BM Meir Elles
BM Meir Elles
BM Meir Elles
Rio de Janeiro - RJ
2019
1
Rio de Janeiro - RJ
2019
2
Lista de Gráficos
Gráfico 1 - Série histórica da taxa de Letalidade Violenta por 100 mil habitantes -
Estado do Rio de Janeiro.
Lista de Tabelas
Lista de Siglas
Resumo
SUMÁRIO
1. Introdução 7
2. Referencial Teórico 9
2.1. Insegurança no Rio de Janeiro. 10
2.2. Segurança Privada e Condominial. 13
2.3. Gestão de Condomínios e seus Desafios Econômicos. 17
2.4. Satisfação do consumidor e evolução da tecnologia. 19
3. Metodologia 22
3.1. Tipo de pesquisa 22
3.2. Participantes da pesquisa 22
3.3. Instrumento 23
3.4. Procedimentos de coleta e de análise das informações 23
4. Resultados e Discussão 26
4.1. A solução Porter Portaria Remota 26
4.2. Resultados e Discussão 28
5. Conclusões 36
Referências 36
7
1. Introdução
2. Referencial Teórico
Gráfico 1
homicídios. Já a taxa de homicídio a cada 100 mil habitantes passou de 29,40 para
36,38, um crescimento de quase 24% dentro desse mesmo período.
Essas informações são dados que assustam a população carioca.
Infelizmente, vive-se com alta sensação de insegurança e medo, muito também por
conta da mídia. Adultos da classe média e classe alta costumam utilizar notícias
publicadas pela imprensa nacional de forma a comprovar o medo que enfrentam
(KOURY, 2011). O indivíduo altera seus hábitos de interação social e, portanto, se
isola em sua casa por conta do constante receio de ser assaltado (KOURY, 2011).
Koury (2011, p.477) ainda dia que “a cultura do medo constrói, assim, uma barreira
invisível que separa as pessoas e as isola, fazendo-as temer a tudo e a todos e
nunca confiar no outro”.
Zanotelli et al.(2012) afirmam que existem dois lados da manifestação da
insegurança. O primeiro atinge a camada mais pobre da sociedade, em que existe
um contexto real mais grave, e o outro se baseia na divulgação do medo por parte
da imprensa e outros agentes que saem ganhando com isto. E são nessas dores
que atuam os agentes motivacionais para pessoas morarem em condomínios
fechados.
Os principais motivos que têm levado um número crescente de
pessoas a optar por este tipo de moradia são a segurança, a privacidade e a
busca por status em um ambiente socioeconomicamente homogêneo.
(BOYCE e GELLER, 2000; BECKER, 2005 apud QUINTANA, 2013, p.36)
Além disso, em grande parte dos países da América Latina que se livraram
recentemente de governos autoritários, como é o caso do Brasil, Chile e Argentina,
há uma descrença e desconfiança bastante elevada em relação às autoridades
policiais (SILVA; BEATO, 2013). Kahn (2003; apud SILVA; BEATO, 2013) conclui em
seus estudos que 56% da população brasileira tem mais medo da polícia do que de
bandidos. No sudeste, mais especificamente, dados da IPEA (2011) apontam que
75% dos cidadãos confia pouco ou não confia no trabalho da polícia, sendo esse o
menor grau dentre todas as regiões do país. “No estado do Rio de Janeiro, apenas
7,3% de pessoas afirmaram confiar ou confiar totalmente na polícia militar” (LIMA,
2009 apud SILVA; BEATO,2013, p.120).
Esse extremo contexto em que a população está inserida, de muitas
inseguranças, incertezas, medos e desconfianças nas autoridades contribuem
positivamente para esse movimento, ou cultura, de morar e se isolar em
13
condomínios. Entretanto, apesar desta solução transmitir uma sensação muito maior
de segurança e tranquilidade, os condomínios ainda permanecem expostos a riscos,
e contra isto existem diversas alternativas que podem vir a elevar o nível de
segurança, ao reduzir eventos furtivos ou invasivos nessas áreas privadas.
Gráfico 2
fazendo com que as ruas e praças públicas estejam cada vez mais vazios. Carniello,
Gandolpho e Zeurgo (2012) afirmam as duas principais razões para comprovação do
crescimento do mercado de segurança privada e eletrônica foram o aumento da
criminalidade e a busca por proteção da população. Dados da Secretaria de
Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP, 2018) indicam que, somente em
2018, houve um aumento de 56% no número de furtos e invasões a condomínios.
