Angela Eugenio Cumbane-1
Angela Eugenio Cumbane-1
Angela Eugenio Cumbane-1
FACULDADE DE AGRICULTURA
ENGENHARIA DE PROCESSAMENTO DE ALIMENTOS
Conteúdo Páginas
ÍNDICE DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS ............................................................... i
DEDICATÓRIA .............................................................................................................. iv
AGRADECIMENTOS ..................................................................................................... v
RESUMO ........................................................................................................................ vi
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1
2.2.4. Açúcar..................................................................................................................... 8
2.3.1.2. pH ...................................................................................................................... 11
3. MATERIAIS E MÉTODOS....................................................................................... 24
3.4.1. pH ......................................................................................................................... 28
3.4.2. Gordura ................................................................................................................. 28
4.1.7. pH ......................................................................................................................... 38
5. CONCLUSÕES .......................................................................................................... 49
6. RECOMENDAÇÕES................................................................................................. 50
8. APÊNDICE ................................................................................................................ 59
%-Percentagem
ANVISA-Agencia nacional de vigilância sanitária
ml-Mililitros
nm-Nanómetro
pH-Potencial de hidrogénio
Uv/vis-Ultravioleta visível
μl-Microlitros
i
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1: Layout das formulações de bolo. ................................................................... 26
Tabela 2: Composição centesimal de bolos enriquecido com extrato de capim-limão. 33
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1: Cymbopogon citratus (capim-limão). .............................................................. 3
Figura 2: Localização do distrito do Chókwè. .............................................................. 24
Figure 3: Fluxograma de produção do bolo. ................................................................. 26
ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Características dos parâmetros sensoriais. ................................................... 39
Gráfico 2: Avaliação global dos bolos produzidos........................................................ 44
Gráfico 3. Intenção de compra dos bolos elaborados. ................................................... 45
Gráfico 4: Índice de aceitabilidade, referente aos bolos produzidos. ............................ 47
ii
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE GAZA
DECLARAÇÃO
Declaro por minha honra que este Trabalho de Culminação do Curso é resultado da
minha investigação pessoal e das orientações do meu tutor, o seu conteúdo é original e
todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na
bibliografia final. Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma
outra instituição para propósito semelhante ou obtenção de qualquer grau académico.
_______________________________________________
iii
DEDICATÓRIA
"Ao meu Deus a quem diariamente devo o meu coração, ao pai omnisciente e
omnipresente que manteve de pé a frente às adversidades da vida me fazendo sentir
intensamente sua presença ao meu lado a ti Deus que me fizeste fio da tua luz e que
entraste em minha morada me fazendo forças para que até aqui pudesse chegar.
A minha falecida avó Elisa que me ensinou a importância de amar sem receber nada
em troca, aos meus irmãos Ofélia Elisa e Cadete pelo companheirismo, amor e
amizade".
iv
AGRADECIMENTOS
O Deus pai amado todo-poderoso, por ser sempre meu amigo fiel e me ter
proporcionado a saúde a força para suportar e preservar diante dos inúmeros obstáculos
desta longa jornada.
Ao professor Dr. Eliso José pela competência e carisma que se mostrou disposto a
ajudar até ao último minuto.
Aos meus irmãos, Ofélia Elisa e Cadete que sempre torceram por mim e confiarem.
Aos meus colegas Rodrigues Tranaquela, Duidade Abel, Amosse Mundai e Edna
Correia.
v
RESUMO
Tem-se notado uma crescente relevância no que diz respeito a produtos de confeitaria
por parte de consumidores, tornando-os também diversificados e variados em termos de
ingredientes. Assim sendo, o bolo aditivado com extratos de folha de Cymbopogon
citratus (capim-limão) pode conferir `ao alimento algumas propriedades nutricionais
peculiares, como também trazer outra forma de agregação de valor. Com a intenção de
avaliar as qualidades físico-química e sensorial foi desenvolvido o presente estudo
como forma de valorização e diversificação das formas de aproveitamento dos
constituintes presentes naquele vegetal. Foram produzidos 5 formulações de bolos (F0),
48% de farinha de trigo, 14% de açúcar, 12% de margarina, 11% de ovo, 3% de
fermento em pó e 12% de água; (F1), 48% de farinha de trigo, 14% de açúcar, 12% de
margarina, 11% de ovo, 3% de fermento em pó e 12% extrato de capim-limão; (F2).
48% de farinha de trigo, 14% de açúcar, 12% de margarina, 11% de ovo, 3% de
fermento em pó e 12% extrato de capim-limão; (F3), 48% de farinha de trigo, 14% de
açúcar, 12% de margarina, 11% de ovo, 3% de fermento em pó e 12% extrato de capim-
limão e (F4), 48% de farinha de trigo, 14% de açúcar, 12% de margarina, 11% de ovo,
3% de fermento em pó e 12% extrato de capim-limão. Foram avaliados 7 parâmetros
físico-químicos, a destacar: pH por meio potenciométrico, humidade através de método
de dissecção na estufa a 105º C, cinzas por método de carbonização e incineração na
mufla a 550ºC, proteína obtida por método biureto, gorduras através de extracção
directa por Soxhlet, carbohidratos através de cálculo por diferença e valor calórico pelo
somatório dos macronutrientes. Os resultados das análises físico-químicas foram
submetidos em um Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC) e os de análise
sensorial em Delineamento em Blocos Completamente Casualizados (DBCC), cujas
médias e desvios padrões foram submetidos à análise de variância e comparadas pelo
teste de Tukey a nível de 5% de erro, com o auxílio do pacote estatístico MiniTab
versão 18. 31,7 a 42,3 % foram os teores de humidade, os valores de cinzas variaram de
1,06 a 1,81%. As médias de gordura variaram de 12,14 a 12,82%, as de carbohidratos
ficaram de 39,46 a 48,06%. Os valores de proteínas foram de 4,55 a 5, 59%, foram
encontrados médias de 288,63 a 330,38Kcal referentes ao valor energético e as médias
de pH oscilaram entre 6,86 a 8,13. Quanto a análise sensorial do bolo, nota-se que os
valores da aparência, cor, aroma, textura, sabor residual e avaliação global, variaram de
6,09 a 7,70. Relativamente à intenção de compra, o tratamento padrão (F0) é que se
destacou quanto aos demais com um valor de 12%, e concernente a índice de
aceitabilidade todos os tratamentos apresentaram-se acima das medias mínimas de 70%.
Findado o estudo, conclui-se que o capim-limão, como condimento, é uma óptima
alternativa para a produção de bolos, com destaque ao tratamento F4.
Palavras-chave: Processamento, cymbopogon citratus, bolo, análises físico-químicas,
análise sensorial.
vi
ABSTRACT
There has been a great emphasis on confectionery products by consumers, making them
also diversified and varied in terms of ingredients. Therefore, the cake added with
extracts of Cymbopogon citratus (lemon grass) leaf can give the food some peculiar
nutritional properties, as well as bring another form of adding value. With the intention
of evaluating the physical-chemical and sensorial qualities, the present study was
developed as a way of valuing and diversifying the forms of use of the constituents
present in that plant. Five cake formulations were produced (F0), 48% wheat flour, 14%
sugar, 12% margarine, 11% egg, 3% baking powder and 12% water; (F1), 48% wheat
flour, 14% sugar, 12% margarine, 11% egg, 3% baking powder and 12% lemongrass
extract; (F2). 48% wheat flour, 14% sugar, 12% margarine, 11% egg, 3% baking
powder and 12% lemongrass extract; (F3), 48% wheat flour, 14% sugar, 12%
margarine, 11% egg, 3% baking powder and 12% lemongrass extract and (F4), 48%
wheat flour, 14% sugar, 12% margarine, 11% egg, 3% baking powder and 12%
lemongrass extract. Seven physical-chemical parameters were evaluated, namely: pH by
potentiometric means, humidity by dissection method in an oven at 105º C, ash by
carbonization method and incineration in a muffle furnace at 550ºC, protein obtained by
biuret method, fats by extraction direct by Soxhlet, carbohydrates by calculation by
difference and caloric value by the sum of macronutrients. The results of the physical-
chemical analyzes were submitted to a completely randomized design (DIC) and the
sensory analysis to a completely randomized block design (DBCC), whose means and
standard deviations were submitted to analysis of variance and compared by the Tukey
test to 5% error level, using the MiniTab statistical package version 18. Moisture
contents ranged from 31,7 to 42,3%, ash values ranged from 1,06 to 1,81%. The
averages of fat ranged from 12,14 to 12,82%, those of carbohydrates were from 39,46 to
48,06%. Protein values ranged from 4.55 to 5,59%, averages from 288,63 to 330,38Kcal
were found for energy value and pH averages ranged from 6.86 to 8.13. As for the
sensory analysis, it is noted that the values of appearance, color, aroma, texture, residual
flavor and global evaluation ranged from 6,09 to 7,70. Regarding purchase intent, the
standard treatment (F0) stood out from the others with a value of 12%, and regarding the
acceptability index, all treatments were above the minimum averages of 70%. After the
study, it was concluded that lemongrass, as a condiment, is an excellent alternative for
the production of cakes.
