Anexo 11 - TERMO DE REFERÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DE EIC

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ANEXO 11 – TERMO DE REFERÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DE ESTUDO DE IM-

PACTO DE CIRCULAÇÃO – EIC

Juntamente com a elaboração do EIV, o poder público poderá exigir um Estudo de Impacto de
Circulação (EIC) para os empreendimentos que funcionem como Polos Geradores de Tráfego (PGT).
Entendem-se como Polos Geradores de Tráfego aqueles empreendimentos, cujo porte atrai ou produz
viagens em número significativo, impactando negativamente na circulação viária e entorno imediato.

A elaboração do EIC será de responsabilidade do empreendedor, que providenciará uma equipe


técnica multidisciplinar para seu desenvolvimento cujos membros deverão ser devidamente
habilitados e registrados nos respectivos conselhos de classe.

1. Apresentação

O Estudo de Impacto de Circulação (EIC) deverá seguir a ABNT NBR 10719/2011. Este deverá ser
apresentado em mídia digital, em formato PDF (Portable Document Format) e em cópia impressa
colorida em formato A4, com exceção de mapas, que poderão ser apresentados como A3 ou A2
conforme necessidade de visualização dos dados. O EIC deverá conter detalhadamente todo o
procedimento metodológico utilizado para a realização de cada etapa do estudo, demonstrando todos
os passos necessários à obtenção dos resultados, das conclusões e recomendações das medidas
mitidagoras e/ou compensatórias dos impactos negativos causados pelo empreendimento sob
análise.

2. Capa
Neste item deverão ser apresentados, no mínimo:
o Título: Estudo de Impacto de Circulação – EIC;
o Nome do empreendimento;
o Empreendedor responsável;
o Empresa responsável pela elaboração do EIC;
o Data (mês e ano).

3. Contracapa
Neste item deverão ser apresentados, no mínimo:

• Identificação do Empreendedor
o Nome e/ou Razão Social;
o CPF ou CNPJ;
o RG ou Inscrição Estadual;
o Endereço;
o Telefone;
o E-mail;
o Assinatura do responsável.

• Identificação do Responsável Técnico


o Nome ou Razão Social;
o CPF ou CNPJ;
o Qualificação Profissional;
o Registro Profissional;
o Número da Responsabilidade Técnica;
o Endereço;
o Telefone e e-mail;
o Assinatura do responsável técnico.
• Identificação do Empreendimento
o Nome ou Razão Social;
o Categoria de Uso por Código CNAE da Atividade/ Tipologia (shopping, supermercado,
hospital, escola, faculdade, indústria, hotel, etc.);
o Endereço;
o Área do Terreno (m²);
o Número da matrícula;
o Objeto (construção, ampliação, instalação de novo uso, em funcionamento);
o Assinatura do Responsável.

4. Metodologia Legal
Neste item, contextualizar o estudo às normas legais e técnicas.

• Informações Gerais
o Localização no Mapa do Zoneamento e Macrozoneamento;
o Localização no Mapa de Hierarquização Viária;
o Mapa de situação ou foto aérea, contendo a localização do empreendimento e a visualização
do sistema viário da área que abrange as principais vias de acesso ao empreendimento (1:10.000
ou 1:5.000);
o Fotografias do empreendimento (em funcionamento ou do(s) lote(s) (novos
empreendimentos)).

• Caracterização do Empreendimento e Diagnóstico


Neste item deverão ser apresentados memorial descritivo do projeto arquitetônico juntamente com
os parâmetros urbanísticos empregados e todos os dados existentes a respeito dos temas a seguir:
o População Fixa: funcionários (terceirizados ou não) e respectivos turnos de trabalho;
o População Flutuante: clientes, fornecedores, visitantes, pacientes, etc;
o Descrição da logística de movimentação dos veículos de carga, número de viagens por dia,
horários, dias da semana, rotas utilizadas, tipo edimensões dos veículos;
o Informações sobre a acessibilidade ao empreendimento em relação ao sistema viário
existente;
o Descrição e caracterização das rotas de chegada e saída;
o Dimensões e distribuição de vagas de estacionamento propostas e exigidas pela legislação;
o Número de vagas destinadas a carga e descarga e suas dimensões;
o Dimensões e localização de áreas de embarque e desembarque dos usuários do
empreendimento;
o Previsões de futura demanda de tráfego;
o Caracterização dos serviços regulares de transporte coletivo e complementares;
• Metodologia utilizada para a elaboração da análise;

• Área de influência do empreendimento


Neste item deverão ser apresentados, no mínimo:
• Delimitação e descrição da área de influência direta e indireta do empreendimento, contendo:
o Aerofotografia ou imagem de satélite da gleba ou lote em estudo, em escala 1:2.000, com
indicação e descrição do sistema viário do entorno do empreendimento;
o Planta ou aerofotografia, em escala 1:10.000 ou superior, com a área de influência prevista para
o empreendimento e indicação do sistema viário de acesso ao sistema estrutural de vias do
município;
o Levantamento fotográfico da situação existente no local de implantação do empreendimento e do
entorno, apresentando as vistas principais com os elementos urbanos e detalhes relevantes;
o Diretrizes urbanísticas e ambientais;
o Localização dos equipamentos comunitários relevantes (equipamentos públicos de transporte,
educação, lazer, cultura saúde, entre outros);
o Localização dos equipamentos urbanos relevantes (equipamentos públicos de abastecimento de
água, esgotos, elergia elétrica, drenagem, gás, áreas non aedificandi e/ou faixas de domínio, entre
outros).

