Eletro 3º

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Circuitos de corrente alternada

Felipe Godinho Gomes Mialichi – 12211EMC027


Otávio Daniel Dias dos Santos – 12211EMC037
Sammy Cristopher Paredes Puelles – 1232XREV003

Uberlândia
2024
1. Objetivos

O laboratório teve como objetivo estudar a corrente alternada por meio da medição de
tensões e correntes em três circuitos, considerando a resistência do resistor, da bobina e do
capacitor, os quais são chamados de impedância.

2. Introdução

Tensão e corrente alternada são conceitos fundamentais na teoria elétrica e desempenham


papéis essenciais em praticamente todos os aspectos da eletricidade moderna. Enquanto a corrente
contínua flui em uma direção constante, a corrente alternada muda de direção periodicamente. Da
mesma forma, a tensão alternada também oscila, indo de um valor positivo para um negativo e
vice-versa em ciclos regulares.

Essa variação periódica da tensão e da corrente em uma forma de onda senoidal é


característica da corrente alternada. Esta forma de eletricidade tornou-se amplamente adotada em
sistemas de distribuição de energia elétrica e em muitas aplicações industriais e domésticas devido
a várias vantagens, incluindo a capacidade de transmitir energia eficientemente por longas
distâncias, a facilidade de transformação de tensão e a sua adequação para uso em motores elétricos.

Circuitos de corrente alternada: A teoria dos circuitos de corrente alternada (CA) é um


ramo que aborda o comportamento de componentes elétricos, como resistores, capacitores e
indutores, quando submetidos a correntes e tensões alternadas. Para compreender totalmente os
circuitos de CA, é essencial entender os conceitos de impedância, fase e fasor.

● Fasor: O fasor é um número complexo, na forma polar, que representa a amplitude e a


fase de uma senóide em correntes CA.

𝑉(𝑡) = 𝑉𝑚 ∗ 𝑐𝑜 𝑠(𝜔𝑡 + 𝜙) (1)

Onde V é a tensão instantânea no tempo t, Vm é a amplitude máxima da tensão, também


conhecida como tensão de valor máximo, 𝜔 é a frequência angular, t é o tempo e 𝜙 é o ângulo de
fase.
Representação gráfica de um fasor é denominado diagrama fasorial na Figura 1.
Figura 1. Fonte: https://embarcados.com.br/fasores/

● Impedância: A impedância (Z) é a medida da oposição total que um circuito oferece ao


fluxo de corrente alternada. Ela inclui resistência, reatância capacitiva e reatância indutiva.
A resistência, medida em ohms (Ω), é a oposição ao fluxo de corrente direta, enquanto a
reatância capacitiva (XC) e a reatância indutiva (XL) são a oposição ao fluxo de corrente
alternada em capacitores e indutores, respectivamente.

𝑋𝐿 = 2𝜋𝑓. 𝐿 (2)

1
𝑋𝑐 = (3)
2𝜋 𝑓. 𝐶

𝑍 2 = 𝑅 2 + (𝑋𝐿 − 𝑋𝐶)2 (4)

● Fase: A fase é a diferença de tempo entre uma onda de tensão e uma onda de corrente
alternada. Em circuitos puramente resistivos, a tensão e a corrente estão em fase. No
entanto, em circuitos com componentes reativos (capacitores e indutores), a fase entre
tensão e corrente pode variar.

Potência em circuitos de CA: A potência em circuitos de CA pode ser ativa, reativa e


aparente. A potência ativa (em watts) é a energia efetivamente utilizada para realizar trabalho útil,
como aquecer uma resistência. A potência reativa (em volt-ampere reativo, ou VAR) é a energia
armazenada e devolvida ao circuito em cada ciclo, enquanto a potência aparente (em volt-ampere,
ou VA) é a combinação de potência ativa e reativa e representa a potência total fornecida ao
circuito. Onde, matematicamente esses conceitos são dados por:

𝑃 = 𝑉𝑟𝑚𝑠 ∗ 𝐼𝑟𝑚𝑠 ∗ 𝑐𝑜 𝑠(𝜃) (5)

𝑄 = 𝑉𝑟𝑚𝑠 ∗ 𝐼𝑟𝑚𝑠 ∗ 𝑠𝑖 𝑛(𝜃) (6)

