A Igreja em Roma Sobreviveu
A Igreja em Roma Sobreviveu
A Igreja em Roma Sobreviveu
INSTITUCIONAL E SOBREVIVEU
A comunidade de Atos
“32 Da multidão dos que criam, era um só o coração e uma só a alma,
e ninguém dizia que coisa alguma das que possuía era sua própria,
mas todas as coisas lhes eram comuns. 33 Com grande poder os
apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em
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todos eles havia abundante graça. 34 Pois não havia entre eles
necessitado algum; porque todos os que possuíam terras ou casas,
vendendo-as, traziam o preço do que vendiam e o depositavam aos
pés dos apóstolos. 35 E se repartia a qualquer um que tivesse
necessidade” Atos 4 32-35.
Essa era a primeira igreja “comunidade” depois de Jesus subir ao céu.
Dá para notar em bom e claro tom como eles viviam, não se pode
negar que igreja era essa comunidade de novos crentes, que criam
nos ensinamentos de Jesus, e passaram a viver de modo orgânico.
Quando estudamos a “Teologia do Novo Testamento”, temos uma
visão abrangente do que é a verdadeira igreja de Jesus, seus valores,
teologia e ensinamentos. (Problema esse que muitos cristãos
desconhecem. Estudam teologia, mas a aplicação é contraditória ao
contexto estudado).
Os comentaristas bíblicos tratam o assunto de várias maneiras:
Primórdios da vida comunal, At 2.42-47. É bem provável que as fontes
informativas distintas que Lucas registrou os versículos quarenta e
dois e quarenta e três, que são editoriais. Já os versículos quarenta e
quatro a quarenta e sete contam-nos sobre o caráter da vida na
comunidade cristã primitiva. Quatro características podem ser
distinguidas, como elementos principais:
1) A doutrina dos apóstolos, 2) igreja cristã primitiva, 3) o partir do
pão, 4) devoções e orações.
Tal comunhão florescia na forma de uma partilha comunal de bens,
em que todos se utilizavam de um fundo comum. É provável que isso
se tivesse tornado necessário por causa das severas perseguições
contra os cristãos judeus, o que os reduziu a grande estado de
penúria, exigindo que os crentes distribuíssem seus bens uns com os
outros, a fim de que pudessem sobreviver. Entretanto, a vida comunal
mui provavelmente se alicerçava em mais do que companheirismo;
pois os cristãos, odiados por todos os outros, naturalmente foram
aproximados uns dos outros como nunca, e começaram a viverem
comunidades distintas e separadas, em resultado de que dividiam
entre si as suas possessões materiais. Como arranjavam o problema
de moradia, não sabemos dizê-lo. Não há, qualquer indicação definida
que nos mostre que vivessem juntos, amontoados em pequeno
espaço, como usualmente se dá nos casos modernos de vida comunal.
Jesus e os seus discípulos levavam um tipo de vida comunal; e o que
sucedeu entre os crentes, após o dia de Pentecoste, foi apenas a
continuação desse estilo de vida dos discípulos de Cristo. (Comentário
Champlin NT)
Tratando do trabalho missionário dos apóstolos, e das regiões
alcançadas pelo Evangelho, o Livro “História da igreja cristã, Robert
Hastings”, conta-nos uma ampla história dessas terras sendo
evangelizadas com o evangelho. “Os primeiros missionários, como por exemplo
Paulo, fizeram quase todas as suas pregações nessa língua e nela foram escritos os livros
que vieram a constituir o nosso Novo Testamento”.
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Interessante o grande argumento usado para o projeto do livro, e em
nenhum caso encontramos na história a preocupação dos apóstolos
em construir templos cristãos. Eles estavam interessado em alcançar
pessoas para o reino de Deus através da pregação “Kerigma”, e não
de ajuntamento como se vê nos tempos modernos.
A igreja hoje acha que sobrevive do dinheiro que arrecada, quer
sempre ganhar dinheiro por algum motivo, angariando fundos de
todos os meios. Mas em Roma, Ásia, Judeia e no mundo primitivo
nunca foi assim. No Livro “A história da rua Azusa”, encontramos
relatos de como a igreja era mantida naqueles dias, e isto em 1905,
bem antes de muitas igrejas se instalarem no Brasil: “Estávamos com
problemas financeiros, mas o Senhor supriu-nos. Jamais dissemos a alguém nossas
necessidades, a não ser para Deus; jamais imploramos ou pedimos dinheiro emprestado,
por maior que fosse nossa necessidade. Acreditávamos que, se os santos, estivessem
suficientemente próximos de Deus, Ele mesmo falaria com eles. Confiávamos inteiramente
nEle e ficaríamos sem nada se Ele não enviasse ajuda.”
