Manual Gestacao Alto Risco
Manual Gestacao Alto Risco
Manual Gestacao Alto Risco
MANUAL DE GESTAÇÃO
DE ALTO RISCO
VERSÃO PRELIMINAR
BRASÍLIA - DF
2022
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Atenção Primária à Saúde
Departamento de Ações Programáticas
MANUAL DE GESTAÇÃO
DE ALTO RISCO
VERSÃO PRELIMINAR
BRASÍLIA - DF
2022
2022 Ministério da Saúde.
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não
Comercial – Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a
reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do
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Ficha Catalográfica
Manual de gestação de alto risco [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção
Primária à Saúde. Departamento de Ações Programáticas. – Brasília : Ministério da Saúde, 2022.
xxx p. : il.
CDU 618.2
PREFÁCIO........................................................................................................................................................ 9
PARTE 1 - INTRODUÇÃO......................................................................................................................11
1. Estratificação do risco obstétrico no pré-natal.............................................11
2. Mortalidade Materna......................................................................................................25
8
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Toda e cada vida materna conta. Que essa seja a causa de nossa
geração. E que vençamos essa tragédia!
9
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
PARTE 1
INTRODUÇÃO
1 Estratificação do risco
obstétrico no pré-natal
O pré-natal representa uma janela de oportunidade para que o
sistema de saúde atue integralmente na promoção e, muitas vezes, na
recuperação da saúde das mulheres. Dessa forma, a atenção prestada
deve ser qualificada, humanizada e hierarquizada de acordo com o risco
gestacional. Para isso, é fundamental a compreensão, por parte dos
profissionais envolvidos no processo assistencial, da importância de sua
atuação e da necessidade de aliarem o conhecimento técnico específico
ao compromisso com um resultado satisfatório da atenção para o binômio
materno-fetal.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
devem atuar como uma única equipe; para tanto, devem buscar manter
claros, ágeis e úteis os canais de comunicação de dupla via, assim como
a comunicação deve ser qualificada de maneira que tanto a APS quanto
a atenção especializada possam se apoiar na condução dos casos.
6. As gestantes de risco intermediário poderão ser acompanhadas
na Atenção Primária em Saúde com suporte de especialistas em
obstetrícia. A proposição de uma estratificação de risco intermediário
permite que os gestores ofereçam condições para que as gestantes
com essas classificações possam ser acompanhadas pelas equipes de
atenção básica SEMPRE em conjunto com equipes de especialistas que
façam o matriciamento e se responsabilizem pelo compartilhamento
do cuidado.
7. Quanto maior o número de fatores de risco, maior o risco obstétrico
individualizado. Há uma sinergia entre os fatores de risco, portanto a
combinação de vários fatores de risco intermediários ou de alto risco
aumentam a complexidade da situação, implicando maior vigilância e
cuidado.
8. Fatores de risco sociais exigem ações intersetoriais. Fatores de risco
como vulnerabilidade social, situação de rua, violência doméstica e de
gênero e o uso de drogas são fatores de enfrentamento difícil e exigem
atenção redobrada das equipes, além de ações conjuntas com setores
da educação, assistência social, economia e justiça, entre outros.
9. Identificar as mulheres com maior risco obstétrico reduz a mortalidade
materna e perinatal. Embora a maior parte dos óbitos maternos ocorra
em mulheres sem antecedentes de risco obstétrico, a mortalidade
materna e perinatal é proporcionalmente maior nas mulheres com
risco identificado e, assim, a estratificação de risco no pré-natal permite
reduzir as demoras na identificação e no manejo das condições
associadas à morte materna.
10. As situações de urgência e emergência obstétrica requerem
assistência imediata. A rede de assistência ambulatorial precisa ter uma
aproximação com a rede de urgência e emergência e um fluxo bem
construído, de maneira que esta possa acolher rapidamente os casos
identificados durante o acompanhamento pré-natal.
Fonte: autoria própria.
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MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Capacidade de autocuidado
insuficiente.
Uso de medicamentos
teratogênicos.
Transtorno depressivo ou de
ansiedade leve.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
História reprodutiva Abortos precoces (até 12 semanas) Abortamento habitual/recorrente (ocorrência de 3 ou mais
anterior em gestações anteriores (até 2 abortamentos consecutivos).
abortos consecutivos).
Aborto tardio ou morte perinatal explicada ou inexplicada.
Histórico de pré-eclâmpsia grave
Isoimunização Rh em gestação anterior.
ou eclâmpsia em gestação
anterior. Acretismo placentário.
Nuliparidade ou multiparidade (5
ou mais partos).
Diabetes gestacional.
Síndromes hemorrágicas ou
hipertensivas sem critérios de
gravidade.
Infertilidade.
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MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Condições clínicas Ausência de Depressão e ansiedade leves Doença psiquiátrica grave: psicose, depressão grave, transtorno
prévias à gestação intercorrências sem necessidade de tratamento bipolar, outras.
clínicas medicamentoso.
Hipertensão arterial crônica.
Asma controlada sem uso de
Diabetes mellitus 1 e 2.
medicamento contínuo.
Doenças genéticas maternas.
Hipotireoidismo subclínico
diagnosticado na gestação. Antecedente de tromboembolismo (TVP ou embolia pulmonar).
Histórico de tromboembolismo.
Transplantes.
Cirurgia bariátrica.
Diagnóstico de HIV
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Intercorrências clínicas Ausência de Gestação resultante de estupro. Infecção urinária de repetição: ≥3 episódios de infecção do trato
/ obstétricas na i n t e r c o r r ê n c i a s urinário (ITU) baixa ou ≥2 episódios de pielonefrite.
Gestação gemelar dicoriônica-
gestação atual ou obstétricas na
diamniótica. Doenças infecciosas: sífilis terciária ou resistente ao tratamento
gravidez anterior e/
com penicilina benzatina ou com achados ecográficos
ou na atual. Diabetes gestacional controlada
suspeitos de sífilis congênita; toxoplasmose aguda com suspeita
sem medicação e sem
de repercussão fetal; rubéola na gestação; citomegalovírus na
repercussão fetal.
gestação; diagnóstico de HIV/aids na gestação.
Hipertensão gestacional ou pré-
Restrição de crescimento fetal confirmada.
eclâmpsia sem sinal de gravidade
materno-fetal. Desvios da quantidade de líquido amniótico.
Bibliografia
AOYAMA, K. et al. Risk prediction models for maternal mortality: A systematic review and
metaanalysis. PLoS ONE, San Francisco, v.13, n. 12, p. e0208563, 2018.
BARNEA, E. R. et al. FIGO Safe Motherhood and Newborn Health Committee. From
fragmented levels of care to integrated health care: Framework toward improved
21
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
22
MINISTÉRIO DA SAÚDE
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MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
2 Mortalidade materna
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
COMPLICAÇÕES HEMORRÁGICAS
Descolamento prematuro de Hemorragia pós-parto:
placenta
a) Atonia
Placenta prévia/acreta/increta/
b) Lacerações de trajeto
percreta
c) Restos placentários
Gravidez ectópica
d) Coagulopatia
Rotura uterina
Hemorragia grave por aborto
COMPLICAÇÕES HIPERTENSIVAS
Pré-eclâmpsia grave Hipertensão grave
Eclâmpsia Síndrome HELLP
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MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
OUTRAS COMPLICAÇÕES
Edema pulmonar Insuficiência respiratória aguda
Convulsões Acidose
Sepse grave Cardiopatia
a) Endometrite pós-parto ou pós- Acidente vascular cerebral
aborto
Distúrbio de coagulação
b) Foco urinário
Tromboembolismo
c) Foco pulmonar
Cetoacidose diabética
Trombocitopenia <100 mil
Icterícia/disfunção hepática
Crise tireotóxica
Meningite
Choque
Insuficiência renal aguda
INDICADORES DE MANEJO DE GRAVIDADE
Transfusão de hemoderivados Intubação não relacionada à
Acesso venoso central anestesia
O NMM é definido como “uma mulher que quase morreu, mas que
sobreviveu a uma complicação grave durante o período gestacional até 42
dias após o término da gestação”, com pelo menos um dos critérios clínicos,
laboratoriais ou de manejo (Quadro 2).
CRITÉRIOS CLÍNICOS
Cianose aguda Perda de consciência durante 12
Gasping horas ou mais
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
CRITÉRIOS LABORATORIAIS
Saturação de oxigênio <90% por pH <7,1
mais de 60 minutos
Lactato >5
PaO2/FiO2 <200
Trombocitopenia aguda (<50 mil)
Creatinina >300 mmol/L ou >3,5 mg/
Ausência de consciência e presença
dL
de glicose e cetoacidose na urina
Bilirrubina >100 mmol/L ou >6,0 mg/
dL
CRITÉRIOS DE MANEJO
Uso de droga vasoativa contínua Intubação e ventilação por tempo
Histerectomia puerperal por infecção >60 minutos, não relacionadas com
ou hemorragia anestesia
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MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Bibliografia
ALKEMA, L. et al. Global, regional, and national levels and trends in maternal
mortality between 1990 and 2015, with scenario-based projections to 2030:
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FIROZ, T. et al. Measuring maternal health: focus on maternal morbidity.
Bulletin of the World Health Organization, Geneva, v. 91, n. 10, p. 794-796,
2013..
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Transformando nosso mundo: A
agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável. Brasília, DF: ONU Brasil,
2015. Disponível em: https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/. Acesso
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Strategies for its Reduction. Revista Brasileira de Medicina - Ginecologia e
Obstetrícia, São Paulo, v. 40, n. 9, p. 501-506, Sep. 2018.
SAY, L. et al. Maternal morbidity measurement tool pilot: study protocol.
Reproductive Health, London, v. 13, n. 1, p. 69, 2016.
SAY, L. et al. Maternal near miss--towards a standard tool for monitoring
quality of maternal health care. Best practice & research. Clinical obstetrics
& gynaecology, Amsterdam, v. 23, n. 3, p. 287-296, Jun. 2009.
SAY, L.; CHOU, D.; WHO MATERNAL MORBIDITY WORKING GROUP. Maternal
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of Gynaecology and Obstetrics, New York, v. 141, p. 1-3, May 2018. Sup. 1.
SOUZA, J. P. Maternal mortality and development: the obstetric transition
in Brazil. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro, v. 35,
n. 12, p. 533-535, 2013.
28
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
PARTE 2
CONDIÇÕES PATOLÓGICAS
INERENTES AO ESTADO GRAVÍDICO
3 Náuseas e vômitos
na gravidez
3.1 Introdução
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Apendicite
Fonte: Adaptado de GOODWIN, 2008.
3.2 Tratamento
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
Ondansetrona: muito efetiva tanto nos casos mais leves como nos mais
graves, apresentando baixa incidência de efeitos colaterais, sendo o principal
o flush facial. Pode ser utilizada por via oral e intravenosa. Embora alguns
estudos tenham mostrado um aumento do risco de defeitos congênitos
(cardíacos e orofaciais) com o uso precoce de ondansetrona, outros estudos
não o fizeram, e o risco absoluto para qualquer feto é baixo. No entanto, as
mulheres devem ser aconselhadas sobre os dados disponíveis, e o uso de
ondansetrona antes de dez semanas de gestação deve ser individualizada
quanto aos riscos e benefícios.
32
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Atenção:
• Tratamento precoce de náuseas e vômitos durante a gravidez pode
ser benéfico para prevenir a progressão para hiperêmese gravídica.
• A hidratação intravenosa deve ser usada para o paciente que não
tolera líquidos orais por um período prolongado ou se houver sinais
clínicos de desidratação. A correção da cetose e de deficiência de
vitaminas deve ser fortemente considerada. Dextrose e vitaminas
devem ser incluídas na terapia quando os vômitos prolongados
estivem presente, a tiamina deve ser administrada antes da infusão
de dextrose para prevenir encefalopatia de Wernicke.
• Alimentação por sonda enteral (nasogástrica ou nasoduodenal)
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
Referências
Bibliografia
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
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MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Síndromes hemorrágicas
4
da primeira metade
da gestação
4.1 Abortamento
4.1.1 Etiologia
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
4.1.2 Classificação
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
4.1.5 Diagnóstico
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4.1.6 Conduta
4.1.6.1 Expectante
41
MINISTÉRIO DA SAÚDE
4.1.6.2 Medicamentosa
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MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
4.1.6.3 Cirúrgica
43
MINISTÉRIO DA SAÚDE
4.2.1 Introdução
44
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
4.2.4.1 Cromossomopatias
45
MINISTÉRIO DA SAÚDE
46
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4.2.4.3 Trombofilias
47
MINISTÉRIO DA SAÚDE
48
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
4.2.5 Prognóstico
49
MINISTÉRIO DA SAÚDE
50
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4.2.6.1 Diagnóstico
4.2.6.2 Tratamento
51
MINISTÉRIO DA SAÚDE
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MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
4.3.1 Introdução
4.3.2 Diagnóstico
4.3.2.1 Clínico
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MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
• Sangramento vaginal.
• Febre.
• Colo uterino entreaberto.
• Hemograma completo.
• Tripagem sanguínea.
• Creatinina.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
4.3.3 Conduta
4.3.3.2 Antibióticos
56
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
57
MINISTÉRIO DA SAÚDE
4.3.4 Profilaxia
4.4.1 Introdução
58
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
4.4.2 Diagnóstico
59
MINISTÉRIO DA SAÚDE
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MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Fonte: Adaptado de Elito J Jr, Montenegro NA, Soares RC, Camano L. Rev Bras Ginecol
Obstet. 2008;30(3):149–59.
4.4.3 Tratamento
61
MINISTÉRIO DA SAÚDE
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
4.5.1 Introdução
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
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MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
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MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Durantetodooseguimentopós-molar,aspacientesnecessitam
fazer anticoncepção rigorosa, preferentemente hormonal, que
deve ser iniciada imediatamente após o esvaziamento uterino. Os
dispositivos intrauterinos são contraindicados na contracepção
durante o seguimento pós-molar.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
ESTÁDIO CARACTERÍSTICAS
Estádio I Doença restrita ao corpo do útero.
Estádio II NTG em pelve, vagina, anexos, ligamento largo.
Estádio III NTG com extensão para os pulmões, com ou sem
envolvimento genital.
Estádio IV Todos os outros locais de metástases.
Fonte: Adaptado de FIGO ONCOLOGY COMMITTEE, 2002.
ESCORE DE
0 1 2 4
RISCO
Idade (anos) <40 ≥40
– –
G e s t a ç ã o Mola Aborto Gestação a –
anterior termo
I n t e r v a l o <4 4a6 7 a 12 >12
(meses) entre
gestação
antecedente e
NTG
72
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Maior tumor – 3 cm a 4 cm ≥5 cm
(cm), incluindo
útero
–
Sítio de Pulmão Baço, rim Gastrintestinal C é r e b r o ,
metástases fígado
Número de – 1a4 5a8 >8
metástases
Falha da QT
– – Agente único 2 ou mais
agentes
Fonte: FIGO, 2002.
73
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Referências
Bibliografia
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AMERICAN COLLEGE OF OBSTETRICIANS AND GYNECOLOGISTS. Committee on
Practice Bulletins—Gynecology. ACOG Practice Bulletin No. 200: Early Pregnancy
Loss. Obstetrics and Gynecology, Hagerstown, v. 132, n. 5, p. e197-e207, Nov. 2018.
