TCC II Nathalia de Moura Brasil
TCC II Nathalia de Moura Brasil
TCC II Nathalia de Moura Brasil
Bagé
2022
NATHÁLIA DE MOURA BRASIL
Bagé
2022
Ficha catalográfica elaborada automaticamente com os dados fornecidos
pelo(a) autor(a) através do Módulo de Biblioteca do
Sistema GURI (Gestão Unificada de Recursos Institucionais) .
Banca examinadora:
https://sei.unipampa.edu.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=840098&infra_… 1/2
28/03/2022 09:42 SEI/UNIPAMPA - 0763672 - SB-BG - Folha de Aprovação
UNIPAMPA
https://sei.unipampa.edu.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=840098&infra_… 2/2
AGRADECIMENTO
A minha estrelinha, minha avó Eliane Terezinha Holzschuh de Moura, pelo incentivo,
pois sem ela está jornada não teria acontecido.
A minha avó Dalva Picaz Belles Brasil, por toda ajuda e carinho ao longo destes anos.
Aos meus pais Ancelmo Belles Brasil e Michele Holzschuh de Moura, por toda
assistência, incentivo, e paciência ao longo destes anos.
Ao meu irmão, Diogo de Moura Brasil, pela parceria, por todas as conversas e apoio.
Aos meus orientadores, Prof. Dr. Sérgio Sergio Meth Morgenbesser e Prof. Dr. Udo
Eckard Sinks, por toda ajuda e orientação.
Aos meus amigos, Gabriela, Rodolfo, Bruna, Luiza Maria e Luiza Kauane, pelas parceria
ao longo desses anos, conversas, incentivos e amizade, com certeza vocês tornaram esta jornada
muito mais fácil e agradável.
.
RESUMO
Palavras-Chave: Cafeína. Coffea spp. Camellia sinensis. Ilex paraguariensis. Extração Soxhlet.
ABSTRACT
Stimulant drinks are regularly consumed by billions of people, mainly due to their properties and
benefits to the body. It is a compound of great industrial interest and can be used in several
industrial sectors, such as food, cosmetics and pharmaceutical industries, being present in more
than 63 species of plants, such as coffee (Coffea spp), tea (Camellia sinensis) and mate (Ilex
paraguariensis). Although of the great demand for these beverages, tons of waste are generated
every year, which are discarded without any application, disregarding the compounds who still
present and harming the environment. As a way of reusing these residues, and due to the growing
study and market interest in the extraction of caffeine from natural products, the present work aims
to verify the viability of its treatment and use, through the continuous solid-liquid extraction of
caffeine from different samples of coffee, tea and mate (herb), followed by their characterization
and analysis.
Keywords: Caffeine. Coffea spp. Camellia sinensis. Ilex paraguariensis. Soxhlet Extraction.
LISTA DE FIGURAS
IV – Radiação Infravermelho
H2O – Água
KBr – Brometo de cálcio
NaOH – Hidróxido de Sódio
Na2SO4 – Sulfato de Sódio
UV-Vis – Radiação Ultravioleta visível
λ – Comprimento de onda
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 12
2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 14
2.1 OBJETIVO GERAL......................................................................................................... 14
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................................... 14
3 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................... 15
3.1 CAFÉ.................................................................................................................................. 15
3.1.1 ORIGEM DO CAFÉ ..................................................................................................... 16
3.1.2 CAFÉ NO BRASIL ....................................................................................................... 17
3.1.3 CULTIVO E PROCESSO DE PRODUÇÃO .............................................................. 18
3.1.4 APLICAÇÕES DOS RESÍDUOS GERADOS PELA INDÚSTRIA CAFEEIRA ... 19
1 INTRODUÇÃO
Considerado como uma das bebidas mais consumidas, o café é a commodity alimentar
mais importante no mundo, sendo o Brasil seu maior produtor mundial, e o segundo país que
mais consome a bebida (DURÁN et al, 2017). Assim como o café, o Brasil também é o maior
produtor de erva-mate, produto de grande importância econômica e sócio-cultural para a região
sul do país, vinculado à cultura da região, que possui o hábito de consumir o chimarrão e o
tererê. E o chá preparado a partir das folhas de Camellia sinensis, consumido no mundo todo,
está ganhando cada vez mais atenção e incentivos, surgindo como alternativa para substituir
outras bebidas menos nutritivas.