Informações divulgadas pela ISP (2019), apontados no Gráfico 3, mostram
que, desde 2003 até 2011, tem ocorrido uma redução progressiva das ocorrências
de roubo a residências. A partir de então, o povo carioca enfrentou constantes
aumentos nessas ocorrências, até 2014 quando atingiu um novo pico e desde então
passou a variar entre altos e baixos, estes ainda muito elevados. Coincidentemente,
ou não, estatísticas da ISP (2019) também apontam que, a partir de 2012 até 2014,
houve um aumento na taxa de letalidade a cada 100 mil habitantes, o que pode
indicar o aumento generalizado das ocorrências e, consequentemente, dos níveis de
segurança.
Gráfico 3
Assim como em São Paulo, o Rio de Janeiro, de 2017 para 2018, também
passou por um aumento muito brusco no quesito roubo a residências. Segundo
dados do ISP (2019), os números passaram de 130 para 221 ocorrências, ou seja,
70% a mais dentro de somente um ano, configurando um cenário mais crítico do que
o estado vizinho.
Todo o contexto de insegurança em que as pessoas que moram em
condomínios fechados estão inseridas os levam a investir em câmeras de
segurança, alarmes e até segurança armada. Planos e propostas de dispositivos de
segurança são assuntos recorrentes em assembléias condominiais, onde moradores
15
Gráfico 4
17
Gráfico 5
uma das soluções que podem ser utilizadas de forma a reduzir o impacto sobre o
bolso das famílias.
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED, 2019),
indicam que profissionais de portaria possuem um salário mensal médio de
R$1.359,52. Entretanto, há muitos outros custos que entram na conta e precisam ser
levados em consideração. Gastos com encargos trabalhistas, impostos, 13º salário,
férias, horas-extra, vale transporte e refeição são alguns destes, e são decisivos
para a contratação ou manutenção de pessoal. Gastos com triênio e quinquênio
igualmente são comuns, visto que muitos porteiros trabalham há muitos anos no
mesmo local. Adicional Noturno (para aqueles que trabalham na escala à noite) e
Artigo 71, quando não tiram a hora de descanso são outros gastos que agregam à
conta. Considerando apenas INSS e FGTS, o valor aumenta em 28% sobre o
salário, quando enquadrado no Simples Nacional. Quando a portaria é terceirizada,
os custos se tornam ainda maiores para o condomínio, onerando o mesmo.
Gráfico 6
3. Metodologia
3.3. Instrumento
4. Resultados e Discussão
Tabela 1
2 Como o prédio é muito novo e pequeno, a gente nunca teve portaria porque é um
custo muito alto para um prédio com 5 apartamentos, então cada um tinha sua
chave e controle pro portão de garagem. Como são poucos moradores e o prédio
é novo, nunca tivemos problemas.
3 A gente tinha portaria 24 horas que era a mesma coisa que nada. Tavam sempre
29
4 Tinha uma terceirizada que fazia portaria 24 horas, mas os porteiros tavam
sempre mudando. Quase toda semana tinha uma pessoa nova trabalhando aqui
e isso era ruim porque eles não conheciam direito quem mora aqui porque são
mais de 400 moradores, qualquer um podia chegar no portão que eles abriam
sem perguntar nada. Mas aí teve um dia que entraram e arrombaram um
apartamento, a sorte foi que o vizinho viu e chamou a polícia.
5 A portaria era 24 horas, mas acabou virando 12 horas porque tava caro pro
condomínio. Os porteiros eram ótimos, nunca tivemos problemas, mas a gente
não dormia tranquilo porque tinha medo porque já assaltaram o prédio do lado
duas vezes.
6 O prédio tinha porteiro o dia inteiro, mas terceirizado você sabe como é… Toda
hora troca, e ainda tinham uns folgados que ficavam dormindo e debochavam de
morador que reclamava. Aí a gente rompeu o contrato com a empresa e
contratou funcionários próprios, mas não adiantou muito não. Eles também
dormiam, abriam pra qualquer um e ainda ficavam na rua de papo com os outros
porteiros, com o portão escancarado. A gente tentava passar instruções pra eles,
tipo pra anotar o nome dos visitantes que entravam, não deixar entrar sem
autorização, mas passavam 3 dias e já voltava pro que era antes.
