Exame de Hidráulica 2
Exame de Hidráulica 2
Exame de Hidráulica 2
Não, os conceitos de Linha Piezométrica e Linha de Energia não são utilizados apenas para o
escoamento em conduto forçado. Esses conceitos são aplicáveis a qualquer tipo de escoamento de
fluido, incluindo escoamento em condutos livres (como rios e canais abertos) e escoamento em
condutos forçados (como tubulações).
A Linha Piezométrica é uma linha imaginária que representa a energia total por unidade de peso de
um fluido em um determinado ponto de um sistema de escoamento. Ela é definida pela soma da
pressão estática, pressão dinâmica e altura geométrica. A Linha Piezométrica é útil para visualizar as
variações de pressão e energia ao longo de uma determinada seção de escoamento.
A Linha de Energia, por sua vez, é uma linha que representa a energia específica por unidade de peso
de um fluido em um ponto de um sistema de escoamento. Ela é definida pela soma da pressão estática,
pressão dinâmica e altura geométrica, mas exclui a altura de velocidade. A Linha de Energia é usada
para analisar a conservação de energia em um sistema de escoamento.
Esses conceitos são aplicáveis tanto em condutos forçados (onde o escoamento é impulsionado por
uma bomba ou por pressão externa) quanto em condutos livres (onde o escoamento é influenciado
principalmente pela gravidade). Portanto, eles não se limitam ao escoamento em conduto forçado.
4. Tubulações de drenagem de água pluvial e de redes de coleta de esgoto não são consideradas
canais porque possuem perímetro fechado.
É falso. Segundo o livro do Porto “os canais são condutos em que a água escoa, e apresenta
superfícies sujeitas a pressão.
Dessa forma, há duas classificações para os canais: fechados e abertos. As redes de coleta de esgoto
geralmente optam por perímetros fechados, mas não deixam de ser considerados canais por conta
disso.
5. Em um canal, uma vez estabelecido o regime uniforme, este não sofre mais alterações,
independente de mudanças de declividade ou variação dos parâmetros geométricos.
Embora o regime uniforme seja caracterizado por um escoamento constante em um canal, qualquer
mudança significativa na declividade do canal ou nos parâmetros geométricos pode interromper o
regime uniforme e levar a alterações nas características do escoamento.
Não é possível ocorrer escoamento crítico em uma seção contraída sem alterar as condições do
escoamento a montante desta seção. O escoamento crítico é uma condição em que a velocidade do
escoamento atinge a velocidade crítica, na qual a velocidade do fluido é igual à velocidade do som.
Para atingir essa condição, é necessário que ocorra uma mudança nas condições de escoamento, como
uma diminuição da vazão ou um aumento da declividade, que resultará em um aumento na velocidade
do fluido.
9. Escoamento com profundidade crítica ocorre quando a energia específica é máxima para
uma dada vazão? Justifique
Sim, o escoamento com profundidade crítica ocorre quando a energia específica é máxima para uma
dada vazão. A energia específica é a soma da altura da água com a velocidade do escoamento ao
quadrado dividida por duas vezes a aceleração da gravidade. A energia específica é máxima quando a
velocidade é igual à velocidade crítica, o que resulta em uma relação direta entre a energia específica
e o escoamento com profundidade crítica.
10. Comente sobre a diferença entre a energia total e a energia específica. Para que tipos de
problema a energia específica pode ser utilizada?
A energia total é a soma da energia potencial (devido à altura da água) e a energia cinética (devido à
velocidade do escoamento) de um fluido em um ponto específico. A energia específica, por outro
lado, é a energia total por unidade de peso do fluido. A diferença entre elas é que a energia total é uma
medida absoluta da energia contida no fluido em um ponto, enquanto a energia específica é uma
medida relativa que permite comparar as energias entre diferentes pontos em um escoamento.
A energia específica pode ser utilizada para resolver problemas envolvendo o dimensionamento de
canais e tubulações, determinando a altura da água e a velocidade do escoamento necessárias para
atender a uma determinada vazão. Também é útil para analisar o comportamento do escoamento em
diferentes seções de um canal, como a ocorrência de condições críticas ou a presença de saltos
hidráulicos.
