a velocidade da parte 𝑚/3 depois da divisão seria:
1
a) (3 𝑣1 − 𝑣) para a esquerda. b) (𝑣1 − 𝑣) para a esquerda.
1
c) (𝑣1 − 𝑣) para a direita. d) (3 𝑣1 − 𝑣) para a direita.
e) (𝑣1 + 𝑣) para a direita.

(ITA – 2002)
Uma tampa rolante pesa 120 𝑁 e se encontra Inicialmente em tepousa conto mostra a figura. Um
bloco que pesa 80 𝑁 também em repousa e abandonado no ponto 1, deslizando a seguir sobre a
rampa. O centro de massa 𝐺 da rampa tem coordenadas: 𝑥𝐺 = 2𝑏/3 e 𝑦𝐺 = 𝑐/3. Sâo dados ainda:
𝑎 = 15,0 𝑚 e 𝑠𝑒𝑛 𝛼 = 0,6. Desprezando os possíveis atritos e as dimensões do bloco, pode-se
afirmar que a distância percorrida pela rampa no sola até o instante em que o bloco atinge o ponto
2, é

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 162


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a) 16,0 m
b) 30,0 m
c) 4,8 m
d) 24,0 m
e) 9,6 m

(ITA – 2008)
Numa brincadeira de aventura, o garoto (de massa 𝑀) lança-se por uma corda amarrada num galho
de árvore num ponto de altura 𝐿 acima do gatinho (de massa 𝑚) da figura, que pretende resgatar.
Sendo 𝑔 a aceleração da gravidade e 𝐻 a altura da plataforma de onde se lança, indique o valor da
tensão na corda, imediatamente após o garoto apanhar o gato para aterrisá-lo na outra margem do
lago.
2𝐻
a) 𝑀 ⋅ 𝑔 ⋅ (1 + )
𝐿
𝑀+𝑚 2 2𝐻
b) (𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑔 ⋅ (1 − ( ) ⋅ )
𝑀 𝐿
2𝐻
c) 𝑀 ⋅ 𝑔 ⋅ (1 − )
𝐿
𝑀 2 2𝐻
d) (𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑔 ⋅ (1 + (𝑀+𝑚) ⋅ )
𝐿

𝑀 2 2𝐻
e) (𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑔 ⋅ (( ) ⋅ − 1)
𝑚+𝑀 𝐿

(ITA – 2008)

A figura mostra uma bola de massa 𝑚 que que cai com velocidade 𝑣⃗1 sobre a superfície de um
suporte rígido, inclinada de um ângulo 𝜃 em relação ao plano horizontal. Sendo 𝑒 o coeficiente de
restituição para esse impacto, calcule o módulo da velocidade 𝑣⃗2 com que a bola é ricocheteada,
em função de 𝑣⃗1 , 𝜃 e 𝑒. Calcule também o ângulo a.

(3ª fase OBF – 2009)


Uma pequena esfera metálica de massa 𝑚 foi abandonada juntamente com uma bola de borracha
de massa 𝑀. esférica, de raio 𝑅. conforme a figura 4.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 163


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A massa 𝑀 é muito menor que 𝑚 e o volume da esfera metálica é desprezível quando comparado
ao da bola de borracha. Considerando que: os movimentos dos centros de massa da esferinha e da
bola estão sempre na mesma vertical; o sistema se choca contra o solo e todos os choques
envolvidos são perfeitamente elásticos; a distância na vertical percorrida pela esferinha é muito
maior que a deformação da bola de borracha; é desprezível a resistência do ar em questão,
determine:
a) A velocidade aproximada com que a esferinha se separa da bola na subida.
b) A distância vertical percorrida pela esferinha na subida em função da distância percorrida pela
mesma, na descida.

(ITA – 2009)
Considere uma bola de basquete de 600 𝑔 a 5 𝑚 de altura e, logo acima dela, uma de tênis de 60 𝑔.
A seguir, num dado instante, ambas as bolas são deixadas cair. Supondo choques perfeitamente
elásticos e ausência de eventuais resistências, e considerando 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 , assinale o valor que
mais se aproxima da altura máxima alcançada pela bola de tênis em sua ascensão após o choque.
a) 5 m b) 10 m c) 15 m d) 25 m e) 35 m

(ITA – 2012)
Apoiado sobre patins niuna superfície horizontal sem atrito, um atirador dispara um projétil de
massa 𝑚 com velocidade 𝑣 contra um alvo a uma distância 𝑑. Antes do disparo, a massa total do
atirador e seus equipamentos é 𝑀. Sendo 𝑣𝑠 a velocidade do som no ar e desprezando a perda de
energia em todo o processo, quanto tempo após o disparo o atirador ouviria o ruído do impacto do
projétil no alvo?
𝑑(𝑣 +𝑣)(𝑀−𝑚) 𝑑(𝑣 +𝑣)(𝑀+𝑚) 𝑑(𝑣 −𝑣)(𝑀+𝑚)
A) 𝑣(𝑀⋅𝑣𝑠 −𝑚(𝑣 +𝑣)) B) 𝑣(𝑀⋅𝑣𝑠 +𝑚(𝑣 +𝑣)) C) 𝑣(𝑀⋅𝑣𝑠
𝑠 𝑠 𝑠 𝑠 𝑠 +𝑚(𝑣𝑠 +𝑣))

𝑑(𝑣 +𝑣)(𝑀−𝑚) 𝑑(𝑣 −𝑣)(𝑀−𝑚)


D) 𝑣(𝑀⋅𝑣𝑠 −𝑚(𝑣 −𝑣)) E) 𝑣(𝑀⋅𝑣𝑠 +𝑚(𝑣 +𝑣))
𝑠 𝑠 𝑠 𝑠

(ITA – 2015)
Nêutrons podem atravessar uma fina camada de chumbo, mas têm sua energia cinética absorvida
com alta eficiência na água ou em materiais com elevada concentração de hidrogênio. Explique este
efeito considerando um nêutron de massa 𝑚 e velocidade 𝑣0 que efetua uma colisão elástica e
central com um átomo qualquer de massa 𝑀 inicialmente em repouso.

(ITA – 2016)
Dois garotos com patins de rodinhas idênticos encontram-se numa superfície horizontal com atrito
e, graças a uma interação, conseguem obter a razão entre seus respectivos pesos valendo-se apenas
de uma fita métrica. Como é resolvida essa questão e quais os conceitos físicos envolvidos?

(ITA – 2017)

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 164


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Mediante um fio inextensível e de peso desprezível, a polia da figura suporta à


esquerda uma massa de 60 𝑘𝑔, e à direita, uma massa de 55 𝑘𝑔 tendo em cima
outra de 5 𝑘𝑔, de formato anelar, estando este conjunto a 1 𝑚 acima da massa da
esquerda. Num dado instante, por um dispositivo interno, a massa de 5 𝑘𝑔 é lançada
para cima com velocidade 𝑣 = 10 𝑚/𝑠, após o que, cai e se choca inelasticamente
com a de 55 𝑘𝑔. Determine a altura entre a posição do centro de massa de todo o
sistema antes do lançamento e a deste centro logo após o choque.

(ITA – 2018)
Num plano horizontal liso, presas cada qual a uma corda de massa desprezível, as massas 𝑚1 e 𝑚2
giram em órbitas circulares de mesma frequência angular uniforme, respectivamente com raios 𝑟1
e 𝑟2 = 𝑟1 /2. Em certo instante essas massas colidem-se frontal e elasticamente e cada qual volta a
perfazer jum movimento circular uniforme. Sendo iguais os módulos das velocidades de 𝑚1 e 𝑚2
após o choque, assinale a relação 𝑚2 /𝑚1 .
a) 1 b) 3/2 c) 4/3 d) 5/4 e) 7/5

(ITA - 2021)
Uma bola de gude de raio 𝑟 e uma bola de basquete de raio 𝑅 são lançadas contra uma parede com
velocidade horizontal 𝑣 e com seus centros a uma altura ℎ. A bola de gude e a bola de basquete
estão na iminência de contato entre si, assim como ambas contra a parede. Desprezando a duração
de todas as colisões e quaisquer perdas de energia, calcule o deslocamento horizontal ∆𝑆 da bolinha
de gude ao atingir o solo.
2(ℎ−2𝑟)
a) 3𝑣 √ 𝑔

2(ℎ−𝑟)
b) 3𝑣 √ 𝑔

2(ℎ−𝑟)
c) 𝑣 √ 𝑔

2(ℎ−2𝑟)
d) 𝑣 √ 𝑔

2(ℎ−𝑅−𝑟)
e) 3𝑣 √ 𝑔

(IME – 2005)
Um canhão de massa 𝑀 = 200 𝑘𝑔 em repouso sobre um plano horizontal sem atrito e carregado
com um projétil de massa 𝑚 = 1 𝑘𝑔, permanecendo ambos neste estado até o projétil ser
disparado na direção horizontal. Sabe-se que este canhão pode ser considerado tuna maquina
térmica com 20% o de rendimento, porcentagem essa utilizada no movimento do projétil, e que o
calor fornecido a esta máquina térmica é igual a 100.000 𝐽. Suponha que a velocidade do projétil
após o disparo é constante no interior do canhão e que o atrito e a resistência do ar podem ser
desprezados. Determine a velocidade de recuo do canhão após o disparo.

(IME – 2011)

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 165


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A figura acima apresenta duas massas 𝑚1 = 5 𝑘𝑔 e 𝑚2 = 20 𝑘𝑔 presas por um fio que passa por
uma roldana. As massas são abandonadas a partir do repouso, ambas a uma altura ℎ do solo, no
exato instante em que um cilindro oco de massa 𝑚 = 5 𝑘𝑔 atinge 𝑚1 com velocidade 𝑣 =
36 𝑚/𝑠, ficando ambas coladas. Determine a altura ℎ, em metros, para que 𝑚1 chegue ao solo com
velocidade nula.
Dado:
• Aceleração da gravidade: 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2
Observação:
• A roldana e o fio são ideais.
a) 5,4 b) 2,7 c) 3,6 d) 10,8 e) 1,8

(IME – 2012)

Duas bolas, 1 e 2. movem-se em um piso perfeitamente liso. A bola 1, de massa 𝑚1 = 2 𝑘𝑔, move-
se no sentido da esquerda para direita com velocidade 𝑣1 = 1 𝑚/𝑠. A bola 2. de massa 𝑚2 = 1 𝑘𝑔,
move-se com ângulo de 60° com o eixo 𝑥, com velocidade 𝑣2 = 2 𝑚/𝑠. Sabe-se que o coeficiente
de atrito cinético entre as bolas e o piso rugoso é 0,10 sec 2 𝛽 e a aceleração gravitacional é
10 𝑚/𝑠 2. Ao colidirem, permanecem unidas após o choque e movimentam-se em um outro piso

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 166


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rugoso, conforme mostra a figura. A distância percorrida, em metros, pelo conjunto bola 1 e bola 2
até parar é igual a
a) 0,2 b) 0,5 c) 0,7 d) 0,9 e) 1,2

(IME – 2015)

Um corpo puntiforme de massa 𝑚𝐴 parte de ponto 𝐴, percorrendo a rampa circular representada


na figura acima, sem atrito, colide com outro corpo puntiforme de massa 𝑚𝐵 , que se encontrava
inicialmente em repouso no ponto 𝐵. Sabendo que este choque é perfeitamente inelástico e que o
corpo resultante deste choque atinge o ponto 𝐶 , ponto mais alto da rampa, com a menor velocidade
possível mantendo o contato com a rampa, a velocidade inicial do corpo no ponto 𝐴, em 𝑚/𝑠, é
Dados:
• raio da rampa circular: 2𝑚;
• aceleração da gravidade: 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 ;
• massa 𝑎/𝑚: 1 𝑘𝑔; e
• massa 𝑚𝐴 : 1 𝑘𝑔.
a) 10 b) 20 c) 4√15 d) 10√5 e) 8√5

(IME – 2016)

Na Figura 1, o corpo A, constituído de gelo. possui massa 𝑚 e é solto em uma rampa a uma altura
ℎ. Enquanto desliza pela rampa, ele derrete e alcança o plano horizontal com metade da energia
mecânica e metade da massa iniciais. Após atingir o plano horizontal, o corpo A se choca, no instante
4𝑇, com o corpo B, de massa 𝑚, que foi retirado do repouso através da aplicação da força 𝑓(𝑡), cujo
gráfico é exibido na Figura 2.
Para que os corpos parem no momento do choque, 𝐹 deve ser dado por
Dado:
• aceleração da gravidade: 𝑔.
Observações:
• o choque entre os corpos é perfeitamente inelástico:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 167


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• o corpo não perde massa ao longo de seu movimento no plano horizontal.


𝑚√2𝑔ℎ 𝑚√2𝑔ℎ 𝑚√2𝑔ℎ 𝑚√2𝑔ℎ 𝑚√2𝑔ℎ
a) b) c) d) e)
8𝑇 6𝑇 4𝑇 3𝑇 2𝑇

(IME – 2017)

Considere um feixe homogêneo de pequenos projéteis deslocando-se na mesma direção e na


mesma velocidade constante até atingir a superfície de uma esfera que está sempre em repouso.
A esfera pode ter um ou dois tipos de superfícies: uma superfície totalmente refletora (colisão
perfeitamente elástica entre a esfera e o projétil) e/ou uma superfície totalmente absorvedora
(colisão perfeitamente inelástica entre a esfera e o projétil).
Em uma das superfícies (refletora ou absorvedora), o ângulo a da figura pertence ao intervalo [0,𝛽],
enquanto na outra superfície (absorvedora ou refletora) a pertence ao intervalo (𝛽, 𝑇/2].
Para que a força aplicada pelos projéteis sobre a esfera seja máxima, o(s) tipo(s) de superfície(s)
é(são):
a) refletora em [0, 𝜋/3] e absorvedora em (𝜋/3, 𝜋/2].
b) refletora em [0, 𝜋/4] e absorvedora em (𝜋/4, 𝜋/2].
c) absorvedora em [0, 𝜋/6] e refletora em (𝜋/6, 𝜋/2].
d) absorvedora em [0, 𝜋/4] e refletora em (𝜋/4, 𝜋/2].
e) absorvedora em [0, 𝜋/2].

(IME – 2019)

Conforme a figura acima, um corpo, cuja velocidade é nula no ponto A da superfície circular de raio
𝑅, é atingido por um projétil, que se move verticalmente para cima, e fica alojado no corpo. Ambos
passam a deslizar sem atrito na superfície circular, perdendo o contato com a superfície no ponto
B. A seguir, passam a descrever uma trajetória no ar até atingirem o ponto C, indicado na figura.
Diante do exposto, a velocidade do projétil é:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 168


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Dados:
 Massa do projétil: 𝑚;
 Massa do corpo: 9𝑚; e
 Aceleração da gravidade: 𝑔.
5𝑅𝑔 3𝑅𝑔 5𝑅𝑔 3𝑅𝑔 2𝑅𝑔
a) 10√ b) 10√ c) 10√ d) 10√ e) 10√
2 2 3 5 3

(IME – 2021)

Um projétil de massa m é disparado com velocidade v contra dois blocos A e B, de massas MA =


800m e MB = 199m, que estão inicialmente em repouso, um sobre o outro, conforme mostra a
figura. O projétil atinge o bloco A, fazendo o conjunto se movimentar de uma distância d, da posição
O até a posição D. Considerando g a aceleração da gravidade local, o coeficiente de atrito estático
mínimo μe entre os blocos, de modo que o bloco B não deslize sobre o bloco A, é
𝑣2 𝑣 𝑣2 𝑣 𝑣2
a) 2⋅106 𝑔𝑑 b) 2⋅106 𝑔𝑑 c) 106 𝑔𝑑 d) 3⋅106 𝑔𝑑 e) 3⋅106 𝑔𝑑

(ITA – 2012)
Átomos neutros ultrafnos restritos a um plano são uma realidade experimental atual em armadilhas
magneto-ópticas. Imagine que possa existir uma situação na qual átomos do tipo 𝐴 e 𝐵 estão
restritos respectivamente aos planos 𝛼 e 𝛽, perpendiculares entre si, sendo suas massas tais que
𝑚𝐴 = 2𝑚𝐵 . Os átomos 𝐴 e 𝐵 colidem elasticamente entre si não saindo dos respectivos planos,
sendo as quantidades de movimento iniciais 𝑝⃗𝐴 e 𝑝⃗𝐵 ,e as finais, 𝑞⃗𝐴 e 𝑞⃗𝐵 . 𝑝⃗𝐴 forma um ângulo 𝜃 com
o plano horizontal e 𝑝⃗𝐵 = ⃗0⃗. Sabendo que houve transferência de momento entre 𝐴 e 𝐵, qual é a
razão das energias cinéticas de 𝐵 e 𝐴 após a colisão?

(ITA – 2018)

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 169


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Um tubo fino cie massa 1225 𝑔 e raio 𝑟 = 10,0 𝑐𝑚 encontra-se inicialmente


em repouso sobre um plano horizontal sem atrito. A partir do ponto mais alto,
um corpo de massa 71,0 𝑔 com velocidade inicial zero desliza sem atrito pelo
interior do tubo no sentido anti-horário, conforme a figura. Então, quando na
posição mais baixa, o corpo terá uma velocidade relativa ao tubo, em 𝑐𝑚/𝑠,
igual a
a) −11,3. b) −206. c) 11,3. d) 206. e) 194.

(ITA – 2019)
Conforme a figura, um veículo espacial, composto de um
motor-foguete de massa 𝑚1 e carga útil de massa 𝑚2 , é
lançado verticalmente de um planeta esférico e homogêneo
de massa 𝑀 e raio 𝑅. Após esgotar o combustível, o veículo
permanece em voo vertical até atingir o repouso a uma
distância 𝑟 do centro do planeta. Nesse instante um
explosivo é acionado, separando a carga útil do motor-
foguete e impulsionando-a verticalmente com velocidade
mínima para escapar do campo gravitacional do planeta.
Desprezando forças dissipativas, a variação de massa
associada à queima do combustível do foguete e efeitos de
rotação do planeta, e sendo 𝐺 a constante de gravitação
universal, determine
a) o trabalho realizado pelo motor-foguete durante o 1° estágio do seu movimento de subida; e
b) a energia mecânica adquirida pelo sistema devido à explosão.

(3ª fase OBF – 2007)


Uma esfera de aço de massa 𝑚1 = 200 𝑔, está presa à extremidade de uma corda de
comprimento 𝑙 = 45 𝑐𝑚, e que tem fixa a outra extremidade. A esfera é abandonada sob a ação de
seu peso quando a corda está na horizontal. No ponto mais baixo de sua trajetória a esfera colide
elasticamente com um bloco de aço de massa 𝑚2 = 1,8 𝑘𝑔, inicialmente em repouso, sobre uma
superfície horizontal, cujo coeficiente de atrito vale 𝜇 = 0,2.
a) Qual a velocidade dos corpos imediatamente após a colisão?
b) Quanto o bloco se desloca sobre a superfície horizontal até atingir o repouso?

(3ª fase OBF – 2007)


Dois carrinhos 𝐴 e 𝐵 idênticos estâo ligados rigidamente por uma barra e juntos (carrinho 𝐴 +
carrinho 𝐵 + barra) têm a massa de 4 𝑘𝑔. Dois carrinhos 𝐶 e 𝐷. de massas 𝑀𝐶 = 2 𝑘𝑔 e 𝑀𝐷 = 2𝑘𝑔.
Sâo colocados em repouso entre os carrinhos 𝐴 e 𝐵. a iguais distâncias (Figura 1).

Sabendo que a velocidade de 𝐴 e 𝐵 é de 3𝑚/𝑠 para a direita, e considerando que o atrito entre as
rodas dos carrinhos e o solo é desprezível, responda:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 170


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a) Se a colisão entre 𝐴 e 𝐶 for perfeitamente inelástica (𝐶 fica "grudado" em 𝐴) e, entre 𝐶 e 𝐷 for


perfeitamente elástica, qual será a velocidade final do sistema sabendo que a colisão entre 𝐷 e 𝐵
também será perfeitamente inelástica (𝐷 fica “grudado” em 𝐵)?
b) Qual a velocidade final do sistema considerando a colisão entre 𝐴 e 𝐶 perfeitamente inelástica. e
entre 𝐶 e 𝐷 também perfeitamente inelástica? Compare essa velocidade com aquela obtida no item
(a). Explique o resultado.

(IME – 2008)
A figura abaixo ilustra um pequeno bloco e uma mola sobre uma mesa retangular de largura 𝑑, vista
de cima. A mesa é constituída por dois materiais diferentes, um sem atrito e o outro com coeficiente
de atrito cinético 𝜇 igual a 0,5. A mola tem uma de suas extremidades fixada no ponto 𝐴 e a outra
no bloco. A mola está inicialmente comprimida de 4 cm, sendo liberada para que o bloco oscile na
região sem atrito na direção 𝑦. Depois de várias oscilações, ao passar pela posição na qual tem
máxima velocidade, o bloco é atingido por uma bolinha que se move com velocidade de 2 𝑚/𝑠 na
direção 𝑥 e se aloja nele. O sistema é imediatamente liberado da mola e se desloca na parte áspera
da mesa. Determine:

a) o vetor quantidade de movimento do sistema 𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜 + 𝑏𝑜𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 no instante em que ele é


liberado da mola;
b) a menor largura e o menor comprimento da mesa para que o sistema pare antes de cair.
Dados:
comprimento da mola = 25 𝑐𝑚;
constante elástica da mola = 10 𝑁/𝑐𝑚;
massa da bolinha = 0,2 𝑘𝑔;
massa do bloco = 0,4 𝑘𝑔;
aceleração da gravidade = 10 𝑚/𝑠 2 .
(IME – 2012)

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 171


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A figura apresenta um carrinho que se desloca a uma velocidade constante de 5 𝑚/𝑠 para a direita
em relação a um observador que está no solo. Sobre o carrinho encontra-se um conjunto formado
por um plano inclinado de 30°, uma mola comprimida inicialmente de 10 𝑐𝑚 e uma pequena bola
apoiada em sua extremidade. A bola é liberada e se desprende do conjunto na posição em que a
mola deixa de ser comprimida. Considerando que a mola permaneça não comprimida após a
liberação da bola, devido a um dispositivo mecânico, determine:
a) o vetor momento linear da bola em relação ao solo no momento em que se desprende do
conjunto;
b) a distância entre a bola e a extremidade da mola quando a bola atinge a altura máxima.
Dados:
• Constante elástica da mola: 𝑘 = 100 𝑁 ⋅ 𝑚−1
• Massa da bola: 𝑚 = 200 𝑔
• Aceleração da gravidade: 𝑔 = 10 𝑚 ⋅ 𝑠 −2
Observação:
A massa do carrinho é muito maior que a massa da bola.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 172


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8. Gabarito sem comentários nível 2


1) C

2) E

3) A

𝜗⋅√5 ⃗⃗⃗⃗|
|𝜗
⃗⃗⃗⃗⃗
4) |𝜗 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑅 | = 2 ou |𝜗𝑅 | = 2

5) 21 m

6) h = 0,088 m

7) 𝑣2𝑓 = 14 𝑚⁄𝑠 e 𝑣1𝑓 = − 16 𝑚⁄𝑠

𝑚
8) a) 𝑡 = 𝜋 ⋅ √ 𝑘 ; b) 𝐼 = 2𝑚 ⋅ 𝑣

9) 9 colisões

10) 10 m/s

𝑚 2 1
11) a) ver comentários. b) ℎ = 𝑟 [(𝑚2 ) ∙ 4 + 1]
1

12) B

13) D

14) B

15) D

16) A

17) D

18) D

19) E

20) C

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 173


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21) D

22) C

23) B

24) A. 0,477 m/s B. 16,2 s

25) A. 378J B. 2m/s

26) D

27) D

28) C

29) C

30) D

31) 𝑣2 = 𝑣1 √𝑠𝑒𝑛2 (𝜃) + 𝑒 2 ⋅ cos2 (𝜃) e 𝛼 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔[𝑒 ⋅ 𝑐𝑜𝑡𝑔(𝜃)]

32) a) 𝑣𝑀 + 𝑣𝑚 b) 9𝐻

33) E

34) A

𝑚 𝑚−𝑀 2
35) ⋅ (𝑚+𝑀) ⋅ 𝑣02
2

36) Ver comentários

37) Δ𝑦𝑐𝑚 = 0

38) E

39) B

40) 1 m/s

41) A

42) B

43) S/A

44) B

45) B

46) A

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 174


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47) A

8⋅cos2 𝜃
48) 9−8⋅cos2 𝜃

49) D
1 1 𝐺𝑀𝑚2 𝑚
50) a) 𝜏 = 𝐺𝑀(𝑚1 + 𝑚2 ) (𝑅 − 𝑟 ) b) 𝐸𝑎𝑑𝑞 = (1 + 𝑚2 )
𝑟 1

51) a) 𝜗 ′ = −2,4 𝑚/𝑠 e 𝜈 ′ = 0,6 𝑚/𝑠 b) 9 𝑐𝑚

52) Ver comentários

1 4√5
53) a) (0,4𝑖 + 0,8𝑗) (𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠) b) 4 + 𝑚
45

√13
54) a) 𝑝⃗ = [0,2(5 − √3) ⋅ 𝑖̂ + 0,2 ⋅ 𝑗̂] 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠 b) 20 𝑚

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 175


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9. Lista de questões nível 2 comentada


(EN – 2016)
Analise a figura abaixo.

A figura acima mostra um homem de 69kg, segurando um pequeno objeto de 1,0kg, em pé na popa
de um flutuador de 350kg e 6,0m de comprimento que está em repouso sobre águas tranquilas. A
proa do flutuador está a 0,50m de distância do píer. O homem se desloca a partir da popa até a
proa do flutuador, para, e em seguida lança horizontalmente o objeto, que atinge o píer no ponto
B, indicado na figura acima. Sabendo que o deslocamento vertical do objeto durante seu voo é de
1,25m, qual a velocidade, em relação ao píer, com que o objeto inicia o voo?
Dado: g = 10 m/s 2
a) 2,40 m/s b) 61,0 cm/s c) 360 cm/s d) 3,00 km/h e) 15,0 km/h

Comentários:

Ao se deslocar até a proa, o centro de massa do sistema não muda. Se a nova distância da proa ao
pír vale x, então:

70 ⋅ 6,5 + 350 ⋅ 3,5 = 70 ⋅ 𝑥 + 350 ⋅ (𝑥 + 3) → 𝑥 = 1,5𝑚

2𝐻
𝑡=√ = 0.5𝑠
𝑔

𝐴 = 𝑉0 𝑡 = 1,8 → 𝑉0 = 3,6 𝑚/𝑠

Gabarito: C

(EN – 2014)
Um artefato explosivo é lançado do solo com velocidade inicial 𝑉0 fazendo um ângulo de 30° com a
horizontal. Após 3,0 segundos, no ponto mais alto de sua trajetória, o artefato explode em duas
partes iguais, sendo que uma delas (fragmento A) sofre apenas uma inversão no seu vetor
velocidade. Desprezando a resistência do ar, qual a distância, em metros, entre os dois fragmentos
quando o fragmento A atingir o solo?

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 176


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Dados : sen 30° = 0,5 cos 30° = 0,9 g = 10m /s 2


a) 280 b) 350 c) 432 d) 540 e) 648

Comentários:

Se o objeto demora 3 segundos para alcançar o ponto máximo:

𝑉0 sin 𝜃 𝑉0
𝑡= →3= → 𝑉0 = 60𝑚/𝑠
𝑔 20

No ponto máximo:

𝑉𝑥 = 𝑉0 𝑐𝑜𝑠𝜃 = 54𝑚/𝑠

Depois da explosão:
𝑚 𝑚
𝑚𝑉𝑥 = 𝑉 − 𝑉𝑥 → 𝑉 = 3𝑉𝑥
2 2
Logo:

Δ𝑉 = 216𝑚/𝑠

𝐴 = 𝑡Δ𝑉 = 648𝑚

Gabarito: E

(EN – 2015)
Analise a figura abaixo.

A figura acima mostra o gráfico das energias cinéticas de dois carrinhos, A e B respectivamente, que
deslizam sem atrito ao longo de um trilho horizontal retilíneo. No instante t = 3s ocorre uma colisão
entre os carrinhos. Sendo assim, assinale a opção que pode representar um gráfico para as
velocidades dos carrinhos antes e depois da colisão.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 177


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a) b)

c) d)

e)

Comentários:

Pela definição de energia cinética:

𝑚𝐴 𝑣𝐴2 12
= 6 → |𝑣𝐴 | = √
2 𝑚𝐴

Da mesma forma:

16 27 1
|𝑣𝐵 | = √ e |𝑣𝐴′ | = √ e | 𝑣𝐵′ | = √
𝑚𝐵 𝑚𝐴 𝑚𝐵

Assim:

𝑣𝐵′ 1 𝑣𝐴′ 3
| |= e | |=
𝑣𝐵 4 𝑣𝐴 2

A única alternativa que contempla isso é A.

Gabarito: A

(2ª fase OBF – 2008)

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 178


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Duas partículas, uma de massa 𝑚 e velocidade 𝑣, e outra de massa 2𝑚 e velocidade


𝑣/2, movem-se perpendicularmente sobre uma superfície horizontal lisa como mostra
a figura 3. Num determinado instante atuam, sobre estas partículas, forças de igual
módulo, direção e sentido. Quando estas forças deixam de atuar, a primeira partícula
adquire um movimento perpendicular à sua direção inicial, sendo o módulo da
velocidade, o mesmo. Qual o módulo da velocidade adquirida pela segunda partícula?

Comentários:

Para que o corpo “𝑚” tenha sua velocidade final perpendicular à velocidade inicial, devemos ter
uma componente da força responsável por gerar um impulso e zerar a velocidade inicial de “𝑚” no eixo 𝑥:

⃗⃗⃗⃗𝑥 ⋅ 𝛥𝑡 = 𝑚 ⋅ ⃗⃗⃗⃗
−𝐹 𝜗 = 𝐼⃗𝑥

Existem infinitas formas de o corpo adquirir uma velocidade perpendicular à sua velocidade inicial,
basta que os demais impulsos fornecidos pela força 𝐹 não tenham componentes em 𝑥.

Entretanto, da forma que o problema foi abordado, nos é possível calcular a velocidade do
segundo corpo de uma forma mais categórica considerando um problema bidimensional trabalhado
somente nos eixos 𝑥 e 𝑦.

Assim, vamos considerar dois possíveis Impulsos, positivo em relação à direção do eixo 𝑦 (Tipo1)
e negativo em relação ao eixo 𝑦 (Tipo2).

