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Cinemática de uma

partícula
Objetivos

• Introduzir os conceitos de posição, deslocamento, velocidade e


aceleração.

• Estudar o movimento de uma partícula ao longo de uma linha


reta e representar esse movimento graficamente.

• Investigar o movimento de uma partícula ao longo de uma


trajetória curva utilizando diferentes sistemas de coordenadas.

• Apresentar uma análise do movimento dependente de duas


partículas.

• Examinar os princípios de movimento relativo de duas


partículas utilizando eixos em translação.
Introdução

• A dinâmica trata do movimento acelerado de um corpo.

• Cinemática trata somente dos aspectos geométricos do


movimento.

• Cinética é a análise das forças que causam o movimento.

• A dinâmica é considerada mais abrangente que a estática.

• Muitas aplicações exigem o uso do cálculo, em vez de apenas


álgebra e trigonometria.
Cinemática retilínea:
movimento contínuo

• A cinemática de uma partícula é caracterizada ao se especificar,


em qualquer instante, posição, velocidade e aceleração da
partícula.

• A trajetória em linha reta de uma partícula será definida


utilizando-se um único eixo de coordenada s (figura abaixo).

• A origem O é um ponto fixo na trajetória, e a partir deste


ponto a coordenada da posição s é usada para especificar a
posição da partícula em qualquer instante de tempo dado.
Cinemática retilínea:
movimento contínuo

• O deslocamento de uma partícula é definido como a variação


em sua posição.

• Se uma partícula se move com um deslocamento ∆s durante o


intervalo de tempo ∆t, a velocidade média da partícula
durante este intervalo é
Cinemática retilínea:
movimento contínuo

• Consequentemente, a velocidade instantânea é um vetor


definido como

• A intensidade da velocidade é conhecida como a velocidade


escalar, e é geralmente expressa em unidades de m/s.
Cinemática retilínea:
movimento contínuo

• A velocidade escalar média é sempre uma grandeza escalar


positiva e é definida como a distância total percorrida por uma
partícula, sT, dividida pelo tempo decorrido ∆t; ou seja,
Cinemática retilínea:
movimento contínuo

• A aceleração média da partícula durante o intervalo de


tempo ∆t é definida como
Cinemática retilínea:
movimento contínuo

• A aceleração instantânea no tempo t é um vetor que é


determinado tomando-se valores cada vez menores de ∆t e
valores correspondentes de ∆v cada vez menores, de maneira
que

• Em particular, quando a partícula está se movendo mais devagar,


ou sua velocidade escalar está diminuindo, diz-se que a partícula
está desacelerando.
Cinemática retilínea:
movimento contínuo

• Finalmente, uma relação diferencial importante envolvendo


deslocamento, velocidade e aceleração ao longo da trajetória
pode ser obtida eliminando-se o diferencial de tempo dt:

• Velocidade como uma função do tempo:


Cinemática retilínea:
movimento contínuo

• Posição como uma função do tempo:

• Velocidade como uma função da posição:


Cinemática retilínea:
movimento irregular

• Quando uma partícula tem um movimento irregular ou variável,


sua posição, velocidade e aceleração não podem ser descritas
por uma única função matemática contínua ao longo da
trajetória inteira.

• Em vez disso, uma série de funções será necessária para


especificar o movimento em diferentes intervalos.

• Por esta razão, é conveniente representar o movimento na


forma de um gráfico.
Cinemática retilínea:
movimento irregular

• Para construir o gráfico v–t dado o gráfico s–t (figura abaixo), a


equação u = ds/dt deve ser usada, visto que ela relaciona as
variáveis s e t com u.

• Essa equação estabelece que:


Cinemática retilínea:
movimento irregular

• Por exemplo, medindo-se a inclinação no gráfico s–t quando


t = t1, a velocidade é u1, a qual está representada graficamente
na figura abaixo:
Cinemática retilínea:
movimento irregular

• O gráfico a–t pode ser construído a partir do gráfico u–t de


maneira similar, visto que:
Cinemática retilínea:
movimento irregular

• Se o gráfico a–t é dado (figura abaixo), o gráfico u–t pode ser


construído utilizando-se a = du/dt, escrita como:
Cinemática retilínea:
movimento irregular

• Dessa maneira, sucessivos pontos, u1 = u0 + ∆u etc., são


determinados para o gráfico u–t:
Cinemática retilínea:
movimento irregular

• De modo semelhante, se o gráfico u–t é dado (figura abaixo), é


possível determinar o gráfico s–t usando u = ds/dt, escrita
como:
Cinemática retilínea:
movimento irregular

• Da mesma maneira como o estabelecido anteriormente:


Cinemática retilínea:
movimento irregular

• Se o gráfico a–s pode ser construído, pontos no gráfico u–s


podem ser determinados utilizando-se u du = a ds.

• Integrando essa equação entre os limites u = u0 em s = s0 e


u = u1 em s = s1, temos:
Cinemática retilínea:
movimento irregular

• Portanto, se a área cinza na figura abaixo for determinada, e a


velocidade inicial u0 em s0 = 0 for conhecida, então
Cinemática retilínea:
movimento irregular

• Deste modo, em qualquer ponto (s, u) na figura abaixo, a


inclinação du/ds do gráfico u–s é medida.

• Então, com u e du/ds conhecidos, o valor de a pode ser


calculado
Movimento curvilíneo
geral

• O movimento curvilíneo ocorre quando uma partícula se


move ao longo de uma trajetória curva.

Posição

• Considere uma partícula localizada em um ponto sobre uma


curva espacial definida pela função trajetória s(t),
Movimento curvilíneo
geral

Deslocamento

• Suponha que, durante um curto intervalo de tempo ∆t, a


partícula se move de uma distância ∆s ao longo da curva para
uma nova posição, definida por r’ = r + ∆r
Movimento curvilíneo
geral

Velocidade

• Durante o tempo ∆t, a velocidade média da partícula é


Movimento curvilíneo
geral

Aceleração

• Se a partícula tem uma velocidade v no tempo t e uma


velocidade v’ = v + ∆v em t + ∆t (Figura 12.16d), então a
aceleração média da partícula durante o intervalo de tempo ∆t é:
Movimento curvilíneo
geral

Aceleração

• Para estudar esta taxa de variação no tempo, os dois vetores


velocidade na figura anterior são traçados na figura abaixo:
Movimento curvilíneo
geral

Aceleração

• Da definição de derivada, a atua tangente à hodógrafa (figura


abaixo) e, em geral, ela não é tangente à trajetória do movimento
Movimento curvilíneo:
componentes
retangulares
Posição

• Se a partícula está em um ponto (x, y, z) sobre a trajetória curva


s, sua posição é definida pelo vetor posição
Movimento curvilíneo:
componentes
retangulares
Velocidade

• A derivada das componentes j e k pode ser

• em que
Movimento curvilíneo:
componentes
retangulares
Aceleração

• A aceleração da partícula é obtida tomando-se a primeira


derivada da primeira equação em relação ao tempo. Temos

• em que
Movimento de um
projétil

• O movimento de um projétil em voo livre é


frequentemente estudado em termos de suas componentes
retangulares.

• Para ilustrar a análise cinemática, considere um projétil lançado


no ponto (n0, n0), com uma velocidade inicial de n0, tendo
componentes (n0)x e (n0)y, figura a seguir.

• Quando a resistência do ar é desprezada, a única força agindo


sobre o projétil é seu peso, que faz com que o projétil tenha
uma aceleração para baixo constante de aproximadamente

ac = g = 9,81 m/s2
Movimento de um
projétil
Movimento de um
projétil

Movimento horizontal

• Visto que ax = 0:

• A primeira e a última equações indicam que a componente


horizontal da velocidade sempre permanece constante durante
o movimento.
Movimento de um
projétil

Movimento vertical

• Visto que o eixo y positivo está direcionado para cima, então


ay = -g:

• Lembre-se de que a última equação pode ser formulada com


base na eliminação do tempo t das duas primeiras equações e,
portanto, apenas duas das três equações anteriormente
apresentadas são mutuamente independentes.
Movimento curvilíneo:
componentes normal e
tangencial

Movimento plano

• Considere a partícula
Movimento curvilíneo:
componentes normal e
tangencial

Movimento plano

• Uma escolha única para o eixo normal pode ser feita


observando-se que geometricamente a curva é construída a
partir de uma série de segmentos de arcos diferenciais ds:
Movimento curvilíneo:
componentes normal e
tangencial

Velocidade

• A velocidade n da partícula tem uma direção que é sempre


tangente à trajetória:
Movimento curvilíneo:
componentes normal e
tangencial

Aceleração

• A aceleração da partícula é a taxa de variação temporal da


velocidade. Assim,

• A fim de determinar a derivada temporal , a pode ser escrita


como a soma de suas duas componentes,

• em que ou

• e
Movimento curvilíneo:
componentes normal e
tangencial

Aceleração

• Essas duas componentes mutuamente perpendiculares são:

• Portanto, a intensidade da aceleração é o valor positivo de:


Movimento curvilíneo:
componentes normal e
tangencial

Aceleração

• Uma partícula movendo-se ao longo da trajetória curva na


figura abaixo terá acelerações direcionadas como mostrado:
Movimento curvilíneo:
componentes normal e
tangencial

Movimento tridimensional

• Se a partícula se move ao longo de uma curva espacial (figura a


seguir), então em um dado instante o eixo t é univocamente
especificado.

• Entretanto, um número infinito de linhas retas pode ser


construído normal ao eixo tangencial.

• Já que os três vetores unitários estão relacionados entre si pelo


produto vetorial, por exemplo, ub = ut x un, existe a
possibilidade de usar essa relação para estabelecer a direção de
um dos eixos, se as direções dos outros dois são conhecidas.
Movimento curvilíneo:
componentes normal e
tangencial

Movimento tridimensional
Movimento curvilíneo:
componentes cilíndricas

Coordenadas polares

• Podemos especificar a posição da partícula mostrada na figura


abaixo utilizando uma coordenada radial r:
Movimento curvilíneo:
componentes cilíndricas

Posição

• Em qualquer instante, a posição da partícula é definida pelo


vetor posição

r = rur
Velocidade

• A velocidade instantânea v é obtida calculando-se a derivada


temporal de r.

