Do Pedido de Reconsideração

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DO PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO

Art. 55. Caberá um único pedido de reconsideração de decisão em processo


disciplinar, dirigido ao órgão julgador que proferiu a decisão transitada em
julgado, pelas partes interessadas, instruída com cópia da decisão recorrida e
as provas documentais comprobatórias dos fatos argüidos.
Parágrafo único. A reconsideração, no interesse do profissional penalizado,
poderá ser pedida por ele próprio ou por procurador devidamente habilitado,
ou ainda, no caso de morte, pelo cônjuge, ascendente e descendente ou
irmão.
Art. 56. O pedido de reconsideração será admitido, depois de transitada em
julgado a decisão, quando apresentados fatos novos ou circunstâncias
relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada.
Art. 57. Julgado procedente o pedido de reconsideração, o órgão julgador
poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a
decisão.
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da
pena.
DA EXECUÇÃO DA DECISÃO
Art. 58. Cumpre ao Crea da jurisdição do profissional penalizado, onde se
iniciou o processo, a execução das decisões proferidas nos processos do
Código de Ética Profissional.
Parágrafo único. Não havendo recurso à instância superior, devido ao
esgotamento do prazo para sua apresentação ou quando esgotadas as
instâncias recursais, a execução da decisão ocorrerá imediatamente, inclusive
na hipótese de apresentação de pedido de reconsideração
DA REVELIA
Art. 59. Será considerado revel o denunciado que:
I - se opuser ao recebimento da intimação, expedida pela Comissão de Ética
Profissional, para apresentação de defesa; ou
II – se intimado, não apresentar defesa.
Art. 60. A Declaração da revelia pela Comissão de Ética Profissional não
obstruirá o prosseguimento do processo, garantindo-se o direito de ampla
defesa nas fases subseqüentes.
Art. 61. Declarada a revelia, o denunciado será intimado a cumprir os prazos
dos atos processuais subseqüentes, podendo intervir no processo em
qualquer fase
DA NULIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS
Art. 62. Nenhum ato será declarado nulo se da nulidade não resultar prejuízo
para as partes.
Art. 63. Os atos do processo não dependem de forma determinada senão
quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os atos que,
realizados de outro modo, alcançarem a finalidade sem prejuízo para as
partes.
Art. 64. A nulidade dos atos processuais ocorrerá nos seguintes casos:
I - por impedimento ou suspeição reconhecida de um membro da Comissão
de Ética Profissional, câmara especializada, Plenário do Crea ou do Plenário
do Confea, quando da instrução ou quando do julgamento do processo;
II - por ilegitimidade de parte; ou
III - por falta de cumprimento de preceitos constitucionais ou disposições de
leis.
Art. 65. Nenhuma nulidade poderá ser argüida pela parte que lhe tenha dado causa
ou para a qual tenha concorrido.
Art. 66. As nulidades deverão ser argüidas em qualquer fase do processo, antes da
decisão transitada em julgado, a requerimento das partes ou de ofício.
Art. 67. As nulidades considerar-se-ão sanadas:
I - se não forem argüidas em tempo oportuno, de acordo com o disposto no art. 66
deste regulamento; ou
II - se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido seu fim.
Art. 68. Os atos processuais, cuja nulidade não tiver sido sanada na forma do artigo
anterior, serão repetidos ou retificados.
Parágrafo único. A repetição ou retificação dos atos nulos será efetuada em
qualquer fase do processo.
Art. 69. A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a nulidade dos
atos que dele, diretamente, dependam ou sejam conseqüência.
Art. 70. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados, desde que não
resulte prejuízo ao denunciado.
DA EXTINÇÃO E PRESCRIÇÃO
LEI Nº 6.838, DE 29 DE OUTUBRO DE 1980.

