D. Trabalho Av1

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AV1 – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

ORGANIZAÇÃO

I - O Tribunal Superior do Trabalho;

II - Os Tribunais Regionais do Trabalho;

III – Juizes do Trabalho

COMPETÊNCIA

VARAS - Na vara do trabalho, a jurisdição é exercida por um juiz


singular, isto é, as decisões de primeira instância são sempre
embasadas e desenvolvidas por um único juiz, o que caracteriza o
regime de juízo monocrático. Ele ocupa o cargo mediante concurso
público e exerce seu poder sobre determinada territorialidade, fator
que leva ao respeito do princípio do juiz natural.

 Reclamação de trabalho
 Ação de consignação
 Mandado de segurança
 Execução de T extra-judicial

TRT - É o órgão competente nos julgamentos de recursos ordinários


contra decisões das varas, agravo de instrumento, ações originárias
(que provêm de dissídios coletivos de sindicatos patronais ou de
trabalhadores, mandados de segurança, ações rescisórias de decisões
do próprio TRT ou das Varas).

 Mandado de segurança
 Dissídio coletivo
 Ação rescisória

TST - Tal tribunal tem a função de uniformizar a jurisprudência


trabalhista, julgando os recursos de revista, recursos ordinários e
agravos de instrumento contra decisões de TRT’s e dissídios coletivos
de categorias organizadas em nível nacional, mandados de
segurança, embargos opostos a suas decisões e ações rescisórias.

 Mandado de segurança
 Dissídio coletivo
 Ação rescisória

Obs: juízes do trabalho tem liberdade para fazer o que quiser.


FONTES

Materiais:

- Os acontecimentos sociais em sentido amplo, os fatores


econômicos, os traços culturais, as construções éticas e morais de
uma sociedade, além das nuances políticas, fontes essas que
acabam por impulsionar e pressionar, alternada e reciprocamente, o
surgimento e a criação de uma normatividade jurídica. Significa dizer,
que as diversas e distintas fontes materiais se consolidam como
efetivos elementos que irão repercutir na
proposição/elaboração/criação das fontes de ordem formal.

Formais:

- Constituição

 É uma fonte formal do direito processual do trabalho


 Apectos em que a CF é fonte para o direito processual do
trabalho
 Princípios constitucionais processuais (devido processo legal,
contraditório, ampla defesa)
 A competência material da justiça do trabalho está prevista no Art.114
da CF (hipóteses em que a justiça do trabalho é chamada a atuar)
 Organização da justiça do trabalho, que está prevista no Art.111 da CF

- CLT

 Origem, cláusula de barreira (Art.769), características


 A CLT surgiu no contexto político do governo de Getúlio Vargas, para dar uma
impressão de populismo ao seu governo autoritário
 A ideia inicial era que a CLT fosse um compilado de todas as leis
trabalhistas/sociais, mas ela foi feita de forma sistemática, com princípios
próprios e organizada na forma de um código
 Ela traz avanços, mas também trás atrasos
 Não da autonomia aos sindicatos
 Mas, no ponto de vista dos direitos individuais e processuais a CLT é avançada,
já prevendo naquela época (1943), por exemplo, o prazo razoável de duração
do processo (art.767, CLT)

CPC

PRINCIPIOS

 Princípio da inércia ou dispositivo e princípio inquisitivo ou do impulso


oficial - Determina que o processo inicia por manifestação da parte.

 O princípio inquisitivo - está relacionado à atuação de ofício do Juiz,


ou seja, sem necessidade de pedido das partes. Se por um lado o
princípio da inércia se refere ao início do processo, o princípio
inquisitivo se refere ao decorrer do processo e significa que o
magistrado tem o poder de impulsioná-lo para que prossiga. (a
execução apenas será iniciada de ofício se a parte estiver exercendo
o jus postulandi).

 Princípio da proteção ´- interpretação mais favorável das normas do


Direito do Trabalho ao trabalhador. Por meio deste princípio aplica-
se o in dubio pro operario, que objetiva proteger a parte
considerada mais frágil na relação jurídica, ou seja, o empregado.