Keywords: Processing, cymbopogon citratus, cake, physicochemical analysis, sensory
analysis.
vii
Caracterização e uso de extractos de Cymbopon citratus (capim-limão) como condimento para a produção de bolo
1. INTRODUÇÃO
O Cymbopogon citratus, conhecido pelos nomes erva-cidreira, capim-limão, capim-
cidreira entre outros. É uma espécie herbácea pertencente à família Poaceae, com longas
folhas aromáticas, estreitas, agudas e ásperas, com nervura central proeminente, sendo
originária da Índia e encontrada difundida em vários países, e aclimatada nas regiões
tropicais (SILVA et al., 2016).
As folhas de capim limão são frequentemente usadas sob a forma de infusão, como
sedativo e calmante do sistema nervoso. Estudos comprovam sua eficiência
antiespasmódica, analgésica, bactericida, insecticida, inibitória do crescimento de
fungos e antimutagênica (BRITO et al., 2014).
O uso de extracto vegetal nos produtos de panificação, com destaque o bolo, vem
adquirindo crescente importância no que se refere ao consumo e a sua comercialização.
O desenvolvimento tecnológico possibilitou mudanças nas indústrias transformando a
produção de pequena para grande escala (ZAVAREZE et al., 2010).
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Produzir e avaliar a qualidade físico-química e sensorial de bolo condimentado
com extractos de capim-limão (Cymbopogon citratus).
1.1.2. Específicos
Produzir bolos de diferentes formulações condimentados a base de capim-limão;
Caracterizar os parâmetros físico-químicas;
Determinar a qualidades sensórias.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Capim limão
O Cymbopogon citratus (D.C.) Stapf, comummente conhecido como capim santo,
capim cidrão, chá-de-estrada, erva-cidreira, capim limão e capim-cheiroso, é uma planta
originaria do sudoeste asiático e pertencente à família das Poaceae (Gramínea), sendo
perene e de médio porte, forma-se de touceiras compactas e grandes, com distribuição
por todo o planeta em zonas tropicais e de savana, porém, não suportam regiões muito
frias, susceptíveis a geada. É uma das plantas perfeitamente aclimatada, em suas regiões
tropicais (BRITO, 2013).
A planta de Cymbopogon citratus possui odor característico exalado pelas folhas, hastes
e rizomas, devido à presença, em especial, do composto Citral em seu óleo essencial,
cuja mistura é de dois isómeros, geranial e neral. Além do citral, o óleo essencial de
capim-limão possui outros compostos activos, sendo que os principais são o ß-mirceno
e o geraniol. O principal composto, Citral, é responsável por aproximadamente 40% a
80% do total do óleo, enquanto, ß-mirceno e o geraniol compõem a maior parte da
percentagem restante (BARBOSA, 2008).
As folhas de capim limão são aromáticas exalando forte odor de limão, simples e
ásperas nas duas faces, têm um metro de altura, são verde-claras, lineares, alongadas,
finamente estriadas com bordos lisos e cortantes. Vegeta melhor nos solos areno-
argilosos, solos demasiadamente secos quantos humidade em excesso são impróprios à
cultura (BRITO et al., 2011). A figura 1 ilustra a planta de Cymbopon Citratus.
O capim cidreira (Cymbopogon citratus) é uma das espécies de plantas medicinais mais
usadas na medicina popular por suas funções calmantes e sedativas e acção sobre o
sistema nervoso central, mas na produção animal pesquisas são praticamente
inexistentes (ROYER, 2013).
A planta de capim-limão é usada como óleo essencial, pois possui forte odor de limão e
é empregado como aromatizante em perfumaria e cosmética, na preparação de colónias,
sabonetes e desodorantes. Mais, o seu maior uso, tem sido na indústria farmacêutica,
servindo de material de partida para síntese de importantes compostos, como iononas,
metil-iononas e vitamina A (GUIMAROES, 2007).
Por razões económicas, a maioria dos estudos fitoquímicos são centradas nos compostos
voláteis das folhas do capim-limão e apenas a composição química do óleo essencial é
bem conhecido. No entanto, muitas das actividades terapêuticas sugeridas tem sido
atribuídas aos compostos fenólicos não voláteis presentes nas folhas, que ganharam
atenção especialmente pelas suas actividades antioxidantes e de remoção de radicais.
Este fato tem aumentado o interesse tanto académico quanto industrial nos compostos
não voláteis da planta (ATAIDES, 2016).
Essa planta produz óleo essencial com forte odor de limão, sendo amplamente
empregado na indústria farmacêutica e de perfumaria, conhecido internacionalmente
como “lemongrass”, sendo os principais países produtores a Índia, Guatemala, Haiti,
Madagáscar, Indochina e Brasil (LEAL, FREITAS at al., 2001).
Sua composição química é relatada em diversos trabalhos, nos quais o citral é citado
como o constituinte principal, seguido por outros compostos, tais como o mirceno, que
pode ser encontrado em altos teores. Além desses, encontram-se vários aldeídos, como
o citronelal, isovaleraldeído e decilaldeído; cetonas, álcoois como o geraniol, nerol,
metil heptenol, farneso (COSTA et al., 2005).
Na farinha usada para a produção de bolos, a absorção de água deve ser baixa, com teor
de proteínas entre 7 e 10%, massa extensível e baixa força de glúten. Com farinha de
trigo que apresenta maior força de glúten, esse efeito pode ser controlado pela adição de
amido ou de outras farinhas sucedâneas, como aveia, milho, sorgo, soja e mandioca, que
não contêm glúten. A actividade enzimática da farinha de trigo para bolos não é
relevante, pois a fermentação é realizada por agente químico. O teor de amido
Os ingredientes utilizados são a farinha de trigo, açúcar, amido, sal, fermento químico,
água e ovos porém em dosagens diferentes. Além da principal diferença citada
anteriormente, o bolo possui uma massa mais leve devida a grande quantidade de amido
e de ovos, enquanto o bolo do tipo neutro possui uma massa pesada e mais húmida
devido a presença de gordura na massa (FABRI, 2012).
A farinha extraída do trigo é composta por amido que representa 65% da farinha e
contém em sua composição cerca de 23% de amilose e 73% de amilopectina,
representando 15 e 50% do peso da farinha, respectivamente, porém na farinha de trigo
durum 15% os grânulos de amido, ou seja, 10% do peso da farinha, estão danificados,
que significa que foram deformados durante a moagem, apresentando fendas e fissuras e
consequentemente aumentado a absorção em quatro vezes mais de água. De toda a
proteína presente na farinha, cerca de um sexto é proteína solúvel, composto por
globulina e albumina. O que resta é glúten, que por sua vez é composto por gluteínas
(gluteínas hidratada) e gliadinas (prolaminas) (CAUVAIN et al., 2009).