𝑆 = 𝑉𝑟𝑚𝑠 ∗ 𝐼𝑟𝑚𝑠 (7)

Onde P é a potência ativa em watts, Q é a potência reativa em VAR (volt-ampere reativo),


S é a potência aparente em VA (volt-ampere), Vrms é a tensão eficaz em volts, Irms é a corrente
eficaz em ampére e ϕ é o ângulo de fase entre a tensão e a corrente.
Além disso, consideramos que:

𝑉𝑚𝑎𝑥
𝑉𝑟𝑚𝑠 = (8)
√2

𝐼𝑚𝑎𝑥
𝐼𝑟𝑚𝑠 = (9)
√2

onde Vmax e Imax são, respectivamente, a tensão máxima e corrente máxima.


Lei de ohm para corrente alternada: A Lei de Ohm para corrente alternada descreve a
relação entre a tensão, a corrente e a impedância em um circuito de corrente alternada. Assim como
na corrente contínua, onde a Lei de Ohm tradicionalmente é expressa como V=I×R, na corrente
alternada, a impedância substitui a resistência devido à natureza variável da corrente e da tensão.

A forma geral da Lei de Ohm para corrente alternada é:

𝑉 = 𝐼 ∗ 𝑍 (10)

onde V é a tensão em volts, I é a corrente em ampere e Z é a impedância em ohms.


Além disso, o ângulo varia de forma diferente nesses casos de corrente alternada (CA), tanto
numa bobina quanto num capacitor, dessa forma teremos:

● Na bobina: O ângulo de defasagem (θ) entre a tensão e a corrente em uma bobina é


determinado pela relação entre a reatância indutiva (XL) e a resistência (R).
Especificamente, é dado pelo arco tangente da razão XL/R.

𝑋𝐿
𝜃 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑎𝑛𝑔 ( ) (11)
𝑅

● No capacitor: Em um capacitor, a corrente não está em fase com a tensão, mas está
adiantada em relação a ela. O ângulo de defasagem (θ) entre a tensão e a corrente em um
capacitor é determinado pela relação entre a impedância capacitiva (XC) e a resistência
(R). Especificamente, o ângulo de defasagem é dado pelo arco tangente da razão XC/R.

𝑋𝐶
𝜃 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑎𝑛𝑔 ( ) (12)
𝑅

3. Preparação do experimento e resultados


A realização do ensaio ocorreu no bloco 1E do campus Santa Mônica. Antes de dar início ao
experimento, foram observadas algumas indicações de segurança discutidas em sala de aula:

1. Antes de realizar a montagem elétrica, certifique se todos os interruptores estão


desligados.

2. Saiba previamente onde estão os interruptores, chaves e/ou disjuntores para serem
desligados em caso de acidente e como operá-los.
3. Lei atentamente todas as instruções da aula pratica a ser executada no laboratório.
Figura 2. Lugar onde se realizou o laboratório. Fonte: http://www.techweek.facom.ufu.br/local-2020.

Foram apresentadas três propostas de configurações de circuitos detalhadas na Figura 3:

(a) (b)

(c)
Figura 3. Diagrama de configuração: (a) Configuração 1; (b) Configuração 2; (c) Configuração 3. Fonte:
dado em sala de aula.
Na Figura 3ª, é apresentado um circuito monofásico de corrente alternada composto por uma
resistência, uma bobina e uma fonte de corrente alternada E, com os dois primeiros componentes
dispostos em série. Na Figura 3b é exibido um circuito monofásico de corrente alternada com uma
configuração que inclui uma resistência, um capacitor e uma fonte de corrente alternada E, sendo
os dois primeiros componentes conectados em série. Na Figura 3c é demonstrado um circuito
monofásico de corrente alternada, cujos componentes são uma resistência, uma bobina, um
capacitor e uma fonte de corrente alternada E, com os três primeiros componentes em série.

3.1. Recursos e materiais empregados

Para a montagem das configurações de cada experimento, foram utilizados os seguintes


componentes eletrônicos:

Figura 4. Resistor tipo fio tubular modelo 50R FX200. Fonte: foto tirada por Sammy no laboratório.

Resistores com o valor constante de R = 50Ω. Esses resistores foram da marca TAKEBO
modelo 50R FX200, com potência de 200W, sendo do tipo de fio tubular, conforme ilustrado na
Figura 4.