• Estudo da área de influência do empreendimento


o Caracterização das condições físico-operacionais do sistema viário no entorno do
empreendimento;
o Classificação funcional das vias contidas na área de influência do empreendimento, conforme
classificação do Código de Trânsito Brasileiro – CTB;
o Volumes de tráfego na hora pico nas principais interseções viárias, indicando em mapas os locais
e os movimentos considerados, com data de realização das pesquisas não superior a seis meses
da data de entrega do EIC. Para a definição da hora pico o método adotado deverá seguir a
metodologia demonstrada no ANEXO I;
o Análise da capacidade viária e do nível de serviço nos acessos e principais interseções
(semaforizadas ou não) na situação sem o empreendimento.
o Análise das condições de ofera dos serviços de transporte coletivo e/ou táxi e/ou transporte
escolar na área de influência, pesquisa visual de carregamento e contagem de embarque e
desembarque nos pontos de parada nas imediações do empreendimento.
o Configuração geométrica das vias de acesso, vias do entorno imediato, anotando-se: largura das
vias e passeios, inclinação, sentido de direção, tipo de pavimento, levantamento da sinalização
viária existente (horizontal, vertical e semafórica).

• Impactos decorrentes da implantação do PGT


Deverão ser considerados os impactos sobre a operação da infraestrutura viária e equipamentos
urbanos existentes no entorno do empreendimento, decorrentes de seu futuro funcionamento, bem
como aqueles decorrentes de sua implantação.

o Para aqueles que necessitam de pesquisas de taxa de geração de viagem por empreendimento,
deve ser demonstrado o local dos PGT’s pesquisados, indicando em foto aérea o contorno do
empreendmento e endereços dos logradouros de entorno, assim como, o método utilizado para
contagem (com referência bibliográfica) e o memorial de cálculo.
o Indicação de geração de viagens pelo empreendimento, por dia e hora de pico;
o Caracterização dos padrões e categorias das viagens geradas/atraídas;
o Divisão modal das viagens geradas/atraídas e alocação dos volumes de tráfego no sistema viário
da área de influência (vias principais de acesso e vias adjacentes ao empreendimento)
o Identificação dos possíveis impactos causados pelo empreendimento ou atividade nas fases de
implantação, opereração e desativação, quando for o caso;
o Carregamento dos acessos e principais interseções, na hora de pico, com o volume de tráfego
total (ou seja, volume de tráfego na situação sem o empreendimento mais o volume gerado pelo
empreendimento);
o Análise comparada da capacidade viária e do nível de serviço nos acessos e principais interseções
nas situações sem e com o empreendimento.
o Identificação dos segmentos viários e aproximações de interseção significativamente impactados
pelo tráfego adicional.
o Avaliação das condições de acesso e de circulação de veículos e de pedestres no entorno,
levando em conta as possíveis interferências dos fluxos gerados pelo empreendimento;
o Avaliação dos impactos nos serviços de transporte público na área de influência do
empreendimento, através da estimativa do número de usuários (moradores e funcionários) geraos
pelo PGT.

5. Conclusão – Medidas Mitigadoras e/ou Compensatórias Propostas

Tendo como base os dados obtidos nas etapas anteriores, o EIC deverá apresentar as medidas
necessárias para mitigação dos impactos viários produzidos pela implantação do empreendimento,
devidamente justificadas. As propostas de medidas mitigadoras ou compensatórias podem ser
apresentadas em duas categorias básicas:

o Medidas Externas ao Empreendimento: compreendem intervenções físicas, operacionais ou de


gerenciamento nos sistemas viários e de controle de tráfego da área de influência diretamente
impactada, bem como nos serviços e infraestrutura de transporte público, se for o caso;

o Medidas Internas ao Empreendimento: compreendem intervenções para permitir a adequação


funcional dos acessos e vias de circulação interna ao emrpeendimento com o sitema viário
lindeiro, bem como a compatibilização entre oferta e a demanda efetiva de vagas para
estacionamento e operações de carga e descarga de veículos.

o No caso de impossibilidade de mitigação completa dos impactos negativos, deverão ser


apresentadas medidas compensatórias;

o Cronograma de implantação das medidas mitigadoras e/ou compensatórias, contendo a data


prevista para o início e conslusão das obras e serviços, devendo a data de conclusão anteceder
a inauguração do empreendimento (PGT).