11. As condições de escoamento uniforme são normalmente encontradas em canais naturais, por
isso o dimensionamento dos canais é feito para esta condição de escoamento. Essa afirmação é
verdadeira ou falsa? Justifique.
Essa afirmação é falsa. Embora as condições de escoamento uniforme sejam encontradas em canais
naturais, não é correto afirmar que o dimensionamento de canais é feito exclusivamente para essa
condição de escoamento. O dimensionamento de canais envolve a consideração de várias condições
de escoamento, incluindo regimes não uniformes, para garantir que o canal seja projetado para
comportar adequadamente a vazão e as condições hidráulicas esperadas.
13. Por que no caso de canais compostos usa-se o método da divisão vertical das áreas para o
cálculo da vazão?
Usa-se o método da divisão vertical das áreas para o cálculo da vazão, pelo fato de não obter-se bons
resultados quando aplicam-se as equações de resistência para a seção inteira. Logo, divide-se a seção
inteira em subseções na vertical, de modo que seja possível aplicar a fórmula de Manning para cada
vazão parcial, já que também neste caso a resistência se torna menor. Ainda, ao calcular a vazão como
uma seção inteira, se ocorrer de ultrapassar de uma seção menor Y0 para uma seção maior Y01, terá
uma diminuição do raio hidráulico e uma descontinuidade da curva Q= f(y). As linhas verticais são
apenas imaginárias, por isso não são computadas no cálculo do perímetro molhado de cada seção
(PORTO, 2006). Portanto, a vazão total será a soma das vazões parciais como na fórmula a seguir:
3) Pretende-se construir uma galeria em tubos de concreto para transportar uma vazão de 0,X
m³/s com uma declividade igual a 0,002 m/m. Admitindo um coeficiente de Manning igual a
0,013 e uma lâmina d’água y0/D aproximadamente igual a 60%, determine o diâmetro
comercial para essa galeria. Sabendo-se que haverá um crescimento na vazão de cerca de 2Y% e
que, devido ao “envelhecimento do concreto” o coeficiente de Manning passará a 0,016, calcule
a lâmina d’água máxima esperada. Para esta condição, determine a velocidade média.
Obs: diâmetros comerciais variam entre 200mm a 1500mm, com DELTAD= 100mm.
falta: velocidade média
4) Pelo canal trapezoidal mostrado na figura escoa, em regime uniforme uma vazão de 4,X m³/s,
com uma declividade de fundo Io=1m/km e coeficiente de rugosidade n=0,018. Em uma
determinada seção do canal, existe um degrau de altura DELTAz= 1Ycm de altura.
Desprezando a perda de carga na transição, determine:
a) o tipo de escoamento;
b) a mínima altura de um degrau que pode ser colocado no fundo do canal, para nao haver
alteração das condições de montante.
c) O que acontece a montante e jusante do degrau, se a altura for maior que o valor
calculado no item anterior?
d) Sem o degrau, qual a largura máxima da contração na seção, para que as condições de
montante não sejam alteradas?
Um escoamento permanente uniforme com altura d’água igual a 1,5m, ocorre em um canal retangular
de 3,0m de largura com vazão de 8,2 m3 /s. Determine: a. o tipo de escoamento
Assim, 𝑦𝑐 < 𝑦1, portanto, o escoamento é classificado como fluvial uma vez que a altura d’água é
superior ao valor do yc.
b. a mínima altura de um degrau que pode ser colocado no fundo do canal, para não haver alteração
das condições de montante; I) Determinou-se a energia em E
b. a mínima altura de um degrau que pode ser colocado no fundo do canal, para não haver alteração
das condições de montante; I) Determinou-se a energia em E
II) Para obter-se a altura limite que não alterasse as condições a montante, deduziu-se valores para o
degrau até que este tivesse uma energia aproximada da sessão 1. Deste modo, observou-se que a altura
limite, para este canal, seria de 0,23m, e realizou-se os cálculos.
c. o que acontece a montante e a jusante do degrau, se a altura for maior que o valor calculado no item
anterior?
d. Sem o degrau, qual a largura máxima da contração na seção, para que as condições de montante não
sejam alteradas?