Estas três bebidas, apresentam em sua composição a cafeína, afamada por suas
propriedades estimulantes ao sistema nervoso central e cardíaco, podendo ser encontrada em
mais de 63 espécies de plantas, tendo como principais fontes o café (Coffea spp), o chá
(Camellia sinensis), o guaraná (Paullinia cupana), o mate (Ilex paraguariensis), a noz de cola
(Cola vera) e o cacau (Theobroma cacao) (MENDES; GALACHO, 2012).
A cafeína é um composto de interesse para diversos setores industriais, como
alimentício, fármaco e cosmético, devido a suas propriedades de caráter estimulante que
contribui na redução de algumas fadigas musculares, no aumento da concentração e melhoria
no rendimento em atividades físicas, além de ser um estimulante diurético e possuir
características promissoras para aplicação em cosméticos (BURKE, 2008).
Apesar de ser possível sua obtenção de forma sintética, em geral, a cafeína é extraída a
partir do pó de sementes, folhas e restolhos, utilizando solventes orgânicos imiscíveis em água.
Já para sua quantificação, há diversos métodos que podem ser aplicados, sendo a gravimetria o
método mais antigo adotado para análise de produtos alimentícios.
A espectroscopia UV-VIS é um método analítico de determinação da cafeína, conduzida
com base na análise da absorbância no comprimento de onda na faixa de 271 à 275 nm
(HOLIDAY, 1930).
Como consequência do alto consumo destas bebidas que possuem cafeína, são geradas
grandes quantidades de resíduos, que acabam sendo descartados em lixões e aterros sanitários,
sem nenhuma aplicação, prejudicando o meio ambiente, pois em elevadas concentrações este
alcalóide acaba se tornando tóxico para plantas e microrganismos presentes no solo, além de
ser antinutritivos aos animais. Em vista disto, e conhecendo as propriedades que ainda
existentes nestes resíduos, este trabalho objetiva realizar extração e quantificação da cafeína,
13
presente em diferentes amostras de café, erva-mate e chá preto, além de analisar a possiblidade
de coleta e reaproveitamento deste composto.
14
2 OBJETIVOS
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 CAFÉ
Considerado como uma das bebidas mais complexas devido a sua química, o café possui
inúmeros compostos químicos em seus grãos, que passam por várias transformações ao longo
do processamento do grão e da extração do café, dando origem a diversas estruturas complexas
encontradas em uma xícara de café (ROTHFOS, 1980).
Figura 1 – Cafeeiro
Pertencente à família Rubiaceae, a planta do café possui mais de 100 espécies, sendo a
maioria delas arbustos tropicais. As duas principais espécies mais cultivas e de importância
econômica são a Coffea arabica (arábica) e a Coffea canephora (robusta ou conilon). A
primeira possuí aroma mais intenso e sabores mais diversificados, gerando cafés de melhor
qualidade. Já a segunda espécie, é a mais utilizada na indústria de cafés solúveis, porém não
apresentam variações de sabores nem são refinados como a espécie arábica (BLANK 1991).
Apesar de ser o maior produtor e exportador do mundo, o Brasil é conhecido no mercado
internacional por produzir grandes quantidades de cafés comuns. Já países como Colômbia,
Guatemala, Costa Rica e Quênia, são conhecidos por produzir e fornecer cafés de qualidade,
16
agregando valor ao seu produto (TOCI; FARAH, 2014). A qualidade do café depende de
diversos fatores, como espécies/cultivares, origem geográfica, tipos dos grãos, colheita,
processamento pós-colheita, torrefação e armazenamento.
Existem diversas lendas e histórias que relatam a origem do café, dentre elas, a mais aceita
é a de que por volta de 575 d.C., na Absínia, atual Etiópia, o pastor Kaldi, observou que suas
cabras ficavam agitadas e com mais energia, após comerem os frutos amarelo avermelhados
dos arbustos existentes em alguns campos de pastoreio. Intrigado, Kaldi relatou sobre o ocorrido
a um monge da região, que resolveu aferir o poder do fruto, preparando uma infusão com as
plantas e folhas, onde constatou seus efeitos estimulante após ingerir a bebida (ESQUIVEL;
JIMÉNEZ, 2012). Verdade ou não, segundo os registros históricos foi nesta época que a
exploração do café começou a se difundir.
