Apostila Medicina Felina 2
Apostila Medicina Felina 2
Apostila Medicina Felina 2
MEDICINA FELINA:
7 vidas de cuidados
Veterinarius E.J.
Módulo 5 - Análise Laboratorial
Estresse de coleta
95
ativação do eixo hipotálamo-pituitário-adrenal e liberação de cortisol, as
principais alterações observadas são: leucocitose, neutrofilia, linfopenia e
eosinopenia.
96
Para os exames que envolvem coleta de sangue, é útil verificar com o
laboratório que irá realizar as análises o volume realmente necessário das
amostras. Caso seja possível, pode-se coletar o material biológico em
microtubos com EDTA (volume máximo de 0,5mL de sangue), sempre
lembrando de homogeneizar a amostra adequadamente.
97
4) Em algumas situações,
o membro torácico
esquerdo pode precisar
ser contido, nesse caso,
use um dos dedos da
sua mão direita para a
contenção;
5) Realize a coleta.
Foto 1
Imagem: exemplificando como pode ser realizada a coleta através da veia
cefálica
98
1) Apoie o gato em uma
toalha ou cobertor sobre a
mesa, se possível, com
cheiro de casa, para deixá-
lo mais confortável e
seguro;
2) Deite-o em decúbito
ventral, de maneira suave e Imagem: exemplificando procedimento através da
Foto 3
veia jugular
ágil;
5) O clínico deve usar o polegar para elevar a veia no sulco entre escápula e
traqueia, sem aplicar pressão excessiva, e realizar a coleta.
99
3) Os assistentes devem manter-se com o corpo próximo às costas do
animal (para evitar o confronto direto);
100
Imagem: tipos de tubos para coleta de
acordo com sua composição. Amarela:
Gel separador com ativador de
coágulo (sem anti-coagulante), para
Bioquímica e Sorologia. Verde:
Heparina, para Hemograma de aves e
répteis. Cinza: Fluoreto de Sódio, para
Glicose. Roxa: EDTA, para Hemograma.
Vermelha: Ativador de coágulo (sem
anti-coagulante), para Bioquímica e
Sorologia. Azul: Citrato de Sódio, para
TP e TTPA (Coagulação). Preta: Citrato
de Sódio, para Taxa de Sedimentação.
101
Citrato Azul-claro. Plasma ou Coagulograma; por Para obter resultados
de sódio sangue total. exemplo: TP, TPP, acurados, é necessária
D-dímero, uma razão sangue /
fibrinogênio, PDF. anticoagulante de 1:19. Em
tubo não preenchido por
completo, ocorre efeito de
diluição e, assim, tem-se
tempo de coagulação
falsamente prolongado. Em
tubo preenchido em
excesso, pode haver
diluição do anticoagulante
e formação prematura do
coágulo, com consumo de
fatores de coagulação;
também pode ocasionar
tempo de coagulação
prolongado.
Heparina Verde. Plasma ou Perfil bioquímico Tubo com heparina
de lítio sangue. plasmático. sódica tem a mesma
tampa e seu uso deve ser
evitado na determinação
de eletrólitos.
Amostra de escolha para
algumas espécies de aves
ou répteis.
Frascos Tampa de Sangue total em Hemocultura; Antes da venopunção para
para várias cores; meio de cultura. cultura de líquido hemocultura é necessária
hemo contém sinovial. rigorosa assepsia. Usar
cultura meio de tubo/frasco pareados para
cultura de cultura aeróbica e
suporte. anaeróbica. É mais
provável a detecção de
infecção transmitida pelo
sangue quando se utiliza
maior volume de sangue.
Tubo/frasco para
hemocultura não deve ser
refrigerado.
102
COLETA DE AMOSTRAS DE URINA
Imagem: gato confortável no colo para coleta por Imagem: coleta por cistocentese em posição natural
cistocentese. com mínima contenção.
103
Recipientes para coleta:
104
químicas e nenhuma delas é adequada a todas as exigências dos testes.
O congelamento da amostra pode conservar seus componentes
químicos (exemplo: catecolaminas), mas provoca lise celular.