7 Sempre foi 24 horas, só que a gente tem 3 portarias aqui no condomínio, então
eram 12 porteiros. Alguns deles já trabalhavam aqui há quase 20 anos, aí já
recebiam bem acima da média, mas eles eram bons funcionários. O custo foi
aumentando cada vez mais e muita gente já não tava conseguindo pagar direito,
e como o condomínio é velho, tá cheio de reforma pra fazer. É uma pena porque
todo mundo gostava deles, já conheciam todo mundo, mas não teve outro jeito.
8 Tinha só 12 horas durante o dia, mas só os dois já davam muita dor de cabeça.
Faltavam toda hora sem dar satisfação alguma, e nunca interfonaram pra mim
quando chegava alguma visita ou entrega. Era muito difícil de lidar porque não
tinham instrução e treinamento suficiente pra exercer o cargo. A gente tentava
ensinar mas nunca adiantou.
9 Nem tinha porteiro, era só o interfone que a pessoa tocava lá fora e a gente
recebia a chamada aqui em casa. O chato era ter que descer pra abrir sempre
que alguém chegava, e também toda hora o portão ficava aberto porque tinha
morador que saía pra passear com cachorro, ou ir no mercadinho aqui do lado, e
deixava o portão encostado. Por sorte nunca aconteceu nada. Ah, e também a
gente vivia tendo problema com os portões de garagem, várias vezes tive que
estacionar fora do condomínio porque o portão tava com problema.
10 A gente tinha porteiro 24 horas aqui, mas a minha maior preocupação era à noite
porque às vezes eu chegava e estavam dormindo. Teve até uma vez que eu
cheguei e tava tudo completamente aberto, portão de garagem e de pedestre.
Quando entrei ele tava roncando e com os pés em cima da mesa. Só não mandei
embora na mesma hora porque não tinha ninguém para ficar no lugar dele. Como
sou o síndico, no dia seguinte já comecei a procurar uma alternativa e encontrei a
Porter.
Tabela 2
1 Sim, acho que a Porter foi capaz de resolver a questão do porteiro que
dormia. E também, como cada morador tem seu controle remoto, a gente não
fica esperando no lado de fora pra entrar. Acho que a questão do acesso
rápido é uma grande vantagem. Também gostei muito de poder saber quando
meu filho chega da escola, e meu marido chega do trabalho. Como eu viajo
muito, gosto de ter esse controle.
2 Bom, acho que a portaria remota só agregou à portaria do meu prédio, que
não existia. Achei bastante interessante o acesso pela eclusa, e também
gostei de não precisar mais sair sempre com a chave porque tenho ela no
celular. Outra coisa que achei legal foi a automação das portas porque agora
não correm risco de ficar abertas.
3 A portaria nova resolveu esses problemas mais pesados que a gente tinha
aqui no prédio, principalmente a entrada das pessoas. É muito bom receber a
ligação da portaria no celular porque odeio levantar pra atender o interfone. E
fico tranquilo em saber que não vão liberar a entrada de ninguém sem a minha
autorização. É muito prático também essa opção de mandar convite pras
pessoas, fiz um jantar aqui em casa semana passada e mandei pros meus
amigos pra não precisar atender a portaria. E eles adoraram.
4 Acho que a Porter conseguiu resolver os problemas que a gente tinha sim,
pelo menos esses piores. Acabou aquela história de qualquer um parar na
frente do portão, e o porteiro abrir. Ainda mais por ser um condomínio com
31
muitas pessoas, esse controle que a gente tem de quem entrou e saiu é muito
bom, acho que trouxe mais segurança pra nós.
5 Essa mudança foi ótima pra mim e minha família. Ainda tô me acostumando
porque não tem gente lá embaixo né, mas à noite não fico tão preocupada
porque sei que tem uma portaria funcionando. Achei o acesso veloz muito
bacana e traz mais segurança pra gente. Também gostei da função pânico
porque toda hora tem assalto aqui na rua.