• Para avaliar , observe que apenas a direção de ur varia em


relação ao tempo, visto que, por definição, a intensidade desse
vetor é sempre unitária.
Movimento curvilíneo:
componentes cilíndricas

Velocidade

• Portanto,

• Portanto, ur = quq e, assim,


Movimento curvilíneo:
componentes cilíndricas

Velocidade

• Substituindo na equação anterior, a velocidade pode ser escrita


na forma de componentes como

• em que:
Movimento curvilíneo:
componentes cilíndricas

Aceleração

• Calculando as derivadas temporais das equações anteriores,


obtemos a aceleração instantânea da partícula,

• A variação temporal de uq é, então, uq. Assim,


Movimento curvilíneo:
componentes cilíndricas

Aceleração

• Podemos escrever a aceleração na forma de componentes


como

• em que:
Movimento curvilíneo:
componentes cilíndricas

Coordenadas cilíndricas

• Se a partícula se move ao longo de uma curva espacial como


mostrado na figura abaixo, sua posição pode ser especificada
pelas três coordenadas cilíndricas, r, q, z:
Análise de movimento
absoluto dependente de
duas partículas

• Em alguns tipos de problemas, o movimento de uma partícula


dependerá do movimento correspondente de outra partícula.

• Essa dependência comumente ocorre se as partículas, aqui


representadas por blocos, estão interligadas por cordas
inextensíveis que passam em torno de polias.
Análise de movimento
absoluto dependente de
duas partículas

• O movimento do bloco A para baixo ao longo do plano


inclinado causará um movimento correspondente do bloco B
para cima no outro plano inclinado.

• Note que cada um dos eixos coordenados é

1. medido a partir de um ponto fixo (O) ou linha de referência fixa


ou datum,
2. medido ao longo de cada plano inclinado na direção do
movimento de cada bloco e
3. tem um sentido positivo a partir das referências fixas para A e
para B.
Análise de movimento
absoluto dependente de
duas partículas

• Se o comprimento total da corda é lT, as duas coordenadas de


posição estão relacionadas pela equação

• Calculando a derivada temporal dessa expressão

• De modo semelhante, a derivada temporal das velocidades


resulta na relação entre as acelerações, ou seja,
Movimento relativo de
duas partículas usando
eixos de translação

Posição

• Utilizando-se a adição de vetores, os três vetores mostrados na


figura abaixo podem ser relacionados pela equação
Movimento relativo de
duas partículas usando
eixos de translação

Velocidade

• Uma equação que relaciona as velocidades das partículas é


determinada calculando-se as derivadas temporais da equação
anterior; ou seja,

Aceleração

• A derivada temporal da equação acima produz uma relação


vetorial similar entre as acelerações absoluta e relativa das
partículas A e B
Cinética de uma
partícula:
força e aceleração
Objetivos

• Estabelecer a segunda lei do movimento de Newton e definir


massa e peso.

• Analisar o movimento acelerado de uma partícula utilizando a


equação do movimento com diferentes sistemas de
coordenadas.

• Investigar o movimento de força central e aplicá-lo a problemas


da mecânica espacial.
Segunda lei do
movimento de Newton

• Cinética é um ramo da dinâmica que trata da relação entre a


variação do movimento de um corpo e as forças que causam
essa variação.

• A base para a cinética é a segunda lei de Newton.

• Ela afirma que, quando uma força desequilibrada atua sobre uma
partícula, esta acelerará na direção da força com uma
intensidade proporcional à força.

• Essa lei pode ser verificada experimentalmente aplicando uma


força desequilibrada F a uma partícula e então medindo a
aceleração a.
Segunda lei do
movimento de Newton

• Se a massa da partícula é m, a segunda lei do movimento de


Newton pode ser escrita em forma matemática como

F = ma

• Essa equação, que é referida como a equação do


movimento, é uma das formulações mais importantes da
mecânica.

• Newton postulou uma lei determinando a atração mútua entre


duas partículas quaisquer. Em forma matemática, essa lei pode
ser expressa como:
Segunda lei do
movimento de Newton

• No SI de unidades, a massa de um corpo é especificada em


quilogramas, e o peso tem de ser calculado utilizando-se a
equação W = mg.

• Assim,
A equação do
movimento

• A equação do movimento pode ser escrita como:


Sistema de referência
inercial

• Quando se aplica a equação do movimento, é importante que a


aceleração da partícula seja medida em relação a um sistema de
referência que seja fixo ou translade com uma velocidade
constante.

• Desse modo, o observador não acelerará e as medidas da


aceleração da partícula serão as mesmas de qualquer referência
• desse tipo.

• Um sistema de referência dessa natureza é comumente


denominado sistema de referência inercial ou newtoniano.

• Veja a figura a seguir.


Sistema de referência
inercial
Equação do movimento
para um sistema de
partículas

• Sistema de coordenadas inercial:


Equação do movimento
para um sistema de
partículas

• A força interna, representada simbolicamente como fi, é a


resultante de todas as forças que as outras partículas exercem
sobre a i-ésima partícula.

• A força externa resultante Fi representa, por exemplo, o efeito


de forças gravitacionais, elétricas, magnéticas ou de contato
entre a i-ésima partícula e corpos ou partículas adjacentes não
incluídas dentro do sistema.

• Os diagramas cinético e de corpo livre para a i-ésima partícula


são mostrados na figura a seguir.
Equação do movimento
para um sistema de
partículas

• A equação do movimento escrita para o sistema de partículas


torna-se:

• Supondo que nenhuma massa esteja entrando ou saindo do


sistema, resulta em
Equações do movimento:
coordenadas
retangulares

• Quando uma partícula se move em relação a um sistema de


referência inercial x, y, z, as forças atuando sobre a partícula,
assim como sua aceleração, podem ser expressas em termos
das suas componentes i, j, k.

• Veja a figura a seguir.

• Consequentemente, podemos escrever as três equações


escalares a seguir:
Equações do movimento:
coordenadas
retangulares
Equações de movimento:
coordenadas normais e
tangenciais

• Quando uma partícula se move ao longo de uma trajetória


curva conhecida, a equação do movimento para a partícula
pode ser escrita nas direções tangencial, normal e binormal.

• Veja a figura a seguir.

• Temos

• Essa equação é satisfeita desde que:


Equações de movimento:
coordenadas normais e
tangenciais
Equações de movimento:
coordenadas cilíndricas

• Quando todas as forças atuando sobre uma partícula são


decompostas em coordenadas cilíndricas, ou seja, ao longo das
direções dos vetores unitários ur, uq, uz (figura a seguir), a
equação do movimento pode ser expressa como

• Para satisfazer essa equação, necessitamos de


Equações de movimento:
coordenadas cilíndricas
Forças normais e
tangenciais

• A força P faz com que a partícula na figura abaixo se desloque


ao longo de uma trajetória r = f(q):
Forças normais e
tangenciais

• As direções de N e F podem ser especificadas em relação à


coordenada radial utilizando o ângulo y (psi), o qual é definido
entre a linha radial estendida e a tangente à curva:
Forças normais e
tangenciais

• Esse ângulo pode ser obtido observando-se que, quando a


partícula é deslocada em uma distância ds ao longo da
trajetória:
Forças normais e
tangenciais

• Por exemplo, considere a cardioide r = a(1 + cos q). Como


dr/dq = - a sen q, então, quando q = 30º, tg y = a(1 + cos
30°)/(- a sen 30º) = -3,732, ou y = -75º, medido no sentido
horário, oposto a + q, como mostra a figura:
Movimento de força
central e mecânica
espacial

• Se uma partícula está se movendo sob a influência de uma força


tendo uma linha de ação que é sempre direcionada para um
ponto fixo, o movimento é chamado de movimento de força
central.

• A fim de analisar o movimento, vamos considerar a partícula P,


mostrada na figura a seguir, que tem massa m e está sob ação
apenas da força central F.

• O diagrama de corpo livre para a partícula é mostrado na figura


ao lado.
Movimento de força
central e mecânica
espacial
Movimento de força
central e mecânica
espacial

• Utilizando coordenadas polares (r, q), as equações do


movimento tornam-se
Movimento de força
central e mecânica
espacial

• A segunda dessas equações pode ser escrita na forma

• de maneira que a integração resulta em

• Aqui, h é a constante de integração.


Movimento de força
central e mecânica
espacial

• A velocidade areolar é definida como

• A equação diferencial abaixo define a trajetória sobre a qual a


partícula se move quando é submetida à força central F:
Movimento de força
central e mecânica
espacial

Como um típico problema em


mecânica espacial, considere a
trajetória de um satélite ou
veículo espacial lançado em
órbita em voo livre com
velocidade inicial v0:
Movimento de força
central e mecânica
espacial

• A força de atração tem intensidade

• Para obter a trajetória orbital, estabelecemos x = 1/r na


equação acima e substituímos o resultado na equação anterior.

• Obtemos

• A solução é a soma das soluções complementar e particular,


dada por
Movimento de força
central e mecânica
espacial
Movimento de força
central e mecânica
espacial

• Todas as trajetórias realizadas pelos planetas e a maioria dos


satélites são elípticas.
Movimento de força
central e mecânica
espacial

• Para a órbita de um satélite em torno da Terra, a distância


mínima da órbita até o centro da Terra O é rp

• Portanto,

• Essa distância mínima é chamada de perigeu da órbita.

• O apogeu ou distância máxima ra é


Movimento de força
central e mecânica
espacial

• As leis de Kepler, desenvolvidas após vinte anos de observação


planetária, são:

1. Todo planeta se move em sua órbita de tal maneira que a linha


que o junta ao centro do Sol varre áreas iguais em intervalos de
tempo iguais, qualquer que seja o comprimento da linha.

2. A órbita de todos os planetas é uma elipse com o Sol colocado


em um de seus focos.

3. O quadrado do período de qualquer planeta é diretamente


proporcional ao cubo do eixo maior de sua órbita.
Cinética de uma
partícula:
trabalho e energia
Objetivos

• Desenvolver o princípio do trabalho e energia e aplicá-lo para


resolver problemas que envolvem força, velocidade e
deslocamento.

• Estudar problemas que envolvem potência e eficiência.

• Introduzir o conceito de uma força conservativa e aplicar o


teorema da conservação da energia para resolver problemas de
cinética.
O trabalho de uma força

• Uma força F realiza trabalho sobre uma partícula somente


quando esta sofre um deslocamento na direção de aplicação da
força.

