Regime Político

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Introdução

Regimes políticos e justiça em Aristóteles na concepção aristotélica, um regime político


corresponde a uma certa distribuição dos cargos governativos em obediência a um
qualquer critério de justiça aceite por governantes e governados. Tal é válido tanto para os
regimes puros – monarquia, aristocracia e regime constitucional -, como para os regimes
desviados – tirania, oligarquia e democracia -, pelo que também estes últimos são justos
num certo sentido. ARISTÓTELES define os regimes puros e desviados no seguinte passo:
“Quando o único (na monarquia), ou os poucos (na aristocracia), ou os muitos (no regime
constitucional), governam em vista do interesse comum, esses regimes serão
necessariamente rectos. Os regimes em que se governa em vista do único (na tirania), dos
poucos (na oligarquia), ou dos muitos (na democracia) são transviados”. Nos regimes
desviados, governa-se quanto ao seu arbítrio, sem obediência às leis.
Metodologias do trabalho
A pesquisa bibliográfica é considerada uma leitura de fundo e reflexão baseada em
literaturas essenciais para o desenvolvimento e elaboração de hipóteses de
pesquisa. Serve como uma fonte condensada para que os leitores saibam quais obras
foram consultadas e também permite uma lista para leitura posterior. A pesquisa
bibliográfica envolve a especificação de cada trabalho referido, na montagem ou
preparação de uma peça de pesquisa (paper ou artigo, nota etc). É uma forma
particular de revisão sistemática da literatura, portanto, o processo de busca na
literatura deve ser transparente e reproduzível. É necessário um relato detalhado
da estratégia de busca, que inclui uma descrição dos bancos de dados usados, os
termos de busca e os critérios de inclusão / exclusão.
Regime político
Contextualização

Regime político, na ciência política, é o nome que se dá ao conjunto de instituições


políticas por meio das quais um Estado se organiza de maneira a exercer o seu poder sobre
a sociedade. Cabe notar que esta definição é válida mesmo que o governo seja considerado
ilegítimo.
Regime político, na ciência política, é o nome que se dá ao conjunto de instituições
políticas por meio das quais um Estado se organiza de maneira a exercer o seu poder sobre
a sociedade.

Elemento Externo, releva da estrutura organizatória do regime, ou seja, da distribuição dos


cargos governativos (por um só na monarquia e na tirania, pelos poucos na aristocracia e
na oligarquia, pelos muitos no regime constitucional e na democracia);

Elemento Interno, corresponde à concepção de justiça partilhada por governantes e


governados.

Uma noção de regime político decomposta em dois elementos é valida tanto para os
regimes puros como para os regimes desviados. A todos os regimes, também aos
desviados, corresponde um princípio de justiça aceite por estes últimos, a qual,
precisamente, torna o regime aceitável aos seus olhos.

Nas palavras de ARISTÓTELES, não há dúvida de que também aos regimes defeituosos
– como sejam a democracia ou a oligarquia – subjaz um certo teor de justiça. Tal, na sua
errónea perspectiva própria, ou seja, na perspectiva variável e relativa daqueles que neles
participam como governantes e governados.

Estes têm um sentido de justiça conforme ao tipo de regime, adoptando um critério de


justiça que difere de regime para regime. O que distingue um regime puro de um regime
desviado não é a sua justiça ou injustiça na perspectiva dos participantes – ou seja, não é a
justiça num sentido relativo e variável.