Apesar da inexistência de registros oficiais sobre a origem do café, sabe-se que está planta
é nativa da Etiópia, e que seguiu para a Arábia, onde foi cultivada em segredo, devido ao seu
uso medicinal. Porém, este privilégio durou pouco tempo, e logo o café acabou chegando ao
Egito e Turquia, até chegar a Europa, que foi responsável por difundir o consumo da bebida
pelo mundo.
Os Etíopes, alimentavam-se da polpa do fruto macerada ou misturada em gordura animal,
já as folhas eram mastigadas ou usadas para o preparo de chá, além da produção de um suco
fermentado que se transformava em bebida alcoólica. Já os árabes dominaram rapidamente a
técnica de plantio e preparo do café. Mas foi apenas no século XIV, que o processo de torrefação
foi desenvolvido, e a bebida adquiriu forma e gosto conhecido.
Embora tenha origem africana, o cafeeiro teve seus primeiros arbustos cultivados dentro
de monastérios islâmicos do Iêmen, no oeste da Arábia, por volta de 1250 e 1600, sua produção
era restrita apenas para rituais religiosos, uma vez que o uso de bebidas alcoólicas e outras
drogas estimulantes eram proibidas segundo o Alcorão. Com o passar do tempo e o
desenvolvimento da política mercantilista, o café foi demonstrando seu grande potencial
econômico, e finalmente entre os séculos XIV e XVI, ganhou escala comercial.
Foi em 1615 que o café conquistou a Europa, e o costume de tomar café foi disseminado,
sendo associado a encontros sociais e músicas em Casas de café (SANTOS, 2010).
As primeiras plantações na América Latina surgiram em Porto Rico em 1736, e passados
20 anos o café já havia se tornado o principal produto de exportação do país, o que permanece
até os dias atuais (GALACHO; MENDES, 2012).
17
O café chegou ao Brasil em 1727, trazido por Francisco de Mello Palheta de sua visita a
Guiana Francesa. Seu primeiro cultivo ocorreu em Belém – Pará e posteriormente no Maranhão,
chegando ao Rio de Janeiro em 1760, onde expandiu-se pela encosta da Serra do Mar, até chegar
ao Vale da Paraíba em 1780 (ORMOND; DE PAULA; FAVERET FILHO, 1999).
Durante três quartos de século, o café foi a grande riqueza do país, ocasionando uma
aceleração no desenvolvimento do Brasil e sua inserção nas relações internacionais de
comércio. A cultura do café, possibilitou o surgimento de cidades e centros urbanos por todo o
interior do Estado de São Paulo, sul de Minas Gerais e norte do Paraná, além da construção de
ferrovias, que permitiram o escoamento da produção, impulsionando o comércio de diversas
mercadorias (ABIC,2009).
Segundo levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento, em 2021
a safra brasileira de café indica uma produção de 48.807 mil sacas beneficiadas, uma redução
de 22,6% em relação ao volume obtido no ano anterior. Essa redução em relação a produção,
deve-se a bienalidade negativa que ocorre em grande parte das regiões produtoras de café. O
ciclo bienal é uma característica do cafeeiro, que consiste na alternância de um ano com grande
florada seguido por outro com florada menos intensa. Fora isso, outro fator que também
influenciou nessa redução em relação a produção, foi as condições climáticas desfavoráveis no
início do ciclo, principalmente com relação às chuvas, que ficaram abaixo do esperado em
algumas regiões produtoras.
Para este ano, é estimado um rendimento em torno de 25 scs/ha, o que representa uma
redução de 25,4% da produção, quando comparado com o ano anterior, que obtive um
rendimento nacional de 33,5 scs/há.
18
O cultivo do café tem início a partir de uma seleção criteriosa das sementes, que devem
ser plantadas em solos bem drenados e mantidas em viveiros especiais, até estarem prontas para
a colheita, que demora, em média, dois anos e meio. Durante este período de desenvolvimento,
as plantas necessitam receber cuidados especiais, como irrigação, adubação e proteção contra
pragas e ervas daninhas.
Florescidas entre os meses de setembro e novembro, são as flores brancas que dão
origem aos grãos de café durante o período do verão brasileiro, que quando maduros atingem
tons de vermelho e/ou amarelo, de acordo com a variedade da planta.