Dentre as farinhas dos diferentes tipos de cereais encontrados, apenas o trigo possuem a
habilidade de formação de uma massa visco elástica capaz de reter o gás formado pela
fermentação, nos primeiros estágios do cozimento dando origem a um óptimo produto
final de panificação leve e macio de textura sedosa e de granulometria aberta (BALDI,
2013).
2.2.3. Ovo
Seu papel fundamental é, entre outros, emulsificaste e amaciante devido à presença de
gordura na gema. Assim como outros ingredientes, os ovos possuem muitas
propriedades como formador de espumas. Agentes tenso-activos do ovo como as
A estrutura física interna dos ovos, produto avícola, classifica em duas partes, clara e
gema. A clara é um colóide com pH básico, composto de diversas proteínas hidratadas,
das quais a ovoalbumina se apresenta em maior quantidade, correspondendo a 54% em
massa das proteínas totais, rica em aminoácidos sulfurados, seguida da conalbumina,
correspondendo a 13%, transportadora de ferro na corrente sanguínea. Na estrutura do
bolo, a clara batida em neves é adicionada ao final da homogeneização da massa
contribui para o seu crescimento durante o processo de cocção (SALINAS, 2002).
Os ovos contribuem para a formação da estrutura dos bolos através da desnaturação das
proteínas, além de proporcionar força para a fermentação e humidade para a
gelatinização do amido. Também ajudam na capacidade de formar espumas, conferida
pela presença de albuminas do ovo, estáveis suficientes para suportar grandes
quantidades de farinha ou outros ingredientes até a coagulação das proteínas durante o
assamento. O ovo contribui também para a acção do fermento através da emulsificação
da gordura, formando uma película e com isso auxilia a incorporação do gás liberado
pelo fermento. Além disso, confere cor e sabor aos bolos (FABRI, 2012).
2.2.4. Açúcar
O açúcar comercializado é uma sacarose natural extraída principalmente da cana-de-
açúcar, através da cristalização do caldo da cana. A sacarose é formada de açúcares
simples, glicose e a frutose (POLETTO, 2015).
Uma das funções do açúcar é resultar em uma boa incorporação de ar que conduz a uma
espuma mais estável e viscosa. O açúcar afecta a estrutura física dos produtos durante a
cocção, regulando a gelatinização do amido. O atraso da Gelatinização do amido
permite que bolhas de ar se expandam correctamente devido a pressão de vapor
proveniente do dióxido de carbono e do vapor de água, antes da Estruturação do bolo.
Com a concentração usada em bolos (55-60%), o açúcar retarda a gelatinização do
amido de 57°C para 92°C permitindo a estrutura desejada (RIOS, 2014).
Fermento químico é o produto formado por uma mistura de substâncias químicas que,
pela influência do calor ou humidade, produzem desprendimento gasoso capaz de
expandir massas elaboradas com farinhas, amidos ou féculas, aumentando-lhes o
volume e a porosidade. Quanto às propriedades nutricionais do fermento em pó
químico, a apresenta as seguintes referências 7,1% de humidade, 0,5g de proteína, 0,1g
de lipídios, 43,9g de carbohidratos, e 10052mg de sódio ( PITT, 2013).
quando aquecido ou sob agitação. O gás formado exerce grande pressão dentro da
massa, resultando no aumento do volume no produto final (RIOS, 2014).
Entretanto, existem várias faces do estudo dos alimentos como o estudo de sua carga
microbiológica e das características destes microrganismos, estudo dos critérios de
qualidade aplicados à matéria-prima e aos alimentos compostos por elas, estudo dos
processos de produção dos alimentos, entre outras (BOLZAN, 2013).
O autor acima citado afirma que na análise química qualitativa é verificada a presença
ou ausência do componente que está sendo determinado, sem importar ao analista a
massa ou concentração desse na amostra. Assim, numa análise química qualitativa
haverá resultados como: positivo/negativo ou reagente/não reagente. Já na análise
química quantitativa, é verificado o teor (massa/concentração) do componente que está
sendo determinado. Assim, uma análise química quantitativa sempre terá como
resultado um valor numérico seguido de uma unidade de volume, de massa ou de
concentração.
A Secagem consiste por operação por meio da qual a água ou qualquer outro líquido é
removido de um material. Esse conceito também se aplica a operação de evaporação,
que é a concentração de soluções líquidas (CELESTINO, 2010).
2.3.1.2. pH
O pH mede a concentração de íons hidrogénio 1 H+ da amostra em solução numa escala
de zero a 14, mantendo um intervalo neutro entre 6,6 a 7,5. Quanto maior for à
concentração dos íons H+, a amostra apresentará carácter ácido, e terá característica
básica quando houver menor concentração dos íons H+. É um factor intrínseco que
afecta a multiplicação de microrganismos nos alimentos, o pH neutro favorece o
desenvolvimento de bactérias, leveduras e bolores (POLETTO, 2015).
nas indústrias, pois por meio deste é que se aplica o tratamento térmico ao produto
(SANTIAGO, 2008).
Baixo pH, isto é, excesso de ácido, dará produto de uma coloração mais clara, além de
sabor ácido. Portanto, é necessário haver um equilíbrio de ácido-base no sistema de
agentes de crescimento (RESENDE, 2007).
2.3.1.3. Proteínas
As proteínas são compostas poliméricos formados de uma ou mais cadeias de
aminoácidos, sendo responsáveis por diversas funções no organismo. Entre as funções
biológicas, participam da formação dos tecidos, são biocatalisadoras e transportadoras
de oxigénios (RIBEIRO, 2004).
De acordo Coultate (2004), proteínas são macronutrientes constituídos por uma cadeia
de aminoácidos unidos por ligações peptídicas, e tem como função estrutural,
transporte, hormonal armazenamento e defesa. E para a sua determinação total pode ser
usado o método kjeldahl e Biureto.
O método Kjeldahl foi criado em 1883 por Johan Kjeldahl, um dinamarquês que
revolucionou a quantificação de nitrogénio e proteína naquela época, mas ainda hoje é o
método mais utilizado no mundo inteiro. Este método, consiste em três principais fases
para se alcançar a determinação de nitrogénio ou proteína que são: digestão, destilação e
titulação (BOLZAN, 2013).
2.3.1.5. Cinzas
As cinzas são minerais presentes na matéria seca após a dessecação em mufla a 550 °C,
nelas estão presentes em pequenas quantidades como ferro, iodo, cobre, cobalto,
ou outro adequado e validado, onde se utiliza como solvente água, álcool, éter, ou
outros (STOCCO et al., 2012).
A busca por compostos bioactivos de origem natural com alta capacidade antioxidante
aumentou consideravelmente nas duas últimas décadas, principalmente devido ao seu
potencial preventivo e no tratamento de doenças cardiovasculares, doenças crónicas e
neurodegenerativas (OLIVEIRA et al., 2016).
O processo de separação dos princípios activos presente nas plantas medicinais deve ser
avaliado quanto a eficiência, a estabilidade das substâncias extraídas, a disponibilidade
dos meios e o custo do processo escolhido, considerando a finalidade do extracto que se
quer preparar. Para isso muitas técnicas podem ser utilizadas, as mais comuns são as
infusões e as decocções conhecidas popularmente como “chás” (KEMPES et al., 2015).
É utilizada, sobre tudo, para extrair sólidos com solventes voláteis, exigindo o emprego
do aparelho Soxhelt. A extracção por Soxhelt, em nível laboratorial, também não deixa
de ser um tipo de percolação cíclica, com destilação simultânea e reaproveitamento do
solvente. Essa técnica tem a desvantagem de usar a temperatura (PINTO, 2005).
