Capilaridade Dany
Capilaridade Dany
Capilaridade Dany
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO ESCOLA POLITCNICA DE PERNAMBUCO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL MECNICA DOS SOLOS 1
Breno Pessoa Danyela Santos Hugo Florncio Regina Melo Renata Moraes
CAPILARIDADE
RECIFE 2011
2 CAPILARIDADE
Breno Pessoa Danyela Santos Hugo Florncio Regina Melo Renata Moraes
CAPILARIDADE
Trabalho acadmico apresentado como requisito para obteno de nota parcial da segunda unidade escolar da disciplina de Mecnica dos Solos 1, ministrada no curso de Engenharia Civil da Universidade de Pernambuco pela professora Maria da Conceio.
RECIFE 2011
4 CAPILARIDADE SUMRIO
1. 2.
INTRODUO ...................................................................................................... 5 CAPILARIDADE.................................................................................................... 6 2.1. 2.2. 2.3. 2.4. Definio ........................................................................................................ 6 Coeso ........................................................................................................... 6 Adeso ........................................................................................................... 6 Fenmeno da Capilaridade............................................................................. 7
4. 5.
REFERNCIAS .......................................................................................................... 15
5 CAPILARIDADE
1. INTRODUO
Antes de iniciar o tema principal do trabalho, ser necessrio realizar uma breve abordagem acerca de outro tema, que diz respeito Tenso Superficial; uma vez que os fenmenos capilares esto diretamente associados essa fora que atua em toda a superfcie de um lquido como decorrncia da ao da energia superficial livre. Os lquidos tendem a adotar uma forma de minimizar a sua rea de superfcie, numa tentativa de manter as molculas com um maior nmero possvel de vizinhos semelhantes. Este fenmeno confere ao lquido uma casca de molculas na superfcie. As gotas de lquidos tendem a assumir a forma esfrica, pois consiste na menor razo superfcie/volume.
Para se perturbar a superfcie de um lquido necessrio realizar algum trabalho. A razo entre o trabalho realizado e a rea de deslocamento na superfcie do lquido chamada de tenso superficial.
A palavra capilaridade est relacionada com o substantivo latino capillum, que significa cabelo. Este nome foi dado porque consiste num fenmeno que ocorre em tubos de dimetros muito pequenos, semelhantes a um fio de cabelo, ou em lminas separadas por uma distncia muito pequena.
2.2.
Coeso
As molculas de gua so unidas por meio de pontes de hidrognio. Essa unio entre molculas chamada Coeso; ou seja, a capacidade que uma substncia tem de permanecer unida (coesa), resistindo separao. Pode-se observar a coeso de uma gota de gua sobre uma superfcie formando uma espcie de pelcula resistente, pois as molculas esto fortemente aderidas umas s outras.
2.3.
Adeso
7 CAPILARIDADE Alm das foras de coeso, a gua tambm pode se aderir s outras molculas. Isso pode ocorrer graas sua polaridade. A gua tende a atrair e ser atrada por outras molculas polares. Essa atrao entre molculas de gua e outras molculas polares chamada de Adeso. As molculas de gua no se ligam com molculas apolares, ou seja, no h adeso.
2.4.
Fenmeno da Capilaridade
As molculas de gua so unidas entre si pela fora de coeso. Quando um tubo capilar inserido em um reservatrio de gua, o material que forma as paredes do tubo atrai as molculas de gua por adeso. Se a adeso for mais forte que a coeso, o liquido adere s paredes do tubo e sobre um pouco, apesar da fora da gravidade. Tanto o lquido pode subir, como descer. Isso depender de qual ser a maior fora (coeso ou adeso). Na figura abaixo tm-se os dois casos de capilaridade. Na figura da esquerda, a gua, quando entra em contato com o vidro, sofre uma pequena elevao, porque as foras de adeso foram maiores do que as de coeso; se diz que o lquido molhou as paredes. Na figura da direita, h um pequeno abaixamento quando o mercrio entra em contato com o vidro. Esse abaixamento ocorre porque as foras de coeso foram maiores que as de adeso; se diz que o lquido no molhou as paredes.