Tipo1:

⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗ = 𝐼⃗𝑦


𝐹𝑦 ⋅ 𝛥𝑡 = 𝑚 ⋅ 𝜗

Tipo2:

⃗⃗⃗⃗
−𝐹 ⃗⃗⃗⃗ ⃗
𝑦 ⋅ 𝛥𝑡 = 𝑚 ⋅ 𝜗 = 𝐼𝑦

Como as duas partículas estão sujeitas à mesma força, teremos os seguintes impulsos para a
segunda partícula:

Velocidade resultante no eixo x da partícula “2𝑚” para ambos os casos:

⃗⃗⃗⃗
𝜗
−𝑚 ⋅ ⃗⃗⃗⃗
𝜗 = 2𝑚 ⋅ 𝜗⃗𝑥 ⇒ 𝜗⃗𝑥 = −
2

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 179


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Velocidade resultante no eixo y da partícula “2𝑚”:

Tipo 1: Tipo 2:

⃗⃗⃗⃗
𝜗 ⃗⃗⃗⃗
𝜗
⃗⃗⃗⃗ − 2𝑚 ⋅
𝑚⋅𝜗 = ⃗0⃗ ⃗⃗⃗⃗ − 2𝑚 ⋅
−𝑚 ⋅ 𝜗 ⃗⃗⃗⃗
= −2𝑚 ⋅ 𝜗
2 2

⃗⃗⃗⃗⃗
𝜗𝑦 = ⃗0⃗ 𝑚/𝑠 2𝑚 ⋅ 𝜗⃗𝑦 = −2𝑚 ⋅ ⃗⃗⃗⃗
𝜗 ⇒ 𝜗⃗𝑦 = −𝜗
⃗⃗⃗⃗

Velocidade resultante da partícula “2𝑚”:

⃗⃗⃗⃗|
|𝜗 𝜗 2 𝜗⋅√5
⃗⃗⃗⃗⃗
Tipo1: |𝜗 𝑅| =
⃗⃗⃗⃗⃗
Tipo2: |𝜗 𝑅 | = √𝜗 + 4 =
2
2 2

𝝑⋅√𝟓 ⃗⃗⃗⃗|
|𝝑
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
Gabarito: |𝝑 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑹 | = 𝟐 ou |𝝑𝑹 | = 𝟐

(2ª fase OBF – 2008)


Na superfície de um lago de águas paradas encontra-se em movimento um tronco, de massa 400 𝑘𝑔
e comprimento 18 𝑚, com uma velocidade constante igual a 4,0 𝑚/𝑠 em relação às margens do
lago. Em um determinado instante, um homem de massa 80 𝐾𝑔 começa a correr sobre ele, saindo
de uma extremidade a outra, com uma velocidade igual a 3,0 𝑚/𝑠 em relação ao tronco e no mesmo
sentido de seu movimento. Qual a distância percorrida pelo tronco sobre a água, do instante que o
homem deixa uma de suas extremidades e alcança a outra extremidade? Considere desprezível a
resistência produzida pela água ao movimento do tronco.

Comentários:

Como a velocidade do homem é constante em relação ao tronco, temos que:

18
3= ⇒ 𝑡𝑡𝑟𝑎𝑣𝑒𝑠𝑠𝑖𝑎 = 6 𝑠
𝑡𝑡𝑟𝑎𝑣𝑒𝑠𝑠𝑖𝑎

Deslocamento que o tronco teria nesse intervalo de tempo caso o homem não estivesse
deslocando em sua superfície:

𝑑ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡é𝑡𝑖𝑐𝑜 = 4 ⋅ 6 = 24 𝑚

Entretanto, a relação entre o homem e o tronco se dá por forças internas, dessa forma, para que
o centro de massa seja mantido numa posição constante no referencial do tronco, devemos ter um
pequeno deslocamento do tronco para trás:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 180


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A posição inicial do centro de massa (considerando a origem a posição em que o homem se


encontra inicialmente):

𝑙
400 ⋅ 2
= 𝑥cm = 7,5𝑚
400 + 80
Deslocamento de recuo do tronco:

𝑥𝑐𝑚 + 𝑑 = 𝑙 − 𝑥𝑐𝑚 ⇒ 𝑑 = 3𝑚

Assim:

d𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑜 = dℎ𝑖𝑝𝑜𝑡é𝑡𝑖𝑐𝑜 − 𝑑 = 21 𝑚

Gabarito: 21 m

(2ª fase OBF – 2009)


Uma esfera de massa 𝑚 = 4𝑘𝑔 presa a uma haste de massa desprezível atinge, numa colisào
perfeitamente elástica, um bloco inicialmente em repouso, de massa 𝑚 = 6𝑘𝑔. A haste encontra-
se inicialmente na posição horizontal e possui um comprimento igual a 45 𝑐𝑚. com mostrado na
figura 3. Logo após a colisào. o bloco desliza sobre uma superfície plana com coeficiente de atrito
cinético 𝜇𝑐 = 0,4, percorrendo uma distância de 50 𝑐𝑚. Depois que o bloco passa pela superfície
com atrito, ele passa a deslizar sobre uma superfície de coeficiente de atrito cinético desprezível
como mostra a figura abaixo. Calcule a altura máxima atingida pelo bloco quando este entra na
elevação da pista (á direita).

Comentários:

Pela conservação da energia, encontramos a velocidade com que a esfera atinge o nosso bloco:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 181


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𝑚 ⋅ 𝑣2
𝑚⋅𝑔⋅ℎ = ⇒ 𝑣 = √2𝑔ℎ = 3 𝑚⁄𝑠
2
Conservação da quantidade de movimento:

𝑚 ⋅ 𝑣 = −𝑚 ⋅ 𝑢 + 𝑀 ⋅ 𝜗

Na colisão elástica o coeficiente de restituição 𝑒 = 1:

𝑢+𝜗
=1
𝑣
Das equações (iii) e (iv), temos um sistema de duas equações e duas incógnitas cuja solução nos
dá:

𝜗 = 2,4 𝑚⁄𝑠

A energia da bolinha após passar pela zona de atrito será totalmente convertida em energia
potencial gravitacional para que seja atingida assim a altura máxima:

𝑀 ⋅ 𝜗2 𝜗2 1
− 𝜇𝑀𝑔𝑑 = 𝑀𝑔ℎ ⇒ ℎ = [ − 𝜇𝑔𝑑 ] ⋅ = 0,088 𝑚
2 2 𝑔

Gabarito: 𝒉 = 𝟎, 𝟎𝟖𝟖 𝒎

(3ª fase OBF – 2009)


A figura 5 representa duas partículas de massas 𝑚1 = 4 𝑘𝑔 e 𝑚2 = 6 𝑘𝑔 movendo-se em direções
opostas, sobre uma superfície plana sem atrito. Elas têm velocidades constantes, cujos módulos são
𝑣1𝑖 = 20 𝑚/𝑠 e 𝑣2𝑖 = 10 𝑚/𝑠 e colidem. A colisão é frontal e perfeitamente elástica. Calcule as
velocidades finais das partículas.

Comentários:

Vamos assumir por hipótese que as duas partículas vão para a direita da figura após a colisão:

𝑚1 ⋅ 𝑣1𝑖 − 𝑚2 𝑣2𝑖 = 𝑚1 ⋅ 𝑣1𝑓 + 𝑚2 𝑣2𝑓 ⇒ 4 ⋅ 𝑣1𝑓 + 6𝑣2𝑓 = 20

Como a colisão é elástica, temos que o coeficiente de restituição é igual a i.


𝑣2𝑓 − 𝑣1𝑓
𝑒= ⇒ 𝑣2𝑓 − 𝑣1𝑓 = 30
𝑣1𝑖 + 𝑣2𝑖

De “a” e “b” temos um sistema de duas equações e duas incógnitas, resolvendo:

𝑣2𝑓 = 14 𝑚⁄𝑠 e 𝑣1𝑓 = − 16 𝑚⁄𝑠

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 182


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Como assumimos o referencial positivo para a direita, concluímos que a bolinha 2 passa a ir para
a direita e a bolinha 1 passa a ir para a esquerda.

Gabarito: 𝒗𝟐𝒇 = 𝟏𝟒 𝒎⁄𝒔 𝒗𝟏𝒇 = − 𝟏𝟔 𝒎⁄𝒔

(3ª fase OBF – 2010)


Um carrinho de massa 𝑚 com velocidade 𝑣 movimenta-se sobre uma superfície horizontal conforme
a figura abaixo. Este carrinho choca-se com uma mola de constante elástica 𝑘 (desconsidere todos
os efeitos de quaisquer tipos de atrito neste sistema).

a) Qual o tempo total de colisão entre o carrinho e a mola (tempo em que ambos ficarão em
contato)?
b) Faça uma estimativa razoável do impulso total fornecido pela mola após o choque.

Comentários:

a) Caso a mola estivesse presa ao corpo, o período de oscilação do sistema seria dado por:

𝑚
𝑇 =2⋅𝜋⋅√
𝑘

Entretanto, podemos observar que o movimento que o corpo equivale à metade de um período
de oscilação completo, e, portanto, eles ficarão em contato o tempo total de:

𝑇 𝑚
=𝑡 =𝜋⋅√
2 𝑘

b) O impulso é dado pela variação da quantidade de movimento do corpo, como a velocidade não muda
de direção, somente de sentido, podemos escrever:

𝐼 = 𝑚 ⋅ 𝑣 − (−𝑚 ⋅ 𝑣) = 2𝑚 ⋅ 𝑣

𝒎
Gabarito: a) 𝒕 = 𝝅 ⋅ √ 𝒌 ; b) 𝑰 = 𝟐𝒎 ⋅ 𝒗

(3ª fase OBF – 2014)


Um pêndulo simples de comprimento L é posto a oscilar com uma abertura angular de 60°. A massa
pendular colide com uma parede onde perde 10,0% de sua energia. Quantas colisões o pêndulo
realiza com a parede?
Dados 𝑙𝑜𝑔 (0,4) = − 0,40 e 𝑙𝑜𝑔 (0,90) = − 0,046.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 183


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Comentários:

A energia inicial do pêndulo é dada por:

𝐸0 = 𝑚𝑔𝐿(1 − 𝑐𝑜𝑠60°) = 0,5𝑚𝑔𝐿

Pela geometria, quando o pêndulo colide com a parede, ele está na altura de:

ℎ = 0,2𝐿

As colisões vão parar quando o pêndulo chegar na parede com velocidade zero, neste momento
sua energia vai ser:

𝐸𝑓 = 𝑚𝑔ℎ = 0,2𝑚𝑔𝐿

A cada colisão o pêndulo perde 10% de sua energia, portanto:

𝐸𝑓 = 𝐸0 ∙ (0,9)𝑛

Em que n é o número de colisões. Substituindo as expressões encontradas, temos:

0,2𝑚𝑔𝐿 = 0,5𝑚𝑔𝐿 ∙ (0,9)𝑛

log 0,4
0,4 = (0,9)𝑛 ⇒ n = log 0,9 (0,4) =
log 0,9

𝑛 ≅ 8,7

Ocorreram 9 colisões no total.

Gabarito: 9 colisões

(2ª fase OBF – 2016)


Com a intenção de estudar os movimentos dos corpos e suas relações com a massa, foi construído
para uma feira de ciências um experimento que consiste de uma base "𝑏", uma rampa “𝑟” e uma
esfera "𝑒", conforme ilustrado na figura abaixo. A base foi fixada ao solo, de modo que sua superfície
superior plana e absolutamente lisa ficasse perfeitamente nivelada na horizontal. A rampa, com
formato circular de raio 𝑅 = 6 𝑚 e massa 5𝑀, foi apoiada em repouso sobre a base, mas podendo
deslizar sobre ela praticamente sem atrito. No ponto mais alto da rampa, uma esfera maciça,
homogênea, de massa 𝑀 e absolutamente lisa, foi então abandonada, deslizando sem rolar pela
rampa conforme a figura. Desprezando a resistência do ar e qualquer outro atrito, e considerando

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 184


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o módulo da aceleração da gravidade 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 , determine, em m/s, o módulo da velocidade


da esfera no instante em que ela perde o contato com a rampa.

Comentários:

Em nosso sistema a energia mecânica se conserva:

𝑀𝑣 2 5𝑀𝑢2
𝑀𝑔𝑅 = +
2 2
Na horizontal, o sistema é isolado de forças externas, portanto, a quantidade de movimento na
direção horizontal se conserva:

𝑀𝑣 − 5𝑀𝑢 = 0 ∴ 𝑣 = 5𝑢

Substituindo, temos:

120 = (5𝑢)2 + 5𝑢2

𝑢 = 2 𝑚/𝑠

∴ 𝑣 = 10 𝑚/𝑠

Gabarito: 𝟏𝟎 𝒎/𝒔

(2ª fase OBF – 2017)


Uma esfera de massa 𝑚1 é abandonada de uma altura ℎ, conforme ilustra figura. A esfera 𝑚1 entra
em um tubo circular e percorrendo o trajeto do tubo, até colidir elasticamente com outra esfera de
massa 𝑚2 em repouso.
Desprezando todos os atritos bem como as dimensões das esferas, pede-se

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 185


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a) justificar os princípios físicos das leis da conservação presentes nesta situação


b) determinar o valor de ℎ tal que na colisão, a massa 𝑚1 entre em repouso e a massa 𝑚2 atinja o
outro extremo do tubo.

Comentários:

a) Devido à ausência de forças externas e pelo fato de não haver forças dissipativas, podemos dizer que
nosso sistema é conservativo, isto é, a energia mecânica do sistema se conserva. Além disso, quando 𝑚1
se choca com 𝑚2 , o tempo de colisão é muito pequeno de tal forma que podemos conversar a quantidade
de movimento na colisão.

b) Desprezando os atritos, todas as forças que agem no corpo 1 antes da colisão são conservativas. Assim,
podemos encontrar a velocidade do corpo 1 imediatamente antes da colisão, usando o fato de que a
energia se conserva:

𝑚1 𝑣12
𝑚1 𝑔ℎ = 𝑚1 𝑔𝑟 +
2

𝑣1 = √2𝑔(ℎ − 𝑟)

Na colisão, a quantidade de movimento se conserva:

𝑚1 𝑣1 = 𝑚1 ∙ 0 + 𝑚2 𝑣2
𝑚1 𝑣1
𝑣2 =
𝑚2

Depois da colisão, ocorre um lançamento horizontal. Podemos escrever:

𝑔𝑡 2
𝑟 = 0+ ⇒ 𝑟 = 𝑣2 ∙ 𝑡
2
𝑟 2
2𝑟 = 𝑔 ( )
𝑣2

Substituindo, temos:

𝑚1 𝑣1 2
2𝑣2 2 = 𝑟𝑔 ⇒ 2 ( ) = 𝑟𝑔
𝑚2

𝑚1 2
2 ( ) ∙ 2(ℎ − 𝑟) = 𝑟
𝑚2

𝑚2 2 1
ℎ = 𝑟 [( ) ∙ + 1]
𝑚1 4

𝒎 𝟐 𝟏
Gabarito: a) ver comentários. b) 𝒉 = 𝒓 [(𝒎𝟐 ) ∙ 𝟒 + 𝟏]
𝟏

(AFA – 2021)

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 186


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Numa partida de vôlei, certo atleta dá um mergulho na quadra, a uma distância x = 2,5 m da rede,
defendendo um ataque adversário, conforme figura a seguir. Após essa defesa, considere que a bola
é lançada de uma altura desprezível em relação ao chão, de forma que sua velocidade faz um ângulo
de 45º com a direção horizontal. Ao longo de sua trajetória, essa bola toca a fita da rede caindo,
posteriormente, do outro lado da quadra. Imediatamente antes e imediatamente após tocar a fita,
a velocidade da bola tem direção horizontal. A distância x’, onde a bola cai na quadra, é igual à
metade da altura h da fita. Despreze a resistência do ar e considere a bola uma partícula de massa
200 g, cujo movimento se dá no plano da figura. O módulo do impulso, aplicado pela fita sobre a
bola, em N⋅s, vale

a) 0,50 b) 0,75 c) 1,00 d) 1,25

Comentários:

O tempo de subida e descida vale:

𝑣0 sin 45°
𝑡𝑠 =
𝑔

A distância x vale:

𝑣02
𝑥 = 𝑣0 cos 45° 𝑡𝑠 = = 2,5 → 𝑣0 = √50 𝑚/𝑠
20
Dessa forma:

1
𝑡𝑠 = 𝑠
2
A altura h vale:

𝑣0 sin 45° 𝑡𝑠 5
ℎ= = 𝑚
2 4
A distância x’ vale:

𝐻 5
𝑥′ = = 𝑚
2 8
A velocidade imediatamente depois de colidir é:

′ ′
5
𝑥 ′ = 𝑣0𝑥 𝑡𝑠 → 𝑣0𝑥 = 𝑚/𝑠
4

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 187


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A velocidade imediatamente antes da colisão é:

𝑣0𝑥 = 𝑣0 cos 45° = 5 𝑚/𝑠

A variação de velocidade é:

15
Δ𝑣 = 𝑚/𝑠
4
O impulso vale:

𝐼 = 𝑚Δ𝑣 = 0,75 𝑁 ⋅ 𝑠

Gabarito: B

(AFA – 2021)
Uma partícula de massa M é lançada obliquamente com sua velocidade inicial 𝑣⃗0 fazendo um ângulo
de 30º com a direção horizontal, conforme indica figura a seguir. Ao atingir a altura máxima de sua
trajetória parabólica, essa partícula colide inelasticamente com um bloco de massa 5M. Esse bloco,
de dimensões desprezíveis, está preso ao teto por um fio ideal, de comprimento 1,2 m, formando
um pêndulo balístico. Inicialmente o fio do pêndulo está na vertical. Após a colisão, o pêndulo atinge
uma altura máxima, na qual o fio tem uma inclinação de 30º em relação à direção horizontal.
Desprezando a resistência do ar, o módulo da velocidade inicial da partícula, 𝑣0 , em m/s, é igual a

a) 5,0 b) 10 c) 15 d) 24

Comentários:

A velocidade imediatamente antes de colidir é:

𝑣𝑥 = 𝑣0 cos 30°

Por conservação da quantidade de movimento:

6𝑀𝑣𝑥′ = 𝑀𝑣𝑥

𝑣0 cos 30°
𝑣𝑥′ =
6
Por conservação de energia:

6𝑀𝑣𝑥′2
= 6𝑀𝑔𝑅(1 − sin 30°)
2

𝑣𝑥′ = √𝑔𝑅

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 188


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6√𝑔𝑅
𝑣0 = = 24 𝑚/𝑠
cos 30°
Gabarito: D

(AFA – 2020)
A partícula 1, no ponto A, sofre uma colisão perfeitamente elástica e faz com que a partícula 2,
inicialmente em repouso, percorra, sobre uma superfície, a trajetória ABMCD, conforme figura a
seguir.
O trecho BMC é um arco de 90° de uma circunferência de raio R = 1,0 m.
Ao passar sobre o ponto M, a partícula 2 está na iminência de perder o contato com a superfície. A
energia mecânica perdida, devido ao atrito, pela partícula 2 ao longo do trecho ABM é exatamente
igual à que ela perde no trecho MCD. No ponto D, a partícula 2 sofre outra colisão, perfeitamente
elástica, com a partícula 3, que está em repouso. As partículas 1 e 3 possuem mesma massa, sendo
a massa de cada uma delas o dobro da massa da partícula 2. A velocidade da partícula 1,
imediatamente antes da colisão no ponto A, era de 6,0 m/s. A aceleração da gravidade é constante
e igual a g. Desprezando a resistência do ar, a velocidade da partícula 3, imediatamente após a
colisão no ponto D, em m/s, será igual a

a) 3,0 b) 4,0 c) 5,0 d) 6,0

Comentários:

Colisão em A:

2𝑚 ⋅ 𝑣1 = 2𝑚 ⋅ 𝑣1′ + 𝑚 ⋅ 𝑣2′

𝑣2′ − 𝑣1′
1= → 𝑣2′ = 𝑣1′ + 𝑣1
𝑣1 − 0
𝑣1
2𝑣1 = 2𝑣1′ + 𝑣1′ + 𝑣1 → 𝑣1′ = = 2𝑚/𝑠
3
𝑣2′ = 8𝑚/𝑠

Em M:
2
𝑚𝑣𝑀
𝑁 = 0 → 𝑚𝑔 = → 𝑣𝑀 = √𝑔𝑅 = √10𝑚/𝑠
𝑅
2
𝑚𝑣𝑀 𝑚𝑣𝐴2
+ 𝑚𝑔(2𝑅) = − 𝜏 → 5𝑚 + 20𝑚 = 32𝑚 − 𝜏
2 2
𝜏 = 7𝑚

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 189


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Antes da colisão em D:
2
𝑚𝑣𝑀 𝑚𝑣𝐷2
+ 𝑚𝑔(2𝑅) − 𝜏 =
2 2
𝑚𝑣𝐷2
5𝑚 + 20𝑚 − 7𝑚 =
2
6𝑚
𝑣𝐷 =
𝑠
Depois da colisão em D:

𝑚 ⋅ 𝑣2 = 𝑚 ⋅ 𝑣2′ + 2𝑚𝑣3′

𝑣3′ − 𝑣2′
1= → 𝑣3′ = 𝑣2′ + 𝑣2
𝑣2 − 0

𝑣2 = 𝑣2′ + 2𝑣2′ + 2𝑣2


𝑣2
𝑣2′ = − = −2𝑚/𝑠
3
2𝑣2
𝑣3′ = = 4 𝑚/𝑠
3

Gabarito: B

(AFA – 2019)
A montagem da figura a seguir ilustra a descida de uma partícula 1 ao longo de um trilho curvilíneo.
Partindo do repouso em A, a partícula chega ao ponto B, que está a uma distância vertical H abaixo
do ponto A, de onde, então, é lançada obliquamente, com um ângulo de 450 com a horizontal.

A partícula, agora, descreve uma trajetória parabólica e, ao atingir seu ponto de altura máxima,
nessa trajetória, ela se acopla a uma partícula 2, sofrendo, portanto, uma colisão inelástica. Essa
segunda partícula possui o dobro de massa da primeira, está em repouso antes da colisão e está
presa ao teto por um fio ideal, de comprimento maior que H, constituindo, assim, um pêndulo.
Considerando que apenas na colisão atuaram forças dissipativas, e que o campo gravitacional local
é constante. O sistema formado pelas partículas 1 e 2 atinge uma altura máxima h igual a

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 190


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𝐻 𝐻 𝐻 𝐻
a) b) 9 c) 16 d) 18
3

Comentários:

Pela conservação de energia mecânica temos que, em B:

𝑚𝑣𝑏2
𝑚𝑔𝐻 =
2

𝑣𝑏 = √2 𝑔 𝐻

Como o ângulo é de 45 graus:

𝑣𝑏𝑥 = 𝑣𝑏𝑦 = √𝑔𝐻

Na altura máxima da partícula, temos que 𝑣𝑦 = 0. Além disso 𝑣𝑥 = √𝑔𝐻.

A velocidade do conjunto pós colisão pode ser calculado pela conversação da quantidade de
movimento/momento linear:

𝑚 ∗ √𝑔𝐻 = 3𝑚 ∗ 𝑣

√𝑔𝐻
𝑣=
3
A altura máxima pode ser calculada pela conservação de energia mecânica:

𝑚𝑣 2 𝑚𝑔𝐻
𝑚𝑔ℎ = =
2 18
𝐻
ℎ=
18
Gabarito: D

(AFA – 2015)
Considere duas rampas 𝐴 e 𝐵, respectivamente de massas 1 𝑘𝑔 e 2 𝑘g, em forma de quadrantes de
circunferência de raios iguais a 10 m, apoiadas em um plano horizontal e sem atrito. Duas esferas 1
e 2 se encontram, respectivamente, no topo das rampas 𝐴 e 𝐵 e são abandonadas, do repouso, em
um dado instante, conforme figura abaixo.

Quando as esferas perdem contato com as rampas, estas se movimentam conforme os gráficos de
suas posições 𝑥, em metros, em função do tempo 𝑡, em segundos, abaixo representados.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 191


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𝑚1
Desprezando qualquer tipo de atrito, a razão das massas 𝑚1 e 𝑚2 das esferas 1 e 2,
𝑚2
respectivamente, é
1 3
a) b) 1 c) 2 d)
2 2

Comentários:

No metade da queda:

√3
𝑣1 = 𝑣2 = 𝑚/𝑠
2
Por conservação da quantidade de movimento:

0 = 𝑚1 𝑣1 + 𝑚𝑎 𝑣𝑎 → 𝑣𝑎 = −𝑚1 𝑣1 /𝑚𝑎

0 = 𝑚2 𝑣2 + 𝑚𝑏 𝑣𝑏 → 𝑣𝑏 = −𝑚2 𝑣2 /𝑚𝑏

Por conservação de energia:

𝑚1 𝑔𝑅 𝑚1 𝑣12 𝑚𝑎 𝑣𝑎2
= +
2 2 2
𝑚1 𝑔𝑅 𝑚1 𝑣12 𝑚𝑎 𝑚1 𝑣1 2 𝑚1 𝑣12 𝑚12 𝑣12 𝑚1 𝑣12 𝑚𝑎 + 𝑚1
= + (− ) = + = ⋅
2 2 2 𝑚𝑎 2 2𝑚𝑎 2 𝑚𝑎

𝑔𝑅
𝑚1 = 𝑚𝑎 ( 2 − 1)
𝑣1

𝑔𝑅
𝑚2 = 𝑚𝑏 ( 2 − 1)
𝑣2

𝑔𝑅
−1
𝑚1 𝑚𝑎 𝑣12 1
=( )⋅( )=
𝑚2 𝑚𝑏 𝑔𝑅 2
−1
𝑣22

Gabarito: A

(AFA – 2014)

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 192


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Uma partícula 𝐴, de massa m e carga elétrica q, está em repouso no momento em que uma segunda
partícula 𝐵, de massa e carga elétrica iguais às de 𝐴, é lançada com velocidade de módulo igual a
𝑣0 , na direção 𝑥, conforme ilustra a figura abaixo.

A partícula 𝐵 foi lançada de um ponto muito distante de 𝐴, de tal forma que, no instante do
lançamento, as forças elétricas coulombianas entre elas possam ser desprezadas. Sendo 𝐾 a
constante eletrostática do meio e considerando apenas interações eletrostáticas entre essas
partículas, a distância mínima entre 𝐴 e 𝐵 será igual a
8 𝑚𝑣02 3 𝐾𝑣02 𝐾𝑞 2 𝐾𝑞 2
a) b) c) 2 d) 4
3 𝐾𝑞 2 4 𝑚𝑞 2 𝑚𝑣02 𝑚𝑣02

Comentários:

A distância mínima ocorre quando ambas as partículas tem a mesma velocidade. Por conservação
da quantidade de movimento:
𝑣0
𝑚𝑣 + 𝑚𝑣 = 𝑚𝑣0 → 𝑣 =
2
Por conservação de energia:

𝑚𝑣02 𝑚𝑣 2 𝑚𝑣 2 𝑘𝑞 2
= + +
2 2 2 𝑑
𝑚𝑣02 𝑣0 2 𝑘𝑞 2
= 𝑚( ) +
2 2 𝑑
𝑘𝑞 2 𝑚𝑣02
=
𝑑 4
4𝑘𝑞 2
𝑑=
𝑚𝑣02

Gabarito: D

(EN – 2011)
Uma pista é composta por um trecho retilíneo longo horizontal seguido do trecho circular vertical
de raio R (conforme a figura abaixo). O carrinho (1) (partícula), de massa m1 = 1,0 kg e velocidade
v⃗⃗⃗⃗=
1 5,0. î (m/ s), colide com o carrinho (2) (partícula), de massa m2 = 2,0kg, em repouso no trecho
retilíneo. Despreze os atritos. O coeficiente de restituição do choque vale 0,80. Após a colisão, o
carrinho (2) sobe o trecho circular vertical e, num certo instante, passa pela primeira vez na
posição A, de altura ha = R, com velocidade tal que o módulo da força normal da pista sobre o
carrinho é igual ao módulo do seu peso. Nesse instante, o módulo da velocidade (em m/ s) do
carrinho (2) em relação ao carrinho (1) é

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 193


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a) 1,0 b) 1,2 c) 2,5 d) 2,0 e) 3,0

Comentários:

Por conservação da quantidade de movimento:

𝑚1 𝑣1 + 𝑚2 𝑣2 = 𝑚1 𝑣1′ + 𝑚2 𝑣2′

𝑣1 = 𝑣1′ + 2𝑣2′

Pela definição de índice de restituição:

𝑣2′ − 𝑣1′
𝑒= = 0,8
𝑣1

𝑣2′ − 𝑣1′ = 0,8𝑣1

Logo:

3𝑚
𝑣2′ = 0,6𝑣1 =
𝑠
1𝑚
𝑣1′ = −0,2𝑣1 = −
𝑠
Em A:

𝑚2 𝑣𝐴2 𝑚2 𝑣𝐴2 𝑚2 𝑔𝑅
𝑁= = 𝑚2 𝑔 → =
𝑅 2 2
𝑚2 𝑣𝐴2 𝑚2 𝑣2′2
+ 𝑚2 𝑔𝑅 =
2 2
𝑚2 𝑔𝑅 𝑚2 𝑣2′2
+ 𝑚2 𝑔𝑅 =
2 2
3 𝑣2′2
𝑔𝑅 = → 𝑅 = 0,3𝑚
2 2

√3𝑚
𝑣𝐴 = √𝑔𝑅 =
𝑠
Como as velocidades são ortogonais:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 194


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2𝑚
𝑣12 = √3 + 1 =
𝑠
Gabarito: D

(EN – 2010)
Dois pêndulos constituídos por fios de massas desprezíveis e de comprimento L = 2,0 m estão
pendurados em um teto em dois pontos próximos de tal modo que as esferas A e B, de raios
desprezíveis, estejam muito próximas, sem se tocarem. As massas das esferas valem mA = 0,10 kg
e mB = 0,15 kg. Abandona-se a esfera A quando o fio forma um ângulo de 60° com a vertical,
estando a esfera B do outro pêndulo na posição de equilíbrio. Sabendo que, após a colisão frontal,
a altura máxima alcançada pelo centro de massa do sistema, em relação à posição de equilíbrio, é
de 0,40 m, o coeficiente de restituição da colisão é Dado: | g | = 10,0 m/ s 2

a) zero b) 0,25 c) 0,50 d) 0,75 e) 1,00

Comentários:

Sendo e o coeficiente de restituição. Por conservação da energia mecânica:

𝑣𝐴 = √2𝑔𝐻 = √2𝑔𝐿(1 − cos 60°) = √𝑔𝐿 = √20𝑚/𝑠

Por conservação da quantidade de movimento:

3
𝑚𝐴 𝑣𝐴 = 𝑚𝐴 𝑣𝐴′ + 𝑚𝐵 𝑣𝐵′ → 𝑣𝐴′ = 𝑣𝐴 − 𝑣𝐵′
2
Por conservação de energia pós-choque:

𝑚𝐴 𝑣𝐴′2 𝑚𝐵 𝑣𝐵′2
+ = (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 )𝑔𝐻
2 2
0,1𝑣𝐴′2 + 0,15𝑣𝐵′2 = 0,5𝑔𝐻

2𝑣𝐴′2 + 3𝑣𝐵′2 = 10𝑔𝐻

3 ′ 2
2 (𝑣𝐴 − 𝑣𝐵 ) + 3𝑣𝐵′2 = 10𝑔𝐻
2
9
2𝑣𝐴2 − 6𝑣𝐴 𝑣𝐵′ + 𝑣𝐵′2 + 3𝑣𝐵′2 = 40
2

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 195


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15 ′2 4√20
40 − 6√20𝑣𝐵′ + 𝑣𝐵 = 40 → 𝑣𝐵′ = 𝑚/𝑠
2 5

√20
𝑣𝐴′ = − 𝑚/𝑠
5
𝑣𝐵′ − 𝑣𝐴′
𝑒= =1
𝑣𝐴

Outra forma mais rápida de resolver o exercício é ver que:

𝑚𝐴 𝑔𝐿(1 − cos 60°) = 1 = (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 )𝑔𝐻

Como não houve variação de energia, a colisão é totalmente elástica.