1. Um canal trapezoidal de 2,0m de largura de fundo tem altura de água de 1,0m, taludes
3H:1V, declividade de fundo I0 = 0,001 m/m e é revestido no fundo e taludes com alvenaria de
pedra argamassada em boas condições (VERIFICAR N NA RESPOSTA). Necessita-se
aumentar a capacidade de vazão deste canal, ao máximo possível, sem mudar o revestimento, a
declividade de fundo, podendo ser alteradas as dimensões da seção transversal e a inclinação
dos taludes, sem, entretanto, alterar a forma trapezoidal e a quantidade de escavação.
Determine:
a. A vazão transportada pela seção original.
b. Apresente uma solução para as novas dimensões do canal, para transportar a máxima vazão
possível, atendendo as condições expostas;
c. A nova vazão e a porcentagem de acréscimo
2. Qual o valor do coeficiente de rugosidade da fórmula de Chézy correspondente a um fator de
atrito f = 0,05?
3. Um trecho de coletor de esgotos de uma cidade cuja rede está sendo remanejada tem 100m de
comprimento e um desnível de 0,7X m. Verifique se o diâmetro atual, de 150mm, permite o
escoamento de uma vazão de 18,Y L/s. Em caso contrário, qual deve ser novo diâmetro desse
trecho? Determine a lâmina líquida correspondente e a velocidade média.
Dados: material das tubulações: manilha cerâmica, n = 0,013;
lâmina máxima no coletor
OBS: USAR DIÂMETROS COMERCIAIS (mm) 50; 75; 100; 150; 200; 250; 300; 400; 500
4. O esquema da figura mostra uma rua, de 6,0m de largura, alagada após uma chuva intensa,
apresentando uma lâmina de água de 1,X cm de altura sobre o pavimento. Determinar a
profundidade z a ser rebaixada nos canaletas laterais de 0,15m de largura e 0,2Y m de
profundidade, para a eliminação do problema. Considerar o coeficiente de Manning para
pavimento igual a 0,016.
5. Um canal trapezoidal de 2,X m de largura de fundo tem altura de água de 1,Ym, taludes
3H:1V, declividade de fundo I0 = 0,001 m/m e é revestido no fundo e taludes com alvenaria de
pedra argamassada. Necessita-se aumentar a capacidade de vazão deste canal, ao máximo
possível, sem mudar o revestimento, a declividade de fundo, podendo ser alteradas as dimensões
da seção transversal e a inclinação dos taludes, sem, entretanto, alterar a forma trapezoidal e a
quantidade de escavação. Determine:
a. A vazão transportada pela seção original;
b. Apresente uma solução para as novas dimensões do canal, para transportar a máxima vazão
possível, atendendo as condições expostas;
c. A nova vazão e a porcentagem de acréscimo.
6. Por que no caso de canais compostos usa-se o método da divisão vertical das áreas para o
cálculo da vazão? OBS: Basear sua resposta em artigos de periódicos, livros, dentre outras
fontes, que devem ser citadas e referenciadas. A justificativa pode ser complementada por
desenhos e exemplos de dimensionamento.
Especificamente para o caso de canais siameses ou canais de seção composta, em razão da fórmula de
Manning e do valor do coeficiente K, há uma interdependência que para poder utilizá-la é necessário
realizar adaptações, quando necessário, para adequá-la à praticidade cotidiana. As equações de
resistência não podem ser aplicadas considerando seções de rugosidades iguais ou diferentes sem
antes, portanto, prévia adequação, definindo parâmetros geométricos, e por conseguinte empregando o
método da divisão vertical das áreas em sua totalidade, somando as suas parciais, obtendo sua vazão
total. Vale ressaltar que no cálculo do perímetro molhado não devem ser consideradas as linhas
verticais traçadas.
Atividades 2.
