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PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE

TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS

1) O que são produtos perigosos?


São substâncias encontradas na natureza ou produzidas por qualquer
processo que coloquem em risco a segurança pública, saúde de pessoas e
meio ambiente, conforme critérios de classificação da ONU, publicadas por
meio da recém publicada Resolução Nº 420/04 da Agência Nacional de
Transportes Terrestres - ANTT.

2) Como é a classificação dos produtos perigosos?


A classificação adotada para os produtos considerados perigosos no Brasil, é
feita com base no tipo de risco que apresentam e conforme as
Recomendações para o Transporte de Produtos Perigosos das Nações Unidas,
11ª Edição com atualizações da 12ª Edição, compõe-se das seguintes classes:

Classe 1 - Explosivos

Subclasse 1.1 - Substâncias e artigos com risco de explosão em massa;


Subclasse 1.2 - Substâncias e artigos com risco de projeção, mas sem risco de
explosão em massa;
Subclasse 1.3 - Substâncias e artigos com risco de fogo e com pequeno risco
de explosão ou de projeção, ou ambos, mas sem risco de explosão em massa;
Subclasse 1.4 - Substâncias e artigos que não apresentam risco significativo;
Subclasse 1.5 - Substâncias muito insensíveis, com risco de explosão em
massa;
Subclasse 1.6 - Artigos extremamente insensíveis, sem risco de explosão em
massa.

Classe 2 - Gases, com as seguintes subclasses:


Subclasse 2.1 - Gases inflamáveis;
Subclasse 2.2 - Gases não-inflamáveis, não-tóxicos;
Subclasse 2.3 - Gases tóxicos.

Classe 3 - Líquidos Inflamáveis

Classe 4 - Sólidos inflamáveis; Substâncias sujeitas a combustão espontânea;


Substâncias que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis :

Subclasse 4.1 - Sólidos inflamáveis;


Subclasse 4.2 - Substâncias sujeitas a combustão espontânea;
Subclasse 4.3 - Substâncias que, em contato com a água, emitem gases
inflamáveis.

Classe 5 - Substâncias Oxidantes e Peróxidos Orgânicos:

Subclasse 5.1 - Substâncias oxidantes;


Subclasse 5.2 - Peróxidos orgânicos.

Classe 6 - Substâncias Tóxicas e Substâncias Infectantes :

Subclasse 6.1 - Substâncias tóxicas;


Subclasse 6.2 - Substâncias infectantes.

Classe 7 - Material Radioativo

Classe 8 - Substâncias Corrosivas

Classe 9 - Substâncias e Artigos Perigosos Diversos

3) É possível que minha empresa esteja expedindo ou transportando


produtos perigosos sem saber?
Sim, pois nem todos os critérios de classificação de produtos, previstos pelas
legislações nacionais e internacionais, são conhecidos. Assim, uma mistura
pode ser considerada perigosas, porém a empresa não a classifica assim,
ficando sujeito a multas que variam de 123,4 UFIR a 617 UFIR, dobrando na
reincidência.
4) Como os produtos perigosos são identificados no veículo?
Através de retângulos laranjas, que podem ou não apresentar duas linhas de
algarismos, definido como PAINEL DE SEGURANÇA e losangos definidos
como RÓTULOS DE RISCO, que apresentam diversas cores e símbolos,
correspondente à classe de risco do produto a ser identificado. As embalagem
devem portar RÓTULOS DE SEGURANÇA e RÓTULOS DE RISCO com
informações sobre manuseio armazenamento e emergência.