O que distingue um regime puro de um regime desviado antes é a justiça num sentido
absoluto e invariável – um sentido relevante da prossecução do interesse comum e do
respeito pelas eis num sentido estabilizador e limitador, o qual se revê no primeiro tipo,
mas não no segundo. Nas palavras de ARISTÓTELES, os regimes que se propõem atingir
o interesse comum são rectos, na perspectiva da justiça absoluta; os que apenas atendem
aos interesses dos governantes (ainda que rectos na perspectiva de uma justiça não
absoluta) são defeituosos e todos eles desviados dos regimes rectos. Assim, todos os
regimes (puros e desviados) são aceitáveis na perspectiva relativa e variável dos homens,
mas apenas os regimes puros são aceitáveis na perspectiva absoluta e invariável dos deuses
– uma perspectiva presa a um interesse comum objectivo. Quanto ao sentido relativo e
variável de justiça que se revê nos regimes desviados, Aristóteles trata-o sobretudo a
respeito da oligarquia e da democracia, frisando que ambos os regimes defendem uma
certa concepção de justiça (oligárquica ou demagógica, consoante os casos), mas apenas
relativa, nenhum deles se referindo à justiça suprema na sua integridade. Assenta
Aristóteles em que aqueles que advogam tais regimes discordam no que constitui a
igualdade dos indivíduos (para uns, a riqueza e para outros a liberdade), sendo
precisamente devido a esta ambivalência no modo de conceber a igualdade que os dois
regimes surgem

Tais instituições políticas têm por objectivo regular a disputa pelo poder político e o seu
respectivo exercício, inclusive o relacionamento entre aqueles que detêm o poder político
(autoridade) e os demais membros da sociedade (administrados).

O regime político adoptado por um Estado não deve ser confundido com a sua forma de
Estado (Estado unitário ou federal), com o seu sistema de
governo (presidencialismo , parlamentarismo, dentre outros) ou com sua forma de governo.

Outra medida de cautela a ser observada ao estudar-se o assunto é ter presente o fato de
que é complicado categorizar as formas de governo. Cada sociedade é única em muitos
aspectos e funciona segundo estruturas de poder e sociais específicas. Assim, alguns
estudiosos afirmam que existem tantas formas de governo quanto há sociedades.
Regimes políticos antigos
Regimes políticos contemporâneos
Democracia

Os regimes políticos democráticos se caracterizam por eleições livres, liberdade de


imprensa, respeito aos direitos civis constitucionais, garantias para a oposição e liberdade
de organização e expressão do pensamento político.
Autoritarismo
Os regimes políticos autoritários, como os que existiram na América Latina nos anos
1960/1970, operavam através da suspensão das garantias individuais e das garantias
políticas. No regime político autoritário as normas constitucionais são manipuladas ou
reeditadas conforme os interesses do grupo ou partido que detêm o poder.
Totalitarismo

Os regimes políticos totalitaristas diferem fundamentalmente dos dois regimes citados. No


totalitarismo, o regime político está concentrado em uma pessoa que representa a figura de
um “Führer” (comandante supremo).

Regimes políticos

Razão de ordem

A categoria dos regimes políticos consubstancia um lugar central – porventura, o lugar


central – da evolução da Política enquanto teoria ou ciência. Nessa medida, o seu
significado não se deixa encerrar numa fórmula, apenas se podendo capturar com
referência aos diferentes estratos dessa evolução. A definição de “regime político”
dependeu, na verdade, do modo como, em cada um deles, se concebeu o fenómeno
político.

Na impossibilidade de registar cabalmente todos os passos dessa evolução, optamos aqui


por nos deter nalguns momentos decisivos. Começaremos por verificar que, na linha de
Aristóteles, a Política concebeu-se como ciência dos regimes políticos, tendo-se destes
uma determinada acção conexa com a concepção do homem como “animal político” (v.
infra, 2). Essa linha não resistiu à Modernidade, não resistindo também a correspondente
acção de “regimes políticos”, agora reduzidos a “formas de governo” ou “formas do poder”
do Estado, centro de uma nova ciência política (v. infra, 3). Verificaremos ainda que a
primeira metade do século XX assistiu a um ressurgimento da teoria dos regimes políticos,
assim num cenário de crise e mesmo destruição do Estado moderno (v. infra, 4). Essa
multiplicidade de estratos teóricos reflecte-se em diferentes leituras possíveis do que se
deva contemporaneamente entender como uma “Constituição”, aspecto a tratar por último
(v. infra, 5).