Não ocorre sempre um ressalto hidráulico a jusante. Pois duas situações poderão ocorrer em um
medidor de vazão, com diferentes linhas d’água. O da calha venturi que é quando o escoamento
permanece fluvial em toda calha, portanto, ela está operando afogada e em muitas situações é
necessário por condicionamento de jusante ou vazão alta, nesse exemplo ela não atinge a linha crítica
e não ocorre ressalto hidráulico a jusante. E a situação de modo de operação de calha de onda
estacionária, no qual, necessita estabelecer uma relação direta entre vazão e uma única altura d’água,
sendo possível se a contração na largura e as condições do escoamento sejam propícias para que a
superfície livre passe a linha crítica na garganta,. Após essa seção crítica, o escoamento é do tipo
torrencial e ocorre a formação de um ressalto hidráulico a jusante, retornando depois para o
escoamento fluvial a jusante da transição.
De acordo com o que foi estudado, sabe-se que, há sim, a possibilidade de que haja uma seção
contraída no canal que não altere as condições de escoamento a montante, uma vez que este esteja
dentro de uma largura adequada para isso. Entretanto, se em um canal, temos uma seção contraída
com uma largura muito estreita, este, tende a alterar as condições a montante visto que, precisará de
um aumento de energia.
5. Escoamento com profundidade crítica ocorre quando a energia específica é máxima para uma
dada vazão? Justifique
6. Quais são as condições necessárias para a formação de um ressalto e quais são as suas
características? Comente sobre a utilização do ressalto como dissipador de energia ou em
estações de tratamento de água/efluentes.
O ressalto é formado quando ocorre uma transição de um escoamento torrencial para um escoamento
fluvial e ele é caracterizado por uma elevação brusca no nível d'água em uma distância curta, por uma
instabilidade na superfície (formação de ondulações), por uma entrada de ar do ambiente e por uma
perda de energia em forma de grande turbulência. O ressalto é utilizado na entrada de estações de
tratamento de água, mais especificamente na calha Parshall, a fim de misturar produtos químicos
utilizados no processo de purificação da água (PORTO, 2006)
Para o aspecto habitual de um ressalto, há uma diminuição da velocidade média do escoamento, com a
presença de uma acentuada turbulência. Se a elevação da linha d’água é pronunciada, observa-se
sobre a superfície criada na parte ascensional do ressalto a formação de rolos d'água de forma mais ou
menos regular e posição relativamente estável (PORTO, 2006). O ressalto pode ser encontrado em
uma estação de tratamento de água, na calha Parshall, e é usado para promover uma mistura rápida
dos produtos químicos utilizados no processo de purificação da água, em particular no processo de
coagulação (PORTO, 2006). A figura 2 a seguir, demonstra o ponto de dispersão do coagulante em
uma ETA.
7. Comente sobre a diferença entre a energia total e a energia específica. Para que tipos de
problema a energia específica pode ser utilizada?
A energia total de uma seção transversal de um canal é correspondente à soma de três cargas:
altimétrica, piezométrica e cinética. A energia total disponível pode ser obtida a partir da fórmula: E =
Z + y + V 2 /2g
A energia específica disponível em um canal representa a energia medida a partir do seu fundo, ou
seja, é a energia obtida através da equação da energia total considerando Z=0. Dessa forma, a
referência passa a ser o fundo do canal: E = y + V 2 /2g
Sendo assim, E é igual a soma da energia potencial com a energia cinética. A energia específica pode
ser utilizada quando existe uma declividade crítica em alguma seção do canal, ou seja, quando há uma
mudança de regime de escoamento supercrítico para subcrítico, ou o inverso, ocorrendo os chamados
ressaltos hidráulicos e seções de controle.
8. Como o fluxo variado rapidamente difere do fluxo variado gradualmente? Que condição de
fluxo produz um ressalto hidráulico?
Um fluxo variado rapidamente muda sua profundidade de forma abrupta, em uma curta distância,
formando os conhecidos ressaltos hidráulicos, ou também as quedas hidráulicas. O fluxo variado
gradualmente muda sua profundidade ao longo de uma distância maior, ou seja, de maneira gradual,
formando o que é conhecido de curvas de remanso. O ressalto hidráulico ocorre quando, à montante, a
água escorre em pequena lâmina d'água (menor que o valor crítico) e em alta velocidade de encontro
com uma cunha de água à jusante de lâmina d’água maior que o valor crítico, sofrendo brusca
elevação de nível e consequentemente escoando com velocidade menor. A água que escorre entra sob
a cunha, fazendo com que a água a jusante entorne durante a passagem, formando um regime
bruscamente variado, ou seja, passando de um regime supercrítico para um subcrítico e ocorrendo
perda de energia.