As mais notáveis vantagens que o método de Soxhlet apresenta são que a amostra está
sempre em contacto com o solvente, havendo sua constante renovação; a temperatura do
sistema mantém-se relativamente alta, visto que o calor aplicado para o processo de
evaporação é constante; é uma metodologia muito simples que não requer treinamento
especializado e que possibilita a extracção de uma quantidade maior de óleo em relação
a outros métodos, sem a necessidade de filtração da miscela após o término da
extracção, pois a amostra esteve envolta no cartucho durante todo o procedimento
(LEMES, 2018).
2.4.4. Infusão
A infusão é um processo de diluição do soluto por um solvente em ebulição, mantendo
em um recipiente fechado por aproximadamente 30 minutos. Após este período, filtra-se
e utiliza-se a parte líquida como medicamento. A técnica é utilizada em substâncias
voláteis (RODRIGUES et al., 2016).
Infusão é uma outra técnica de extracção de plantas, muito usada para a obtenção de
chás de plantas medicinais. Nessa técnica, o solvente é sempre água que, após seu
aquecimento à temperatura de ebulição, é vertida sobre o material vegetal moído e,
então, deixado a esfriar até a temperatura ambiente antes do uso (KEMPES et al., 2015).
2.4.5. Decocção
É um processo semelhante à maceração, sendo que o solvente utilizado, geralmente
água, é aquecido a ebulição juntamente com a planta. Seu emprego deve ser restrito
devido a temperatura muito alta, porém, é muito usado para a obtenção de chás
(KEMPES et al., 2015).
Este método chama atenção por apresentar uma alternativa a processos convencionais,
tais como a extracção com solvente orgânico e destilação por arraste a vapor, a fim de
se optimizar a extracção, obter maior rendimento, qualidade e minimizar custos de
estocagem e transporte de material (POURMORTAZAVI & HAJIMIRSADEGHI,
2007).
A técnica de extracção supercrítica vem sendo focada por ser selectiva na separação de
compostos desejados sem deixar resíduos tóxicos nos extractos e sem risco de
degradação térmica de produtos processados. Igualmente oferece algumas vantagens
sobre os métodos clássicos de extracção com solvente como: pressão e temperatura
facilmente ajustável, elevada taxa de transferência de massa, fraccionamento em linha e
fácil eliminação do solvente. O uso de solventes orgânicos para a obtenção de extractos
de plantas além de apresentar dificuldades associada à sua restrição no uso em indústria
alimentícia, possui a desvantagem de ocorrer transformação oxidativa no extracto
durante a remoção do solvente (VEGGI, 2009).
2.5. Condimentos
O termo condimento é popularmente empregado, de modo genérico para se designar os
ingredientes aromáticos, de sabor diferenciados, que podem ser forte, picante ou suave,
adicionados com o objectivo de melhorar ou modificar o sabor dos produtos
processados, possibilitando a diferenciação e diversificação de produtos, através de um
paladar único. Especiarias são condimentos simples, sendo empregados apenas produtos
vegetais. Já os condimentos preparados referem-se a uma mistura de especiarias com
Ainda de acordo com os autores acima citados, além de contribuírem com o sabor,
muitas das especiarias utilizadas na condimentação podem apresentar efeito conservante
e propriedades antioxidantes, características bastante interessantes no processamento
tecnológico de produtos alimentícios, sobretudo carnes. Por outro lado, muitas das
especiarias podem ser responsáveis pela redução da vida útil de tais produtos, uma vez
que se não produzidas e armazenadas adequadamente, podem conter altas cargas
microbianas.
As especiarias, também conhecidas como condimentos, têm sido utilizadas desde a pré-
história e tiveram grande importância para o comércio e acumulação de riqueza, sendo
empregadas para as mais diversas funções: embalsamar no antigo Egipto, para fins
medicinais em outros países e, em locais de clima quente onde a refrigeração era
escassa, serviam para mascarar o sabor e odor de carnes no início de decomposição. Os
condimentos e ou especiarias têm sua significância na história da alimentação humana.
Desde a Antiguidade até hoje, o homem busca alguma coisa além do alimento em si, e
isso vem desenvolvendo a arte de comer e beber, inovando gostos e sabores diferentes
nos alimentos (ADITIVOS e INGREDIENTES, 2014).
Nesta avaliação, os indivíduos, por meio dos próprios órgãos sensórios, numa percepção
soma-to-sensorial, utilizam os sentidos da visão, olfacto, audição, tato e gosto. Como
são executadas por pessoas, é importante um criterioso preparo das amostras testadas e
adequada aplicação do teste para se evitar influência de factores psicológicos (SILVA,
2015).
Os testes afectivos são utilizados para a valorização da preferência e/ou aceitação dos
produtos, sem necessidade de se utilizarem provadores treinados, seleccionados entre os
consumidores (NORONHA, 2003).
a) Testes discriminativos
Estes testes devem ser realizados numa fase inicial para o estabelecimento de provas
complexas como os perfis sensoriais, em que normalmente utiliza-se frequentemente
para determinar se uma modificação introduzida no tratamento das matérias-primas, no
processo de elaboração ou na etapa de armazenamento, afectam a qualidade do produto
final (HERNÁNDEZ, 2000).
b) Testes Descritivos
Os testes sensoriais analíticos descritivos têm como objectivo principal a identificação
e/ou quantificação de características sensoriais em vários produtos. Estes testes são úteis
para definir propriedades sensoriais para um novo produto; definir especificações pra o
controlo de qualidade; monitorizar possíveis alterações no produto e ainda a hipótese de
documentar atributos com interesse para estudos de mercado (ESTEVES, 2009).
Nesta análise, o julgador também avalia o grau de intensidade com que cada atributo
esta presente no alimento. Para tanto, os julgadores devem ser treinados a usarem
escalas de forma consistente com relação a equipa sensorial, com relação as amostras e
por meio de todo o período de avaliação (DUTCOSKY, 2013).
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1. Área de estudo
O estudo foi realizado no Laboratório do Instituto Superior Politécnico de Gaza (ISPG),
na secção de Agro-Processamento e de Qualidade e Higiene de Alimentos que sita no
distrito do Chókwè (Figura 2), localizado a sul da província de Gaza, no curso médio de
rio Limpopo que o separa dos distritos de Massingir, Mabalane, Guijá, e a sul os
distritos de Bilene e rio Mazimuchope, que o separa de distrito de Magude, a este
confina com os distritos de Magude e Chibuto e a oeste com os distritos de Magude e de
Massingir. Com uma superfície de 2.466 Km2 com uma densidade populacional de 88
hab/km2” (MAE, 2005).
3.3. Métodos
3.3.1. Processo de produção do bolo
Foram preparadas 5 formulações de bolo conforme a tabela 1, sendo que a produção de
bolo seguiu o indicado na figura 3.
Farinha de trigo 48 48 48 48 48
Açúcar 14 14 14 14 14
Margarina 12 12 12 12 12
Extrato do capim- 0 12 12 12 12
limão
Ovos 11 11 11 11 11
Fermento químico 3 3 3 3 3
Água 12 0 0 0 0
Fonte: Autora.
Assamento da pasta
Resfriamento
Acondicionamento
1. Folhas secas: neste processo as folhas de capim-limão foram postas a secar num
período de 7 dias ao sol e;
2. Frescas: neste processo as folhas de capim-limão (cymbopogon citratus) foram
utilizadas in natura.
3.3.1. Decocção
Foram preparadas 2 decoctos a partir da pesagem de 40g de folhas fresca e de 10 g de
folhas secas, seguida de sua lavagem em água corrente, e trituradas em um triturador de
vegetais HABORT, e posteriormente colocadas em uma panela de alumínio. 100 ml de
água foram adicionadas e a mistura foi ebulida a uma temperatura de 90 ±2º C por 15
min, após os quais foi deixada arrefecer a temperatura ambiente e filtrada através de um
filtro doméstico plástico com malha de 250 micrómetros de diâmetro.