A Política como teoria dos regimes políticos


Na concepção aristotélica, um regime político corresponde a uma certa distribuição dos
cargos governativos em obediência a um qualquer critério de justiça aceite por aqueles que,
no mesmo, ocupam a posição de governantes ou governados. Tal é válido tanto para os
regimes puros (monarquia, aristocracia e politeia ou república) como para os regimes
desviados (tirania, oligarquia e democracia), pelo que também estes últimos são justos num
certo sentido (Aristóteles 1998: 1280a10). Há, pois, dois elementos a considerar na
definição de um regime político, que podemos qualificar como externo e interno:

i) O elemento externo releva da estrutura organizatória do regime, ou seja, da distribuição


dos cargos governativos (por um só na monarquia e na tirania, pelos poucos na aristocracia
e na oligarquia, pelos muitos na república e na democracia);

ii) O elemento interno corresponde à concepção de justiça partilhada por governantes e


governados em cuja razão essa mesma distribuição é aceitável. Assim, tal concepção será,
consoante os casos, monárquica, tirânica, aristocrática, oligárquica, etc. Deste modo, uma
noção de regime político decomposta em dois elementos é válida tanto para os regimes
puros como para os regimes desviados. A corrupção de um regime não releva, assim, da
respectiva não aceitação na perspectiva interna dos governados e governantes: a todos os
regimes, também aos desviados, corresponde um critério de justiça, o qual os torna
aceitáveis.

Os regimes políticos e a “nova ciência do Estado” Modernamente, a ciência política,


converte-se de “teoria dos regimes políticos” em “nova ciência do Estado” (Strauss 1952:
A segunda matriz concebe-se a partir da falência da Política aristotélica no contexto
moderno. Com efeito, em contexto de ineliminável desintegração religiosa e moral, o foco
já não se pôde encontrar no regime político numa acção aristotélica – isto é, no regime
como estrutura institucional estável reflectora de parâmetros substantivos partilhados.
Neste outro contexto, a Política antes teve como desafio pensar a integração política e a
legitimidade do poder independentemente dos ditos parâmetros. Ora, pensar assim
traduziu-se em pensar o Estado moderno ou o Estado como representação (para mais
desenvolvimentos, Coutinho 2019). A revolução inicia-se com Maquiavel, para quem,
precisamente, o objecto de atenção privilegiado deixa de ser o regime político. No
Florentino, o termo política muda de sentido, passando a significar, já não o que é relativo
à polis e ao respectivo regime (em particular, à concepção de justiça partilhada na polis),
mas aquilo que respeita ao poder – a conquistar e manter o poder (a “vencer e manter o
Estado” [Maquiavel 2008: XVIII.7].

Sendo o Estado a moldura em que o poder se define e se exerce). Toda a atenção passa a
incidir sobre os meios necessários a tal fim, tidos por correspondentes à acção política. A
ciência política deixa, pois, de ter uma índole essencialmente teorética ou contemplativa da
ordem ou das ordens existentes para passar a aproximar-se de uma “técnica”.

Nesta lógica, se Maquiavel se ocupa dos regimes políticos – trazendo uma nova
classificação, entre principados e repúblicas, que a partir de então iria disputar a
prevalência com a classificação aristotélica (Albuquerque 2012: 62 segs.) –, fá-lo numa
acção muito distinta. Com efeito, os regimes políticos já não são encarados como
estruturas institucionais estáveis, reflectoras de dada concepção de justiça a considerar nos
seus elementos. Antes são considerados como formas de “dominação” ou “império sobre
os homens” (como “formas de poder” ou formas do poder correspondente ao Estado)
(Albuquerque 2012: 62). E do que se trata é de verificar como, em cada uma dessas
formas, se conquista e mantém tal “dominação” ou “império”, sendo pois os regimes
abordados numa perspectiva estritamente instrumental à acção política. Nesta lógica, se
Maquiavel se ocupa dos regimes políticos – trazendo uma nova classificação, entre
principados e repúblicas, que a partir de então iria disputar a prevalência com a
classificação aristotélica (Albuquerque 2012: 62 segs.) –, fá-lo numa acção muito distinta.
Com efeito, os regimes políticos já não são encarados como estruturas institucionais
estáveis, reflectoras de dada concepção de justiça a considerar nos seus elementos. Antes
são considerados como formas de “dominação” ou “império sobre os homens” (como
“formas de poder” ou formas do poder correspondente ao Estado), (Albuquerque 2012:
62). E do que se trata é de verificar como, em cada uma dessas formas, se conquista e
mantém tal “dominação” ou “império”, sendo pois os regimes abordados numa perspectiva
estritamente instrumental à acção política