Falsa. Canais naturais são caracterizados por escoamento classificado em superfície livre, onde, em
uma seção aberta, há a atuação da pressão atmosférica sobre a superfície do líquido e o escoamento se
dá pela ação da gravidade, porém é verdade que o escoamento uniforme é utilizado como modelo para
cálculos de escoamentos em canais, devido ao fato de nesse escoamento haver uma constância de
parâmetros hidráulicos para várias seções do canal (ex: área molhada, altura d’água, etc.). (PORTO,
2006).
I) Como o canal é considerado largo, o raio hidráulico é igual à altura d’água (Rh= Yo), e portanto, o
Yo pode ser determinado pela fórmula de Vazão (Q)
Portanto, y2> yc. Como o canal é longo, em alguma seção a jusante do pé do vertedor irá ocorrer um
ressalto hidráulico com altura d’água conjugada no regime fluvial y2=y0= 2,42 m.
IV) Cálculo do y1 :
R: Houve a formação do ressalto pelo fato da lâmina (Y1 ) a montante ser menor que a lâmina crítica
(Yc), ou seja: Y1 = 1,1m < Yc = 1,27 m, na qual o escoamento antes do degrau (a montante) é
supercrítico/torrencial, e a jusante é subcrítica/fluvial.
A altura do degrau ocasiona uma elevação brusca no nível d'água em uma curta distância, e
consequentemente, ocorre a transição de um escoamento torrencial para um escoamento fluvial,
gerando a formação do ressalto.
Atividades - 3
CÁLCULOS.
Um canal retangular de 1,20m de largura transporta, em regime uniforme, uma certa vazão com altura
d’água igual a 0,25m e número de Froude igual a 2,0. Em uma determinada seção existe um bueiro de
concreto com entrada em aresta viva, de 0,60 m de diâmetro e 3,0m de comprimento, descarregando
livremente. Sendo a rugosidade do canal n=0,015, determine:
a) vazão transportada
b) a declividade do fundo
c) a altura d’água imediatamente antes do bueiro
d) a possibilidade de ocorrência de um ressalto hidráulico; se houver, calcule as altura
conjugadas e a perda de carga
e) o perfil da linha d’água indicando os tipos de curvas de remanso e os níveis normal e crítico.
3. Considere o canal AC, representado na figura, de seção retangular com 3,0m de largura. Em
B está instalada uma comporta plana, vertical, de mesma largura, com coeficiente de descarga
Cd igual a 0,5YX. Os trechos AB e CD são suficientemente longos para que se estabeleça
praticamente o regime uniforme. As alturas de água no escoamento uniforme nos trechos AB e
BC são, respectivamente, 0,30m e 0,80m e a vazão escoada é de 3,X m3/s.
a. Determine a altura de água a montante da comporta quando a abertura for d = 0,25m.
b. Desenhe a superfície livre entre A e C, indicando claramente as principais alturas de água, as
curvas de remanso, os ressaltos (se houver), e os níveis normal e crítico, nos dois trechos do
canal.
OBS: erros no esquema terão 0,5 descontado no valor da questão Para a comporta, considere a
seguinte equação: q = Cd·d·(2gh)0,5
4. Num canal longo trapezoidal de largura de fundo igual a 1,0m, declividade de fundo I0 =
3·10-4m/m, declividade dos taludes 1H:1Vm em concreto n = 0,018, transportando uma vazão
de 1,25m3/s, existe na extremidade de jusante um reservatório cuja superfície livre está na cota
2,Xm. Sendo zero a cota no ponto P, que liga o canal à entrada do reservatório, determine:
5. Considere:
seção do canal constante;
mesma declividade nos trechos 1-3 e 4-6;
lâminas d’água normais (y0) nas seções 2 e 5.
a. Esboce o perfil da linha de água, indicando as lâminas d’água críticas e normais, bem como
as curvas de remanso e ressalto, quando houver.
b. Classifique os regimes de escoamento em cada trecho.
