Quarta Instrucao AM
Quarta Instrucao AM
Quarta Instrucao AM
S∴
F∴U∴
Prezados Iir∴
A quarta instrução se nos apresenta como a mais complexa até agora, eis que seu objetivo
afigura-se mostrar-nos como os ensinamentos recebidos até hoje se interpenetram,
formando um sistema ordenado e coeso no qual as lições recebidas no grau de Apr∴ serão
recorrentemente utilizadas como fundamento da atuação dos Iir∴ dos demais graus.
Em seguida, a instrução nos fala de como os que estamos no seio desse organismo social
podemos reconhecer nossos semelhantes no culto comum - por sinais, toques e palavras.
Associa o ensinamento às lições recebidas na segunda instrução, pertinente às joias
movéis . A explanação do conteúdo simbólico que é a devoção aos princípios maçônicos de
retidão e, em especial, o do segredo, com uma determinação extrema cujo limite é o do
martírio, representado analogicamente pela mutilação de órgão da fala (a garganta e as
cordas vocais), tão radical que seu efeito é a morte.
Passa-se à instrução das “senhas” pelas quais o Maç∴ reconhece um Ir∴ que podem ser
sinais, toques e palavras. É o cob do gr∴ de Apr∴ Maç∴ reparar que o ensinamento é
sempre repisado, demonstrando que o método pedagógico utilizado, se bem que antigo, é
o mais eficaz de que se tem notícia: a observação e a repetição. Traduz também a
importância que se dá para a correção dos símbolos, como forma de perpetuar uma
tradição eminentemente oral, cujo comportamento deve ser imitado fiel e constantemente
de forma a incuti-lo em nossos corações. Assim, nós nos tornamos aptos e manter e
transmitir a tradição tal qual os antigos o faziam, quando chegar nossa hora de ensiná-la.
Importante distinguir que, para nosso gr∴ há um conteúdo simbólico ligado ao próprio
aprendizado, em que devemos externar, por meio de representações também simbólicas,
nossa condição de neófitos. Assim é com a P∴, que devemos apenas soletrar, em vista de
nossa idade convencionada, que é de três anos.
A palavra sagrada é B∴ e deriva-se de “B”, que significa “Em”, e “O”, que significa “força” -
ou seja, na força. Boaz era também o nome simbólico dado à uma das duas colunas
principais do Templo de Salomão; a outra tem o nome simbólico de Jachin, que significa
Sabedoria. A fonte é bíblica: 1Reis “ As colunas Jaquim e Boaz estabelecidas na entrada do
templo simbolizam a força e a estabilidade. Esses nomes, significando "Ele estabelecerá" e
"Nele há força", refletem a crença na proteção e na promessa divinas”.
As Col∴de bronze, para melhor resistirem ao dilúvio e às intempéries; são ocas, para que
sejam nelas guardados os utensílios apropriados aos conhecimentos humanos; e são
super-dimensionadas para representar que a Sabedoria e o Poder do G∴A∴D∴U∴ estão
além das dimensões e dos julgamentos humanos.
Sobre cada uma das colunas está disposta uma romã, as “Romãs da Amizade”, emblemas
que coroam as colunas “J” e “B” dos Templos e cujos grãos simbolizam a prosperidade e
solidariedade da família maçônica.
Cada Maç∴deve estar filiado a uma Loja dita “regular”, isto é, praticante rigorosa dos
ensinamentos maçônicos e sob a responsabilidade de uma Potência Maçonica regular e
reconhecida que a oriente.
Diz-se que a Loja regular é justa e perfeita quando três a governem, cinco a componham e
sete a completem. Os três que a governam são o V∴M∴ e os Primeiro e Segundo Vvig∴
cargos privativos de M∴M∴ a exigência de cinco que a componham está ligada aos cargos
da Loja que não se podem acumular – Or∴ e Secr∴ que bem podem ser preenchidos por
Ccomp∴ na ausência de M∴M∴ Os sete que a completem constituem exigência ligada mais
uma vez a tradição bíblica muito difundida, encontrada no Livro de Provérbios, 9: 1: “A
SABEDORIA EDIFICOU SUA CASA, TALHOU SETE COLUNAS” . São os ditos sete pilares da
sabedoria, a que os M∴M∴ reunidos em loja representam.
A Instrução usa da entrada no T∴ para, mais uma vez, reportar-se à Iniciação, que é a
primeira entrada de um Maç∴ em Loja. Vendado, será colocado entre Ccol∴ aguardando
para ser conduzido às três viagens. Três são as viagens simbólicas; três são os centros
onde primitivamente foram cultivadas as ciências (Pérsia, Fenícia e Egito); a própria idade
do Apr∴ é de três ano, pois na Antiguidade esse era o tempo previsto para sua preparação.
Três também são os passos da marcha do gr∴, formando cada um e a cada junção dos
calcanhares um ângulo reto, que significa a retidão para um real aprendizado na ciência e
na virtude. Três ainda são as joias - fixas e móveis, as Grandes Luzes Emblemáticas e
mesmo os ggr∴ M∴M∴ principais.
Só assim estaremos aptos a sair das trevas e ver a Luz. Em seguida, purificado o neófito
pelos elementos, seu comportamento de ajoelhar-se perante o L∴ da L∴ apondo sobre ele
a mão direita, simboliza a submissão aceita pelo Maç∴ aos princípios da Lei e da Ordem,
com respeito e humildade perante os Regulamentos e normas de cunho formal e moral
que regem a instituição.
Na mão esquerda está o Compasso, aberto, que figura a dualidade por suas hastes, e a
união por sua junção. É um dos grandes símbolos da Maçon∴ comumente colocado sobre o
A∴ da Loja enlaçado com o Esquadro, sobre o L∴ da L∴(as Três Grandes Luzes
Emblemáticas).
Por fim, trata a Instrução do significado da indumentária do neófito na Iniciação. Além dos
significados tradicionais e bíblicos, há o significado simbólico: o neófito deve estar
vendado e descalço, e não deve estar nu nem vestido (novamente Isaías e também o Livro
do Êxodo). QUE DIZ: NÃO TE CHEGUES PARA CÁ; TIRA OS TEUS SAPATOS DE TEUS PÉS,
PORQUE O LUGAR EM QUE TU ESTÁS É TERRA SANTA’’.
Sua venda está pela cegueira induzida ao neófito pelo mundo profano, da qual ele deseja se
afastar ingressando na Maçon∴. O pé direito descalço é um sinal de respeito, e o braço
direito e peito esquerdo desnudos, além dos significados vistos na Terceira Instrução, são
uma alegoria da consagração à causa maçônica, à qual ofertávamos nossas forças (o braço)
e nosso devotamento (o coração).
Bibliografia:
-1. Figueiredo, Joaquim Gervásio de; DICIONÁRIO DE MAÇONARIA, ed. Pensamento - 1994.
-2. Aplicativo GLESP estudos, EAD RITUAL DE APRENDIZ MAÇOM.
-3. Bliblia Sagrada ed. Salão do Reino das T.J.