AMERICAN COLLEGE OF OBSTETRICIANS AND GYNECOLOGISTS. Practice
Bulletin n o. 150. Early pregnancy loss. Obstetrics and Gynecology, Hagerstown, v.
25, Issue 5, p. 1258-1267, May 2015.
AMERICAN COLLEGE OF OBSTETRICIANS AND GYNECOLOGISTS. Practice
Bulletin No. 135: Second-trimester abortion. Obstetrics and Gynecology,
Hagerstown, v. 121, n. 6, p.1394-1406, Jun. 2013.
AMERICAN COLLEGE OS OBSTETRICIANS AND GYNECOLOGISTS. ACOG Practice
Bulletin No.142: Cerclage for the management of cervical insufficiency. Obstetrics
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AMERICAN COLLEGE OS OBSTETRICIANS AND GYNECOLOGISTS. Practice
Bulletin. Early Pregnancy Loss. Number 150, May 2015. Reafirmed 2017. Obstetrics
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ANDRIKOPOULOU, M. et al. Cervical ripening agents in the second trimester of
pregnancy in women with a scarred uterus: a systematic review and metaanalysis
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BAGRATEE, J. S. et al. A randomized controlled trial comparing medical and
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Oxford, v. 19, n. 2, p. 266-271, Feb. 2004.
BARNHART, K. et al. Use of “2-dose” regimen of methotrexate to treat ectopic
74
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
75
MINISTÉRIO DA SAÚDE
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MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
PRAGER, S.; MICKS, E.; DALTON, V. K. Septic abortion: Clinical presentation and
management. UpToDate, © 2021.
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ROCHA FILHO, E. A. Awareness about a life-threatening condition: ectopic
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77
MINISTÉRIO DA SAÚDE
78
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Anexo
79
MINISTÉRIO DA SAÚDE
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MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
5
Síndromes hemorrágicas da
segunda metade da gestação
5.1.1 Introdução
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
5.1.3 Ultrassonografia
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MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
5.1.4 Conduta
83
MINISTÉRIO DA SAÚDE
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MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
85
MINISTÉRIO DA SAÚDE
5.2.1 Introdução
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MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
5.2.2 Diagnóstico
5.2.3 Conduta
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
*O quadro materno deve ser reavaliado a cada hora por meio de pressão arterial, pulso, diurese,
hemograma e coagulograma. Havendo alterações, o fluxograma deve ser reavaliado.
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MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
5.3.1 Introdução
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• Protrusão placentária;
• Placenta heterogênea;
• Bandas intraplacentárias nas imagens ponderadas em T2;
• Interrupção focal da parede miometrial;
• Invasão de estruturas pélvicas pela placenta;
• Perda do plano miometrial entre a placenta e a bexiga.
5.3.4 Conduta
91
MINISTÉRIO DA SAÚDE
5.4.1 Introdução
92
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
93
MINISTÉRIO DA SAÚDE
5.4.2 Conduta
O objetivo frente a paciente com diagnóstico antenatal de vasa previa é
realizar a cesariana antes do início do trabalho de parto ou da ruptura das
membranas ovulares e ao mesmo tempo evitar ao máximo os riscos da
prematuridade.
Considerando que a rotura de vasa previa é um evento catastrófico, com alto
risco de morte perinatal, sociedades médicas de vários países propuseram
a internação precoce para vigilância de sintomas, uso antecipado de
corticosteroides para amadurecimento pulmonar fetal e cesariana eletiva
ao se alcançar uma idade gestacional com baixo risco de complicações
decorrentes da prematuridade (Tabela 2).
Estados
Conduta Reino Unido Canadá Nova Zelândia
Unidos
30 a 32 30 a 34 30 a 32
Internação ~ 30 semanas
semanas semanas semanas
28 a 32 28 a 32
Corticoide 32 semanas ~ 30 semanas
semanas semanas
34 a 36 34 a 37 34 a 36
Cesariana ~35 semanas
semanas semanas semanas
Fonte: TSAKIRIDIS et al., 2019.
94
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Referências
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
98
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
99
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
6 Prematuridade
6.1 Introdução
100
MINISTÉRIO DA SAÚDE
101
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
102
MINISTÉRIO DA SAÚDE
6.4.1 Corticosteroides
6.4.2 Tocolíticos
103
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
104
MINISTÉRIO DA SAÚDE
OU
105
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
106
MINISTÉRIO DA SAÚDE
107
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Bibliografia
108
MINISTÉRIO DA SAÚDE
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
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MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
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MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
7.1 Introdução
113
MINISTÉRIO DA SAÚDE
7.2 Diagnóstico
7.3 Conduta
114
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
115
MINISTÉRIO DA SAÚDE
• Repouso relativo.
• Hidratação via oral generosa (mínimo de 2,5 L ao dia).
• Controle de pulso, pressão arterial e temperatura.
• Observação do tônus uterino e dos batimentos cardíacos fetais.
• Verificação do aspecto, do odor e da cor dos pensos de contenção
vaginal.
• Controle de hemograma e proteína C reativa a cada dois a três dias.
• Cardiotocografia diária.
• Ultrassonografia obstétrica com Doppler e perfil biofísico fetal duas
vezes por semana.
• Corticoterapia antenatal: ciclo único de betametasona (12 mg
intramusculares a cada 24 horas, por 2 dias) ou dexametasona (6 mg
intramusculares a cada 12 horas, por 2 dias).
• Tocolíticos devem ser evitados.
• Antibióticos: embora seu emprego não seja unânime entre os serviços,
recomenda-se sua ministração com o objetivo de prevenir a doença
neonatal pelo estreptococo do grupo B; a ampicilina por via endovenosa
(2 g a cada seis horas), durante 48 horas, tem cumprido essa função
(deve ser iniciada após a coleta vaginal e perianal). Após esse período,
com o objetivo de aumentar o período de latência, faz-se uso via oral de
amoxacilina (500 mg a cada oito horas) por mais cinco dias, associada à
dose única de azitromicina.
116
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
A regra geral é pela internação das gestantes até o parto. Após alguns
dias de internação, diante de casos com particularidades favoráveis (inclusive
sociais), como boa quantidade de líquido amniótico residual e apresentação
cefálica, alguns serviços podem oferecer assistência ambulatorial semanal.
Entende-se que esse tipo de acompanhamento é de caráter excepcional.
117
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Atenção:
Bibliografia
118
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
119
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
8.1 Introdução
8.2 Diagnóstico
120
MINISTÉRIO DA SAÚDE
121
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
8.3 Classificação
8.4 Conduta
122
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Nota: CA: circunferência abdominal; PFE: peso fetal estimado; AU: artéria umbilical; IP: índice de
pulsatilidade; Aut: artéria uterina.
123
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
124
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Nos casos dos fetos com insuficiência placentária grave (diástole zero no
Doppler da artéria umbilical) e suspeita de acidose (Doppler da artéria umbilical
com diástole reversa, alteração do Doppler do ducto venoso), recomenda-se
cesárea. O uso antenatal de corticoides deve ser realizado entre 24 e 36 semanas,
idealmente entre 28 e 32 semanas, de preferência na semana que antecede
a programação do parto (no máximo 2 ciclos), para acelerar a maturidade
pulmonar fetal e reduzir o risco de hemorragias intracranianas. Contudo, logo
após o uso de corticoides, os índices Doppler podem apresentar melhora que é
apenas transitória. Para os partos <32 semanas, o uso do sulfato de magnésio é
preconizado para neuroproteção.
125
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Referências
126
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
9 Gravidez prolongada
9.1 Introdução
127
MINISTÉRIO DA SAÚDE
9.2 Diagnóstico
• Maternas
• Trabalho de parto prolongado;
• Distocias;
• Parto cesáreo;
• Parto vaginal operatório;
• Lacerações de trajeto;
• Hemorragia pós-parto;
• Endometrite puerperal.
• Perinatais
128
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
• Macrossomia;
• Oligoâmnio;
• Tocotraumatismo;
• Síndrome de aspiração meconial;
• Sofrimento fetal agudo;
• Acidemia neonatal;
• Baixo índice de Apgar.
129
MINISTÉRIO DA SAÚDE
130
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Bibliografia
131
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Diabetes mellitus
10 gestacional
10.1 Introdução
132
MINISTÉRIO DA SAÚDE
133
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
10.2 Diagnóstico
10.3 Tratamento
134
MINISTÉRIO DA SAÚDE
135
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
136
MINISTÉRIO DA SAÚDE
A dose inicial deve ser calculada pelo peso atual, sendo recomendada 0,5
UI/kg/dia, fracionada em duas a três aplicações, podendo ser maior proporção no
período da manhã (dois terços no jejum, um terço no pré-almoço e um terço na
hora de dormir); ou pode-se utilizar a quantidade total dividida em quatro doses,
devendo-se fazer insulina rápida nas refeições (café, almoço e jantar) e NPH à
noite. As avaliações do perfil glicêmico para ajuste das doses devem acontecer
com intervalo mínimo de 15 dias até a 30ª semana e, semanalmente, a partir
dessa idade gestacional até o parto. Esse intervalo deve ser individualizado na
dependência das características e necessidades de cada caso. As doses devem
ser ajustadas de acordo com o perfil glicêmico.
137
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
138
MINISTÉRIO DA SAÚDE
139
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Referências
Bibliografia
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
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141
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
11 Síndromes hipertensivas
na gestação
11.1 Introdução
A aferição da pressão arterial (PA) deve ser feita com a paciente sentada,
aplicando o aparelho com manguito de 13 cm, no membro superior direito,
mantendo-o elevado, na altura do coração. A posição em decúbito lateral esquerdo
será utilizada para o repouso da paciente, mas, para a aferição da PA, deve ser
realizada preferencialmente na posição sentada e em mais que uma medida
com intervalo de pelo menos quatro a seis horas. Deve-se considerar a pressão
diastólica o quinto ruído de Korotkoff, correspondente ao desaparecimento da
bulha.
142
MINISTÉRIO DA SAÚDE
143
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Após a alta hospitalar dos casos que cursaram com sinais de gravidade, faz-
se necessário o aconselhamento quanto às repercussões futuras na vida dessas
mulheres, que apresentam maiores chances de eventos vasculares cardíacos,
encefálicos e renais, fenômenos tromboembolísticos e outras comorbidades. Tais
consequências podem contribuir com a redução de expectativa de suas vidas,
tornando crucial a busca de atenuação de fatores ambientais e relacionados ao
estilo de vida que intensifiquem esses desfechos.
144
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Correção Correção
Circunferência do braço
PA sistólica (mmHg) PA diastólica (mmHg)
20 +11 +7
22 +9 +6
24 +7 +4
26 +5 +3
28 +3 +2
30 0 0
32 -2 -1
34 -4 -3
36 -6 -4
38 -8 -6
40 -10 -7
42 -12 -9
44 -14 -10
46 -16 -11
48 -18 -13
50 -21 -14
Fonte: MAXWELL et al., 1982.
145
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
• Estado hipertensivo com pressão arterial (PA) sistólica ≥160 mmHg e/ou
PA diastólica ≥110 mmHg, confirmada por intervalo de 15 minutos, aferida
com técnica adequada. A associação com sintomas configura uma
emergência hipertensiva.
• Síndrome HELLP.
• Sinais de iminência de eclâmpsia: caracterizados pela sintomatologia
secundária a alterações vasculares do sistema nervoso, como cefaleia,
distúrbios visuais (fotofobia, fosfenas e escotomas e hiper-reflexia, ou
hepáticas, sendo náuseas, vômitos e dor no andar superior do abdome
(epigástrio ou no hipocôndrio direito) as mais comuns.
• Eclâmpsia.
• Edema agudo de pulmão.
• Dor torácica, queixa que deve ser valorizada, se estiver acompanhada
146
MINISTÉRIO DA SAÚDE
11.4.1 Conduta
• Síndrome HELLP.
• Eclâmpsia.
• Edema pulmonar/descompensação cardíaca.
• Alterações laboratoriais progressivas (trombocitopenia, elevação
de enzimas hepáticas).
• Insuficiência renal.
• Descolamento prematuro de placenta.
• Hipertensão refratária ao tratamento com três drogas anti-
hipertensivas.
• Alterações na vitalidade fetal.
147
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
148
MINISTÉRIO DA SAÚDE
149
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
150
MINISTÉRIO DA SAÚDE
A decisão por adiar o parto por interesses fetais pode ensejar a piora
da situação materna, o que pode ser particularmente desafiador pelo caráter
subjetivo de alguns parâmetros balizadores das condutas. Nesse contexto,
com o intuito em contribuir com maior objetividade, desenvolveu-se um
modelo de cálculo, o PIERS (Pre-Eclampsia Integrated Estimate of Risk),
possivelmente capaz de estimar a evolução para eventos adversos em até
48 horas após a aferição. Essa “calculadora de risco” PIERS é disponível on-
151
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Tal recurso não deve ser adotado caso já tenha ocorrido a instalação
de graves complicações, mas possibilita reconhecer riscos diferenciados para
a sua ocorrência, como eclâmpsia, coma, cegueira central, descolamento
de retina, acidente vascular encefálico, descolamento prematuro da
placenta, coagulopatia, disfunção hepática grave, hematoma hepático,
edema pulmonar, infarto do miocárdio, insuficiência renal aguda e ascite. A
proposta é monitorar a sequência de resultados calculados, não estabelecer
um valor fixo que indique intervenção. Os serviços que atendem gestantes
hipertensas podem se beneficiar do uso dessa ferramenta, como mais um
indicador para a tomada de decisões.
152
MINISTÉRIO DA SAÚDE
H emolysis
E levated
L iver enzimes
L ow
P latelets
153
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Exame Parâmetro
Hemólise Bilirrubinas >1,2 mg/dl
Esfregaço de sangue
periférico (esquistocitose,
anisocitose, equinocitose,
pecilocitose).
DHL >600 U/L
Alteração da função TGO ou TGP >70 UI
hepática
Paquetopenia Plaquetas <100.000/mm3
Fonte: SIBAI, 1986.
11.6.1 Classificação
Com o intuito de formar um indicador de gravidade da doença, foi
formulado um sistema de classificação baseado na contagem de plaquetas.
Quanto menor a quantidade de plaquetas, maior a gravidade da patologia
(Tabela 2).
11.6.2 Complicações
154
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Complicação Ocorrência
Eclâmpsia 6% a 50%
DPP 5% a 26%
CIVD 8%
Hematoma hepático
Edema agudo pulmonar ou ascite 5%
Condição fetal não tranquilizadora 23%
Insuficiência renal aguda 5% a 15%
Morte materna 5%
Prematuridade 10% a 50%
Fonte: Modificado de MARTINS-COSTA et al., 2017.
11.6.3 Conduta
155
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
156
MINISTÉRIO DA SAÚDE
*Destacamos aqui que a conduta expectante faz sentido quando abaixo de 34 semanas
e tem como objetivo qualificar o feto e, se for o caso, garantir a transferência materna
para local com melhores condições. O modelo PIERS será muito importante, mas o
comportamento das plaquetas se mantém como essencial. Não há razões aceitáveis
para manter a gestação quando as plaquetas atingem valores inferires a 100.000 mm³. As
evidências para recomendar o uso de corticoides para melhorar a contagem plaquetária
servem para melhorar as condições anestésicas, mas não alteram mortalidade materna ou
perinatal (WOUDSTRA et al., 2010).
