Relatório Do Estágio Debora Dantas
Relatório Do Estágio Debora Dantas
Relatório Do Estágio Debora Dantas
CENTRO DE HUMANIDADES
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM GEOGRAFIA
Guarabira, 2017
Relatório apresentado à Universidade Estadual da
Paraíba, como requisito para avaliação do Trabalho de
Conclusão da Disciplina de Estágio Supervisionado
Orientado I no Curso de licenciatura em Geografia, sob
a orientação da professora Regina Celly Nogueira da
Silva.
Guarabira, 2017
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Estagiária:
Débora Dantas de Souza
Rua: Segunda Travessa São Paulo, nº 408, centro.
Mamanguape – PB
CEP: 58280-000
Instituição:
EMEFM – Luiz Joaquim dos Santos
Rua: Da Matriz, s/n, centro.
Cuité de Mamanguape – PB
CEP: 58289-000
Professor regente:
Altemar de Figueiredo Bustoff Quintão
Séries observadas: 6º,7º, 8º e 9º anos
Turno: Vespertino
Diretora Adjunta:
Maria de Lourdes de Souza
Cuité de Mamanguape – PB
Contato:
Guarabira, 2017
1. INTRODUÇÃO
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O presente relatório tem como intuito descrever a experiência e o primeiro contato
do estudante de uma licenciatura em Geografia com o âmbito escolar. Partindo da
extrema importância que é a vivência, a relação e a experiência com o meio de atuação
profissional futura, desde o contato com meio físico da escola até o convívio com os
alunos, as aulas e os inúmeros desafios enfrentados pelo professor.
A princípio, a professora orientadora da disciplina de Estágio Supervisionado I,
nos conduziu por meio de textos e diálogos a complexidade e os desafios da sala de
aula, além de nos apresentar toda a documentação necessária à fase de apresentação na
escola. A mesma, também nos mostrou a importância do Estagio Supervisionado na
nossa formação docente, nos estimulando a aproveitar ao máximo desta experiência.
A instituição na qual o estágio ocorreu é nomeada Escola Municipal de Ensino
Fundamental e Médio Luiz Joaquim dos Santos, localizada na Rua da Matriz, s/n, no
município de Cuité de Mamanguape – Paraíba. A escola possui características um tanto
quanto peculiares as quais vão ser explicitadas no decorrer deste relatório.
A primeira das inúmeras dificuldades que enfrentei durante o estágio foi o fato do
calendário letivo da Universidade Estadual da Paraíba, não está compatível com o
calendário das escolas, além de tratar-se do início do ano, e na maioria das cidades
novas gestões nos setores educacionais, logo, estabeleceu-se uma redução no número de
semanas, nas quais poderíamos iniciar as visitas à escola.
Outro fator que também trouxe certo atraso no inicio do estágio, foi o fato das
escolas que oferecem o ensino fundamental, no município onde resido estarem passando
por reformas, pois muitas delas estavam sem a mínima condição estrutural de iniciar as
atividades, diante disso, tive de recorrer à escola da cidade vizinha, pois a mesma já
estava em funcionamento.
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informações a respeito da mesma, o professor gentilmente contatou a diretora e lhe
deixou de sobre aviso a respeito de minha ida à escola.
Outra prova de toda boa vontade do professor em questão, foi me explicar como
ele e outros professores que moram no município de Mamanguape – cidade onde
também resido-, se locomovem todos os dias para lecionar na cidade de Cuité de
Mamanguape. Devido a falta de professores na cidade, a prefeitura do município de
Cuité de Mamanguape disponibiliza um transporte gratuito para levar os professores
todas as tardes.
3. CONHECENDO A ESCOLA
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A cidade de Cuité de Mamanguape foi emancipada em 1994, possui certa de
6.202 habitantes1, possui características predominantemente rurais, as quais influenciam
grandemente no perfil dos alunos.
Figura 2. Fonte: Google Maps adaptado Débora Dantas, acesso em 23 de abril de 2017.
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universidade possui seus próprios laboratórios de informática, nos quais acontecem as
aulas virtualmente, ela divide apenas alguns ambientes com a escola, os quais
explicitarei a seguir.
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As salas de aula são todas climatizadas, com dois ar condicionados por sala,
também possuem carteiras suficientes para a demanda de alunos, além de carteiras
especiais para canhotos, os quadros negros estão todos em boas condições e todas as
salas dispõem de uma mesa para o professor.
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estudo e até mesmo a falta de cadernos. Ciente dessa dificuldade a gestão municipal,
distribuiu junto com o fardamento, cadernos de 20 matérias, lápis e canetas.
4.1 Os 6º anos
A primeira aula que observei aconteceu no 6º ano B, que teve como conteúdo “A
Terra e o universo”, que se constituiu em um aula expositiva, explicativa. Antes de
iniciar os conceitos, o professor sempre perguntava para os alunos sobre o que eles
entendiam inicialmente do tema. As respostas apareciam, ditas em voz baixa, as vezes
meio confusas, mas existia uma participação da turma o que dinamizava a aula na sua
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essência. No 6º ano A, o conteúdo foi o mesmo, apenas existia uma maior dificuldade
em relação ao comportamento de alguns alunos, o que interrompia um pouco o fluxo
continuo da aula.