7 Como eu tava falando, não tínhamos grandes problemas com a portaria, mas
achei a portaria remota muito moderna. O nosso custo mensal com a portaria
ainda diminuiu 40%. Gostei de como a gente consegue entrar e sair do
condomínio bem rápido e também achei ótimo esse sistema da eclusa pra
entrar, que a gente não tinha antes. Depois que comecei a usar percebi que
tem mais segurança do que antes.
8 Olha, acho que muita coisa melhorou aqui no prédio depois que a portaria
mudou, principalmente em relação à entrada de visitantes e prestadores de
serviço, porque antes não tinha controle nenhum. Achei os procedimentos
muito bons porque resolveu o nosso pior problema.
9 Sim, esses problemas não acontecem mais aqui no condomínio porque eles
controlam tudo, me ligam no telefone e não tem como alguém deixar a porta
aberta mais. Isso fez toda a diferença porque obrigou os outros moradores a
serem mais conscientes também. O acesso rápido que instalaram aqui muita
gente gostou também, porque agora dá 5 segundos eu já to entrando no
prédio.
Com base nas informações dadas, pode-se ver que os usuários estão
bastante satisfeitos com a solução que foi entregue, e que resolveu os principais
problemas que tinham antes na portaria. Eles deram os relatos baseado em suas
experiências, o que configura uma fonte de geração de satisfação, afirma Evrard
(1993 apud PRADO, 1995). Os registros e protocolos do controle de acesso foram
muito elogiados. As pessoas perceberam as falhas na antiga portaria relacionados
aos procedimentos dos porteiros, o que gerou sensação de insegurança.
Os entrevistados 1, 3, 6 e 8, em especial, mostraram sua preocupação muito
grande com esse quesito, e a partir disso podemos inferir que é um diferencial
importantíssimo da portaria remota em comparação a outros modelos de portaria. A
32
Tabela 3
1 Acho que a principal razão que eu tive pra buscar essa mudança foi a
questão da entrada no prédio com carro. Eu costumo chegar tarde da
noite e me sentia muito exposta tendo que parar o carro, buzinar e
esperar o porteiro para abrir o portão pra mim. O acesso por controle
remoto individual e veloz pra mim foi a questão central, até porque
acredito que o porteiro abriria pra qualquer um que encostasse o carro
no portão e buzinasse. Isso garantiu também que só vai entrar morador
aqui no prédio.
33
2 O custo da portaria foi o fator mais importante pra ter essa mudança. A
gente estava à procura de uma alternativa de portaria 24 horas que não
pesasse tanto no nosso bolso. A gente avaliou com outras empresas que
fazem serviço de portaria e a Porter foi a que teve melhor relação custo
benefício.
3 O controle que eles fazem de quem entra e sai do condomínio foi a coisa
que mais me fez querer mudar porque antes os porteiros não faziam
nada para ter o mínimo de controle, qualquer um entrava aqui.
7 O principal motivo pra gente mudar foi o preço da portaria, sem dúvidas.
A gente teve uma redução de custo que desonerou o condomínio e tá
todo mundo podendo pagar com mais facilidade.
9 Não acho que tenha um fator principal que me fez querer mudar. Vou ter
que falar os dois que mais fizeram sentido pra mim, que foi o controle
que eles fazem de quem quer acessar o condomínio e também a
automação das portas. Só esses dois já resolveram 80% dos problemas
que a gente tinha na portaria.
porteiro ou morador, indica Godoy (2009) . Com esse controle, a enorme maioria das
tentativas de invasão poderão ser inibidas.
O custo da portaria remota foi mencionado pelos entrevistados 2, 5 e 7 como
o principal fator para a mudança, principalmente para o 7, que obteve enorme
redução de custo com a adoção do sistema. Considerando o estudo desenvolvido
por Schwarz (2017), os custos com portaria giram em torno de 50% dos custos totais
em condomínios, portanto pode-se dizer que essa foi uma mudança extremamente
significativa, atingindo 40% de economia com esse custo. Os outros dois, os
entrevistados 1 e 10, mencionaram o acesso veicular veloz e a automação das
portas, respectivamente, como as principais motivações à mudança.
A partir do conjunto de respostas fornecidas, e após o tratamento das
mesmas com base no Método de Análise de Conteúdo (BARDIN, 2011 apud
HOFFMAN-CÂMARA, 2013), é possível concluir que existem alguns fatores que as
pessoas consideram mais relevantes dentro da solução. No entanto, foi notório que
o anseio pela mudança na portaria dos condomínios parte inicialmente de
experiências e fatores externos ao da solução, como a sensação de insegurança,
defeitos no modelo de portaria que havia antes e também falta de consciência em
atitudes e práticas por parte dos porteiros e também moradores, em alguns casos,
que poderiam vir a causar uma infeliz eventualidade.