11.7 Eclâmpsia
157
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
• Epilepsia
• Hemorragia intracraniana
• Tromboembolia cerebral
• Feocromocitoma
• Púrpura trombocitopênica trombótica
• Intoxicação hídrica
158
MINISTÉRIO DA SAÚDE
• Uremia
• Hipoglicemia
• Tumor cerebral
• Meningite/encefalite
11.7.1 Conduta
159
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
*Gestantes com eclâmpsia e que serão transferidas para outro hospital devem receber a
dose de ataque de MgSO4.7 H2O (4,0 g IV + 10 g IM - 5,0 g em cada nádega). Esse esquema
dá uma cobertura anti-convulsivante de quatro horas.
160
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Diluição/aplicação Observações
Endovenoso (EV)
Dose de ataque
4 g de sulfato magnésio Diluir 8 mL de sulfato + Aplicar IV em 5 a 10
12 mL de água destilada minutos
Dose de manutenção
1 g/hora a 2 g/hora Diluir 10 mL de sulfato Utilizar bomba de
+ 240 mL de soro infusão identificada
fisiológico
1 g/hora = 50 mL/hora
Velocidade de 50 mL/
2 g/hora = 100 mL/hora
hora
Intramuscular(IM) • Recomendado
para locais sem
disponibilidade de
uso de bombas
de infusão e para
transporte de
pacientes.
• Maior risco
de abscesso e
hematomas (0,5%).
• Não utilizar em caso
de síndorme HELLP
com plaquetopenia.
Ataque
4 g intravascular Endovenoso: diluir 8 mL
associados a 10 g de sulfato + 12 mL de
intramuscular água destilada) e aplicar
IV em 5 a 10 minutos +
Intramuscular: 10 mL de
sulfato IM no quadrante
superior externo de
cada glúteo (total 20
mL ou 10 g)
Dose de manutenção 10 mL de sulfato IM de 4
em 4 horas Quadro continua na próxima página
5 g de 4 em 4 horas
Fonte: PERAÇOLI, 2020.
161
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
162
MINISTÉRIO DA SAÚDE
OBSERVAÇÕES FINAIS
163
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Referências
Bibliografia
164
MINISTÉRIO DA SAÚDE
165
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
166
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
12 Oligoâmnio e polidrâmnio
12.1 Oligoâmnio
12.1.1 Introdução
• Maternas
• Patologias maternas ou obstétricas associadas
à insuficiência placentária (como pré-eclâmpsia,
hipertensão arterial crônica, colagenoses, nefropatias e
trombofilias);
Medicações: como inibidores da enzima de conversão
da angiotensina, inibidores da prostaglandina sintetase,
trastuzumabe.
- Fetais
• Cromossomopatias;
• Anomalias congênitas, especialmente relacionadas ao
trato urinário;
• Restrição de crescimento fetal;
Óbito fetal;
• Gestação prolongada;
• Rotura prematura de membranas;
167
MINISTÉRIO DA SAÚDE
• Infecções;
• Síndrome da transfusão feto-fetal;
• Trombose e infarto placentário.
168
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
12.1.2 Conduta
169
MINISTÉRIO DA SAÚDE
12.2 Polidrâmnio
• Idiopático;
• Anomalias que interferem na deglutição fetal;
• Obstrução gastrointestinal primária (como atresia esofágica e
duodenal);
• Obstrução gastrointestinal secundária (como hérnia diafragmática e
massas torácicas;
• Malformações craniofaciais (como fenda lábio-palatina, teratoma de
orofaringe e micrognatia);
• Desordens musculares que impedem a deglutição fetal;
• Síndromes genéticas;
• Cardiopatias de alto débito fetal;
• Taquicardia supraventricular;
• Anemia fetal grave e hidropsia (como por aloimunização, infecção por
citomegalovírus ou parvovírus, hemoglobinopatias);
• Massa placentária ou fetal com shunt arteriovenoso (como no teratoma
sacrococcígeo e coriongioma volumoso);
• Síndrome da transfusão feto-fetal;
• Diabete melito materno e macrossomia fetal;
• Hipercalcemia materna;
• Procedimento de hemodiálise na gestante.
170
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
171
MINISTÉRIO DA SAÚDE
12.2.1 Conduta
172
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
173
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Referências
Bibliografia
174
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
13 Óbito fetal
13.1 Introdução
• Afrodescendência;
• Doenças maternas (hipertensão arterial, diabetes, trombofilias etc.;
• Gemelidade;
• Idade materna (< 15 anos e > 35 anos);
• Antecedente de natimorto;
• Resultado adverso em gestação anterior (como prematuridade,
restrição de crescimento fetal, pré-eclâmpsia);
• Gestações no termo tardio e pós-termo (> 41 semanas);
• Uso de substâncias ilícitas (como cocaína, metanfetaminas);
175
MINISTÉRIO DA SAÚDE
• Tabagismo;
• Consumo de álcool.
13.2 Diagnóstico
13.3 Conduta
176
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Uma vez decidido pela conduta ativa, devem ser realizados os seguintes
exames: hemograma completo, coagulograma e tipagem sanguínea.
177
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Para o manejo do luto, algumas mulheres podem optar por retornar para
casa e vivenciar a situação, após orientação e aconselhamento dos profissionais
de saúde, discutindo com seu companheiro e familiares, recebendo apoio deles.
Os componentes do cuidado com o manejo do luto incluem: boa comunicação;
tomada de decisão compartilhada; reconhecimento da maternidade e da
paternidade;reconhecimentodatristezadoparceiroedafamília;reconhecimento
de que o luto é individual; consciência do sepultamento, cremações e funerais;
suporte emocional; treinamento dos profissionais de saúde com os cuidados
de luto; e profissionais de saúde com acesso ao autocuidado. Sentimentos de
culpa ou raiva nos pais que sofreram um parto prematuro são comuns e podem
ser ampliados quando o feto morto era malformado ou com defeito genético.
178
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Bibliografia
179
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Doença hemolítica
14 perinatal
14.1 Introdução
14.2 Etiologia
180
MINISTÉRIO DA SAÚDE
181
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
182
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
183
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
184
MINISTÉRIO DA SAÚDE
14.4 Tratamento
185
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Referências
186
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Bibliografia
187
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
15 Esteatose hepática
aguda da gravidez
15.1 Introdução
15.2 Etiopatogenia
188
MINISTÉRIO DA SAÚDE
15.3 Diagnóstico
189
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Nota: (%) de pacientes com a anormalidade (KNIGHT et al., 2008); AST/ALT: aspartato
aminotransferase (TGO)/alanina aminotransferase (TGP).
Epigastralgia + +
Hipertensão ++ +
Proteinúria ++ +
AST/ALT elevadas + ++
Colesterol +/- ---
Fibrinogênio +/- ---
Glicemia +/- - -
190
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Nota: (+) presente ou valor aumentado; (-) ausente ou valor reduzido; AST/ALT: aspartato
aminotransferase (TGO)/alanina aminotransferase (TGP); US: ultrassonografia; TC: tomografia
computadorizada; CIVD: coagulação intravascular disseminada.
15.4 Conduta
191
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Alertas importantes:
• Qualquer alteração de nível de consciência exige proteção da via aérea
durante a preparação para o parto.
• Antecipação de volumosa hemorragia pós-parto exige preparação do
banco de sangue e pronta instalação do protocolo institucional de manejo
de hemorragia pós-parto.
• Alta suspeição de coagulopatia (Quadro 3) exige atenção dedicada do
banco de sangue.
• Administração de anti-hipertensivos e sulfato de magnésio nas mulheres
com suspeita de PE grave/HELLP, que são em torno de 70% dos casos.
192
MINISTÉRIO DA SAÚDE
193
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
15.5 Prognóstico
Referências
Bibliografia
194
MINISTÉRIO DA SAÚDE
195
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
16 Colestase gravídica
16.1 Introdução
16.3 Diagnóstico
196
MINISTÉRIO DA SAÚDE
197
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
16.5 Conduta
198
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Bibliografia
199
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
200
MINISTÉRIO DA SAÚDE
17 Gestação múltipla
17.1 Introdução
201
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
202
MINISTÉRIO DA SAÚDE
203
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
204
MINISTÉRIO DA SAÚDE
17.3.5 Tocólise
205
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
206
MINISTÉRIO DA SAÚDE
• Gestações monoamnióticas.
• Gêmeos unidos.
• Peso fetal estimado <1.500 g.
• Primeiro gemelar pélvico ou córmico.
• Cicatriz uterina prévia.
207
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Polo cefálico insinuado: no plano zero ou mais baixo, poderá ser conduzido
o parto com aumento da ocitocina, se necessário, ou realizando-se a amniotomia.
208
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Referências
Bibliografia
CHASEN, S. T. Twin pregnancy: routine prenatal care. [S. l.]: UpToDate, © 2021.
CHASEN, S. T.; CHERVENAK, F. A. Twin pregnancy: labor and delivery. [S. l.]:
UpToDate, © 2021.
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FETAL MEDICINE. Practice Bulletin No. 169: multifetal gestations: twin, triplet, and
higher-order multifetal pregnancies. Obstetrics and Gynecology, New York, v. 128,
n. 4, p. e131-e146, Oct. 2016.
209
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
18.1 Introdução
210
MINISTÉRIO DA SAÚDE
211
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
212
MINISTÉRIO DA SAÚDE
213
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
214
MINISTÉRIO DA SAÚDE
A estratificação de risco para HPP é uma estratégia que pode ser aplicada
rotineiramente durante o pré-natal, o parto e o puerpério. Tem como objetivo
identificar os grupos de maior risco para HPP. Uma vez identificados tais grupos,
é possível realizar melhor suporte organizativo para a equipe de profissionais
das maternidades e oportunizar planos de cuidado especiais e adequados
para a paciente. Um exemplo clássico de importância de tal abordagem é
o impacto da identificação de gestantes com acretismo placentário, o que
viabiliza o atendimento em serviços especializados, com intuito de reduzir a
morbimortalidade materna.
215
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
216
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Por fim, ressalta-se que a maioria dos casos de HPP ocorrem em grupos
de pacientes sem fatores de risco evidentes, e que, portanto, toda a equipe e
a instituição de saúde que atuam no cuidado obstétrico devem estar aptas e
preparadas para abordar um quadro de HPP.
Referências
LEDUC, D.; SENIKAS, V.; LALONDE, A. B. No. 235-active management of the third
stage of labour: prevention and treatment of postpartum hemorrhage. Journal
of Obstetrics and Gynaecology Canada: JOGC, Toronto, v. 40, n. 12, p. e841-e855,
Dec. 2018.
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Recomendações assistenciais
para prevenção, diagnóstico e tratamento da hemorragia obstétrica. Brasília, DF:
OPAS, 2018. 72 p.
Bibliografia
217
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
maternal mortality. Reproductive Health, [London], v. 15, p. 98, June 2018. Suppl. 1.
JAUNIAUX, E.; AYRES-DE-CAMPOS, D.; FIGO PLACENTA ACCRETA DIAGNOSIS
AND MANAGEMENT EXPERT CONSENSUS PANEL. FIGO consensus guidelines
on placenta accreta spectrum disorders: introduction. International Journal of
Gynaecology and Obstetrics, Malden, MA, v. 140, n. 3, p. 261-264, Mar. 2018.
LALONDE,A.;INTERNATIONALFEDERATIONOFGYNECOLOGYANDOBSTETRICS.
Prevention and treatment of postpartum hemorrhage in low-resource settings.
International Journal of Gynaecology and Obstetrics, United States, v. 117, n. 2, p.
108-118, May 2012.
OSANAN, G. C. et al. Hemorragia pós-parto. In: FERNANDES, C. E.; SÁ M. F. F. de.
Tratado de obstetrícia FEBRASGO. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019. p. 944-962.
OSANAN, G. C. et al. Strategy for zero maternal deaths by hemorrhage in brazil: a
multidisciplinary initiative to combat maternal morbimortality. Revista Brasileira
de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro, v. 40, n. 3, p. 103-105, Mar. 2018.
SENTILHES, L. et al. FIGO consensus guidelines on placenta accreta spectrum
disorders: conservative management. International Journal of Gynaecology and
Obstetrics, Malden, MA, v. 140, n. 3, p. 291-298, Mar. 2018.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Trends in maternal mortality 2000 to 2017:
estimates by WHO, UNICEF, UNFPA, World Bank Group and the United Nations
Population Division. 2019. Disponível em: https://www.who.int/reproductivehealth/
publications/maternal-mortality-2000-2017/en/. Acesso em: 31 ago. 2021.
218
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
PARTE 3
19 Rubéola
19.1 Introdução
219
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Deve ser lembrado que uma reação cruzada no resultado de IgM pode
ocorrer, devido ao fator reumatoide ou a outros anticorpos, portanto a realização
do teste de avidez específico para rubéola pode ser útil nestes casos.
220
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
19.6 Conduta
221
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Bibliografia
222
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
20 Sífilis
20.1 Introdução
223
MINISTÉRIO DA SAÚDE
tratamento, sem que a doença esteja curada. O diagnóstico nessa fase é raro
na gestante, visto que a maioria dos cancros se desenvolve no canal vaginal, no
colo de útero, de forma indolor, passando despercebido. Para qualquer gestante
com lesão ulcerada em região genital, atual ou prévia, o diagnóstico de sífilis
deve sempre ser considerado.
Entre 45 e 60 dias após o desaparecimento do cancro, surge um rash
máculo-papular com lesões generalizadas, inclusive em palma da mão e planta
dos pés, decorrentes de reação inflamatória provocada pelas espiroquetas
disseminadas por via hematogênica. Podem ocorrer mal-estar geral, febre
baixa, cefaleia e linfadenopatia generalizada, além de lesões mucosas em
região oral e genital, condiloma plano, alopecia. As lesões cutâneas e mucosas
da fase secundária têm apresentações variadas, que podem ser confundidas
com outras doenças e se resolvem espontaneamente, independentemente do
tratamento.
ESTÁGIOS DE SÍFILIS
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
ADQUIRIDA
Cancro duro (úlcera genital).
Primária
Linfonodos regionais.
Lesões cutâneo-mucosas (roséola, placas mucosas,
sifílides papulosas, sifílides palmoplantares,
condiloma plano, alopecia em clareira, madarose,
rouquidão).
Micropoliadenopatia.
Secundária
Linfadenopatia generalizada.
Sinais constitucionais.
Quadros neurológicos, oculares, hepáticos.
224
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
225
MINISTÉRIO DA SAÚDE
226
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
227
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Quantificáveis (ex.:
VDRL 1:2, 1:4, 1:8).
Não RPR Importantes para
treponêmicos o diagnóstico e o
TRUST
monitoramento
USR da resposta ao
tratamento.
São os primeiros
a se tornarem
reagentes.
Na maioria
TESTES das vezes,
IMUNOLÓGICOS permanecem
FTA-Abs
reagentes por
ELISA/EQL/CMIA toda a vida,
Treponêmicos TPHA/TPPA/MHA- mesmo após o
TP tratamento.
Teste rápido (TR) São importantes
para o diagnóstico,
mas não estão
indicados para
monitoramento
da resposta ao
tratamento.
Fonte: BRASIL, 2020b; BRASIL, 2020c.