A colheita no Brasil ocorre de três formas: derriça, a dedo e mecânica. A primeira, é
realizada com a inserção de um plástico embaixo da planta, tendo os grãos arrancados e
dispostos sobre uma lona, impedindo o contato dos grãos com a terra, evitando este processo
pode ocorrer de maneira mecanizada, com o auxílio de máquinas, ou manualmente. A colheita
a dedo necessita de muita mão de obra, sendo realizada manualmente através da escolha dos
grãos maduros, este procedimento tem sido pouco utilizado nas fazendas do país, por ser caro
e demorado. Já a colheita mecânica, é realizada com o auxílio de máquinas que acumulam os
grãos em sacas.
Após a colheita, os grãos passam pela lavagem e separação, tendo as impurezas e frutos
verdes eliminados neste processo. Em seguida, ocorre o despolpamento, onde as cascas e polpas
são retiradas do fruto, e então são encaminhados para o processo de fermentação, que retira
toda a parte úmida, para posterior secagem das sementes. Esta secagem, acontece através de
19
secadores mecânicos, até o grão atingir um tom amarelado. Posteriormente, os grãos secos são
levados para a torra, onde devem descansar por cerca de três horas afim de eliminar gás
carbônico, e então estão prontos para pesagem e armazenamento, sendo enviados para o rolo
mecânico, onde ocorrerá a moagem dos grãos até atingir a granulometria desejada, novamente
deve-se deixar o grão descansar por três horas para liberação de mais gás carbônico, e então
pode ser conduzido para a máquina responsável por separar o pó nas embalagens.
A produção de café gera toneladas de resíduos por ano, que são desperdiçados e/ou
descartados de forma inadequada. Baseado nisso, diversas ações vêm sendo estudadas em busca
de alternativas de reaproveitamento desses resíduos.
Formada por diversas substâncias de interesse alimentício e industrial, a borra é o
resíduo resultante da produção de café solúvel, com tamanho de partícula muito fino e alta
umidade, carga orgânica e acidez, apresentando em sua composição polissacarídeos,
oligossacarídeos, lipídeos, ácidos alifáticos, aminoácidos, proteínas, alcalóides, compostos
fenólicos, minerais, lignina, melanoidinas e compostos voláteis.
Um dos principais problemas encontrados pela indústria de café é a disposição desses
resíduos, que até o momento inclui descarga em esgoto ou aterros sanitários, incineração,
alimentação do gado e utilização como enchimento e adsorvente em material termofixo
(RAMALAKSHMI et al., 2009; MUSSATTO et al., 2011).
20
A utilização dos resíduos gerados pelas indústrias de café descafeinado, são uma boa
alternativa para os setores que utilizam a cafeína em suas composições, como a indústria
farmacêutica, de bebidas e refrigerantes. Martinez-Saez (et al. 2017), avaliou as características
físico-químicas, estabilidade térmica e microbiológica dos resíduos, e utilizou a borra do café
na formulação de biscoitos de padaria, que teve boa aceitação pelos consumidores por meio da
análise sensorial. E Jung (et al. 2016) produziu carvão a partir da borra do café encapsulada em
camadas de alginato de cálcio.
Os resíduos gerados pela indústria de café desempenham um papel fundamental no
desenvolvimento de fontes renováveis de energia, através do uso de sua biomassa para a
produção de energia limpa (LIMOUSY et al. 2013). Além disso, a borra de café pode ser
utilizada para produção de biodiesel, já que cerca de 20% contém óleo bruto que, após processo
de transesterificação em um solvente orgânico (etanol ou metanol), possibilita a produção de
biocombustível de segunda geração – oriundo de biomassa (JANG et al. 2015; JENKINS et al.
2014).
Já Córdova (et al. 2013) e Fiol (et al. 2006), trataram a borra de café com ácido cítrico
e estudaram a capacidade de absorção dos cátions metálicos Pb (II) e Cu (II) em meio aquoso,
e encontraram que a capacidade máxima de absorção nas condições testadas foi de 0,77 e 1,53
mmol/g, respectivamente, indicando que o absorvente é promissor na remoção de cátions
metálicos comparado a outras fontes.