105
Armazenamento da amostra:
Manuseio da amostra:
Erros pré-analíticos
106
Alguns dos erros pré-analíticos mais comuns são:
107
ANOTAÇÕES
108
Módulo 6 - Doenças
Doenças infecciosas
FIV
É importante ressaltar
que uma coinfecção
com FeLV potencializa
ambas as fases de
infecção pelo FIV e que
existe uma importante
associação entre o vírus
da imunodeficiência
felina e as neoplasias
malignas, que são
causadas pelo efeito
imunossupressor do
vírus. Imagem: ensaio imunoadsorvente ligado a uma enzima (ELISA
109
Imagem: ensaio imunoadsorvente ligado a uma enzima (ELISA)
FeLV
110
Como métodos de diagnóstico, o ELISA é a principal técnica utilizada para
detectar o antígeno viral, podendo ser colhidas amostras de saliva e de
soro, sendo o último o preferencial por gerar menos resultados falsos-
positivos e falsos-negativos. Podem ser realizados exames adicionais, como
hemograma e bioquímico.
Doenças fúngicas
Criptococose
111
Nos felinos, a criptococose costuma ser causada pelo Cryptococcus
neoformans. A transmissão provavelmente ocorre pela inalação de células
de levedura ou basidiósporos, que estão adaptados para estarem
dispersos no ar. Após a inalação, esses patógenos têm a capacidade de
adesão à mucosa nasal, causando rinite micótica; e também possuem a
capacidade de se difundirem para os pulmões, causando infecção
pulmonar. Mais raramente, pode ocorrer criptococose secundária a um
ferimento na pele, culminando na disseminação até o sistema nervoso
central.
A sintomatologia dessa patologia depende da localização da infecção e
inclui a apresentação de corrimento nasal, coriza, sibilação, espirros,
deformidade e oclusão nasal, rinite e sinusite.
Alguns métodos podem ser utilizados para o diagnóstico da enfermidade,
como: cultura fúngica (a partir de tecido infectado), citologia (a partir de
amostras obtidas por lavado, swab nasal, aspirado ou biópsia) e sorologia (a
partir de soro, líquido cérebro espinhal ou vítreo); já em caso de
acometimento ocular, a amostra deve ser obtida a partir do líquido vítreo
ou sub-retiniano.
O tratamento da criptococose é baseado na utilização de fármacos como
anfotericina B, cetoconazol, itraconazol, fluconazol e 5-flucitosina, sendo a
escolha da terapia a ser definida somente pelo médico veterinário. Além
disso, em casos de granulomas fúngicos na nasofaringe ou na cavidade
nasal, a retirada cirúrgica pode ser uma boa opção. Quando não há
acometimento do sistema nervoso central e o tratamento é instituído, o
prognóstico é bom.
Esporotricose
112
Imagem: felino apresentando a sintomatologia clínica característica da esporotricose
113
Peritonite infecciosa felina (PIF)
Alguns fatores podem tornar o animal mais suscetível à infecção por PIF,
entre eles: comprometimento imunológico devido às patologias
secundárias, estresse, susceptibilidade genética, número de indivíduos que
convivem juntos e compartilhamento de alimentadores e bebedouros.
Formas de transmissão
114
Sinais clínicos
Diagnóstico
115
presença de líquido peritoneal com aspecto amarelado e viscoso, que pode
atingir um volume de até um litro. O hemograma do animal terá alterações
características como anemia, leucocitose, linfopenia e trombocitopenia.
Tratamento e prevenção
116
oferecer água e ração de
boa qualidade e encorajar
a prática de atividades
físicas para que o sistema
imunológico possa ser
estimulado e venha a
combater de forma mais
efetiva uma possível
infecção. Imagem: comedouros individuais e elevados devem ser preferenciais
para evitar a transmissão de PIF entre felinos
Calicivírus
Esse vírus acomete felinos de todas as idades, mas pode ser fatal em
animais adultos devido ao fato de ser altamente virulento, sendo capaz de
levar o animal a uma resposta imune sistêmica muita intensa. Em animais
saudáveis, como o vírus é altamente virulento, sua eliminação demora
cerca de 75 dias a partir do momento da infecção. A patologia advinda
pode se comportar de forma aguda ou crônica no animal, evoluindo caso
aconteça algum comprometimento do sistema imune do animal por algum
fator exógeno ou endógeno.
117
Formas de transmissão
Sinais clínicos
118
Esses sinais serão acompanhados, na maioria das vezes, por febre alta;
formação de edemas em membros, na musculatura facial e no pulmão que
levará, neste último caso, a uma dificuldade respiratória que pode ser ainda
mais acentuada com a formação de trombos e de uma coagulação
intravascular disseminada e sistêmica causada pela apoptose de células
epiteliais de diversos vasos. Por consequência, há a possibilidade de
ocorrerem quadros de necrose, principalmente em células do fígado,
causando um quadro de acúmulo de bilirrubina, denominado de icterícia,
devido à insuficiência hepática e à falha no processo de síntese proteica.