228
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
PRIMEIRO POSSÍVEIS
+ SEGUNDO TESTE CONDUTA
TESTE INTERPRETAÇÕES
229
MINISTÉRIO DA SAÚDE
230
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
231
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Ausência de Em caso
infecção ou de suspeita
período de clínica e/ou
incubação (janela epidemiológica,
TNT imunológica) de solicitar nova
Não realizar teste sífilis recente. amostra em 30
não reagente complementar dias.
se o primeiro Não retardar o
teste for não tratamento caso
ou +
reagente se não o diagnóstico de
houver suspeita sífilis seja o mais
TT clínica de sífilis provável (ex.:
primária visualização de
não reagente
úlcera anogenital)
ou o retorno ao
serviço de saúde
não possa ser
garantido.
Fonte: DCCI/SVS/MS.
20.5 Tratamento
232
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
233
MINISTÉRIO DA SAÚDE
a A benzilpenicilina benzatina é a única opção segura e eficaz para tratamento adequado das
gestantes.
b No caso de sífilis recente em gestantes, alguns especialistas recomendam uma dose adicional
de 2,4 milhões de unidades de penicilina G benzatina, IM, uma semana após a primeira dose
c Em gestantes, o intervalo entre doses não deve ultrapassar sete dias. Caso isso ocorra, o
esquema deve ser reiniciado (GHANEM et al., 2020).
234
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
235
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Referências
236
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Bibliografia
AMESEN, L.; SERRUYA, S.; DURAN, P. Gestational syphilis and stillbirth in the
Americas: a systematic review and meta-analysis. Revista Panamericana de
Salud Publica, Washington, DC, v. 37, n. 6, p. 422-429, 2015.
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Azithromycin treatment
failures in syphilis infections - San Francisco, California, 2002–2003. MMWR
Morbidity and Mortality Weekly Report, Atlanta, v. 53, n. 9, p. 197-198, Mar. 2004.
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Congenital syphilis:
preliminary 2020 data. 2021. https://www.cdc.gov/std/statistics/2020/Congenital-
Syphilis-preliminaryData.htm. Acesso em: 3 nov. 2021.
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. STD treatment
guidelines for syphilis during pregnancy. 2021. Disponível em: http://www.cdc.
gov/std/tg2015/syphillis-pregnancy.htm. Acesso em: 3 nov. 2021.
237
MINISTÉRIO DA SAÚDE
238
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
21 Toxoplasmose
21.1 Introdução
239
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Figura 1. Ciclo vital do Toxoplasma gondii. Adaptada de: Jones JL, Lopez A, Wilson M, Schulkin
J, Gibbs R. Congenital toxoplasmosis: a review. Obstet Gynecol Surv. 2001;56(5):296-305. doi:
10.1097/00006254-200105000-00025.
240
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
241
MINISTÉRIO DA SAÚDE
242
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
243
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Amniocentese
Ultrassonografia obstétrica
244
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Cenário 1
245
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Cenário 2
Cenário 3
3a: Gestantes com sorologia IgM reagente e IgG não reagente: iniciar
espiramicina imediatamente e repetir a sorologia em duas a três
semanas. Espiramicina é um antibiótico do grupo dos macrolídeos que
atinge altas concentrações no tecido placentário, diminuindo o risco de
transmissão vertical entre 60 e 70%. Cada comprimido tem 500mg, e a
dose diária é 3 gramas ao dia (2 comprimidos de 8/8 horas).
246
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Cenário 4
Esquema tríplice
247
MINISTÉRIO DA SAÚDE
esquema tríplice será mantido até o parto, sem alternar com espiramicina.
Também já está bem estabelecido que não há necessidade de suspender a
sulfadiazina um mês antes do parto, como era preconizado antigamente. Se a
PCR vier negativa, pode-se voltar à espiramicina, que também será mantida até
o parto.
• Sulfadiazina, 3 g ao dia;
• Pirimetamina, 50 mg ao dia;
• Ácido folínico, 10 a 20 mg 3 vezes por semana (podendo a dose ser
aumentada por surgimento de neutropenia, anemia ou plaquetopenia).
248
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Figura 6: Algoritmo para rastreio sorológico com IgM reagente e IgG não
reagente para toxoplasmose e manejo pré-natal (elaborado pelos autores com
base na Nota Técnica 14/2020 do Ministério da saúde)
249
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Reativação da toxoplasmose
250
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Referência
Bibliografia
251
MINISTÉRIO DA SAÚDE
252
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
253
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
22 Citomegalovírus
22.1 Introdução
22.2 Diagnóstico
254
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Durante a rotina pré-natal, apesar de não ser adotada como rotina pelo
Ministério da Saúde, alguns serviços têm proposto a realização da sorologia para
citomegalovírus antes de 14 semanas para as gestantes com IgG não reagente
ou desconhecido. Obviamente, a realização esse exame no início da assistência
pré-natal tem seu papel destacado diante de suspeita clínica por esse agente.
Serão consideradas pacientes com infecção aguda aquelas com IgM e IgG
reagentes, idealmente com documentação de suscetibilidade prévia. Sugere-
se que, no pedido de sorologia, seja incluída a realização do teste de avidez para
IgG, condicionada à positividade do IgM e do IgG.
Nos casos de IgM reagente e IgG não reagente, deve-se realizar nova coleta
entre sete a dez dias. Nas infecções agudas, o IgG deve se tornar reagente. Nos
casos em que o IgG permanecer não reagente, configurar-se-á falso positivo
para citomegalovírus, devendo ser investigadas infecções por parvovírus,
Epstein-Barr e doenças autoimunes.
O teste de avidez para IgG será considerado alto quando seu valor for ≥60%,
e a interpretação será de que a infecção provavelmente ocorreu há mais de 12
semanas. Será considerado baixo quando seu valor for ≤40%, e a interpretação
será de que a infecção provavelmente ocorreu há menos de 12 semanas. Entre
40% e 60%, o teste será considerado indeterminado. O fluxograma dos exames
subsidiários para citomegalovírus na gestação pode ser encontrado na Figura 1.
255
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
22.3 Conduta
256
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Bibliografia
257
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
258
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
23 Hepatites virais
23.1 Hepatite A
23.1.1 Introdução
259
MINISTÉRIO DA SAÚDE
23.2 Hepatite B
23.2.1 Introdução
260
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
261
MINISTÉRIO DA SAÚDE
262
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
263
MINISTÉRIO DA SAÚDE
264
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
23.3 Hepatite C
23.3.1 Introdução
265
MINISTÉRIO DA SAÚDE
23.3.2 Diagnóstico
266
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
23.4 Hepatite D
267
MINISTÉRIO DA SAÚDE
23.5 Hepatite E
Bibliografia
268
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
269
MINISTÉRIO DA SAÚDE
270
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
24 Vírus da imunodeficiência
humana – HIV
24.1 Introdução
271
MINISTÉRIO DA SAÚDE
272
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
273
MINISTÉRIO DA SAÚDE
274
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
275
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Gestantes com CV menor que 1.000 cópias/mL, mas ainda com valores
detectáveis, devem receber zidovudina (AZT) por via endovenosa (EV) 2 mg/kg
no início do trabalho de parto e, depois, 1 mg/kg de hora em hora, em infusão
contínua, até o clampeamento do cordão. O AZT injetável também deve ser
administrado, pelo menos por três horas, antes da cesariana eletiva indicada
pela alta CV (BRASIL, 2020b).
276
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
277
MINISTÉRIO DA SAÚDE
278
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
279
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Esses RN deverão colher a CV-HIV no sangue periférico e usar Tarv ainda na sala
de parto e da seguinte maneira:
Referências
Bibliografia
280
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
281
MINISTÉRIO DA SAÚDE
282
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
25.1 Introdução
283
MINISTÉRIO DA SAÚDE
25.2 Diagnóstico
284
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
285
MINISTÉRIO DA SAÚDE
286
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Bibliografia
287
MINISTÉRIO DA SAÚDE
288
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
26 Parvovirose
26.1 Introdução
Cerca de 30% a 50% dos adultos são imunes ao vírus, ou seja, já tiveram
a doença e se tornaram imunes a ela, apesar de haver alguns relatos de
reinfecção em pacientes imunodeprimidos. A grande questão está nas pessoas
que são suscetíveis, principalmente as gestantes. A incidência de parvovirose
no período gestacional é de aproximadamente 3,3% a 3,8%, sendo maior o risco
de contágio entre as mulheres que trabalham com crianças, como professoras
e donas de casa com filhos menores em idade escolar.
289
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Sorologias Significado
IgM + IgG - Infecção aguda entre 7 dias e 3 semanas
IgM + IgG + Infecção aguda entre 3 semanas e 4 meses
IgM - IgG + Imunidade, infecção ocorrida há mais de 4 meses
Fonte: autoria própria.
290
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
26.5 Conduta
291
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Referências
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the fetus. Birth Defects Research, Hoboken, NJ, v. 109, n. 5, p. 311-323, Mar. 2017.
Bibliografia
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MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
bulletin: Perinatal viral and parasitic infections: Number 20, September 2000
(Replaces educational bulletin number 177, February 1993). American College
of Obstetrics and Gynecologists. International Journal of Gynaecology and
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ANDERSON, L. J. et al. Detection of antibodies and antigens of human parvovirus
B19 by enzyme-linked immunosorbent assay. Journal of Clinical Microbiology,
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BASCIETTO, F. et al. Outcome of fetuses with congenital parvovirus B19 infection:
systematic review and meta-analysis. Ultrasound in Obstetrics and Gynecology,
England, v. 52, n. 5, p. 569-576, Nov. 2018.
ENDERS, M. et al. Fetal morbidity and mortality after acute human parvovirus
b19 infection in pregnancy: prospective evaluation of 1018 cases. Obstetrical and
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JONG, E. P. D. et al. Intrauterine transfusion for parvovirus B19 infection: long-
term neurodevelopmental outcome. American Journal of Obstetrics and
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MAPLE, P. A. C. et al. Identification of past and recent parvovirus B19 infection in
immunocompetent individuals by quantitative PCR and enzyme immunoassays:
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NEGGERS, Y. The Association between viral infections, maternal and fetal
mortality/morbidity. Global Journal of Reproductive Medicine, [s. l.]. v. 4, n. 2, p.
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293
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
27 Influenza
27.1 Introdução
27.2 Diagnóstico
294
MINISTÉRIO DA SAÚDE
dias). A síndrome gripal caracteriza-se pela febre (de 38°C a 40ºC), com duração
de um a cinco dias, geralmente acompanhada de calafrios, cefaleia, mialgia,
mal-estar, coriza e tosse seca. Pode evoluir para síndrome respiratória aguda
grave caracterizada pela presença de dispneia, saturação abaixo de 95% ou
desconforto respiratório, cujo risco de mortalidade é de 10% a 15%.
27.4 Tratamento
295
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
27.5 Prevenção
296
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Referências suplementares
297
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
28 Covid-19
28.1 Introdução
298
MINISTÉRIO DA SAÚDE
299
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
300
MINISTÉRIO DA SAÚDE
301
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
302
MINISTÉRIO DA SAÚDE
EXAMES
QUADRO
ESTÁGIO LABORATORIAIS E MANEJO
CLÍNICO
DE IMAGEM
Gestante/puérpera • Ausência Não solicitar exames Orientações:
assintomática de sinais ou laboratoriais. • Isolamento.
RT-qPCR positivo sintomas
para SARS-CoV-2 • • Teleatendimento
Frequência (atenção para sinais
respiratória de agravamento do
>24 irpm. quadro após o 7º dia
de evolução).
303
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
304
MINISTÉRIO DA SAÚDE
305
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
• Saturação O2 • TP e TTPa.
<95% em ar • D-dímeros.
ambiente.
• Ferritina.
• Frequência
• Gasometria
respiratória
arterial + TC
>30 irpm.
de tórax ou
• PaO2/FiO2 RX de tórax*
<300. (acometimento
pulmonar >50%).
Gestante/puérpera classificada com doença CRÍTICA apresenta falência respiratória,
choque séptico, e/ou disfunção de múltiplos órgãos.
Fonte: Brasil, 2021.
Nota: HMG: hemograma; PCR: proteína C reativa; RT-qPCR: transcriptase reversa quick, reação
em cadeia da polimerase; IRPM: incursões respiratórias por minuto; PaO2: pressão parcial de
oxigênio; FiO2: fração inspirada de oxigênio; LDH: desidrogenase láctica; TGO: transaminase
glutâmico-oxalacética; TGP: transaminase glutâmico-pirúvica; TP: tempo de protrombina;
TTPA: tempo de tromboplastina parcial ativada.
* RX/TC de tórax: providenciar proteção abdominal com avental de chumbo para a gestante.
306
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Posologia da azitromicina:
307
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
308
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Evitar que o bebê toque o rosto da mãe, especialmente boca, nariz, olhos
e cabelos. Se for usada extração de leite, todo o equipamento deve ser limpo
com água e sabão antes e depois do uso.
309
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Referências
310
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Bibliografia
311
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Arboviroses
29.1 Introdução
29.2 Diagnóstico
312
MINISTÉRIO DA SAÚDE
313
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
314
MINISTÉRIO DA SAÚDE
315
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Para a detecção da NS1, podem ser utilizadas várias técnicas, entre elas
a imunocromatografia ou ELISA. A técnica imunocromatográfica é utilizada
para o teste de diagnóstico rápido, com resultado em até duas horas. A técnica
imunoenzimática é mais sensível, mas o resultado é mais demorado. A partir do
sétimo dia, o diagnóstico laboratorial depende dos testes que aferem a resposta
imune ao vírus, aferindo a presença de IgM e IgG.
316
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Entreasalteraçõeslaboratoriaisqueavaliamaagressãoorgânicadecorrente
da infecção pelo CHIKV, as mais comuns são linfopenia, plaquetopenia, aumento
da proteína C reativa e elevações de enzimas hepáticas, todas inespecíficas.
29.4 Tratamento
317
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
29.5 Profilaxia
Em relação à dengue, sabe-se que ela pode ser causada por quatro
sorotipos virais distintos, provocando manifestações clínicas que podem variar
de dengue assintomática a casos de elevada gravidade. Entre os vários agravos
à saúde materna, observa-se maior risco de choque e fenômenos hemorrágicos.
O acometimento fetal também é possível, com aumento das taxas de aborto,
318
MINISTÉRIO DA SAÚDE
319
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
320
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Referências
BRITO, C. A.; CORDEIRO, M. T. One year after the Zika virus outbreak in Brazil:
from hypotheses to evidence. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina
Tropical, Uberaba, MG, v. 49, n. 5, p. 537-543, Sept./Oct. 2016.
DUARTE, G. Infecção pelo vírus Zika durante a gravidez. Femina, Rio de Janeiro,
v. 44, n. 1, p. 36-47, 2016.
DUFFY, M. R. et al. Zika virus outbreak on Yap Island, Federated States of
Micronesia. N Engl J Med, v. 360, p. 2536-2543, 2009.
Bibliografia
321
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
322
MINISTÉRIO DA SAÚDE
323
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
324
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
30 Tuberculose
30.1 Introdução
30.2 Clínico
325
MINISTÉRIO DA SAÚDE
30.3 Diagnóstico
326
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
30.4 Tratamento
327
MINISTÉRIO DA SAÚDE
328
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Após início do tratamento, deve ser realizado controle de cura, por meio da
coleta mensal de pesquisa de Baar no escarro, até a obtenção de duas amostras
consecutivas negativas.