• Se o ângulo entre as direções de dr e F é q (figura a seguir), o


trabalho realizado por F é uma quantidade escalar, definida por:

• Pela definição do produto escalar, esta equação também pode


ser escrita como
O trabalho de uma força
Trabalho de uma força
variável

• Contanto que F e q possam ser expressos como uma função da


posição, então
Trabalho de uma força
variável

• Às vezes, essa relação pode ser obtida utilizando-se dados


experimentais para traçar um gráfico de F cos q versus s.

• Então, a área sob esse gráfico limitada por s1 e s2 representa o


trabalho total
Trabalho de uma força
constante se deslocando
ao longo de uma linha
reta
• Se a força Fc tem uma intensidade constante e atua em um
ângulo constante q a partir de sua trajetória em linha reta, a
componente de Fc na direção do deslocamento é sempre Fc
cos q.

• O trabalho realizado por Fc quando a partícula é deslocada de


s1 para s2 é determinado a partir da equação anterior, caso em
que
Trabalho de uma força
constante se deslocando
ao longo de uma linha
reta
• Ou

• Aqui, o trabalho de Fc representa a área do retângulo na figura


abaixo
Trabalho de um peso

• Considere uma partícula de peso W, que se desloca para cima


ao longo da trajetória s mostrada na figura a seguir da posição
s1 para a posição s2.

• Em um ponto intermediário, o deslocamento é dr = dxi + dyj +


dzk.

• Visto que W = -Wj, temos:


Trabalho de um peso

• Ou
Trabalho da força de
uma mola

• Se uma mola elástica é deformada por uma distância ds, o


trabalho realizado pela força que atua sobre a partícula ligada à
mola é dU = -Fsds = -ks ds:
Trabalho da força de
uma mola

• Se a partícula se desloca de s1 para s2, o trabalho de Fs é, então,


Princípio do trabalho e
energia

• Considere a partícula na figura abaixo, que está posicionada


sobre a trajetória definida em relação a um sistema de
coordenadas inercial:
Princípio do trabalho e
energia

• Aplicando a equação cinemática at = u du/ds e integrando


ambos os lados, supondo inicialmente que a partícula tem uma
posição s = s1 e velocidade escalar u = u1, e mais tarde em
s = s2, u = u2, temos

• o resultado final pode ser escrito como


Princípio do trabalho e
energia para um
sistema de partículas

• Sistema de coordenadas inercial


Princípio do trabalho e
energia para um
sistema de partículas

• Se aplicarmos o princípio do trabalho e energia para esta e cada


uma das outras partículas do sistema, então, as equações podem
ser somadas algebricamente, o que resulta em

• Se o sistema representa um corpo rígido em translação, todas


as partículas em cada corpo sofrerão o mesmo deslocamento.

• Se é suposto que o corpo não é rígido, suas partículas podem


ser deslocadas ao longo de trajetórias diferentes, e parte da
energia devida às interações das forças seria desprendida e
perdida como calor ou armazenada no corpo caso ocorram
deformações permanentes.
Trabalho de atrito
causado por
deslizamento

• Considere, por exemplo, um bloco que está transladando de


uma distância s sobre uma superfície áspera, como mostrado na
figura abaixo:
Trabalho de atrito
causado por
deslizamento

• Se a força aplicada P apenas equilibra a força de atrito


resultante mkN, então, em razão do equilíbrio, uma velocidade
constante v é mantida:
Trabalho de atrito
causado por
deslizamento

• As forças de atrito que atuam sobre o bloco nesses pontos são


ligeiramente deslocadas, em razão das deformações localizadas.

• Mais tarde elas são substituídas por outras forças de atrito à


medida que outros pontos de contato são feitos.

• Em qualquer instante, a resultante F de todas essas forças de


atrito permanece essencialmente constante, ou seja, mkN.

• Entretanto, em virtude de muitas deformações localizadas, o


deslocamento real s’ de mkN não é o mesmo que o
deslocamento s da força aplicada P.
Trabalho de atrito
causado por
deslizamento

• Em vez disso, s’ será menor que s (s’ < s).

• Portanto, o trabalho externo realizado pela força de atrito


resultante será mkNs’, e não mkNs.

• A quantidade de trabalho restante, mkN(s – s’), manifesta-se


como um aumento da energia interna, a qual de fato faz a
temperatura do bloco subir.

• É preciso entender plenamente que o trabalho da força de


atrito resultante representa tanto o trabalho externo de atrito
quanto o trabalho interno, o qual é convertido em várias formas
de energia, como o calor.
Potência e eficiência

• O termo “potência” fornece uma base útil para escolher o


tipo de motor ou máquina que é necessária para realizar certa
quantidade de trabalho em um dado tempo.

• A potência gerada por uma máquina ou motor que realiza uma


quantidade de trabalho dU dentro do intervalo de tempo dt é,
portanto,

• Se o trabalho dU é expresso como dU = F · dr, então,


Potência e eficiência

• A eficiência mecânica de uma máquina é definida como a razão


entre a potência útil de saída produzida pela máquina e a
potência de entrada que lhe é fornecida. Logo,

• Se a energia fornecida à máquina ocorre durante o mesmo


intervalo de tempo no qual ela é consumida, então a eficiência
também pode ser expressa em termos da relação
Forças conservativas e
energia potencial

• Se o trabalho de uma força é independente da trajetória e


depende somente das posições inicial e final da força na
trajetória, podemos classificar essa força como uma força
conservativa.

• Energia é definida como a capacidade para realizar trabalho.

• Se uma partícula está localizada a uma distância y acima de uma


referência arbitrariamente escolhida, como mostrado na figura a
seguir, o peso W da partícula tem uma energia potencial
gravitacional, Vg, visto que W tem a capacidade de realizar
trabalho positivo quando a partícula é levada de volta para
baixo, até a referência.
Forças conservativas e
energia potencial

• Energia potencial gravitacional:


Forças conservativas e
energia potencial

• Em geral, se y é positivo para cima, a energia potencial


gravitacional da partícula de peso W é

• Quando uma mola elástica é distendida ou comprimida a uma


distância s de sua posição não deformada, a energia potencial
elástica Ve pode ser armazenada na mola.

• Essa energia é:

• A energia potencial da partícula pode ser expressa como uma


função potencial, a qual é a soma algébrica
Forças conservativas e
energia potencial

• Energia potencial elástica:


Conservação de energia

• O princípio do trabalho e energia pode ser escrito como

• Se apenas forças conservativas realizam trabalho, então temos

• Essa equação é referida como a conservação da energia


mecânica ou simplesmente a conservação da energia.

• Ela afirma que, durante o movimento, a soma das energias


potencial e cinética da partícula permanece constante.
Conservação de energia

• Se um sistema de partículas é submetido somente a forças


conservativas, uma equação similar à equação anterior pode ser
escrita para as partículas

• Aqui, a soma das energias potencial e cinética iniciais do sistema


é igual à soma das energias potencial e cinética finais do sistema.

• Em outras palavras,

ΣT + ΣV = const
Cinética de
partículas: impulso
e quantidade de
movimento
Objetivos

• Desenvolver o princípio do impulso e quantidade de


movimento linear de uma partícula e aplicá-lo à resolução de
problemas que envolvem força, velocidade e tempo.

• Estudar a conservação da quantidade de movimento linear de


partículas.

• Analisar a mecânica do impacto.

• Introduzir o conceito do impulso e quantidade de movimento


angular.

• Resolver problemas que envolvem fluidos com escoamento


estacionário e propulsão com massa variável.
Princípio do impulso e
quantidade de
movimento linear

• Usando a cinemática, a equação do movimento de uma partícula


de massa m pode ser escrita como

• Rearranjando os termos e integrando entre os limites v = v1


em t = t1 e v = v2 em t = t2, temos

• Essa equação é chamada de princípio do impulso e quantidade de


movimento linear.
Princípio do impulso e
quantidade de
movimento linear

• Cada um dos dois vetores da forma L = mv na equação


anterior é chamado de quantidade de movimento linear da
partícula.

• Visto que m é um escalar positivo, o vetor quantidade de


movimento linear tem a mesma direção de v, e sua intensidade
mu tem unidades de massa vezes velocidade, por exemplo,
kg · m/s.

• A integral I = ʃ F dt na mesma equação é chamada de impulso


linear.
Princípio do impulso e
quantidade de
movimento linear

• A intensidade do impulso pode ser representada graficamente


pela área sombreada sob a curva de força versus tempo:
Princípio do impulso e
quantidade de
movimento linear

• Uma força constante cria a área sombreada retangular


mostrada na figura abaixo:
Princípio do impulso e
quantidade de
movimento linear

• Para resolução de problemas, aquela mesma equação será


reescrita na forma

• Diagramas do impulso e quantidade de movimento:


Princípio do impulso e
quantidade de
movimento linear para
um sistema de partículas
• O princípio do impulso e quantidade de movimento linear para
um sistema de partículas movendo-se em relação a um
referencial inercial é obtido da equação do movimento aplicada
a todas as partículas do sistema, ou seja,
Princípio do impulso e
quantidade de
movimento linear para
um sistema de partículas
• Multiplicando-se ambos os lados da equação anterior por dt e
integrando-se entre os limites t = t1, vi = (vi)1 e t = t2, vi = (vi)2,
obtém-se

• Fazendo-se a derivada temporal, teremos

• A substituição na primeira equação resulta em


Conservação da
quantidade de
movimento linear para
um sistema de partículas
• Quando a soma dos impulsos externos atuando sobre um
sistema de partículas for zero,

• Esta equação é referida como a conservação de quantidade


de movimento linear.

• A conservação da quantidade de movimento linear é aplicada


com frequência quando partículas colidem ou interagem.
Conservação da
quantidade de
movimento linear para
um sistema de partículas
• Forças impulsivas ocorrem normalmente em decorrência de
uma explosão ou do choque de um corpo contra outro.

• Forças não impulsivas podem incluir o peso de um corpo, a


força transmitida por uma mola ligeiramente deformada de
rigidez relativamente pequena ou, pelo mesmo motivo, qualquer
força que seja muito pequena comparada a outras forças
(impulsivas) maiores.

• Ao fazer essa distinção entre forças impulsivas e não impulsivas,


é importante entender que isso se aplica somente durante os
tempos t1 a t2.
Impacto

• O impacto ocorre quando dois corpos colidem entre si


durante um período muito curto de tempo, fazendo com que
forças relativamente grandes sejam exercidas entre os corpos.