Além disso, o pâncreas contribuirá para o quadro anoréxico do animal, já
que poderá haver o comprometimento da produção dos hormônios
insulina e glucagon (hormônios relacionados diretamente ao metabolismo
energético celular).
Diagnóstico
119
infectado mesmo que ele ainda esteja em um estágio inicial do contágio e
com baixa taxa de infecção.
A cultura viral também pode ser feita, mas, devido à sua dificuldade de
manipulação e do pouco sucesso na abordagem, é menos utilizada. Em
animais que vierem a óbito, a necropsia pode ser feita em órgãos mais
acometidos como língua, pulmões e rins; onde serão observadas lesões
típicas, como a necrose de hepatócitos.
Tratamento e prevenção
120
Além de outros fatores
de controle contra esses
vírus, a vacinação contra
o Herpesvírus felino e
também contra o
Calicivírus são essenciais
e indispensáveis para
evitar patologias mais
graves nos felinos e a sua
propagação para outros
Imagem: felino sendo vacinado felinos.
Herpesvírus felino
Formas de transmissão:
121
No entanto, a transmissão direta por meio de secreções nasais, orais e
oculares de felinos infectados é a forma mais comum de transmissão de
herpesvírus. O animal contaminado apresenta sinais clínicos em um
período de aproximadamente 7 dias, o que persiste por até 14 dias, sendo
este período o mais crítico para a transmissão para felinos saudáveis.
Sinais clínicos
122
Dentre os sinais clínicos oculares observa-se conjuntivite, acompanhada
de edema e inchaço nas mucosas palpebrais, secreção ocular intensa que
pode adquirir, dependendo da gravidade, uma coloração amarronzada, e
hiperemia. Tais fatores podem contribuir para a instalação de uma
infecção bacteriana secundária.
Diagnóstico
Tratamento e prevenção
123
Medicamentos com propriedades imunossupressoras, como no caso de
corticosteroides, também serão utilizados para evitar reações inflamatórias
acentuadas e lesivas ao tecido local, no entanto seu uso e dosagem deve
ser analisado, já que as propriedades imunossupressoras podem
comprometer o combate ao vírus.
Doenças dermatológicas
Causas
124
Estudos mostram que os desencadeadores de eventos primários nessa
doença são o recrutamento de eosinófilos bem como sua desgranulação.
Dessa forma, as lesões decorrem da infiltração e da desgranulação maciça
de eosinófilos.
Sinais clínicos
125
Imagem: granulomas coalescentes se desenvolveram
na língua ao longo de várias semanas.
Diagnóstico
126
Pode ser feito exame histopatológico da pele com achado de granuloma
nodular a difuso constituído de eosinófilos, histiócitos e células gigantes
multinucleadas com focos de degeneração de colágeno. Como também,
pode ser feito um hemograma com presença de eosinofilia.
Tratamento
Acne felina
Causas
127
Sinais clínicos
Diagnóstico
Tratamento
128
dia, ou conforme necessário, incluem: unguento ou creme de mupirocina,
gel de peróxido de benzoíla 2,5%, creme ou loção de tretinoína 0,01 a
0,025%, gel de metronidazol 0,75% e produtos tópicos contendo
clindamicina, eritromicina ou tetraciclina.
Imagem: acne do queixo. Esta é uma apresentação Imagem: acne felina com presença de eritema,
clássica com comedões e resquícios pretos. hiperpigmentação e comedões.
Foi realizada tricotomia no local para melhor
visualização.
Endocrinopatias
ENDOCRINOLOGIA
DIABETES MELITO
129
Em resumo, para a maioria dos órgãos é necessário que a insulina
(produzida pelas células β do pâncreas) se ligue aos seus receptores na
periferia celular, o que garante o transporte da glicose para o interior das
células por meio das proteínas transportadoras de glicose, em especial o
GLUT4, responsável pela captação de glicose mediada pela insulina. Na
falta de insulina ou ainda na resistência a ela, a glicose não entra nas
células, o que leva à hiperglicemia.
O DM tipo 1 é raro em felinos e está associado à ausência de insulina a
partir da destruição imunomediada das células β pancreáticas, ou, ainda, à
insuficiência pancreática exócrina. O DM tipo 2 ocorre de forma
predominante em felinos, está associado a resistência à insulina, à
deposição de amiloide (fibrilas proteicas) nas ilhotas pancreáticas e à
redução das células β. A amilina é o principal componente do amiloide em
gatos diabéticos, sendo armazenado nos grânulos de secreção das células
β e secretado juntamente com a insulina, ou seja, os fatores que estimulam
a secreção de insulina também elevam a secreção de amilina.