A transformação da ciência política – e inerentemente do que significa um regime político


– prossegue com Jean Bodin. Se Maquiavel configurara a “nova ciência” como uma
técnica, Bodin fá-la corresponder a um novo discurso normativo centrado no Estado e na
sua “soberania”: o direito público moderno.

A noção de “Constituição”
No século XX, uma outra recuperação da tradição dos regimes políticos traduziu-se em
certo entendimento do termo “Constituição”, concebendo-se esta como regime político.
Esse entendimento contrapõe-se a outro, pelo qual o mesmo termo se concebe segundo a
tradição da teoria do Estado. Deste modo, as diferentes camadas teóricas a que acima nos
referimos reflectem-se, hoje, em teorias contrapostas da Constituição. A primeira
concepção encontra-se em Carl Schmitt, para o qual uma “Constituição em sentido
absoluto” é uma decisão sobre a identidade política de um povo, que o diferencia e unifica
enquanto tal (consubstanciando pois a sede do “político”14) e que define o seu tipo
concreto de supremacia e subordinação política (monárquico, aristocrático, democrático,
etc.) (Schmitt 2008: 59 segs.). Ainda que com alguma liberdade de contexto, dir-se-á que
este “sentido absoluto” de Constituição ocupa, em Schmitt, um lugar paralelo ao que o
“elemento interno” ocupava na teoria aristotélica dos regimes políticos: está em causa o
ethos de uma comunidade enquanto comunidade política, bem como aquilo que explica a
sua organização como organização política. E tanto quanto o elemento interno de um
regime político subjaz ao seu elemento externo, em Schmitt, o sentido “absoluto” de
Constituição é antecedente a um sentido meramente “relativo”, correspondente a “lei
constitucional”

Os Regimes políticos e as Formas de Governo segundo Aristóteles

Em sua obra “Política”, Aristóteles distingue regimes políticos e formas ou modos de


governo. O primeiro termo refere-se ao critério que separa quem governa e o número de
governantes. Temos, pois, três regimes políticos: a monarquia (poder de um só), a
oligarquia (poder de alguns poucos) e a democracia (poder de todos). O segundo (as
formas de governo) refere-se a em vista de quê eles governam, ou seja, com qual
finalidade. Para o filósofo, os governos devem governar em vista do que é justo, de
interesse geral, o bem comum. Sendo assim, são classificadas seis formas de governo:
aquele que é um só para todos (realeza), de alguns para todos (aristocracia) e de todos para
todos (regime constitucional). Os outros três modos (tirania, oligarquia e democracia) são
deturpações, degenerações dos anteriores, ou seja, não governam em vista do bem comum.

Aristóteles faz uma análise crítica do meio pelo qual é distribuído o poder nas cidades (a
cada um é dado o poder proporcional que lhe cabe). Para aqueles que assim pensam, a
cidade se torna um modo doloroso da vida individual. Aristóteles, ao contrário, acredita
que a coexistência política é o maior bem. Para os oligarcas e os democratas, “melhor seria
viver sozinho, mas isso não é possível: precisamos do poder de todos para proteger o de
cada um e dos outros” (Francis Wolff). A cidade se baseia na amizade e na não afeição, e
não em um meio de defesa, pois não se trata do interesse de cada um, mas da felicidade de
todos.