5) Quais são os documentos de porte obrigatório?


a) Documento Fiscal: deve apresentar o número ONU, nome do produto,
classe de risco, grupo de embalagem, quantidade do produto e declaração de
responsabilidade do expedidor de produtos perigosos.

b) Ficha de Emergência: deve conter informações sobre a classificação do


produto perigoso, riscos que apresenta e procedimentos em caso de
emergência, primeiros socorros e informações ao médico.

c) Envelope para Transporte: apresenta os procedimentos mínimos para o


motorista, em situação de emergência, telefones úteis e identificação das
empresas transportadora, redespacho quando for o caso, e expedidora do
produto perigoso. É obrigatório um Envelope para o Transporte, por
embarcador de produto no veículo, no mínimo.

d) Certificado de Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos:


citado pelo RTPP como Certificado de Capacitação para o Transporte de
Produtos Perigosos à Granel, é um documento expedido pelo INMETRO ou
empresa por ele credenciada, que comprova a aprovação do veículo
(caminhão, caminhão trator e chassis porta contêiner) ou equipamento (tanque,
vaso para gases, etc) para o transporte de produtos perigosos à granel (sem
embalagem). Para o transporte de carga fracionada (embalada) este
documento não é obrigatório.

e) Certificado de Conclusão do Curso de Movimentação de Produtos


Perigosos - MOPP: somente é obrigatório o porte deste documento, quando o
campo de observações da Carteira Nacional de Habilitação não apresentar a
informação "Transportador de Carga Perigosa". Esta informação deve ser
inserida no ato da renovação do exame de saúde do condutor.

f) Declaração de Expedição que não Contenha Embalagens Vazias e não


Limpas que Apresente Valor de Quantidade Limitada Igual a “zero":
documento obrigatório somente quando forem transportadas embalagens
vazias e sejam utilizadas as isenções previstas para o transporte de produtos
perigosos em quantidades limitadas, conforme a Resolução ANTT Nº 420/04..

g) Declaração de Incompatibilidade nos Casos em que a Ficha de


Emergência não é Exigida: documento obrigatório somente quando a
legislação dispensa o porte da Ficha de Emergência, como por exemplo no
transporte de produtos perigosos em quantidades limitadas, conforme a
Resolução ANTT Nº 420/04. Entre em contato com a STD Consultoria para
maiores informações sobre a elaboração deste documento.

h) Guia de Tráfego: obrigatório para o transporte de Produtos Controlados


pelo Exército (explosivo, entre outros).

i) Declaração do Expedidor de Material Radioativo e Ficha de Monitoração


da Carga e do Veículo Rodoviário: obrigatório para os produtos classificados
como radioativos, expedido pela CNEN.

j) Outros: existem outros documentos previstos por outras legislações,


conforme o produto transportado, ou município por onde o veículo transitar. Há
também documentos previstos pela Polícia Federal, para produtos utilizados no
refino e produção de substâncias entorpecentes e de órgãos de Meio
Ambiente, para o transporte de resíduos. No município de São Paulo, para o
transporte de produtos perigosos, deve-se portar a Autorização Especial para o
Transporte de Produtos Perigosos.

6) Também são previstos equipamentos obrigatórios?


Sim, conhecidos por Conjunto de Equipamentos para Situações de Emergência
ou kit de emergência e EPI - equipamento de proteção individual. A
composição destes conjuntos depende do produto a ser transportado.
7) Quais são as responsabilidades da empresa expedidora de produtos
perigosos?

O expedidor, deve avaliar as condições de segurança do veículo contratado.


Também é o responsável pelo acondicionamento do produto a ser
transportado, de acordo com as especificações do fabricante. Deve adotar
todas as precauções relativas à preservação dos mesmos, especialmente
quanto à compatibilidade entre si. Deve, ainda entregar ao transportador os
produtos perigosos fracionados devidamente rotulados, etiquetados e
marcados, bem assim os rótulos de risco e os painéis de segurança para uso
nos veículos, informando ao condutor as características dos produtos a serem
transportados.
08) Quais são as responsabilidades da empresa transportadora de
produtos perigosos?
Dar adequada manutenção e utilização aos veículos e equipamentos,
transportar produtos a granel de acordo com o especificado no "Certificado de
Capacitação para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel", providenciar
o porte do conjunto de equipamentos necessários às situações de emergência,
instruir o pessoal envolvido na operação de transporte quanto à correta
utilização dos equipamentos necessários às situações de emergência, acidente
ou avaria, fornecer os trajes e equipamentos de segurança no trabalho, realizar
as operações de transbordo observando os procedimentos e utilizando os
equipamentos recomendados pelo expedidor ou fabricante do produto, entre
outros.
Quando o transporte for realizado por transportador comercial autônomo,
alguns dos deveres e obrigações constituem responsabilidade de quem o tiver
contratado.
09) Quem é competente para realizar a fiscalização do transporte
rodoviário de produtos perigosos?
A fiscalização incumbe ao Ministério dos Transportes, sem prejuízo da
competência das autoridades com jurisdição sobre a via por onde transite o
veículo transportador de produtos perigosos. Portanto, para que a Polícia
Rodoviária possa efetuar a fiscalização, é necessário que o dirigente do órgão
de trânsito rodoviário delegue sua competência, mediante convênio ou outro
instrumento legal.