3.3.2. Infusão
A infusão fez-se higienizando-se 100g das folhas secas e 400g das frescas de capim
limão e as mesmas armazenadas em uma panela, e separadamente foi aquecido à
temperatura de ebulição 1000 ml de água, misturando-se de seguida com as folhas na
panela com a água fervida, tapada e deixado a esfriar durante 30 min a temperatura
ambiente, de acordo com a metodologia de Rodrigues et al. (2016) e Kempes et al.
(2015).
3.4.1. Aquisição da matéria-prima
A matéria-prima como açúcar acastanho (Açúcar nacional) ovos (Galovos) farinha de
trigo (Florbela) fermento (químico) em pó (Royal) e margarina foram adquiridos no
supermercado (Limpopo) do Chókwè na província de Gaza.
3.4.2. Pesagem
A pesagem de ingredientes (açúcar, margarina, farinha de trigo, ovo e fermento
químico) foi realizada em uma balança digital da marca (ADAM Nimbus®), com uma
precisão de 3 dígitos.
3.4.4. Resfriamento
Feito o passo anterior, os bolos foram a posto a resfriar a temperatura ambiente de 25°C.
3.4.5. Acondicionamento
Após a etapa do resfriamento, os bolos foram acondicionados em recipientes de vidro,
devidamente identificados segundo as codificações das formulações.
3.5.Análises físico-químicas
As análises físico-químicas foram feitas baseando-se nos métodos descritos por Instituto
Adolfo Lutz (IAL) (2008), analisando o pH, gordura, cinzas, proteína, valor energético
(Kcal), carboidratos e humidade.
3.4.1. pH
10g de amostra de bolo foram pesadas e diluídas com 100 ml de água em um béquer,
seguido da homogeneização até a uniformidade do conteúdo e, por fim a determinação
do pH com auxílio do tipo pH/ORP digital da marca HANNA previamente calibrado
com padrões 4 e 7.
3.4.2. Gordura
Foi realizado pesando-se 5g de amostra em um papel de filtro com um fio de lã e,
transferindo-se de seguida o papel filtro para o extractor de gordura. Seguindo-se com
% 𝑮o𝒓𝒅𝒖𝒓𝒂 = (1).
Onde:
m: massa da amostra tomada para analise;
m1: peso do balão vazio;
m2: peso do balo com gordura.
3.4.3. Húmidade
A humidade foi determinada em triplicata pelo método gravimétrico. Para o efeito, 5 g
da amostra foram pesadas em placas de petri previamnete secado e tarado, colocadas em
uma estufa a uma temperatura de 105 ºC durante 2 horas. Passado este tempo, as placas
foram retiradas com auxílio de uma pinça e deixadas arrefecer a temperatura ambiente e
por fim pesadas juntamente com amostra seca. Os cálculos foram obtidos pela fórmula
2.
% Húmidade = (2).
Onde:
m: massa da amostra tomada para análise em gramas;
m1: massa da amostra depois de secagem.
3.4.3. Cinzas
Foram pesadas 6 g da amostra em cápsula de porcelana, seguido da carbonização e
incineradas em mufla a 550ºC por um período aproximado de 4 horas, ou até a obtenção
de conteúdo esbranquiçado, resfriado de seguida e pesado. A fórmula 3 mostra como
foram obtidos os cálculos.
% 𝑪𝒊𝒏𝒛𝒂𝒔 = (3).
Onde:
m: peso da cápsula ou cadinho,
m1: peso da cápsula ou cadinho com amostra e
m2: peso da cápsula ou cadinho com cinzas.
3.4.4. Proteína
A determinação de proteína, foi feita pesando-se 10g de bolo em um erlernmeyer,
adicionado de seguida 90ml de água destilada e deixado de repouso durante 3 horas,
perpassado este período, foi submetido a filtração, com auxílio de um papel filtro em
um béquer, para se obter a quantidade do filtrado. Terminado a filtração foram colocado
nos tubos de ensaio 300 microlitros (µl) do filtrado seguido de 2000 (µl) de biureto e
deixado de repouso durante 30 minutos sem a presença da luz e, por fim foi adicionado
em uma cubeta e levado a leitura em um espectrofotómetro Uv/vis na presença de um
branco, a um comprimento de onda de 545 nm. A obtenção dos resultados foi obtida
através da equação de regressão a partir do gráfico de calibração (Apêndice). Segue
abaixo as concentrações usadas para a construção da gráfico de calibração de proteína.
3.5.1. Carbohidratos
A quantificação dos carbohidratos totais baseou-se no método de cálculo por diferença,
onde foram adicionados os percentuais de humidade, gordura, proteínas e cinza bruta
em 100g da amostra e subtraindo com a percentagem de 100%, assim como ilustra a
fórmula 4.
Onde:
H- Humidade
P- Proteína
G- Gordura
C- Cinza bruta
3.5.2. Teor calórico ou energético (Kcal)
Foi determinado o valor calórico das amostras, pelo cálculo da soma de macronutrientes
fornecedores de energia no organismo, através da fórmula 5.
Onde:
L- Lipídeos
C- Carbohidratos
P- Proteína
Por outo lado, foi avaliado o índice de aceitabilidade, onde foi determinado através da
equação 6. De acordo com Sa et al. (2020) um produto é considerado aceite quando o
seu Índice de Aceitabilidade (IA) é ≥ 70% e é calculado a partir da média obtida no
atributo qualidade global.
Onde:
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Análises físico-químicas
Os resultados apresentados na tabela 2 referem-se a médias acompanhadas dos
respectivos desvios padrão para cada parâmetro avaliado.
F0 F1 F2 F3 F4
*Médias acompanhadas pela mesma letra minúscula, na mesma linha não apresentam diferença significância entre si.
Foi aplicado o teste Tukey para diferença de médias a 5% de significância.
Legenda: F0-48% de farinha de trigo, 14% de açúcar, 12% de margarina, 11% de ovo, 3% de fermento em pó e 12%
de água; F1-48% de farinha de trigo, 14% de açúcar, 12% de margarina, 11% de ovo, 3% de fermento em pó e 12%
extrato de capim-limão; F2-48% de farinha de trigo, 14% de açúcar, 12% de margarina, 11% de ovo, 3% de fermento
em pó e 12% extrato de capim-limão; F3-48% de farinha de trigo, 14% de açúcar, 12% de margarina, 11% de ovo,
3% de fermento em pó e 12% extrato de capim-limão; F4-48% de farinha de trigo, 14% de açúcar, 12% de
margarina, 11% de ovo, 3% de fermento em pó e 12% extrato de capim-limão.
Fonte: Autora.
4.1.1 Humidade
As formulações estudadas não apresentaram diferenças significativas entre si, tendo
sido observadas médias variando de 31,7 a 42.3%, os tratamentos F1, F2, F3 e F4 se
encontram dentro dos limites e F0 acima do limite máximo de (38%) preconizado pela
ANVISA, segundo Pitt (2013). Os valores de humidade encontrados nesta pesquisa
podem ter sido ocasionados pela adição de extrato, pois este foi usado a água como o
principal solvente e consequentemente tendo influenciado na variação de humidade dos
4.1.2. Cinzas
O teor de cinzas encontrado neste trabalho variou de 1,06 a 1,80% e, não mostraram
diferenças significativas entre os tratamentos analisados. As variações das médias das
cinzas estão relacionadas com a volatilização dos componentes da amostra a 550° C,
que por conta desta temperatura, alguns componentes podem ter sido perdido durante o
processo. Camargo (2017) reportou valores acima quando comparados com os da
presente pesquisa, que variaram de 2.17 a 2.78%, em seu trabalho sobre avaliação
química, física e sensorial de bolos adicionados de proteínas de soro do leite. Ferro et
al. (2015) tiveram os valores de cinzas entre 1,37 a 1,62%, em seu estudo sobre a
avaliação físico-química de cupcakes enriquecidos com fibra, aveia e óleo vegetal, e os
mesmos dados mostram-se similares quando comparados aos encontrados neste
trabalho. Estudando a caracterização físico-química de bolos com substituição parcial
da farinha de trigo por aveia, quinoa e linhaça Carneiro et al. (2015) tiveram os valores
4.1.3. Gorduras
Valores 12,1 a 12,9% foram os resultados de gorduras encontrados nesta pesquisas, e
todos os tratamentos analisados não mostraram diferenças significativas entre si. Os
valores de gorduras encontrados na presente pesquisa, podem ser justificados pela
adição de ingredientes sucedâneos ao trigo, que desta feita favorecem o consumo e
tornando o produto mais saudável, fornecendo maciez e aração no bolo. Carneiro et al.