Dispõe sobre o prazo prescricional para a punibilidade de


profissional liberal, por falta sujeita a processo disciplinar, a ser
aplicada por órgão competente.
Art 1º A punibilidade de profissional liberal, por falta sujeita a processo
disciplinar, através de órgão em que esteja inscrito, prescreve em 5 (cinco)
anos, contados da data de verificação do fato respectivo.
Art 2º O conhecimento expresso ou a notificação feita diretamente ao
profissional faltoso interrompe o prazo prescricional de que trata o artigo
anterior.
Parágrafo único. O conhecimento expresso ou a notificação de que trata este
artigo ensejará defesa escrita ou a termo, a partir de quando recomeçará a
fluir novo prazo prescricional.
Art 3º Todo processo disciplinar paralisado há mais de 3 (três) anos pendente
de despacho ou julgamento, será arquivado ex offício , ou a requerimento da
parte interessada.
Art 4º O prazo prescricional, ora fixado, começa a correr, para as faltas já
cometidas e os processos iniciados, a partir da vigência da presente Lei.
Art. 71. A extinção do processo ocorrerá:
I – quando o órgão julgador proferir decisão definitiva;
II – quando a câmara especializada concluir pela ausência de pressupostos de
constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
III – quando a câmara especializada ou Plenário do Crea ou Plenário do
Confea declararem a prescrição do ilícito que deu causa ao processo; ou
IV – quando o órgão julgador concluir por exaurida a finalidade do processo
ou o objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicado por fato
superveniente.
Parágrafo único. Estes dispositivos não se aplicam aos casos referidos nos
arts. 39 e 49.
Art. 72. A punibilidade do profissional, por falta sujeita a processo disciplinar,
prescreve em cinco anos, contados da verificação do fato respectivo.
Art. 73. A intimação feita a qualquer tempo ao profissional faltoso
interrompe o prazo prescricional de que trata o art. 72.
Parágrafo único. A intimação de que trata este artigo ensejará defesa escrita a
partir de quando recomeçará a fluir novo prazo prescricional.
Art. 74. Todo processo disciplinar que ficar paralisado por três ou mais anos,
pendente de despacho ou julgamento, será arquivado por determinação da
autoridade competente ou a requerimento da parte interessada
Art. 75. A autoridade que retardar ou deixar de praticar ato de ofício que leve
ao arquivamento do processo, responderá a processo administrativo pelo seu
ato.
§ 1º Entende-se por autoridade o servidor ou agente público dotado de
poder de decisão.
§ 2º Se a autoridade for profissional vinculado ao Sistema Confea/Crea,
estará sujeito a processo disciplinar.
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 76. Nenhuma penalidade será aplicada ou mantida sem que tenha sido
assegurado ao denunciado pleno direito de defesa.
Art. 77. Se a infração apurada constituir violação do Código Penal ou da Lei
das Contravenções Penais, o órgão julgador comunicará o fato à autoridade
competente.
Parágrafo único. A comunicação do fato à autoridade competente não
paralisa o processo administrativo.
Art. 78. É impedido de atuar em processo o conselheiro que:
I – tenha interesse direto ou indireto na matéria;
II – tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou
representante;
III – haja apresentado a denúncia; ou
IV – seja cônjuge, companheiro ou tenha parentesco com as partes do
processo até o terceiro grau.
§ 1º O conselheiro que incorrer em impedimento deve comunicar o fato ao
coordenador da Comissão de Ética Profissional, câmara especializada ou
plenário, conforme o caso, abstendo-se de atuar.
§ 2º A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave,
para efeitos disciplinares.
Art. 79. Pode ser argüida a suspeição de conselheiro que tenha amizade
íntima ou inimizade notória com alguma das partes ou com os respectivos
cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.
Art. 80. Os prazos começam a correr a partir da data da juntada ao processo
do aviso de recebimento ou do comprovante de entrega da intimação,
excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento.
§ 1º considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte, se o
vencimento cair em dia em que não houver expediente no Crea ou este for
encerrado antes da hora normal.
§ 2º Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo.
Art. 81. Nos casos omissos aplicar-se-ão, supletivamente ao presente
regulamento, a legislação profissional vigente, as normas do direito
administrativo, do processo civil brasileiro e os princípios gerais do Direito

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