Outra resposta:
● No trecho 2-3 Há presente um canal de declividade fraca I0< IC é por haver uma queda
brusca temos a Curva M2 , e ocorrendo o remanso descendente ou seja negativo porque o
final da curva de remanso é menor do que o começo da curva.
● No trecho 3-4 Há presente um canal de declividade forte I0> Ic , como ocorreu uma mudança
na declividade a curva presente é a S2.
● No trecho 4-5 temos presente um canal de declividade fraca I0< IC e por apresentar uma
mudança de inclinação temos a curva M3, neste trecho também ocorre o ressalto hidráulico.
Na construção de barragens de declividade fraca o remanso tem que ser estudado, já que pode causar
problemas como a inundação de terrenos ribeirinhos. A construção de barragens eleva o nível d’água
a montante da barragem, essa nova linha d’água é chamada de curva de remanso, sendo a diferença de
y-y0. O remanso tem que ser estudado para que cause o menor dano possível a terrenos a montante da
barragem.
As características de um escoamento fluvial são: y > yc e v < vc . Para canais de declividade forte, a
tendência é que ocorra uma redução de y, ou seja, que este fique abaixo do valor crítico. Para um
canal com vazão e seção constantes, ao aumentarmos a declividade o valor de y diminui. Sendo a
declividade I0 > Ic , temos y < yc e o escoamento é torrencial, o que acontece na grande maioria dos
casos.
Dessa forma, para que ocorra um escoamento fluvial em uma declividade forte, é necessário que
exista alguma influência no canal. Por exemplo, a presença de um vertedor no canal faz com que
ocorra um remanso a montante. No remanso y > yc e a velocidade no canal tende a diminuir. Dessa
forma, mesmo que o canal possua uma declividade forte, é possível que na região a montante de um
vertedor ocorra um escoamento fluvial subcrítico, pois a interferência muda a característica do regime
no canal (como nas curvas tipo S1, por exemplo).
Outra resposta: Não, pois o escoamento torrencial pode ocorrer em canais de declividade fraca,
quando y→yc, a curva atravessa quase que perpendicularmente o nível crítico, sendo o escoamento
referente à curva M3 do tipo torrencial e como o canal é de fraca declividade, poderá ocorrer um
ressalto hidráulico com a mudança repentina da curva M3 para o escoamento uniforme, podendo
ocorrer para uma curva M1 ou M2. Com a formação do ressalto, a sua altura conjugada no regime
torrencial será a máxima altura d’água atingida na curva M3, assim a altura crítica não é atingida.
Esse tipo de curva ocorre em algumas mudanças de inclinação e a jusante de comportas de fundo,
contendo uma abertura inferior à altura crítica para a vazão descarregada.
4. É correto afirmar que o escoamento fluvial nunca ocorre em canais de declividade forte?
5. Existem curvas de remanso que estabelecem a passagem suave do regime rápido a montante
para o regime lento a jusante?
Não existem. A passagem do regime rápido a montante para o regime lento a jusante é chamado
ressalto hidráulico. Em condições de ressalto hidráulico, onde se tem um escoamento em regime
rápido F >1 a passagem para o regime lento ocorre bruscamente, consequentemente, não sendo suave,
isso acontece porque nessa seção a água está em grande agitação e irregular. Para exemplificar isso
pode-se usar o modelo de uma comporta de fundo onde há uma carga hidráulica alta gerando uma
velocidade com o número de Froude > 1 esta velocidade no escoamento a montante ganha uma força
de atrito no sentido contrário que age como um bloqueio freando subitamente o escoamento, diminuir
sua velocidade e aumentando sua vazão.
Dessa forma, o valor de y irá variar de acordo com a velocidade do canal, pois quanto maior a
declividade, menor será o valor de y, pois a velocidade estará .