• Em geral, há dois tipos de impacto:

1. O impacto central ocorre quando a direção de movimento


dos centros de massa das duas partículas em colisão está ao
longo de uma linha que passa através dos centros de massa
dessas partículas.

2. Quando o movimento de uma ou ambas as partículas faz um


ângulo com a linha de impacto, o impacto é chamado de
oblíquo.
Impacto
Impacto central
Impacto oblíquo
Quantidade de
movimento angular

• A quantidade de movimento angular de uma partícula em


relação ao ponto O é definida como o “momento” da
quantidade de movimento linear da partícula em torno de O.

• Visto que esse conceito é semelhante a encontrar o momento


de uma força em relação a um ponto, a quantidade de
movimento angular, HO, às vezes é chamada de momento da
quantidade de movimento.

• A intensidade de HO é
Quantidade de
movimento angular
Quantidade de
movimento angular

• Se a partícula se move ao longo de um espaço curvo, o produto


vetorial pode ser usado para determinar a quantidade de
movimento angular em torno de O.

• Nesse caso

• Aqui, r indica um vetor posição traçado do ponto O até a


partícula.

• Como mostra a figura a seguir, HO é perpendicular ao plano


sombreado contendo r e mv.
Quantidade de
movimento angular
Quantidade de
movimento angular

• De modo a avaliar o produto vetorial, r e mv devem ser


expressos em termos de suas componentes cartesianas, para
que a quantidade de movimento angular possa ser calculada ao
se avaliar o determinante:
Relação entre o
momento de uma força
e a quantidade de
movimento angular

Os momentos em relação ao
ponto O, de todas as forças
que atuam sobre a partícula na
figura ao lado, podem ser
relacionados à quantidade de
movimento angular da
partícula, aplicando-se a
equação do movimento:
Relação entre o
momento de uma força
e a quantidade de
movimento angular

• Se a massa da partícula é constante, podemos escrever

• Os momentos das forças em relação ao ponto O podem ser


obtidos efetuando-se o produto vetorial de cada lado dessa
equação pelo vetor posição r, que é medido a partir do sistema
de referência inercial x, y, z.

• Temos
Relação entre o
momento de uma força
e a quantidade de
movimento angular

• A derivada de r X mv pode ser escrita como

• O primeiro termo à direita, ,visto


que o produto vetorial de um vetor por ele mesmo é zero.

• Assim, a equação anterior torna-se


Relação entre o
momento de uma força
e a quantidade de
movimento angular

• A qual estabelece que o momento resultante em relação ao


ponto O, de todas as forças que atuam sobre a partícula, é igual
à taxa de variação temporal da quantidade de movimento
angular da partícula em relação ao ponto O.

• O resultado é

• Aqui L = mv, de modo que a força resultante que atua na


partícula é igual à taxa de variação temporal da quantidade de
movimento linear da partícula.
Sistema de partículas

• As forças que agem arbitrariamente na i-ésima partícula do


sistema consistem em uma força resultante externa Fi e uma
força resultante interna fi:
Sistema de partículas

• Ao expressar os momentos dessas forças em relação ao ponto


O, temos

• Quando os resultados são somados vetorialmente, o resultado


é

• Abandonando-se a notação de índice, a equação anterior pode


ser escrita, de forma simplificada, como

• a qual estabelece que a soma dos momentos em relação ao


ponto O, de todas as forças externas que atuam sobre um
sistema de partículas, é igual à taxa de variação temporal da
quantidade de movimento angular total do sistema em relação
ao ponto O.
Princípio do impulso e
quantidade de
movimento angulares

• Princípio do impulso e quantidade de movimento angulares:

• Visto que o momento de uma força em relação ao ponto O é


MO = r * F, o impulso angular pode ser expresso na forma
vetorial, como
Princípio do impulso e
quantidade de
movimento angulares

• O princípio do impulso e quantidade de movimento angular


para um sistema de partículas pode ser escrito como

• Usando-se os princípios do impulso e quantidade de


movimento, é possível escrever duas equações que definem o
movimento da partícula
Princípio do impulso e
quantidade de
movimento angulares

• Em geral, as equações anteriores podem ser expressas na forma


de componentes x, y, z, resultando em um total de seis
equações escalares.

• Se a partícula está confinada a mover-se no plano x–y, três


equações escalares podem ser escritas para expressar
movimento, a saber,
Princípio do impulso e
quantidade de
movimento angulares

• Conservação da quantidade de movimento angular:

• Também podemos escrever a conservação da quantidade de


movimento angular para um sistema de partículas como
Escoamento estacionário
de um fluido

• Desde que o escoamento do fluido para dentro do volume


de controle seja igual ao escoamento para fora, pode-se
classificá-lo como escoamento estacionário.
Escoamento estacionário
de um fluido

• Uma pequena quantidade de fluido de massa dm está para


entrar no volume de controle através da abertura A, com
velocidade vA, no tempo t:
Escoamento estacionário
de um fluido

• Se aplicarmos o princípio do impulso e quantidade de


movimento linear, temos

• Se r, rA e rB são vetores posição medidos a partir do ponto O


até os centros geométricos do volume de controle e das
aberturas em A e B, o princípio do impulso e quantidade de
movimento angular em relação a O torna-se
Escoamento estacionário
de um fluido

• Dividindo ambos os lados das duas equações anteriores por dt


e simplificando, teremos

• Portanto, durante o tempo dt, visto que uA = dsA/dt e


uB = dsB/dt, temos dm/dt = rAuAAA = rBuB AB ou, em geral,

• O termo Q = uA mede o volume do escoamento do fluido por


unidade de tempo, e é chamado de vazão, descarga ou fluxo
volumétrico.
Propulsão com massa
variável

Um volume de controle que perde massa

• Considere um dispositivo, como um foguete, que em um


instante de tempo tem uma massa m e está se deslocando para
a frente a uma velocidade v:
Propulsão com massa
variável

Um volume de controle que perde massa

• Os diagramas de impulso e quantidade de movimento para o


volume de controle são:
Propulsão com massa
variável

Um volume de controle que perde massa

• Aplicando o princípio do impulso e quantidade de movimento


ao volume de controle, temos

• ou

• A velocidade do dispositivo é uD/e = (u + ue), de modo que o


resultado final pode ser escrito como
Propulsão com massa
variável

Um volume de controle que ganha massa

• Um dispositivo, como uma concha ou pá, pode ganhar massa


enquanto se desloca para a frente:
Propulsão com massa
variável

Um volume de controle que ganha massa

• Os diagramas de impulso e quantidade de movimento são:


Propulsão com massa
variável

Um volume de controle que ganha massa

• Aplicando o princípio do impulso e quantidade de movimento,


temos

• Usando o mesmo procedimento do caso anterior, podemos


escrever essa equação como

• Visto que a velocidade do dispositivo, tal como vista por um


observador se deslocando com as partículas de massa injetada,
é uD/i = (u - ui), o resultado final pode ser escrito como
Cinemática do
movimento
plano de um corpo
rígido
Objetivos

• Classificar os tipos de movimento plano de um corpo rígido.

• Investigar a translação de um corpo rígido e o movimento


angular em torno de um eixo fixo.

• Estudar o movimento plano utilizando uma análise de


movimento absoluto.

• Fornecer uma análise de movimento relativo para velocidade e


aceleração utilizando um sistema de referência em translação.

• Mostrar como determinar o centro instantâneo de velocidade


nula e determinar a velocidade de um ponto sobre um corpo
utilizando esse método.
Movimento plano de um
corpo rígido

• O movimento plano de um corpo ocorre quando todas as


partículas de um corpo rígido se deslocam ao longo de
trajetórias equidistantes de um plano fixo.

• Há três tipos de movimento plano de um corpo rígido; em


ordem crescente de complexidade, são eles:

1. Translação

2. Rotação em torno de um eixo fixo

3. Movimento plano geral


Movimento plano de um
corpo rígido
Movimento plano de um
corpo rígido
Translação
Translação

• As posições dos pontos A e B sobre o corpo são definidas em


relação a um sistema de referência fixo x, y utilizando-se os
vetores posição rA e rB.

• Pela adição vetorial,

rB = rA + rB/A

• Uma relação entre as velocidades instantâneas de A e B é


obtida fazendo a derivada temporal desta equação, que resulta
em vB = vA + drB/A/dt.

• Portanto, vB = vA
Translação

• Fazendo a derivada temporal da equação da velocidade, obtém-


se uma relação similar entre as acelerações instantâneas de A
e B:

aB = aA

• As duas equações anteriores indicam que todos os pontos de


um corpo rígido submetidos a uma translação retilínea ou
curvilínea se deslocam com a mesma velocidade e aceleração.

• Como resultado, a cinemática do movimento da partícula


também pode ser usada para especificar a cinemática de pontos
localizados em um corpo rígido em translação.
Rotação em torno de um
eixo fixo

• Quando um corpo rotaciona em torno de um eixo fixo,


qualquer ponto P localizado no corpo se desloca ao longo de
uma trajetória circular.

• Visto que um ponto é adimensional, ele não pode ter


movimento angular.

• Apenas linhas ou corpos sofrem movimento angular.

• No instante mostrado na figura a seguir, a posição angular de r é


definida pelo ângulo q, medido a partir de uma linha de
referência fixa até r.
Rotação em torno de um
eixo fixo
Rotação em torno de um
eixo fixo

• A variação na posição angular, que pode ser medida como um


diferencial dq, é chamada de deslocamento angular.

• Em duas dimensões, como mostrado pela vista de cima do


plano sombreado, tanto q quanto dq giram no sentido anti-
horário, e assim o polegar aponta para fora da página.
Rotação em torno de um
eixo fixo

• A taxa temporal de variação na posição angular é chamada


velocidade angular v (ômega).

• Visto que dq ocorre durante um instante de tempo dt, então,

• A aceleração angular a (alfa) mede a taxa temporal de


variação da velocidade angular.

• A intensidade desse vetor é


Rotação em torno de um
eixo fixo

• Se a aceleração angular do corpo é constante, a = ac, as


equações anteriores, quando integradas, resultam em um
conjunto de fórmulas que relacionam velocidade e posição
angular do corpo e o tempo.

• Essas equações são utilizadas para o movimento retilíneo.

• Os resultados são
Rotação em torno de um
eixo fixo

• À medida que o corpo rígido na figura abaixo gira, o ponto P se


desloca ao longo de uma trajetória circular de raio r com
centro no ponto O.