8 CAPILARIDADE 3. TEORIA DO TUBO CAPILAR Como vimos, capilaridade a capacidade que um lquido possui de subir por tubos bem finos (capilares) finos como fios de cabelo, e quanto mais finos os tubos e mais viscoso o liquido mais rpido ele subir. Quando um tubo capilar colocado em contato com a superfcie da agua livre formase uma superfcie curva a partir do contato gua-tubo, a curvatura funo das propriedades do material do tubo. A gua sobe pelo tubo capilar at que seja estabelecido o equilbrio das presses interna e externa superfcie (fenmeno de ascenso capilar). Onde a altura de ascenso capilar em um tubo de raio r, pode ser calculada igualando o peso da gua no tubo acima do nvel da gua com a resultante da tenso superficial responsvel pelo equilbrio (tenso superficial da gua a 20C 0,073 Nm/m).
Comportamento da gua capilar nos solos Os vazios no solo so muito pequenos, comparveis aos tubos capilares, embora muito irregulares e interconectados. Quando um solo seco colocado em contato com gua livre, esta sobe por capilaridade at uma altura que funo do dimetro dos vazios, este relacionado com o dimetro das partculas. Como bolhas de ar ficam enclausuradas, o solo mantem parcial e decrescente saturao at a altura mxima de ascenso capilar.
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Segundo Milton Vargas, nos solos arenosos a ascenso da ordem de 30 a 50 cm, porm em solos argilosos pode ser de 80m. Segundo Souza Pinto, a ascenso mxima para pedregulhos de pouco centmetros, 1 a 2 metros para areias, 3 a 4 metros para os siltes e dezenas de metros para argilas.
A estimativa da altura de ascenso capilar em um solo pode ser dada pela formula empirica de Hazen, pode ser empregada para uma estimativa grosseira da altura de ascenso capilar.
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5. IMPORTNCIA DOS FENMENOS CAPILARES Exemplos da importncia do estudo de capilaridade dos solos: - Na construo de pavimentos rodovirios: A gua que sobe por capilaridade tende a comprometer a durabilidade de pavimentos. Se o terreno de fundao de um pavimento constitudo por um solo siltoso e o nvel fretico est pouco profundo, para evitar a ascenso capilar da gua necessrio substituir o material siltoso por outro com menor potencial de capilaridade. - A contrao dos solos: quando toda a superfcie de um solo est submersa em gua, no h fora capilar. Porm, a medida que a gua vai sendo evaporada, vo se formando meniscos, surgindo foras capilares que aproximam as partculas, promovendo fissuramentos. - Coeso aparente: a gua existente nos solos que no se comunica com o lenol fretico situa-se nos contatos entre os gros, formando meniscos capilares. A tenso superficial da gua tende a aproximar as partculas, ou seja, aumenta a tenso efetiva. Esta tenso efetiva confere ao solo uma coeso aparente. Aparente porque no permanece se o solo saturar ou secar.
A coeso aparente freqentemente referida s areias, pois estas podem se saturar ou secar com facilidade. Entretanto, nas argilas que ela atinge valores maiores e mais importante. Muitos taludes permanecem estveis devido a ela. Chuvas intensas podem reduzir ou eliminar a coeso aparente, razo pela qual rupturas de encostas e de escavaes ocorrem com muita freqncia em pocas chuvosas. - Sifonamento capilar: observado em barragens, a gua pode por capilaridade, ultrapassar barreiras impermeveis e gerar por efeito do sifonamento capilar percolao da gua sobre o ncleo argiloso impermevel da barragem. Ocorre quando a altura capilar do material que cobre o ncleo impermevel maior que a distncia entre a crista do ncleo e o NA de montante.
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14 CAPILARIDADE 7. CONCLUSO
15 CAPILARIDADE REFERNCIAS
Mecnica dos solos - Homero Pinto Caputo Curso Bsico de Mecnica dos Solos - Carlos de Souza Pinto. Oficina de Textos. 3 edio,2006. Introduo Mecnica dos Solos dos Estados Crticos - J.A.R. Ortigo. LTC Editores. 3 edio, 2007. Mecnica dos Solos II Notas de Aula Prof. DSc. Erinaldo Hilrio Cavalcante. Universidade Federal de Sergipe - Centro de cincias exatas e tecnologia. >www.if.ufrj.br/teaching/fis2/hidrodinamica/viscosidade.html < Acesso em: 10/11/2011.