Imagem: esquema representativo do Diabetes melito Imagem: esquema representativo do Diabetes melito
tipo 1 tipo 2
130
A gravidade de destruição das ilhotas pancreáticas e da destruição das
células β determinam se o animal possui diabetes melito dependente de
insulina (DMDI) ou não dependente de insulina (DMNDI). Em quadros de
destruição total das ilhotas, o animal possui DMDI, sendo necessário o
tratamento com insulina pelo restante de sua vida. Já em casos de
destruição parcial das ilhotas, pode-se ou não observar diabetes
clinicamente evidente e o tratamento com insulina pode ou não ser
necessário para controle da glicemia.
Imagem: amiloidose pancreática em corte histológico de Imagem: degeneração vacuolar grave de células das
pâncreas felino. As setas indicam o infiltrado de ilhotas.
amiloide no tecido pancreático
131
No entanto, o felino diabético
pode não apresentar os sinais
clássicos mencionados acima,
tendo como principal
manifestação clínica uma
alteração locomotora
decorrente de neuropatia
diabética. Nesses casos, o
animal possui fraqueza nos
membros pélvicos, ataxia ou Imagem: postura plantígrada em gato com neuropatia diabética
postura plantígrada (apoio dos severa
Para isso, o animal pode ser encaminhado para casa, de modo que o
nível de glicose na urina seja avaliado em um ambiente rotineiro e não
estressante, ou pode-se avaliar os níveis de frutosamina sérica e/ou
hemoglobina glicada, que sugere uma hiperglicemia sustentada quando em
altas concentrações no soro, não sendo influenciadas por aumentos
transitórios na concentração sanguínea de glicose. No entanto, alguns
fatores podem influenciar nos resultados encontrados: quadros de
hipoalbuminemia e hipoproteinemia, por exemplo, podem reduzir os níveis
de frutosamina sérica obtidos. Além disso, a meia vida da hemoglobina
glicada está relacionada à duração das hemácias no sangue, o que equivale
a cerca de dois meses em felinos, e, por consequência, um aumento da
hemoglobina glicada indicam uma hiperglicemia durante um a dois meses
anteriores.
132
Uma medida adicional para auxílio no diagnóstico é a mensuração
plasmática de β-hidroxibutirato, pois cetonomias significativas (altos valores
de β-hidroxibutirato) são comuns em gatos diabéticos e incomuns na
hiperglicemia de estresse, que não é associada à cetose severa.
133
HIPERTIREOIDISMO
134
Ademais, devido à interação
com o sistema nervoso central,
maiores níveis de hormônios
tireóideos ocasionam aumento
do direcionamento simpático e
tem como consequência
hiperatividade, deambulação ou
irritabilidade, vocalização,
taquicardia e possível tremor;
outros sinais característicos do
hipertireoidismo. Grande
volume fecal, padrão
respiratório ofegante, vômito,
crescimento rápido das unhas,
alopecia, flexão ventral de
pescoço, sopros sistólicos,
Imagem: A. Gato hipertireoideo apresentando perda de
arritmias e insuficiência cardíaca peso à procura de superfícies frias para se deitar,
congestiva também podem ser mudanças observadas em um estágio mais avançado da
afecção. B Mesmo felino com os níveis de hormônios
observados. tireoidianos normais (estado eutireóideo).
135
Há ainda o hipertireoidismo apático, uma forma incomum de
hipertireoidismo que acomete cerca de 10% dos gatos hipertireoideos.
Nesses casos, ao invés de hiperatividade e irritabilidade, observa-se
depressão, letargia, anorexia e perda de peso; além de flexão cervical
ventral do pescoço usualmente responsiva à suplementação de fluido com
potássio e/ou vitamina B1. Apesar disso, esse grupo também apresenta
anormalidades cardíacas como arritmias e insuficiência cardíaca congestiva.
Tabela - Esquema básico dos principais sinais e achados no exame físico em quadros de hipertireoidismo
Disponível em: NELSON, R.W.; COUTO, C. G. Medicina Interna de Pequenos Animais. 5. ed. Elsevier, p.2217
O diagnóstico se baseia na
identificação dos sinais clínicos, na
palpação de nódulo em tireoide e na
constatação de aumento na
concentração dos níveis de T4 sérico.