329
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Referência
Bibliografia
330
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
31 Hanseníase
31.1 Introdução
331
MINISTÉRIO DA SAÚDE
da sudorese no local.
• Espessamento e hipersensibilidade dos nervos periféricos.
• Lesão oftálmica.
• Perda da força muscular no grupo inervado pelos nervos afetados,
principalmente membros superiores, membros inferiores e pálpebra.
• Edema de mãos e pés, com cianose e ressecamento de pele.
• Ressecamento e sensação de areia nos olhos.
• Hepatoesplenomegalia.
332
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
333
MINISTÉRIO DA SAÚDE
334
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Referências
335
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Bibliografia
336
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
32 Vulvovaginites e cervicites
32.1 Introdução
337
MINISTÉRIO DA SAÚDE
novo parceiro sexual, parceria sexual com mulheres, não uso de condon e uso
de duchas.
32.2.1 Diagnóstico
338
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
32.2.2 Tratamento
32.3 Candidíase
32.3.1 Diagnóstico
339
MINISTÉRIO DA SAÚDE
32.3.2 Tratamento
Derivados imidazólicos:
Poliênico:
340
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
32.4 Tricomoníase
32.4.1 Diagnóstico
341
MINISTÉRIO DA SAÚDE
342
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
32.5.1 Diagnóstico
343
MINISTÉRIO DA SAÚDE
32.5.2 Tratamento
344
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Bibliografia
345
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Papiloma vírus
33 humano – HPV
33.1 Introdução
O HPV é um DNA vírus, tendo sido descritos mais de 100 tipos, divididos
em dois grupos: oncogênico e não oncogênico. O grupo oncogênico está
relacionado a elevação do risco de câncer do colo do útero, sendo os principais
subtipos o 16 e o 18. Já os não oncogênicos (principalmente o 6 e 11) são de
baixo risco para desenvolvimento de neoplasia, estando relacionados a 90% das
verrugas genitais. A infecção pelo HPV oncogênico e sua persistência constituem
o principal fator de risco para o desenvolvimento de lesões intraepiteliais
cervicais de alto grau e sua progressão para câncer cervical.
346
MINISTÉRIO DA SAÚDE
347
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
33.2.4 Colposcopia
33.2.5 Histologia
348
MINISTÉRIO DA SAÚDE
349
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
350
MINISTÉRIO DA SAÚDE
33.5.1 Preservativo
38.7 Amamentação
351
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Referência
Bibliografia
352
34 Infecção do trato urinário
34.1 Introdução
353
MINISTÉRIO DA SAÚDE
34.3 Cistite
354
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
34.5 Pielonefrite
355
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Bibliografia
356
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
35 Malária
35.1 Importância
357
MINISTÉRIO DA SAÚDE
358
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
359
MINISTÉRIO DA SAÚDE
35.5 Diagnóstico
360
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
35.7 Tratamento
Gestantes, puérperas até um mês de lactação e crianças menores de 6 meses não podem usar
primaquina nem tafenoquina.
(atividade abaixo de 30%) deverão fazer a primaquina na dose semanal (0,75 mg/dose) por 8
semanas
Î Gestantes, puérperas, menores de 16 anos e pessoas com atividade de G6PD abaixo de 70%
não podem usar tafenoquina.
361
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Î Gestantes com infecções por P. vivax ou P. ovale devem usar o tratamento convencional com
cloroquina por três dias e cloroquina profilática (5 mg/kg/dose/semana) até o fim do primeiro
mês de lactação, para prevenção de recaídas.
Atenção
362
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
35.8 Prevenção
Não existe, até a presente data, uma vacina aprovada e recomendada pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) que previna contra a malária, embora
várias vacinas estejam em desenvolvimento.
363
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Referência
Bibliografia
ASHLEY, E. A.; PHYO, A. P.; WOODROW, C. J. Malaria. The Lancet, London, v. 391,
n. 10130, p. 1608-1621, 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
O Sinan. 2021. Disponível em: https://portalsinan.saude.gov.br/. Acesso em: 20 jul.
2021.
CANGA, I. L. V. Perfil epidemiológico da malária na Província do Cuanza Norte: o
caso específico das grávidas. 2017. 110 p. Tese (Mestrado em Aconselhamento e
Informação em Farmácia) – Escola Superior de Saúde, Porto, 2017.
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resources. 2020. Disponível em: https://www.cdc.gov/malaria/references_
resources/index.html/. Acesso em: 10 dez. 2021.
DRAPER, S. J. et al. Malaria vaccines: recent advances and new horizons. Cell
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ENANE, L. A. et al. Clinical impact of malaria rapid diagnostic testing at a us
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v. 9, n. 3, p. 298-304, 2019.
GERSTENLAUER, C. Recognition and management of malaria. Nursing Clinics
of North America, Philadelphia, v. 54, n. 2, p. 245-260, 2019.
HEALY, S. A. et al. Malaria vaccine trials in pregnant women: an imperative
without precedent. Vaccine, Amsterdam, v. 37, n. 6, p. 763-770, 2019.
LEBLANC, C. et al. Management and prevention of imported malaria in children:
update of the French guidelines. Médecine et Maladies Infectieuses, Paris, v. 50,
n. 2, p. 127-140, Mar. 2019.
364
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
365
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
36 Doença de Chagas
36.1 Introdução
Nadoençaaguda,amaioriadospacientesapresentasintomasinespecíficos,
com febre não muito elevada, prolongada, constante, podendo apresentar picos
vespertinos ocasionais. Pode haver processo inflamatório e edema no local da
inoculação (chagoma). Os sintomas podem desaparecer espontaneamente,
evoluindo para a fase crônica, ou progredir para formas agudas graves como
miocardite aguda, derrame pericárdico ou meningoencefalite, que podem
levar ao óbito se não tratada.
366
MINISTÉRIO DA SAÚDE
36.4 Tratamento
367
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
36.6 Amamentação
36.7 Prevenção
368
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Bibliografia
BERN, C. Chagas disease: Acute and congenital Trypanosoma cruzi infection. In:
WELLER, P. F.; BOGORODSKAYA, M. (ed.). UpToDate. Waltham, MA: UpToDate
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2021. Link não dá acesso ao documento. Por favor, enviar link atualizado.
BERN, C. Chagas disease: Epidemiology and prevention. In: WELLER, P. F.;
BOGORODSKAYA, M. (ed.). UpToDate. Waltham, MA: UpToDate Inc, 2021. p. xx-
xx. Disponível em: http://www.uptodate.com. Acesso em: 25 ago. 2021. Link não
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CARLIER, Y. et al. Congenital Chagas disease: Updated recommendations for
prevention, diagnosis, treatment, and follow-up of newborns and siblings, girls,
women of childbearing age, and pregnant women. PLoS Neglected Tropical
Diseases, [s. l.], v. 13, n. 10, p. e0007694, Oct. 2019.
CEVALLOS, A. M.; HERNÁNDEZ, R. Chagas' disease: pregnancy and congenital
transmission. BioMed Research International, New York, v. 2014, p. 401864, 2014.
COLOMBO, V. et al. Trypanosoma cruzi infection in Latin American pregnant
women living outside endemic countries and frequency of congenital
transmission: a systematic review and meta-analysis. Journal of Travel Medicine,
Hamilton, Canada, v. 28, n. 1, p. taaa170, Jan. 2021.
LLENAS-GARCÍA, J. et al. Chagas disease screening in pregnant Latin American
women: Adherence to a systematic screening protocol in a non-endemic
country. PLoS Neglected Tropical Diseases, [s. l.], v. 15, n. 3, p. e0009281, Mar. 2021.
MESSENGER, L. A.; BERN, C. Congenital Chagas disease: current diagnostics,
limitations and future perspectives. Current Opinion in Infectious Diseases,
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MUÑOZ-VILCHES, M. J.; DOMÍNGUEZ-CASTELLANO, A.; GUERRA-MARTÍN, M. D.
Cribado de Chagas en embarazo y neonato en Andalucía (España). Anales del
Sistema Sanitario de Navarra, Pamplona, Espanha, v. 42, n. 3, p. 281-290, Dec.
2019.
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Doença de chagas: guia para
vigilância, prevenção e manejo clínico da doença de chagas aguda transmitida
por alimentos. Rio de Janeiro: Opas, 2009. (Série de Manuais Técnicos, 12).
Disponível em : https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_
prevencao_doenca_chagas.pdf. Acesso em: 25 ago. 2021.
VÁZQUEZ, C. et al. Pregnancy and Chagas Disease: Benznidazole's Impact on
Pregnancy and Newborns: A Report of Four Cases. The American Journal of
Tropical Medicine and Hygiene, Mclean, Va., v. 102, n. 5, p. 1075-1077, May 2020.
369
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
37 Pneumonias bacterianas
37.1 Introdução
37.2 Etiologia
370
MINISTÉRIO DA SAÚDE
37.3 Diagnóstico
371
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
• Hemograma.
• Gasometria arterial – indicação clínica, pneumonias graves,
SatO2 < 95% em ar ambiente.
• Hemocultura – indicada nos casos de necessidade de internação
hospitalar.
• Broncoscopia, aspirado traqueal da intubação e lavado de
aspiração brônquica (LAB), culturas quantitativas – casos graves
(unidade de terapia intensiva – UTI).
• Eletrólitos.
• Função renal.
• Função hepática.
• Proteína C-reativa.
372
MINISTÉRIO DA SAÚDE
37.4 Conduta
373
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
PARÂMETRO PRESENTE
C Confusão mental 1
Concentração de ureia
U 1
>50 mg/dL
Frequência respiratória
R 1
>30 ipm
Baixa pressão sanguínea
B arterial – PAS <90 mmHg 1
ou PAD <60 mmHg
65 Idade superior a 65 anos 1
Total 5
Fonte: Adaptado de CORREA et al., 2009.
PARÂMETRO PRESENTE
C Confusão mental 1
Frequência respiratória
R 1
>30 ipm
374
MINISTÉRIO DA SAÚDE
37.5 Tratamento
375
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
cefuroxima
ENFERMARIA UTI
Macrolídeos SEM RISCO PARA PSEUDOMONAS
azitromicina Macrolídeo
+ azitromicina
Betalactâmicos +
amoxacilina + clavulanato Betalactâmico
ou ampicilina + sulbactan
ampicilina + sulbactan ou
ou ceftriaxona + cefuroxima
ceftriaxona + cefuroxima
COM RISCO PARA PSEUDOMONAS
Macrolídeo
azitromicina + clindamicina (se
aspiração)
+
Betalactâmico
cefepime ou imipenem ou
meropenem
376
MINISTÉRIO DA SAÚDE
377
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Referências
Bibliografia
378
MINISTÉRIO DA SAÚDE
dez. 2021.
NATIONAL CLINICAL GUIDELINE CENTRE. Pneumonia in adults: diagnosis and
management. [S. l.]: NICE, 2014. (Clinical Guideline (CG191)).
379
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
38 Sepse na gestação
38.1 Introdução
380
MINISTÉRIO DA SAÚDE
381
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Escore de
0 1 2 3 4
SOFA
Respiração
PaO2/FiO2 <400
<300 <200 <100
(mmHg) >400 221 –
142 – 220 67 – 141 <67
SaO2/FiO2 301
Coagulação
Plaquetas 103/ >150 <150 <100 <50 <20
mm3
Fígado
1,2 –
Bilirrubina <1,2 2,0 – 5,9 6,0 – 11,9 >12,0
1,9
(mg/dL)
Dopamina Dopamina Dopamina>15
Cardiovascular Sem PAM ≤5 ou >5 ou ou
Hipotensão hipotensão <70 dobutamina norepinefrina norepinefrina
(qualquer) ≤0,1 >0,1
Sistema
Nervoso 13 –
15 10 – 12 6–9 <6
14
Glasgow
Renal
Creatinina 1,2 – 3,5 – 4,9 >5,0
(mg/dL) ou <1.2 2,0 – 3,4
1,9 ou <500 mL ou <200mL
débito urinário
(mL/dia)
Fonte: Adaptado de SINGEr et al, 2016.
382
MINISTÉRIO DA SAÚDE
38.3 Conduta
383
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Tratamento empírico
Sítio provável Alternativa
sugerido
Ampicilina +
Corioamnionite Amoxicilina-clavulanato
gentamicina
Ampicilina +
Endometrite gentamicina +
(pós-parto, pós-aborto Clindamicina + metronidazol
ou casos de aborto gentamicina
ou
infectado)
Amoxicilina-clavulanato
Amoxicilina-clavulanato
ou
Pielonefrite Ceftriaxone
gentamicina
(principalmente no
puerpério)
Ceftriaxona +
azitromicina
Amoxicilina-clavulanato + ou
Pneunomia bacteriana
Azitromicina
cefazolina + azitromicina
384
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Influenza suspeita ou
confirmada
Oseltamivir
(até 48 horas do início
dos sintomas)
Pele e partes moles
(inclui sítio cirúrgico
Clindamicina + cefazolina Oxacilina
superficiais e mastites)
385
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Referências
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septic shock (sepsis-3). JAMA, Chicago, v. 315, n. 8, p. 801-810, Feb. 2016.
Bibliografia
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Sept. 2020.
ALLOTEY, J. et al. Update to living systematic review on covid-19 in pregnancy.
BMJ (Clinical Research Edition), London, v. 372, p. n615, Mar. 2021.
BAUER, M. E. et al. Risk Factors, Etiologies, and Screening Tools for Sepsis in
Pregnant Women: A Multicenter Case-Control Study. Anesthesia and Analgesia,
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RASMUSSEN, S. A.; JAMIESON, D. J. 2009 H1N1 Influenza and Pregnancy – 5 Years
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
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STEVENS, D. L. et al. Practice guidelines for the diagnosis and management of
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WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO releases the 2019 AWaRe Classification
Antibiotics. Geneva: WHO, 2019.
387
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
39.1 Introdução
388
MINISTÉRIO DA SAÚDE
da estratégia utilizada para esse rastreio, até este momento, não é possível
prevenir todos os casos de sepse neonatal de início precoce por esse patógeno.
ANTEPARTO INTRAPARTO
Trabalho de parto ou
Raça negra ruptura de membranas
abaixo de 37 semanas
FATORES DE RISCO RN anterior com sepse
Ruptura de membranas
de início precoce por
com duração ≥ 18 horas
EGB
Bacteriúria por EGB na Temperatura intraparto ≥
gestação em curso a 38°C
Fonte: autoria própria
389
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
390
MINISTÉRIO DA SAÚDE
391
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
392
MINISTÉRIO DA SAÚDE
393
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
394
MINISTÉRIO DA SAÚDE
395
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
396
MINISTÉRIO DA SAÚDE
397
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
398
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Bibliografia
399
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
400
PARTE 4
40 Anemias
40.1 Introdução
401
MINISTÉRIO DA SAÚDE
40.2.1 Diagnóstico
402
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
40.2.2 Prevenção
40.2.3 Tratamento
403
MINISTÉRIO DA SAÚDE
casos nos quais não se alcança níveis de hemoglobina superior a 10,0 g/dL
após, pelo menos, duas semanas da administração da dose terapêutica, é
essencial avaliação criteriosa revendo a investigação etiológica e a adesão
ao tratamento. Se confirmada anemia ferropriva, a opção pelo uso do ferro
endovenoso deve ser avaliada.