Gabarito: E

(EN – 2009)
Uma bola de golfe percorre 7, 2m horizontalmente e atinge uma altura máxima de 1, 8m antes de
colidir com o solo. Durante o choque com o solo, a bola sofre um impulso na vertical e
imediatamente após o choque sua velocidade forma um ângulo de 30° com a horizontal, conforme
indica a figura. Quanto vale o coeficiente de restituição da colisão?
Dados: g = 10m/s 2 ; sen30° = 1 ⁄ 2 ; sen60° = √3 ⁄ 2

√3 2 √3 √2
a) b) 3 c) d) e) 1
2 3 3

Comentários:

Pela equação da altura máxima, temos:

𝑉02 sin2 𝜃
= 1,8 → 𝑉0 sin 𝜃 = 6 → 𝑉0 = 6/ sin 𝜃
2𝑔

𝑉02 sin 2𝜃
= 7,2 → 𝑉02 sin 𝜃 cos 𝜃 = 36
𝑔

36
( 2 ) sin 𝜃 cos 𝜃 = 36 → tan 𝜃 = 1 → 𝜃 = 45°
sin 𝜃
Logo, no momento da colisão:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 196


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𝑉0 √2
𝑉𝑥 = −𝑉𝑦 =
2
Como a colisão ocorre no plano horizontal, somente 𝑉𝑦 muda. Pelo ângulo falado pelo exercício:

𝑉𝑦′ √3 𝑉0 √6
= tan 30° = → 𝑉𝑦′ =
𝑉𝑥 3 6

O coeficiente de restituição vale:

𝑉𝑦′ √3
𝑒= =
𝑉𝑦 3

Gabarito: C

(EN – 2008)
Uma esfera de madeira, de massa igual a 4,00 𝑘𝑔, é solta de uma altura igual a 1,80 m de um piso
horizontal (massa infinita). No choque, o piso exerce uma força média de módulo igual a 12 ⋅ 103 𝑁 ,
atuando no intervalo de tempo de 3,00 𝑚𝑠. Desprezando-se a resistência do ar, o coeficiente de
restituição do choque vale:
Dado: |𝑔̅ | = 10,0𝑚/𝑠 2
a) 0,30 b) 0,40 c) 0,45 d) 0,50 e) 0,60

Comentários:

A velocidade com que a esfera chega no piso é:

𝑣 = √2𝑔𝐻 = √2 ⋅ 10 ⋅ 1,8 = 6 𝑚/𝑠

O impulso dado pela força F é:

𝐼 = 𝐹 ⋅ 𝑡 = 12 ⋅ 103 ⋅ 3 ⋅ 10−3 = 36𝑁. 𝑠

A velocidade final da esfera pode ser calculada por (veja que o sentido das velocidades é oposto):

−𝑚𝑣 + 𝐼 = 𝑚𝑣 ′ → −4 ⋅ 6 + 36 = 4 ⋅ 𝑣 ′ → 𝑣 ′ = 3 𝑚/𝑠

O coeficiente da restituição vale:

𝑣′
𝑒= = 0,5
𝑣
Gabarito: D

(EN – 2008)
Um projétil de chumbo, de massa igual a 10,0 gramas, está na temperatura de 27,0°𝐶 e se desloca
horizontalmente com velocidade de 400 𝑚/𝑠 quando se choca com um bloco de massa 5,00 𝑘𝑔,
inicialmente em repouso sobre uma superfície horizontal. Os coeficientes de atrito entre o bloco e
a superfície horizontal valem 0,300 e 0,200. O projétil penetra no bloco e o conjunto passa a se

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 197


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mover com uma velocidade de 2,00 𝑚/𝑠. Admitindo-se que a energia cinética perdida pelo projétil
seja transformada em calor e que 40% deste calor foi absorvido pelo próprio projétil, a variação de
entropia (em J/K) do projétil é, aproximadamente, igual a
Dados:
calor específico do chumbo sólido = 1,30 𝑥 102 𝐽/𝑘𝑔°𝐶
calor latente de fusão do chumbo = 2,50 𝑥 104 𝐽/𝑘𝑔
temperatura de fusão do chumbo = 327 °C ;
conversão: 0°C = 273K
𝑙𝑛10 = 2,30; ln 3,62 = 1,29; ln 1,81 = 0,59
a) 0,500 b) 0,740 c) 0,767 d) 0,800 e) 0,830

Comentários:

Gente, por que não houve conservação da quantidade de movimento?

Resposta: Porque existe atrito. No tempo que demora a colisão existe força externa (atrito), e
portanto não há conservação da quantidade de movimento. O atrito, entretanto, é muito menor que a
força de restituição do choque, e geralmente não altera tanto a quantidade de movimento quando os
corpos têm a mesma massa, mas quando um corpo é muito menor que o outro, ele pode ser bem
importante.

A variação da energia cinética é:

𝑚𝑣 2 (𝑚 + 𝑀)𝑣 ′2 −2
4002 22
Δ𝐸 = − = 10 ⋅ − 5,01 ⋅ = 790𝐽
2 2 2 2
𝑄 = 0,4Δ𝐸 = 316𝐽

Para esquentar o projétil até a temperatura de fusão precisamos:

𝑄𝑠 = 𝑚𝑐Δ𝑇 = 10−2 ⋅ 130 ⋅ 300 = 390𝐽

Portanto a temperatura final vale:

316
𝑄 = 𝑚𝑐Δ𝑇 → Δ𝑇 = = 243°𝐶 → 𝑇𝑓 = 270°𝐶
1,3

A variação de entropia vale:

𝑇𝑓 543
Δ𝑆 = mc ln = 10−2 ⋅ 130 ⋅ ln ( ) = 1,3 ⋅ ln(1,81) = 0,767 𝐽/𝐾
𝑇𝑖 300

Gabarito: C

(EN – 2008)
Duas pedras A e B, de mesma massa, são lançadas simultaneamente, da mesma altura H do solo,
com velocidades iguais de módulo V. A pedra A foi lançada formando um ângulo de 10° abaixo da

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 198


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horizontal e a pedra B foi lançada formando um ângulo de 60° acima da horizontal. Despreze a
resistência do ar e considere a aceleração da gravidade constante. Podemos afirmar corretamente
que, ao atingir o solo:
a) o módulo da quantidade de movimento linear da pedra A é menor do que o da pedra B e ambas
atingem o solo no mesmo instante.
b) o módulo da quantidade de movimento linear da pedra B é igual ao da pedra A e as pedras
chegam ao solo em instantes diferentes.
c) a energia cinética da pedra A é menor do que a da pedra B e as pedras chegam ao solo em
instantes diferentes.
d) a energia cinética da pedra A é igual a da pedra B e ambas atingem o solo no mesmo instante.
e) a energia cinética da pedra A tem o mesmo valor numérico do módulo da quantidade de
movimento linear da pedra B e as pedras chegam ao solo em instantes diferentes.

Comentários:

Pela equação horária do MUV:

𝑔𝑡 2
0 = 𝐻 + 𝑉0 sin 𝜃 𝑡 − → 𝑔𝑡 2 − 2𝑉0 sin 𝜃 𝑡 − 2𝐻 = 0
2
Δ = 4𝑉02 sin2 𝜃 + 8𝑔𝐻

𝑉0 sin 𝜃 + √𝑉02 sin2 𝜃 + 2𝑔𝐻


𝑡=
𝑔

Sendo 𝜃 = 60° e 𝛼 = −10°, para que os tempos fossem iguais, deveríamos ter:

𝑉0 sin 𝜃 + √𝑉02 sin2 𝜃 + 2𝑔𝐻 = 𝑉0 sin 𝛼 + √𝑉02 sin2 𝛼 + 2𝑔𝐻

𝑉0 sin 𝜃 − √𝑉02 sin2 𝛼 + 2𝑔𝐻 = 𝑉0 sin 𝛼 − √𝑉02 sin2 𝜃 + 2𝑔𝐻

𝑉02 sin2 𝜃 − 2𝑉0 sin 𝜃 √𝑉02 sin2 𝛼 + 2𝑔𝐻 + 𝑉02 sin2 𝛼 + 2𝑔𝐻 = 𝑉02 sin2 𝛼 − 2𝑉0 sin 𝛼 √𝑉02 sin2 𝜃 + 2𝑔𝐻 + 𝑉02 sin2 𝜃 + 2𝑔𝐻

sin 𝜃 √𝑉02 sin2 𝛼 + 2𝑔𝐻 = sin 𝛼 √𝑉02 sin2 𝜃 + 2𝑔𝐻

𝑉02 sin2 𝛼 sin2 𝜃 + 2𝑔𝐻 sin2 𝜃 = 𝑉02 sin2 𝛼 sin2 𝜃 + 2𝑔𝐻 sin2 𝛼

sin2 𝜃 = sin2 𝛼

Das duas soluções, ao substituirmos na equação vemos que somente sin 𝜃 = sin 𝛼 é possível,
portanto 𝜃 = 𝛼 ou 𝜃 = 180° − 𝛼, o que não vale para os ângulos mencionados. Dessa forma, as pedras
caem em instantes diferentes.

Ao atingir o solo:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 199


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2
𝑚𝑉02 𝑚𝑉𝑐ℎã𝑜
+ 2𝑔𝐻 =
2 2
Portanto, a velocidade no chão é a mesma para ambas as massas, e o mesmo vale para a
quantidade de movimento e a energia cinética.

Gabarito: B

(EN – 2007)
Os corredores A e B, que pesam 560 N e 700 N respectivamente, estão colocados nas extremidades
de uma prancha de peso igual a 500 N, que pode deslizar livremente sobre o gelo onde se apoia,
conforme a figura. Eles partem do repouso, correndo na mesma direção e sentidos opostos, com
acelerações de módulos: 𝑎𝐴 = 2,00 𝑚/𝑠 2 e 𝑎𝐵 = 3,00 𝑚/𝑠 2 , até alcançarem a velocidade
constante de módulo igual a 6,00 m/s, relativamente à prancha. Calcule:
a) o módulo da velocidade da prancha no instante em que os corredores se encontram; e (8 pontos)
b) o intervalo de tempo para os corredores se encontrarem. (7 pontos)
Dado: |𝑔⃗| = 10,0 𝑚/𝑠 2

Comentários:

Consideraremos que as acelerações são em relação à prancha (ficou meio ambígua a


interpretação).

a) Considerando o referencial do gelo, como não existem forças externas, existe conservação da
quantidade de movimento:

𝑚𝐴 𝑣𝐴 + 𝑚𝐵 𝑣𝐵 + 𝑚𝑃 𝑣𝑃 = 0

560(6 + 𝑣𝑃 ) + 700(−6 + 𝑣𝑃 ) + 500𝑣𝑃 = 0

3360 + 560𝑣𝑃 − 4200 + 700𝑣𝑃 + 500𝑣𝑃 = 0

𝑣𝑃 = −0,477 𝑚/𝑠

b. Considerando o referencial da prancha, no instante t=3s o corredor A estará em:

2𝑡 2
𝑥𝐴 = =9𝑚
2
No instante 𝑡 = 3𝑠 o corredor B estará em:

3 ⋅ 22
𝑥𝐵 = 100 − − 6 ⋅ 1 = 88𝑚
2

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 200


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O tempo necessário para os corredores se encontrarem vale:

88 − 9
𝑡 = 3+ = 16,2 𝑠
6
Gabarito: A. 0,477 m/s B. 16,2 s

(EN – 2005)
Três mols de um certo gás ideal, cujo calor molar a pressão constante vale 5,00 cal/mol. k, está no
interior do cilindro da figura abaixo. O gás recebe calor de uma fonte térmica (não indicada na figura)
de tal maneira que a sua temperatura aumenta de 10,0°C. Ao absorver calor verifica-se que o pistão,
adiabático e de massa desprezível, se eleva de 2,00 metros. Sobre o pistão temos o bloco 1 de massa
m1 = 20,0 kg. Considere: |g ⃗⃗| = 10 m/s 2 e 1, 00 cal = 4,18 J .

a) Calcule a variação da energia interna (em joules) do gás. (4 pontos)


b) No final da expansão do gás, o bloco 1 em repouso sobre a superfície horizontal AB, de atrito
desprezível, é atingido pelo bloco 2 de massa m2 = 10,0 kg e velocidade igual a 5,00 m/s. Calcule
a velocidade de recuo do bloco 2, sabendo-se que o coeficiente de restituição vale 0,800.(7 pontos)

Comentários:

Galera, esse exercício é incoerente, por que? Veremos a seguir:

a. Como o cilindro é adiabático e a transformação ocorre à pressão constante:

𝑊 = 𝑃Δ𝑉 = 3 ⋅ 8,31 ⋅ 10 = 249,3 𝐽

𝑄 = 𝑛𝐶𝑝 Δ𝑇 = 3 ⋅ 5 ⋅ 4,18 ⋅ 10 = 627 𝐽

Δ𝑈 = 𝑄 − 𝑊 = 378 𝐽
𝑄 5
Logo 𝛾𝑔á𝑠 = Δ𝑈 = 3: O gás é monoatômico.

Entretanto, sabemos que:


𝑚𝑔
𝑃𝑔á𝑠 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + → 𝑃𝑔á𝑠 Δ𝑉 = 𝑃𝑎 Δ𝑉 + 𝑚𝑔𝐻 = 𝑃𝑎 Δ𝑉 + 400 = 249,3
𝐴
𝑃𝑎 Δ𝑉 = −150,7𝐽

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 201


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Como foi dito que o volume aumentou, a pressão atmosférica deveria ser negativa, o que é um
absurdo. Também não foi dado o valor de R, fazendo com que o aluno usasse mgH e Pa. Não foi dito qual
a pressão atmosférica, e mesmo se o aluno considerasse zero, vemos que isso faz com que o exercício
ainda sim seja incoerente.

b. Por conservação da quantidade de movimento:

𝑚2 𝑣2 = 𝑚1 𝑣1′ + 𝑚2 𝑣2′

10 ⋅ 5 = 20𝑣1′ + 10𝑣2′ : 𝑣2′ = 5 − 2𝑣1′

𝑣1′ − 𝑣2′
0,8 = → 𝑣1′ − 𝑣2′ = 0,8𝑣2
𝑣2

𝑣1′ − 5 + 2𝑣1′ = 4

𝑣1′ = 3𝑚/𝑠

𝑣2′ = 2 𝑚 /𝑠

Gabarito: A. 378J B. 2m/s

(EFOMM – 2021)
Uma mola de massa desprezível e de constante elástica 𝑘 = 100 𝑁/𝑚 tem um tamanho natural de
1 m e é comprimida para que se acomode num espaço de 60 cm entre duas caixas de massas 1 kg e
2 kg. O piso horizontal não tem atrito, e o sistema é mantido em repouso por um agente externo
não representado na figura.
Assim que o sistema é liberado, a mola se expande e empurra as caixas até atingir novamente seu
tamanho natural, momento em que o contato entre os três objetos é perdido. A partir desse
instante, a caixa de massa 1 kg segue com velocidade constante de módulo:

3 2
(A) 2√2 𝑚/𝑠 (B) 2 √2 𝑚/𝑠 (C) 4 𝑚/𝑠 (D) 4√3 𝑚/𝑠 (E) 5 𝑚/𝑠

Comentários:

Com o sistema é conservativo, a variação de energia mecânica é nula. A variação da energia


mecânica pode ser tomado no instante em que o sistema é solto e no momento em que os objetos perdem
contato.

Δ𝐸𝑚𝑒𝑐 = 0
𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
𝐸𝑚𝑒𝑐 = 𝐸𝑚𝑒𝑐

1 1 1
𝑚𝑣 2 + 𝑀𝑉 2 = 𝐾 ⋅ Δ𝑥 2
2 2 2

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 202


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𝑚𝑣 2 + 𝑀𝑉 2 = 𝐾 ⋅ Δ𝑥 2 (𝑒𝑞. 1)

Em que a deformação da mola é dada por Δ𝑥 = 1 − 0,6 = 0,4 𝑚. No exato momento em que o
sistema fica livre do agente externo, não existe forças externas atuando na direção horizontal. Não há
atrito entre os corpos e o solo, e a força elástica é interna ao sistema formado pelos corpos. Portanto, há
conservação da quantidade de movimento na horizontal.

Δ𝑄𝑥 = 0
𝑣
𝑚𝑣 = 𝑀𝑉 ⇒ 1 ⋅ 𝑣 = 2 ⋅ 𝑉 ⇒ 𝑉 = (𝑒𝑞. 2)
2
Substituindo 2 em 1 e colocando os valores do enunciado, temos:

𝑣 2 3𝑣 2
1 ⋅ 𝑣 2 + 2 ⋅ ( ) = 100 ⋅ 0,42 ⇒ = 42
2 2

2
𝑣 = 4√ 𝑚/𝑠
3

Gabarito: D

(ITA – 1998)
Uma bala de massa 10 g é atirada horizontalmente contra um bloco de madeira de 100 g que está
fixo, penetrando nele 10 cm até parar. Depois, o bloco é suspenso de tal forma que se possa mover
livremente e uma bala idêntica à primeira é atirada contra ele. Considerando a força de atrito entre
a bala e a madeira em ambos os casos como sendo a mesma, conclui-se que a segunda bala penetra
no bloco a uma profundidade de aproximadamente:
a) 8.0 cm. b) 8.2 cm. c) 8.8 cm. d) 9.2 cm. e) 9.6 cm.

Comentários:

No primeiro tiro, o trabalho da força resistiva é igual a variação da energia cinética:

𝑊𝐹𝑟𝑒𝑠 = 𝐹𝑟𝑒𝑠 ∙ 𝑑 = ∆𝐸𝑐𝑖𝑛

0,01 ∙ 𝑣02
𝐹𝑟𝑒𝑠 ∙ 0,1 =
2
𝐹𝑟𝑒𝑠 = 0,05𝑣02

No segundo tiro, as velocidades finais podem ser encontradas pela conservação da quantidade de
movimento:

1
0,01 ∙ 𝑣0 = (0,11 + 0,01)𝑣` ⇒ 𝑣` = 𝑣
12 0
Para o bloco:

𝐹𝑟𝑒𝑠 ∙ 𝑑1 = ∆𝐸𝑐𝑖𝑛

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 203


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2
0,11 1
0,05𝑣02 ∙ 𝑑1 = ∙ ( 𝑣0 ) − 0
2 12
1,1
𝑑1 = 𝑚
144
Para o projétil:

𝐹𝑟𝑒𝑠 ∙ 𝑑2 = ∆𝐸𝑐𝑖𝑛
2
0,01 1 0,01
0,05𝑣02 ∙ 𝑑2 = ∙ ( 𝑣0 ) − ∙ (𝑣0 )2
2 12 2
14,3
𝑑2 = 𝑚
144
A distância que a bala penetrou é dada por:

𝐷 = 𝑑2 − 𝑑1 ≅ 9,2 𝑐𝑚

Gabarito: D

(ITA – 1998)
Uma massa 𝑚 em repouso drvide-se em duas partes, uma com massa 2𝑚/3 e outra com massa
𝑚/3. Após a divisão, a parte com massa 𝑚/3 move-se para a direita com uma velocidade de módulo
𝑣1 . Se a massa 𝑚 estivesse se movendo para a esquerda com velocidade de módulo 𝑣 antes da
divisão, a velocidade da parte 𝑚/3 depois da divisão seria:
1
a) (3 𝑣1 − 𝑣) para a esquerda. b) (𝑣1 − 𝑣) para a esquerda.
1
c) (𝑣1 − 𝑣) para a direita. d) (3 𝑣1 − 𝑣) para a direita.
e) (𝑣1 + 𝑣) para a direita.

Comentários:

Pela definição da velocidade do centro de massa, temos:

𝑚1 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣1 + 𝑚2 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣2
𝑣𝑐 𝑚 =
⃗⃗⃗⃗
𝑚1 + 𝑚2

Suponha agora que a velocidade do centro de massa seja alterada de um valor 𝑣⃗; assim:

𝑚1 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣1 + 𝑚2 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣2
𝑣𝑐 𝑚 − 𝑣⃗ =
⃗⃗⃗⃗ − 𝑣⃗
𝑚1 + 𝑚2

𝑚1 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
(𝑣1 − 𝑣⃗) + 𝑚2 (𝑣
⃗⃗⃗⃗⃗2 − 𝑣⃗)
𝑣𝑐 𝑚 − 𝑣⃗ =
⃗⃗⃗⃗
𝑚1 + 𝑚2

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 204


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Assim como demonstrado acima, o centro de massa do sistema apresentado muda de − 𝑣⃗ de uma
situação para a outra, dessa forma, pode-se calcular a nossa velocidade que uma das partes integrantes
terá apenas subtraindo também o vetor − 𝑣⃗.

Gabarito: C

(ITA – 2002)
Uma tampa rolante pesa 120 𝑁 e se encontra Inicialmente em tepousa conto mostra a figura. Um
bloco que pesa 80 𝑁 também em repousa e abandonado no ponto 1, deslizando a seguir sobre a
rampa. O centro de massa 𝐺 da rampa tem coordenadas: 𝑥𝐺 = 2𝑏/3 e 𝑦𝐺 = 𝑐/3. Sâo dados ainda:
𝑎 = 15,0 𝑚 e 𝑠𝑒𝑛 𝛼 = 0,6. Desprezando os possíveis atritos e as dimensões do bloco, pode-se
afirmar que a distância percorrida pela rampa no sola até o instante em que o bloco atinge o ponto
2, é
a) 16,0 m
b) 30,0 m
c) 4,8 m
d) 24,0 m
e) 9,6 m

Comentários:

Como não existem forças externas no eixo das abcissas, o 𝑋𝐶𝑀 se conserva.

Inicialmente:

2𝑏
𝑋1 𝑚1 + 𝑋2 𝑚2 𝑏 ∙ 𝑚1 + 3 𝑚2
𝑋𝐶𝑀 = =
𝑚1 + 𝑚2 𝑚𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

Depois da rampa ter percorrido uma distância d no solo e o bloco ter deslizado até o chão:

2𝑏
𝑑 ∙ 𝑚1 + (𝑑 + 3 )𝑚2
𝑋𝐶𝑀 =
𝑚𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

Igualando as equações e usando que 𝑏 = 𝑎 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝛼 = 0,8 , temos:

𝑑 = 4,8 𝑚

Gabarito: C

(ITA – 2008)
Numa brincadeira de aventura, o garoto (de massa 𝑀) lança-se por uma corda amarrada num galho
de árvore num ponto de altura 𝐿 acima do gatinho (de massa 𝑚) da figura, que pretende resgatar.
Sendo 𝑔 a aceleração da gravidade e 𝐻 a altura da plataforma de onde se lança, indique o valor da
tensão na corda, imediatamente após o garoto apanhar o gato para aterrisá-lo na outra margem do
lago.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 205


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2𝐻
a) 𝑀 ⋅ 𝑔 ⋅ (1 + )
𝐿
𝑀+𝑚 2 2𝐻
b) (𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑔 ⋅ (1 − ( ) ⋅ )
𝑀 𝐿
2𝐻
c) 𝑀 ⋅ 𝑔 ⋅ (1 − )
𝐿
𝑀 2 2𝐻
d) (𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑔 ⋅ (1 + (𝑀+𝑚) ⋅ )
𝐿

𝑀 2 2𝐻
e) (𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑔 ⋅ ((𝑚+𝑀) ⋅ − 1)
𝐿

Comentários:

A velocidade do garoto logo antes dele pegar o gato vem da expressão da conservação da energia:

𝑀𝑣 2
𝐸0 = 𝐸𝑓 ⇒ 𝑀𝑔𝐻 = ∴ 𝑣 = √2𝑔𝐻
2
Para encontrarmos a velocidade do conjunto imediatamente após a colisão inelástica iremos
conservar a quantidade de movimento:

𝑄0 = 𝑄𝑓 ⇒ 𝑀√2𝑔𝐻 + 0 = (𝑀 + 𝑚)𝑢

𝑀√2𝑔𝐻
𝑢=
𝑀+𝑚
Numa trajetória circular, temos que:

𝑢2
𝑅𝑐𝑝 = (𝑀 + 𝑚) =𝑇−𝑃
𝐿
𝑀2 ∙ (2𝑔𝐻)
𝑇 = (𝑀 + 𝑚) + (𝑀 + 𝑚)𝑔
(𝑀 + 𝑚)2 ∙ 𝐿
2
𝑀 2𝐻
∴𝑇= (𝑀 + 𝑚)𝑔(1 + ( ) ∙ )
𝑀+𝑚 𝐿
Gabarito: D

(ITA – 2008)

A figura mostra uma bola de massa 𝑚 que que cai com velocidade 𝑣⃗1 sobre a superfície de um
suporte rígido, inclinada de um ângulo 𝜃 em relação ao plano horizontal. Sendo 𝑒 o coeficiente de

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 206


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restituição para esse impacto, calcule o módulo da velocidade 𝑣⃗2 com que a bola é ricocheteada,
em função de 𝑣⃗1 , 𝜃 e 𝑒. Calcule também o ângulo a.

Comentários:

Na direção tangencial, o módulo da velocidade não se altera:

𝑣2 ⋅ cos(𝛼) = 𝑣1 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝜃) (𝑒𝑞. 1)

Pela definição do coeficiente de restituição bidimensional, temos:

𝑣2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝛼)
𝑒= ⇒ 𝑣2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝛼) = 𝑒 ⋅ 𝑣1 ⋅ cos(𝜃) (𝑒𝑞. 2)
𝑣1 ⋅ cos(𝜃)

Fazendo (1)² + (2)², temos:


2 2
(𝑣2 ⋅ cos(𝛼))2 + (𝑣2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝛼)) = (𝑣1 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝜃)) + (𝑒 ⋅ 𝑣1 ⋅ cos(𝜃))2

𝑣22 (cos 2 (𝛼) + 𝑠𝑒𝑛2 (𝛼)) = 𝑣12 [𝑠𝑒𝑛2 (𝜃) + 𝑒 2 ⋅ cos 2 (𝜃)]

𝑣2 = 𝑣1 √𝑠𝑒𝑛2 (𝜃) + 𝑒 2 ⋅ cos 2 (𝜃) (𝑒𝑞. 3)

Dividindo (2) por (1), temos:

𝑡𝑔(𝛼) = 𝑒 ⋅ 𝑐𝑜𝑡𝑔(𝜃)

∴ 𝛼 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔[𝑒 ⋅ 𝑐𝑜𝑡𝑔(𝜃)]

Gabarito: 𝒗𝟐 = 𝒗𝟏 √𝒔𝒆𝒏𝟐 (𝜽) + 𝒆𝟐 ⋅ 𝐜𝐨𝐬 𝟐 (𝜽) e 𝜶 = 𝒂𝒓𝒄𝒕𝒈[𝒆 ⋅ 𝒄𝒐𝒕𝒈(𝜽)]

(3ª fase OBF – 2009)


Uma pequena esfera metálica de massa 𝑚 foi abandonada juntamente com uma bola de borracha
de massa 𝑀. esférica, de raio 𝑅. conforme a figura 4.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 207


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A massa 𝑀 é muito menor que 𝑚 e o volume da esfera metálica é desprezível quando comparado
ao da bola de borracha. Considerando que: os movimentos dos centros de massa da esferinha e da
bola estão sempre na mesma vertical; o sistema se choca contra o solo e todos os choques
envolvidos são perfeitamente elásticos; a distância na vertical percorrida pela esferinha é muito
maior que a deformação da bola de borracha; é desprezível a resistência do ar em questão,
determine:
a) A velocidade aproximada com que a esferinha se separa da bola na subida.
b) A distância vertical percorrida pela esferinha na subida em função da distância percorrida pela
mesma, na descida.

Comentários:

a) Velocidade com que a bola chega ao chão:


2
𝑀𝑣𝑀
𝑀𝑔𝐻 =
2
2
𝑚𝑣𝑚
𝑚𝑔𝐻 =
2
2 2
⇒ 𝑣𝑀 = 𝑣𝑚 = 2𝑔𝐻

Na colisão, a quantidade de movimento se conserva:

𝑀𝑣𝑀 − 𝑚𝑣𝑚 = 𝑚𝑣`𝑚 + 𝑀𝑣`𝑀

A colisão é elástica:

𝑒 = 1 ⇒ 𝑣𝑀 + 𝑣𝑚 = 𝑣`𝑚 − 𝑣`𝑀 = 𝑣𝑠𝑒𝑝𝑎𝑟𝑎𝑐𝑎𝑜

Assim:

2𝑀𝑣𝑀 + (𝑀 − 𝑚)𝑣𝑚 2𝑀 𝑀−𝑚 ′


= 𝑣`𝑚 ⇒ ⋅ 𝑣𝑀 + ⋅ 𝑣 = 𝑣𝑚
(𝑀 + 𝑚) 𝑀+𝑚 𝑀+𝑚 𝑚

(𝑀 − 𝑚)𝑣𝑀 − 2𝑚𝑣𝑚 𝑀−𝑚 2𝑚 ′


= 𝑣`𝑀 ⇒ ⋅ 𝑣𝑀 − ⋅ 𝑣𝑚 = 𝑣𝑀
(𝑀 + 𝑚) 𝑀+𝑚 𝑀+𝑚

Mas, 𝑀 é muito maior que 𝑚, então:

⇒ 𝑣`𝑚 ≅ 2𝑣𝑀 + 𝑣𝑚 ⇒ 𝑣`𝑀 ≅ 𝑣𝑀

Assim:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 208


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𝑣𝑠𝑒𝑝𝑎𝑟𝑎çã𝑜 = 𝑣𝑀 + 𝑣𝑚

b) Pela conservação da energia mecânica, temos:

𝑚𝑣`2𝑚
𝑚𝑔𝐻𝐹 =
2
2
2𝑔𝐻𝐹 = 9𝑣𝑀 = 18𝑔𝐻

⇒ 𝐻𝐹 = 9𝐻

Gabarito: a) 𝒗𝑴 + 𝒗𝒎 b) 𝟗𝑯

(ITA – 2009)
Considere uma bola de basquete de 600 𝑔 a 5 𝑚 de altura e, logo acima dela, uma de tênis de 60 𝑔.
A seguir, num dado instante, ambas as bolas são deixadas cair. Supondo choques perfeitamente
elásticos e ausência de eventuais resistências, e considerando 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 , assinale o valor que
mais se aproxima da altura máxima alcançada pela bola de tênis em sua ascensão após o choque.
a) 5 m b) 10 m c) 15 m d) 25 m e) 35 m

Comentários:

Pela conservação da quantidade de movimento do choque da bola de basquete com a bola de


tênis logo após a bola de basquete se chocar com o solo, temos:

𝑄0 = 𝑄𝑓

𝑀𝑣 − 𝑚𝑣 = 𝑀𝑤 + 𝑚𝑢 (𝑖)

Adotamos o eixo de referência do solo para cima. Além disso, note que ao tocar o solo, a
velocidade da bola de basquete apenas inverte de sentido, já que todas das colisões são consideradas
perfeitamente elásticas.