Aristóteles propõe então cinco possibilidades de candidatos ao poder: a massa (pobre), a


classe possuidora, os homens de valor, o melhor homem e o tirano. Este é descartado por
seu poder ser baseado na força. A massa poderia privar os outros em nome de si. A minoria
possuidora governaria por interesses próprios. Os homens virtuosos ou mesmo o melhor
homem excluiria os outros da decisão. A princípio, Aristóteles acredita que o poder deve
ser de todos os cidadãos. Mas essa democracia tem algumas restrições.

Na democracia do tipo aristotélica, o povo é soberano. Todavia, existe uma restrição no


conceito de liberdade, pois viver como bem entender contraria esse conceito para
Aristóteles. As leis são a liberdade, a salvação, pois a partir do momento em que o povo
faz o que quer, como se nada fosse impossível, a democracia se torna uma tirania. Viver
como bem entender torna a democracia um individualismo, contrário ao que é o bem
comum.

A democracia segundo Aristóteles deve então ser totalmente soberana, mas com duas
limitações: não deve ir além dos órgãos de deliberação e julgamento, pois estes são
poderes colectivos expressos em uma constituição (o conjunto do povo é superior a cada
um dos indivíduos) e não exigem competência técnica; a segunda limitação é o dever de
agir de acordo com as leis.

O filósofo põe em questão dois pontos:


 O homem excepcional (o rei);
 A regra geral (as leis).
O rei está sujeito às paixões, mas pode se adaptar aos casos particulares; já as leis são
fixas, racionais, mas não se adaptam a todas as situações em particular.
Assim, Aristóteles mantém a ideia de que o povo delibera e julga melhor que o indivíduo,
mas com o pré-requisito de que exista um número suficiente de homens de bem para
qualificar as decisões, caso contrário, a realeza se mostra necessária.
Regimes políticos e seus tipos
A análise legal ou constitucional tradicional, usando a primeira definição, produziu um
vasto corpo de literatura sobre estruturas governamentais, muitos dos termos
especializados que fazem parte do vocabulário tradicional da ciência política e vários
esquemas de classificação instrutivos. Da mesma forma, a análise empírica dos processos
políticos e o esforço para identificar as realidades subjacentes às formas governamentais
produziram um rico acervo de dados e um importante corpo de teoria comparativa.
A terceira definição inspirou muitos trabalhos académicos que empregam novos tipos de
dados, novos termos e alguns novos conceitos e categorias de análise.
A discussão a seguir baseia-se em todas as três abordagens para o estudo dos sistemas
políticos.

Regime Político – Democracia


Um dos sistemas políticos mais falados é uma democracia representativa. Este é um
sistema em que os representantes são eleitos directamente pelos cidadãos, e esses
representantes então tomam decisões políticas para o povo, com a suposição de que suas
decisões reflectirão a vontade geral da república. Isso pode ser comparado a uma
democracia directa, na qual os cidadãos votam directamente sobre todas as questões de
importância.

Regime Político – República


A república é um dos sistemas de governo mais comuns do mundo, embora tenha muitas
formas diferentes. Por exemplo, uma república pode ser associada a uma religião, como no
caso de uma república islâmica; um sistema económico, como em uma república socialista;
ou um procedimento político, como uma república parlamentar.
Várias repúblicas tentam mostrar o fato de que elas são compostas por partes menores e
semi-autônomas.

As repúblicas são frequentemente denotadas no nome oficial do estado, e muitas vezes


incluem um modificador para transmitir algum tipo de ideal filosófico que o regime
político contenha.
Governos dinásticos
Os sistemas dinásticos de governo consistem em todos os líderes do país provenientes de
uma família. Tipos comuns deste governo incluem monarquias, emirados e impérios
dinásticos, como o da China Imperial.
Nos tempos modernos, os líderes de muitas monarquias e emirados servem principalmente
como cabeças. Este tipo de governo é chamado de monarquia constitucional ou monarquia
nominal, e inclui países como o Reino Unido. O oposto disto é uma monarquia absoluta, na
qual o governante tem poder total para governar o estado e não está sujeito ao controle de
uma constituição ou parlamento.

Exemplos de monarquias absolutas modernas incluem a Arábia Saudita e Qatar.