3.2 CHÁ-PRETO
A partir das folhas da planta Camellia sinensis (L.), é possível obter três chás que se
diferem pelo processo de fabricação, sendo eles: fermentado (chá preto), não-fermentado
21
Há diversas lendas e histórias sobre a origem do chá, acredita-se que seu surgimento
ocorreu na China no ano de 2737 a.C. Segunda a mitologia chinesa o Imperador Shen Nong,
estava descansando de uma longa caminhada em baixo de uma árvore. Enquanto descansava o
Imperador tomava água fervida em uma tigela, onde caiu algumas folhas de Camellia sinensis,
alterando assim a coloração do líquido. Ao se deparar com a bebida que possuía um aroma
agradável, Shen Nong tomou o líquido e se surpreendeu como sabor agradável e em seguida
sentiu-se revigorado. Encantado com a descoberta de uma nova bebida, o Imperador tornou o
chá sua bebida preferida, difundindo-a por toda a China. (GRACINDO, 2013)
22
O chá preto surgiu durante a dinastia Ming (1368 - 1644), onde era consumido no
formato de folhas soltas. Durante o seu transporte, em longas viagens, as folhas verdes
acabavam fermentando, alterando e comprometendo o seu sabor. Com isso, foi preciso criar
outro formato que atendesse à demanda exterior, e assim, surgiu o chá preto.
Foi no século XVII que o chá se consolidou como bebida nacional da Grã-Bretanha, e
na metade deste século chegou as colônias americanas. Atualmente, a Grã-Bretanha é o
principal consumidor mundial, seguida dos Estados Unidos. No quesito produção a Índia ocupa
o primeiro lugar, seguida pela China, sendo também produzido em outros país, como: Japão,
Turquia, Irã, Brasil, entre outros (BONACIN, 2013).
Atualmente a planta Camellia sinensis é cultivada em mais de trinta países, graças a sua
excelente capacidade de adaptação a variações climáticas e diferentes tipos de solos, podendo
ser cultivada em regiões úmidas e solos ácidos, desde o nível do mar até em regiões
montanhosas. Os melhores solos para a cultura do chá são os argilo-arenosos profundos, ricos
em potássio e fósforo, devido a planta ser calcífuga (LIMA, 2001).
O processo de colheita do chá apresenta grande influência na qualidade final da bebida,
podendo ser realizada de forma manual ou mecanizada, como ocorre em plantações mais
modernas. A colheita deve ser realizada em horários com maior iluminação e calor, pois é
nesses períodos que as folhas apresentam maior atividade fisiológica e maior quantidade de
fatores de qualidade.
De acordo com o processamento das folhas, são obtidos diferentes tipos chás, porém
todos seguem as etapas descritas na figura 6, sendo utilizada condições específicas em cada
etapa do processamento, de acordo com o tipo de chá que se deseja obter.
Os principais chás obtidos por este processo são: Chá branco, chá verde e chá preto
(figura 7). O primeiro é uma versão menos processada, pois não passa processo de fermentação,
como consequência não desenvolve muito sabor, cor e nem cafeína. O segundo, passa por um
rápido processo de fermentação, onde ocorre o desenvolvimento da cafeína, e uma redução dos
antioxidantes. E, por último, o chá preto que é totalmente fermentado, resultando em folhas
mais escuras e a formação de cafeína e taninos em maior quantidade que os demais.
24
Durante o processo de produção do chá, a partir das folhas de Camellia Sinensis L. são
gerados resíduos que em geral podem ser reaproveitados como componente de substratos
agrícolas, sendo utilizado em compostagem, misturas e fertilizantes (LIMA, et al. 2007).
3.3 ERVA-MATE
Segundo registros, foram os indígenas Guarani e Guínchua que deram início a utilização
da erva-mate, a partir do preparo de infusões das folhas para beber. Atualmente, o consumo da
erva-mate está relacionado a aspectos históricos e culturais, oriundo do hábito de tomar
chimarrão (STAGG, 1975).
Foi na época da Companhia de Jesus e seus 30 povos das Missões de Guarani que teve
o início da economia ervateira, ao longo dos rios Paraguai e Uruguai, quando o padre Burges,
supervisor da Companhia, alertou seus companheiros sobre os benefícios econômicos que a
produção de erva-mate poderia gerar. Já os bandeirantes, conheceram a erva-mate através de
26
seu contato com os povos indígenas, e a disseminaram pelo mundo levando-a em suas viagens
(MENDES, 2005).
Durante o século XIX, a economia do Paraná foi sustentada pelo crescimento da
exportação de erva-mate, que também foi responsável pelo surgimento da elite composta pelos
proprietários dos engenhos de erva-mate. No final deste século, a produção de erva-mate se
concentrava entre os municípios de Palmas, São Mateus do Sul, Guarapuava e União da Vitória.
Sendo que, os produtos com maior destaque foram os produzidos em engenhos, que
inicialmente eram movidos a energia hidráulica, para movimentação dos soques mecânicos
(BOGUSZEWSKI, 2007).