Como todas as colisões são elásticas, usaremos que 𝑒 = 1:

𝑢 − 𝑤 = 𝑣 − (−𝑣)

𝑢 − 𝑤 = 2𝑣 (𝑖𝑖)

Assim ficamos com um sistema e resolvendo, temos:

3𝑀 − 𝑚
𝑢= 𝑣
𝑀+𝑚
29
Como 𝑀 = 10𝑚, então 𝑢 = 11 𝑣. Podemos encontrar 𝑣 usando Torriceli:

𝑣 2 = 0 + 2𝑔ℎ = 100

Para encontrar a altura máxima H basta conservar a energia mecânica entre o ponto logo após as
colisões e o ponto mais alto atingido pela bola de tênis:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 209


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𝑚𝑢2 29 2
= 𝑚𝑔𝐻 ⇒ ( 𝑣) = 2𝑔𝐻
2 11

𝐻 ≅ 35 𝑚

Gabarito: E

(ITA – 2012)
Apoiado sobre patins niuna superfície horizontal sem atrito, um atirador dispara um projétil de
massa 𝑚 com velocidade 𝑣 contra um alvo a uma distância 𝑑. Antes do disparo, a massa total do
atirador e seus equipamentos é 𝑀. Sendo 𝑣𝑠 a velocidade do som no ar e desprezando a perda de
energia em todo o processo, quanto tempo após o disparo o atirador ouviria o ruído do impacto do
projétil no alvo?
𝑑(𝑣 +𝑣)(𝑀−𝑚) 𝑑(𝑣 +𝑣)(𝑀+𝑚) 𝑑(𝑣 −𝑣)(𝑀+𝑚)
A) 𝑣(𝑀⋅𝑣𝑠 −𝑚(𝑣 +𝑣)) B) 𝑣(𝑀⋅𝑣𝑠 +𝑚(𝑣 +𝑣)) C) 𝑣(𝑀⋅𝑣𝑠
𝑠 𝑠 𝑠 𝑠 𝑠 +𝑚(𝑣𝑠 +𝑣))

𝑑(𝑣 +𝑣)(𝑀−𝑚) 𝑑(𝑣 −𝑣)(𝑀−𝑚)


D) 𝑣(𝑀⋅𝑣𝑠 −𝑚(𝑣 −𝑣)) E) 𝑣(𝑀⋅𝑣𝑠 +𝑚(𝑣 +𝑣))
𝑠 𝑠 𝑠 𝑠

Comentários:

Pela quantidade de movimento se conserva:

𝑄0 = 𝑄𝑓 ⇒ 0 = 𝑚𝑣 − (𝑀 − 𝑚)𝑢
𝑚𝑣
𝑢=
𝑀−𝑚
O projetil atinge o alvo após um tempo 𝑡1 :

𝑑
𝑡1 =
𝑣
Façamos a função horaria para o atirador e para o som:

𝑆𝐴 = 𝑑 + 𝑢 ∙ 𝑡1 + 𝑢 ∙ 𝑡

𝑆𝑆 = 𝑣𝑆 ∙ 𝑡

O atirador ouve o impacto quando 𝑆𝐴 = 𝑆𝑆 , então:

𝑑 + 𝑢 ∙ 𝑡1 + 𝑢 ∙ 𝑡2 = 𝑣𝑆 ∙ 𝑡2

𝑑 + 𝑢 ∙ 𝑡1
𝑡2 =
𝑣𝑆 − 𝑢

Assim:

𝑡𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑡1 + 𝑡2

𝑑 ∙ (𝑀 − 𝑚) ∙ (𝑣𝑆 + 𝑣)
𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 =
𝑣(𝑀 ∙ 𝑣𝑆 − 𝑚(𝑣𝑆 + 𝑣))

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 210


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Gabarito: A

(ITA – 2015)
Nêutrons podem atravessar uma fina camada de chumbo, mas têm sua energia cinética absorvida
com alta eficiência na água ou em materiais com elevada concentração de hidrogênio. Explique este
efeito considerando um nêutron de massa 𝑚 e velocidade 𝑣0 que efetua uma colisão elástica e
central com um átomo qualquer de massa 𝑀 inicialmente em repouso.

Comentários:

Considerando a colisão elástica e central, temos:

𝑣′ − 𝑣
𝑒=1⇒ = 1 ⇒ 𝑣0 = 𝑣 ′ − 𝑣 (𝑒𝑞. 1)
𝑣0

Aplicando a conservação da quantidade de movimento, vem:

𝑚 𝑚
⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⇒ 𝑚 ⋅ 𝑣0 = 𝑚 ⋅ 𝑣 + 𝑀 ⋅ 𝑣 ′ ⇒ ⋅ 𝑣0 = ⋅ 𝑣 + 𝑣 ′ (𝑒𝑞. 2)
𝑀 𝑀

Fazendo (2) – (1), temos que:

𝑚 𝑚 𝑚−𝑀
( − 1) ⋅ 𝑣0 = ( + 1) ⋅ 𝑣 ⇒ 𝑣 = 𝑣0 ⋅ ( )
𝑀 𝑀 𝑚+𝑀

Dessa forma, a energia cinética do nêutron logo após o choque é de:

𝑚 ⋅ 𝑣2 𝑚 𝑚−𝑀 2 2
𝐸𝑐 = ⇒ 𝐸𝐶 = ⋅ ( ) ⋅ 𝑣0
2 2 𝑚+𝑀

Com esse resultado, como 𝑚 < 𝑀, a energia cinética do nêutron deve ser menor após a colisão
com algum átomo. Por outro lado, em colisões com átomos de hidrogênio, em que 𝑚 ≈ 𝑀, a energia
cinética do nêutron tende a zero após o choque, pois 𝑚 − 𝑀 ≈ 0.

𝒎 𝒎−𝑴 𝟐
Gabarito: 𝑬𝑪 = (𝒎+𝑴) 𝒗𝟐𝟎
𝟐

(ITA – 2016)
Dois garotos com patins de rodinhas idênticos encontram-se numa superfície horizontal com atrito
e, graças a uma interação, conseguem obter a razão entre seus respectivos pesos valendo-se apenas
de uma fita métrica. Como é resolvida essa questão e quais os conceitos físicos envolvidos?

Comentários:

Como não atuam forças externas, a posição do CM é constante.

𝑋𝐶𝑀𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑋𝐶𝑀𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

Adotando o 𝑋𝐶𝑀𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 como a origem dos eixos cartesianos, temos:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 211


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−𝑚1 𝑥1 + 𝑚2 𝑥2
0=
𝑚1 + 𝑚2

Podemos multiplicar por 𝑔 e encontramos:

−𝑃1 𝑥1 + 𝑃2 𝑥2
0= ⇒ 𝑃1 𝑥1 = 𝑃2 𝑥2
𝑃1 + 𝑃2

𝑃1 𝑥2
=
𝑃2 𝑥1

Então, para qualquer instante, os garotos conseguem a razão entre seus respectivos pesos
medindo o deslocamento de cada um com a fita métrica.

O conceito físico envolvido é a conservação da quantidade de movimento e centro de massa.

Gabarito: O conceito físico envolvido é a conservação da quantidade de movimento e centro de massa.

(ITA – 2017)
Mediante um fio inextensível e de peso desprezível, a polia da figura suporta à
esquerda uma massa de 60 𝑘𝑔, e à direita, uma massa de 55 𝑘𝑔 tendo em cima
outra de 5 𝑘𝑔, de formato anelar, estando este conjunto a 1 𝑚 acima da massa da
esquerda. Num dado instante, por um dispositivo interno, a massa de 5 𝑘𝑔 é lançada
para cima com velocidade 𝑣 = 10 𝑚/𝑠, após o que, cai e se choca inelasticamente
com a de 55 𝑘𝑔. Determine a altura entre a posição do centro de massa de todo o
sistema antes do lançamento e a deste centro logo após o choque.

Comentários:

Inicialmente, devemos determinar a aceleração dos corpos de 60 𝑘𝑔 e de 55 𝑘𝑔, pela segunda lei
de Newton:

50
60 ⋅ 𝑔 − 55 ⋅ 𝑔 = (60 + 55) ⋅ 𝑎 ⇒ 𝑎 = 𝑚/𝑠 2
115

Da conservação da quantidade de movimento, podemos determinar a velocidade dos corpos logo


após o lançamento do bloco de 5,0 𝑘𝑔:

50
5,0 ⋅ 10 = (60 + 55) ⋅ 𝑢 ⇒ 𝑢 = 𝑚/𝑠 2
115

O tempo de encontro do corpo de massa 5,0 𝑘𝑔 com o de 55 𝑘𝑔 é dado por:

50 2
10 ⋅ 𝑡 2 50 ⋅𝑡 𝑡 50 55
𝑠5 = 𝑠55 ⇒ 10 ⋅ 𝑡 − =− ⋅𝑡+ 115 ⇒ ( + 10) = + 10 ⇒ 𝑡 = 2 𝑠
2 115 2 2 115 115
Sendo assim, o ponto de encontro é dado por:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 212


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10 ⋅ 22
𝑠5 = 𝑠55 = 10 ⋅ 2 − =0
2
Portanto, eles se encontram na mesma posição inicial. Assim, o centro de massa se encontra
também na mesma posição de antes do lançamento, isto é:

Δ𝑦𝑐𝑚 = 0

Gabarito: 𝚫𝒚𝒄𝒎 = 𝟎

(ITA – 2018)
Num plano horizontal liso, presas cada qual a uma corda de massa desprezível, as massas 𝑚1 e 𝑚2
giram em órbitas circulares de mesma frequência angular uniforme, respectivamente com raios 𝑟1
e 𝑟2 = 𝑟1 /2. Em certo instante essas massas colidem-se frontal e elasticamente e cada qual volta a
perfazer jum movimento circular uniforme. Sendo iguais os módulos das velocidades de 𝑚1 e 𝑚2
após o choque, assinale a relação 𝑚2 /𝑚1 .
a) 1 b) 3/2 c) 4/3 d) 5/4 e) 7/5

Comentários:

Antes da colisão, sabemos que as frequências angulares das massas são iguais, mas que 𝑟1 = 2𝑟2 .
Portanto:
𝑣1 𝑣2
𝜔1 = 𝜔2 ⇒ =
𝑟1 𝑟2

∴ 𝑣1 = 2𝑣2

Na colisão, se conserva a quantidade de movimento:

𝑄0 = 𝑄𝑓 ⇒ 𝑚1 𝑣1 − 𝑚2 𝑣2 = (𝑚2 − 𝑚1 )𝑢

A colisão é elástica:

𝑒 = 1 ⇒ 𝑣1 + 𝑣2 = 2𝑢

Resolvendo o sistema, encontramos:

𝑣1 = 2𝑣2
{𝑚1 𝑣1 − 𝑚2 𝑣2 = (𝑚2 − 𝑚1 )𝑢
𝑣1 + 𝑣2 = 2𝑢

𝑚2 7
∴ =
𝑚1 5

Gabarito: E

(ITA - 2021)
Uma bola de gude de raio 𝑟 e uma bola de basquete de raio 𝑅 são lançadas contra uma parede com
velocidade horizontal 𝑣 e com seus centros a uma altura ℎ. A bola de gude e a bola de basquete

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 213


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estão na iminência de contato entre si, assim como ambas contra a parede. Desprezando a duração
de todas as colisões e quaisquer perdas de energia, calcule o deslocamento horizontal ∆𝑆 da bolinha
de gude ao atingir o solo.
2(ℎ−2𝑟)
a) 3𝑣 √ 𝑔

2(ℎ−𝑟)
b) 3𝑣 √ 𝑔

2(ℎ−𝑟)
c) 𝑣 √ 𝑔

2(ℎ−2𝑟)
d) 𝑣 √
𝑔

2(ℎ−𝑅−𝑟)
e) 3𝑣 √ 𝑔

Comentários:

Como não há perdas nas colisões, todas as colisões podem ser consideradas perfeitamente
elásticas. Então, após a bola de basquete colidir com a parede vertical, a velocidade da bola de basquete
apenas inverte de sentido, enquanto a bola de gude ainda está se movendo na direção da parede.

Agora, vamos considerar a colisão entre a bola de basquete e a bola de gude (que inicialmente
está indo para a esquerda) perfeitamente elástica. Então:

𝑀𝑣 − 𝑚𝑣 = 𝑀𝑢 + 𝑚𝑤 (𝑒𝑞. 1)

Pelo coeficiente de restituição, temos:


𝑤−𝑢
𝑒= =1
2𝑣
𝑢 = 𝑤 − 2𝑣 (𝑒𝑞. 2)

Substituindo 2 em 1, temos:

𝑀𝑣 − 𝑚𝑣 = 𝑀(𝑤 − 2𝑣) + 𝑚𝑤

(3𝑀 − 𝑚)𝑣 = (𝑀 + 𝑚)𝑤

3𝑀 − 𝑚
𝑤=( )𝑣
𝑀+𝑚
Considerando a massa 𝑀 da bola de basquete é muito maior que a massa 𝑚 da bolinha de gude,
podemos aproximar para:

𝑤 ≅ 3𝑣

Então, após as colisões, a bolinha de gude sai horizontalmente com velocidade 3𝑣. Portanto, o
deslocamento horizontal da bola de gude é de:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 214


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∆𝑆 = 3𝑣 ∙ 𝑡𝑞

2(ℎ − 𝑟)
∆𝑆 = 3𝑣 ∙ √
𝑔

Gabarito: B

(IME – 2005)
Um canhão de massa 𝑀 = 200 𝑘𝑔 em repouso sobre um plano horizontal sem atrito e carregado
com um projétil de massa 𝑚 = 1 𝑘𝑔, permanecendo ambos neste estado até o projétil ser
disparado na direção horizontal. Sabe-se que este canhão pode ser considerado tuna maquina
térmica com 20% o de rendimento, porcentagem essa utilizada no movimento do projétil, e que o
calor fornecido a esta máquina térmica é igual a 100.000 𝐽. Suponha que a velocidade do projétil
após o disparo é constante no interior do canhão e que o atrito e a resistência do ar podem ser
desprezados. Determine a velocidade de recuo do canhão após o disparo.

Comentários:

Do enunciado vemos que a energia cinética que é transferido ao projétil é dada por:

𝐸𝑐 = 𝜂 ⋅ 𝑄 = 20% ⋅ 100.000 = 20.000 𝐽

Denotando por 𝑢 a velocidade de recuo do canhão e por 𝑣 a velocidade do projétil, podemos


aplicar a conservação da quantidade de movimento do sistema na horizontal, tomando como eixo de
referência orientado no sentido do deslocamento do projétil. Então:

𝑄𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝑄𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠

𝑀
0=𝑚⋅𝑣−𝑀⋅𝑢 ⇒𝑣 = ⋅ 𝑢 ⇒ 𝑣 = 200 ⋅ 𝑢
𝑚
A energia cinética final do projétil é de:

𝑚 ⋅ 𝑣2 1 ⋅ 𝑣2
𝐸𝑐 = ⇒ 20.000 = ⇒ 𝑣 = 200 𝑚/𝑠
2 2
Portanto:

200 = 200 ⋅ 𝑢 ⇒ 𝑢 = 1 𝑚/𝑠

Gabarito: 1 m/s

(IME – 2011)

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 215


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A figura acima apresenta duas massas 𝑚1 = 5 𝑘𝑔 e 𝑚2 = 20 𝑘𝑔 presas por um fio que passa por
uma roldana. As massas são abandonadas a partir do repouso, ambas a uma altura ℎ do solo, no
exato instante em que um cilindro oco de massa 𝑚 = 5 𝑘𝑔 atinge 𝑚1 com velocidade 𝑣 =
36 𝑚/𝑠, ficando ambas coladas. Determine a altura ℎ, em metros, para que 𝑚1 chegue ao solo com
velocidade nula.
Dado:
• Aceleração da gravidade: 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2
Observação:
• A roldana e o fio são ideais.
a) 5,4 b) 2,7 c) 3,6 d) 10,8 e) 1,8

Comentários:

Na colisão a quantidade de movimento se conserva:

𝑄0 = 𝑄𝑓 ⇒ 𝑚𝑣0 = (𝑚 + 𝑚1 + 𝑚2 )𝑣

⇒ 𝑣 = 6 𝑚/𝑠

A aceleração do sistema é dada por:

10
𝐹𝑅 = 𝑚𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ∙ 𝑎 ⇒ 𝑎 = 𝑚/𝑠 2
3
Para que o corpo 1 chegue ao solo com velocidade nula:

10
𝑣 2 = 𝑣02 + 2𝑎ℎ ⇒ 0 = 36 + 2 (− )ℎ
3
⇒ ℎ = 5,4 𝑚

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 216


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Gabarito: A

(IME – 2012)

Duas bolas, 1 e 2. movem-se em um piso perfeitamente liso. A bola 1, de massa 𝑚1 = 2 𝑘𝑔, move-
se no sentido da esquerda para direita com velocidade 𝑣1 = 1 𝑚/𝑠. A bola 2. de massa 𝑚2 = 1 𝑘𝑔,
move-se com ângulo de 60° com o eixo 𝑥, com velocidade 𝑣2 = 2 𝑚/𝑠. Sabe-se que o coeficiente
de atrito cinético entre as bolas e o piso rugoso é 0,10 sec 2 𝛽 e a aceleração gravitacional é
10 𝑚/𝑠 2. Ao colidirem, permanecem unidas após o choque e movimentam-se em um outro piso
rugoso, conforme mostra a figura. A distância percorrida, em metros, pelo conjunto bola 1 e bola 2
até parar é igual a
a) 0,2 b) 0,5 c) 0,7 d) 0,9 e) 1,2

Comentários:

Inicialmente, devemos calcular o módulo da quantidade de movimento inicial para cada corpo:

𝑄1 = 𝑚1 ⋅ 𝑣1 = 2 ⋅ 1 = 2 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠
{
𝑄2 = 𝑚2 ⋅ 𝑣2 = 1 ⋅ 2 = 2 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠

Como na colisão existe conservação da quantidade de movimento, então:

⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑄
⃗⃗ e 𝑄
⃗⃗ = 𝑄
⃗⃗1 + 𝑄
⃗⃗2

⃗⃗ é dado por:
O módulo de 𝑄

𝑄 2 = 𝑄12 + 𝑄22 + 2 ⋅ 𝑄1 ⋅ 𝑄2 ⋅ cos 60° ⇒ 𝑄 = 2√3 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠

Em que 𝑄 = (𝑚1 + 𝑚2 ) ⋅ 𝑣, então:

2√3
𝑣= 𝑚/𝑠
3

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 217


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Devido ao fato de 𝑄1 = 𝑄2, pela geometria vemos que 𝛽 = 30°. Podemos determinar a distância
percorrida no piso rugoso por Torricelli:
2
2√3
𝑣𝑓2 = 𝑣𝑖2 − 2 ⋅ 𝑎 ⋅ Δ𝑠 ⇒ 0 = ( ) − 2 ⋅ (0,1 ⋅ sec 2 𝛽) ⋅ 10 ⋅ Δ𝑠
3

𝑑 = 0,5 𝑚

Gabarito: B

(IME – 2015)

Um corpo puntiforme de massa 𝑚𝐴 parte de ponto 𝐴, percorrendo a rampa circular representada


na figura acima, sem atrito, colide com outro corpo puntiforme de massa 𝑚𝐵 , que se encontrava
inicialmente em repouso no ponto 𝐵. Sabendo que este choque é perfeitamente inelástico e que o
corpo resultante deste choque atinge o ponto 𝐶 , ponto mais alto da rampa, com a menor velocidade
possível mantendo o contato com a rampa, a velocidade inicial do corpo no ponto 𝐴, em 𝑚/𝑠, é
Dados:
• raio da rampa circular: 2𝑚;
• aceleração da gravidade: 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 ;
• massa 𝑎/𝑚: 1 𝑘𝑔; e
• massa 𝑚𝐴 : 1 𝑘𝑔.
a) 10 b) 20 c) 4√15 d) 10√5 e) 8√5

Comentários:

Conservação da energia do ponto A até o ponto B:

𝑚𝐴 𝑣𝐴2 𝑚𝐴 𝑣𝐵2
𝐸𝐴 = 𝐸𝐵 ⇒ + 𝑚𝐴 𝑔𝑅 =
2 2
⇒ 𝑣𝐴2 + 40 = 𝑣𝐵2

Colisão inelástica no ponto B:

𝑄0 = 𝑄𝐹 ⇒ 𝑚𝐴 𝑣𝐵 + 𝑚𝐵 ∙ 0 = (𝑚𝐴 +𝑚𝐵 )𝑣′


𝑣𝐵
∴ 𝑣′ =
2

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 218


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Conservação de energia do ponto B até o ponto C:

𝐸𝐵 = 𝐸𝐶

(𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 )𝑣 ′ 2 (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 )𝑣𝐶2


= + (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 )𝑔(2𝑅)
2 2
𝑣 ′2 = 𝑣𝐶2 + 80

Como 𝑣𝐶 é a velocidade mínima, devemos assumir que 𝑁 = 0.

No ponto 𝐶, podemos escrever:

𝐹𝑐𝑝 = 𝑃 + 𝑁

𝑁 = 0 ⇒ 𝐹𝑐𝑝 = 𝑃

(𝑚𝐴 +𝑚𝐵 )𝑣𝐶2


= (𝑚𝐴 +𝑚𝐵 )𝑔
𝑅

∴ 𝑣𝐶 = 2√5 𝑚/𝑠

Assim:

𝑣 ′ = 10 𝑚/𝑠 e 𝑣𝐵 = 20 𝑚/𝑠

Portanto:

𝑣𝐴 = 6√10 𝑚/𝑠

Gabarito: sem alternativa

(IME – 2016)

Na Figura 1, o corpo A, constituído de gelo. possui massa 𝑚 e é solto em uma rampa a uma altura
ℎ. Enquanto desliza pela rampa, ele derrete e alcança o plano horizontal com metade da energia
mecânica e metade da massa iniciais. Após atingir o plano horizontal, o corpo A se choca, no instante
4𝑇, com o corpo B, de massa 𝑚, que foi retirado do repouso através da aplicação da força 𝑓(𝑡), cujo
gráfico é exibido na Figura 2.
Para que os corpos parem no momento do choque, 𝐹 deve ser dado por
Dado:
• aceleração da gravidade: 𝑔.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 219


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Observações:
• o choque entre os corpos é perfeitamente inelástico:
• o corpo não perde massa ao longo de seu movimento no plano horizontal.
𝑚√2𝑔ℎ 𝑚√2𝑔ℎ 𝑚√2𝑔ℎ 𝑚√2𝑔ℎ 𝑚√2𝑔ℎ
a) b) c) d) e)
8𝑇 6𝑇 4𝑇 3𝑇 2𝑇

Comentários:

Para o corpo B, o impulso da resultante pode ser calculado pela área sob a curva:

(4𝑇 + 2𝑇) ⋅ 𝐹
𝐼𝐵 = ⇒ 𝐼𝐵 = 3 ⋅ 𝑇 ⋅ 𝐹
2
Pelo teorema do Impulso, podemos determinar a quantidade de movimento final do corpo 𝐵:
𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
𝐼𝐵 = Δ𝑄𝐵 = 𝑄𝐵 − 𝑄𝐵𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ⇒ 3 ⋅ 𝑇 ⋅ 𝐹 = 𝑄𝐵

Para o movimento do corpo, podemos admitir que não há perdas de energia por atrito e, assim,
podemos determinar a velocidade antes da colisão com o corpo 𝐵 utilizando a o balanço energético:

𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 1 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑚 𝑣2 1
𝐸𝑚𝑒𝑐 = ⋅ 𝐸𝑚𝑒𝑐 ⇒ ( ) ⋅ = ⋅ 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ ⇒ 𝑣 = √2 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ
2 2 2 2
Dessa forma, logo antes da colisão, a quantidade de movimento de A é de:
𝑚 𝑚
𝑄𝐴 = ⋅ 𝑣 = ⋅ √2 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ
2 2
Para que os corpos parem no momento da colisão, a quantidade de movimento de cada corpo
deve ter a mesma intensidade e sentido opostos. Portanto:
𝑚
𝑄𝐴 = 𝑄𝐵 ⇒ ⋅ √2 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ = 3 ⋅ 𝑇 ⋅ 𝐹
2

𝑚 ⋅ √2 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ
∴ 𝐹=
6⋅𝑇

Gabarito: B

(IME – 2017)

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 220


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Considere um feixe homogêneo de pequenos projéteis deslocando-se na mesma direção e na


mesma velocidade constante até atingir a superfície de uma esfera que está sempre em repouso.
A esfera pode ter um ou dois tipos de superfícies: uma superfície totalmente refletora (colisão
perfeitamente elástica entre a esfera e o projétil) e/ou uma superfície totalmente absorvedora
(colisão perfeitamente inelástica entre a esfera e o projétil).
Em uma das superfícies (refletora ou absorvedora), o ângulo a da figura pertence ao intervalo [0,𝛽],
enquanto na outra superfície (absorvedora ou refletora) a pertence ao intervalo (𝛽, 𝑇/2].
Para que a força aplicada pelos projéteis sobre a esfera seja máxima, o(s) tipo(s) de superfície(s)
é(são):
a) refletora em [0, 𝜋/3] e absorvedora em (𝜋/3, 𝜋/2].
b) refletora em [0, 𝜋/4] e absorvedora em (𝜋/4, 𝜋/2].
c) absorvedora em [0, 𝜋/6] e refletora em (𝜋/6, 𝜋/2].
d) absorvedora em [0, 𝜋/4] e refletora em (𝜋/4, 𝜋/2].
e) absorvedora em [0, 𝜋/2].

Comentários:

É necessário destacar a seguinte diferença entre uma superfície refletora e uma superfície
absorvedora:

A variação da quantidade de movimento transferida é diferente para cada tipo de superfície, já


que a quantidade de movimento final do feixe é diferente para cada caso. Seja 𝑥 projéteis refletidos e 𝑦
projéteis absorvidos:

∆𝑝⃗𝑟𝑒𝑓 [(−𝑚 ∙ 𝑣 ∙ 𝑐𝑜𝑠2𝛼 ∙ 𝑖̂ + 𝑚 ∙ 𝑣 ∙ 𝑠𝑒𝑛2𝛼 ∙ 𝑗̂) − 𝑚 ∙ 𝑣 ∙ 𝑖] ∙ 𝑥


𝐹⃗𝑟𝑒𝑓 = =
∆𝑡 ∆𝑡
∆𝑝⃗𝑎𝑏𝑠 (0 − 𝑦 ∙ 𝑚 ∙ 𝑣) ∙ 𝑖̂
𝐹⃗𝑎𝑏𝑠 = =
∆𝑡 ∆𝑡
−𝑚 ∙ 𝑣 ∙ [𝑦 + 𝑥 + 𝑐𝑜𝑠2𝛼] ∙ 𝑖̂ + 𝑚 ∙ 𝑣 ∙ 𝑥 ∙ 𝑠𝑒𝑛2𝛼 ∙ 𝑗̂
𝐹⃗𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐹⃗𝑟𝑒𝑓 + 𝐹⃗𝑎𝑏𝑠 =
∆𝑡

Assim, o módulo da 𝐹⃗𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 será máximo quando 𝑐𝑜𝑠2𝛼 > 0 e 𝑠𝑒𝑛2𝛼 tiver os maiores valores
possíveis:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 221


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𝜋 𝜋
0 < 2𝛼 < ∴0<𝛼<
2 4
𝜋
Refletora:[0 , 4 ]

𝜋 𝜋
Absorvedora: [ 4 , 2 ]

Gabarito: B

(IME – 2019)

Conforme a figura acima, um corpo, cuja velocidade é nula no ponto A da superfície circular de raio
𝑅, é atingido por um projétil, que se move verticalmente para cima, e fica alojado no corpo. Ambos
passam a deslizar sem atrito na superfície circular, perdendo o contato com a superfície no ponto
B. A seguir, passam a descrever uma trajetória no ar até atingirem o ponto C, indicado na figura.
Diante do exposto, a velocidade do projétil é:
Dados:
 Massa do projétil: 𝑚;
 Massa do corpo: 9𝑚; e
 Aceleração da gravidade: 𝑔.
5𝑅𝑔 3𝑅𝑔 5𝑅𝑔 3𝑅𝑔 2𝑅𝑔
a) 10√ b) 10√ c) 10√ d) 10√ e) 10√
2 2 3 5 3

Comentários:

Incialmente, o projétil (com velocidade 𝑣0 ) se choca com o corpo em A e fica alojado nele. Dessa
forma, o conjunto (corpo + projétil) saem do ponto A com velocidade 𝑣. Pela conservação da quantidade
de movimento na direção vertical, temos que:

𝑝⃗𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝑝⃗𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 ⇒ 𝑚 ⋅ 𝑣0 = 10 ⋅ 𝑚 ⋅ 𝑣 ⇒ 𝑣0 = 10𝑣 (𝑒𝑞 1)

Considerando o sistema constituído pela Terra, pelo conjunto corpo + projétil, temos que a força
normal de contato do plano semicircular é perpendicular ao deslocamento. Dessa forma, podemos aplicar
o teorema de trabalho e energia entre A e B. Vamos tomar como referência o nível do ponto A para o
cálculo da energia potencial gravitacional. Lembrando que não existe atrito nesse trecho.

𝑊𝑒𝑥𝑡 = Δ𝐸𝑚𝑒𝑐 − 𝑊𝑛𝑐

0 = Δ𝐸𝑚𝑒𝑐 − 0

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 222


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Δ𝐸𝑚𝑒𝑐 = 0

(𝐸𝑚𝑒𝑐 )𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = (𝐸𝑚𝑒𝑐 )𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙

𝑚𝑣𝐵2 𝑚𝑣 2
𝑚𝑔𝑅 + =
2 2

𝑣𝐵2 = 𝑣 2 − 2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑅 (𝑒𝑞 2)

Do trecho B para C, temos um lançamento horizontal, onde a altura de queda é 𝑅 e a distância


percorrida na horizontal também é 𝑅.