5. Referências Bibliográficas
Deverão ser relacionadas às referências bibliográficas consultadas para a realização do Estudo de
Impacto de Circulação, incluindo a citação das fontes pesquisadas (textos, desenhos, mapas,
gráficos, tabelas, fotografias, etc.).

6. ANEXOS

O EIC deverá conter, no mínimo, os seguintes anexos:

• Pranchas de Arquitetura, em escala 1/100, de toda a área do empreendimento e


estacionamento(s), indicando principalmente:

o Acessos: localização das entradas e saídas (pedestres veículos leves, veículos de carga,
ambulâncias, etc.) extensão de rebaixamento de guias, dimensões dos portões, largura dos
acessos, sentido de circulação, raios de curvatura, distância das esquinas, largura das calçadas,
faixa de aceleração/desaceleração e acumulação, árvores, ponto de ônibus e abrigo;
o Circulação Interna: Largura das pistas e rampas, sentidos de circulação, raios de curvatura,
inclunação e sobrelevação das rampas, passeios e circulação de pedestres e de portadores de
mobilidade reduzida.
o Estacionamento: número de vagas especificadas por uso, dimensões das vagas por tipo, ângulo
das vagas, dimensões das faixas de acesso e manobra;
o Carga e Descarga: localização e dimensionamento de áreas de estacionamento e manobras;
o Embarque e Desembarque: configuração dos acessos e sentido de circulação, diensão das baias,
discriminação do uso por tipo de veículo (carro particular, ônibus fretado, van, ônibus escolar, táxi,
etc).
o Localização dos Bloqueios para controle de acesso de veículos.
o Planta de localização dos postos de pesquisa de tráfego, em escala 1:4.000 ou maior;
o Pranchas de cada posto de pesquisa indicando os movimentos levantados em escala 1:500 ou
maior.
ANEXO I - Método para obtenção da Hora Pico

➢ As pesquisas efetuadas não podem ter mais que seis meses da data de entrada do processo na
SMTT. Seguem os critérios para a obtenção da Hora Pico:

➢ Pesquisas no mínimo em três dias úteis (terça, quarta e quinta), salvo situações específicas.
Sendo que, para cada dia pesquisado por ponto é necessário destacar a data e dia da semana. A
data de pesquisa escolhida será aquela que apresentar maior valor no Volume da Hora Pico.

➢ Deve-se esclarecer o método utilizado para coleta de dados para contagem considerada (coleta
manual, coleta a partir de filmagens, coleta a partir de sendores, entre outros).

➢ Indicar qual tipo de pesquisa foi executado: Pesquisa de fluxo, pesquisa de contagem tipificado
por movimento, pesquisa de taxa de gração de viagem por empreendimento, outras.

➢ Período de Pesquisa que envolve a contagem de veículos deve ser executado dividindo o tempo
entre patamares de 15 minutos durante duas horas por preíodo (manhã, almoço e noite).

➢ Períodos de pesquisa sugeridos: 07h às 09h; 11h às 13h; 17h às 19h. Salvo situações específicas
de funcionamento do PGT e de sua característica.

➢ A hora de pico deve ser a mesma para todos os movimentos considerados por ponto.

➢ Equivalência, sugestão: Carro = 1; Motos = 0,33 ; Ônibus dois eixos = 2; Caminhão dois eixos =
2; Caminhão três eixos = 3. Dados fonte: Volume V: Sinalização SemafóEICa, Contran. 2014
(pág.85).

➢ Para demonstração na tabela a ser apresentada, os códigos dos veículos devem seguir como
apresentados abaixo:

Carro – Ca
Motos – Mo
Ônibus dois eixos – O2
Caminhões dois eixos – C2
Caminhão três eixos – C3

➢ Apresentar o mapa do local com rótulos de localização e codificações legíveis e sentido de


circulação, seguindo o modelo abaixo:
➢ A pesquisa deve ser demonstrada seguindo o modelo da tabela abaixo, bem como apresentada
a parte em tabela Excel:

➢ Como demonstrado na tabela, o horário pico será definido como o período que apresentar o maior
valor na coluna “Total (EQ) – Geral – 60min, em destaque. Seguindo a sugestão efetuada pela
CET, o Fator Pico Hora (FPH), que é calculado em função da divisão do valor do Horário Pico (no
caso do exemplo: 08h às 09h) pela multiplicação de 4 (quatro) pelo maior valor dentre os
patamares de 15 minutos dentro da hora pico.

FHP = Volume Hora Pico => FHP = 949 => FHP = 0,88
4 x Vol. Maior 15 min 4 x 269

➢ Todos os três dias de pesquisa devem ser demonstrados os resultados, colocando em destque o
dia e os pontos coletados.

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