4.2. Os 9º anos
Para essa aula o professor trouxe um mapa mundi, com o intuito de explicar as
“Placas Tectônicas”. O que pude pontuar como algo importante de sua prática de ensino
foi o aumento significativo do interesse e a curiosidade da turma. Lembro-me do
professor ter sido questionado porque nós no Brasil não sentimos grandes abalos
sísmicos, e analisando visivelmente o porquê, os alunos se sentiram mais próximos do
conteúdo. Além de todo o desenvolvimento da aula o professor ainda indicou um filme
relacionado ao assunto.
Falha de Sam Andres (2015) é uma produção norte-americana que conta a história
de um forte terremoto atinge a Califórnia e faz com que Ray (Dwayne Johnson), um
bombeiro especializado em resgates com helicópteros, tenha que percorrer o estado ao
lado da ex-esposa (Carla Gugino) para resgatar a sua filha Blake (Alexandra Daddario). 2
(Figura 05)
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Disponivel em <http://www.adorocinema.com/filmes/filme-200433/>,acesso em 16 de março
de 2017.
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O conteúdo se repete nas duas turmas do 9º ano, depois um exercício simples de
aprendizagem e por fim a chamada.
Na segunda visita aos 9º anos o Tema da aula era “Brasil”, antes de tudo o
professor fez uma retrospectiva histórica sobre as terras brasileiras, o mesmo fez uma
linha do tempo na lousa onde deixou visivelmente claro para os alunos que a
colonização do Brasil é relativamente recente, comparada a outros fatos históricos.
Percebi que é uma prática comum e interessante nas aulas do mesmo, ele sempre tenta
desenhar ou ilustrar- mesmo que de maneira simples- determinadas questões e
explicações.
Depois de quase 30 minutos de filme a cidade ficou sem energia e logo a escola
também, o que impossibilitou que a aula planejada seguisse o roteiro do professor. A
saída foi contar verbalmente a história do filme e disponibilizar o link do filme
disponível na internet, e só assim utilizar o livro didático para a explicação do assunto, o
qual o professor tinha total domínio. O que ficou claro para mim, que os recursos são
utilizados cautelosamente, pois o professor já havia assistido o filme e mesmo com o
objetivo de assistir o filme em sala, tinha preparado a aula normalmente.
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(Figura 06. Fonte: Google Imagens, acesso em 17 de março de 2017)
4.3 Os 7º e 8º anos
O livro foi adquirido no ano atual (2017) e vai ser utilizado até 2019, foi editado
pela FTD, elaborado pela professora Neiva Camargo Torrezani.
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(Figura 07. Livro do 9º ano. Fonte: Débora Dantas adaptado, 2017)
Muitas das vezes levava apenas anotado na agenda números das páginas, para que
os alunos consultassem determinadas questões no livro. Posso assegurar que fiquei
satisfeita com o manejo de tal material.
Quando Selma Pimenta e Maria Lima nos mostram que “O estágio sempre foi
identificado como a parte prática dos cursos de formação de profissionais, em
contraposição à teoria. Não é raro ouvir [...] que a profissão se aprende ‘na prática’. Que
‘na prática a teoria é outra’” (LIMA, PIMENTA, 2011, p. 33), fui “obrigada” a
concordar. A visão de sala de aula que acaba por ser construída nas nossas cabeças
dentro da universidade, nos deixa muitas vezes distante do real cenário do cotidiano
escolar.
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O material online. Disponivel em:<https://issuu.com/editoraftd/docs/vontade-saber-geo-
9_0da0c2f4b21651> , acesso em 14 de abril de 2017.
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O professor acaba por se tornar mais que um profissional, ele se envolve querendo
ou não, com aqueles alunos, pude perceber as dificuldades e as alegrias de escolher
participar da formação intelectual e cidadã de jovens e crianças. Não querendo
romantizar tal papel do professor, mas afirmar o poder de cada palavra que o professor
pronuncia naquele ambiente. Como Karnal brilhantemente quebra o ideal do romatismo
a cerca do ser professor. “Se você o deseja e luta por ele, você tem boa chance de ser
um bom professor. Se você só pode trabalhar nesse paraíso e considera impossível ou
indigno enfrentar outros purgatórios ou infernos, então... Tente outra coisa no mundo.”
(KARNAL, 2012, p. 21)
Para Paim
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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oportunidade de observar outro professor e sua prática acrescenta grandemente no tipo
de professor que queremos ser.
E por fim, engrandecer a escolha por uma licenciatura, a luta e magia de escrever
futuros, mesmo mergulhados nas imensas dificuldades, esperançoso do dia seguinte e da
história que estamos à escrever um dia por vez.
8. REFERÊNCIAS
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