Regimes autoritários e totalitários


Em regimes políticos autoritários e totalitários, uma pessoa, entidade ou partido tem
controle total sobre os assuntos do Estado, sem o contribuição ou consentimento da
população.
Em regimes totalitários especificamente, este líder tenta controlar todos os aspectos de uma
sociedade, incluindo coisas como as crenças pessoais e a moral da população. Às vezes,
eles são acompanhados por um culto de personalidade em torno do líder ou líderes, como
no caso de Adolf Hitler, o líder da Alemanha nazista.

As formas comuns de regimes autoritários ou totalitários incluem juntas militares, nas


quais um pequeno comité de líderes militares governa o país ou um Estado de partido
único, no qual apenas um partido político está no poder e outros são abertos ou tacitamente
não podem desafiar sua autoridade.
Outra forma é uma ditadura, em que uma pessoa governa o país sem ser responsável
perante qualquer um e depois passa seus poderes para outra pessoa após a morte.

A Democracia e as Formas de Governo


ceito.
Bobbio (2001) enobrece a admirável excentricidade da classificação das formas
de governo construídas pelos gregos, sobretudo, pela óptica política de Aristóteles e
Políbio, cujas idealizações permaneceram íntegras até a contemporaneidade. A Teoria da
justiça de Aristóteles, que fala sobre a justiça distributiva, enaltece as formas de governo
tidas como “boas” e Bobbio, retrata que a justiça comutativa começa no Estado Social
Democrático e não no Liberalismo ou Neoliberalismo, com acção minimalista do Estado.

Para Aristóteles, o homem é um ser político zoon politikon e que vive em contacto
com a sociedade, valorizando a justiça, que seria uma aliada que auxilia os homens a
vencer os acasos e atingir o bem. Há uma ligação entre política e ética, pois a justiça
equivale a uma acção política. A problemática da política e da ética são próprios da acção
do homem (práxis), e estão envolvidos na dialéctica. Este método é próprio da teoria
política e da justiça e o objecto ético e político tem uma incerteza própria, que precisa ser
combatida com diferentes pontos de vista sobre essas questões. Nesse contexto
Aristóteles afirma:

Portanto, as discussões políticas se baseiam em práticas que trazem o bem


alcançado pela acção. O bem das pessoas e das comunidades se iniciam no exercício das
acções humanas praticadas com a virtude. Aristóteles (1973), define vários conceitos de
virtude: virtude como carácter, prudência e justiça. Para ele, alguns governam para obter
vantagens pessoais e não em favor de toda a comunidade, indicando, assim, uma prática
que denominamos de corrupção. Tema muito abordado por filósofos de todas as épocas,
entre eles Nicolau Maquiavel, que tem como obra mais conhecida O Príncipe, que
começou a ser escrito em 1512. No livro encontram-se ideias que narram como o
verdadeiro príncipe, político, deve agir para se aproveitar do momento e expandir seu
poder, sendo respeitado ou temido nos momentos convenientes.
Conclusão
Referências bibliográfica

 Albuquerque, M. de (2012), O Poder Político no Renascimento Português, 2ª ed.,


Verbo, Lisboa.

 Arendt, H. (1976), The Origins of Totalitarianism, Harcourt Brace & Company.

 Aristóteles (1998), Política, trad António Campelo Amaral e Carlos de Carvalho


Gomes, Veja, Lisboa.

 Aristóteles (2004), Ética a Nicómaco, trad. António C. Caeiro, 3.ª ed., Quetzal,
Lisboa.

 Bodin, J. (1977), Les Six Livres de la Republique, Scientia Verlag Aalen (1583).

 Böckenförde, E.-W. (2000), Le Droit, l’État et la Constitution Démocratique, org. e


trad. Olivier Jouanjan, LGDJ, Paris, pp. 101-118.

 Coutinho, L. P. (2020), “Kelsen e o Problema da Racionalidade do Estado


Moderno”, in Pedro Moniz Lopes (coord.), O Pensamento de Hans Kelsen:
Influências, Contexto

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