O aumento de um ou de ambos os
lobos da tireóide é um achado de
grande importância para diagnóstico
da doença, visto que é identificado
em cerca de 80% a 95% dos
acometidos. Há uma série de técnicas
possíveis para a palpação, tais como:
a técnica clássica, a técnica de
Norsworthy e a técnica de duas Imagem: técnica da palpação da tireoide de
mãos. Norsworthy
136
Valores elevados dos níveis séricos de T4 são indicativos de
hipertireoidismo, especialmente se sinais clínicos forem condizentes. Uma
baixa concentração dos níveis séricos de T4 geralmente descarta o
hipertireoidismo, entretanto, o diagnóstico não deve ser excluído baseado
somente nesse resultado, principalmente quando o gato apresenta sinais
clínicos compatíveis com hipertireoidismo e uma massa palpável
ventralmente no pescoço. É recomendado o acompanhamento do paciente
e a repetição da mensuração sérica dos exames laboratoriais.
Disponível em: NELSON, R.W.; COUTO, C. G. Medicina Interna de Pequenos Animais. 5. ed. Elsevier, p.2222
137
Além disso, devido ao maior custo, geralmente a aferição do T4 livre
sérico é utilizada para gatos com suspeitas de hipertireoidismo e
resultados inconclusivos de T4. Quando a concentração de T4 livre elevada
é associada à concentração de T4 total no limite superior ou elevado, tem-
se o diagnóstico de hipertireoidismo. Já quando as concentrações de T4
livre estão aumentadas e os níveis de T4 total estão baixos ou no limite
inferior, é sugestivo de doença não tireoidiana.
Outros exames diagnósticos adicionais em casos de resultados
inconclusivos de T4 sérico podem ser realizados. São eles: mensurações
das concentrações séricas de TSH, teste de supressão de T3, imagem da
tireoide por pertecnetato de sódio, ou, ainda, repetição do exame de T4
sérico 3 a 6 meses depois.
Para tratamento, podem-se utilizar medicações antitireoidianas,
tireoidectomia, iodo radioativo ou uma dieta restrita em iodo, de forma que
todas as opções citadas são efetivas para terapia. Na tabela abaixo é
possível avaliar as indicações, vantagens e desvantagens das terapias
citadas.
Tabela - Indicações, Contraindicações e Desvantagens das Quatro Modalidades
Terapêuticas para Hipertireoidismo em Gatos
Disponível em NELSON, R.W.; COUTO, C. G. Medicina Interna de Pequenos Animais. 5. ed. Elsevier, p.2229
138
Doenças cardiovasculares
Para a maioria dos felinos, a causa da CMH ainda não foi determinada.
No entanto, para a raça Maine Coon a CMH é uma afecção de herança
autossômica dominante e está associada à diminuição da miomesina
(proteína do sarcômero) e à mutação no gene que codifica a proteína C
ligante da miosina (MYBPC3).
139
resultado da insuficiência mitral e/ou obstrução da saída do ventrículo
esquerdo, porém, gatos com sopro não têm necessariamente CMH ou
mesmo doença cardíaca.
Além disso, raramente os animais observados apresentam manifestações
de edema pulmonar como taquipneia, intolerância ao exercício e dispneia,
ou sinais como tosse, síncope e morte súbita.
O ecocardiograma é o melhor
método de diagnóstico para
diferenciação de CMH de outras
cardiomiopatias pois permite a
observação de áreas de hipertrofia
na parede ventricular, no septo
interventricular ou nos músculos
papilares. O modo Doppler
colorido, por exemplo, permite a
visualização de turbulência do
fluxo sanguíneo em quadros de Imagem: Dopplerfluxometria colorida obtida em
sístole de um gato doméstico de pelo longo com
obstrução na via de saída do cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva.
ventrículo esquerdo (VE) causada
pela hipertrofia septal. Essa turbulência do fluxo sanguíneo pode ser
identificada na via de saída do VE ou na aorta proximal.
140
A hipertrofia do septo
interventricular e da
parede do ventrículo
esquerdo geralmente é
simétrica, porém, alguns
animais apresentam
somente a hipertrofia
septal assimétrica ou a
hipertrofia da parede livre
Imagem: ecocardiográfica de hipertrofia e fusão papilares acentuadas de
e dos músculos papilares. um gato com miocardiopatia hipertrófica
141
De acordo com o tamanho do êmbolo, as artérias podem ser acometidas
assim como o fluxo sanguíneo. Além de obstruir o fluxo, os tromboêmbolos
liberam substâncias vasoativas que causam vasoconstrição e
comprometem o fluxo sanguíneo colateral do vaso acometido. Como
consequência, ocorre isquemia tecidual e neuropatia isquêmica de
membros afetados, com degeneração do nervo e acometimento do tecido
muscular associado.