• Essa trajetória está contida dentro do plano sombreado


mostrado na vista de cima (figura ao lado).
Rotação em torno de um
eixo fixo

• A posição de P é definida pelo vetor posição r, que se estende


de O a P.

• Se o corpo gira dq, P se deslocará ds = r dq.

• A velocidade de P tem uma intensidade que pode ser


determinada dividindo-se ds = r dq por dt de maneira que

u = wr

• A intensidade e a direção de v também podem ser calculadas

v = w X rP
Rotação em torno de um
eixo fixo

• A aceleração de P pode ser expressa em termos de suas


componentes normais e tangenciais:

at = ar
an = v2r

A componente tangencial
da aceleração representa a
taxa temporal de variação na
intensidade da velocidade:
Análise do movimento
absoluto

• Um corpo submetido ao movimento plano geral sofre


translação e rotação simultâneas.

• Se o corpo é representado por uma placa fina, a placa translada


em seu plano e gira em torno de um eixo perpendicular a ele.

• O movimento pode ser completamente especificado


conhecendo-se ambos, a rotação angular de uma linha fixa
sobre o corpo e o movimento de um ponto sobre o corpo.

• Uma maneira de relacionar esses movimentos é usar uma


coordenada de posição retilínea s para localizar o ponto ao
longo de sua trajetória e uma coordenada de posição angular q
para especificar a orientação da linha.
Análise do movimento
relativo: velocidade

• O sistema de coordenadas x, y é fixo e mede a posição absoluta


de dois pontos A e B sobre o corpo, aqui representado como
uma barra:
Análise do movimento
relativo: velocidade

• O vetor posição rA na figura anterior especifica a localização do


“ponto base” A, e o vetor posição relativa rB/A localiza o ponto B
em relação ao ponto A.

• Durante um instante de tempo dt, os pontos A e B sofrem


deslocamentos drA e drB:
Análise do movimento
relativo: velocidade

• Se considerarmos o movimento plano geral por suas partes


componentes, a barra inteira primeiro translada de uma
quantidade drA de maneira que A, o ponto base, se desloca para
sua posição final e o ponto B se desloca para B’:
Análise do movimento
relativo: velocidade

• A equação vB = vA + vB/A estabelece que a velocidade de B


(figura abaixo) é determinada considerando-se que a barra
inteira realiza translação com velocidade vA (figura ao lado), e
rotaciona em torno de A com velocidade angular w (figura
seguinte):
Análise do movimento
relativo: velocidade
Análise do movimento
relativo: velocidade

• A adição vetorial desses dois efeitos, aplicada a B, resulta em vB:

• Por exemplo, o ponto A na barra de ligação AB na figura a seguir


tem de se deslocar ao longo de uma trajetória horizontal,
enquanto o ponto B se desloca ao longo de uma trajetória
circular.

• As direções de vA e vB podem, portanto, ser estabelecidas, visto


que elas são sempre tangentes às suas trajetórias de movimento
(figura abaixo).
Análise do movimento
relativo: velocidade
Análise do movimento
relativo: velocidade

• No caso da roda na figura abaixo, que rola sem deslizar, o ponto


A na roda pode ser escolhido no solo:
Centro instantâneo de
velocidade nula

• A velocidade de qualquer ponto B localizado sobre um corpo


rígido pode ser obtida de uma maneira muito direta escolhendo
o ponto base A para ser um ponto que tem velocidade nula
no instante considerado.

• Para um corpo com um movimento plano geral, o ponto A


assim escolhido é chamado de centro instantâneo de
velocidade nula (CI), e ele se encontra no eixo instantâneo de
velocidade nula.

• Em decorrência do movimento circular, a direção de vB tem de


ser sempre perpendicular a rB/CI.
Localização do CI

• Para localizar o CI há várias possibilidades:

1. A velocidade vA de um ponto A sobre o corpo e a velocidade


angular w do corpo são conhecidas:
Localização do CI

• Para localizar o CI há várias possibilidades:

2. As linhas de ação de duas velocidades não paralelas vA e vB são


conhecidas:
Localização do CI

• Para localizar o CI há várias possibilidades:

3. A intensidade e direção de duas velocidades paralelas vA e vB


são conhecidas:
Análise do movimento
relativo: aceleração

• A equação da aceleração relativa pode ser escrita na forma:

aB = aA + (aB/A)t + (aB/A)n

• onde

• aB = aceleração do ponto B
• aA = aceleração do ponto A
• (aB/A)t = componente da aceleração tangencial de B em relação a
A.
• (aB/A)n = componente da aceleração normal de B em relação a A.

• Os termos na equação acima estão representados graficamente


na figura a seguir.
Análise do movimento
relativo: aceleração
Análise do movimento
relativo: aceleração

• A soma vetorial desses dois efeitos aplicada a B produz aB:

• Visto que as componentes da aceleração relativa representam o


efeito do movimento circular observado a partir dos eixos de
translação tendo sua origem no ponto base A, a equação
anterior torna-se

aB = aA + a X rB/A - v2rB/A
Análise do movimento
relativo usando-se um
sistema de eixos em
rotação

• Considere os dois pontos A e B mostrados na figura abaixo:


Análise do movimento
relativo usando-se um
sistema de eixos em
rotação

• Utilizando a adição vetorial, os três vetores posição na figura


anterior estão relacionados pela equação

rB = rA + rB/A

• A velocidade do ponto B é determinada fazendo-se a derivada


temporal dessa equação, que resulta em
Análise do movimento
relativo usando-se um
sistema de eixos em
rotação

• O último termo desta equação é avaliado como a seguir:


Análise do movimento
relativo usando-se um
sistema de eixos em
rotação

• As variações, di e dj, são ocasionadas apenas pela rotação dq


dos eixos x, y, z, fazendo com que i se torne i’ = i + di e j se
torne j’ = j + dj:
Análise do movimento
relativo usando-se um
sistema de eixos em
rotação

• Vendo os eixos em três dimensões, e observando que Ω = Ω k,


podemos expressar as derivadas anteriores em termos do
produto vetorial como:
Análise do movimento
relativo usando-se um
sistema de eixos em
rotação

• Por conseguinte, a primeira equação torna-se


Análise do movimento
relativo usando-se um
sistema de eixos em
rotação

• A aceleração de B pode ser expressa em termos de seu


movimento medido em relação ao sistema de coordenadas em
rotação fazendo-se a derivada temporal da equação anterior:

• De maneira que
Análise do movimento
relativo usando-se um
sistema de eixos em
rotação
Análise do movimento
relativo usando-se um
sistema de eixos em
rotação
Cinética do
movimento
plano de um corpo
rígido:
força e aceleração
Objetivos

• Apresentar os métodos usados para determinar o momento de


inércia de massa de um corpo.

• Desenvolver as equações cinéticas do movimento plano para


um corpo rígido simétrico.

• Discutir aplicações dessas equações para corpos submetidos a


translação, rotação em torno de um eixo fixo e movimento
plano geral.
Momento de inércia de
massa

• O símbolo I é denominado momento de inércia de massa.

• Por comparação, o momento de inércia é uma medida da


resistência de um corpo à aceleração angular (M = Ia), da
mesma maneira que massa é uma medida da resistência do
corpo à aceleração (F = ma).

• Definimos o momento de inércia como a integral do “segundo


momento” em relação a um eixo de todos os elementos de
massa dm que compõem o corpo.

• Por exemplo, o momento de inércia do corpo em relação ao


eixo z na figura a seguir é
Momento de inércia de
massa
Momento de inércia de
massa

• Se o momento de inércia do corpo em relação a um eixo que


passa pelo centro de massa do corpo é conhecido, o momento
de inércia em relação a qualquer outro eixo paralelo pode ser
determinado utilizando-se o teorema dos eixos paralelos.

• Esse teorema pode ser derivado considerando-se o corpo


mostrado na figura a seguir.

• O momento de inércia em relação ao eixo z pode ser escrito


como
Momento de inércia de
massa
Momento de inércia de
massa

• Ocasionalmente, o momento de inércia de um corpo em


relação a um eixo especificado é descrito em manuais utilizando
o raio de giração, k.

• Quando ele e a massa m do corpo são conhecidos, o momento


de inércia do corpo é determinado a partir da equação

• Se um corpo consiste em certo número de formas simples,


como discos, esferas e barras, o momento de inércia do corpo
em relação a qualquer eixo pode ser determinado somando-se
algebricamente os momentos de inércia de todas as formas que
o compõem calculadas em relação ao eixo.
Equações da cinética do
movimento plano

Equação de movimento translacional

• Estabelece que a soma de todas as forças externas atuando


sobre o corpo é igual à massa do corpo vezes a aceleração de
seu centro de massa G.
ΣF = maG

Equação de movimento rotacional

• Estabelece que a soma dos momentos de todas as forças


externas em relação ao centro de massa G do corpo é igual ao
produto do momento de inércia do corpo em relação a um
eixo passando por G e a aceleração angular do corpo.
ΣMG = IGa
Equações da cinética do
movimento plano

Aplicação geral das equações de movimento

• Três equações escalares independentes podem ser escritas para


descrever o movimento plano geral de um corpo rígido
simétrico:
ΣFx = m(aG)x
ΣFy = m(aG)y
ΣMG = IGa
• ou
ΣMP = Σ( k)P

• Devemos sempre construir um diagrama de corpo livre (figura


a seguir), a fim de levar em consideração os termos envolvidos
em ΣFx, ΣFy, ΣMG ou ΣMP.
Equações da cinética do
movimento plano

Aplicação geral das equações de movimento


Equações de movimento:
translação

• Quando o corpo rígido na figura abaixo sofre uma translação,


todas as partículas do corpo têm a mesma aceleração:
Equações de movimento:
translação

• Quando um corpo é submetido a translação retilínea, todas


as partículas do corpo (placa) se deslocam ao longo de
trajetórias retilíneas paralelas.

• Os diagramas de corpo livre e cinético são mostrados abaixo:


Equações de movimento:
translação

Quando um corpo rígido é submetido


a translação curvilínea, todas as
partículas do corpo possuem a mesma
aceleração, dado que se deslocam ao
longo de trajetórias curvas:
Equações de movimento:
rotação em torno de um
eixo fixo

• Considere o corpo rígido (ou placa) que está restrito a girar no


plano vertical em torno de um eixo fixo perpendicular à página
e passando pelo pino em O:
Equações de movimento:
rotação em torno de um
eixo fixo

Os diagramas cinéticos e de corpo


livre para o corpo são:
Equações de movimento:
rotação em torno de um
eixo fixo

• Frequentemente, é conveniente somar os momentos em


relação ao pino em O, a fim de eliminar a força desconhecida FO.