𝑥 = 𝑣𝐵 ⋅ 𝑡
𝑔
{ 1 2 ⇒𝑦 = ⋅ 𝑥2
𝑦 = ⋅𝑔⋅𝑡 2𝑣𝐵2
2
No ponto C, temos que:

𝑔 2 2
𝑔⋅𝑅
𝑅= 2 ⋅ 𝑅 ⇒ 𝑣𝐵 = 2 (𝑒𝑞 3)
2𝑣𝐵

Substituindo 3 em 2, temos:

𝑔⋅𝑅 5𝑅𝑔
= 𝑣2 − 2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑅 ⇒ 𝑣 = √
2 2

Portanto, encontramos que a velocidade inicial do projétil é de:

5𝑅𝑔
𝑣0 = 10√
2

Gabarito: A

(IME – 2021)

Um projétil de massa m é disparado com velocidade v contra dois blocos A e B, de massas M A =


800m e MB = 199m, que estão inicialmente em repouso, um sobre o outro, conforme mostra a
figura. O projétil atinge o bloco A, fazendo o conjunto se movimentar de uma distância d, da posição
O até a posição D. Considerando g a aceleração da gravidade local, o coeficiente de atrito estático
mínimo μe entre os blocos, de modo que o bloco B não deslize sobre o bloco A, é

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 223


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𝑣2 𝑣 𝑣2 𝑣 𝑣2
a) 2⋅106 𝑔𝑑 b) 2⋅106 𝑔𝑑 c) 106 𝑔𝑑 d) 3⋅106 𝑔𝑑 e) 3⋅106 𝑔𝑑

Comentários:

Por conservação da quantidade de movimento, já que a colisão durante muito pouco tempo,
temos:

𝑚𝑣 = 1000𝑚𝑣 ′
𝑣
𝑣′ =
1000
Além disso:

02 = 𝑣 ′2 − 2𝑎𝑑

𝑣2
𝑎=
2 ⋅ 106 𝑑
Como a força resultante é a força de atrito após a colisão, então:

𝑀𝐴 𝑔𝜇𝑒 = 𝑀𝐴 𝑎

𝑣2
𝜇𝑒 =
2 ⋅ 106 𝑔𝑑

Gabarito: A

(ITA – 2012)
Átomos neutros ultrafnos restritos a um plano são uma realidade experimental atual em armadilhas
magneto-ópticas. Imagine que possa existir uma situação na qual átomos do tipo 𝐴 e 𝐵 estão
restritos respectivamente aos planos 𝛼 e 𝛽, perpendiculares entre si, sendo suas massas tais que
𝑚𝐴 = 2𝑚𝐵 . Os átomos 𝐴 e 𝐵 colidem elasticamente entre si não saindo dos respectivos planos,
sendo as quantidades de movimento iniciais 𝑝⃗𝐴 e 𝑝⃗𝐵 ,e as finais, 𝑞⃗𝐴 e 𝑞⃗𝐵 . 𝑝⃗𝐴 forma um ângulo 𝜃 com
o plano horizontal e 𝑝⃗𝐵 = ⃗⃗
0. Sabendo que houve transferência de momento entre 𝐴 e 𝐵, qual é a
razão das energias cinéticas de 𝐵 e 𝐴 após a colisão?

Comentários:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 224


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Como bem sabemos, podemos conservação a quantidade de movimento em uma colisão. Antes
da colisão, não existe quantidade de movimento em 𝑦. Após a colisão, 𝐴 não possui quantidade de
movimento em 𝑦, logo, 𝐵 tem quantidade de movimento apenas em 𝑥.

Dessa forma, podemos representar a colisão no plano 𝑥 − 𝑧:

Aplicando a conservação da quantidade de movimento, temos:


𝑥 𝑥
𝑒𝑚 𝑥: 𝑄𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑄𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⇒ 𝑝𝐴 ⋅ cos 𝜃 = 𝑞𝐵 − 𝑞𝐴 ⋅ cos 𝛼 ⇒ 𝑞𝐴 ⋅ cos 𝛼 = 𝑞𝐵 − 𝑝𝐴 ⋅ cos 𝜃 (𝑒𝑞. 1)
{ 𝑧 𝑧
𝑒𝑚 𝑧: 𝑄𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑄𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⇒ −𝑝𝐴 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 = −𝑞𝐴 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 ⇒ 𝑞𝐴 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 = 𝑝𝐴 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 (𝑒𝑞. 2)

Devido ao fato de a colisão ser elástica, sabemos que não há variação da energia cinética do
sistema. Portanto:

𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑝𝐴2 𝑞𝐴2 𝑞𝐵2 𝑝𝐴2 𝑞𝐴2 𝑞𝐵2


𝐸𝐶𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝐸𝐶 ⇒ = + ⇒ = +
2𝑚𝐴 2𝑚𝐴 2𝑚𝐵 2𝑚𝐴 2𝑚𝐴 𝑚𝐴

∴ 𝑝𝐴2 = 𝑞𝐴2 + 2𝑞𝐵2 (𝑒𝑞. 3)

Fazendo (1)² + (2)², vem:

𝑞𝐴2 (𝑠𝑒𝑛2 𝛼 + cos 2 𝛼) = 𝑝𝐴2 (cos 2 𝜃 + 𝑠𝑒𝑛2 𝜃) − 2𝑝𝐴 ⋅ 𝑞𝐵 ⋅ cos 𝜃 + 𝑞𝐵2

𝑞𝐴2 = 𝑝𝐴2 − 2𝑝𝐴 ⋅ 𝑞𝐵 ⋅ cos 𝜃 + 𝑞𝐵2 (𝑒𝑞. 4)

Substituindo 𝑝𝐴2 de (3) em (4), temos:

𝑞𝐴2 = 𝑞𝐴2 + 2𝑞𝐵2 − 2𝑝𝐴 ⋅ 𝑞𝐵 ⋅ cos 𝜃 + 𝑞𝐵2 ⇒ 3𝑞𝐵 = 2𝑝𝐴 ⋅ cos 𝜃

3𝑞𝐵
∴ 𝑝𝐴 =
2 cos 𝜃

Substituindo 𝑝𝐴 em (3), vem:

3𝑞𝐵 2
( ) = 𝑞𝐴2 + 2𝑞𝐵2 ⇒ 9𝑞𝐵2 = 4 ⋅ cos 2 𝜃 ⋅ 𝑞𝐴2 + 8 ⋅ cos2 𝜃 ⋅ 𝑞𝐵2
2 cos 𝜃

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 225


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𝑞𝐵2 (9 − 8 ⋅ cos2 𝜃) = 4 ⋅ cos2 𝜃 ⋅ 𝑞𝐴2

𝑞𝐵2 4 ⋅ cos 2 𝜃
=
𝑞𝐴2 9 − 8 ⋅ cos 2 𝜃

Portanto, após a colisão, temos a seguinte razão entre as energias cinéticas:

𝑞𝐵2
𝐸𝐶𝐵 2𝑚𝐵 𝑞𝐵2 𝑚𝐴 4 ⋅ cos 2 𝜃
= 2 = 2⋅ = ⋅2
𝐸𝐶𝐴 𝑞𝐴 𝑞𝐴 𝑚𝐵 9 − 8 ⋅ cos 2 𝜃
2𝑚𝐴

𝐸𝐶𝐵 8 ⋅ cos 2 𝜃
=
𝐸𝐶𝐴 9 − 8 ⋅ cos2 𝜃

𝑬 𝟖𝒄𝒐𝒔𝟐 𝜽
Gabarito: 𝑬𝑪,𝑩 = 𝟗−𝟖𝒄𝒐𝒔𝟐 𝜽
𝑪,𝑨

(ITA – 2018)
Um tubo fino cie massa 1225 𝑔 e raio 𝑟 = 10,0 𝑐𝑚 encontra-se inicialmente
em repouso sobre um plano horizontal sem atrito. A partir do ponto mais alto,
um corpo de massa 71,0 𝑔 com velocidade inicial zero desliza sem atrito pelo
interior do tubo no sentido anti-horário, conforme a figura. Então, quando na
posição mais baixa, o corpo terá uma velocidade relativa ao tubo, em 𝑐𝑚/𝑠,
igual a
a) −11,3. b) −206. c) 11,3. d) 206. e) 194.

Comentários:

Devido ao fato de não ter atrito entre o tubo fino e o solo, o tubo não realiza rolamento. Assim, na
posição mais baixa, o corpo de massa 71,0 𝑔 se desloca para a direita e, para conservar a quantidade de
movimento do sistema constituído pelos dois corpos, o tubo deve se deslocar para esquerda. Como o
sistema é isolado de forças externas em 𝑥, então:

𝑚
⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
𝑄 𝑥 ⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
=𝑄 𝑥
⇒0=𝑚⋅𝑣−𝑀⋅𝑢 ⇒ 𝑢 = ⋅ 𝑣 (𝑒𝑞. 1)
𝑀

Pela conservação da energia mecânica, temos:

𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑚 ⋅ 𝑣 2 𝑚 ⋅ 𝑢2
𝐸𝑚𝑒𝑐 = 𝐸𝑚𝑒𝑐 ⇒ 2 ⋅ 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑟 = +
2 2
4 ⋅ 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑟 = 𝑚 ⋅ 𝑣 2 + 𝑀 ⋅ 𝑢2 (𝑒𝑞. 2)

Substituindo (1) em (2), vem:

𝑚 2
4 ⋅ 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑟 = 𝑚 ⋅ 𝑣2 + 𝑀 ⋅ ( ⋅ 𝑣)
𝑀

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 226


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4𝑀𝑔𝑟
𝑣2 = ⇒ 𝑣 = 1,94 𝑚/𝑠
𝑀+𝑚
Portanto:

𝑚 71
𝑢= ⋅𝑣 = ⋅ 1,94 ⇒ 𝑢 = 0,11 𝑚/𝑠
𝑀 1225
Logo, a velocidade relativa do tubo é de:

𝑣𝑟𝑒𝑙 = 𝑣 + 𝑢 = 2,05 𝑚/𝑠 = 205 𝑐𝑚/𝑠

Gabarito: D

(ITA – 2019)
Conforme a figura, um veículo espacial, composto de um
motor-foguete de massa 𝑚1 e carga útil de massa 𝑚2 , é
lançado verticalmente de um planeta esférico e homogêneo
de massa 𝑀 e raio 𝑅. Após esgotar o combustível, o veículo
permanece em voo vertical até atingir o repouso a uma
distância 𝑟 do centro do planeta. Nesse instante um
explosivo é acionado, separando a carga útil do motor-
foguete e impulsionando-a verticalmente com velocidade
mínima para escapar do campo gravitacional do planeta.
Desprezando forças dissipativas, a variação de massa
associada à queima do combustível do foguete e efeitos de
rotação do planeta, e sendo 𝐺 a constante de gravitação
universal, determine
a) o trabalho realizado pelo motor-foguete durante o 1° estágio do seu movimento de subida; e
b) a energia mecânica adquirida pelo sistema devido à explosão.

Comentários:

a) De acordo com o enunciado, o foguete fornece energia ao sistema, de tal forma que o trabalho
corresponde a variação da energia mecânica do sistema:

𝜏 = ∆𝐸𝑚𝑒𝑐 = (𝐸𝑚𝑒𝑐 )𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − (𝐸𝑚𝑒𝑐 )𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙

𝐺𝑀(𝑚1 + 𝑚2 ) 𝐺𝑀(𝑚1 + 𝑚2 )
𝜏=− − [− ]
𝑟 𝑅

1 1
𝜏 = 𝐺𝑀(𝑚1 + 𝑚2 ) ( − )
𝑅 𝑟

b) Como ocorre conservação do momento linear, podemos escrever que:

𝑚2
𝑝⃗𝑓 = 𝑝⃗𝑖 ⇒ 𝑚1 𝑣1 − 𝑚2 𝑣2 = 0 ⇒ 𝑣1 = 𝑣
𝑚1 2

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 227


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Lembrando que a velocidade de escape é dada por:

2𝐺𝑀
𝑣2 = √
𝑟

Então, a energia da explosão é convertida em energia cinética das partes:

1 1
𝐸𝑎𝑑𝑞 = 𝑚1 𝑣12 + 𝑚2 𝑣22
2 2
2 2
1 𝑚2 2𝐺𝑀 1 2𝐺𝑀
𝐸𝑎𝑑𝑞 = 𝑚1 ( √ ) + 𝑚2 (√ )
2 𝑚1 𝑟 2 𝑟

𝐺𝑀𝑚2 𝑚2
𝐸𝑎𝑑𝑞 = (1 + )
𝑟 𝑚1

𝟏 𝟏 𝑮𝑴𝒎𝟐 𝒎
Gabarito: a) 𝝉 = 𝑮𝑴(𝒎𝟏 + 𝒎𝟐 ) (𝑹 − 𝒓) b) 𝑬𝒂𝒅𝒒 = (𝟏 + 𝒎𝟐 )
𝒓 𝟏

(3ª fase OBF – 2007)


Uma esfera de aço de massa 𝑚1 = 200 𝑔, está presa à extremidade de uma corda de
comprimento 𝑙 = 45 𝑐𝑚, e que tem fixa a outra extremidade. A esfera é abandonada sob a ação de
seu peso quando a corda está na horizontal. No ponto mais baixo de sua trajetória a esfera colide
elasticamente com um bloco de aço de massa 𝑚2 = 1,8 𝑘𝑔, inicialmente em repouso, sobre uma
superfície horizontal, cujo coeficiente de atrito vale 𝜇 = 0,2.
a) Qual a velocidade dos corpos imediatamente após a colisão?
b) Quanto o bloco se desloca sobre a superfície horizontal até atingir o repouso?

Comentários:

a) Inicialmente, a conservação de energia do ponto A para o ponto B:

𝑚𝜗 2
𝑚⋅𝑔⋅𝑙 =
2

𝜗 = √2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑙 = 3 𝑚/𝑠

A quantidade de movimento se conserva na colisão entre os blocos devido à existência unicamente


de forças internas, além disso a colisão é elástica e o coeficiente de restituição “e” é 1, assim:

(1) 𝑀𝑣 ′ + 𝑚𝜗 ′ = 𝑚𝜗

𝑣′ − 𝜗′
(2) 𝑒 = = 1
𝜗
De (1) e (2), concluímos que:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 228


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2𝑚𝜗
𝜈′ = = 0,6 m/s
𝑀+𝑚

𝜗 ′ = −2,4 𝑚/𝑠

b) Conservação da energia de “M” logo após à colisão até o ponto onde ele para:
2 2
𝑀𝑣 ′ 𝜈′
= 𝜇𝑀𝑔𝑑 ⇒ 𝑑 = = 0,09 𝑚
2 2𝜇𝑔

Gabarito: a) 𝝑′ = −𝟐, 𝟒 𝒎/𝒔 e 𝝂′ = 𝟎, 𝟔 𝒎/𝒔 b) 𝟗 𝒄𝒎

(3ª fase OBF – 2007)


Dois carrinhos 𝐴 e 𝐵 idênticos estâo ligados rigidamente por uma barra e juntos (carrinho 𝐴 +
carrinho 𝐵 + barra) têm a massa de 4 𝑘𝑔. Dois carrinhos 𝐶 e 𝐷. de massas 𝑀𝐶 = 2 𝑘𝑔 e 𝑀𝐷 = 2𝑘𝑔.
Sâo colocados em repouso entre os carrinhos 𝐴 e 𝐵. a iguais distâncias (Figura 1).

Sabendo que a velocidade de 𝐴 e 𝐵 é de 3𝑚/𝑠 para a direita, e considerando que o atrito entre as
rodas dos carrinhos e o solo é desprezível, responda:
a) Se a colisão entre 𝐴 e 𝐶 for perfeitamente inelástica (𝐶 fica "grudado" em 𝐴) e, entre 𝐶 e 𝐷 for
perfeitamente elástica, qual será a velocidade final do sistema sabendo que a colisão entre 𝐷 e 𝐵
também será perfeitamente inelástica (𝐷 fica “grudado” em 𝐵)?
b) Qual a velocidade final do sistema considerando a colisão entre 𝐴 e 𝐶 perfeitamente inelástica. e
entre 𝐶 e 𝐷 também perfeitamente inelástica? Compare essa velocidade com aquela obtida no item
(a). Explique o resultado.

Comentários:

a) (i) Colisão Inelástica:

𝑚𝐴𝐵 ⋅ 𝜗𝐴𝐵
𝑚𝐴𝐵 ⋅ 𝜗𝐴𝐵 = (𝑚𝐴𝐵 + 𝑚𝑐 ) ⋅ 𝜗𝐴𝐵𝐶 ⇒ 𝜗𝐴𝐵𝐶 = = 2 𝑚/𝑠
𝑚𝐴𝐵 + 𝑚𝑐

(ii) Colisão Elástica:



(1)(𝑚𝐴𝐵 + 𝑚𝑐 ) ⋅ 𝜗𝐴𝐵𝐶 = (𝑚𝐴𝐵 + 𝑚𝑐 ) ⋅ 𝜗𝐴𝐵𝐶 + 𝑚𝑑 𝜗𝑑

𝜗𝑑 −𝜗𝐴𝐵𝐶
(2) 𝑒 = 1 = 𝜗𝐴𝐵𝐶

De (1) e (2), temos que:

2(𝑚𝐴𝐵 + 𝑚𝑐 )𝜗𝐴𝐵𝐶 ′
𝜗𝑑 = = 3 𝑚/𝑠 e 𝜗𝑑 − 𝜗𝐴𝐵𝐶 = 𝜗𝐴𝐵𝐶 = 1 𝑚/𝑠
𝑚𝐴𝐵 + 𝑚𝑐 + 𝑚𝑑

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 229


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(iii) Colisão Inelástica: (𝜗 é 𝑎 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎)



𝑚𝑑 𝜗𝑑 + (𝑚𝐴𝐵 + 𝑚𝑐 ) ⋅ 𝜗𝐴𝐵𝐶 = (𝑚𝐴𝐵 + 𝑚𝑐 + 𝑚𝑑 ) ⋅ 𝜗

Portanto:

𝑚𝑑 𝜗𝑑 + (𝑚𝐴𝐵 + 𝑚𝑐 ) ⋅ 𝜗𝐴𝐵𝐶
𝜗 = = 1,5 𝑚/𝑠
(𝑚𝐴𝐵 + 𝑚𝑐 + 𝑚𝑑 )

b) De acordo vimos no item a), temos para a primeira colisão que:

𝑚𝐴𝐵 ⋅ 𝜗𝐴𝐵
𝜗𝐴𝐵𝐶 = = 2 𝑚/𝑠
𝑚𝐴𝐵 + 𝑚𝑐

(i) Colisão Inelástica:

(𝑚𝐴𝐵 + 𝑚𝑐 ) ⋅ 𝜗𝐴𝐵𝐶 = (𝑚𝐴𝐵 + 𝑚𝑐 + 𝑚𝑑 ) ⋅ 𝜗

(𝑚𝐴𝐵 + 𝑚𝑐 ) ⋅ 𝜗𝐴𝐵𝐶
𝜗= = 1,5 𝑚/𝑠
(𝑚𝐴𝐵 + 𝑚𝑐 + 𝑚𝑑 )

Análise dos resultados obtidos:

Observe que, ao considerarmos os 4 corpos como um único sistema, temos que a quantidade de
movimento total do sistema deve se conservar dado que as colisões ocorrem mediante forças internas.
Assim, é de se esperar que os itens (a) e (b) tenham o mesmo resultado, pois, apesar de possuírem
diferentes processos intermediários, apresentam a mesma configuração inicial e final do sistema.
Matematicamente:

𝑄𝑖 = (𝑚𝐴𝐵 + 𝑚𝑐 + 𝑚𝑑 ) ⋅ 𝜗 = 𝑄𝑓

Gabarito: a) a velocidade final do sistema é 1,5 m/s. b) A velocidade final do sistema é v = 1,5 m/s, ou
seja, a mesma do item (a).

(IME – 2008)
A figura abaixo ilustra um pequeno bloco e uma mola sobre uma mesa retangular de largura 𝑑, vista
de cima. A mesa é constituída por dois materiais diferentes, um sem atrito e o outro com coeficiente
de atrito cinético 𝜇 igual a 0,5. A mola tem uma de suas extremidades fixada no ponto 𝐴 e a outra
no bloco. A mola está inicialmente comprimida de 4 cm, sendo liberada para que o bloco oscile na
região sem atrito na direção 𝑦. Depois de várias oscilações, ao passar pela posição na qual tem
máxima velocidade, o bloco é atingido por uma bolinha que se move com velocidade de 2 𝑚/𝑠 na
direção 𝑥 e se aloja nele. O sistema é imediatamente liberado da mola e se desloca na parte áspera
da mesa. Determine:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 230


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a) o vetor quantidade de movimento do sistema 𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜 + 𝑏𝑜𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 no instante em que ele é


liberado da mola;
b) a menor largura e o menor comprimento da mesa para que o sistema pare antes de cair.
Dados:
comprimento da mola = 25 𝑐𝑚;
constante elástica da mola = 10 𝑁/𝑐𝑚;
massa da bolinha = 0,2 𝑘𝑔;
massa do bloco = 0,4 𝑘𝑔;
aceleração da gravidade = 10 𝑚/𝑠 2 .

Comentários:

a) Pela conservação da energia, podemos encontrar a velocidade do bloco imediatamente antes da


colisão.

𝑘𝐴2 𝑀𝑉 2
= ⇒ 𝑉 = 2 𝑚/𝑠
2 2
Pela conservação da quantidade de movimento:

⃗⃗⃗⃗⃗
𝑄0 = 𝑄⃗⃗⃗⃗⃗𝑓

⃗⃗ + 𝑚𝑣⃗ = (𝑀 + 𝑚)𝑣
𝑀𝑉 ⃗⃗⃗⃗′

⃗⃗⃗⃗′
0,4(0 , 2) + 0,2(2 , 0) = 0,6𝑣

1
∴ ⃗⃗⃗⃗
𝑣 ′ = (4 , 8)
6

Vetor quantidade de movimento: ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗′ = (0,4𝑖 + 0,8𝑗) (𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠)


𝑄𝑓 = (𝑀 + 𝑚)𝑣

b) A aceleração após a colisão é dada por:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 231


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5𝑚
𝑎 = 𝜇𝑔 = 𝑠2

O módulo da velocidade inicial do conjunto:

2√5
⃗⃗⃗⃗′ | =
|𝑣 𝑚/𝑠
3
A distância até parar pode ser calculada por Torricelli:
2
⃗⃗⃗⃗′ |
|𝑣 2
𝐷= = 𝑚
2𝑎 9
A trajetória do conjunto forma um ângulo 𝜃 com o eixo x, tal que:

𝑣𝑥 1 𝑣𝑦 2
𝑠𝑒𝑛𝜃 = ′
= e 𝑐𝑜𝑠𝜃 = ′ =
𝑣 √5 𝑣 √5
A largura mínima da mesa é de:

4√5
𝐿𝑚𝑖𝑛 = 2𝐷𝑥 = 2 ∙ 𝐷 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝜃 ⇒ 𝐿𝑚𝑖𝑛 = 𝑚
45
O comprimento mínimo da mesa é de:

𝐶𝑚𝑖𝑛 = 0,25 + 𝐷𝑦 = 0,25 + 𝐷 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝜃

1 4√5
∴ 𝐶𝑚𝑖𝑛 = + 𝑚
4 45
𝟏 𝟒√𝟓
Gabarito: a) (𝟎, 𝟒𝒊 + 𝟎, 𝟖𝒋) (𝒌𝒈 ⋅ 𝒎/𝒔) b) 𝟒 + 𝒎
𝟒𝟓

(IME – 2012)

A figura apresenta um carrinho que se desloca a uma velocidade constante de 5 𝑚/𝑠 para a direita
em relação a um observador que está no solo. Sobre o carrinho encontra-se um conjunto formado
por um plano inclinado de 30°, uma mola comprimida inicialmente de 10 𝑐𝑚 e uma pequena bola
apoiada em sua extremidade. A bola é liberada e se desprende do conjunto na posição em que a
mola deixa de ser comprimida. Considerando que a mola permaneça não comprimida após a
liberação da bola, devido a um dispositivo mecânico, determine:
a) o vetor momento linear da bola em relação ao solo no momento em que se desprende do
conjunto;
b) a distância entre a bola e a extremidade da mola quando a bola atinge a altura máxima.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 232


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Dados:
• Constante elástica da mola: 𝑘 = 100 𝑁 ⋅ 𝑚−1
• Massa da bola: 𝑚 = 200 𝑔
• Aceleração da gravidade: 𝑔 = 10 𝑚 ⋅ 𝑠 −2
Observação:
A massa do carrinho é muito maior que a massa da bola.

Comentários:

a) Determinando velocidade com conservação de energia:

𝑘 ∙ 𝑥2 𝑚 ∙ 𝑣2
=𝑚∙𝑔∙ℎ+
2 2
𝑘 ∙ 𝑥2 𝑚 ∙ 𝑣2
= 𝑚 ∙ 𝑔 ∙ 𝑥 ∙ 𝑠𝑒𝑛30° +
2 2

2 𝑘 ∙ 𝑥2
𝑣= √ ∙( − 𝑚 ∙ 𝑔 ∙ 𝑥 ∙ 𝑠𝑒𝑛30°)
𝑚 2

2 100 ∙ 0,102 1
𝑣= √ ∙( − 0,2 ∙ 10 ∙ 0,1 ∙ )
0,2 2 2

𝑣 = √10 ∙ (0,5 − 0,1) = 2 𝑚/𝑠

A velocidade horizontal e vertical serão:

𝑉𝑥 = 2 ∙ 𝑐𝑜𝑠30° = √3 𝑚/𝑠

𝑉𝑦 = 2 ∙ 𝑠𝑒𝑛30° = 1 𝑚/𝑠

Em relação a Terra, os valores são:

𝑉 ′ 𝑥 = (5 − √3) 𝑚/𝑠

𝑉′𝑦 = 1 𝑚/𝑠

A quantidade de movimento para alguém no solo será:

⃗⃗ = 𝑚 ∙ 𝑉
𝑄 ⃗⃗

𝑘𝑔 ∙ 𝑚
⃗⃗ = 0,200 ∙ [(5 − √3)𝑖̂ + 1𝑗̂]
𝑄
𝑠
b) Para descobrir a altura máxima, podemos realizar os cálculos com o referencial carrinho, já que
ele tem a velocidade constante.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 233


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Para a vertical temos:

𝑉 2 = V𝑜2 + 2 ∙ a ∙ Δs

0 = V𝑦 2 − 2 ∙ 𝑔 ∙ 𝑦

𝑦 = 0,05𝑚

Na horizontal, X é dado por:

𝑥 = 𝑉𝑥 ∙ 𝑡𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎

E 𝑡𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 é de:
2
𝑎𝑡 2 𝑔∙ 𝑡𝑠𝑢𝑏
𝑆 = 𝑆𝑜 + 𝑉𝑜 𝑡 + ⇒ 𝑦 = 𝑉𝑦 𝑡𝑠𝑢𝑏 +
2 2

2
0,05 = 𝑡𝑠𝑢𝑏 − 5 ∙ 𝑡𝑠𝑢𝑏 ⇒ 𝑡𝑠𝑢𝑏 = 0,1 𝑠

Logo:

𝑥 = 0,1√3 𝑚/𝑠

Portanto, a distância máxima entre a bola e a mola será dada por Pitágoras:

𝑑 2 = 𝑥 2 + 𝑦 2 = (0,1 ∙ √3 2 ) + 0,052

𝑑 = √0,0325 𝑚

√𝟏𝟑
⃗⃗ = [𝟎, 𝟐(𝟓 − √𝟑) ⋅ 𝒊̂ + 𝟎, 𝟐 ⋅ 𝒋̂] 𝒌𝒈 ⋅ 𝒎/𝒔 b)
Gabarito: a) 𝒑 𝒎
𝟐𝟎

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 234


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10. Lista de questões nível 3


(AFA – 2006)
Um avião a jato, cuja massa é de 40 toneladas, ejeta, durante 5 segundos, 100 kg de gás e esse gás
sofre uma variação de velocidade de 500 m/s.
Com base nessas informações, analise as seguintes afirmativas:
I. A variação da velocidade do avião é de 1,25 m/s
II. A força aplicada no avião é de 104 N.
III. O impulso sofrido pelo avião vale 5.104 kg.m/s.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I. b) apenas I e II. c) apenas I e III. d) I, II e III.

(EFOMM – 2021)
Uma bola de bilhar de raio R tem velocidade de módulo v, enquanto se desloca em linha reta sobre
uma mesa horizontal sem atrito. Em algum momento, esse objeto atinge um segunda bola em
repouso, com mesmo raio e massa muito maior, cujo centro se localiza a uma distância 𝑅 da reta
que descreve a trajetória. A situação é representada na figura abaixo:

Após o impacto, a primeira esfera retorna para a esquerda em um linha reta que faz 75° (para baixo)
com relação à trajetória horizontal inicial. Suponha que a força que atua em cada esfera durante a
colisão é perpendicular à sua superfície e pode ser considerada constante, durante o curto intervalo
de tempo em que age. A razão entre os módulos da velocidade final e da velocidade inicial da
primeira esfera vale:
√6−√2 √6+√2 √6 √2 √2
(A) (B) (C) (D) (E)
4 4 2 4 2

(3ª fase OBF – 2010)


Uma corrente de aço de massa 𝑀 e comprimento 𝐿 é feita de pequenas argolas entrelaçadas. A
corrente esta pendurada na vertical e a parte de baixo toca o chão conforme indicado na figura
abaixo. A corrente é então solta e cai na vertical. Considerando 𝑥 a distância do topo da corrente ao
teto, qual será a força (exercida pelo chão) aplicada na corrente durante toda a sua queda. Expresse
seu valor como função de 𝑀, 𝐿, 𝑥 e 𝑔 (aceleração gravitacional local).

