Aula 4

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PÓS-GRADUAÇÃO

Fisioterapia
Ortopédico-
Traumatológica nos
Membros Inferiores

WBA0694_v1.0
PÓS-GRADUAÇÃO

Síndrome da dor
patelofemoral e banda
iliotibial
Bloco 1
Amanda M. Silva Cavaguchi
Introdução do tema

• A articulação patelofemural, como o próprio nome


diz, é a junção entre a patela e o fêmur.
• A estrutura destes dois ossos permite o perfeito
encaixe entre eles.
• O osso da patela é classificado como um osso
sesamóide.

(KENDALL, 2007)
Articulação joelho

Figura 1 - Articulação patelofemoral

Fonte: Eraxion/ iStock.com.


Quem estabiliza um osso sesamóide?

• Estabilizadores estáticos:
Ligamentos: ligamento femuropatelar medial
(LFPM) e ligamento patelomeniscal (LPM).

• Estabilizadores dinâmicos:
Músculo quadríceps, mais especificamente pelos
músculos vasto medial e vasto lateral.

(MARCZYK; GOMES, 2000)


Importante

O músculo vasto medial é quem impede o


deslocamento lateral (luxação) da patela, pois é ele
quem bloqueia de forma dinâmica o joelho, pela
posição de suas fibras oblíquas.

Mas qual a diferença de luxação e subluxação da


patela?
Luxação

• Separação de dois ossos que costumam estar


interligados por meio da cartilagem.
Subluxação

Quando a separação é parcial, ou seja, incompleta, e


ainda existe algum ponto de contato entre os ossos.
Síndrome femuropatelar

Na síndrome femuropatelar, é comum a luxação e a


subluxação da patela, pois há um desequilíbrio entre
as estruturas mediais e laterais do joelho.
Síndrome patelofemural

• Conjunto de sinais e sintomas na articulação do


joelho, levado por um desequilíbrio entre as
estruturas estabilizadoras estáticas e dinâmicas.

(NOBRE, 2011)
Sinais e sintomas

• Dor na região anterior do joelho.


• Dor na região retro patelar.
• Crepitação no joelho.
• Edema.
• Restrição na amplitude articular.
Avaliação física
• Ângulo Q aumentado.
• Irregularidade com a altura da patela (alta).
• Pés pronados.
• Rotação lateral da tíbia.
• Desalinhamento em valgo dos joelhos.
• Hiperextensão dos joelhos.
• Encurtamento da banda iliotibial e dos isquiotibiais.
• Anteroversão ou rotação interna do fêmur.
PÓS-GRADUAÇÃO

Síndrome da dor
patelofemoral e banda
iliotibial
Bloco 2
Amanda M. Silva Cavaguchi
Ângulo Q
• O ângulo Q é uma medida realizada no exame físico
para determinar a angulação do joelho.
• A medida é uma reta traçada entre a tuberosidade
anterior da tíbia, o centro da patela e a espinha ilíaca
ântero superior.
• O valor de normalidade encontrado em homens deve
ser em torno de 10° e na mulher em torno de 15°.
• O aumento dessa angulação caracteriza joelhos valgos,
o que predispõe a lateralização/luxação da patela.
Ângulo Q

Figura 2 – Ângulo Q

Fonte: adaptada de newannyart/iStock.com.


PÓS-GRADUAÇÃO

Teoria em prática
Bloco 3
Amanda M. Silva Cavaguchi
Caso clínico

Paciente de 32 anos, sexo feminino, não pratica


atividade física, porém refere caminhar e correr
esporadicamente. Há dois meses relata sentir dor na
região patelar do joelho direito, principalmente
quando vai subir e descer escada. Na avaliação física,
apresentou lateralização das patelas, rotação interna
de fêmur bilateral. Apresentou também uma
inclinação pélvica, em que o quadril direito se mostra
mais baixo em relação ao esquerdo.
Pergunta

Diante do quadro. Qual seria o possível diagnóstico da


paciente? Explique como chegou a essa conclusão.
Resolução

• Síndrome femuropatelar com possível disfunção


da banda liotibial.
Síndrome femuropatelar

• Dor na região patelar do joelho direito,


principalmente quando vai subir e descer escada.
• Lateralização das patelas, rotação interna de
fêmur bilateral.
Disfunção banda iliotibial

• Inclinação pélvica, em que o quadril direito se


mostra mais baixo em relação ao esquerdo.

• Provavelmente a banda iliotibial levou a


acentuação da síndrome femuropatelar.
PÓS-GRADUAÇÃO

Dica da professora
Bloco 4
Amanda M. Silva Cavaguchi
Dica

• Uma dica interessante é fazer a medição do


ângulo Q tanto na posição relaxada quanto na
posição em pé.
• Quando o indivíduo está em pé é possível ver o
quanto a contração muscular muda a posição da
estrutura. Isso fornece ao terapeuta um feedback
de quais músculos estão mais contraídos e quais
estão mais alongados.
Referências bibliográficas

KENDALL, F. P. et al. Músculos provas e funções. 5. ed. São


Paulo: Editora Manole, 2007.

MARCZYK, L. R. S.; GOMES, J. L. E. Instabilidade


femoropatelar: conceitos atuais. Rev Bras Ortop, v. 35, n.
8, ago./2000.

NOBRE, T. C. Comparação dos exercícios em cadeia


cinética aberta e cadeia cinética fechada na reabilitação da
disfunção femoropatelar. Fisioter Mov., 24(1), p. 167-172,
jan./mar. 2011.

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