• Isto requer

• Consequentemente, podemos escrever as três equações de


movimento para o corpo como
Equações de movimento:
movimento plano geral

• O corpo rígido (ou placa) mostrado na figura abaixo está


submetido ao movimento plano geral causado pelo sistema de
forças e momentos de binário aplicado externamente:
Equações de movimento:
movimento plano geral

Os diagramas cinético e de
corpo livre para o corpo são:
Equações de movimento:
movimento plano geral

• Se um sistema de coordenadas inercial x e y é estabelecido


como mostrado, as três equações de movimento são

• Em alguns problemas, pode ser conveniente somar os


momentos em relação a outro ponto P, em vez de G:
Equações de movimento:
movimento plano geral

• Há um tipo de problema particular que envolve um disco


uniforme, ou corpo de formato circular, que rola sobre uma
superfície áspera sem deslizar.

• Se somarmos os momentos em relação ao centro instantâneo


de velocidade nula, então torna-se ICIa, de maneira que
Cinética do
movimento plano
de um corpo rígido:
trabalho e energia
Objetivos

• Desenvolver formulações para a energia cinética de um corpo e


definir as várias maneiras de uma força e um binário realizarem
trabalho.

• Aplicar o princípio do trabalho e energia para resolver


problemas da cinética do movimento plano de um corpo rígido
que envolvem força, velocidade e deslocamento.

• Mostrar como a conservação da energia pode ser usada para


resolver problemas da cinética do movimento plano de um
corpo rígido.
Energia cinética

• Consideraremos o corpo rígido mostrado na figura abaixo, que


está representado aqui por uma placa que se move no plano de
referência inercial x–y:
Energia cinética

• Uma i-ésima partícula arbitrária do corpo, tendo massa dm, está


localizada a uma distância r do ponto arbitrário P.

• Se, no instante mostrado, a partícula tem velocidade vi, sua


energia cinética é

• Assim,

• Se o ponto P coincide com o centro de massa G do corpo,


então
Energia cinética

• Quando um corpo rígido de massa m é submetido à


translação, retilínea ou curvilínea, a energia cinética devido à
rotação é zero, visto que w = 0.

• A energia cinética do corpo é, portanto,


Energia cinética

• Quando um corpo rígido gira em torno de um eixo fixo


que passa através do ponto O, o corpo tem energia cinética
translacional e rotacional, de modo que

• Portanto,
Energia cinética

• Quando um corpo rígido é submetido ao movimento plano


geral, ele tem velocidade angular w e seu centro de massa tem
velocidade vG.

• Portanto, a energia cinética é

• Essa equação também pode ser expressa


em termos do movimento do corpo em
relação a seu centro instantâneo de
velocidade nula, ou seja,
Trabalho de uma força
variável

• Se uma força externa F age sobre um corpo, o trabalho


realizado pela força, quando o corpo se move ao longo da
trajetória s, é
Trabalho de uma força
constante

• Se uma força externa Fc age sobre um corpo e mantém


intensidade constante Fc e direção constante q, enquanto o
corpo passa por uma translação s, a equação anterior deve ser
integrada, de modo que o trabalho torna-se
Trabalho de um peso

• O peso de um corpo realiza trabalho apenas quando o centro


de massa G do corpo sofre um deslocamento vertical Δy.

• Se esse deslocamento é ascendente, o trabalho é negativo, visto


que o peso é oposto ao deslocamento:
Trabalho de uma força
de mola

• Se uma mola linear elástica está fixada a um corpo, a força da


mola Fs = ks atuando sobre o corpo realiza trabalho quando a
mola se estende ou se comprime de s1 até uma posição
adicional s2.

• Em ambos os casos, o trabalho será negativo, visto que o


deslocamento do corpo é na direção oposta à força. O trabalho
é:
Forças que não realizam
trabalho

• Há algumas forças externas que não realizam trabalho quando o


corpo é deslocado.

• Essas forças atuam em pontos fixos do corpo, ou têm uma


direção perpendicular a seu deslocamento.
Trabalho de um binário

• Considere o corpo na figura abaixo, que é submetido a um


momento de binário M = Fr:
Trabalho de um binário

• Quando o corpo translada, o trabalho de cada força é


produzido somente pela componente do deslocamento ao
longo da linha de ação das forças dst:
Trabalho de um binário

• Quando o corpo sofre uma rotação diferencial dq, em torno do


ponto arbitrário O, cada força sofre um deslocamento
dsq = (r/2)dq na direção da força:
Trabalho de um binário

• Quando o corpo gira no plano através de um ângulo finito q,


medido em radianos, de q1 a q2, o trabalho de um momento de
binário é, portanto,

• Se o momento de binário M tem uma intensidade constante,


então
Princípio do trabalho e
energia

• Aplicando-se o princípio do trabalho e energia a cada uma das


partículas de um corpo rígido e somando algebricamente os
resultados, visto que a energia é escalar, o princípio do trabalho
e energia para um corpo rígido torna-se

• Note que o trabalho das forças internas do corpo não precisa


ser considerado.

• Essas forças ocorrem em pares colineares iguais, mas opostos,


de maneira que, quando o corpo se desloca, o trabalho de uma
força cancela-se com aquele de sua oposta.
Conservação da energia

• Quando um sistema de forças que atuam sobre um corpo


rígido consiste apenas em forças conservativas, o teorema da
conservação da energia pode ser usado para resolver um
problema que, de outra forma, seria resolvido pelo princípio do
trabalho e energia.

• Esse teorema é frequentemente mais fácil de aplicar, visto que o


trabalho de uma força conservativa é independente da
trajetória, e depende somente das posições inicial e final do
corpo.

• O trabalho de uma força conservativa pode ser expresso como


a diferença na energia potencial do corpo, medida a partir de
um datum ou uma referência selecionada arbitrariamente.
Energia potencial
gravitacional

• Visto que se pode considerar o peso total de um corpo como


concentrado em seu centro de gravidade, a energia potencial
gravitacional do corpo é determinada quando se sabe a altura
do centro de gravidade do corpo, acima ou abaixo de uma
referência horizontal:
Energia potencial
elástica

• A energia potencial elástica que uma mola transmite a um


corpo preso a ela, quando é distendida ou comprimida a partir
de uma posição não deformada (s = 0) até uma posição final s é
Conservação da energia

• Em geral, se um corpo for submetido a ambas as forças,


gravitacional e elástica, a energia potencial total pode ser
expressa com uma função potencial, representada pela soma
algébrica

• Podemos reescrever o princípio do trabalho e energia de um


corpo rígido como

• Se o termo (ΣU1-2)não cons for zero, então


Cinética do
movimento plano
de um corpo rígido:
impulso e
quantidade de
movimento
Objetivos

• Desenvolver formulações para a quantidade de movimento


linear e angular de um corpo.

• Aplicar os princípios de impulso e quantidade de movimento


linear e angular para resolver problemas de cinética plana de
um corpo rígido que envolvem força, velocidade e tempo.

• Discutir a aplicação da conservação da quantidade de


movimento.

• Analisar a mecânica do impacto excêntrico.


Quantidade de
movimento linear e
angular

• A quantidade de movimento linear de um corpo rígido é


determinada somando-se vetorialmente a quantidade de
movimentos lineares de todas as partículas do corpo.

• Uma vez que Σmivi = mvG, também podemos escrever L = mvG

• HP representa a quantidade de movimento angular do


corpo em relação a um eixo perpendicular (o eixo z) ao plano
de movimento que passa pelo ponto P:

• Se P coincide com o centro de massa G do corpo


Quantidade de
movimento linear e
angular

• Quando um corpo rígido é submetido a uma translação


retilínea ou curvilínea, então w = 0 e seu centro de massa tem
velocidade vG = v.

• Assim, a quantidade de movimento linear e a quantidade de


movimento angular em relação a G se tornam
Quantidade de
movimento linear e
angular

• Quando um corpo rígido está girando em torno de um


eixo fixo, a quantidade de movimento linear e a quantidade de
movimento angular em relação a G são
Quantidade de
movimento linear e
angular

• Quando um corpo rígido é submetido a um movimento


plano geral, a quantidade de movimento linear e a quantidade
de movimento angular em relação a G se tornam
Princípio do impulso e
quantidade de
movimento

• O princípio de impulso e quantidade de movimento


linear estabelece que a soma de todos os impulsos criados
pelo sistema de forças externas que atua sobre o corpo
durante o intervalo de tempo t1 a t2 é igual à variação na
quantidade de movimento linear do corpo durante esse
intervalo de tempo:
Princípio do impulso e
quantidade de
movimento
Princípio do impulso e
quantidade de
movimento

• As equações abaixo são conhecidas como o princípio de


impulso e quantidade de movimento angular.

• Ambas as equações estabelecem que a soma dos impulsos


angulares que atuam sobre o corpo durante o intervalo de
tempo t1 a t2 é igual à variação da quantidade de movimento
angular do corpo durante esse intervalo de tempo:
Princípio do impulso e
quantidade de
movimento

• As três equações escalares seguintes podem ser escritas para


descrever o movimento plano do corpo:
Conservação da
quantidade de
movimento

• Conservação da quantidade de movimento linear:

• Conservação da quantidade de movimento angular:


Impacto excêntrico

• O impacto excêntrico ocorre quando a linha conectando os


centros de massa de dois corpos não coincide com a linha de
impacto:
Impacto excêntrico

• Diagramas cinemáticos para ambos os corpos imediatamente


antes da colisão:
Impacto excêntrico

• O impulso resultante é mostrado nos diagramas de impulso


para ambos os corpos:
Impacto excêntrico

• Quando a deformação no ponto C é máxima, C em ambos os


corpos se desloca com uma velocidade comum v ao longo da
linha de impacto:
Impacto excêntrico

• A fase de restituição cria uma força impulsiva R igual, mas


oposta, atuando entre os corpos como mostrado no diagrama
de impulso:
Impacto excêntrico

• Após a restituição, os corpos se afastam de tal maneira que o


ponto C no corpo B tem uma velocidade (vB)2 e o ponto C no
corpo A tem uma velocidade (uA)2, onde (uB)2 > (uA)2:
Cinemática
tridimensional de
um corpo rígido
Objetivos

• Analisar a cinemática de um corpo submetido à rotação em


torno de um ponto fixo e ao movimento plano geral.

