Dir. Empresarial
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7º Semestre
Curso: Direito Período: Noturno
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1- A Teoria Geral dos Contratos Empresariais dedica-se a explicar a função dos contratos na
atividade empresarial e também a esclarecer o que é o chamado contrato empresarial, incluindo suas
principais peculiaridades. Sendo assim, com base no conteúdo disponibilizado através das aulas,
disserte sobre os “Contratos na atividade empresarial: suas especificidades e peculiaridades”, nos seus
principais aspectos (histórico, natureza, conceito, características, legislação aplicada, jurisprudência
atualizada, teorias etc.):
Os contratos empresariais são instrumentos jurídicos inseridos no contexto corporativo, envolvendo
obrigações pactuadas reciprocamente entre pessoas jurídicas. Esse tipo de documento não possui uma
normatização própria, mas, por tratar de negócios jurídicos no âmbito corporativo e possuírem
peculiaridades, precisam de um tratamento especial, seja na sua negociação ou na sua formalização.
Já com os princípios, via de regra eles serão celebrados entre duas pessoas jurídicas, e terá sua
finalidade relacionada à atividade da empresa ou aos seus aspectos societários (como aquisições, fusões,
etc.). Nesse meio, também poderá ser realizado com um órgão público, caso em que resultará em um
contrato administrativo. Contudo, pode – se extrair alguns princípios que servem para guiar os contratos
firmados nas organizações, como:
Princípio da autonomia da vontade;
Princípio da obrigatoriedade dos contratos;
Princípio da relatividade dos efeitos do contrato;
Princípio da função social do contrato;
Princípio da boa-fé objetiva;
Princípio do equilíbrio econômico-financeiro do contrato;
Características Peculiares dos contratos empresariais
apresenta normas gerais a serem seguidas tanto nos contratos empresariais quanto nos civis
validade dos negócios jurídicos (art. 104);
defeitos dos negócios jurídicos (art. 138 e ss);
Princípio da Função Social do contrato (art. 421);
Princípio da boa-fé objetiva (art. 422);
Contrato de Adesão (arts. 427 e ss);
Formação dos contratos (arts. 427 e ss);
Vícios Redibitórios (arts. 441 e ss) – defeitos na coisa;
Evicção (arts. 447 e ss) – defeito na transmissão do bem;
Características dos contratos empresariais
Informalidade (em razão da velocidade das negociações): tratamento relevante à aparência e à boa-
fé;
Uniformização dos procedimentos atinentes à atividade mercantil;
Risco (para alguns doutrinadores, pois para outros o risco é inerente aos contratos empresariais);
Doutrina da Boa Fé nos contratos Empresariais
A boa-fé no direito comercial não desempenha apenas uma função moral, desconectada da realidade
dos negócios e fundada em valores outros que não a busca do melhor funcionamento do mercado. Ao
contrário, reforça as possibilidades de confiança dos agentes econômicos no sistema, diminuindo o risco. A
boa-fé agora, em todo o direito privado é um catalisador da fluência das relações no mercado.
No processo de interpretação dos contratos mercantis, a boa-fé não pode ser confundida com
equidade ou com “consumismo”, erro em que incidem vários autores não habituados à dinâmica de
mercado.
Lembrando que para a validação do contrato, é necessário:
Capacidade das partes, art. 166 e 171 do Código Civil;
Objeto lícito: O art. 162 do CC é claro ao dispor que é nulo o negócio quando o objeto for ilícito,
impossível ou indeterminável (ex.: contrato de compra e venda de uma praia, ou contrato de fazer
chover);
Forma prescrita;
Consentimento recíproco entre os contratantes: erro, dolo, coação, lesão, estado de perigo, fraude e
simulação – art. 167 e 171 do CC.