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 235


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(ITA – 2000)
Um corpo de massa 𝑚 desliza sem atrito sobre a superfície plana
(e inclinada de um ângulo 𝛼 em relação à horizontal) de um
bloco de massa 𝑀 sob a ação da mola, mostrada na figura. Esta
mola, de constante elástica 𝑘 e comprimento natural 𝐶, tem
suas extremidades respectivamente fixadas ao corpo de massa
𝑚 e ao bloco. Por sua vez, o bloco pode deslizar sem atrito sobre
a superfície plana e horizontal em que se apóia. O corpo é
puxado até uma posição em que a mola seja distendida
elasticamente a um comprimento 𝐿(𝐿 > 𝐶), tal que, ao ser
liberado, o corpo passa pela posição em que a força elástica é nula. Nessa posição o módulo da
velocidade do bloco é

a) 1 2
2𝑚 [
√ 2 𝑘(𝐿 − 𝐶) − 𝑚𝑔(𝐿 − 𝐶)𝑠𝑒𝑛(𝛼)]
𝑀2 [1 + 𝑠𝑒𝑛2 (𝛼)]

b)
1
2𝑚 [2 𝑘(𝐿 − 𝐶)2 − 𝑚𝑔(𝐿 − 𝐶)𝑠𝑒𝑛(𝛼)]

𝑀2 [1 + 𝑡𝑔2 (𝛼)]

c)
1
2𝑚 [2 𝑘(𝐿 − 𝐶)2 − 𝑚𝑔(𝐿 − 𝐶)𝑠𝑒𝑛(𝛼)]

(𝑚 + 𝑀)[(𝑚 + 𝑀)𝑡𝑔2 𝛼 + 𝑀]

d)
1
2𝑚 [2 𝑘(𝐿 − 𝐶)2 ]

𝑀2 [1 + 𝑡𝑔2 (𝛼)]

e) 0

(ITA – 2003)

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 236


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Quando solto na posição angular de 45° (mostrada na figura), um pêndulo simples de massa 𝑚 e
comprimento 𝐿 colide com um bloco de massa 𝑀. Após a colisão, o bloco desliza sobre uma
superfície rugosa, cujo coeficiente de atrito dinâmico é igual a 0,3. Considere que após a colisão, ao
retornar, o pêndulo alcança uma posição angular máxima de 30°. Determine a distância percorrida
pelo bloco em função de 𝑚, 𝑀 e 𝐿.

(ITA – 2008)
Na figura, um gato de massa 𝑚 encontra-se parado próximo
a uma das extremidades de uma prancha de massa 𝑀 que
flutua em repouso na superfície de um lago. A seguir, o gato
salta e alcança uma nova posição na prancha, à distância 𝐿.
Desprezando o atrito entre a água e a prancha, sendo 𝜃 o
ângulo entre a velocidade inicial do gato e a horizontal, e 𝑔
a aceleração da gravidade, indique qual deve ser a
velocidade 𝑢 de deslocamento da prancha logo após o salto.
𝑔⋅𝐿⋅𝑀 𝑔⋅𝐿⋅𝑀
a) 𝑢 = √ 𝑀 b) 𝑢 = √ 𝑀
(1+ )⋅𝑚⋅𝑠𝑒𝑛(𝜃)⋅cos(𝜃) (1+ )⋅2𝑚⋅𝑠𝑒𝑛(2𝜃)
𝑚 𝑚

𝑔⋅𝐿⋅𝑀 𝑔⋅𝐿⋅𝑚
c) 𝑢 = √ 𝑀 d) 𝑢 = √ 𝑀
(1+ )⋅2𝑚⋅𝑠𝑒𝑛(𝜃) (1+ )⋅2𝑀⋅𝑡𝑔(𝜃)
𝑚 𝑚

2⋅𝑔⋅𝐿⋅𝑚
e) 𝑢 = √ 𝑀
(1+ )⋅𝑀⋅𝑡𝑔(𝜃)
𝑚

(ITA – 2009)
Num filme de ficção, um foguete de massa 𝑚 segue uma estação espacial, dela aproximando-se
com aceleração relativa o. Para reduzir o impacto do acoplamento, na estação existe uma mola de
comprimento 𝐿 e constante 𝑘. Calcule a deformação máxima sofrida pela mola durante o
acoplamento sabendo-se que o foguete alcançou a mesma velocidade da estação quanto dela se
aproximou de uma certa distância 𝑑 > 𝐿, por hipótese em sua mesma órbita.

(ITA – 2011)
Um objeto de massa 𝑚 é projetado no ar a 45° do chão horizontal com uma velocidade 𝑣. No ápice
de sua trajetória, este objeto é interceptado por um segundo objeto, de massa 𝑀 e velocidade 𝑉,
que havia sido projetado verticalmente do chão. Considerando que os dois objetos “se colam” e
desprezando qualquer tipo de resistência aos movimentos, determine a distância 𝑑 do ponto de
queda dos objetos em relação ao ponto de lançamento do segundo objeto.

(3ª fase OBF – 2010)


Uma massa 𝑚1 , com velocidade inicial 𝑉0, atinge um sistema massa-mola,cuja massa é 𝑚2 ,
inicialmente em repouso, mas livre para se movimentar. A mola é ideal e possui constante elástica
𝑘, conforme a figura. Não há atrito com o soio.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 237


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a) Qual é a compressão máxima da mola?


b) Se, após um longo tempo, ambos os objetos, se deslocam na mesma direção, qual serão as
velocidades finais 𝑉1 e 𝑉2 das massas 𝑚1 e 𝑚2 , respectivamente?

(3ª fase OBF – 2010)


Dois pêndulos de mesmo comprimento 𝐿 são montados de acordo com o diagrama a seguir. Num
instante 𝑡 = 0 o pêndulo de massa 𝑀 é posicionado a uma altura ℎ com relação à horizontal e o
pêndulo de massa m permanece em repouso na vertical.

Ao ser liberada a massa 𝑀 inicia o movimento colidindo com a massa 𝑚 (𝑀 > 𝑚) (desconsidere
todos os efeitos devido a quaisquer tipos de atrito neste sistema).
a) Determine a altura máxima que as massas 𝑀 e 𝑚 atingem após a colisão com relação à horizontal.
Use 𝑔 para a aceleração gravitacional local.
b) Qual será o tempo necessário, após a primeira colisão entre as massas, para que as massas voltem
a colidir novamente?
(3ª fase OBF – 2013)
Com base na figura, as duas esferas à direita estão inicialmente em repouso e esfera da esquerda
incide sobre a do centro com velocidade 𝑣0 . Supondo que as colisões sejam frontais e elásticas,
mostre que se 𝑚1 ≥ 𝑚2 há duas colisões 𝑚1 < 𝑚2 há três colisões.

(3ª fase OBF – 2007)


Um projétil de massa 𝑚 = 0,1 𝑘𝑔 é lançado a um ângulo de 30° com a horizontal e com uma
velocidade de 500 𝑚/𝑠. No ponto mais alto da trajetória ele explode em dois fragmentos iguais, 𝐴
e 𝐵. Suponha que o fragmento 𝐵, imediatamente após a explosão, cai verticalmente a partir do
repouso.
a) A que distância do ponto de lançamento cai o fragmento 𝐴, supondo-se o solo horizontal?
b) Calcule a diferença entre a energia mecânica do sistema, imediatamente após e imediatamente
antes da explosão.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 238


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(3ª fase OBF – 2006)


O canhão mostrado dispara uma granada de massa 𝑚 = 6,00 𝑘𝑔 da posição 𝑂(𝑥𝑂 ; 𝑦𝑂 ) (0 𝑚; 0 𝑚)
que atinge seu ponto mais alto na posição 𝑃(𝑥𝑃 ; 𝑦𝑃 ) de coordenadas (3000 𝑚; 1125 𝑚).
Decorridos 20,0 𝑠 após o disparo, a granada explode e seus fragmentos “a" e “b” de massas iguais
a 𝑚𝑎 = 2,00 𝑘𝑔 e 𝑚𝑏 = 4,00 𝑘𝑔, respectivamente, caem segundo trajetórias coplanares à
trajetória anterior à explosão. Despreze a resistência do ar e calcule:
a) o valor das coordenadas do ponto de explosão:
b) as coordenadas de posição 𝐴(𝑥𝐴 ; 𝑦𝐴 ) do fragmento “a” no instante em que o fragmento “b”, 1,0
segundo após a explosão, toca o solo em um ponto 𝐵(𝑥𝐵 ; 𝑦𝐵 ), cuja posição é dada pelas
coordenadas (3000 𝑚; 300 𝑚);
c) o valor, em 𝑁, da força 𝐹 da explosão, constante, de duração 1 𝑚𝑠 e que atuou no fragmento 𝐴.
(deixar indicada a raiz quadrada)

(IME – 2004)
Um tanque de guerra de massa 𝑀 se desloca com velocidade constante 𝑣0 . Um atirador dispara um
foguete frontalmente contra o veículo quando a distância entre eles é 𝐷. O foguete de massa 𝑚 e
velocidade constante 𝑣𝑓 colide com o tanque, alojando-se em seu interior. Neste instante o
motorista freia com uma aceleração de módulo 𝑎. Determine:
1. o tempo 𝑡 transcorrido entre o instante em que o motorista pisa no freio e o instante em que o
veículo para;
2. a distância a que, ao parar, o veículo estará do local de onde o foguete foi disparado.

(IME – 2007)
Um pêndulo com comprimento 𝐿 = 1 𝑚, inicialmente em repouso, sustenta uma partícula com
massa 𝑚 = 1 𝑘𝑔. Uma segunda partícula com massa 𝑀 = 1 𝑘𝑔 movimenta-se na direção horizontal
com velocidade constante 𝑣0 até realizar um choque perfeitamente inelástico com a primeira. Em
função do choque, o pêndulo entra em movimento e atinge um obstáculo, conforme ilustrado na
figura. Observa-se que a maior altura alcançada pela partícula sustentada pelo pêndulo é a mesma
do ponto inferior do obstáculo. O fio pendular possui massa desprezível e permanece sempre
esticado. Considerando a aceleração da gravidade 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 e a resistência do ar desprezível,
determine:
a. a velocidade 𝑣0 da partícula com massa 𝑀 antes do choque;
b. a força que o fio exerce sobre a partícula de massa 𝑚 imediatamente após o fio bater no
obstáculo.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 239


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(IME – 2019)

Alguns animais têm mecanismos de defesa muito curiosos. Os besouros-bombardeiros, por


exemplo, são insetos que disparam jatos de uma substância superquente pelos seus traseiros
quando se sentem ameaçados. Seus corpos são equipados com duas glândulas nas extremidades de
seus abdomens e essas estruturas contêm diferentes substâncias químicas. Quando os insetos são
provocados, essas substâncias são combinadas em uma câmera de reação e são produzidas
explosões na forma de um intenso jato – aquecido de 20 °C para 100 °C pelo calor da reação – para
afugentar suas presas. A pressão elevada permite que o composto seja lançado para fora com
velocidade de 240 cm/s. uma formiga se aproxima do besouro, pela retaguarda deste e em linha
reta, a uma velocidade média de 0,20 𝑐𝑚/𝑠 e o besouro permanece parado com seu traseiro a uma
distância de 1𝑚𝑚 do chão. Quando pressente o inimigo, o besouro lança o jato em direção à
formiga.
Determine:
a) O calor latente da reação das substâncias, em J/kg;
b) O rendimento da máquina térmica, representa pelo besouro;
c) A distância mínima, em cm, entre os insetos, para que o jato do besouro atinja a formiga; e
d) A velocidade, em cm/s, que a formiga adquire ao ser atingida pelo jato do besouro (assumindo
que todo líquido fique impregnado na formiga)
Dados:
J
Calores específicos das substâncias e do líquido borrifado: 𝑐 = 4,19 ⋅ 103 kg⋅K;

 Massa da formiga: 𝑚𝑓𝑜𝑟𝑚𝑖𝑔𝑎 = 6,0 𝑚𝑔;


 Massa do besouro: 𝑚𝑏𝑒𝑠𝑜𝑢𝑟𝑜 = 290 𝑚𝑔;
 Massa do jato: 𝑚𝑗𝑎𝑡𝑜 = 0,30 𝑚𝑔:
 Velocidade média da formiga: 𝑣𝑓𝑜𝑟𝑚𝑖𝑔𝑎 = 0,20 𝑐𝑚/𝑠; e
 Aceleração da gravidade: 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 240


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(IME – 2021)

“Espaço: a fronteira final.” Certa vez, essa conhecida nave interplanetária teve seu disco defletor
destruído e entrou, logo em seguida, em movimento. Sabe-se que o disco defletor tem a
funcionalidade de desviar qualquer partícula espacial que, mesmo que pequena, em altas
velocidades, poderia destruir a nave.
Considere uma outra nave espacial, de menor porte, que tenha sofrido o mesmo dano em seu disco
defletor e seja obrigada a usar o escudo de força para se proteger. Seu escudo, ao invés de repelir,
absorve a massa das partículas espaciais, como em choques perfeitamente inelásticos. O excesso
de energia cinética, após cada choque, é dissipado pelo escudo, mas qualquer carga elétrica
encontrada permanece no escudo, deixando-o carregado. A nave resolve se dirigir para o planeta
ocupado mais próximo, para sofrer reparos. Por conta dos danos, só foi possível gerar uma
velocidade inicial 𝑣0 de 8% da velocidade da luz e seus motores foram desligados até o momento
de entrar em órbita. Durante o percurso, a nave encontra uma nuvem de partículas eletricamente
carregadas, realizando um trajeto retilíneo de comprimento L. Em média, uma partícula por
quilômetro é encontrada pela nave. Essa nuvem localiza-se em uma região distante de qualquer
influência gravitacional. Sabe-se que a nave permanecerá em uma órbita equatorial ao redor do
planeta, cujo campo magnético apresenta intensidade uniforme, no sentido do polo norte (N) para
o polo Sul (S).
Dados:
Nave: massa inicial 𝑚0 = 300 𝑡𝑜𝑛𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎𝑠 e carga inicial 𝑞0 nula;
Partículas: massa média 𝑚 = 100 𝑚𝑔 e carga elétrica média 𝑞 = 715 𝜇𝐶;
Planeta: massa 𝑀 = 6,3 ⋅ 1024 𝑘𝑔, raio 𝑅 = 7000 𝑘𝑚 e intensidade do campo magnético 𝐵 = 5 ⋅
10−5 𝑇.
Constante da gravitação universal: 𝐺 = 6,67 ⋅ 10−11 𝑁 ⋅ 𝑚2 ⋅ 𝑘𝑔−2 ;
Velocidade da luz: 𝑐 = 3 ⋅ 108 𝑚/𝑠; e
Comprimento da nuvem: 7,5 ⋅ 108 𝑘𝑚.
Observação: despreze a intensidade da força de repulsão entre as cargas de mesmo sinal.
Diante do exposto, pede-se a:
a) a velocidade final da nave logo após o último choque.
b) energia máxima dissipada pelo escudo em um único choque; e
c) velocidade mínima da nave para manter uma órbita de altura 𝐻 = 35 ⋅ 103 km acima da
superfície do planeta.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 241


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(Simulado ITA)
Uma bola de tênis colide com uma superfície rugosa de coeficiente de atrito 𝝁, como mostra a
figura. Sabe-se que a força da gravidade é muito pequena quando comparada as forças
impulsionavas e que a força de atrito é a mínima necessária para evitar o deslizamento da bola de
tênis. Dessa forma, o coeficiente de restituição da colisão é dado por:
𝑠𝑒𝑛 𝛼−𝜇 cos 𝛼−𝜇 𝑡𝑔 𝛼−𝜇 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝛼−𝜇 𝑐𝑜𝑠 𝛼−𝜇
(A) 𝑠𝑒𝑛 𝛽+𝜇 (B) cos 𝛽+𝜇 (C) (D) 𝑐𝑜𝑡𝑔𝛽+𝜇 (E) 𝑠𝑒𝑛 𝛽+𝜇
𝑡𝑔𝛽+𝜇

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 242


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11. Gabarito sem comentários nível 3


1) D

2) E
3⋅𝑀⋅𝑔⋅𝑥
3) 𝐿

4) C
2
𝑚2 ⋅𝐿
5) ⋅ (√2 − √2 + √2 − √3)
0,6⋅𝑀2

6) D

𝑚(𝑑−𝐿)
7) √2 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑘

8) Ver comentários
(𝑚1−𝑚2)𝑣0 2𝑚1 ⋅𝑣0
9) a) 𝑣1 = (𝑚1 +𝑚2 )
b) 𝑣2 = (𝑚
1 +𝑚2 )

1 (𝑀−𝑚)𝑣 2 1 2𝑀𝑣 2 𝐿
10) a) ℎ𝑀 = 2𝑔 ∙ ( (𝑀+𝑚) ) e ℎ𝑚 = 2𝑔 ∙ ((𝑀+𝑚)) b) 𝜋 ∙ √𝑔

11) Demonstração

12) a) 18750√3 𝑚 b) Δ𝐸𝑀 = 9375 𝐽

13) a) 𝑥 = 4000 𝑚 e 𝑦 = 1000 𝑚 b) 𝑥 = 6600 𝑚 e 𝑦 = 2235 𝑚 c) √29696400 𝑘𝑁


2
𝑀𝑣0 −𝑚𝑣𝑓 𝐷𝑣0 (𝑀𝑣0 −𝑚𝑣𝑓 )
14) 1. 𝑡 = 2. 𝑑 = 𝑣 +
(𝑀+𝑚)𝑎 0 +𝑣𝑓 2𝑎(𝑀+𝑚)2

15) 30 N

16) a) 3,35 ⋅ 105 𝐽/𝑘𝑔 b) 8,59 ⋅ 10−6 c) 3,39 𝑐𝑚 d) 11,24 𝑐𝑚/𝑠

17) a) 𝑣0 = 1,92 ⋅ 107 𝑚/𝑠 ; b) −2,88 ⋅ 1010 𝐽 ; c) 2000 𝑚/𝑠

18) D

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 243


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12. Lista de questões nível 3 comentada


(AFA – 2006)
Um avião a jato, cuja massa é de 40 toneladas, ejeta, durante 5 segundos, 100 kg de gás e esse gás
sofre uma variação de velocidade de 500 m/s.
Com base nessas informações, analise as seguintes afirmativas:
I. A variação da velocidade do avião é de 1,25 m/s
II. A força aplicada no avião é de 104 N.
III. O impulso sofrido pelo avião vale 5.104 kg.m/s.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I. b) apenas I e II. c) apenas I e III. d) I, II e III.

Comentários:

Vamos resolver esse exercício de maneira simplificada. Vamos considerar que a velocidade que o
combustível sai é constante durante esses 5 segundos, e que a massa desse avião praticamente não muda.
Depois vamos para o caso real (e que envolve cálculo integral), e vamos ver que o resultado é
praticamente o mesmo (mas não idêntico). E por que não é idêntico? Pois durante esses 5 segundos o
avião terá uma aceleração, logo sua velocidade mudará, dessa forma a velocidade com que o combustível
é ejetado também mudará.

Resolução aproximada:

I. Correta. Sendo a massa do avião inicial M, a massa de gás ejetada = m, a velocidade inicial do
avião v e a velocidade final v’:

(𝑀 + 𝑚)𝑣 = 𝑀𝑣 ′ + 𝑚𝑣𝑔

𝑀(𝑣 ′ − 𝑣) = 𝑚(𝑣 − 𝑣𝑔 )

1,25𝑚
40000Δ𝑣 = 100 ⋅ 500 → Δ𝑣 =
𝑠
II. Correta.

𝑀Δ𝑣 1,25
𝐹= = 40000 ⋅ = 10000𝑁
Δ𝑡 5
III. Correta.

𝐼 = 𝐹Δ𝑡 = 10000 ⋅ 5 = 50000 𝑁. 𝑠

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 244


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Resolução correta:

I. Considerando a massa do avião em função do tempo m, a massa ejetada em um tempo dt sendo


dm e a velocidade do avião v:

𝑚(𝑡)𝑣(𝑡) = 𝑚(𝑡 + 𝑑𝑡)𝑣(𝑡 + 𝑑𝑡) + (𝑚(𝑡) − 𝑚(𝑡 + 𝑑𝑡)) ⋅ 𝑣𝑔á𝑠

𝑚𝑣 = (𝑚 + 𝑑𝑚)(𝑣 + 𝑑𝑣) − 𝑑𝑚 ⋅ 𝑣𝑔á𝑠

0 = 𝑚𝑑𝑣 + 𝑣𝑑𝑚 − 𝑑𝑚𝑣𝑔á𝑠

−𝑑𝑚(𝑣 − 𝑣𝑔á𝑠 ) = 𝑚𝑑𝑣


𝑚
Como 𝑣 − 𝑣𝑔á𝑠 = 500 = 𝑣 ′ = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒:
𝑠

𝑑𝑚𝑣 ′ = −𝑚𝑑𝑣

𝑑𝑚 𝑑𝑣
− = ′
𝑚 𝑣
𝑚𝑖 Δ𝑣
ln ( ) = ′
𝑚𝑓 𝑣

𝑚𝑖 40000
Δ𝑣 = 𝑣 ′ ln ( ) = 500 ln = 1,252 𝑚/𝑠
𝑚𝑓 39900

A força média vale:

∫ −𝑑𝑚Δ𝑣𝑔á𝑠 500Δ𝑚 100


𝐹= = = 500 ⋅ = 10000 𝑁
Δ𝑡 Δ𝑡 5
O impulso vale:

𝐼 = 𝐹Δ𝑡 = 50000𝑁. 𝑠

Portanto vemos que não há prejuízo em usar aproximações nesses casos.

Gabarito: D

(EFOMM – 2021)
Uma bola de bilhar de raio R tem velocidade de módulo v, enquanto se desloca em linha reta sobre
uma mesa horizontal sem atrito. Em algum momento, esse objeto atinge um segunda bola em
repouso, com mesmo raio e massa muito maior, cujo centro se localiza a uma distância 𝑅 da reta
que descreve a trajetória. A situação é representada na figura abaixo:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 245


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Após o impacto, a primeira esfera retorna para a esquerda em um linha reta que faz 75° (para baixo)
com relação à trajetória horizontal inicial. Suponha que a força que atua em cada esfera durante a
colisão é perpendicular à sua superfície e pode ser considerada constante, durante o curto intervalo
de tempo em que age. A razão entre os módulos da velocidade final e da velocidade inicial da
primeira esfera vale:
√6−√2 √6+√2 √6 √2 √2
(A) (B) (C) (D) (E)
4 4 2 4 2

Comentários:

No momento do choque, a esfera está se aproximando horizontalmente, então sua velocidade em


relação aos eixos tangencial e frontal são dadas por:

𝐵𝐶 𝑅 1
𝑠𝑒𝑛(𝜃) = = =
𝐴𝐵 𝑅 + 𝑅 2
∴ 𝜃 = 30°

𝑣𝑡𝑔 = 𝑣 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(30°) e 𝑣𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 = 𝑣 ⋅ cos(30°)

𝑣𝑛′ = 𝑣 ′ ⋅ cos(75° − 𝜃) = 𝑣 ′ ⋅ cos(45°)



𝑣𝑡𝑔 = 𝑣 ′ ⋅ 𝑠𝑒𝑛(75° − 𝜃) = 𝑣 ′ ⋅ 𝑠𝑒𝑛(45°)

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 246


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Logo após o choque, a velocidade da esfera forma o ângulo de 75°, com a horizontal. Como a massa
da esfera que está parada é muito maior que a massa da esfera que se move, a esfera deve sair conforme
mostrado na figura. Além disso, o enunciado diz que a esfera retorna com velocidade para a esquerda.

Como a velocidade na direção tangencial não muda, já que o choque é frontal, então:

𝑣 ′ ⋅ 𝑠𝑒𝑛(45°) = 𝑣 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(30°)

√2 1
𝑣′ ⋅ =𝑣⋅
2 2

𝑣 ′ √2
=
𝑣 2

Gabarito: E

(3ª fase OBF – 2010)


Uma corrente de aço de massa 𝑀 e comprimento 𝐿 é feita de pequenas argolas entrelaçadas. A
corrente esta pendurada na vertical e a parte de baixo toca o chão conforme indicado na figura
abaixo. A corrente é então solta e cai na vertical. Considerando 𝑥 a distância do topo da corrente ao
teto, qual será a força (exercida pelo chão) aplicada na corrente durante toda a sua queda. Expresse
seu valor como função de 𝑀, 𝐿, 𝑥 e 𝑔 (aceleração gravitacional local).

Comentários:

Em teoria, vimos a abordagem mais geral, utilizando o Cálculo para o caso mais geral possível. Para
essa questão da OBF, vamos fazer uma abordagem matemática um pouco diferente, mais parecido ainda
com aquilo que pode aparecer na sua prova.

De fato, precisamos determinar a quantidade de movimento do sistema em função do tempo.


Observe que somente a parte da corda que ainda não chegou ao solo irá possuir velocidade e essa
velocidade será a mesma de uma queda livre, já que a corda não está tracionada e cada parte da corda
sofre apenas ação do próprio peso.

Se a densidade linear da corda é constante, então:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 247


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𝑀 Δ𝑚
𝜆= =
𝐿 Δ𝑥
Considerando que um pedaço da corda caiu 𝑥, então:

𝐿−𝑥
Δ𝑚 = 𝑀 ⋅ ( )
𝐿

Logo, pelo teorema do impulso, a variação da quantidade de movimento do instante 0 a 𝑡 é dada


por:

𝐿−𝑥
Δ𝑄 = 𝛥𝑃𝑒𝑠𝑜 ⋅ Δ𝑡 ⇒ 𝑄 = 𝑀 ⋅ ( )⋅𝑔⋅𝑡
𝐿
𝑔𝑡 2
Mas 𝑥 = , então:
2

𝑀 ⋅ 𝑔2 ⋅ 𝑡 3
𝑄 =𝑀⋅𝑔⋅𝑡−
2⋅𝐿
Agora, se tomarmos um intervalo de tempo muito pequeno (Δ𝑡) após esse instante (𝑡), ou seja,
𝑡 + Δ𝑡 e aplicarmos a equação que acabamos de desenvolver, podemos encontrar a força normal em
função do tempo:

Δ𝑄 = 𝐹𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 ⋅ Δ𝑡

𝑄(𝑡 + Δ𝑡) − 𝑄(𝑡) = (𝑀 ⋅ 𝑔 − 𝑁) ⋅ Δ𝑡

𝑀 ⋅ 𝑔2 ⋅ (𝑡 + Δ𝑡)3 𝑀 ⋅ 𝑔2 ⋅ 𝑡 3
[𝑀 ⋅ 𝑔 ⋅ (𝑡 + Δ𝑡) − ] − [𝑀 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑡 − ] = (𝑀 ⋅ 𝑔 − 𝑁) ⋅ Δ𝑡
2⋅𝐿 2⋅𝐿

Vamos expandir o termo (𝑡 + Δ𝑡)3 e simplificar nossa equação:

𝑀 ⋅ 𝑔2 𝑀 ⋅ 𝑔2 ⋅ 𝑡 3
𝑀 ⋅ 𝑔 ⋅ Δ𝑡 − (𝑡 3 + 3𝑡 2 ⋅ Δ𝑡 + 3𝑡 ⋅ Δ𝑡 2 + Δ𝑡 3 ) ⋅ ( )+ = (𝑀 ⋅ 𝑔 − 𝑁) ⋅ Δ𝑡
2⋅𝐿 2⋅𝐿

𝑀 ⋅ 𝑔2 𝑀 ⋅ 𝑔2
𝑀 ⋅ 𝑔 ⋅ Δ𝑡 − 3𝑡 2 ⋅ ( ) ⋅ Δ𝑡 − Δ𝑡 2 ⋅ (3𝑡 + Δ𝑡) ⋅ ( ) = (𝑀 ⋅ 𝑔 − 𝑁) ⋅ Δ𝑡
2⋅𝐿 2⋅𝐿

2
𝑀 ⋅ 𝑔2 𝑀 ⋅ 𝑔2
𝑀 ⋅ 𝑔 − 3𝑡 ⋅ ( ) − Δ𝑡 ⋅ (3𝑡 + Δ𝑡) ⋅ ( ) =𝑀⋅𝑔−𝑁
2⋅𝐿 2⋅𝐿

Fazendo o intervalo tender a zero, Δ𝑡 → 0, temos:

𝑀 ⋅ 𝑔2
𝑀 ⋅ 𝑔 − 3𝑡 2 ⋅ ( )=𝑀⋅𝑔−𝑁
2⋅𝐿

3 ⋅ 𝑀 ⋅ 𝑔2 ⋅ 𝑡 2
∴ 𝑁=
2⋅𝐿

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 248


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𝑔𝑡 2
Como 𝑥 = , então:
2

3 ⋅ 𝑀 ⋅ 𝑔2 ⋅ 𝑡 2 3 ⋅ 𝑀 ⋅ 𝑔 𝑔 ⋅ 𝑡2
𝑁= ⇒𝑁= ⋅
2⋅𝐿 𝐿 2

3⋅𝑀⋅𝑔⋅𝑥
𝑁=
𝐿
𝟑⋅𝑴⋅𝒈⋅𝒙
Gabarito: 𝑵 = 𝑳

(ITA – 2000)
Um corpo de massa 𝑚 desliza sem atrito sobre a superfície plana
(e inclinada de um ângulo 𝛼 em relação à horizontal) de um
bloco de massa 𝑀 sob a ação da mola, mostrada na figura. Esta
mola, de constante elástica 𝑘 e comprimento natural 𝐶, tem
suas extremidades respectivamente fixadas ao corpo de massa
𝑚 e ao bloco. Por sua vez, o bloco pode deslizar sem atrito sobre
a superfície plana e horizontal em que se apóia. O corpo é
puxado até uma posição em que a mola seja distendida
elasticamente a um comprimento 𝐿(𝐿 > 𝐶), tal que, ao ser
liberado, o corpo passa pela posição em que a força elástica é nula. Nessa posição o módulo da
velocidade do bloco é

a) 1 2
√2𝑚 [2 𝑘(𝐿 − 𝐶) − 𝑚𝑔(𝐿 − 𝐶)𝑠𝑒𝑛(𝛼)]
𝑀2 [1 + 𝑠𝑒𝑛2 (𝛼)]

b)
1
2𝑚 [2 𝑘(𝐿 − 𝐶)2 − 𝑚𝑔(𝐿 − 𝐶)𝑠𝑒𝑛(𝛼)]

𝑀2 [1 + 𝑡𝑔2 (𝛼)]

c)
1
2𝑚 [2 𝑘(𝐿 − 𝐶)2 − 𝑚𝑔(𝐿 − 𝐶)𝑠𝑒𝑛(𝛼)]

(𝑚 + 𝑀)[(𝑚 + 𝑀)𝑡𝑔2 𝛼 + 𝑀]

d)
1
2𝑚 [2 𝑘(𝐿 − 𝐶)2 ]

𝑀2 [1 + 𝑡𝑔2 (𝛼)]

e) 0

Comentários:

O sistema (bloco + corpo + mola) é isolado na horizontal, por isso, em relação à Terra, podemos
escrever que:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 249


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⃗⃗𝑥 = 𝑄
𝑄 ⃗⃗𝑥 ⇒ ⃗0⃗ = 𝑄
⃗⃗𝑥 ⃗⃗𝑥
+𝑄 ⇒ 𝑚 ⋅ 𝑣𝑥/𝑇 = 𝑀 ⋅ 𝑉
𝑖 𝑓 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜

𝑀⋅𝑉
∴ 𝑣𝑥/𝑇 =
𝑚

Em que 𝑉 é a velocidade do bloco em relação à Terra. Podemos escrever a velocidade do corpo na


direção 𝑥 em relação ao bloco da seguinte forma:

𝑣⃗𝑥/𝑇 = 𝑣⃗𝑥/𝐵 + 𝑣⃗𝐵/𝑇

Dessa forma, trabalhando em módulos, temos:

𝑀𝑉 𝑀+𝑚
= 𝑣𝑥/𝐵 − 𝑉 ⇒ 𝑣𝑥/𝐵 = ( )𝑉
𝑚 𝑚

Para determinar a velocidade do corpo em relação ao bloco, devemos notar a seguinte soma
vetorial:

Dessa forma, a componente vertical (𝑣𝑦/𝑇 ) da velocidade do corpo em relação à Terra é dada por:

𝑀+𝑚
𝑣𝑦/𝑇 = 𝑣𝑦/𝐵 = 𝑣𝑥/𝐵 ⋅ 𝑡𝑔(𝛼) = ( ) ⋅ 𝑉 ⋅ 𝑡𝑔(𝛼)
𝑚
De acordo com o enunciado, temos as duas situações:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 250


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Como não há nenhuma força dissipativa atuando em nosso sistema, podemos dizer que ele é
conservativo. Assim, a energia mecânica se conserva. Portanto, em relação à Terra, temos:

𝑖 𝑓
𝐸𝑚𝑒𝑐 = 𝐸𝑚𝑒𝑐

𝑘(𝐿 − 𝐶)2 𝑚𝑣 2 𝑀𝑉 2
= + + 𝑚𝑔ℎ
2 2 2
2 2
𝑘(𝐿 − 𝐶)2 𝑚(𝑣𝑥/𝑇 + 𝑣𝑦/𝑇 ) 𝑀𝑉 2
= + + 𝑚𝑔(𝐿 − 𝐶)𝑠𝑒𝑛(𝛼)
2 2 2

𝑘(𝐿 − 𝐶)2 𝑚 𝑀 ⋅ 𝑉 2 𝑀+𝑚 2


𝑀𝑉 2
= {( ) + [( ) ⋅ 𝑉 ⋅ 𝑡𝑔(𝛼)] } + + 𝑚𝑔(𝐿 − 𝐶)𝑠𝑒𝑛(𝛼)
2 2 𝑚 𝑚 2

𝑘(𝐿 − 𝐶)2 𝑉 2 𝑀2 (𝑀 + 𝑚)2 2


− 𝑚𝑔(𝐿 − 𝐶)𝑠𝑒𝑛(𝛼) = [ + 𝑡𝑔 𝛼 + 𝑀]
2 2 𝑚 𝑚

𝑉2 𝑘(𝐿 − 𝐶)2
[𝑀2 + 𝑚𝑀 + (𝑀 + 𝑚)2 𝑡𝑔2 𝛼] = − 𝑚𝑔(𝐿 − 𝐶)𝑠𝑒𝑛(𝛼)
2𝑚 2
𝑉2 𝑘(𝐿 − 𝐶)2
{(𝑚 + 𝑀)[(𝑚 + 𝑀)𝑡𝑔2 𝛼 + 𝑀]} = − 𝑚𝑔(𝐿 − 𝐶)𝑠𝑒𝑛(𝛼)
2𝑚 2
𝑉2 𝑘(𝐿 − 𝐶)2
(𝑚 + 𝑀)[(𝑚 + 𝑀)𝑡𝑔2 𝛼 + 𝑀] = − 𝑚𝑔(𝐿 − 𝐶)𝑠𝑒𝑛(𝛼)
2𝑚 2

𝑘(𝐿 − 𝐶)2
2𝑚 [ − 𝑚𝑔(𝐿 − 𝐶)𝑠𝑒𝑛(𝛼)]
√ 2
𝑉=
(𝑚 + 𝑀)[(𝑚 + 𝑀)𝑡𝑔2 𝛼 + 𝑀]

Gabarito: C

(ITA – 2003)
Quando solto na posição angular de 45° (mostrada na figura), um pêndulo simples de massa 𝑚 e
comprimento 𝐿 colide com um bloco de massa 𝑀. Após a colisão, o bloco desliza sobre uma
superfície rugosa, cujo coeficiente de atrito dinâmico é igual a 0,3. Considere que após a colisão, ao
retornar, o pêndulo alcança uma posição angular máxima de 30°. Determine a distância percorrida
pelo bloco em função de 𝑚, 𝑀 e 𝐿.