Uma bobina de L=125mH como é mostrada na Figura 5:

Figura 5. Bobina. Fonte: foto tirada por Felipe no laboratório.


Um capacitor de C=45,9µF como é mostrada na Figura 6:

Figura 6. Capacitor. Fonte: Foto tirada por Felipe no laboratório.

Cabos com terminais nas pontas para união de componentes eletrônicos no circuito, como
mostrado na Figura 7:

Figura 7. Cabos com terminas. Fonte: Foto tirada por Felipe no laboratório.

Os instrumentos de medição utilizados foram os seguintes:

Para a medição da corrente elétrica, utilizou-se um amperímetro analógico AC do modelo 71


Engro (Figura 8).
Figura 8. Amperímetro analógico AC modelo 71 Engro. Fonte: foto tirada por Felipe no laboratório.

Para a mediação da tensão foi utilizado um multímetro digital Minipa ET-2507a como
mostrado na Figura 9:

Figura 9. Multímetro digital Minipa modelo ET-2507a. Fonte: foto tirada por Sammy no laboratório.

Para a mediação da tensão também foi utilizado um voltímetro analógico de corrente alterna
AC do modelo 71 Engro (Figura 10):

Figura 10. Voltímetro analógico AC modelo 71 Engro. Fonte: foto tirada por Felipe no laboratório
3.2. Montagem da experiencia 1

Esta montagem foi baseada na configuração 1 (Figura 3a). Após a montagem, obteve-se a
bancada experimental da Figura 11, com auxílio de cabos com terminais apropriados (Figura 7). O
circuito foi alimentado com uma tensão alternada de 50Vrms proveniente de uma fonte de corrente
alternada. Conforme observado na Figura 11, o amperímetro analógico de corrente alternada
(Figura 8) está conectado em serie no circuito, posteriormente ligado ao resistor (Figura 4) e,
finalmente, à bobina (Figura 5). O voltímetro analógico de corrente alternada (Figura 10) é
conectado em paralelo com o circuito, sendo um terminal na entrada e outro na sadia da fonte de
alimentação AC.

Posteriormente, foram registradas a tensão do circuito com auxílio do voltímetro analógico


AC (Figura 10), cujo valor foi de 50Vrms, a amperagem de 0,65 A, com o auxílio do amperímetro
analógico AC (Figura 8). Finalmente, as tensões do resistor e da bobina foram registradas com o
multímetro digital (Figura 9), conforme mostrado na Tabela 1.

Figura 11. Montagem da experiencia 1. Fonte: foto tirada por Felipe.

Tabela 1. Valores resultados da medição da tensão (V) para o resistor e bobina.

Resistor Bobina
V(exp) 32,60 36,14
3.3. Montagem da experiencia 2

Esta montagem foi baseada na configuração 2 (Figura 3b). Após a montagem, obteve-se a
bancada experimental da Figura 12, com auxílio de cabos com terminais apropriados (Figura 7). O
circuito foi alimentado com uma tensão alternada de 50Vrms proveniente de uma fonte de corrente
alternada. Conforme observado na Figura 12, o amperímetro analógico de corrente alternada
(Figura 8) está conectado em serie no circuito, posteriormente ligado ao resistor (Figura 4) e,
finalmente, ao capacitor (Figura 6). O voltímetro analógico de corrente alternada (Figura 10) é
conectado em paralelo com o circuito, sendo um terminal na entrada e outro na sadia da fonte de
alimentação AC.

Posteriormente, foram registradas a tensão do circuito com auxílio do voltímetro analógico


AC (Figura 10), cujo valor foi de 50Vrms, a amperagem de 0,73 A, com o auxílio do amperímetro
analógico AC (Figura 8). Finalmente, as tensões do resistor e do capacitor foram registradas com
o multímetro digital (Figura 9), conforme mostrado na Tabela 2.

Figura 12. Montagem da experiencia 2. Fonte: foto tirada por Felipe.

Tabela 2. Valores resultados da medição da tensão (V) para o resistor e capacitor.

