Compilação de Jurisprudencias - ATUALIZADA DEZ-22
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LEILÕES DE IMÓVEIS
Nessa compilação de jurisprudências eu reuni algumas das que uso no meu dia a
dia para que você tenha um norte acerca de cada tema, controvertido ou não, e indico
que sempre busque por mais opções – isso te ajudará não somente a trazer robustez
para a sua petição, como também lhe ajudará a desenvolvê-la. Espero que seja útil "
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OBS: As jurisprudências que serão apresentadas são relativas às teses por mim
defendidas e que aprendemos durante todo o curso, sempre visando o melhor
entendimento para o arrematante. Lembrando que a área de leilões de imóveis ainda
tem assuntos muito debatidos e não raro você encontrará jurisprudências em sentido
contrário – e minoritárias – ao que verá por aqui.
Processual civil. Execução fiscal. IPTU. Arrematação de imóvel em hasta pública. Aquisição
originária. Adjudicação. Violação do art. 130, parágrafo único, do CTN. Ocorrência. Obrigação
tributária propter rem. Existência de responsabilidade tributária.
2. Arrematação e adjudicação são situações distintas, não podendo a analogia ser aplicada na
forma pretendida pelo acórdão recorrido, pois a adjudicação pelo credor com dispensa de
depósito do preço não pode ser comparada a arremate por terceiro.
5. Por sua vez, havendo a adjudicação do imóvel, cabe ao adquirente (credor) o pagamento dos
tributos incidentes sobre o Bem adjudicado, eis que, ao contrário da arrematação em hasta
pública, não possui o efeito de expurgar os ônus obrigacionais que recaem sobre o Bem.
7. À luz do decidido no REsp 1.073.846/SP, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Seção, DJe 18.12.2009,
"os impostos incidentes sobre o patrimônio (Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR
e Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU) decorrem de relação jurídica
tributária instaurada com a ocorrência de fato imponível encartado, exclusivamente, na
titularidade de direito real, razão pela qual consubstanciam obrigações propter rem, impondo-
se sua assunção a todos aqueles que sucederem ao titular do imóvel." Recurso especial provido.
(REsp 1179056/MG, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em
07/10/2010, DJe 21/10/2010)
RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE IMISSÃO NA POSSE. AÇÃO
PETITÓRIA COM BASE NO DOMÍNIO. NECESSIDADE, EM PRINCÍPIO, DA DEMONSTRAÇÃO DA
PROPRIEDADE DO BEM PELO DEMANDANTE. POSSIBILIDADE, NO ENTANTO, DE O
ADQUIRENTE, OSTENTANDO A PROMESSA DE COMPRA E VENDA CELEBRADA COM O
PROPRIETÁRIO REGISTRADO DO IMÓVEL, AJUIZAR FRENTE A TERCEIROS QUE NÃO DETENHAM
TÍTULO DESSA NATUREZA, A COMPETENTE DEMANDA PARA SE VER IMITIDO NA POSSE. 1.
Controvérsia em torno da viabilidade jurídica do ajuizamento de imissão na posse pelo
adquirente (promitente comprador) de imóvel, apresentando o respectivo título aquisitivo, mas
ainda não registrado no Cartório do Registro de Imóveis. 2. O autor, ostentando título aquisitivo
de imóvel em que consta o proprietário registral do bem como promitente vendedor, mas que
não o registrou no álbum imobiliário, nem celebrou a escritura pública apta à transferência
registral, pode se valer da ação de imissão de posse para ser imitido na posse do bem. 3.
Necessário apenas verificar de modo mais aprofundado, no curso da ação de imissão na posse
movida pelo compromissário comprador, se os réus ostentam título que lhes possa franquear a
propriedade do bem, situação a ser observada pela Corte de origem, pois limitada, tão somente,
à análise das provas coligidas. 4. Acórdão recorrido reformado de modo a se reconhecer a
possibilidade de o compromissário comprador ser imitido na posse do imóvel, mesmo não sendo
ele ainda proprietário, determinando-se, ainda, que a Corte de origem, à luz das provas
produzidas e dos argumentos esgrimidos pelos demandados, verifique se ostentam direito a
lhes franquear a propriedade do imóvel, em detrimento do direito do autor. 5. Doutrina e
jurisprudência acerca do tema. 6. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. (STJ - REsp: 1724739 SP
2016/0221125-7, Relator: Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, Data de Julgamento:
26/03/2019, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 29/03/2019)
(....) Antes de se adentrar no âmago da questão posta, cabe frisar que a execução trabalhista se
processa de forma menos gravosa para o devedor.
Ademais, em vista da natureza alimentar que ostenta o crédito trabalhista, os atos processuais
devem convergir para a satisfação e efetivação do crédito do exequente, aplicando-se o disposto
no art. 797, do CPC, supletivamente.
Outrossim, no processo do trabalho, não há previsão para valor mínimo do lance inicial na hasta
pública, conforme a regra contida no art. 888, § 1.º, da CLT.
Espero que essa compilação de jurisprudências seja muito útil no seu dia a dia.
Com carinho,
Dandara Balthazar.