(2015) tiveram valores baixos de gorduras comparativamente aos desta pesquisa, que
variaram de 6,2 a 7,5%, em seu estudo sobre a caracterização físico-química de bolos
com substituição parcial da farinha de trigo por aveia, quinoa e linhaça, os mesmos
autores justificam-se afirmando que os valores de gorduras encontrados podem ser
justificados pela maior concentração de linhaça em sua constituição, visto que, a linhaça
apresenta em torno de 30 a 40% de gordura. Dados que corroboram com os desta
pesquisa, foram reportados pelo Camargo (2017) em seu trabalho sobre avaliação
química, física e sensorial de bolos adicionados de proteínas de soro do leite, tendo as
suas médias variando de 12,2 a 15,7%, o autor se justifica dizendo que esta variação
pode ter sido ocasionada pela quantidade de proteína de soro adicionado nos bolos.
Valores que variaram de 2,80 a 13,41% foram reportados por Pitt (2013) em seu estudo
sobre a elaboração de mistura para bolo esfregolá rica em ferro. O autor acrescenta
afirmando que os valores encontrados são decorrente da adição de outros ingredientes
para a obtenção da massa homogenia. Silva et al. (2021) teve os seus valores de gordura
variando de 17,69 a 19,18% superiores aos encontrados na presente pesquisas, no seu
estudo sobre a elaboração e caracterização de bolos enriquecidos com farinha da polpa
de mangaba, os autores, salientam justificando-se que houve uma tendência de redução
dos valores deste parâmetro, decorrente da adição da farinha de mangaba, pois a farinha
possui um baixo teor lipídico.
4.1.4. Carbohidratos
Referentes as carbohidratos, todos os tratamentos analisados mostraram ser iguais a 5%
de probabilidade. Este parâmetro, teve as suas médias variando de 39,46 a 48,06%.
Estes valores podem terem sidos influenciados pelos ingredientes adicionados com
destaque ao açúcar, durante a elaboração dos bolos. Dados superiores de carbohidratos
foram reportados por Carneiro et al. (2015) tendo os mesmos variando de 50,19 a
56,71%, ao estudar a caracterização físico-química de bolos com substituição parcial da
farinha de trigo por aveia, quinoa e linhaça, os autores se defendem afirmando que a
diferença dos carbohidratos encontrados podem ser atribuídos a maior teores de fibras
que não são computadas como carbohidratos quando determina-se a fracção glicídica
por diferença, fazendo com que menores quantidades de carbohidratos sejam obtidas.
Ferro et al. (2015) tiveram uma variação de 51,8 a 55,9%, ao estudarem a avaliação
físico-química de cupcakes enriquecidos com fibra, aveia e óleo vegetal, os mesmos
autores justificam-se alegando que, a adição de ingredientes com fonte de fibras
alimentares pode comprometer o teor de carboidratos. Valores baixos comparados aos
deste estudo foram reportados por Miranda et al. (2013) ao estudar o desenvolvimento e
análise de bolo enriquecido com farinha de casca de maracujá como fonte de fibras, e
que tiveram as médias variando 30,22 a 33,39%. Os autores se justificam, afirmando
que os baixos valores de carboidratos podem terem sidos ocasionados exclusivamente
pela troca da farinha de trigo pela farinha de casca de maracujá visto que os outros
ingredientes da formulação (fermento, margarina, açúcar e ovos) foram mantidos nas
mesmas quantidades, este comportamento, se assimila ao encontrado na presente
pesquisa.
4.1.5. Proteínas
Não foram identificadas diferenças significativas nos teores de proteínas em todas as
formulações elaboradas. Sendo este tendo variado de 4,55 a 5,70%. A variação de
proteínas no bolo é decorrente da adição dos ovos na mistura, que de certa forma
contribuiu para a variação deste parâmetro. Valores superiores que deste trabalho foram
reportados por Camargo (2017) quando estudava a avaliação química, física e sensorial
de bolos adicionados de proteínas de soro do leite, tendo as suas médias variando de
8,41 a 20,93%, e autor alega que o aumento deste componente em seus bolos, deve-se
Ângela Eugénio Cumbane Página 36
Caracterização e uso de extractos de Cymbopon citratus (capim-limão) como condimento para a produção de bolo
ao facto da adição da proteína do soro de leite que dessa forma aumentou de maneira
progressiva. Valores similares de proteínas foram destacados por Miranda et al.(2013)
quando estudava o desenvolvimento e análise de bolos enriquecido com farinha de
casca de maracujá como fonte de fibras, e que teve os seus valores de proteínas variando
de 3,63 a 4,01%, e por Ferro et al. (2015) que teve os resultados variando de 5,32 a
8,08% de proteína, ao estudarem a avaliação físico-química de cupcakes enriquecidos
com fibra, aveia e óleo vegetal, os mesmos autores salientam que o aumento de proteína
pode ser atribuído a farinha integral e a aveia que possuem em sua composição 12,5% e
13,9% de proteína. Para Pitt (2013) a diferença entre os teores de proteína na mistura e
bolo pode ser decorrente da adição de ovos para elaboração do bolo, contribuindo, desta
forma para o aumento deste parâmetro, oque pode se notar nesta pesquisa.
enriquecidos com fibra, aveia e óleo vegetal. Os autores salientam afirmando que para
que ocorra a redução ou aumento de calorias, é necessário que haja diminuição ou
aumento no teor de alguns nutrientes energéticos, podendo ser carbohidratos, lipídeos
ou proteínas. Valores de 378,48 a 415,12Kcal foram achados por Pitt (2013) ao estudar
sobre a elaboração de mistura para bolo esfregolá rica em ferro, sendo estes, superiores
quando comparados com os deste estudo. Esta diferença pode estar relacionada com o
tipo de ingrediente utilizado para a produção de bolos. Ainda para o mesmo autor,
acrescenta alegando que a variação deste parâmetro pode ser justificado através dos
maiores índices de lipídios e proteínas encontrados no bolo, considerando que estes
contribuem com 9Kcal/g e 4 Kcal/g respectivamente para o cálculo do valor calórico.