404
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
A suplementação de ácido fólico, na dose de 0,4 a 0,8 mg/dia, que deve ser
iniciada, pelo menos, um mês antes da concepção para benefício da formação
do tubo neural do embrião e, mantida durante toda a gestação, é suficiente
para prevenção de deficiência materna de folato.
40.3.1 Diagnóstico
40.3.2 Tratamento
40.4 Hemoglobinopatias
405
MINISTÉRIO DA SAÚDE
406
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
407
MINISTÉRIO DA SAÚDE
408
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Exame Frequência
Hemograma completo com contagem de Mensal
reticulócitos
Cinética de ferro À admissão
Ferro sérico
Capacidade total de ligação do ferro
Ferritina sérica
Função hepática Trimestral
TGO
TGP
Bilirrubinas totais, direta e indireta
Fosfatase alcalina
DHL
Albumina
Sorologias À admissão
Hepatites A e C
Anti-HTLV 1 e 2
Citomegalovírus
Chagas (se transfusão prévia)
Função Renal Trimestral
Creatinina
Ácido úrico
Proteinúria de 24 horas
Clearance de creatinina/ ou relação
proteína/creatinina
Eletroforese de hemoglobina Após cada transfusão
Fenotipagem eritrocitária Se transfusão prévia e
após cada transfusão
Teste de Coombs indireto (Pesquisa de Antes e após cada
Anticorpos Irregulares) transfusão
Ecocardiograma À admissão
Exame de fundo de olho À admissão
Fonte: autoria própria
409
MINISTÉRIO DA SAÚDE
40.4.2 Talassemia
410
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
411
MINISTÉRIO DA SAÚDE
412
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Referência
YAWN, B. P. et al. Management of sickle cell disease: Summary of the 2014
evidence-based report by expert panel members. JAMA, Chicago, v. 312, n. 10, p.
1033-1048, Sept. 2014.
Bibliografia
413
MINISTÉRIO DA SAÚDE
414
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
41 Cardiopatias
41.1 Introdução
415
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Na paciente que não tem diagnóstico prévio, os sintomas e sinais que levam
à suspeita de cardiopatia são: dispneia incompatível com a idade gestacional,
desencadeada por esforço físico ou ortopneia; arritmia acompanhada de
cansaço, precordialgia ou síncope; cianose, ou ainda alterações da ausculta
diferentes das citadas no Quadro 2.
416
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
De maneira geral, as doenças mal toleradas são aquelas que cursam com
obstruções ao fluxo (estenoses), disfunção sistólica de ventrículo esquerdo,
hipertensão pulmonar e risco de fenômenos tromboembólicos. O Quadro 3 lista
os itens que envolvem prognóstico negativo materno e fetal. A estimativa de
risco também pode ser feita com base no tipo de doença cardíaca – o Quadro
4 mostra a Classificação de risco da Organização Mundial da Saúde, utilizada
em muitos serviços e países para condução do pré-natal e do parto. Pode-se
observar que no grupo I o risco de complicações e mortalidade materna é muito
baixo, e as pacientes podem ser seguidas e ter parto em locais de atendimento
a pacientes de risco habitual. Por outro lado, nos grupos III e IV o risco materno
é bem elevado, contraindicando a gestação, e nos casos que ela ocorre o
seguimento e parto devem ser realizados em centros terciários ou quaternários,
por equipe multidisciplinar, com possibilidade de cuidados intensivos e até
cirurgia cardiovascular.
417
MINISTÉRIO DA SAÚDE
MATERNOS FETAIS
Classe funcional NYHA III / IV Anticoagulação
Cianose Cianose
Disfunção miocárdica (fração de ejeção Tabagismo
<40%) Classe funcional III ou IV
Obstrução de via de saída de coração Prótese valvar mecânica
esquerdo (AV mitral <2,0 cm2; AV aórtica
<1,5 cm2; gradiente transvalvar aórtico Gestação múltipla
>30 mmHg) Obstrução de via de saída do VE
História de arritmia grave (com
repercussão clínica)
Eventos cardíacos prévios à gestação
(AVC, ICC)
Fonte: traduzido e adaptado de SIU et al, 2002.
Nota: AV – área valvar, AVC – acidente vascular cerebral, ICC – insuficiência cardíaca congestiva;
VE – ventrículo esquerdo.
418
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
419
MINISTÉRIO DA SAÚDE
420
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
421
MINISTÉRIO DA SAÚDE
422
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
423
MINISTÉRIO DA SAÚDE
424
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
41.7.5 Anestesia
425
MINISTÉRIO DA SAÚDE
41.8 Puerpério
426
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
427
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Referências
Bibliografia
428
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
429
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
42 Tireopatias
42.1 Introdução
430
MINISTÉRIO DA SAÚDE
42.3 Hipertireoidismo
431
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
42.3.1 Diagnóstico
O diagnóstico clínico pode ser sutil, pois muitos sintomas podem ser
confundidos com os próprios da gestação, a não ser em casos de franca
tireotoxicose, nos quais esses sinais e sintomas se tornam muito evidentes.
As dosagens hormonais geralmente são necessárias para a elucidação:
T4L se encontra aumentado (acima do indicado pelo laboratório) e o TSH
suprimido (<0,1 mUI/L). A quantificação da forma livre de tiroxina tem
importância na decisão terapêutica. Níveis pouco acima dos considerados
normais (<2,0 ng/ml) cursam, em geral, com menores taxas de repercussão,
sendo preferível manter a gestante nessa faixa (de discreto hipertireoidismo),
evitando que apresentem quedas abaixo do normal e, assim, evitam-
se as repercussões do uso das DATs. A identificação dos autoanticorpos,
principalmente aqueles com atividade estimulatória, tem importante
papel no acompanhamento da gestação, pois, se elevados, determinam
estimulação da tireoide fetal, com consequente hipertireoidismo fetal e/
ou neonatal. Quando em baixas taxas podem sugerir redução da terapia
antitireoidiana nesse período.
42.3.2 Tratamento
432
MINISTÉRIO DA SAÚDE
433
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
42.4 Hipotireoidismo
42.4.1 Diagnóstico
434
MINISTÉRIO DA SAÚDE
42.4.2 Tratamento
435
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
436
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Bibliografia
437
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
43 Hipertensão arterial
crônica
43.1 Introdução
438
MINISTÉRIO DA SAÚDE
439
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
440
MINISTÉRIO DA SAÚDE
441
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
442
MINISTÉRIO DA SAÚDE
43.9 Puerpério
443
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
estar sempre atentos às possíveis causas iatrogênicas que podem elevar os níveis
pressóricos neste período, como a utilização de medicações anti-inflamatórias
para dor ou agentes ergotamínicos, usados frequentemente para hemorragia
pós-parto por atonia uterina. Atenção redobrada deve ser dada ao uso de
medicações para inibição da lactação, como a bromocriptina e a cabergolina.
Estas, além de elevarem os níveis pressóricos, podem facilitar o desenvolvimento
de eventos cardiocirculatórios como hemorragia intracerebral e infarto agudo
do miocárdio.
444
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Níveis pressóricos maiores ou iguais a PAS 160 ou PAD 110 mmHg são
considerados como crise hipertensiva e justificam a intervenção medicamentosa
imediata. Em situações de suspeita clínica de PE, na vigência de crise hipertensiva
(PAS ≥160 ou PAD ≥110 mmHg), em pacientes sintomáticas ou assintomáticas,
indica-se a administração de sulfato de magnésio para prevenção de desfechos
adversos e situações ameaçadoras à vida. Ressalta-se que a administração do
sulfato de magnésio deverá sempre preceder o hipotensor de ação rápida e
deverá ser realizada no local do evento, evitando-se, dessa forma, a transferência
de pacientes em situações de instabilidade.
445
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
446
MINISTÉRIO DA SAÚDE
447
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Referências
Bibliografia
ACOG Committee Opinion No. 767: Emergent Therapy for Acute-Onset, Severe
Hypertension During Pregnancy and the Postpartum Period. Obstetrics and
Gynecology, Hagerstown, MD, v. 133, n. 2, p. e174-e180, Feb. 2019.
ACOG Practice Bulletin No. 202 Summary: Gestational Hypertension and
Preeclampsia. Obstetrics and Gynecology, Hagerstown, MD, v. 133, n. 1, p. 1, Jan.
2019.
AMERICAN COLLEGE OF OBSTETRICIANS AND GYNECOLOGISTS. Committee
on Practice Bulletins-Obstetrics. ACOG Practice Bulletin No. 203: Chronic
Hypertension in Pregnancy. Obstetrics and Gynecology, Hagerstown, MD, v. 133,
n. 1, p. e26-e50, Jan. 2019.
FLACK, J. M.; CALHOUN, D.; SCHIFFRIN, E. L. The New ACC/AHA Hypertension
Guidelines for the Prevention, Detection, Evaluation, and Management of High
Blood Pressure in Adults. American Journal of Hypertension, New York, NY, v. 31,
n. 12, p. 133-135, Jan. 2018.
HYPERTENSION in pregnancy. Report of the American College of Obstetricians
and Gynecologists’ Task Force on Hypertension in Pregnancy. Obstetrics and
Gynecology, Hagerstown, MD, v. 122, n. 5, p. 1122-1131, Nov. 2013.
IMDAD, A. et al. Screening and triage of intrauterine growth restriction (IUGR) in
general population and high risk pregnancies: a systematic review with a focus
on reduction of IUGR related stillbirths. BMC Public Health, [s. l.], v. 11, p. S1, Apr.
2011. Suppl. 3.
NATIONAL INSTITUTE FOR HEALTH AND CARE EXCELLENCE. Hypertension in
pregnancy: diagnosis and management. American journal of obstetrics and
gynecology, St. Louis, v. 77, p. S1-S22, 2019. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.
nih.gov/books/NBK546004/. Acesso em: 30 dez. 2021.
PERAÇOLI, J. C. et al. Pré-eclâmpsia/Eclâmpsia. Revista Brasileira de Ginecologia
e Obstetrícia, São Paulo, v. 41, n. 5, p. 318-332, maio 2019.
448
MINISTÉRIO DA SAÚDE
449
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
44.1 Introdução
450
MINISTÉRIO DA SAÚDE
23. SBD - Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes: 2019-
2020. São Paulo.
Toda mulher com DM pré-gestacional, tanto tipo 1 como tipo 2, deve ser
alertada da importância do controle glicêmico rigoroso antes da concepção.
Recomenda-se manter os valores da HbA1c abaixo de 6,5% antes da concepção,
idealmente abaixo de 6,0%, visando minimizar o risco de anomalias congênitas.
Além disso, gestantes com diabetes pré-gestacional podem apresentar
agravamento das complicações crônicas microvasculares e no controle
glicêmico, pois a gravidez é um estado hiperglicemiante. Valores de HbA1c
maiores que 8% são relacionados a maior risco de malformações, especialmente
dos sistemas cardiovascular, nervoso central, geniturinário e esquelético. Na
paciente diabética com bom controle metabólico a incidência de malformação
fetal não difere da população não diabética.
451
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
452
MINISTÉRIO DA SAÚDE
453
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
44.7 Conduta
44.8 Dieta
454
MINISTÉRIO DA SAÚDE
44.10 Insulinoterapia
A dose total de insulina pode ser utilizada com distribuição das doses em
jejum e ao longo do dia. A combinação de insulinas com tempos variáveis de ação
é recomendada. Sugere-se administrar parte da dose diária como insulina NPH
e parte como insulina rápida. O ajuste é baseado nos valores da glicemia capilar
diária. Na gravidez, doses crescentes de insulina são necessárias, especialmente
no terceiro trimestre, a partir da 30ª a 33ª semana, pois há aumento da resistência
à insulina nessa fase da gestação.
455
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Indicações:
• Insucesso no controle metabólico com múltiplas doses de
insulina, em mulheres que desejam engravidar.
• Gastroparesia e neuropatias autonômicas.
• Hipoglicemias assintomáticas.
• Hipoglicemias graves.
• Complicações microvasculares e/ou fatores de risco para
complicações macrovasculares.
• Pacientes com hipoglicemias noturnas, frequentes e intensas.
• Grandes variações da rotina diária.
• Pacientes propensas a terem cetose.
A OMS recomenda o uso de ácido acetil salicílico (AAS), 100 a 150 mg/dia,
e dieta rica em cálcio ou uso de carbonato de cálcio – 1000mg/dia, em gestantes
com DM tipo 1 e tipo 2, para prevenção da pré-clâmpsia, da 12ª até a 36ª semana
de gestação.
456
MINISTÉRIO DA SAÚDE
44.14 Corticoterapia
44.15 Parto
457
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Bibliografia
458
MINISTÉRIO DA SAÚDE
XU, T-T. et al. Low-dose aspirin for preventing preeclampsia and its complications:
a meta-analysis. Journal of Clinical Hypertension, Greenwich, CT, v. 17, n. 7, p. 567-
573, July 2015.
459
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Lúpus eritematoso
45 sistêmico
45.1 Introdução
460
MINISTÉRIO DA SAÚDE
461
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Esses exames devem ser repetidos a cada trimestre para aqueles casos de
pacientes que se mantenham em remissão da doença ou requeridos quando
houver qualquer alteração na avaliação clínica.
462
MINISTÉRIO DA SAÚDE
463
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
464
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Pontos principais:
Bibliografia
465
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
466
46 Asma
46.1 Introdução
46.2 Diagnóstico
467
MINISTÉRIO DA SAÚDE
*VEF1 (volume expiratório forçado no 1º segundo), CVF (capacidade vital forçada) e da relação
VEF1/CVF.
468
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
46.3 Tratamento
469
MINISTÉRIO DA SAÚDE
470
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Referências
GLOBAL INITIATIVE FOR ASTHMA. Global Strategy for Asthma Management
and Prevention. 2021. Disponível em: www.ginasthma.org. Acesso em: xx xx xxxx.
Informar o link de acesso correto que dá acesso ao documento. The Journal of
Allergy and Clinical Immunology: In Practice
Volume 10, Issue 1, Supplement, January 2022, Pages S1-S18
Global Initiative for Asthma Strategy 2021: Executive Summary and Rationale for
Key Changes
Author links open overlay panelHelen K.ReddelaLeonard B.BacharierbEric
D.BatemancChristopher E.BrightlingdGuy G.BrusselleefRolandBuhlgAlvaro
A.CruzhLiesbethDuijtsiJeffrey M.DrazenjkJ. MarkFitzGeraldlLouise
J.FlemingmHiromasaInouenFanny W.KooJerry A.KrishnanpMark
L.LevyqJiangtaoLinrKevinMortimerstPaulo M.Pitrezu…Louis-PhilippeBouletx
The Journal of Allergy and Clinical Immunology: In Practice
Volume 10, Issue 1, Supplement, January 2022, Pages S1-S18
Global Initiative for Asthma Strategy 2021: Executive Summary and Rationale for
Key Changes
471
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Bibliografia
472
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
47 Epilepsia e gravidez
47.1 Introdução
473
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Droga Categoria
Carbamazepina D
Clobazam C
Clonazepam C
Levatiracetam C
Etossuximida D
Fenitoína D
Fenobarbital D
Gabapentina C
Topiramato D
Lamotrogina C
Ácido valproico D
Valproato de sódio D
Fonte: autoria própria.