Comentários:

Inicialmente, vamos calcular a velocidade com que o corpo de massa 𝑚 antes da colisão. Pela
conservação da energia mecânica, temos:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 251


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1 √2
𝐴
𝐸𝑚𝑒𝑐 𝐵
= 𝐸𝑚𝑒𝑐 ⇒ 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ (𝐿 − 𝐿 ⋅ cos 45°) = 𝑚 ⋅ 𝑣𝐵2 ⇒ 𝑣𝐵 = √2𝑔𝐿 (1 − ) (𝑒𝑞. 1)
2 2

Impondo a conservação da quantidade de movimento na colisão, vem:

𝑄𝐵 = 𝑄𝐶 ⇒ 𝑚 ⋅ 𝑣𝐵 = −𝑚 ⋅ 𝑣 + 𝑀 ⋅ 𝑉 (𝑒𝑞. 2)

Após o choque, o corpo de massa 𝑚 volta a ganhar energia potencial gravitacional. Pela
conservação de energia, temos:

𝐶 𝐷
1 √3
𝐸𝑚𝑒𝑐 = 𝐸𝑚𝑒𝑐 ⇒ 𝑚 ⋅ 𝑣 2 = 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ (𝐿 − 𝐿 ⋅ cos 30°) ⇒ 𝑣 = √2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐿 ⋅ (1 − ) (𝑒𝑞. 3)
2 2

Substituindo (1) e (3) em (2), vem:

√2 √3
𝑚 ⋅ √2𝑔𝐿 (1 − ) = −𝑚 ⋅ √2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐿 ⋅ (1 − ) + 𝑀 ⋅ 𝑉
2 2

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 252


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𝑚
𝑉= √𝑔𝐿 (√2 − √2 + √2 − √3)
𝑀

O bloco de massa 𝑀 percorrerá uma distância 𝑑, sujeito ao atrito (𝜇):

1 2
𝑉2
𝜏𝑓𝑛𝑐 = Δ𝐸𝑚𝑒𝑐 ⇒ −𝜇 ⋅ 𝑀 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑑 = 0 − 𝑀𝑉 ⇒ 𝑑 =
2 2⋅𝜇⋅𝑔
2
1 𝑚2 2
𝑑= ⋅ 2 (√𝑔𝐿) (√2 − √2 + √2 − √3)
2 ⋅ 0,3 ⋅ 𝑔 𝑀

2
𝑚2 ⋅ 𝐿
𝑑= ⋅ (√2 − √2 + √2 − √3)
0,6 ⋅ 𝑀2

𝟐
𝒎𝟐 ⋅𝑳
Gabarito: 𝒅 = 𝟎,𝟔⋅𝑴𝟐 ⋅ (√𝟐 − √𝟐 + √𝟐 − √𝟑)

(ITA – 2008)
Na figura, um gato de massa 𝑚 encontra-se parado próximo
a uma das extremidades de uma prancha de massa 𝑀 que
flutua em repouso na superfície de um lago. A seguir, o gato
salta e alcança uma nova posição na prancha, à distância 𝐿.
Desprezando o atrito entre a água e a prancha, sendo 𝜃 o
ângulo entre a velocidade inicial do gato e a horizontal, e 𝑔
a aceleração da gravidade, indique qual deve ser a
velocidade 𝑢 de deslocamento da prancha logo após o salto.
𝑔⋅𝐿⋅𝑀 𝑔⋅𝐿⋅𝑀
a) 𝑢 = √ 𝑀 b) 𝑢 = √ 𝑀
(1+ )⋅𝑚⋅𝑠𝑒𝑛(𝜃)⋅cos(𝜃) (1+ )⋅2𝑚⋅𝑠𝑒𝑛(2𝜃)
𝑚 𝑚

𝑔⋅𝐿⋅𝑀 𝑔⋅𝐿⋅𝑚
c) 𝑢 = √ 𝑀 d) 𝑢 = √ 𝑀
(1+ )⋅2𝑚⋅𝑠𝑒𝑛(𝜃) (1+ )⋅2𝑀⋅𝑡𝑔(𝜃)
𝑚 𝑚

2⋅𝑔⋅𝐿⋅𝑚
e) 𝑢 = √ 𝑀
(1+ )⋅𝑀⋅𝑡𝑔(𝜃)
𝑚

Comentários:

Inicialmente, o gato está parado e não há forças externas agindo na direção horizontal. Dessa
forma, podemos dizer que o centro de massa na direção horizontal permanece inalterada. Portanto:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 253


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𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
𝑥𝑐𝑚 = 𝑥𝑐𝑚

𝑚 ⋅ 𝑥 + 𝑀 ⋅ (𝑥 + 𝑑) 𝑚 ⋅ 𝐿 + 𝑀 ⋅ 𝑑 𝑚𝐿
⇒ = ⇒ 𝑥=
𝑚+𝑀 𝑚+𝑀 𝑚+𝑀

Logo, o alcance do salto (𝐴) é de:

𝑀⋅𝐿
𝐴 =𝐿−𝑥 =
𝑚+𝑀
Dado que o ângulo de lançamento foi de 𝜃, ângulo entre a velocidade do gato em relação a um
referencial inercial e a horizontal, temos:

𝑣 2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(2𝜃) 𝐴⋅𝑔 𝑀⋅𝐿⋅𝑔


𝐴= ⇒𝑣=√ ⇒ 𝑣=√
𝑔 𝑠𝑒𝑛(2𝜃) (𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑠𝑒𝑛(2𝜃)

Pela conservação da quantidade de movimento na horizontal, temos:

𝑥 𝑥 𝑚
𝑄𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑄𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⇒ 0 = 𝑚 ⋅ 𝑣 ⋅ cos 𝜃 − 𝑀 ⋅ 𝑢 ⇒ 𝑢 = ⋅ 𝑣 ⋅ cos 𝜃
𝑀
Substituindo 𝑣 e manipulando algebricamente, vem:

𝑚 𝑀⋅𝐿⋅𝑔
𝑢= ⋅√ ⋅ cos 𝜃
𝑀 (𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑠𝑒𝑛(2𝜃)

𝑚2 𝑀⋅𝐿⋅𝑔
⇒𝑢=√ 2⋅ ⋅ cos2 𝜃
𝑀 (𝑚 + 𝑀) ⋅ 2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 ⋅ cos 𝜃

1 𝑚⋅𝐿⋅𝑔 𝑚⋅𝐿⋅𝑔
𝑢=√ ⋅ ⇒ 𝑢=√
𝑀 (𝑚 + 𝑀) 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝑀
⋅ 2 ⋅ (1 + 𝑚 ) ⋅ 2 ⋅ 𝑀 ⋅ 𝑡𝑔 𝜃
𝑚 cos 𝜃

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 254


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Gabarito: D

(ITA – 2009)
Num filme de ficção, um foguete de massa 𝑚 segue uma estação espacial, dela aproximando-se
com aceleração relativa o. Para reduzir o impacto do acoplamento, na estação existe uma mola de
comprimento 𝐿 e constante 𝑘. Calcule a deformação máxima sofrida pela mola durante o
acoplamento sabendo-se que o foguete alcançou a mesma velocidade da estação quanto dela se
aproximou de uma certa distância 𝑑 > 𝐿, por hipótese em sua mesma órbita.

Comentários:

Vamos trabalhar o problema no referencial da estação espacial, isto é, um referencial que se move
com a mesma velocidade da estação, a partir do instante em que o foguete se encontra a uma distância
𝑑 da estação. Dessa forma, podemos aplicar a equação de Torricelli para o foguete:

𝑣 2 = 𝑣02 + 2 ⋅ 𝑎 ⋅ Δ𝑠 ⇒ 𝑣 2 = 2 ⋅ 𝑎 ⋅ (𝑑 − 𝐿)

Quando começar o atracamento, vamos considerar que pare a propulsão do foguete. Assim,
ocorrerá a colisão do foguete (massa 𝑚) com a estação (considerada de massa 𝑀).

Podemos dizer que quando a distância entre o foguete e a estação for mínima, então a deformação
da mola será máxima. Em outras palavras, neste instante a velocidade relativa entre eles é nula, ou seja,
ambos terão a mesma velocidade (𝑣 ′ ) em relação ao referencial escolhido.

De acordo com a conservação da quantidade de movimento linear, temos:

𝑚
𝑚 ⋅ 𝑣 = (𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑣 ′ ⇒ 𝑣 ′ = ⋅𝑣
𝑚+𝑀

Durante a colisão, a força que age nos corpos é a elástica, que é conservativa. Então, podemos
dizer que há conservação da energia mecânica do sistema:

𝑚 ⋅ 𝑣 2 (𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑣 ′2 𝑘 ⋅ 𝑥 2
= +
2 2 2
Substituindo os valores encontrados anteriormente, temos:

𝑚 2
𝑚 ⋅ 𝑣2 = 𝑚 + 𝑀 ⋅ ( ⋅ 𝑣) + 𝑘 ⋅ 𝑥 2
𝑚+𝑀
𝑚2
𝑚 ⋅ 𝑣2 = ⋅ 𝑣2 + 𝑘 ⋅ 𝑥2
𝑚+𝑀
𝑚
𝑘 ⋅ 𝑥 2 = 𝑚 ⋅ 𝑣 2 (1 − )
𝑚+𝑀
𝑚
𝑘 ⋅ 𝑥 2 = (2 ⋅ 𝑎 ⋅ (𝑑 − 𝐿) ⋅ 𝑚) ⋅ (1 − )
𝑚+𝑀

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 255


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𝑚(𝑑 − 𝐿) 1
𝑥 = √2 ⋅ 𝑎 ⋅ ⋅√ 𝑚
𝑘 1+𝑀

Note que se 𝑀 ≫ 𝑚, então 𝑥 é dado por:

𝑚(𝑑 − 𝐿)
𝑥 = √2 ⋅ 𝑎 ⋅
𝑘

𝟐𝒂𝒎(𝒅−𝑳) 𝟏
Gabarito: 𝒙 = √ ⋅√ 𝒎
𝒌 𝟏+
𝑴

(ITA – 2011)
Um objeto de massa 𝑚 é projetado no ar a 45° do chão horizontal com uma velocidade 𝑣. No ápice
de sua trajetória, este objeto é interceptado por um segundo objeto, de massa 𝑀 e velocidade 𝑉,
que havia sido projetado verticalmente do chão. Considerando que os dois objetos “se colam” e
desprezando qualquer tipo de resistência aos movimentos, determine a distância 𝑑 do ponto de
queda dos objetos em relação ao ponto de lançamento do segundo objeto.

Comentários:

No ponto mais alto de sua trajetória o corpo só tem velocidade horizontal, dessa forma, temos:

√2
𝑣𝐻 = 𝑣 ⋅
2
Observe que a colisão pode ocorrer quando 𝑀 está subindo ou descendo. No momento do choque
temos a seguinte configuração:

A altura máxima instante antes do choque é dada por Torricelli:

𝑣𝑓2 = 𝑣𝑖2 + 2 ⋅ 𝑎 ⋅ Δ𝑆

𝑣2
0 = 𝑣 2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛2 45° − 2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻 ⇒ 𝐻 =
4𝑔

⃗⃗ podemos conservar a quantidade de movimento na


Entretanto, nas duas possibilidades de 𝑉
horizontal:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 256


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⃗⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
𝑄 𝑥 ⃗⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
=𝑄 𝑥

𝑣√2 𝑚 ⋅ 𝑣 ⋅ √2
𝑚⋅ = (𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑣𝑓𝑥 ⇒ 𝑣𝑓𝑥 =
2 2(𝑚 + 𝑀)

Nova velocidade vertical após a colisão:

𝑀⋅𝑉
𝑀 ⋅ (±𝑉) = (𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑉𝑓𝑦 ⇒ 𝑉𝑓𝑦 = ±
(𝑀 + 𝑚)

Após a colisão, o tempo de queda em 𝑦 é dado por:

(𝑎 ⋅ 𝑡 2 ) 𝑔
𝑠 = 𝑠0 + 𝑣0 ⋅ 𝑡 + ⇒ 0 = 𝐻 + 𝑣𝑓𝑦 ⋅ 𝑡 − 𝑡 2
2 2
𝑔 2 𝑀⋅𝑉 𝑣2
𝑡 ∓ ⋅𝑡− =0
2 (𝑀 + 𝑚) 4𝑔

Aplicando a fórmula de Bhaskara, temos:

𝑀⋅𝑉 𝑀⋅𝑉 2 𝑔 𝑣2 𝑀 ⋅ 𝑉 2 𝑣2
± + √(𝑚 + 𝑀) − 4 ⋅ 2 ⋅ (− 4𝑔) ±
𝑀⋅𝑉
+ √(𝑚 + 𝑀) + 2
(𝑀 + 𝑚) (𝑀 + 𝑚)
𝑡1 = 𝑔 ⇒ 𝑡1 =
2⋅2 𝑔

𝑀⋅𝑉 𝑀⋅𝑉 2 𝑔 𝑣2 𝑀 ⋅ 𝑉 2 𝑣2
± − √(𝑚 + 𝑀) − 4 ⋅ 2 ⋅ (− 4𝑔) ±
𝑀⋅𝑉
− √(𝑚 + 𝑀) + 2
(𝑀 + 𝑚) (𝑀 + 𝑚)
𝑡2 = 𝑔 ⇒ 𝑡2 =
2⋅2 𝑔

Note que 𝑡2 é sempre menor que zero, portanto, não serve. Dessa forma, o tempo de queda é de:

𝑀⋅𝑉 √ 𝑀 ⋅ 𝑉 2 𝑣2
± + (𝑚 + 𝑀) + 2
(𝑀 + 𝑚)
𝑡𝑞 =
𝑔

Logo, a distância horizontal percorrida, enquanto o conjunto (𝑚 + 𝑀) cai, é de:

𝑑 = 𝑣𝑓𝑥 ⋅ 𝑡𝑞

𝑀⋅𝑉 𝑀 ⋅ 𝑉 2 𝑣2
𝑚 ⋅ 𝑣 ⋅ √2 ± + √(𝑚 + 𝑀) + 2
(𝑀 + 𝑚)
𝑑= ⋅
2(𝑚 + 𝑀) 𝑔
( )

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 257


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𝒎𝒗√𝟐 𝑴⋅𝑽 𝑴⋅𝑽 𝟐 𝒗𝟐


Gabarito: 𝒅 = 𝟐(𝑴+𝒎)𝒈 ⋅ (± 𝑴+𝒎 + √(𝒎+𝑴) + ) o sinal positivo indica o caso de colisão quando M
𝟐

está subindo e o sinal negativo quando M está descendo.

(3ª fase OBF – 2010)


Uma massa 𝑚1 , com velocidade inicial 𝑉0, atinge um sistema massa-mola,cuja massa é 𝑚2 ,
inicialmente em repouso, mas livre para se movimentar. A mola é ideal e possui constante elástica
𝑘, conforme a figura. Não há atrito com o soio.

a) Qual é a compressão máxima da mola?


b) Se, após um longo tempo, ambos os objetos, se deslocam na mesma direção, qual serão as
velocidades finais 𝑉1 e 𝑉2 das massas 𝑚1 e 𝑚2 , respectivamente?

Comentários:

a) O corpo 𝑚1 , ao entrar em contato com a mola pela primeira vez, se aproxima de 𝑚2 , variando a
quantidade de movimento do segundo por estar empurrando a mola, até o momento em que eles
possuem velocidade relativa igual a zero, ou seja, momento em que a mola para de comprimir.

Sendo assim, pela conservação da quantidade de movimento podemos calcular as velocidades


nesse ponto:
𝑚1 ⋅𝑣0
𝑚1 ⋅ 𝑣0 = 𝑣( 𝑚1 + 𝑚2 ) ⇒ 𝑣 = ( 𝑚1 +𝑚2 )

Ademais, como o sistema é conservativo, podemos conservar a energia do instante inicial (antes
da colisão), até o instante em que as velocidades se igualam:

( 𝑚1 + 𝑚2 )𝑣 2 𝑘 ⋅ 𝑥 2 𝑚1 𝑣0 2
+ = ⇒
2 2 2
𝑚12 ⋅ 𝑣02
⇒ + 𝑘 ⋅ 𝑥 2 = 𝑚1 𝑣0 2
(𝑚1 + 𝑚2 )

𝑚1 ⋅ 𝑚2
𝑥 = 𝑣0 √
𝑘(𝑚1 + 𝑚2 )

b) Como o sistema é conservativo, podemos considerar a colisão sendo uma colisão elástica, e, portanto,
com coeficiente de restituição igual a 1.

Conservação da quantidade de movimento:

𝑚1 ⋅ 𝑣0 = 𝑚1 ⋅ 𝑣1 + 𝑚2 ⋅ 𝑣2

Coeficiente de restituição:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 258


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𝑣2 − 𝑣1
= 1
𝑣0

Observe que temos um sistema simples de duas equações e duas incógnitas, cuja solução será
dada por:

2𝑚1 ⋅ 𝑣0
𝑣2 =
(𝑚1 + 𝑚2 )

(𝑚1 − 𝑚2)𝑣0
𝑣1 =
(𝑚1 + 𝑚2 )
(𝒎𝟏−𝒎𝟐)𝒗𝟎 𝟐𝒎𝟏 ⋅𝒗𝟎
Gabarito: a) 𝒗𝟏 = (𝒎𝟏 +𝒎𝟐 )
b) 𝒗𝟐 = (𝒎
𝟏 +𝒎𝟐 )

(3ª fase OBF – 2010)


Dois pêndulos de mesmo comprimento 𝐿 são montados de acordo com o diagrama a seguir. Num
instante 𝑡 = 0 o pêndulo de massa 𝑀 é posicionado a uma altura ℎ com relação à horizontal e o
pêndulo de massa m permanece em repouso na vertical.

Ao ser liberada a massa 𝑀 inicia o movimento colidindo com a massa 𝑚 (𝑀 > 𝑚) (desconsidere
todos os efeitos devido a quaisquer tipos de atrito neste sistema).
a) Determine a altura máxima que as massas 𝑀 e 𝑚 atingem após a colisão com relação à horizontal.
Use 𝑔 para a aceleração gravitacional local.
b) Qual será o tempo necessário, após a primeira colisão entre as massas, para que as massas voltem
a colidir novamente?

Comentários:

a) A energia se conserva e, assim, podemos encontrar a velocidade de 𝑀 imediatamente antes da colisão:

𝑀𝑣 2
𝑀𝑔ℎ = ⇒ 𝑣 = √2𝑔ℎ
2
Na colisão a quantidade de movimento se conserva:

𝑀𝑣 = 𝑚𝑢 + 𝑀𝑤

Considerando 𝑒 = 1:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 259


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𝑣 =𝑢−𝑤

Assim:

(𝑀 − 𝑚)𝑣
𝑀𝑣 = 𝑚𝑣 + 𝑚𝑤 + 𝑀𝑤 ⇒ 𝑤 =
(𝑀 + 𝑚)

(𝑀 − 𝑚)𝑣 2𝑀𝑣
⇒𝑢 =𝑣+𝑤 =𝑣+ =
(𝑀 + 𝑚) (𝑀 + 𝑚)

Conservando a energia, encontramos a altura máxima atingida pelas massas:


2
𝑀𝑤 2 𝑤2 1 (𝑀 − 𝑚)𝑣
𝑀𝑔ℎ𝑀 = ⇒ ℎ𝑀 = = ∙( )
2 2𝑔 2𝑔 (𝑀 + 𝑚)

𝑚𝑢2 𝑢2 1 2𝑀𝑣 2
𝑚𝑔ℎ𝑚 = ⇒ ℎ𝑚 = = ∙( )
2 2𝑔 2𝑔 (𝑀 + 𝑚)

b) O período de um pêndulo é dado por:

𝐿
𝑇 = 2𝜋√
𝑔

𝑇
O tempo para que as massas voltem a colidir é 2 . Portanto:

𝐿
𝑡 =𝜋∙√
𝑔

𝟏 (𝑴−𝒎)𝒗 𝟐 𝟏 𝟐𝑴𝒗 𝟐 𝑳
Gabarito: a) 𝒉𝑴 = 𝟐𝒈 ∙ ( (𝑴+𝒎) ) e 𝒉𝒎 = 𝟐𝒈 ∙ ((𝑴+𝒎)) b) 𝝅 ∙ √𝒈

(3ª fase OBF – 2013)


Com base na figura, as duas esferas à direita estão inicialmente em repouso e esfera da esquerda
incide sobre a do centro com velocidade 𝑣0 . Supondo que as colisões sejam frontais e elásticas,
mostre que se 𝑚1 ≥ 𝑚2 há duas colisões 𝑚1 < 𝑚2 há três colisões.

Comentários:

A esfera de massa 𝑚1 colide com a outra esfera de massa 𝑚1 (𝑐𝑜𝑙𝑖𝑠ã𝑜 1):

𝑚1 ⋅ 𝑣0 = 𝑚1 (𝑣 ′ + 𝑣 ′′ ) ⇒ 𝑣0 = 𝑣 ′ + 𝑣 ′′ (𝑖)

A colisão é elástica:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 260


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𝑣 ′′ − 𝑣 ′
𝑒= = 1 ⇒ 𝑣 ′′ − 𝑣 ′ = 𝑣0 (𝑖𝑖)
𝑣0

De (i) e (ii), concluímos que:

𝑣 ′′ = 𝑣0 e 𝑣 ′ = 0 𝑚/𝑠

A segunda esfera de massa 𝑚1 colide com a esfera de massa 𝑚2 (colisão 2):

𝑚1 ⋅ 𝑣0 = 𝑚1 ⋅ 𝑣 + 𝑚2 ⋅ 𝑣2 (𝑖𝑖𝑖)

A colisão novamente é elástica:


𝑣2 − 𝑣
𝑒= =1
𝑣0

𝑚1 ⋅ 𝑣0 = 𝑚1 ⋅ 𝑣2 − 𝑚1 ⋅ 𝑣 (𝑖𝑣)

De (𝑖𝑖𝑖) e (𝑖𝑣), podemos chegar ao valor de 𝑣2 e 𝑣:

2𝑚1 ⋅ 𝑣0
𝑣2 =
(𝑚1 + 𝑚2 )

(𝑚1 − 𝑚2 ) ⋅ 𝑣0
𝑣 =
(𝑚1 + 𝑚2 )

Observe que se 𝑚1 ≥ 𝑚2, 𝑣 é nulo ou 𝑣 tem o mesmo sentido e direção de 𝑣2 só que possui um
menor módulo; assim, tem-se que só existirão duas colisões. Entretanto, se 𝑚1 < 𝑚2 , 𝑣 passar a ser
menor do que 0, e assume o sentido contrário fazendo com que esta colida com a massa 𝑚1 que antes
estava parada, totalizando para este caso 3 colisões.

Gabarito: demonstração

(3ª fase OBF – 2007)


Um projétil de massa 𝑚 = 0,1 𝑘𝑔 é lançado a um ângulo de 30° com a horizontal e com uma
velocidade de 500 𝑚/𝑠. No ponto mais alto da trajetória ele explode em dois fragmentos iguais, 𝐴
e 𝐵. Suponha que o fragmento 𝐵, imediatamente após a explosão, cai verticalmente a partir do
repouso.
a) A que distância do ponto de lançamento cai o fragmento 𝐴, supondo-se o solo horizontal?
b) Calcule a diferença entre a energia mecânica do sistema, imediatamente após e imediatamente
antes da explosão.

Comentários:

a) Inicialmente, vamos fazer um desenho esquemático da granada explodindo no ponto mais alto da
trajetória:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 261


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No ponto mais alto da trajetória, a velocidade vertical do corpo é nula, e, como a velocidade
horizontal é constante, temos que:

𝑣 = 500 ⋅ cos 30° = 250√3 𝑚/𝑠

Como a explosão acontece devido a forças internas, a quantidade de movimento do sistema se


conserva:

2 ⋅ 𝑚 ∙ 𝑣 = 𝑚⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣2𝑥

⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣2𝑥 = 500√3 𝑚/𝑠

Dado que a velocidade em 𝑦 era zero antes da explosão e que o corpo 1 cai em queda livre, temos,
pela conservação da quantidade de movimento no eixo 𝑦, que:

𝑣
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
2𝑦 = 0 𝑚/𝑠

Assim, podemos calcular a distância atingida pelo corpo a partir da altura do ponto máximo e do
tempo de queda:

⃗⃗⃗⃗⃗| 2
[|𝑣 0 ∙ 𝑠𝑒𝑛(30)]
𝐻 = = 3125 𝑚
2∙𝑔

2𝐻
𝑇𝑞(𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑞𝑢𝑒𝑑𝑎) = √ = 25 𝑠
𝑔

𝑑1
|𝑣
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
2𝑥 | = → 𝑑1 = 12500√3 𝑚
25
Distância percorrida até atingir o ponto de altura máxima:

𝑑2 = 𝑣 ∙ 𝑇𝑞 = 6250√3 𝑚

Logo, a distância que o corpo 2(A) cai do ponto de lançamento é dado por:

𝑑2 + 𝑑1 = 18750√3 𝑚

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 262


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b) Primeiramente concluímos que a energia potencial gravitacional do sistema não varia, logo, a subtração
das energias potenciais antes e depois se anulam.

Logo, a variação de energia do sistema será dada pela variação da energia cinética do sistema:
2
2𝑚 ⋅ 𝑣 2 𝑚 ⋅ 𝑣2𝑥
𝛥𝐸 = | − | = 9375𝐽
2 2

Gabarito: a) 𝟏𝟖𝟕𝟓𝟎√𝟑 𝒎 b) 𝚫𝑬𝑴 = 𝟗𝟑𝟕𝟓 𝑱

(3ª fase OBF – 2006)


O canhão mostrado dispara uma granada de massa 𝑚 = 6,00 𝑘𝑔 da posição 𝑂(𝑥𝑂 ; 𝑦𝑂 ) (0 𝑚; 0 𝑚)
que atinge seu ponto mais alto na posição 𝑃(𝑥𝑃 ; 𝑦𝑃 ) de coordenadas (3000 𝑚; 1125 𝑚).
Decorridos 20,0 𝑠 após o disparo, a granada explode e seus fragmentos “a" e “b” de massas iguais
a 𝑚𝑎 = 2,00 𝑘𝑔 e 𝑚𝑏 = 4,00 𝑘𝑔, respectivamente, caem segundo trajetórias coplanares à
trajetória anterior à explosão. Despreze a resistência do ar e calcule:
a) o valor das coordenadas do ponto de explosão:
b) as coordenadas de posição 𝐴(𝑥𝐴 ; 𝑦𝐴 ) do fragmento “a” no instante em que o fragmento “b”, 1,0
segundo após a explosão, toca o solo em um ponto 𝐵(𝑥𝐵 ; 𝑦𝐵 ), cuja posição é dada pelas
coordenadas (3000 𝑚; 300 𝑚);
c) o valor, em 𝑁, da força 𝐹 da explosão, constante, de duração 1 𝑚𝑠 e que atuou no fragmento 𝐴.
(deixar indicada a raiz quadrada)

Comentários:

a) Após ser disparada pelo canhão, a granada descreve uma trajetória parabólica.