142
Quando há acometimento da artéria axilar ou da porção mais distal da
artéria braquial, detecta-se monoparesia do membro torácico direito com
rara claudicação intermitente. Já quando os tromboêmbolos se apresentam
na circulação arterial pulmonar, mesentérica ou renal, esses podem
determinar a falência desses órgãos e, consequentemente, a morte do
animal. Além disso, convulsões e déficits neurológicos são verificados
quando os êmbolos estão presentes no cérebro.
143
Para a trombólise, recomenda-se estreptoquinase, uroquinase e ativador
de plasminogênio tecidual recombinante (rt-PA) humano que, ao aumentar
a conversão de plasminogênio em plasmina, facilitam a fibrinólise. O
recomendado é a remoção cirúrgica do tromboêmbolo, embora o risco
cirúrgico seja alto tanto quanto a probabilidade de ocorrência de lesão
isquêmica neuromuscular. Além disso, para esses animais, a remoção com
um cateter para embolectomia não é eficaz.
Doenças gastrointestinais
TRÍADE FELINA
144
Os sinais clínicos são
inespecíficos e variam de
acordo com a gravidade da
doença, podendo ser
intermitentes e durar por
meses ou anos. Os sinais mais
comumente observados são:
diarreia crônica, anorexia,
letargia, êmese e perda de
peso. Pode-se notar no exame
clínico febre, desidratação,
icterícia, sensibilidade a
palpação abdominal,
Imagem: diferença anatômica do ducto biliar e pancreático entre espessamento de alças
cães e gatos. Fonte: adaptado de Costa, 2014.
intestinais e margens
hepáticas palpáveis.
145
LIPIDOSE HEPÁTICA
As manifestações clínicas
incluem: icterícia, vômitos
intermitentes, diarreia ou
constipação e desidratação.
Ao exame físico, percebe-se
hepatomegalia palpável. Se
houver progressão para
encefalopatia hepática, pode-
se manifestar depressão e
ptialismo, relacionados à
deficiência relativa de arginina.
Imagem: felino apresentando icterícia em mucosa gengival.
146
Achados laboratoriais permitem observar anormalidades na coagulação,
anemia e presença de corpúsculos de Heinz nos eritrócitos. No bioquímico,
há aumento da atividade sérica das enzimas Alanina aminotrasferase (ALT),
Aspartato aminotrasferase (AST) e Fosfatase Alcalina (FA). Em gatos com a
manifestação primária, é possível observar um aumento relativamente
menor da gama-glutamil-transferase (GGT). Há também anormalidades
eletrolíticas, como hipocalemia, hipofosfatemia e hipomagnesemia.
147
Doenças respiratórias
148
É possível realizar o diagnóstico clínico pela sintomatologia e avaliação da
presença de fatores, como estressores ambientais, idade e manejo. Além
disso, também é possível o diagnóstico por meio de exames, a exemplo, o
histopatológico, swab nasal e ocular para isolamento em cultivo celular ou
ELISA, imunofluorescência direta e indireta e PCR (o mais específico, pois
detecta o vírus nas fases aguda e crônica).
149
O diagnóstico é feito com base no
exame físico, histórico do animal,
anormalidades nas radiografias
torácicas e eliminação de diagnósticos
diferenciais. Nos achados laboratoriais,
pode-se observar eosinofilia, porém isso
não é específico. A radiografia torácica
pode apresentar um padrão brônquico
e pulmões hiperinsuflados, ou estar
completamente normais, uma vez que
os sintomas precedem as alterações em
alguns casos. Outro exame indicado é a
citologia do lavado traqueal ou do fluido,
que indica aumento de células
inflamatórias e da quantidade de muco.
150
Doenças do trato urinário
151
Os pseudocistos perinéfricos (PPN) são falsos cistos que podem acometer
ambos os rins, formando “bolsas” de líquidos que os circundam. É uma
enfermidade sem etiologia definida, sem predisposição racial e sexual.
Acomete principalmente animais adultos com mais de 8 anos de idade,
podendo estar associada a traumatismos renais, neoplasias ou até mesmo
idiopáticos. Os animais acometidos apresentam distensão abdominal não
dolorosa e disfunção renal, com poliúria, polidipsia, anorexia, perda de
peso e êmese. Portanto, alterações são observadas tanto no exame de
bioquímica sérica e urinálise, como também pela palpação no exame físico.
O tratamento consiste na ressecção cirúrgica das paredes dos cistos,
também é possível realizar a drenagem para alívio direto, que por sua vez é
temporário.
AMILOIDOSE
NEOPLASIAS RENAIS
152
para que haja o melhor planejamento do tratamento a ser seguido. O
tratamento é realizado com quimioterápicos, como vincristina e
ciclofosfamida, por exemplo.