474
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
475
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Bibliografia
476
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
48 Transtornos psiquiátricos
48.1 Introdução
48.2 Depressão
Sabendo que a maioria das gestantes deprimidas não relata seus sintomas
espontaneamente, é necessário que o médico realize a investigação de forma
ativa. Nesse sentido, pelo menos duas perguntas devem ser formuladas nas
consultas de pré-natal: 1) “Você se sente triste, para baixo?” e 2) “Você sente
que está desanimada, sem vontade para fazer suas coisas?”. Caso a gestante
responda negativamente a essas perguntas, não é necessária investigação
adicional, pois é muito pequena a chance de apresentar depressão. Porém,
caso alguma resposta seja afirmativa, a anamnese deve incluir adicionalmente
perguntas específicas, buscando o diagnóstico de depressão.
477
MINISTÉRIO DA SAÚDE
478
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
479
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Outros tipos
Bupropiona C 150-300 mg Cefaleia, insônia, tontura, sudorese, boca
seca, erupção cutânea, enjoo, tremores
480
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
481
MINISTÉRIO DA SAÚDE
482
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Bibliografias
483
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
49 Câncer ginecológico
49.1 Introdução
484
MINISTÉRIO DA SAÚDE
49.2.1 Tratamento
485
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
486
MINISTÉRIO DA SAÚDE
49.3.1 Tratamento
487
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
488
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Bibliografia
489
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
50 Trombofilias
50.1 Introdução
50.2 Diagnóstico
490
MINISTÉRIO DA SAÚDE
491
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
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MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
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MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
Bibliografia
499
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
500
MINISTÉRIO DA SAÚDE
501
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
502
51 Tromboembolismo
venoso
51.1 Introdução
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
TEV prévio
deficiência de antitrombina
deficiência de proteína C
Trombofilia hereditária
deficiência de proteína S
fator V de Leiden
504
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
51.2 Prevenção
Homozigose fator V Leidein Deficiência de proteína C Multiparidade (≥ três partos prévios) Pré-eclâmpsia grave na
gestação atual
Homozigose protrombina mutante Heterozigose protrombina mutante
Heterozigoze fator V Leiden Natimorto sem causa aparente Cesárea de urgência
Deficiência de antitrombina
Anticorpos antifosfolípides
Morbidades clínicas Morbidades clínicas
505
MINISTÉRIO DA SAÚDE
≤ 50 Kg - 20mg
51-90 Kg - 40mg
91-130 Kg - 60mg
131 - 170 Kg - 80mg
>170 Kg - 0,6mg/Kg/dia
506
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
51.3 Diagnóstico
51.4 Tratamento
507
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Referências
Bibliografia
508
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
509
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
52 Gravidez na adolescência
52.1 Introdução
52.2 Pré-natal
510
MINISTÉRIO DA SAÚDE
511
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
52.4 Parto
52.5 Pós-parto
512
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Bibliografia
513
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
514
53 Idade materna avançada
53.1 Introdução
515
MINISTÉRIO DA SAÚDE
• Gravidez ectópica.
• Doença trofoblástica gestacional.
• Abortamento espontâneo.
• Anomalias cromossômicas.
• Anomalias congênitas.
• Gestação múltipla.
• Morbidade perinatal (maiores índices de baixo peso ao nascer e partos
pré-termo).
• Óbito fetal.
• Diabete melito prévio e diabete melito gestacional.
• Pré-eclâmpsia.
• Distúrbios da tireoide.
• Inserção baixa da placenta.
• Descolamento prematuro de placenta.
• Distocias.
• Parto cesáreo.
516
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
518
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Bibliografia
519
MINISTÉRIO DA SAÚDE
520
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
54 Obesidade
54.1 Introdução
A obesidade pode ser classificada pelo índice de massa corporal (IMC), que
é calculado pela razão entre o peso corporal (em quilogramas) e o quadrado da
altura (em metros). Essas medidas devem ser realizadas na primeira consulta
de pré-natal, preferentemente no primeiro trimestre da gravidez, e repetidas
em cada uma delas. Dessa forma, o sobrepeso e o grau da obesidade podem
assim ser caracterizados:
521
MINISTÉRIO DA SAÚDE
De forma geral, gestantes obesas com IMC até 39,9 kg/m2 no primeiro
trimestre, sem comorbidades, podem ser seguidas no pré-natal de risco
habitual. Gestantes obesas com comorbidades ou IMC ≥ 40 kg/m2 deverão ser
encaminhadas para pré-natal de alto risco.
• abortamento;
• diabetes gestacional;
• malformações fetais (sistema nervoso central, espinha bífida,
malformações cardíacas, fenda palatina, entre outras);
• prematuridade iatrogênica;
• óbito fetal (maior risco quanto maior IMC);
• feto grande para idade gestacional e macrossomia fetal;
• dificuldade em avaliar anomalias fetais pela obesidade;
• dificuldade em avaliar vitalidade fetal pela obesidade na gravidez e no
trabalho de parto;
• pós-datismo;
• maior chance de cesárea de urgência;
• fase ativa do trabalho de parto prolongada;
• dificuldade na realização da anestesia/anestesia geral pode ser
necessária;
• hemorragia intra e pós-parto;
• dificuldade na extração fetal tanto em parto vaginal quanto em
cesárea;
• distócia de ombro e lesão do plexo braquial;
• infecção puerperal e de ferida cirúrgica;
• óbito perinatal/óbito infantil;
• dificuldade na amamentação/depressão pós-parto.
522
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Fator de correção
Circunferência (cm)
(mmHg)
PAS PAD
36 -6 -4
38 -8 -6
40 -10 -7
42 -12 -9
44 -14 -10
46 -16 -11
48 -18 -13
Fonte: Fonte: Maxwell MH, Waks AU, Schroth PC, Karam M, Dornfeld LP. Error in blood-pressure
measurement due to incorrect cuff size in obese patients. Lancet 1982;2(8288):33-36.
523
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Gestantes obesas com IMC até 39,9 kg/m2 no último trimestre, sem
comorbidades, podem ter parto em maternidades de baixo risco. Gestantes
obesas com comorbidades ou IMC ≥ 40 kg/m2 deverão ser encaminhadas
para maternidade de alto risco. As mesas cirúrgicas e de parto habitualmente
suportam peso até 120 kg, sendo importante o conhecimento do peso da
gestante para o encaminhamento para maternidade que possua equipamentos
compatíveis com o peso da gestante (mesas cirúrgica e de parto, cadeiras, vasos
sanitários etc.).
Nas gestantes obesas com IMC ≥ 40 kg/m2, ainda não há consenso quanto
à melhor via de parto. Há maior chance de distócias relacionadas à contração
uterina, bem como distócia de ombros. A cesárea eletiva, programada para
o início da manhã, com equipe preparada, pode ser estratégia para evitar
intervenções obstétricas de urgência em horários com equipe reduzida e menos
preparada, embora aumente o risco de endomiometrite e de ferida operatória.
524
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
525
MINISTÉRIO DA SAÚDE
54.4 Puerpério
Bibliografia
526
MINISTÉRIO DA SAÚDE
concepto: estudo transversal na região de Jundiaí, São Paulo, Brasil. Ciências &
Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 19, n. 5, p. 1401-1407, maio 2014.
INSTITUTE OF MEDICINE. National Research Council. Committeee to Reexamine
IOM Pregnancy Weight Guidelines. Weight gain during pregnancy: reexamining
the guidelines. Washington, DC: The National Academy Press, 2009.
LEE, V. R. et al. Term elective induction of labour and perinatal outcomes in
obese women: retrospective cohort study. BJOG: An International Journal of
Obstetrics and Gynaecology, Oxford, v. 123, n. 2, p. 271-278, Jan. 2016.
MARIONA, F. G. Perspectives in obesity and pregnancy. Women's Health,
London, v. 12, n. 6, p. 523-532, Nov. 2016.
NOHR, E. A. et al. Severe obesity in young women and reproductive health: the
Danish National Birth Cohort. PLoS One, San Francisco, CA, v. 4, n. 12, p. e8444,
2009.
O’BRIEN, T. E.; RAY, J. G.; CHAN, W. S. Maternal body mass index and the risk of
preeclampsia: a systematic overview. Epidemiology, Cambridge, MA, v. 14, n. 3,
p. 368-374, May 2003.
RILEY, L.; WERTZ, M.; MCDOWELL, I. Obesity in pregnancy: risks and management.
American Family Physician, Kansas City, Kan., v. 97, n. 9, p. 559-561, May 2018.
SEABRA, G. et al. Sobrepeso e obesidade pré-gestacionais: prevalência
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527
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Gestação pós-cirurgia
55 bariátrica
55.1 Introdução
528
MINISTÉRIO DA SAÚDE
529
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Recomendação de dose:
Recomendação de dose:
530
MINISTÉRIO DA SAÚDE
531
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
532
MINISTÉRIO DA SAÚDE
533
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
55.13 Amamentação
55.14 Conclusões
Bibliografia
534
MINISTÉRIO DA SAÚDE
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535
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
56.1 Introdução
536
MINISTÉRIO DA SAÚDE
537
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
538
MINISTÉRIO DA SAÚDE
539
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
540
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Bibliografia
541
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
542
57 Tabagismo
57.1 Introdução
543
MINISTÉRIO DA SAÚDE
544
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
545
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Bibliografia
546
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
547
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
58
Gravidez de usuária de
álcool e drogas ilícitas
No Brasil, estudo com 450 gestantes atendidas pelo SUS encontrou prevalência
de 6% de uso nocivo e 3,1% de dependência de álcool.
548
MINISTÉRIO DA SAÚDE
549
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
58.2 Álcool
550
MINISTÉRIO DA SAÚDE
551
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Bibliografia
552
MINISTÉRIO DA SAÚDE
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553
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
554
Gravidez após
59 reprodução assistida
59.1 Introdução
555
MINISTÉRIO DA SAÚDE
via de regra, deve ser feita até 12ª semana. Outros medicamentos têm
sido utilizados, de forma empírica em pacientes com falhas pregressas de
implantação, sem evidências científicas. Nessas condições, deve-se utilizar o
bom senso e suspender os medicamentos que possam trazer efeitos colaterais
e riscos desnecessários para a gestação.
556
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
gemelar dobrou nos últimos anos e a trigemelar aumentou sete vezes. Para se
evitar a gemelidade, o Conselho Federal de Medicina publicou a resolução nº
1.957/2010 (Publicada no DOU de 6 de janeiro de 2011, Seção I, p.79) que orienta
o número máximo de embriões a serem transferidos para a receptora. Em
relação ao número de embriões a serem transferidos, são feitas as seguintes
determinações:
a) Mulheres com até 35 anos: até dois embriões.
b) Mulheres entre 36 e 39 anos: até três embriões.
c) Mulheres com 40 anos ou mais: até quatro embriões.
BIbliografia
557
MINISTÉRIO DA SAÚDE
558
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
60 Miastenia gravis
60.1 Introdução
559
MINISTÉRIO DA SAÚDE
60.3 MG e gravidez
560
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
561
MINISTÉRIO DA SAÚDE
60.4 MG e o parto
A via de parto será por indicação obstétrica; a contração uterina não está
comprometida na MG, no entanto pode haver prejuízo do segundo estágio
(período expulsivo), uma vez que os puxos maternos podem estar diminuídos.
O uso de parto operatório (fórceps ou vácuo extrator) é uma opção.
562
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Bibliografia
563
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
61 Leiomioma do útero
61.1 Introdução
61.2 Diagnóstico
564
MINISTÉRIO DA SAÚDE
61.3 Conduta
565
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
566
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Bibliografia
567
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
154347, 2014.
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568
62 Apendicite aguda
62.1 Introdução
569
MINISTÉRIO DA SAÚDE
formas jovens. Elevações nos níveis de PCR também são inespecíficos, não
patognomônicos de apendicite, mas indicadores de processo infecciosos e
sepse.
62.3.1 Ultrassonografia
Em casos não conclusivos pelos exames anteriores, ela pode ser utilizada.
Para tal, mudanças dos protocolos podem reduzir substancialmente a carga de
radiação ionizante no feto. Dados referentes à sua especificidade e sensibilidade
são discretamente inferiores aos da ressonância.
570
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
62.6 Tratamento
571
MINISTÉRIO DA SAÚDE
A via laparoscópica é sem dúvida a melhor indicação para tal, pois facilita
a localização do apêndice e minimiza o contato com o útero. Pode ser realizada
em qualquer etapa da gestação com índices de complicações mínimos. Poucos
estudos e com poucos casos demonstraram que a probabilidade de perda
fetal no método laparoscópico chega a ser duas vezes maior que na cirurgia
aberta. A dificuldade em avaliar estes dados é relacionada a serem pesquisas
retrospectivas, não levando em consideração época gestacional, idade da
mãe, gravidade da apendicite – complicada ou não – e expertise do cirurgião.
Também não foram levados em consideração o tipo de anestesia e a técnica
utilizada, sendo sem dúvida um fator a mais no insucesso gestacional.
572
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Bibliografia
573
MINISTÉRIO DA SAÚDE
574
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
63 Colecistite aguda
63.1 Introdução
63.2 Incidência
575
MINISTÉRIO DA SAÚDE
63.4 Diagnóstico
576
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
63.7 Tratamento
577
MINISTÉRIO DA SAÚDE
578
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Bibliografia
579
MINISTÉRIO DA SAÚDE
580
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Medicina integrativa
64 e a gestação de alto risco
O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela Lei n.° 8.080, de 19 de
setembro de 1990, para dar atenção à saúde de todo cidadão brasileiro durante
toda a vida gratuitamente, desde o nascimento até o óbito, considerando
níveis de atenção primária, secundária e terciária. Em 2006, por recomendação
da Organização Mundial da Saúde, o SUS instituiu a Política Nacional de
Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), trabalho desenvolvido pelo
Departamento de Atenção Primária do Ministério da Saúde, com a colaboração
de entidades oficiais representativas de fitoterapia, homeopatia, acupuntura e
medicina antroposófica.
581
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Bibliografia
582
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
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MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
65
Assistência pré-natal
à gestante indígena
65.1 Introdução
584
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Fonte: Sesai. Ministério da Saúde, 2008. Consórcio IDS-SSL-Cebrap, 2009. Adaptada de Garnelo,
L., 2012.
585
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
586
MINISTÉRIO DA SAÚDE
587
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Fonte: Adaptado pela Geabs/SES do Manual de Atenção ao Pré-natal de Baixo Risco (MS/SAS/
DAB, 2012).
588
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Referências
589
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
66 Parada cardiorrespiratória
na gestação
66.1 Introdução
• Complicações anestésicas.
• Hemorragias.
• Doenças cardiovasculares.
• Uso de drogas.
• Eventos embólicos.
• Infecções.
• Complicações hipertensivas.
590
MINISTÉRIO DA SAÚDE
591
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Bibliografia
592
MINISTÉRIO DA SAÚDE
593
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
PARTE 5
MEDICINA FETAL E A
GESTAÇÃO DE ALTO RISCO
67
Métodos de avaliação
do bem-estar fetal
67.1 Introdução
594
MINISTÉRIO DA SAÚDE
595
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
596
MINISTÉRIO DA SAÚDE
** Mudanças “Abrupta” e “Gradual” são definidas de acordo com o intervalo de tempo < a 30
segundos ou ≥ a 30 segundos entre o início da aceleração/desaceleração e o seu ápice/nadir.