Clemente, citado por Paulo na Epístola aos Filipenses, (Fl 4.1-3), era o
terceiro cooperador em Roma. Dai perguntamos; qual era o nome da
Catedral de Clemente? Quantos membros estavam arrolados em
batistério? Quanto era o seu salário por ser dirigente de uma igreja?
Qual seria a sua reposta a essas questões?
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Sabemos que aqueles que defendem a institucionalização, alguns até
entendem que são escolhas do Novo Mundo, para o bem do Estado e
da congregação (igreja). Mas não tem como se lograr desse mérito
como sendo instituído pela igreja primitiva, ou apostólica. O pior seria
atestar que é uma ordem divina, ou bíblica como muitos desavisados
tentam certificar suas cosmovisões cristã. A falta desse conhecimento
histórico entre líderes que se formam a cada dia, é um vácuo muito
grande.
Uma afirmação contundente sobre as leis, encontramos nos escritos
de Montesquieu, em “O espírito das leis”, pg. 4. Segundo ele, “o homem
de bem, não o homem de bem cristão, e sim o homem de bem político, que possui a
política em si, é o homem que ama as leis de seu país e age por amor as leis de seu
país”.
Em contraste com o ensinamento de Jesus aos discípulos: Mateus
22.21, “Responderam: De César. Então lhes disse: Dai, pois, a César o
que é de César, e a Deus o que é de Deus”.
O entendimento interpretativo dessa resposta de Jesus, nos leva a crer
que Ele estava orientando os seus seguidores, de que, o Reino de
Deus não é desse mundo, e que melhor seria prestar obediência a
Deus do que ao homem e suas leis terrenas. “Respondendo Pedro e os
apóstolos, disseram: Importa antes, obedecer Deus, que aos homens” .
Atos 5.29.
Assim como em toda história da igreja primitiva não se encontram
registros, de que a igreja (reuniões) necessitavam de registros
institucionais para funcionarem. Sabemos que depois da Reforma e as
perseguições contra os Reformadores, o Estado achou por bem
inventar a institucionalização, e deu certo.
Montesquieu tratando das leis naturais, diz: “As leis, em seus
significados mais extenso, são as relações necessárias que derivam
da natureza das coisas; e, neste senso, todos os seres têm suas leis; a
Divindade possui suas leis, o mundo material as suas, as inteligências
superiores ao homem possuem suas leis, os animais possuem suas
leis, o homem possui suas leis”.
Jesus cumpriu a lei, quando: “Mas, para que não os escandalizemos,
vai ao mar, lança o anzol, tira o primeiro peixe que subir e, abrindo-
lhe a boca, encontrarás um estáter; toma-o, e entrega-lhes por mim e
por ti”.
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O paganismo
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Silas Daniel, em seu livro “As seduções das novas teologias”, faz um
apanhado de quantas dessas teologias entraram porta adentro dos
templos cristãos através dos séculos. Somente quem não lê não
percebe que muitos homens de Deus alertaram sobre esse mal no
meio evangélico moderno. Até então, esse é um problema não
resolvido e tende a permanecer se avançando ainda mais por muito
tempo.
Acreditamos que, quando as pessoas cristãs voltarem a leitura da
Bíblia, vão diminuir muitas tendências não cristãs sadias que impera
no meio evangélico. Mas, enquanto isso não se tornar um hábito,
assim como era nos séculos passados, não notaremos uma visão
biblicamente correta entre os evangélicos.
Que você entenda essa preocupação, e possa fazer uso da Palavra de
Deus, assim como fazia os Bereanos ao ouvir o Evangelho em seu
tempo. Atos 17.11,12. Não podemos absorver tudo que se fala hoje
em dia, temos a liberdade de poder fazer uma boa análise antes de
acreditarmos em tudo que ouvimos.
Precisamos desconstruir um muro de ideias humanistas hedionda no
meio evangélico. E para que isso ocorre, você também tem que
entender esses valores, e notar que muitos costumes ou ideias no
meio evangélico, são, na verdade, costumes e ideias que adentraram
o meio cristão, e poucas pessoas perceberam, principalmente os
líderes evangélicos.
Fica mais que provado pela própria história, que a igreja nunca foi
institucionalizada como pensam. Isso ocorreu através de séculos
seguintes imposta pelo imperador romano Constantino, o qual havia
se unido aos cristãos. Valorizado pela igreja católica romana, e depois
da Reforma, pelos cristãos em geral.