Revolução Russa
Revolução Russa
Revolução Russa
ANTECEDENTES
GOVERNO DO CZARES
Nas primeiras décadas do século XX, a maioria dos países europeus adotava
um regime liberal, enquanto o império russo mantinha o czarismo, uma
monarquia absolutista comandada por um czar, onde o poder do czar não era
limitado por instituições legais, mas sim comandando o governo segundo
costumes e vínculos mantidos com a nobreza rural e com o setor militar.
ECONOMIA E SOCIEDADE
No começo do século XX a economia ainda era predominantemente rural, se
destacava por sua produção de trigo. Cerca de 80% da população morava no
campo, a maioria eram camponeses pobres que viveram em servidão ate
1861.
A industrialização do império russo ocorreu depois da maioria dos países da
Europa Ocidental, pois a industrialização só teve inicio no governo de czar
Nicolau II, quando um grupo de industriais entraram no país com o apoio de
czar, e deram inicio a industrialização. Os investimentos industriais
começaram em grandes centros urbanos como Moscou, São Petersburgo,
Odessa e Kiev, onde cerca de 3 milhões de pessoas trabalhavam em
situação miserável.
REVOLTA DE 1905
Essa revolta foi ocasionada pela insatisfação de grande parte da população,
principalmente após a derrota do Império Russo pelo Japão após a disputa
imperialista de territórios na China. Essa derrota causou grandes dificuldades
econômicas no Império Russo, o que só agravou a insatisfação da população
e fez com que o regime czarista passasse a enfrentar greves e protestos
onde líderes socialistas e diversos setores socais participaram ativamente.
Alguns episódios que marcaram essa revolta foram:
Domingo sangrento: ocorreu em janeiro de 1905, que durante uma
manifestação pacífica na frente do palácio de Nicolau II,
aproximadamente uma centena de pessoas foram mortas pela gurda
czarista, o que revoltou diversos setores da sociedade.
Revolta do encouraçado Potemkin: ocorreu em junho de 1905, quando os
tripulantes do encouraçado Potemkin se rebelaram contra seus
comandantes em razão dos maus-tratos que sofriam, e péssima
alimentação que recebiam. Após essa revolta receber o apoio popular se
evidenciou que os militares também estavam insatisfeitos com a ordem
social vigente. Foi nessa época que surgiram os primeiros sovietes,
conselhos de operários formados para coordenar as greves operárias.
Revolução Liberal
Com a queda do governo de czar, se instalou um governo provisório, formado
em sua maioria por políticos liberais e chefiado pelo príncipe Lvov. O
socialista Alexander Kerensky, que ocupou o cargo de líder de guerra se
tornou o principal líder do governo.
Esse governo tomou algumas medidas importantes como a redução da
jornada de trabalho de 12 para 8 horas diárias, a garantia das liberdades
fundamentais do cidadão (direitos de expressão) e a anistia aos presos
políticos e permissão para que os exilados voltassem ao país, mas apesar
disso não ofereceram respostas rápidas aos graves problemas sociais que
afligiam aos operários e camponeses, como a falta de terra e de alimentos.
Além disso mantiveram a participação da Rússia na primeira guerra mundial.
Oposição Bolchevique
Lenin após ser beneficiado com a medida que permitia aos exilados voltar ao
país, regressou a Rússia em abril de 1917 e passou a liderar a oposição
bolchevique ao governo provisório. Ele também publicou as Teses de Abril,
onde pregava a formação de uma república dos sovietes e defendia a
nacionalização dos brancos e da propriedade privada.
Revolução Comunista
Em de novembro de 1917 (25 de outubro, pelo calendário russo), com o
apoio de militantes e das forças armadas, os bolcheviques tomaram o poder.
O líder do governo, Kerensky, conseguiu fugir, mas outros membros do
governo provisório foram presos.
Os sovietes então se reuniram em um congresso e delegaram o poder a um
chamado Conselho dos Comissários do Povo, que presidido por Lenin, tomou
as seguintes medidas:
Pedido de paz imediata: o governo russo declarou sua retirada da
primeira guerra mundial. Em março de 1918, os membros do Conselho
firmaram paz com a Alemanha pelo Tratado de Brest-Litovsk.
Confisco de propriedade privada: muitas propriedades foram confiscadas
dos nobres e da Igreja Ortodoxa, sem pagamento de indenizações, e
distribuídas entre os camponeses.
Estatização da economia: o novo governo passou a intervir na economia
do país, nacionalizando diversas empresas, como bancos e fábricas.