597
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Para cada parâmetro normal do PBF é atribuído dois pontos, e para cada
parâmetro anormal, zero. A somatória dos pontos obtidos em cada parâmtero
constitui a pontuação total do PBF, que varia de 0 a 10.
598
MINISTÉRIO DA SAÚDE
599
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Referências
Bibliografia
600
MINISTÉRIO DA SAÚDE
601
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
68 Métodos de avaliação da
maturidade fetal
68.1 Introdução
602
MINISTÉRIO DA SAÚDE
68.2.2.1 Amnioscopia
68.2.2.2 Amniocentese
603
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
604
MINISTÉRIO DA SAÚDE
68.2.2.3 Ultrassonografia
Bibliografia
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605
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
69 Malformações fetais e
aconselhamento pré-natal
69.1 Introdução
606
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Uma vez que fatores de risco genéticos e/ou ambientais são encontrados
em somente cerca de 30% dos casos, em 65% a 75% dos defeitos congênitos não
é possível identificar a causa, sendo a etiologia poligênica e multifatorial. Dessa
forma, para identificar a maior proporção das gestações com fetos portadores
de defeito congênito, é necessário realizar o rastreamento ultrassonográfico
de maneira universal, isto é, para todas as gestantes, independentemente da
caracterização de fator de risco individual.
607
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
69.3 Conduta
608
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Bibliografia
609
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
610
70 Malformações fetais
incompatíveis com a vida
70.1 Introdução
611
MINISTÉRIO DA SAÚDE
70.2 Diagnóstico
70.3 Conduta
612
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
• Anencefalia;
• Trissomias 13 e 18;
• Holoprosencefalia (alobar e semilobar);
• Encefalocele com exteriorização de grande parte do encéfalo;
• Pentalogia de Cantrell;
• Extenso defeito de fechamento da parede abdominal com órgãos
vitais se exteriorizando;
• Body stalk (síndrome do cordão umbilical curto);
• Síndrome da banda amniótica com lesões graves em órgãos vitais
(individualizar caso a caso);
• Nefropatias graves com anidramnia/hipoplasia pulmonar (agenesia
renal bilateral, rins policísticos, rins multicísticos bilaterais, válvula de
uretra posterior);
• Displasia esquelética letal (hipoplasia torácica/pulmonar);
613
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Referência
614
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
615
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
71 Procedimentos invasivos
diagnósticos
71.1 Introdução
Estamos na era do cell-free fetal DNA, fato este que reduz drasticamente
a realização dos procedimentos fetais invasivos, porém, não excluem a suas
indicações e realizações. Os principais métodos empregados na atualidade,
com finalidades diagnósticas são: biópsia de vilo corial, amniocentese e
cordocentese.
• Teste de triagem com teste pré-natal não invasivo (NIPT) positivo para
cromossomopatias.
• Anomalia estrutural relacionada com aneuploidia.
• Filho anterior com cromossomopatia.
• Histórico familiar de translocação balanceada, inversão, mosaicismo
ou aneuploidia.
• Doença infecciosa materna aguda durante a gestação, ou soroconversão
para toxoplasmose, rubéola ou citomegalovírus.
A idade materna >35 anos por si somente não é mais indicação formal
para procedimento invasivo para diagnóstico de aneuploidias. Situação pouco
frequente é a solicitação por ansiedade do casal. Não se recomenda realização
do procedimento nesses casos e sim o esclarecimento amplo ao casal.
616
MINISTÉRIO DA SAÚDE
617
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
• Pode ser realizada tanto por via transabdominal como por via
transcervical, de acordo com a experiência do operador, sob
contínua visualização ultrassonográfica.
• A chance de perda fetal relacionadas ao método é entre 0,2%-
2,0%.
• O risco de ocorrência de abortamento diminui, de acordo com
a maior experiência do operador. Repetidas tentativas e idade
gestacional <10 semanas aumentam este risco.
• A agulha indicada é de raquianestesia 20 G. Uma vez na
placenta, devem ser realizados cerca de 10 movimentos de vai e
vem com a seringa de vácuo acoplada.
• A quantidade de amostra colhida deve ser em torno de 5 mg de
vilo corial e falhas de punção são relatadas entre 2,5%-4,8% dos
procedimentos.
• O índice de falhas de crescimento do citotrofoblasto é em
torno de 0,5%, estando altamente relacionado com volume
insuficiente de captura da amostra. O resultado de mosaicismo
acontece em torno de 1% das vezes, sendo então recomendado
aconselhamento genético e posterior amniocentese para
diferenciar se está confinado à placenta ou de fato é fetal.
• A ocorrência de sangramento vaginal é descrito em até 10% das
vezes. A rotura prematura das membranas ovulares é bastante
rara, acontecendo em cerca de 0,5% dos procedimentos, e a taxa
de corioamnionite e infecção uterina tem cifras mais escassas,
cerca de 1-2/3.000 procedimentos.
71.2.2 Amniocentese
618
MINISTÉRIO DA SAÚDE
619
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
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LENIS-CORDOBA, N. et al. Amniocentesis and the risk of second trimester fetal
loss in twin pregnancies: results from a prospective observational study. Journal
of maternal-fetal & neonatal medicine, London, v. 26, p. 1537-1541, 2013.
MILLAIRE, M. et al. Mid-trimester genetic amniocentesis in twin pregnancy and
the risk of fetal loss. Journal of obstetrics and gynaecology Canada, Toronto, v.
28, p. 512-518, 2006.
620
MINISTÉRIO DA SAÚDE
621
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
72.1 Introdução
72.2 Polidrâmnio
622
MINISTÉRIO DA SAÚDE
72.5 Hipertireoidismo
72.6 Hipotireoidismo
623
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
72.7 Bradiarritmias
72.8 Taquiarritmias
624
MINISTÉRIO DA SAÚDE
625
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
IM fetal
Dose fetal: 88 μg/kg
cada 12 horas, repetir
duas vezes
TSV reentrada, Sotalol 160-480 mg/dia a cada VO Náusea/vômitos, tontura, fadiga,
atrial ectópico, 8-12 horas materna pró-arritmia materna (Qtc >0,48)
juntional e e fetal
flutter atrial
* ritmo convertido ou
hidropisia resolvida:
descontinuar, fazer
transição para outro
agente
TV Lidocaína Ataque: 1-1,5 mg/kg IV IV materna Náusea/vômitos++, sintomas
seguido de 1-4 mg/ neurológicos e pró-arritmia
minuto IV contínuo materna
TV Mexiletina 600 a 900 mg/d VO Náusea/vômitos++, sintomas
divididos a cada 8 horas materna neurológicos e pró-arritmia.
materna
TVS: taquicardia supraventricular; TV: taquicardia ventricular; SNC: Sistema nervoso central; IV:
626
MINISTÉRIO DA SAÚDE
via intravenosa; IM: intramuscular; VO: via oral; QTc: intervalo QT corrigido; ng: nanogramas;
mg: miligramas; g: gramas; ++: moderada quantidade; +++: grande quantidade.
Referência
627
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
73.1 Introdução
628
MINISTÉRIO DA SAÚDE
classificada de acordo com o LHR o/e em: extrema (<15%), severa (15% a 25%),
moderada (26% a 35%), leve (36% a 45%).
73.3 Mielomeningocele
629
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
630
MINISTÉRIO DA SAÚDE
631
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
100.000 nascidos vivos, podendo ocorrer como um defeito isolado (LUTO isolado)
ou acompanhado por outras anormalidades congênitas (LUTO complexo). As
altas taxas de mortalidade e morbidade perinatal relacionadas aos casos de
LUTO são, principalmente, devido a complicações de comprometimento da
função renal, oligoâmnio e hipoplasia pulmonar. LUTO é responsável por 15% a
20% da insuficiência renal pediátrica em estágio final, 10% a 60% das taxas de
transplante renal pediátrica e taxas de mortalidade variando entre 80% a 90%.
632
Achados de ultrassom Bioquímica Prognóstico Indicação de Opções de
633
urinária intervenção intervenção fetal
fetal
amniótico
Estágio I Normal/ Enchimento Normal Favorável Bom Bom Não indicado Não indicado
III renal (+/- cistos ou parcial anidrâmnio para prevenir desvio vesico-
displasia) hipoplasia amniótico guiado
pulmonar grave por ultrassom
e talvez doença com possíveis
intervenção fetal de acordo com a severidade da doença
renal em amnioinfusões
estágio terminal seriadas mais tarde
estágio terminal
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
634
MINISTÉRIO DA SAÚDE
635
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Referência
636
PARTE 6
Interrupção da gravidez
em situações de
risco materno ou
74 violência sexual
637
MINISTÉRIO DA SAÚDE
É vedado ao médico:
Art. 15. Descumprir legislação específica nos casos de transplantes
de órgãos ou tecidos, esterilização, fecundação artificial,
abortamento, manipulação ou terapia genética.
Art. 22. Deixar de obter consentimento do paciente ou seu
representante legal após esclarecê-lo sobre o procedimento a
ser realizado, salvo em caso de risco iminente de morte.
Art. 23. Tratar o ser humano sem civilidade ou consideração,
desrespeitar sua dignidade ou discriminá-lo de qualquer forma
ou sob qualquer pretexto.
Art. 24. Deixar de garantir ao paciente o exercício do direito de decidir
livremente sobre sua pessoa ou seu bem-estar, bem como
exercer sua autoridade para limitá-lo.
Art. 31. Desrespeitar o direito do paciente ou de seu representante legal
de decidir livremente sobre a execução de práticas diagnósticas
ou terapêuticas, salvo em caso de iminente risco de morte.
Art. 32. Deixar de usar todos os meios disponíveis de promoção de
saúde e de prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças,
cientificamente reconhecidos e a seu alcance, em favor do
paciente.
Art. 34. Deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o prognóstico,
os riscos e os objetivos do tratamento, salvo quando a
comunicação direta possa lhe provocar dano, devendo, nesse
caso, fazer a comunicação a seu representante legal.
No Brasil, apenas 1% dos abortos por razões legais são justificados por
risco de morte materna.
638
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Legislação e Portarias
639
MINISTÉRIO DA SAÚDE
640
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Métodos recomendados
641
MINISTÉRIO DA SAÚDE
§ Para o bloqueio paracervical, utilizar agulha espinhal 22G. Injetar 1-2 mL de lidocaína no local
de pinçamento do colo (às 12h ou 6h) e distribuir o restante do anestésico nos outros sítios de
injeção: na junção cérvico-vaginal (entre 1,5 a 3 cm de profundidade) às 2h, 10h e/ou 4h e 8h.
Utilizar, no máximo, 10 mL de lidocaína 2% ou 20 mL de lidocaína 1%.
642
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Referências suplementares
643
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Indução do trabalho
75 de parto
75.1 Introdução
Na maioria das situações, o parto pode ser antecipado por meio da indução
do parto. Em outras situações, quando há contraindicações à indução, a
cesariana deve ser a via de parto de escolha. Em que pese o fato de alguns casos
necessitarem decisão individualizada, a maioria delas pode ser enquadrada
conforme as recomendações apresentadas a seguir.
644
MINISTÉRIO DA SAÚDE
645
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
646
MINISTÉRIO DA SAÚDE
• Indicação da indução;
• Ausência de contraindicação;
• Adequação pélvica;
• Condições cervicais pelo escore de Bishop;
• Estado das membranas;
• Atividade uterina;
• Potenciais riscos identificados;
• Confirmação da idade gestacional;
• Confirmação da apresentação cefálica;
• Se feto vivo, anotação de batimentos cardíacos fetais e cardiotocografia,
se disponível;
• Estimativa de peso fetal, se disponível.
647
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
PONTUAÇÃO 0 1 2 3
Altura da
apresentação
-3 -2 -1 ou 0 +1 ou +2
(Plano de De
Lee)
Dilatação (cm) 0 1-2 3-4 5 ou +
Esvaecimento
0-30 40-50 60-70 80 ou +
(%)
Consistência Firme Mediana Amolecida -
Posição Posterior Centralizado Anterior -
Fonte: Bishop, 1964.
648
MINISTÉRIO DA SAÚDE
75.4.3 Misoprostol
Misoprostol
649
MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
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MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Regime de
Dose inicial Incremento Intervalo Dose máxima
ocitocina
0,5 a 2,0 mU/
1,0 a 2,0 mU/ 20-30 mU/min
Baixa dose min 30 a 40 min
min (120-180 mL/h)
(12 mL/h)
6,0 mU/min 3,0 a 6,0 mU/ 20-30 mU/min
Alta dose 30 a 40 min
(36 mL/h) min (120-180 mL/h)
Fonte: ACOG Practice Bulletin No. 107: Induction of labor. Obstet Gynecol. 2009 Aug;114(2 Pt
1):386-397. doi: 10.1097/AOG.0b013e3181b48ef5.
652
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Fluxograma de decisão
Pacientes sem cesariana prévia:
• Bishop desfavorável com membranas rotas: misoprostol por 24 h (máximo
de 6 comprimidos) a 48 horas (máximo de 8 comprimidos)
• Bishop desfavorável com membranas íntegras: misoprostol por 24 h
(máximo de 6 comprimidos) ou 48 horas (máximo de 8 comprimidos)
• Bishop favorável: ocitocina* por no máximo 24 horas
• Após 48 horas utilizando misoprostol, combinado ou não com a sonda de
Foley, utilizar a ocitocina* por no máximo 12 horas; após isso, se não evoluir
para parto vaginal, considerar falha de indução
Pacientes com cesariana prévia:
• Bishop desfavorável com membranas rotas: ocitocina* por no máximo 24
horas
• Bishop desfavorável com membranas íntegras: sonda de Foley associada à
ocitocina* por no máximo 24 horas
• Bishop favorável: ocitocina* por no máximo 24 horas
* Ocitocina em baixa dose, iniciar somente 6h após o último misoprostol
Fonte própria
Referência
ACOG Practice Bulletin No. 107: Induction of labor. Obstet Gynecol, v. 114,
2009. doi: 10.1097/AOG.0b013e3181b48ef5. Disponível em: https://journals.lww.
com/greenjournal/Citation/2009/08000/ACOG_Practice_Bulletin_No__107__
Induction_of_Labor.30.aspx. Acesso em: 22 fev. 2022.
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MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Bibliografia
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MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Equipe técnica
Elaboração de texto:
Adolfo W. Liao
Adriana Gomes Luz
Alan Roberto Hatanaka
Alberto Borges Peixoto
Alberto Moreno Zaconeta
Alberto Trapani Júnior
Álvaro Daniel de Carvalho
Ana Carolina Rabachini Caetano
Ana Cristina Perez Zamarian
André Luiz Malavasi Longo de Oliveira
Antônio Chambô Filho
Antônio Rodrigues Braga Neto
Camila Tacla Alves Barbosa
Carlos Brunetti Netto
Carlos Roberto Ribeiro de Carvalho
Corintio Mariani Neto
Cristina Aparecida Falbo Guazzelli
Cristos Pritsivelis
David Baptista da Silva Pares
Dênis José Nascimento
Eduardo de Souza
Eduardo Félix Martins Santana
Edward Araújo Júnior
Eleonor Gastal Lago
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Colaboradores SAPS:
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