 Princípio da conciliação - A promoção da conciliação é um dos


fundamentos primordiais da Justiça do Trabalho. Existem
dois momentos em que ela é obrigatória: no início e no final
da audiência. Em qualquer das hipóteses, ao ser homologado
o acordo, o Juiz sentenciará extinguindo o feito com
resolução do mérito e não caberá mais recurso. A única
forma de impugnar o termo de conciliação é por meio do
ajuizamento de ação rescisória.

Entretanto, a homologação de acordo constitui faculdade do juiz. Ele não é


obrigado a aceitar o acordo proposto pelas partes. A Reforma Trabalhista
inseriu o procedimento de homologação de acordo extrajudicial:
 Princípio da celeridade - O presente princípio é buscado em
qualquer tipo de processo. O empregado deve receber mais
rapidamente as verbas que lhe são devidas, porque de
natureza alimentar.

 Princípio da ultra petita ou da extrapolação - Promover mecanismos


libertadores da atuação jurisdicional, permitindo ao juiz do
trabalho agir de maneira ativa, ainda que fora ou além dos
pedidos realizados, quando visar efetivar direitos dos
trabalhadores, sempre de maneira fundamentada.

 Princípio da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias - A


decisão interlocutória é dada durante o processo e pode
gerar ou suprimir direitos, mas não por fim ao processo. O
princípio da irrecorribilidade imediata encontra-se
intimamente relacionado à celeridade da Justiça do Trabalho
e sua previsão está no art. 893, §1º, da CLT. Ele determina
que as decisões interlocutórias não serão recorríveis de
imediato, mas apenas no recurso da decisão definitiva.

Ou seja, contra as decisões interlocutórias são cabíveis recursos, mas a parte


prejudicada deve aguardar a decisão final para dela recorrer. Por exemplo,
se negada liminar de reintegração de um empregado, este deverá aguardar a
sentença para, se for o caso, interpor recurso ordinário contra ela.

Mas, há algumas exceções a esse princípio que devem ser mencionadas:

 Súmula 214 do TST: traz três casos em que as decisões interlocutórias


poderão ser recorridas de imediato:
o Decisão de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou
OJ do TST;
o Decisão suscetível de impugnação mediante recurso para o
mesmo Tribunal;
o Decisão que acolhe exceção de incompetência territorial, com a
remessa dos autos para TRT distinto daquele a que se vincula o
juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, §2º, da CLT.
 Art. 799, §2º, da CLT: em caso de decisão interlocutória que reconhece a
incompetência absoluta da Justiça do Trabalho é possível a interposição
imediata de recurso ordinário.

 Princípio do jus postulandi - Este princípio encontra-se previsto


no art. 791 da CLT, que prevê a possibilidade de as partes
ajuizarem e acompanharem suas ações na Justiça do
Trabalho sem a necessidade de advogado. Mas, existem
algumas restrições, como as previstas pela Súmula 425, do
TST , que determinam ser o advogado indispensável, como
no mandado de segurança, ação rescisória, ação cautelar e
recursos dirigidos ao TST.

 Princípio da oralidade - O processo trabalhista é essencialmente


oral, principalmente para privilegiar a atuação das partes
que valem-se do jus postulandi e não possuem a
representação de um advogado. No processo do trabalho
esse princípio é acentuado tendo em vista a concentração
dos atos processuais em audiência, com uma maior
interatividade entre juiz e partes, bem como a
irrecorribilidade das decisões interlocutórias e identidade
física do juiz.

 Princípio da subsidiariedade - Extrai-se que nos casos em que a lei


trabalhista for omissa é possível aplicar normativas de outras
leis processuais, como os códigos de processo civil e penal.

 Princípio da informalidade - Esse princípio rege-se pela ideia de


que os atos processuais trabalhistas, a priori, não dependem
de forma rígida para a sua produção, podendo a defesa ser
oral e os recursos por simples peticionamento.

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