A segurança foi o fator percebido que as pessoas mais tinham preocupação,
fato plenamente compreensível, considerando o aumento de 27% no número de
homicídios no Rio de Janeiro de 2012 para 2016 (IPEA, 2018) e ainda dados
referentes a invasão à domicílio que, segundo a ISP (2019), aumentou 70% entre
2017 e 2018. Especificamente, os entrevistados 1, 3, 4, 5, 6, 8, 9 e 10 indicaram
preocupação com a segurança quando perguntados sobre o funcionamento da
portaria anterior, apontando os defeitos existentes e transparecendo suas sensações
de insegurança.
Outro fator externo à solução que foi mencionado, extremamente relevante
para gerar essa predisposição de mudança, é a dificuldade econômica que os
condomínios passam a fim de manter uma portaria em funcionamento. Isso tornou
possível que a entrevistada 7, junto a outros moradores do condomínio, fosse em
busca de uma solução mais acessível, o que de acordo com Priore et al. (2015),
contribui tanto para a satisfação dos contribuintes, como também para a valorização
do imóvel. Esses moradores seguiram as recomendações de Filho e Monetti (2017,
35
p.23, que afirmam: “(...) a substituiç ão da portaria vinte e quatro horas por um
porteiro eletrônico ou central de portaria remota, soluç ões que permitem manter o
monitoramento e processo autorizaç ão de entrada na portaria”. Ao mesmo tempo,
essa mesma entrevistada conseguiu enxergar os diferenciais positivos da Porter
Portaria Remota após a experiência como usuária, inclusive dando indicações de
que o sistema atual possui mais tecnologia empregada, entregando mais conforto e
segurança na entrada dos moradores.
Já quanto aos fatores internos à solução, ou seja, as características e
atributos próprios da Porter Portaria Remota, o método em que se inferiu maior
exaltação pelos usuários é referente justo à demanda por segurança nos
condomínios. Este fator é o controle e gerenciamento de acesso, cujo atendimento é
padronizado, abordagens protocoladas e os acessos para os moradores eficientes,
de forma a garantir um gerenciamento de acesso ideal visando a segurança de
todos. Este, portanto, se mostrou como o fator convincente à mudança mais
percebido. Este fator foi, ainda, elencado como um dos seis pilares fundamentais do
CPTED na atuação contra criminosos (PARK, 2010 apud QUINTANA, 2013). Outros
também merecem destaque, como o custo da solução, que gera economia em
muitos casos, acesso veicular rápido e via controle remoto, a automação das portas,
instalação das eclusas inter-travadas e a função pânico, todos esses fatores que irão
garantir maior segurança para os usuários.
36
5. Conclusões
Referências
ACUÑA A., E.; FERNÁNDEZ M., F.. Análise de mudanças organizacionais: utilidades para políticas
sociais. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, v. 29, n. 2, p.80-109, abr./jun. 1995.
BAUMAN, Z. Confiança e medo na cidade. 1ª ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2009.
CARNIELLO, M. F.; GANDOLPHO, M. R.; ZEURGO, Suellen G.. O mercado de segurança privada.
Revista de Ciências Gerenciais, São José dos Campos, v. 16, n. 23, p. 71-83, 2012.
COGHLAN, D.. A person-centred approach to dealing with resistance to change. Leadership and
Organization Development Journal, 1993, v.14, p.10-14. Disponível em:
<https://www.emeraldinsight.com/doi/abs/10.1108/01437739310039433>.
CUBAS, V. A expansão das empresas de segurança privada em São Paulo. 2002. Dissertação
(Mestrado em Sociologia) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.
FILHO, R. N.; MONETTI, E. Atributos que impactam no custo de condomínio e suas consequências: o
caso de empreendimentos econômicos da Cury Construtora e Incorporadora. In: 16ª Conferência
Internacional da LARES, São Paulo, 2017.