No eixo 𝑥, temos:

𝑥 = 𝑣0 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝜃 ∙ 𝑡

𝑣𝑥 = 𝑣0 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝜃

No eixo 𝑦, temos:

𝑔𝑡 2
𝑦 = 𝑣0 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝜃 ∙ 𝑡 −
2
𝑣𝑦 = 𝑣0 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝜃 − 𝑔𝑡

No ponto mais alto, a velocidade em 𝑦 é zero:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 263


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𝑣0 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝜃
𝑣𝑦 = 0 ⇒ 𝑡 =
𝑔

Sabendo que as coordenadas do ponto P são (3000 𝑚, 1125 𝑚), temos:


2
𝑣𝑜𝑦 = 2𝑔 ∙ 𝑦𝑝 ⇒ 𝑣𝑜𝑦 = 150 𝑚/𝑠

Assim:

𝑣0𝑦 150
𝑡𝑠 = = ⇒ 𝑡𝑠 = 15𝑠
𝑔 10

Com isso, podemos calcular a velocidade horizontal da granada antes da explosão:

𝑥𝑃 = 𝑣0𝑥 ∙ 𝑡𝑠 ⇒ 3000 = 𝑣0𝑥 ⋅ 15

⇒ 𝑣𝑜𝑥 = 200 𝑚/𝑠

Agora podemos calcular a posição no instante da explosão:

𝑥 = 200 ∙ 20 = 4000𝑚

𝑦 = 150 ∙ 20 − 5 ∙ 20 ∙ 20 = 1000𝑚

(𝑥, 𝑦) = (4000, 1000)

b) Cálculo da posição do centro de massa (CM) do sistema 1 segundo após o instante da explosão (𝑡 =
21 𝑠):

𝑥 = 200 ∙ 21 = 4200𝑚

𝑦 = 150 ∙ 21 − 5 ∙ 21 ∙ 21 = 945𝑚

Podemos calcular a posição do fragmento A:

𝑚𝐴 𝑥𝐴 + 𝑚𝐵 𝑥𝐵
𝑥𝐶𝑀 = = 6600𝑚
𝑚𝐴 + 𝑚𝐵
𝑚𝐴 𝑦𝐴 + 𝑚𝐵 𝑦𝐵
𝑦𝐶𝑀 = = 2235𝑚
𝑚𝐴 + 𝑚𝐵

c) Velocidade da granada imediatamente antes da explosão:

𝑣𝑥 = 200 𝑚/𝑠

𝑣𝑦 = 150 − 10 ∙ 20 = −50 𝑚/𝑠

Para calcular a velocidade do fragmento A imediatamente após a explosão, usaremos o ponto


encontrado no item anterior (t=21s):

6600 = 4000 + 𝑣𝐴𝑥 ∙ 1 ⇒ 𝑣𝐴𝑥 = 2600 𝑚/𝑠

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 264


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2235 = 1000 + 𝑣𝐴𝑦 ∙ 1 − 5 ∙ 12 ⇒ 𝑣𝐴𝑦 = 1240 𝑚/𝑠

Podemos calcular a Força através da variação na quantidade de movimento:

𝐹𝑥 ∙ ∆𝑡 = 𝑄𝐴𝑓,𝑥 − 𝑄𝐴𝑖,𝑥 = 2 ∙ 2600 − 2 ∙ 200 = 4800

∆𝑇 = 1𝑠 ⇒ 𝐹𝑥 = 4800 𝑁

𝐹𝑦 ∙ ∆𝑡 = 𝑄𝐴𝑓,𝑦 − 𝑄𝐴𝑖,𝑦 = 2 ∙ 1240 + 2 ∙ 50 = 2580

∆𝑇 = 1𝑠 ⇒ 𝐹𝑥 = 2580 𝑁

Assim:

𝐹𝑅2 = 𝐹𝑥2 + 𝐹𝑦2 ⇒ 𝐹𝑅2 = 4800 ∙ 4800 + 2580 ∙ 2580 = 29696400

𝐹𝑅 = √29696400 𝑁

Gabarito: a) 𝒙 = 𝟒𝟎𝟎𝟎 𝒎 e 𝒚 = 𝟏𝟎𝟎𝟎 𝒎 b) 𝒙 = 𝟔𝟔𝟎𝟎 𝒎 e 𝒚 = 𝟐𝟐𝟑𝟓 𝒎 c) √𝟐𝟗𝟔𝟗𝟔𝟒𝟎𝟎 𝒌𝑵

(IME – 2004)
Um tanque de guerra de massa 𝑀 se desloca com velocidade constante 𝑣0 . Um atirador dispara um
foguete frontalmente contra o veículo quando a distância entre eles é 𝐷. O foguete de massa 𝑚 e
velocidade constante 𝑣𝑓 colide com o tanque, alojando-se em seu interior. Neste instante o
motorista freia com uma aceleração de módulo 𝑎. Determine:
1. o tempo 𝑡 transcorrido entre o instante em que o motorista pisa no freio e o instante em que o
veículo para;
2. a distância a que, ao parar, o veículo estará do local de onde o foguete foi disparado.

Comentários:

Inicialmente, vamos aplicar a conservação da quantidade de movimento para a colisão do foguete


com o tanque:

𝑀 ⋅ 𝑣0 − 𝑚 ⋅ 𝑣𝑓
𝑄𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑄𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⇒ 𝑀 ⋅ 𝑣0 − 𝑚 ⋅ 𝑣𝑓 = (𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑢 ⇒ 𝑢 =
𝑀+𝑚

Em que adotamos como eixo de referência orientação no sentido do deslocamento do tanque.

Após a colisão, vamos calcular o tempo que o veículo leva até parar:

𝑀 ⋅ 𝑣0 − 𝑚 ⋅ 𝑣𝑓
𝑢𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑢 + 𝑎 ⋅ 𝑡 ⇒ 0 = 𝑢 − 𝑎 ⋅ 𝑡 ⇒ 𝑡 =
(𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑎

Até atingir o veículo, o foguete percorre uma distância 𝑑𝑓 :

𝑑𝑓 = 𝑣𝑓 ⋅ Δ𝑡𝑓

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 265


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Note que o tempo que foguete leva para atingir o veículo (Δ𝑡𝑓 ) pode ser dado pela velocidade
relativa e a distância relativa entre eles:

Δ𝑠𝑟𝑒𝑙 𝐷
Δ𝑡𝑓 = =
𝑣𝑟𝑒𝑙 𝑣0 + 𝑣𝑓

Então:

𝐷
𝑑𝑓 = 𝑣𝑓 ⋅
𝑣0 + 𝑣𝑓

Por outro lado, a distância 𝑑𝑓+𝑇 percorrida até o conjunto parar é de:

𝑢2 1 𝑀 ⋅ 𝑣0 − 𝑚 ⋅ 𝑣𝑓 2
02 = 𝑢2 − 2 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑑𝑓+𝑇 ⇒ 𝑑𝑓+𝑇 = = ( )
2𝑎 2𝑎 𝑀+𝑚
Portanto, a distância do veículo quando ele para até a posição do disparo é de:

𝑑 = |𝑑𝑓 − 𝑑𝑓+𝑇 |

𝐷 1 𝑀 ⋅ 𝑣0 − 𝑚 ⋅ 𝑣𝑓 2
𝑑 = |𝑣𝑓 ⋅ − ⋅( ) |
𝑣0 + 𝑣𝑓 2𝑎 𝑀+𝑚

Se considerarmos que a quantidade de movimento do foguete é maior que a do veículo, vemos


que após o choque, o tanque deverá recuar e a distância será dada por:

𝐷 1 𝑀 ⋅ 𝑣0 − 𝑚 ⋅ 𝑣𝑓 2
𝑑 = 𝑣𝑓 ⋅ + ⋅( )
𝑣0 + 𝑣𝑓 2𝑎 𝑀+𝑚

𝟐
𝑴𝒗𝟎 −𝒎𝒗𝒇 𝑫𝒗𝟎 (𝑴𝒗𝟎 −𝒎𝒗𝒇 )
Gabarito: 1. 𝒕 = 2. 𝒅 = 𝒗 +
(𝑴+𝒎)𝒂 𝟎 +𝒗𝒇 𝟐𝒂(𝑴+𝒎)𝟐

(IME – 2007)
Um pêndulo com comprimento 𝐿 = 1 𝑚, inicialmente em repouso, sustenta uma partícula com
massa 𝑚 = 1 𝑘𝑔. Uma segunda partícula com massa 𝑀 = 1 𝑘𝑔 movimenta-se na direção horizontal
com velocidade constante 𝑣0 até realizar um choque perfeitamente inelástico com a primeira. Em
função do choque, o pêndulo entra em movimento e atinge um obstáculo, conforme ilustrado na
figura. Observa-se que a maior altura alcançada pela partícula sustentada pelo pêndulo é a mesma
do ponto inferior do obstáculo. O fio pendular possui massa desprezível e permanece sempre
esticado. Considerando a aceleração da gravidade 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 e a resistência do ar desprezível,
determine:
a. a velocidade 𝑣0 da partícula com massa 𝑀 antes do choque;
b. a força que o fio exerce sobre a partícula de massa 𝑚 imediatamente após o fio bater no
obstáculo.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 266


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Comentários:

Nesse problema, temos quatro momentos cruciais para a sua resolução:

Entre 2 e 4, podemos conservar a energia mecânica:

(𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑣 2
= (𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑔 ⋅ 0,8𝐿 ⇒ 𝑣 2 = 2 ⋅ 10 ⋅ 0,8 ⋅ 1 ⇒ 𝑣 = 4 𝑚/𝑠
2
Entre 1 e 2 temos uma colisão inelástica:

𝑀 ⋅ 𝑣0 = (𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑣 ⇒ 𝑣0 = 2 ⋅ 𝑣 ⇒ 𝑣0 = 8 𝑚/𝑠

Logo após o choque com o obstáculo, temos:

Aplicando a segunda lei de Newton, vem:

𝑅𝑐𝑝 = (𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑎𝑐𝑝

𝑢2
⇒ 𝑇 − 𝑃 ⋅ cos 60° = (𝑚 + 𝑀) ⋅
𝐿−𝑥

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 267


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1 𝑢2
⇒ 𝑇 − 20 ⋅ = 2⋅ (𝑒𝑞. 1)
2 𝐿−𝑥

Da geometria em 3, podemos escrever que:

0,2𝐿
cos 60° = ⇒ 𝑥 = 0,4 𝐿 ⇒ 𝐿 − 𝑥 = 0,6 𝑚 (𝑒𝑞. 2)
𝑥
Para determinar a velocidade 𝑢, basta conservar a energia mecânica entre 2 e 3:

(𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑣 2 (𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑢2
= + (𝑚 + 𝑀) ⋅ 𝑔 ⋅ 0,5𝐿
2 2

42 = 𝑢2 + 10 ⋅ 1 ⇒ 𝑢2 = 6 (𝑒𝑞. 3)

Substituindo (2) e (3) em (1), temos:

1 6
𝑇 − 20 ⋅ =2⋅ ⇒ 𝑇 = 30 𝑁
2 0,6

Gabarito: 30 N

(IME – 2019)

Alguns animais têm mecanismos de defesa muito curiosos. Os besouros-bombardeiros, por


exemplo, são insetos que disparam jatos de uma substância superquente pelos seus traseiros
quando se sentem ameaçados. Seus corpos são equipados com duas glândulas nas extremidades de
seus abdomens e essas estruturas contêm diferentes substâncias químicas. Quando os insetos são
provocados, essas substâncias são combinadas em uma câmera de reação e são produzidas
explosões na forma de um intenso jato – aquecido de 20 °C para 100 °C pelo calor da reação – para
afugentar suas presas. A pressão elevada permite que o composto seja lançado para fora com
velocidade de 240 cm/s. uma formiga se aproxima do besouro, pela retaguarda deste e em linha
reta, a uma velocidade média de 0,20 𝑐𝑚/𝑠 e o besouro permanece parado com seu traseiro a uma
distância de 1𝑚𝑚 do chão. Quando pressente o inimigo, o besouro lança o jato em direção à
formiga.
Determine:
A) O calor latente da reação das substâncias, em J/kg;
B) O rendimento da máquina térmica, representa pelo besouro;
C) A distância mínima, em cm, entre os insetos, para que o jato do besouro atinja a formiga; e
D) A velocidade, em cm/s, que a formiga adquire ao ser atingida pelo jato do besouro (assumindo
que todo líquido fique impregnado na formiga)

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 268


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Dados:
J
Calores específicos das substâncias e do líquido borrifado: 𝑐 = 4,19 ⋅ 103 kg⋅K;

 Massa da formiga: 𝑚𝑓𝑜𝑟𝑚𝑖𝑔𝑎 = 6,0 𝑚𝑔;


 Massa do besouro: 𝑚𝑏𝑒𝑠𝑜𝑢𝑟𝑜 = 290 𝑚𝑔;
 Massa do jato: 𝑚𝑗𝑎𝑡𝑜 = 0,30 𝑚𝑔:
 Velocidade média da formiga: 𝑣𝑓𝑜𝑟𝑚𝑖𝑔𝑎 = 0,20 𝑐𝑚/𝑠; e
 Aceleração da gravidade: 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .

Comentários:

a) Considerando que toda massa das substâncias reage e que seu produto seja ejetado sob a forma do
jato, podemos dizer que toda energia da reação foi utilizada para aquecer o jato e fornecer a ele uma
energia cinética. Matematicamente, temos que:

(𝑄𝐿 )𝑠𝑢𝑏𝑠 = 𝑄𝑗𝑎𝑡𝑜 + (𝐸𝐶 )𝑗𝑎𝑡𝑜

𝑚𝑗𝑎𝑡𝑜 𝑣 2
𝑚𝑠𝑢𝑏𝑠 ⋅ 𝐿𝑠𝑢𝑏𝑠 = 𝑚𝑗𝑎𝑡𝑜 ⋅ 𝑐 ⋅ Δ𝜃 +
2
𝑚𝑠𝑢𝑏𝑠 = 𝑚𝑗𝑎𝑡𝑜

𝑣2
𝐿𝑠𝑢𝑏𝑠 = 𝑐 ⋅ Δ𝜃 +
2
2,42
𝐿𝑠𝑢𝑏𝑠 = 4,19 ⋅ 103 ⋅ (100 − 20) +
2

𝐿𝑠𝑢𝑏𝑠 ≅ 3,35 ⋅ 105 J/kg

𝑣2
Note que a parcela é praticamente desprezível.
2

b) O calor fornecido para que a reação ocorra é dado por:

𝑄 = 𝑚𝑗𝑎𝑡𝑜 ⋅ 𝐿

𝑄 = (0,30 ⋅ 10−6 ) ⋅ (3,35 ⋅ 105 )

𝑄 = 1,0056 ⋅ 10−1 J

Trabalho realizado na reação pode ser determinado pelas energias cinéticas do besouro e do jato.
Para o besouro, podemos conservar a quantidade de movimento, para que possamos relacionar a
velocidade do besouro com a saída do jato.

(290 − 30) ⋅ 10−6 𝑣𝑏𝑒𝑠𝑜𝑢𝑟𝑜 = 0,3 ⋅ 10−6 𝑣𝑗𝑎𝑡𝑜

𝑣𝑏𝑒𝑠𝑜𝑢𝑟𝑜 = 0,25 𝑐𝑚/𝑠

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 269


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Portanto:

1 2
1 2
𝑊𝑟𝑒𝑎çã𝑜 = 𝑚𝑗𝑎𝑡𝑜 𝑣𝑗𝑎𝑡𝑜 + (𝑚𝑏𝑒𝑠𝑜𝑢𝑟𝑜 − 𝑚𝑗𝑎𝑡𝑜 )𝑣𝑏𝑒𝑠𝑜𝑢𝑟𝑜
2 2

1 −6 (2,4)2
1 1 2
𝑊𝑟𝑒𝑎çã𝑜 = ⋅ 0,30 ⋅ 10 ⋅ + ⋅ 289,7 ⋅ 10 ⋅ ( ) ⋅ 10−4
−6
2 2 4

𝑊𝑟𝑒𝑎çã𝑜 = 0,864 ⋅ 10−6 J

Assim, o rendimento da máquina pode ser escrito como:

𝑊𝑟𝑒𝑎çã𝑜 0,864 ⋅ 10−6


𝜂= = ∴ 𝜂 = 0,00086 %
𝑄 1,0056 ⋅ 10−1

c) Para um lançamento horizontal, lembrando que a formiga também caminha aproxima com velocidade
de 0,2 𝑐𝑚/𝑠 (𝑣𝑟𝑒𝑙 = 𝑣0 + 𝑣0𝑓𝑜𝑟𝑚𝑖𝑔𝑎 = 240 + 0,2 = 240,2 𝑐𝑚/𝑠), temos que:

𝑥 = 𝑣𝑟𝑒𝑙 ⋅ 𝑡
𝑔 2
{ 1 2 ⇒ 𝑦 = 2 ⋅𝑥
𝑦 = ⋅𝑔⋅𝑡 2𝑣𝑟𝑒𝑙
2
10
1 ⋅ 10−3 = ⋅ 𝐷2
2(240 + 0,2)2

𝐷 = 3,39 𝑐𝑚

d) Assumindo uma colisão inelástica do jato com a formiga, podemos escrever que:

𝑄𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑄𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

𝑚𝑗𝑎𝑡𝑜 ⋅ 𝑣𝑗𝑎𝑡𝑜 − 𝑚𝑓𝑜𝑟𝑚𝑖𝑔𝑎 ⋅ 𝑣𝑓𝑜𝑟𝑚𝑖𝑔𝑎 = (𝑚𝑗𝑎𝑡𝑜 + 𝑚𝑓𝑜𝑟𝑚𝑖𝑔𝑎 ) ⋅ 𝑣𝑓

0,3 ⋅ 10−6 ⋅ 240 − 6,0 ⋅ 10−6 ⋅ 0,2 = 6,3 ⋅ 10−6 ⋅ 𝑣𝑓

𝑣𝑓 = 1,24 𝑐𝑚/𝑠

Gabarito: a) 𝟑, 𝟑𝟓 ⋅ 𝟏𝟎𝟓 𝑱/𝒌𝒈 b) 𝟖, 𝟓𝟗 ⋅ 𝟏𝟎−𝟔 c) 𝟑, 𝟑𝟗 𝒄𝒎 d) 𝟏𝟏, 𝟐𝟒 𝒄𝒎/𝒔

(IME – 2021)

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 270


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“Espaço: a fronteira final.” Certa vez, essa conhecida nave interplanetária teve seu disco defletor
destruído e entrou, logo em seguida, em movimento. Sabe-se que o disco defletor tem a
funcionalidade de desviar qualquer partícula espacial que, mesmo que pequena, em altas
velocidades, poderia destruir a nave.
Considere uma outra nave espacial, de menor porte, que tenha sofrido o mesmo dano em seu disco
defletor e seja obrigada a usar o escudo de força para se proteger. Seu escudo, ao invés de repelir,
absorve a massa das partículas espaciais, como em choques perfeitamente inelásticos. O excesso
de energia cinética, após cada choque, é dissipado pelo escudo, mas qualquer carga elétrica
encontrada permanece no escudo, deixando-o carregado. A nave resolve se dirigir para o planeta
ocupado mais próximo, para sofrer reparos. Por conta dos danos, só foi possível gerar uma
velocidade inicial 𝑣0 de 8% da velocidade da luz e seus motores foram desligados até o momento
de entrar em órbita. Durante o percurso, a nave encontra uma nuvem de partículas eletricamente
carregadas, realizando um trajeto retilíneo de comprimento L. Em média, uma partícula por
quilômetro é encontrada pela nave. Essa nuvem localiza-se em uma região distante de qualquer
influência gravitacional. Sabe-se que a nave permanecerá em uma órbita equatorial ao redor do
planeta, cujo campo magnético apresenta intensidade uniforme, no sentido do polo norte (N) para
o polo Sul (S).
Dados:
Nave: massa inicial 𝑚0 = 300 𝑡𝑜𝑛𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎𝑠 e carga inicial 𝑞0 nula;
Partículas: massa média 𝑚 = 100 𝑚𝑔 e carga elétrica média 𝑞 = 715 𝜇𝐶;
Planeta: massa 𝑀 = 6,3 ⋅ 1024 𝑘𝑔, raio 𝑅 = 7000 𝑘𝑚 e intensidade do campo magnético 𝐵 = 5 ⋅
10−5 𝑇.
Constante da gravitação universal: 𝐺 = 6,67 ⋅ 10−11 𝑁 ⋅ 𝑚2 ⋅ 𝑘𝑔−2 ;
Velocidade da luz: 𝑐 = 3 ⋅ 108 𝑚/𝑠; e
Comprimento da nuvem: 7,5 ⋅ 108 𝑘𝑚.
Observação: despreze a intensidade da força de repulsão entre as cargas de mesmo sinal.
Diante do exposto, pede-se a:
a) a velocidade final da nave logo após o último choque.
b) energia máxima dissipada pelo escudo em um único choque; e
c) velocidade mínima da nave para manter uma órbita de altura 𝐻 = 35 ⋅ 103 km acima da
superfície do planeta.

Comentários:

a) Primeiramente, iremos calcular o número de partículas que colidem com a nave:

1 𝑝𝑎𝑟𝑡í𝑐𝑢𝑙𝑎 𝑁 𝑝𝑎𝑟𝑡í𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠
=
1 𝑘𝑚 7,5 ⋅ 108 𝑘𝑚

𝑁 = 7,5 ⋅ 108 𝑝𝑎𝑟𝑡í𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠

Podemos conservar o momento linear do instante inicial até o instante final. Chamaremos a massa
inicial da nave de 𝑚0 e a massa de cada partícula de Δ𝑚. Assim, temos:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 271


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𝑚0 ⋅ 𝑣0 = (𝑚0 + 𝑁 ⋅ Δ𝑚) ⋅ 𝑣𝑛

300 ⋅ 103 ⋅ 0,08 ⋅ 3 ⋅ 108 = (300 ⋅ 10³ + 7,5 ⋅ 108 ⋅ 10−4 )

𝑣0 = 1,92 ⋅ 107 𝑚/𝑠

b) Considere dois choques consecutivos. O choque número (N) e o choque número (N+1). As velocidade
são:
𝑚0 ⋅ 𝑣0
𝑣𝑁 =
𝑚0 + 𝑁 ⋅ Δ𝑚
𝑚0 ⋅ 𝑣0
𝑣𝑁+1 =
𝑚0 + (𝑁 + 1) ⋅ Δ𝑚

A energia dissipada no choque é dado por:


2
𝑚𝑛+1 ⋅ 𝑣𝑛+1 𝑚𝑛 ⋅ 𝑣𝑛 ²
Δ𝐸 = −
2 2
(𝑚0 + (𝑁 + 1) ⋅ Δ𝑚) ⋅ 𝑚0 ² ⋅ 𝑣0 ² (𝑚0 + 𝑁 ⋅ Δ𝑚) ⋅ 𝑚0 ² ⋅ 𝑣0 ²
Δ𝐸 = −
2 ⋅ (𝑚0 + (𝑁 + 1) ⋅ Δ𝑚)2 2 ⋅ (𝑚0 + 𝑁 ⋅ Δ𝑚)2

𝑚02 ⋅ 𝑣02 1 1
Δ𝐸 = ( − )
2 𝑚0 + (𝑁 + 1) ⋅ Δ𝑚 𝑚0 + 𝑁 ⋅ Δ𝑚

𝑚02 ⋅ 𝑣02 ⋅ Δ𝑚
Δ𝐸 = −
2 ⋅ (𝑚0 + (𝑁 + 1) ⋅ Δ𝑚) ⋅ (𝑚0 + 𝑁 ⋅ Δ𝑚)

Quanto menor o valor de N, maior será a dissipação de energia. Dessa maneira, a maior dissipação
ocorre para a primeira interação. Ou seja, 𝑁 = 0.

𝑚0 ⋅ 𝑣02 ⋅ Δ𝑚
Δ𝐸(𝑚á𝑥) = −
2 ⋅ (𝑚0 + Δ𝑚)

Substituindo os valores, temos:

300 ⋅ 103 ⋅ (0,08 ⋅ 3 ⋅ 108 )² ⋅ 10−4


Δ𝐸(𝑚á𝑥) = −
2 ⋅ (300 ⋅ 103 + 10−4 )

Δ𝐸(𝑚á𝑥) = −2,88 ⋅ 1010 𝐽

c) A menor velocidade será quanto a nave percorrer o planeta no sentido horário.

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 272


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Aplicando a resultante centrípeta, temos:

𝑚𝑣 2
= 𝐹𝑔𝑟𝑎𝑣𝑖𝑡𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 − 𝐹𝑚𝑎𝑔𝑛é𝑡𝑖𝑐𝑎
𝑅+ℎ
𝑚𝑣 2 𝐺𝑀𝑚
= −𝑞⋅𝑣⋅𝐵
𝑅 + ℎ (𝑅 + ℎ)²

(37,5 ⋅ 104 ) ⋅ 𝑣 2 6.6 ⋅ 10−11 ⋅ 6.3 ⋅ 1024 ⋅ (37,5 ⋅ 104 )


= − 7,5 ⋅ 108 ⋅ 715 ⋅ 10−6 ⋅ 𝑣 ⋅ 5 ⋅ 10−5
42 ⋅ 106 (42 ⋅ 106 )²

Chegamos na seguinte equação:

𝑣 2 + 3000𝑣 − 107 = 0

𝑣 = 2000 𝑚/𝑠

Gabarito: a) 𝒗𝟎 = 𝟏, 𝟗𝟐 ⋅ 𝟏𝟎𝟕 𝒎/𝒔 ; b) −𝟐, 𝟖𝟖 ⋅ 𝟏𝟎𝟏𝟎 𝑱 ; c) 𝟐𝟎𝟎𝟎 𝒎/𝒔

(Simulado ITA)
Uma bola de tênis colide com uma superfície rugosa de coeficiente de atrito 𝝁, como mostra a
figura. Sabe-se que a força da gravidade é muito pequena quando comparada as forças
impulsionavas e que a força de atrito é a mínima necessária para evitar o deslizamento da bola de
tênis. Dessa forma, o coeficiente de restituição da colisão é dado por:
𝑠𝑒𝑛 𝛼−𝜇 cos 𝛼−𝜇 𝑡𝑔 𝛼−𝜇 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝛼−𝜇 𝑐𝑜𝑠 𝛼−𝜇
(A) 𝑠𝑒𝑛 𝛽+𝜇 (B) cos 𝛽+𝜇 (C) (D) 𝑐𝑜𝑡𝑔𝛽+𝜇 (E) 𝑠𝑒𝑛 𝛽+𝜇
𝑡𝑔𝛽+𝜇

Comentários:

Na direção horizontal, a força de atrito modifica a componente horizontal da velocidade. Para a


condição do problema a força de atrito deve ser a força de atrito estática máxima.

Na direção vertical, temos:

∑ 𝐹𝑣 = 𝑁 − 𝑚𝑔

Como 𝑁 ≫ 𝑚𝑔, então a força 𝑁 será a força impulsiva nessa direção. Colocando as velocidades
antes e depois da colisão, então:

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 273


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Pelo teorema do impulso, temos:

⃗⃗
𝐼⃗ = 𝐹⃗ ⋅ Δ = Δ𝑄

Na direção horizontal, vem:

𝑓𝑎𝑡 ⋅ Δ𝑡(−𝑖̂) = 𝑚 ⋅ (𝑣2 ⋅ 𝑐𝑜𝑠𝛽 − 𝑣1 ⋅ cos 𝛼)𝑖̂

𝜇 ⋅ 𝑁 ⋅ Δ𝑡 = 𝑚(𝑣1 ⋅ cos 𝛼 − 𝑣2 ⋅ cos 𝛽)(𝑒𝑞. 1)

Na direção vertical, temos:

𝑁 ⋅ Δ𝑡 𝑗̂ = 𝑚 ⋅ (𝑣2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛽 𝑗̂ − (𝑣1 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼)(−𝑗̂))

𝑁 ⋅ Δ𝑡 = 𝑚(𝑣2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛽 + 𝑣1 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼)(𝑒𝑞. 2)

Substituindo 𝑁 ⋅ Δ𝑡 de 2 em 1, temos:

𝜇 ⋅ 𝑚 ⋅ (𝑣2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛽 + 𝑣1 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼) = 𝑚 ⋅ (𝑣1 ⋅ cos 𝛼 − 𝑣2 ⋅ cos 𝛽)

𝑣2 cos 𝛼 − 𝜇 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼
∴ =
𝑣1 cos 𝛽 + 𝜇 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛽

Pela definição de coeficiente de restituição, temos:

𝑣2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛽
𝑒=
𝑣1 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼

Portanto:

cos 𝛼 − 𝜇 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 𝑠𝑒𝑛 𝛽


𝑒= ⋅
cos 𝛽 + 𝜇 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛽 𝑠𝑒𝑛 𝛼

cos 𝛼 − 𝜇 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼
𝑒= 𝑠𝑒𝑛 𝛼
cos 𝛽 + 𝜇 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛽
𝑠𝑒𝑛 𝛽

𝑐𝑜𝑡𝑔 𝛼 − 𝜇
𝑒=
𝑐𝑜𝑡𝑔𝛽 + 𝜇

Gabarito: D

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 274


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13. Referências bibliográficas


[1] Calçada, Caio Sérgio. Física Clássica. 2. Ed. Saraiva Didáticos, 2012. 576p.

[2] Bukhovtsev, B.B. Krivtchenkov, V.D. Miakishev, G.Ya. Saraeva, I. M. Problemas Selecionados de Física
Elementar. 1 ed. MIR, 1977.518p.

[3] Brito, Renato. Fundamentos de Mecânica. 2 ed. VestSeller, 2010. 496p.

[4] Newton, Gualter, Helou. Tópicos de Física. 11ª ed. Saraiva, 1993. 303p.

[5] Toledo, Nicolau, Ramalho. Os Fundamentos da Física 1. 9ª ed. Moderna. 490p.

[6] Resnick, Halliday. Fundamentos de Física. 8ª ed. LTC. 349p. Versão

14. Considerações finais


Chegamos ao final da nossa aula. Relembre os principais conceitos estudados nessa aula e tenha
no sangue o teorema do impulso, o que é um sistema isolado, a conservação da quantidade de movimento
na colisão e as propriedades do centro de massa.

Essa aula possui muitos exercícios resolvidos e muitos exercícios, pois trata-se de um assunto que
requer muito prática. Tente fazer todos os exercícios da lista.

É muito comum aparecer questões envolvendo energia mecânica, quantidade de movimento,


centro de massa e vínculo geométrico. Normalmente, são questões bem difíceis, por isso colocamos
muitas questões na lista e nos simulados exploraremos bastante esse tema.

Conte comigo nessa jornada. Quaisquer dúvidas, críticas ou sugestões entre em contato pelo
fórum de dúvidas do Estratégia ou se preferir:

@proftoniburgatto

AULA 07 – DINÂMICA IMPULSIVA 275

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