Logo, quanto menor a declividade, menor a velocidade. A altura crítica é correspondente à energia
mínima para que haja escoamento e, portanto, existe uma declividade crítica necessária para que o
escoamento permanente ocorra.
Outra resposta: Canais com declividade nula não permitem que o regime uniforme se estabeleça,
pois para este tipo de escoamento é necessário a transformação total da energia potencial em perda de
carga por atrito para que o líquido não seja acelerado (Material de Apoio, 2021). A figura 1,
demonstra que nestes canais não é possível existir movimento uniforme por que o y0 (altura d’água no
escoamento uniforme) não existe.
Outra resposta:
8. O ressalto hidráulico sempre ocorre na passagem de uma curva S3 para uma curva S1?
Explique
9. Imagine um canal de declividade fraca, no qual há uma comporta com abertura de fundo
inferior à altura crítica, para a vazão transportada. Você acha possível a existência de uma
curva de remanso tipo M2 a montante da comporta? Justifique.
A comporta também é conhecida como descarregador de fundo, um orifício aberto numa parede
controlado por meio de uma comporta. Tal dispositivo controla as características do escoamento
subcrítico a montante e supercrítico a jusante (CARVALHO, 2009). A figura 2, demonstra uma
comporta vertical plana:
A figura 3, a seguir apresenta um canal com fraca declividade com uma comporta com abertura de
fundo:
Neste canal de fraca declividade tem-se o regime uniforme fluvial. Como esse regime é controlado
por jusante, o escoamento uniforme acontece na seção de entrada. Portanto, não existem
condicionamentos que possam refletir para montante, nesta seção o escoamento vai ocorrer com a
mínima energia específica, isto é, em regime crítico (PORTO, 2006). A curva M2 atravessa quase
perpendicularmente ao nível crítico. Nas proximidades do nível crítico as linhas de corrente não são
mais retas e paralelas (PORTO, 2006)
A figura 4, a seguir o canal de fraca declividade com uma comporta no fundo, alimentado por um
reservatório e terminado por uma queda livre.
Dessa forma, constata-se que a curva de remanso M2 está a jusante da comporta e a montante da
queda brusca.
1. A Figura abaixo, apresenta os perfis de curva de remanso em um canal retangular. Com base
nela, descreva e justifique os tipos de curva de remanso que ocorrem em 1, 2, 3 e 4.
1. Em 1, podemos ver que a lâmina d’água inicialmente se encontra abaixo da lâmina crítica,
caracterizando um escoamento torrencial. Durante a fase 1, há uma elevação do nível d’água, contudo
permanece-se abaixo no nível crítico, e em seguida encontramos um ressalta hidráulico, na passagem
à fase 2. Como neste trecho; Io < Ic e o escoamento é torrencial, abaixo do nível crítico, e com
elevação de y0-1 a y1 , temos uma curva de tipo M3 (é possível que havia uma comporta precedendo
o trecho 1, causando esta situação). Em seguida, por conta do ressalto hidráulico, o escoamento
torna-se fluvial.
2. Na fase 2 inicia-se um remanso pós ressalto, em que a lâmina d'água está acima da linha crítica e
começa a diminuir sua altura, em decorrência da variação de declividade, caracterizando uma curva
tipo M2.
3. Após passar pela mudança de inclinação, a lâmina d’água diminui sua altura para abaixo da lâmina
crítica (a mudança da fase 2 para a 3 passa exatamente por yc), e temos com isso a mudança de
inclinação do fundo, passando para uma condição onde Io > Ic . Em todo este trecho 3, o escoamento
é torrencial. Ocorre depressão por conta da declividade aumentada, seguida então o início de um
segundo ressalto, num movimento bruscamente variado. Esta curva é do tipo S2. 4.
Em 4, temos um remanso pós ressalto, que é impactado pela presença de um vertedor da barragem a
jusante, causando uma curva do tipo S1. Dessa forma, o nível da lâmina d’água continua acima da
lâmina crítica e aumentando, pois a presença da barragem também tende a gerar um remanso, com o
aumento da altura da lâmina d’água a montante. Após a barragem, espera-se que ocorra um regime
rapidamente variado.