PIELONEFRITE
153
Os sinais clínicos observados em animais com IRA são inespecíficos, como
anorexia, letargia, desidratação, êmese, diarreia, úlceras orais e hálito
urêmico, podendo apresentar tanto poliúria, oligúria, anúria e polidipsia. Os
exames laboratoriais de hemograma, bioquímica sérica (creatinina e uréia)
e eletrólitos, urinálise, hemogasometria e exames de imagem devem ser
realizados.
O tratamento deve ser realizado com base nas alterações clínicas, com
atenção especial à taxa de fluidoterapia, além disso podem ser utilizados
diuréticos e antieméticos.
A DRC acomete mais os gatos em relação aos cães, uma vez que os
felinos apresentam menor número de néfrons. As causas que levam ao
desenvolvimento da DRC estão relacionadas a condições diversas como
idade, número de néfrons, doenças congênitas e/ou fatores de iniciação
que agridem os rins, entre elas têm-se as doenças imunomediadas,
infecções sistêmicas, pielonefrites, obstruções, nefrolitíases, nefrotoxinas,
hipertensão arterial sistêmica, hipoperfusão crônica e amiloidose. Outras
causas prováveis, que desencadeiam a DRC podem estar relacionadas à
doença periodontal, vacinação (com hiperestimulação linfocitária ou
vacinação excessiva), FIV, neoplasias e processos inflamatórios crônicos,
como nefrite do túbulo intersticial, glomerulonefrite e pielonefrite.
154
O estadiamento da DRC deve ser realizado a fim de se avaliar a evolução
da doença e, com isso, orientar no diagnóstico, estabelecer a terapêutica e
monitorar de forma adequada. O estadiamento baseia-se nas mensurações
de creatinina sérica de animais hidratados, para o diagnóstico da doença
são necessárias duas mensurações, uma vez que a creatinina é uma
substância que sofre interferência exógena e endócrina, ou seja, varia de
acordo com a massa muscular, metabolismo e dieta do animal.
Além do estadiamento da DRC, é importante também realizar o
subestadiamento, avaliando a proteinúria e a Pressão Arterial Sistêmica
(PAS). Assim, é possível determinar se a proteinúria é decorrente da DRC,
excluindo possibilidades de causas fisiológicas, pré e pós renais, por meio
de três avaliações com intervalos de 15 dias para cada avaliação seriada da
proteinúria de forma quantitativa, ou seja, a razão proteína/creatinina
urinária (RPCU). Também, podem ser realizadas múltiplas mensurações da
PAS em diferentes momentos, evitando possíveis estresses. Alterações na
PAS levam a alterações na Taxa de Filtração Glomerular (TFG), resultando
em lesões renais.
Estágio < 1,6 Podem estar Sem alterações. Cr <1,6 mg/dL, Na presença de
I mg/dL. presentes. US, marcadores já
RPCU, não há 100% de
PAS. função renal.
155
Estágio >5,0 Podem estar Inapetência, Perda de Cr >5,0 mg/dl, Menos de
IV mg/dL. presentes. Peso, Hemogasometria, 10% de
PU/PD Eletrólitos, função renal.
Acidose Metabólica, Fósforo,
Hipocalemia, Hemograma,
Hiperfosfatemia, Contagem de
Hiperparatireoidismo Eritrócitos.
e Anemia. Avaliação da
Desnutrição, Albumina,
Desidratação, RPCU,
DU < 1.035. PAS.
156
Além disso, há alguns fatores de risco que predispõem o
desenvolvimento da enfermidade, principalmente felinos sedentários que
normalmente retém a urina por mais tempo, o que favorece o
desenvolvimento de processos inflamatórios, também animais com excesso
de minerais na dieta, baixa ingestão hídrica e digestibilidade. Além disso, o
estresse possui grande importância na fisiopatologia dos distúrbios
urinários em gatos e favorece tanto o desenvolvimento quanto a
manutenção do processo de doença, propiciando a evolução da doença.
157
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO (ITU)
UROLITÍASES
158
com o segmento acometido recebem diferentes denominações, são elas a
nefrolitíase, ureterolitíase e urolitíases vesical.
A presença de cristais no sedimento urinário não é determinante de
formação de cálculo - sua presença é um fator predisponente apenas. A
formação dos urólitos decorre do excesso de minerais, pouca água e
tempo de formação na urina, tendo como consequência uma maior
saturação de cristais e minerais na urina que favorece a formação de
cálculos urinários.