• Fornecer uma análise do movimento relativo de um corpo


rígido utilizando eixos transladando e rotacionando.
Rotação em torno de um
ponto fixo

• Quando um corpo rígido gira em torno de um ponto fixo, a


distância r do ponto até uma partícula localizada sobre o corpo
é a mesma para qualquer posição do corpo.

• O teorema de Euler estabelece que duas rotações


“componentes” em torno de eixos diferentes que passam
através de um ponto são equivalentes a uma única rotação
resultante em torno de um eixo que passa pelo mesmo ponto.

• Se mais de duas rotações são aplicadas, elas podem ser


combinadas em binários, e cada binário pode ser adicionalmente
reduzido e combinado em uma rotação.
Rotação em torno de um
ponto fixo

• Se as rotações componentes usadas no teorema de Euler são


finitas, é importante que a ordem na qual elas são aplicadas seja
mantida.

• Para demonstrar isso, considere as duas rotações finitas q1 + q2


aplicadas ao bloco:
Rotação em torno de um
ponto fixo

• Quando essas duas rotações são aplicadas na ordem q2 + q1 a


posição final do bloco não é a mesma que a da figura anterior:
Rotação em torno de um
ponto fixo

• Quando se definem os movimentos angulares de um corpo


submetido a um movimento tridimensional, apenas rotações
infinitesimalmente pequenas devem ser consideradas.

• Tais rotações podem ser classificadas como vetores, visto que


elas podem ser somadas vetorialmente de qualquer maneira.

• Para demonstrar isso, com o objetivo de simplificar, vamos


considerar o próprio corpo rígido como uma esfera à qual é
permitido girar em torno de seu ponto fixo central O.

• Veja a figura a seguir.


Rotação em torno de um
ponto fixo
Rotação em torno de um
ponto fixo

• Se o corpo está sujeito a uma rotação angular dq em torno de


um ponto fixo, a velocidade angular do corpo é definida pela
derivada temporal:
Rotação em torno de um
ponto fixo

• A aceleração angular do corpo é determinada a partir da


derivada temporal de sua velocidade angular, ou seja:
Rotação em torno de um
ponto fixo

• Como a direção do eixo instantâneo de rotação (ou a linha de


ação de w) varia no espaço, o lugar geométrico do eixo gera um
cone do espaço fixo:
Rotação em torno de um
ponto fixo

• Assim que w é especificado, a velocidade de qualquer ponto


sobre um corpo que gira em torno de um ponto fixo pode ser
determinada utilizando-se os mesmos métodos como para um
corpo girando em torno de um eixo fixo.

• Por conseguinte, pelo produto vetorial,

v=wXr

• Se w e a são conhecidos em um dado instante, a aceleração de


um ponto pode ser obtida a partir da derivada temporal da
equação acima, a qual resulta em

a = a X r + w X (w X r)
Movimento geral

• A figura abaixo mostra um corpo rígido sujeito ao movimento


geral em três dimensões para o qual a velocidade angular é w e
a aceleração angular é a:
Movimento geral

• Para eixos em translação, os movimentos relativos estão


relacionados com os movimentos absolutos por vB = vA + vB/A e
aB = aA + aB/A, de maneira que a velocidade absoluta e a
aceleração do ponto B podem ser determinadas a partir das
equações
Análise do movimento
relativo usando eixos
transladando e
rotacionando
• A forma mais geral para analisar o movimento tridimensional de
um corpo rígido requer o uso dos eixos x, y, z que transladam e
rotacionam em relação a um segundo sistema X, Y, Z.

• Se a posição de “B em relação a A” é especificada pelo vetor


posição relativa rB/A (figura a seguir), então, pela adição vetorial,
rB = rA + rB/A

• A velocidade do ponto B medida a partir de X, Y, Z pode ser


determinada calculando-se a derivada temporal da equação
acima, portanto
Análise do movimento
relativo usando eixos
transladando e
rotacionando
Análise do movimento
relativo usando eixos
transladando e
rotacionando
• A aceleração do ponto B medida a partir de X, Y, Z é
determinada calculando-se a derivada temporal da equação
anterior.

• As derivadas temporais das velocidades absolutas definidas no


primeiro e segundo termos representam aB e aA,
respectivamente.

• Substituindo o resultado e a equação na equação anterior e


simplificando, temos
Cinética
tridimensional de
um corpo rígido
Objetivos

• Introduzir os métodos para determinar os momentos de inércia


e produtos de inércia de um corpo em relação a vários eixos.

• Demonstrar como aplicar os princípios do trabalho e energia e


quantidade de movimento linear e angular a um corpo rígido
com movimento tridimensional.

• Desenvolver e aplicar as equações de movimento em três


dimensões.

• Estudar o movimento giroscópico e livre de torque.


Momentos e produtos de
inércia

• O momento de inércia para um elemento diferencial dm do


corpo em relação a qualquer um dos eixos de coordenadas é
definido como o produto da massa do elemento e o quadrado
da distância mais curta do eixo até o elemento:
Momentos e produtos de
inércia

• O momento de inércia Ixx para o corpo pode ser determinado


integrando-se essa expressão sobre a massa total do corpo.

• Assim, para cada um dos eixos, podemos escrever:


Momentos e produtos de
inércia

• O produto de inércia para um elemento diferencial dm em


relação a um conjunto de dois planos ortogonais é definido
como o produto da massa do elemento e as distâncias
perpendiculares (ou mais curtas) dos planos até o elemento.

• Observe que dIyx = dIxy. Integrando-se sobre a massa inteira, os


produtos de inércia do corpo em relação a cada combinação de
planos podem ser expressos como
Momentos e produtos de
inércia

• O teorema dos eixos paralelos nos permite transferir o


momento de inércia de um corpo em relação a um eixo
passando por seu centro de massa G para um eixo paralelo
passando por algum outro ponto.

• Se G tem as coordenadas xG, yG, zG definidas em relação aos


eixos x, y, z (figura a seguir), as equações dos eixos paralelos
usadas para calcular os momentos de inércia em relação aos
eixos x, y, z são
Momentos e produtos de
inércia
Momentos e produtos de
inércia

• Definindo as distâncias perpendiculares entre os planos como


xG, yG e zG (figura anterior), as equações dos planos paralelos
podem ser escritas como

• Matriz chamada de tensor de inércia:


Momentos e produtos de
inércia

• Considere o corpo mostrado na figura abaixo, onde os nove


elementos do tensor de inércia foram determinados em relação
aos eixos x, y, z, tendo origem em O:
Momentos e produtos de
inércia

• O momento de inércia pode ser expresso como

• Após a substituição e a realização do produto escalar, o


momento de inércia é
Momentos e produtos de
inércia

• Reconhecendo as integrais como os momentos e produtos de


inércia do corpo, temos

Quantidade de movimento angular


• Considere o corpo rígido na figura a seguir, o qual tem massa m
e centro de massa em G.

• O somatório dos momentos de todas as partículas do corpo


requer uma integração. Temos
Quantidade de
movimento angular
Quantidade de
movimento angular

• Se A passa a ser um ponto fixo O no corpo, então vA = 0 e a


equação anterior reduz-se a
Quantidade de
movimento angular

• Se A está localizado no centro de massa G do corpo, então


ʃmrA dm = 0 e
Quantidade de
movimento angular

• Em geral, A pode ser outro ponto diferente de O ou G


Quantidade de
movimento angular

• O princípio de impulso e quantidade de movimento


pode ser usado para resolver problemas cinéticos que
envolvem força, velocidade e tempo.

• Para esse caso, as duas equações vetoriais seguintes estão


disponíveis:
Energia cinética

• A fim de aplicar o princípio do trabalho e energia para resolver


problemas envolvendo movimento de corpo rígido geral,
primeiro é necessário formular expressões para a energia
cinética do corpo.

• Para fazer isso, considere o corpo rígido mostrado na figura a


seguir, o qual tem massa m e centro de massa em G.

• A energia cinética da i-ésima partícula do corpo com massa mi e


velocidade vi, medida em relação ao sistema de referência
inercial X, Y, Z, é
Energia cinética
Energia cinética

• Utilizando essa expressão, a energia cinética para a partícula


pode ser escrita como

• A energia cinética para o corpo inteiro é obtida somando-se as


energias cinéticas de todas as partículas do corpo.

• Isso exige uma integração


Energia cinética

• O resultado final é

• Se A é um ponto fixo O no corpo, então vA = 0, podemos


expressar a equação acima como

• Substituir na equação acima e realizar as operações do produto


escalar resulta em
Energia cinética

• Se A está localizado no centro de massa G do corpo,


podemos escrever a equação anterior como

• De maneira similar àquela para um ponto fixo, o último termo


do lado direito pode ser representado na forma escalar, caso
em que

• O princípio de trabalho e energia pode ser aplicado para


resolver problemas cinéticos que envolvem força, velocidade e
deslocamento
Equações de movimento

• O movimento translacional de um corpo é definido em


termos da aceleração do centro de massa do corpo, que é
medido a partir de uma referência X, Y, Z inercial.

• A equação de movimento translacional para o corpo pode ser


escrita na forma vetorial como

• ou pelas três equações escalares


Equações de movimento

• Conjuntos de equações de momento representam uma série de


três equações diferenciais não lineares de primeira ordem:
Movimento giroscópico

• Começando com os eixos X, Y, Z e x, y, z coincidentes, a


posição final do pião pode ser determinada usando os três
passos seguintes:
Movimento giroscópico

1. Gire o pião em torno do eixo Z (ou z) através de um ângulo


f (0 ≤ f < 2p):
Movimento giroscópico

2. Gire o pião em torno do eixo x através de um ângulo


q (0 ≤ q ≤ p):
Movimento giroscópico

3. Gire o pião em torno do eixo z através de um ângulo


y (0 ≤ y ≤ 2p) para obter a posição final:
Movimento giroscópico

• Suas direções positivas são mostradas na figura abaixo:


Movimento giroscópico

• Assim, a velocidade angular do corpo é

• E a velocidade angular dos eixos é


Movimento giroscópico

• Um giroscópio é um rotor que gira a uma taxa muito alta em


torno de seu eixo de simetria.

