Quarta Instrucao AM

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A∴G∴D∴G∴A∴D∴U∴

∴A∴R∴L∴S∴ JAIME JANEIRO RODRIGUES N° 400

V∴M∴ - Ir∴ 1° Vig∴ - Ir∴ 2° Vig∴ - PastMaster – Oof∴- Meus Iir∴

S∴
F∴U∴

Trabalho sobre a quarta instrução

Prezados Iir∴
A quarta instrução se nos apresenta como a mais complexa até agora, eis que seu objetivo
afigura-se mostrar-nos como os ensinamentos recebidos até hoje se interpenetram,
formando um sistema ordenado e coeso no qual as lições recebidas no grau de Apr∴ serão
recorrentemente utilizadas como fundamento da atuação dos Iir∴ dos demais graus.

Inicia a instrução reafirmando a estrutura moral e o conteúdo ético da Maçon∴ cujas


regras são a busca da Verdade como princípio e a atuação segundo os parâmetros
inconscientes de Verdade e Justiça, que são chamados de Lei Natural e Lei Moral. A
aplicação da Lei Natural é preconizada como instrumento de elevação do Maçon∴ e da
sociedade a um patamar de elevação moral que, de per si, levaria à solução de todos os
conflitos sociais, inaugurando uma “Era Dourada” da civilização humana. É esse o
conteúdo do ensinamento, já visto na terceira instrução, que diz respeito à Igualdade,
Fraternidade e Caridade como sementes das quais a Virtude, a Sociabilidade, o Progresso
e, enfim, a Felicidade devem ser os frutos.

Do plano geral a instrução passa para o particular, avaliando o comportamento a que o


Maçon∴ se obriga, que deve ser tendente a materializar o mais fielmente possível a
doutrina ética maçônica, conforme a Lei Natural e a Lei Moral já referidas. Todos os
princípios particulares ali mencionados são desdobramentos necessários das normas
éticas gerais já estudadas, que segundo a doutrina e a tradição judaico-cristã cada qual
traz em seu íntimo - é o discernimento do Bem e do Mal.

Em seguida, a instrução nos fala de como os que estamos no seio desse organismo social
podemos reconhecer nossos semelhantes no culto comum - por sinais, toques e palavras.
Associa o ensinamento às lições recebidas na segunda instrução, pertinente às joias
movéis . A explanação do conteúdo simbólico que é a devoção aos princípios maçônicos de
retidão e, em especial, o do segredo, com uma determinação extrema cujo limite é o do
martírio, representado analogicamente pela mutilação de órgão da fala (a garganta e as
cordas vocais), tão radical que seu efeito é a morte.
Passa-se à instrução das “senhas” pelas quais o Maç∴ reconhece um Ir∴ que podem ser
sinais, toques e palavras. É o cob do gr∴ de Apr∴ Maç∴ reparar que o ensinamento é
sempre repisado, demonstrando que o método pedagógico utilizado, se bem que antigo, é
o mais eficaz de que se tem notícia: a observação e a repetição. Traduz também a
importância que se dá para a correção dos símbolos, como forma de perpetuar uma
tradição eminentemente oral, cujo comportamento deve ser imitado fiel e constantemente
de forma a incuti-lo em nossos corações. Assim, nós nos tornamos aptos e manter e
transmitir a tradição tal qual os antigos o faziam, quando chegar nossa hora de ensiná-la.

Importante distinguir que, para nosso gr∴ há um conteúdo simbólico ligado ao próprio
aprendizado, em que devemos externar, por meio de representações também simbólicas,
nossa condição de neófitos. Assim é com a P∴, que devemos apenas soletrar, em vista de
nossa idade convencionada, que é de três anos.

A palavra sagrada é B∴ e deriva-se de “B”, que significa “Em”, e “O”, que significa “força” -
ou seja, na força. Boaz era também o nome simbólico dado à uma das duas colunas
principais do Templo de Salomão; a outra tem o nome simbólico de Jachin, que significa
Sabedoria. A fonte é bíblica: 1Reis “ As colunas Jaquim e Boaz estabelecidas na entrada do
templo simbolizam a força e a estabilidade. Esses nomes, significando "Ele estabelecerá" e
"Nele há força", refletem a crença na proteção e na promessa divinas”.

As Col∴de bronze, para melhor resistirem ao dilúvio e às intempéries; são ocas, para que
sejam nelas guardados os utensílios apropriados aos conhecimentos humanos; e são
super-dimensionadas para representar que a Sabedoria e o Poder do G∴A∴D∴U∴ estão
além das dimensões e dos julgamentos humanos.

Sobre cada uma das colunas está disposta uma romã, as “Romãs da Amizade”, emblemas
que coroam as colunas “J” e “B” dos Templos e cujos grãos simbolizam a prosperidade e
solidariedade da família maçônica.

Temos, então, mais esclarecimentos acerca da finalidade da Macon∴ é a de unir


solidariamente homens de bons costumes, a fim de que, juntos, possam amparar-se e
instruir-se mutuamente, ou seja, saírem das trevas e conhecer a Luz. Por isso é importante
o fato que obrigatoriamente fomos trazidos ao seio maçônico por um amigo, que se torna
um Ir∴ pela comunhão no culto (entendido culto no sentido moral e não religioso). Como
Iir∴, não há precedências a não ser as ligadas ao mérito - somos todos filhos de um mesmo
Pai e membros da mesma família.