10) O que acontece quando a Polícia constata o descumprimento ao


Regulamento do Transporte de Produtos Perigosos? O veículo pode ser
retido? E o produto?
O veículo deverá ser imediatamente retido, sendo liberado somente após
sanada a infração. Poderá ser determinada a remoção do veículo para local
seguro, o descarregamento e a transferência dos produtos para outro veículo
ou para local seguro ou a eliminação da periculosidade da carga ou a sua
destruição, sob a orientação do fabricante ou do importador do produto e,
quando possível, com a presença do representante da seguradora.

11) Quem pode ser multado por infração ao RTPP?


Somente a empresa transportadora e a expedidora de produtos perigosos. O
condutor jamais será multado, porém ele pode cometer infrações de
responsabilidade da transportadora.
12) Quais são os valores das multas?
As infrações punidas com multa classificam-se, de acordo com a sua
gravidade, em três grupos:
I - Primeiro Grupo - 617 UFIR;
II - Segundo Grupo - 308,5 UFIR; e
III - Terceiro Grupo - 123,4 UFIR.
Na reincidência específica, a multa será aplicada em dobro.

Valores conforme Portaria Nº 38 do DENATRAN, de 10/12/98, publicada no


DOU de 11/12/98
13) Quais os exemplos de multas onde o transportador e o expedidor são
responsáveis solidariamente?
Falta da Ficha de Emergência e Envelope para Transporte, falta dos painéis de
segurança e rótulos de risco, falta dos conjunto de equipamentos para
situações de emergência e EPI, que são as mais comuns.
14) Quais os exemplos de multas exclusivas do transportador?
Transportar, juntamente com produto perigoso, pessoas, animais, alimentos ou
medicamentos destinados ao consumo humano ou animal, ou, ainda,
embalagens destinadas a estes bens e transportar produto perigoso
desacompanhado de Certificado de Capacitação para o Transporte de
Produtos Perigosos a Granel.

15) Quais os exemplos de multas exclusivas do expedidor?


Não prestar os necessários esclarecimentos técnicos em situações de
emergência ou acidentes, quando solicitados pelas autoridades, não
comparecer ao local do acidente quando expressamente convocado pela
autoridade competente e não lançar na nota fiscal, o Nome Apropriado para
Embarque, classe de risco ou número ONU.

16) Quais os exemplos de multas exclusivas do transportador, cometidas


pelo motorista?
Circular em vias públicas nas quais não seja permitido o trânsito de veículos
transportando produto perigoso e não dar imediata ciência da imobilização do
veículo em caso de emergência, acidente ou avaria, que são cometidas pelo
motorista.

17) Os painéis de segurança e rótulos de risco podem ser adesivos ou


devem ser removíveis?
Não existe qualquer restrição em relação à forma de fixação da identificação do
produto. Entretanto, o material utilizado deve ser resistente às intempéries, ou
seja, suportar a ação do vento, sol e chuva, sem alterar suas características e,
principalmente, a legibilidade.

18) Quem está obrigado a fornecer os painéis de segurança e rótulos de


risco para uso no veículo ?

Conforme o art 36, parágrafo único do RTPP, o expedidor entregará ao


transportador os produtos perigosos fracionados devidamente rotulados,
etiquetados e marcados, bem assim os rótulos de risco e os painéis de
segurança para uso nos veículos, informando ao condutor as características
dos produtos a serem transportados. Esta obrigação está relacionada com o
transporte de produtos perigosos à granel ou fracionado.

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