FREIRE, J.. ‘Violência urbana’ e ‘cidadania’ na cidade do Rio de Janeiro: Tensões e disputas em
torno das ‘justas atribuições’ do Estado. DILEMAS: Revista de Estudos de Conflito e Controle
Social, Rio de Janeiro, v. 7, n. 1, p. 73-94, jan./mar. 2014.
GIACOBO, F.; ESTRADA, R.; CERETTA, P. S. Logística reversa: a satisfação do cliente no pós-
venda. Revista Eletrônica de Administração, Porto Alegre, v. 9, n. 5, set.-out., 2003.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 1987.
GUBA, E.; LINCOLN, I. Naturalistic inquiry. 1ª ed. New York: Sage, 1984.
HILLIER, B.; SAHBAZ, O. High resolution analysis of crime patterns in urban street networks: an initial
statistical sketch from an ongoing study of a London borough. Space Syntax Laboratory, Inglaterra,
2005. Disponível em: <http://www.spacesyntax.org>.
ISP - Instituto de Segurança Pública. Índices de Letalidades Violentas. 2019. Disponível em:
<http://www.isp.rj.gov.br/>. Acesso em: mar. 2019.
JACOBS, J. Morte e vida nas grandes cidades. 1ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
KAHN, T. Segurança pública e trabalho policial no Brasil. In: Centre for Brazilian Studies, 51, 2003,
Oxford, University of Oxford, 2003, p.1-28.
KOTLER, P. Administração de marketing. 10ª ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000.
KOURY, M. G. P. Medos urbanos e mídia: o imaginário sobre juventude e violência no Brasil atual.
Revista Sociedade e Estado, Brasília, v. 26, n. 3, p. 471-485, set./dec. 2011.
LEITE, M. S. P. Para além da metáfora da guerra: Percepções sobre cidadania, violência e paz no
Grajaú, um bairro carioca. 2001. Tese (Doutorado em Ciências Humanas) - Universidade Federal do
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2001.
MARQUES, A. L.; BORGES, R.; MORAIS, K.; SILVA, M. C. Relações entre a resistência a mudança e
comprometimento organizacional em servidores públicos de Minas Gerais. Revista de
Administração Contemporânea, Curitiba, v. 18, n. 2, p. 161-175, mar./abr. 2014.
NEWMAN, O. Defensible Space. 3ª ed. New York: Macmillan Publishing Co., 1972.
PARK, H. Designing out crime in South Korea: qualitative analysis of contemporary cpted-related
issues. Asia Pacific Journal of Police & Criminal Justice, Seoul, 2010.
SCHWARTZ, R. B. O. Revolucionando o condomínio. 15ª ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2017.
39
SHU, C. Spatial configuration of residential area and vulnerability of burglary. In: 7º International
Space Syntax Symposium, 2009. Stockholm: KTH, 2009, p. 102:1-102:15.
SILVA, G. F.; BEATO, C. Confiança na polícia em Minas Gerais: o efeito da percepção de eficiência e
do contato individual. OPINIÃO PÚBLICA, Campinas, v. 19, n. 1, p. 118-153, jun., 2013.
SILVA, L. A. M. “Violência urbana”, segurança pública e favelas - o caso do Rio de Janeiro atual.
Caderno CRH, Salvador, v. 23, n. 59, p. 283-300, mai./ago. 2010.
STEINBURG, C. Taking charge of change. Training & Development, mar. 1992, p.26+. Disponível
em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-65552014000200004> Acesso
em: 12 mar. 2019.
VAN NES, A.; LÓPEZ, M. J. J. Macro and micro scale spatial variables and the distribution of
residential burglaries and theft from cars: an investigation of space and crime in dutch cities of
Alkmaar and Gouda. The Journal of Space Syntax, Inglaterra, dec. 2010.
VENTURA, Z.. Cidade Partida. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
VERGILI, R. Bancos automatizam para reduzir custos. Folha de São Paulo, São Paulo, 1994.
VOORDT, T.; WEGEN, H. The delft checklist on safe neighborhoods. In: Journal of Architectural
and Planning Research, vol. 10, n. 4, p. 341-356, dez., 1993.
WESTBROOK, P.A. Sources of consumer satisfaction with retail outlets. Journal of Retailing, v. 57,
n. 3, p.68-85, 1981.
_______. Condomínios investem em capacitação de porteiros para evitar arrastões. Jornal O DIA,
Rio de Janeiro, mai., 2015.
40