4.1.7. pH
No tocante a pH, os valores variaram de 6,86 a 8,13 respectivamente. Os valores de pH
das formulações F0, F1, F2 e F4 foram similares, e os tratamentos F2 e F4 com 6,86 a
8,13 e com diferenças significativas. Estas variações nos valores de pH podem estar
relacionadas com a presença do fermento que produz CO2 que pode ter contribuído na
alteração do pH. Resultados acima que deste trabalho, foram detalhados por Junqueira
et al. (2020) tendo as médias variando de 8,02 a 8,80, quando estudavam a
caracterização de cupcakes elaborados com diferentes concentrações de farinha de casca
de guavira, e para este estudo, a diferença pode estar relacionado com alguns
ingredientes em que o seu pH se aproxima a neutralidade, como o ovo, o fermento
químico. Os autores salientam que o aumento do pH no seu trabalho foi por razões da
adição do FCG (farinha de casca de guavira). Dados de pH similares aos deste estudo
foram reportados por Silva et al. (2021) que viram este parâmetro variando de 2,92 a
8,03, em seu estudo sobre a elaboração e caracterização de bolos enriquecidos com a
farinha da polpa da mangaba, para os autores, estes resultados podem estar relacionado
com a adição da farinha nas formulações, tendo em vista que a farinha da mangaba
possui característica ácida (pH 2,96; acidez 6,58%). Pitt (2013) teve os seus valores
variados entre 6,55 a 7,05 de pH e similares aos deste estudo, em seu estudo sobre a
elaboração de mistura de para bolo esfregolá rica em ferro. O autor ainda detalha
afirmando que o pH do bolo, tenha sido influenciado possivelmente pela adição do ovo
e fermento na mistura, que se encontram próximos a faixa de neutralidade,
corroborando assim com os valores encontrados no presente estudo. Valores baixos que
variaram de 5,48 a 6,65 foram encontrados por Bernardino (2011) ao estudar a
6,56±1,18a
6,74±1,21a
6,52±1,17a
6,52±1,06a
6,54±1,26a
6,56±1,08a
6,56±1,06a
6,62±1,33a
7,50±9,67a
6,45±1,06a
6,43±1,21a
6,27±1,64ab
6,34±1,29b
8
6,33±1,22a
6,30±1,26a
6,28±1,23a
6,26±1,28a
6,22±1,17a
6,20±1,21a
6,18±1,17a
6,16±1,32a
6,15±1,29a
6,10±1,32b
6,09±1,27a
6
Escala hedonica
0
F0 F1 F2 F3 F4 F0 F1 F2 F3 F4 F0 F1 F2 F3 F4 F0 F1 F2 F3 F4 F0 F1 F2 F3 F4
Aparencia Cor Sabor Aroma Textura
em pó e 12% extrato de capim-limão; F3-48% de farinha de trigo, 14% de açúcar, 12% de margarina, 11% de ovo,
3% de fermento em pó e 12% extrato de capim-limão; F4-48% de farinha de trigo, 14% de açúcar, 12% de
margarina, 11% de ovo, 3% de fermento em pó e 12% extrato de capim-limão.
Fonte: Autora.
4.2.1. Aparência
Os resultados mostram que no atributo aparência dos bolos produzidos, não
apresentaram diferenças significativas entre si nos tratamentos F1, F3 e F4, e diferentes
entre F2 e F4 e igualmente aceite pelos provadores. Dados estatisticamente iguais,
foram encontrados por Camargo (2017) em seu estudo sobre a avaliação química, física
e sensorial de bolos adicionados de proteína do soro do leite, em que variaram de 6,67 a
7,30, sendo estes similares aos encontrados na presente pesquisa, o mesmo autor se
justifica alegando os valores encontrados são indicativo de uma boa aceitação. Bezerra
et al. (2019) também teve os seus dados estatisticamente iguais, porem acima quando
comparados aos deste estudo, cujos variaram entre 7,3 a 7,5, em seu estudo sobre
analise sensorial de bolos com substituição parcial com farinha de trigo pela farinha do
albedo da laranja. Valores baixos aos desta pesquisa, foram reportados por Boldori et al.
(2021) que oscilaram entre 5,80 a 5,81 e todos estatisticamente iguais, em seu estudo
referente a análise físico-química e sensorial de bolos utilizando alfarroba como
substituto de cacau, os autores justificam-se afirmando que a coloração da alfarroba que
é um pouco mais escura que o cacau deu uma coloração mais aceitável visualmente e
parecida com a coloração de bolo de chocolate. Machado (2017) teve uma boa aceitação
quanto ao atributo aparência e, as médias oscilaram no intervalo de 6,56 a 8,00 quando
estudava o desenvolvimento de e análise sensorial de bolo enriquecido com soro de leite
e microencapsulado de propólis vermelha, para o autor, os dados obtidos deve-se a
coloração avermelhada dos bolos, que resultou numa boa aceitação concernente a
aparência. Valores referenciados por este autor, mostram-se similares aos encontrados
na presente pesquisa.
4.2.2. Cor
Com relação ao atributo cor, Sa et al. (2020) consideram como uma característica
importante para a qualidade dos alimentos, visto que em produtos forneados como
bolos, a formação de crostas muito escuras ou muito claras são geralmente associados a
má qualidade durante seu processo de preparação. Apesar do tratamento F0 apresentar a
maior media, essa característica não apresentou diferenças significativas entre os
tratamentos analisados. Os bolos elaborados na presente pesquisa, apresentaram uma
4.2.3. Sabor
Relativamente ao sabor, os tratamentos analisados mostraram-se ser todos iguais
estatisticamente. Essas características são importantes pois influenciam nas
propriedades sensoriais dos produtos alimentícios. Esta característica foi notada neste
produto, pois houve adição de alguns ingredientes incomuns. Sa et al. (2020) tiveram
medias acima comparados aos desta pesquisa, que foi de 8,74, na elaboração, análise
sensorial e microbiológica de bolo enriquecido com farinha de linhaça dourada e
psyllium, para os autores o sabor dos bolos foi uma surpresa para os avaliadores, e por
esse motivo tiveram a média máxima da avaliação. Boldori et al. (2021) obtiveram
valores que variaram de 5,07 a 5,96 no seu estudo sobre analise físico-química e
sensorial de bolos utilizando alfarroba como substituto de cacau, ainda com os mesmos
autores assumem que, os bolos tiveram baixa amargura, sendo este um dos motivos pelo
qual os avaliadores não evidenciaram esse amargor e com isso foi o que teve maior
aceitabilidade entre os eles, os resultados desta pesquisa, são baixos comparativamente
aos do presente estudo. Ao avaliar as características químicas, físicos e sensoriais de
bolos adicionados de proteínas do soro de leite, Camargo (2017) teve todas as médias
iguais estatisticamente em todos os 4 tratamentos, que variaram de 7,15 a 7,48, estes
dados mostraram ser superiores quando comparados aos desta pesquisa, para o autor, de
acordo com as notas obtidos os bolos tiveram boa aceitação relativamente ao sabor. Para
Sa et al. (2020) o sabor é uma característica de extrema importância que influenciam
directamente nas propriedades sensoriais de produtos alimentícios, quando acrescentado
algum ingrediente não comum, pode contribuir positiva ou negativamente na
aceitabilidade do produto, alinhado a este pensamento, os bolos produzido nesta
pesquisa teve uma aceitabilidade positiva relativamente ao sabor.
4.2.4. Aroma
O aroma é uma característica que compreende e tem uma grande influência no sabor dos
alimentos. As médias encontradas nesta pesquisa foram estatisticamente iguais para
todos os tratamentos analisados, e com boa aceitação para os provadores, oque era de se
esperar, visto que o atributo sabor teve a mesma aceitação. Medias que variam de 7,50 a
8,20 foram reportados por Miranda et al. (2013) quando estudavam o desenvolvimento
e análise de bolos enriquecido com farinha da casca do maracujá como fonte de fibras,
de acordo com os mesmo autores, que se justificam alegando que embora o aroma tenha
sido igual entre as formulações, a sua diferença esta relacionada ao sabor residual
amargo que foi considerado estranho e desagradável. Os valores reportados por Bezerra
et al. (2019) ao estudarem analise sensorial de bolos com substituição parcial com
farinha de trigo pela farinha do albedo da laranja, obtiveram as medias referente ao
aroma, que variarm ente 7,4 a 7,5, sendo todos eles iguais estatisticamente. E estas
médias reportadas, mostram-se superiores quando comparados aos deste estudo, para os
autores, a variação do aroma encontrado deve-se a uso diferente de formulações da
farinha de albedo da laranja, que teria comprometido no aroma dos bolos elaborados
Valores similares aos deste estudo, que variaram de 6,8 a 7,6 foram reportados por
Rapina (2011), quando estudava o perfil sensorial e aceitação de bolos de laranjas
formuladas com prebióticos, para a autora, as amostra que se apresentavam mais secas e
outras com sabor artificial, teriam influenciado no aroma dos bolos. Para Pastoreli et al.
(2017) diz que o aroma tem o poder de compreender e influenciar o sabor dos
alimentos, além de garantir características diferenciais que influenciam directamente na
aceitação do produto pelo consumidor. Facto este que teria acontecido no presente
estudo.