• Essa taxa de rotação é consideravelmente maior que sua taxa


de rotação precessional em torno do eixo vertical.

• Assim, para todos os fins práticos, supõe-se que a quantidade de


movimento angular do giroscópio possa ser direcionada ao
longo de seu eixo de rotação.

• Desse modo, para o rotor giroscópico mostrado na figura a


seguir, wz >> Ωy, e a intensidade da quantidade de movimento
angular em relação ao ponto O reduz-se à forma HO = Izwz.
Movimento giroscópico
Movimento giroscópico

• Visto que tanto a intensidade quanto a direção de HO são


constantes como observado a partir de x, y, z, a aplicação direta
da equação anterior resulta em

• Quando um giroscópio é montado em uma articulação tipo


Cardan, ele se torna livre de momentos externos aplicados à
sua base
Movimento livre de
torque

• Quando a única força externa que atua sobre um corpo é


causada pela gravidade, o movimento geral do corpo é chamado
de movimento livre de torque.

• Esse tipo de movimento é característico de planetas, satélites


artificiais e projéteis — contanto que o atrito do ar seja
desprezado.

• A fim de descrever as características desse movimento, a


distribuição da massa do corpo será considerada como tendo
simetria axial.

• O satélite é um exemplo de corpo dessa natureza, em que o


eixo z representa um eixo de simetria.
Movimento livre de
torque
Movimento livre de
torque

• Equacionar as componentes i, j e k resulta em

• Chegamos a

• Eliminar HG da segunda e terceira das equações acima resulta na


relação seguinte entre a rotação e a precessão:
Vibrações
Objetivos

• Discutir a vibração de um grau de liberdade não amortecida de


um corpo rígido usando os métodos de equação de movimento
e energia.

• Estudar a análise da vibração forçada não amortecida e da


vibração forçada amortecida viscosa.
Vibração livre não
amortecida

• Uma vibração é o movimento periódico de um corpo ou


sistema de corpos conectados deslocados de uma posição de
equilíbrio.

• Em geral, há dois tipos de vibração:

1. A vibração livre ocorre quando o movimento é mantido por


forças restauradoras gravitacionais ou elásticas, como o
movimento de oscilação de um pêndulo ou a vibração de uma
barra elástica.

2. A vibração forçada é causada por uma força externa,


intermitente ou periódica, aplicada ao sistema.
Vibração livre não
amortecida

• Vibrações não amortecidas excluem os efeitos do atrito na


análise.

• Já que, na realidade, forças de atrito internas e externas estão


presentes, o movimento de todos os corpos em vibração é, na
realidade, amortecido.

• O tipo mais simples de movimento vibratório é a vibração livre


não amortecida, representada pelo modelo de bloco e mola
mostrado na figura a seguir.

• O movimento vibratório ocorre quando o bloco é solto de


uma posição deslocada x, de maneira que a mola puxa o bloco
para si.
Vibração livre não
amortecida
Vibração livre não
amortecida

• O diagrama de corpo livre é


Vibração livre não
amortecida

• O movimento descrito dessa maneira é chamado de


movimento harmônico simples.

• Rearranjar os termos em uma “forma padrão” resulta em

• A constante wn, geralmente informada em rad/s, é chamada de


frequência natural e, nesse caso,
Vibração livre não
amortecida

• A equação anterior também pode ser obtida considerando-se o


bloco como estando suspenso, de modo que o deslocamento y
é medido a partir da posição de equilíbrio:
Vibração livre não
amortecida

• Assim, quando o bloco é deslocado uma distância y para baixo


dessa posição, a intensidade da força de mola é F = W + ky:
Vibração livre não
amortecida

• Usando os métodos de equações diferenciais, pode-se


demonstrar que a solução geral é

• A velocidade e aceleração do bloco são determinadas tomando


sucessivas derivadas de tempo, o que resulta em
Métodos de energia

• O movimento harmônico simples de um corpo, discutido na


seção anterior, é causado somente por forças restauradoras
elásticas e gravitacionais que atuam sobre o corpo.

• Já que essas forças são conservativas, também é possível usar a


equação de conservação da energia para obter a frequência
natural ou período de vibração do corpo.

• Para demonstrar como fazer isso, considere mais uma vez o


modelo de bloco e mola
Métodos de energia

• Já que a energia é conservada, é necessário que

• Se a equação de conservação de energia é escrita para um


sistema de corpos conectados, a frequência natural ou a
equação de movimento também pode ser determinada pela
diferenciação com relação ao tempo.

• Não é necessário desmembrar o sistema para levar em


consideração as forças internas, porque elas não realizam
trabalho.
Vibração forçada não
amortecida

• O bloco e mola mostrados na figura a seguir fornecem um


modelo conveniente que representa as características
vibracionais de um sistema submetido a uma força periódica
F = F0 sen w0t.

• Essa força tem amplitude F0 e frequência de forçamento w0.

• O diagrama de corpo livre para o bloco quando ele é deslocado


por uma distância x é mostrado na figura abaixo.

• Aplicando a equação de movimento, temos


Vibração forçada não
amortecida
Vibração forçada não
amortecida

• A solução complementar é determinada estabelecendo-se o


termo do lado direito da equação anterior igual a zero e
solucionando a equação homogênea resultante.

• A solução é

• Visto que o movimento é periódico, a solução particular da


equação anterior pode ser determinada presumindo uma
solução da forma
Vibração forçada não
amortecida

• Tomar a segunda derivada de tempo e substituir na mesma


equação resulta em

• Removendo sen w0t e solucionando para X, obtemos

• Obtemos a solução particular


Vibração forçada não
amortecida

• A solução geral é, portanto, a soma de duas funções de seno


com frequências diferentes.

• Para essa razão, a vibração livre é referida como passageira ou


transitória, e a vibração forçada é chamada de estado constante
ou em regime permanente, já que é a única vibração que resta.

• Então
Vibração forçada não
amortecida

• Vibrações forçadas também podem surgir da excitação


periódica do suporte de um sistema:
Vibração forçada não
amortecida

• O diagrama de corpo livre para o bloco, neste caso, é

• Aplicar a equação do movimento resulta em


Vibração livre
amortecida viscosa

• Em muitos casos, o amortecimento é atribuído à resistência


criada pela substância, como água, óleo ou ar, na qual o sistema
vibra.

• Contanto que o corpo se desloque lentamente através dessa


sustância, a resistência ao movimento é diretamente
proporcional à velocidade do corpo.

• O tipo de força desenvolvido sob essas condições é chamado


de força de amortecimento viscosa.

• A intensidade dessa força é expressa por uma equação na


forma
Vibração livre
amortecida viscosa

• O movimento de vibração de um corpo ou sistema com


amortecimento viscoso pode ser caracterizado pelo bloco e
mola mostrados na figura abaixo:
Vibração livre
amortecida viscosa

• Se o bloco é deslocado uma distância x de sua posição de


equilíbrio, o diagrama de corpo livre resultante é

• Tanto a mola quanto a força de amortecimento se opõem ao


movimento do bloco para a frente, de maneira que aplicar a
equação de movimento resulta em
Vibração livre
amortecida viscosa

• Pela fórmula quadrática, os dois valores de l são

• O coeficiente de amortecimento crítico cc como o valor de c


que faz o radical nas equações acima ser igual a zero; ou seja,
Vibração livre
amortecida viscosa

• Quando c > cc, as raízes l1 e l2 são ambas reais.

• A solução geral pode, então, ser escrita como

• Se c = cc, então l1 = l2 = -cc/2m = -wn.

• Essa situação é conhecida como amortecimento crítico, já que ele


representa uma condição em que c tem o menor valor
necessário para fazer com que o sistema seja não vibratório.

• A solução para o amortecimento crítico é


Vibração livre
amortecida viscosa

• Frequentemente, c < cc, caso em que o sistema é referido como


subamortecido.

• Nesse caso, as raízes l1 e l2 são números complexos, e é


possível ser demonstrado que a solução geral pode ser escrita
como

• A constante wd é chamada de frequência natural amortecida do


sistema.

• Ela tem um valor de


Vibração livre
amortecida viscosa

• O gráfico da equação anterior é mostrado abaixo:

• Usando a frequência
natural amortecida wd, o
período de vibração
amortecida pode ser
escrito como
Vibração forçada
amortecida viscosa

• Se um amortecedor é fixado ao bloco e à mola, a equação


diferencial que descreve o movimento torna-se

• Uma equação similar pode ser escrita para um bloco e mola


com um deslocamento de suporte periódico, os quais incluem
os efeitos de amortecimento.

• Como todos os sistemas são submetidos ao atrito, esta solução


será amortecida com o tempo.

• Apenas a solução particular, que descreve a vibração em regime


permanente do sistema, permanecerá.
Vibração forçada
amortecida viscosa

• Já que a função de forçamento aplicada é harmônica, o


movimento em regime permanente também será harmônico.

• Consequentemente, a solução particular estará na forma

• A amplitude é obtida usando a identidade sen2 f’ + cos2 f’ = 1,


o que resulta em
Vibração forçada
amortecida viscosa

• Dividir a primeira equação pela segunda resulta em

• As equações anteriores também podem ser escritas como

• Desse modo
Vibração forçada
amortecida viscosa

• O FA é colocado na figura abaixo versus a razão de frequência


w0/wn para vários valores do fator de amortecimento c/cc:
Analogias de circuitos
elétricos

• As características de um sistema mecânico vibratório podem


ser representadas por um circuito elétrico.

• Considere o circuito mostrado na figura abaixo, que consiste


em um indutor L, um resistor R e um capacitor C:
Analogias de circuitos
elétricos

• De acordo com a lei da tensão de Kirchhoff, a tensão aplicada


equilibra a soma das quedas de tensão em torno do circuito.

• Portanto,

• Considere agora o modelo de um sistema mecânico de um


único grau de liberdade, o qual é submetido a uma função tanto
de forçamento geral F(t) quanto de amortecimento:
Analogias de circuitos
elétricos

• A equação de movimento para esse sistema foi estabelecida na


seção anterior e pode ser escrita como

• Por comparação, é visto que as equações apresentadas têm a


mesma forma e assim, matematicamente, o procedimento para
analisar um circuito elétrico é o mesmo que para analisar um
sistema mecânico vibratório.

• As analogias entre as duas equações são dadas na tabela a


seguir.
Analogias de circuitos
elétricos

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