Portanto, quando se evita urinas saturadas, tende-se a proteger o animal
da formação de cálculos. Os cálculos são formados em variações do pH
urinário que favorecem a precipitação e adesão dos cristais, podendo
ocorrer cálculos com composição de oxalato de cálcio, estruvita (os dois
primeiros são mais comumente encontrados), urato, cistina, sílica, xantina,
apatita e sangue solidificado seco (este último é encontrado apenas em
felinos).
A formação de cálculos em
gatos pode ocorrer de forma
asséptica, sem presença de
processo infeccioso no trato
urinário, diferente de como
ocorre em cães. Além disso, é
importante lembrar que
cálculos de formatos diferentes
não determinam composições
diferentes, e por isso, a
Imagem: algumas composições de
importância da avaliação não urólitos. A - Estruvita. B - Cristais
apenas qualitativa, mas de Urato de Amônio. C - Cristais
de Xantina. D - Cristais de Cistina.
também quantitativa do cálculo
removido.
159
Quando se observa outras
composições, é necessária a remoção
(oxalato de cálcio, apatita, sílica) por
procedimento cirúrgico, hidropropulsão,
lavagem vesical de expulsão ou mesmo
litotripsia intra e extra corpórea.
Ademais, é importante monitorar o
paciente para avaliação de novas
formações, que podem variar de 2-6
meses, e corrigir doenças bases
responsáveis pelas formações dos
urólitos, caso existam.
Imagem: urolitíase em felino.
Distúrbios musculoesqueléticos
Além disso, são animais leves que compensam muitos sinais clínicos de
doenças articulares e comprometem exames de marcha - com observação
detalhada para avaliação de alterações muito sutis.
160
Imagens: raio-x de fêmur fraturado em felino.
161
Como formas de diagnóstico, há exames radiográficos e, em
determinados casos, a realização de artrocentese, artroscopia, ressonância
magnética (RM) e tomografia computadorizada (TC). Nos exames
radiográficos pode-se observar alterações ósseas como osteófitos,
esclerose subcondral, erosão óssea pericondral, tumefação periarticular e
alterações na congruidade das superfícies articulares.
162
ANOTAÇÕES
163
Referências
Referências do conteúdo
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Tipos de tubos para coleta de acordo com sua composição. Amarela: Gel
separador com ativador de coágulo (sem anti-coagulante) para Bioquímica
e Sorologia. Verde: Heparina para Hemograma de aves e répteis. Cinza:
Fluoreto de Sódio para Glicose. Roxa: EDTA para Hemograma. Vermelha:
Ativador de coágulo (sem anti-coagulante) para Bioquímica e Sorologia.
Azul: Citrato de Sódio para TP e TTPA (Coagulação). Preta: Citrato de Sódio
para Taxa de Sedimentação. (Disponível em
<https://indavidas.com.br/conheca-as-3-principais-metodologias-de-uso-
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Gato confortável no colo para coleta de cistocentese. (Disponível em:
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183
Além de outros fatores de controle contra esses vírus, a vacinação contra o
Herpesvírus felino e também contra o Calicivírus são essenciais e
indispensáveis para evitar patologias mais graves nos felinos e a sua
propagação para outros animais.
(Disponível em
<https://www.zoetis.com.br/prevencaocaesegatos/posts/gatos/entenda-
como-as-vacinas-com-duas-cepas-de-caliciv%C3%ADrus-aumentam-a-
prote%C3%A7%C3%A3o-do-felino.aspx> Acesso em 03 de Abril de 2021).
184
Granuloma do queixo, é possível observar animal com a Síndrome do Lábio
Gordo caracterizada pela tumefação rígida do queixo. Dificilmente essas
lesões incomodam o gato. (Disponível em: LITTLE, Susan E. O Gato:
Medicina Interna. 1. ed. Rio de Janeiro: Roca, 2015. 1913 p. (590).
185
Postura plantígrada em gato com neuropatia diabética severa (Disponível
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Animais. 5. ed. Elsevier, p.2321).
186
Radiografia torácica ventrodorsal de gato com cardiomiopatia hipertrófica.
(Serviço de Imagem do VCM-HOVET-USP.) (De Márcia Marques Jerico, João
Pedro de Andrade Neto, Márcia Mery Kogika: Tratado de Medicina
Interna de Cães e Gatos, p.3633).
187
Felino apresentando icterícia em mucosa gengival. Fonte: FAJ (Disponível
em <https://info24.com.br/alunos-da-faj-jaguariuna-realizam-trabalho-
academico-para-ajudar-donos-de-caes-e-gatos-a-se-prevenirem-contra-
doencas/> Acesso em 14 dez 2020).
188
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