Resistor Capacitor
V(exp) 36,90 35,95
3.4. Montagem da experiencia 3

Esta montagem foi baseada na configuração 3 (Figura 3c). Após a montagem, obteve-se a
bancada experimental da Figura 13, com auxílio de cabos com terminais apropriados (Figura 7). O
circuito foi alimentado com uma tensão alternada de 50Vrms proveniente de uma fonte de corrente
alternada. Conforme observado na Figura 13, o amperímetro analógico de corrente alternada
(Figura 8) está conectado em serie no circuito, posteriormente ligado ao resistor (Figura 4), após é
ligado com a bobina (Figura 5) e finalmente ao capacitor (Figura 6). O voltímetro analógico de
corrente alternada (Figura 10) é conectado em paralelo com o circuito, sendo um terminal na
entrada e outro na sadia da fonte de alimentação AC.

Posteriormente, foram registradas a tensão do circuito com auxílio do voltímetro analógico


AC (Figura 10), cujo valor foi de 50Vrms, a amperagem de 0,82 A, com o auxílio do amperímetro
analógico AC (Figura 8). Finalmente, as tensões do resistor, bobina e capacitor foram registradas
com o multímetro digital (Figura 9), conforme mostrado na Tabela 3.

Figura 13. Montagem da experiencia 2. Fonte: foto tirada por Felipe.

Tabela 3. Valores resultados da medição da tensão (V) para o resistor e capacitor.

Resistor Bobina Capacitor


V(exp) 42,05 44,20 47,77
4. Cálculos e análise

4.1. Primeira montagem


Para a montagem do experimento 1, associação em série entre o resistor e a bobina, foi
medida a tensão nos polos do resistor e da bobina, além da corrente que passa pelo circuito com o
valor de 0,65 A quando se aplica uma tensão de 50 Vrms.
Sabendo que a tensão possui uma frequência de 60 Hz e utilizando a questão (1), temos que
a tensão do sistema é dada por:
𝑉(𝑡) = 50. cos (2𝜋𝑓. 𝑡) => 𝑉(𝑡) = 50. cos (377𝑡)

Da equação (2), temos que a reatância indutiva, é:

𝑋𝐿 = 2𝜋𝑓. 𝐿 => 𝑋𝐿 = 2. 𝜋. 60. 125. 10−3 => 𝑋𝐿 = 47,124 Ω

Portanto, pela equação (4), temos que a impedância do circuito é dada por:

𝑍 2 = 𝑅 2 + (𝑋𝐿)2 => 𝑍 2 = 502 + (47,124)2 => 𝑍 = 68,70 Ω

Sabendo da impedância do circuito pode-se calcular a corrente por meio da equação (10),
veja:

50
𝑉 = 𝐼. 𝑍 => 𝐼 = => 𝐼 = 0,73 𝐴
68,70

Com o valor de corrente calculado, podemos calcular a tensão no resistor (Vr) e a tensão
na bobina (Vb):

𝑉𝑟 = 𝑅 . 𝐼 => 𝑉𝑟 = 50 . 0,73 => 𝑉𝑟 = 36,5 𝑉

𝑉𝑏 = 𝑋𝐿 . 𝐼 => 𝑉𝑏 = 47,124 . 0,73 => 𝑉𝑏 = 34,4 𝑉


Tendo os dados experimentais e teóricos pode-se calcular o erro absoluto e relativo através
das Eq. (13) e (14), respectivamente:

𝑒𝑟𝑟𝑎𝑏𝑠 = |𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 − 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑣𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑜| (13)

𝑒𝑟𝑟𝑎𝑏𝑠
𝑒𝑟𝑟𝑟𝑒𝑙 = (14)
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑣𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑜

O erro relativo também pode se expressar de forma de porcentagem como é observado na


Eq. (15):

100
𝑒𝑟𝑟𝑟𝑒𝑙 % = 𝑒𝑟𝑟𝑎𝑏𝑠 ∗ 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑣𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑜 (15)

A partir dos valores teóricos calculados e comparando com os valores medidos, a tabela (4)
associa esses valores:

I(teo) I(exp) V(teo) V(exp) Erro abs Erro rel %


Circuito 0,73 A 0,65 A - - 0,08 10,95%
Resistor - - 36,5 V 32,6 V 3,9 10,68%
Bobina - - 34,4 V 36,14 V 1,74 5,06%

Com isso, utilizando a equação (11) para o cálculo do ângulo de defasagem entre tensão e
corrente:

𝑋𝐿 47,124
𝜃 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑎𝑛𝑔 ( ) => 𝜃 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑎𝑛𝑔 ( ) => 𝜃 = 43,3°
𝑅 50

Por fim, para calcular a potência ativa, a potência reativa e a potência aparente é necessário
utilizar as equações (5), (6) e (7) respectivamente:

𝑃 = 𝑉𝑟𝑚𝑠 . 𝐼𝑟𝑚𝑠. cos(𝜃) => 𝑃 = 50 . 0,73 . cos(43,3°) => 𝑃 = 53,18 𝑊


𝑄 = 𝑉𝑟𝑚𝑠 . 𝐼𝑟𝑚𝑠 . sin(𝜃) => 𝑄 = 50 . 0,73 . sin(43,3°) => 𝑄 = 25,03 𝑉𝐴𝑅

𝑆 = 𝑉𝑟𝑚𝑠 . 𝐼𝑟𝑚𝑠 => 𝑆 = 50 . 0,73 => 𝑆 = 36,5 𝑉𝐴

4.2. Segunda montagem

Para a montagem do segundo experimento, uma associação em série de um resistor com um


capacitor, foi medido o valor da corrente no circuito, com um valor de 0,73 A, e a tensão nos
terminais do resistor e do capacitor quando se aplica uma tensão de 50 V.

Calculando a reatância capacitiva pela equação (3):

1 1
𝑋𝑐 = => 𝑋𝑐 = => 𝑋𝑐 = 57,80 Ω
2𝜋 𝑓. 𝐶 2𝜋 . 60 . 45,9. 10−6

Logo, pela equação (4) é possível calcular a impedância do circuito:

𝑍 2 = 502 + (−57,8)2 => 𝑍 = 76,42 Ω

Sabendo da impedância do circuito pode-se calcular a corrente por meio da equação (10),
veja:

50
𝐼= => 𝐼 = 0,65 𝐴
76,42

Com o valor de corrente calculado, podemos calcular a tensão no resistor (Vr) e a tensão
no capacitor (Vc):

𝑉𝑟 = 50 . 0,65 => 𝑉𝑟 = 32,5 𝑉


𝑉𝑐 = 57,8 . 0,65 => 𝑉𝑐 = 37,8 𝑉
A partir dos valores teóricos calculados e comparando com os valores medidos, a tabela (5)
associa esses valores:

I(teo) I(exp) V(teo) V(exp) Erro abs Erro rel %


Circuito 0,65 A 0,73 A - - 0,08 12,30%
Resistor - - 32,5 V 36,90 V 4,4 13,54%
Capacitor - - 37,8 V 35,95 V 1,85 4,90%

Com isso, utilizando a equação (12) para o cálculo do ângulo de defasagem entre tensão e
corrente:

𝑋𝑐 57,8
𝜃 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑎𝑛𝑔 ( ) => 𝜃 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑎𝑛𝑔 ( ) => 𝜃 = 49,13°
𝑅 50

Por fim, para calcular a potência ativa, a potência reativa e a potência aparente é necessário
utilizar as equações (5), (6) e (7) respectivamente:

𝑃 = 𝑉𝑟𝑚𝑠 . 𝐼𝑟𝑚𝑠. cos(𝜃) => 𝑃 = 50 . 0,65 . cos(49,13°) => 𝑃 = 21,26 𝑊

𝑄 = 𝑉𝑟𝑚𝑠 . 𝐼𝑟𝑚𝑠 . sin(𝜃) => 𝑄 = 50 . 0,65 . sin(49,13°) => 𝑄 = 24,57 𝑉𝐴𝑅

𝑆 = 𝑉𝑟𝑚𝑠 . 𝐼𝑟𝑚𝑠 => 𝑆 = 50 . 0,65 => 𝑆 = 32,5 𝑉𝐴

4.3. Terceira montagem

Para a montagem do experimento 3, associação em série entre o resistor, a bobina e o


capacitor, foi medida a tensão nos polos do resistor, da bobina e do capacitor, além da corrente que
passa pelo circuito com o valor de 0,82 A quando se aplica uma tensão de 50 Vrms.
Da equação (2), temos que a reatância indutiva, é:

𝑋𝐿 = 2𝜋𝑓. 𝐿 => 𝑋𝐿 = 2. 𝜋. 60. 125. 10−3 => 𝑋𝐿 = 47,124 Ω


Calculando a reatância capacitiva pela equação (3):

1 1
𝑋𝑐 = => 𝑋𝑐 = => 𝑋𝑐 = 57,8 Ω
2𝜋 𝑓. 𝐶 2𝜋 . 60 . 45,9. 10−6

Logo, pela equação (4) é possível calcular a impedância do circuito:

𝑍 2 = 𝑅 2 + (𝑋𝐿 − 𝑋𝐶)2 => 𝑍 2 = 502 + (47,124 − 58,82)2 => 𝑍 = 51,35 Ω

Sabendo da impedância do circuito pode-se calcular a corrente por meio da equação (10),
veja:

50
𝐼= => 𝐼 = 0,97 𝐴
51,35

Com o valor de corrente calculado, podemos calcular a tensão no resistor (Vr) e a tensão na
bobina (Vb) e no capacitor (Vc):

𝑉𝑟 = 50 . 0,97 => 𝑉𝑟 = 48,5 𝑉


𝑉𝑏 = 47,124 . 0,97 => 𝑉𝑏 = 45,71 𝑉

𝑉𝑐 = 57,8 . 0,97 => 𝑉𝑐 = 56,05 𝑉

A partir dos valores teóricos calculados e comparando com os valores medidos, a tabela (6)
associa esses valores:

I(teo) I(exp) V(teo) V(exp) Erro abs Erro rel %


Circuito 0,97 A 0,82 A - - 0,15 15,46%
Resistor - - 48,5 V 42,05V 6,45 13,30%
Bobina - - 45,71 V 44,2 V 1,51 3,30%
Capacitor - - 56,05 V 47,77 V 8,28 14,77%
Com isso, utilizando a equação (12) para o cálculo do ângulo de defasagem entre tensão e
corrente:

𝑋𝑐 − 𝑋𝐿 58,82 − 47,124
𝜃 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑎𝑛𝑔 ( ) => 𝜃 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑎𝑛𝑔 ( ) => 𝜃 = 13,13°
𝑅 50

Por fim, para calcular a potência ativa, a potência reativa e a potência aparente é necessário
utilizar as equações (5), (6) e (7) respectivamente:

𝑃 = 𝑉𝑟𝑚𝑠 . 𝐼𝑟𝑚𝑠. cos(𝜃) => 𝑃 = 50 . 0,65 . cos(49,63°) => 𝑃 = 21,05 𝑊

𝑄 = 𝑉𝑟𝑚𝑠 . 𝐼𝑟𝑚𝑠 . sin(𝜃) => 𝑄 = 50 . 0,65 . sin(49,63°) => 𝑄 = 24,76 𝑉𝐴𝑅

𝑆 = 𝑉𝑟𝑚𝑠 . 𝐼𝑟𝑚𝑠 => 𝑆 = 50 . 0,65 => 𝑆 = 32,5 𝑉𝐴

5. Conclusões

A partir dos experimentos realizados para investigar as propriedades da corrente alternada


(CA), podemos concluir que esta forma de corrente elétrica desempenha um papel crucial em uma
variedade de aplicações práticas. Ao longo do estudo, observamos padrões consistentes e
mensuráveis que ilustram a natureza dinâmica e versátil da corrente alternada.

Nossos valores experimentais revelaram a capacidade da corrente alternada de variar sua


magnitude e direção em um ciclo contínuo, fornecendo uma base sólida para entender os conceitos
de frequência, amplitude e fase. Além disso, pudemos observar os efeitos da corrente alternada em
dispositivos elétricos, como resistores, indutores e capacitores, destacando as diferenças
fundamentais em seu comportamento em comparação com a corrente contínua.

Em última análise, os resultados experimentais reforçam a posição da corrente alternada


como uma tecnologia vital para a geração, transmissão e utilização de energia elétrica em diversas
aplicações. À medida que avançamos em direção a um futuro energético mais sustentável e
eficiente, é essencial continuar explorando e refinando os princípios da corrente alternada,
garantindo sua contínua relevância e contribuição para o nosso mundo em constante evolução.

6. Referências bibliográficas

Corrente alternada: o que é, função, aplicações. Disponível em:


<https://brasilescola.uol.com.br/fisica/corrente-alternada.htm>. Acesso em 23 fev 2024.

Corrente alternada: o que é, como é gerada e aplicações. Disponível em:


<https://www.todoestudo.com.br/fisica/corrente-alternada>. Acesso em 23 fev 2024.

FERNANDES, S. Fasores. Disponível em: <https://embarcados.com.br/fasores/>. Acesso em 23


fev 2024.

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