É o sentido literal da “Fraternidade Maçonica”.“Frater”, como sabemos, significa Ir∴. Essa


Fraternidade é universal e compreende todos os M∴M∴pertencentes a lojas regulares.
Lojas não são apenas os T∴ nos quais os Maç∴ se encontram, mas a comunidade
organizada segundo as exigências maçônicas, que tem um T∴ como sede e constitui, cada
qual, uma célula desse organismo universal.

Cada Maç∴deve estar filiado a uma Loja dita “regular”, isto é, praticante rigorosa dos
ensinamentos maçônicos e sob a responsabilidade de uma Potência Maçonica regular e
reconhecida que a oriente.

Diz-se que a Loja regular é justa e perfeita quando três a governem, cinco a componham e
sete a completem. Os três que a governam são o V∴M∴ e os Primeiro e Segundo Vvig∴
cargos privativos de M∴M∴ a exigência de cinco que a componham está ligada aos cargos
da Loja que não se podem acumular – Or∴ e Secr∴ que bem podem ser preenchidos por
Ccomp∴ na ausência de M∴M∴ Os sete que a completem constituem exigência ligada mais
uma vez a tradição bíblica muito difundida, encontrada no Livro de Provérbios, 9: 1: “A
SABEDORIA EDIFICOU SUA CASA, TALHOU SETE COLUNAS” . São os ditos sete pilares da
sabedoria, a que os M∴M∴ reunidos em loja representam.

A entrada no T∴ obedece a um ritual de proteção e segredo, que são as três pancadas,


significando afinal “pedi e recebereis”, que resume as outras duas proposições. A
afirmação está ligada à Bíblia e aos ensinamentos cristãos.

A Instrução usa da entrada no T∴ para, mais uma vez, reportar-se à Iniciação, que é a
primeira entrada de um Maç∴ em Loja. Vendado, será colocado entre Ccol∴ aguardando
para ser conduzido às três viagens. Três são as viagens simbólicas; três são os centros
onde primitivamente foram cultivadas as ciências (Pérsia, Fenícia e Egito); a própria idade
do Apr∴ é de três ano, pois na Antiguidade esse era o tempo previsto para sua preparação.
Três também são os passos da marcha do gr∴, formando cada um e a cada junção dos
calcanhares um ângulo reto, que significa a retidão para um real aprendizado na ciência e
na virtude. Três ainda são as joias - fixas e móveis, as Grandes Luzes Emblemáticas e
mesmo os ggr∴ M∴M∴ principais.

As viagens simbólicas, que já foram estudadas na Terceira Instrução, têm fundamento


bíblico, especialmente no Livro de Isaías (capítulos 42 e 43), que fala da necessidade de
passarmos por veredas tortuosas, pela água sem nos afogarmos e pelo fogo sem nos
queimarmos.

Só assim estaremos aptos a sair das trevas e ver a Luz. Em seguida, purificado o neófito
pelos elementos, seu comportamento de ajoelhar-se perante o L∴ da L∴ apondo sobre ele
a mão direita, simboliza a submissão aceita pelo Maç∴ aos princípios da Lei e da Ordem,
com respeito e humildade perante os Regulamentos e normas de cunho formal e moral
que regem a instituição.
Na mão esquerda está o Compasso, aberto, que figura a dualidade por suas hastes, e a
união por sua junção. É um dos grandes símbolos da Maçon∴ comumente colocado sobre o
A∴ da Loja enlaçado com o Esquadro, sobre o L∴ da L∴(as Três Grandes Luzes
Emblemáticas).

Na Iniciação, o Apr∴segura o Comp∴ com as pontas sobre o peito, representando o dever


do Maç∴ de submeter suas paixões profanas aos ideais M∴M∴. Esse esforço - de conter as
paixões, reprimir os vícios e estimular as virtudes - consiste alegoricamente no trabalho
de desbastar a P∴B∴, que figura, por simbologia, o Apr∴ Esse trabalho, simbolicamente,
começa em Loja sempre ao meio-dia, segundo a tradição de Zoroastro, que pretendia que
seus discípulos iniciassem suas atividades nessa hora para que se aproveitassem do sol
irradiando o máximo de luz, e também para que, reduzidas as sombras ao mínimo, o
homem de pé, completamente iluminado, não pudesse fazer sombra a ninguém.

Por fim, trata a Instrução do significado da indumentária do neófito na Iniciação. Além dos
significados tradicionais e bíblicos, há o significado simbólico: o neófito deve estar
vendado e descalço, e não deve estar nu nem vestido (novamente Isaías e também o Livro
do Êxodo). QUE DIZ: NÃO TE CHEGUES PARA CÁ; TIRA OS TEUS SAPATOS DE TEUS PÉS,
PORQUE O LUGAR EM QUE TU ESTÁS É TERRA SANTA’’.
Sua venda está pela cegueira induzida ao neófito pelo mundo profano, da qual ele deseja se
afastar ingressando na Maçon∴. O pé direito descalço é um sinal de respeito, e o braço
direito e peito esquerdo desnudos, além dos significados vistos na Terceira Instrução, são
uma alegoria da consagração à causa maçônica, à qual ofertávamos nossas forças (o braço)
e nosso devotamento (o coração).

Oriente de Guarulhos, 16 de Abril 2024 da E∴V∴.


Ir∴ Daniel Rodrigues A∴M.

Bibliografia:

-1. Figueiredo, Joaquim Gervásio de; DICIONÁRIO DE MAÇONARIA, ed. Pensamento - 1994.
-2. Aplicativo GLESP estudos, EAD RITUAL DE APRENDIZ MAÇOM.
-3. Bliblia Sagrada ed. Salão do Reino das T.J.

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