4.1.1. Textura
Quanto a característica textura, todas as médias mostraram ser similares entre si
estatisticamente em todos os tratamentos analisados. Denota-se que teve uma boa
aceitabilidade nessa característica, visto que as quantidades, qualidades dos ingredientes
e o modo de preparo foram imprescindível para a qualidade desta característica. Ao
avaliar o perfil sensorial e aceitação de bolos de laranja formulados com prebióticos,
Rapina (2011) teve as médias da característica de textura que variaram de 6,4 a 7,8.
Estes dados corroboram com os resultados encontrados desta pesquisa, a autora alega
que as alterações na medias do parâmetro textura, esta relacionada a presença das fibras
e devido o tipo de frutano adicionado. Medias que variaram 7,30 a 7,98 e, superiores
aos desta pesquisa, foram reportados por Miranda et al. (2013) quando estudava o
desenvolvimento e análise de bolos enriquecidos com farinha de casca do maracujá
como fonte de fibras. Ainda com o pensamento dos mesmos autores, alegam que a
variação dos resultados de textura pode ter sido ocasionados provavelmente pelo hábito
frequente de uso de produtos à base de farinha de trigo, cujo este tenha influenciado na
textura dos bolos produzidos. Valores baixos de textura foram encontrados por Boldori
et al. (2021) no seu estudo sobre análise físico-química e sensorial de bolos utilizando
alfarroba como substituto do cacau, em que as medias variaram entre 5,52 a 5,86, para
os autores, a adição do cacau e alfarroba, não alterou significativamente na textura dos
bolos produzidos. Os argumentos de Sa et al. (2020) com relação a textura, afirma que,
a quantidade dos ingredientes e modo de preparo, são muito importantes para a textura
final do produto, pois este é um factor determinante para aceitabilidade pelos
consumidores, esta característica, também foi encontrada no presente estudo.
7,5 7.47±1.17a
7.45±1.13a
7,45
7.39±0.98a
7,4
Escala hedonica
7,35 7.33±1.10a
7,3
7,25
7.21.24a
7,2
7,15
7,1
7,05
F0 F1 F2 F3 F4
Avaliaçao global
Legenda: F0-48% de farinha de trigo, 14% de açúcar, 12% de margarina, 11% de ovo, 3% de fermento em pó e 12%
de água; F1-48% de farinha de trigo, 14% de açúcar, 12% de margarina, 11% de ovo, 3% de fermento em pó e 12%
extrato de capim-limão; F2-48% de farinha de trigo, 14% de açúcar, 12% de margarina, 11% de ovo, 3% de fermento
em pó e 12% extrato de capim-limão; F3-48% de farinha de trigo, 14% de açúcar, 12% de margarina, 11% de ovo,
3% de fermento em pó e 12% extrato de capim-limão; F4-48% de farinha de trigo, 14% de açúcar, 12% de
margarina, 11% de ovo, 3% de fermento em pó e 12% extrato de capim-limão.
Fonte: Autora.
14
12%
12
9.67%
10
8.67%
8%
8 7%
6%
6
0
F0 F1 F2 F3 F4 Nenhum
Intençao de compra
Legenda: F0-48% de farinha de trigo, 14% de açúcar, 12% de margarina, 11% de ovo, 3% de fermento em pó e 12%
de água; F1-48% de farinha de trigo, 14% de açúcar, 12% de margarina, 11% de ovo, 3% de fermento em pó e 12%
extrato de capim-limão; F2-48% de farinha de trigo, 14% de açúcar, 12% de margarina, 11% de ovo, 3% de fermento
em pó e 12% extrato de capim-limão; F3-48% de farinha de trigo, 14% de açúcar, 12% de margarina, 11% de ovo,
3% de fermento em pó e 12% extrato de capim-limão; F4-48% de farinha de trigo, 14% de açúcar, 12% de
margarina, 11% de ovo, 3% de fermento em pó e 12% extrato de capim-limão.
Fonte: Autora.
83,5
83.0%
83,0 82.8%
82,5 82.1%
82,0
81.4%
81,5
81,0
80,5
80.0%
80,0
79,5
79,0
78,5
F0 F1 F2 F3 F4
Indice de aceitabilidade
Legenda: F0-48% de farinha de trigo, 14% de açúcar, 12% de margarina, 11% de ovo, 3% de fermento em pó e 12%
de água; F1-48% de farinha de trigo, 14% de açúcar, 12% de margarina, 11% de ovo, 3% de fermento em pó e 12%
extrato de capim-limão; F2-48% de farinha de trigo, 14% de açúcar, 12% de margarina, 11% de ovo, 3% de fermento
em pó e 12% extrato de capim-limão; F3-48% de farinha de trigo, 14% de açúcar, 12% de margarina, 11% de ovo,
3% de fermento em pó e 12% extrato de capim-limão; F4-48% de farinha de trigo, 14% de açúcar, 12% de
margarina, 11% de ovo, 3% de fermento em pó e 12% extrato de capim-limão.
Fonte: Autora.
91,3%, estes valores, mostraram ser similares ao desta pesquisa. Os autores alegam que
a variação do IA deve-se a diferentes tipos de bolos que eram palatáveis, com aroma,
sabor, cor e texturas agradáveis. Resultados baixos aos deste estudo, foram apresentados
por Bezerra et al. (2019) que variaram entre 70 a 80%, em seu estudo sobre análise
sensorial de bolos com substituição parcial da farinha de trigo pela farinha do albedo da
laranja, para os autores, a obtenção desses dados deve-se a incrementação dos
ingredientes, como cacau e alfarroba, causando assim uma boa aceitação global. Sa et
al. (2020) obtiveram maior percentagem de IA comparado ao deste estudo, que ficou
voltado entre 97,44%, em seu estudo sobre a elaboração, análise sensorial e
microbiológica de bolo enriquecido com farinha de linhaça dourada e psyllium. Os
mesmos autores alegam que os produtos foram considerados aceito sensorialmente
pelos provadores, apesar de ser um produto novo e elaborado com matéria-prima
diferenciada dos produtos convencionais, simílimas aos resultados desta pesquisa, que
também foram consideravelmente aceite pelos provadores.
5. CONCLUSÕES
Diante dos resultados obtidos no presente trabalho, e considerando os objectivos
colocados, conclui-se que, o extrato de cymbopogon citratus representa uma alternativa
sucedânea para a incorporação em bolos, podendo enriquece-los com carboidratos,
proteínas, gordura e valor energético .
6. RECOMENDAÇÕES
Findado o trabalho, houve alguns aspectos que merecem atenção como forma de
recomendações:
A realização de análises microbiológicas dos bolos elaborados com extrato de
capim limão.
Uso de Cymbopon citratus como condimentos para a produção de bolos e ou
outros produtos.
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
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8. APÊNDICE
8.1. Curva padrão
Curva padrão
0,4
y = 0,0674x - 0,0292
0,35 R² = 0,9957
0,3
Absorbancias
0,25
0,2
0,15
0,1
0,05
0
0 1 2 3 4 5 6 7
Concentração (mg/ml)
O (a) Sr (a) está recebendo 5 amostras de bolo enriquecido com extrato de Cymbopon Citratus (Capim-Limão) Prove-as da
esquerda para a direita e dê uma nota segundo a escala abaixo em relação a aceitação dos atributos, aparência, cor, sabor, sabor
residual, textura, aroma, bem como na avaliação global. Enxagúe a boca entre cada amostra e espere pelo menos 30 segundos.
1 Desgostei muitíssimo
Atributos 203 020 039 045 055
2 Desgostei muito
Aparência
3 Desgostei moderadamente
Cor
4 Desgostei levemente
Sabor
5 Não gostei nem desgostei
Sabor residual
6 Gostei levemente
Textura
7 Gostei moderadamente
Aroma
8 Gostei Muito
Avaliação global
9 Gostei muitíssimo