3.4 CAFEÍNA
A cafeína foi descoberta e isolada do café pela primeira vez em 1819 na Alemanha, pelo
químico Friedlieb Ferdinand Runge, que nomeou o composto de Kaffebase (a base que vem do
café). Em 1821, os químicos Pierre Jean Robiquet, Pierre-Joseph Pelletier e Joseph Bienaimé
Caventou, isolaram de forma autónoma o composto em questão, o nomeando de cafféine. Já o
químico alemão Hermann Emil Fischer, ganhador do prêmio Nobel de Química em 1902,
entrou para a história quando descobriu o processo de síntese total da cafeína e sua fórmula
estrutural (figura 11) entre os anos de 1893 e 1895 (GALACHO; MENDES, 2012).
Caracterizada por ser um pó branco, cristalino, com sabor muito amargo, sem cheiro e
com aspecto brilhante, a cafeína apresenta massa molar de 194,16 g/mol, densidade relativa de
1,23 g/m³, volatilidade de 0,5% em pH 6,9, ponto de fusão de 238 ºC (460 F) e sublima sem se
decompor termicamente a uma temperatura de 178 ºC (352 F) à pressão atmosférica sem se
decompor termicamente. (SANTO, 2016) (SOARES; FONSECA, 2005).
30
4 PROCEDIMENTOS EXPEIMENTAIS
O extrator Soxhlet é muito utilizado para extração de lipídios e outras substâncias sólidas
que são insolúveis em água, mas solúveis em compostos orgânicos. Este processo tem o
objetivo de fazer o solvente entrar em ebulição e o vapor alcança o condensador que fica na
parte superior se transformando em líquido. As gotas que resultam desta transformação caem
sobre o cartucho e enchem o reservatório até o nível do tubo lateral que leva o solvente de volta
para o balão junto com as substâncias solúveis da amostra contida no cartucho, e o ciclo é
retomado até a obtenção do composto final.
Esse tipo de extração apresenta diversas vantagens, como: O contato da amostra com o
solvente repetidas vezes, facilitando o equilíbrio da transferência. O processo de extração ocorre
em uma temperatura elevada, contribuindo para a extração de compostos localizados nos poros
da matriz sólida, e o baixo custo do equipamento. A desvantagem, é a alta toxidade dos
solventes utilizados.
Este equipamento é constituído por três seções principais (figura 12): Um percolado,
composto por um balão de destilação e um condensador de refluxo, que permite o refluxo do
32
solvente. Um dedal, cartucho de papel grosso, que retém as partículas sólidas. E por um sifão,
que esvazia periodicamente a câmara onde o dedal é colocado.
A evaporação é uma das operações unitárias mais utilizadas nos diversos ramos da
indústria química e de processos, onde o objetivo é obter um produto mais concentrado,
diminuindo o porcentual de um soluto volátil (CARVALHO, 2010). O tipo de equipamento a
ser usado para esta operação, depende da configuração da superfície para transferência de calor
e dos meios utilizados para realização da agitação ou circulação do líquido.
Já a cristalização, é um método de separação baseada na transferência de massa de um
soluto de uma solução líquida para uma fase sólida cristalina pura, durante este processo a
solução torna-se concentrada, em quanto o soluto sai da solução. A recristalização por
evaporação, é baseada na evaporação do solvente a quente, seguido posteriormente pelo
resfriamento onde são formados os cristais. A eficiência da recristalização e o tamanho desses
cristais, variam de acordo com a velocidade do resfriamento.
A quantificação da cafeína será realizada através das pesagens das amostras obtidas após
a purificação, em seguida serão realizadas as análises de espectroscopia ultravioleta e
infravermelho.
4.5.1 ESPECTROSCOPIA
5 MATERIAIS E MÉTODOS
5.1 MATERIAIS
Para realização do presente trabalho foram utilizadas amostras de café, erva-mate e chá
preto escolhidas aleatoriamente, em um supermercado na cidade de Bagé – RS, para extração e
quantificação da cafeína presente, sendo realizados testes com as amostras novas e com seus
resíduos. Para a execução dos experimentos foram utilizados os seguintes equipamentos
presentes nos Laboratórios de Engenharia Química:
• Balança analítica;
• Bico de Bunsen;
• Chapa de aquecimento;
• Dessecador com sílica gel;
• Estufa;
• Espectrofotômetro UV-VIS;
• Espectroscópio IV;
• Extrator de Soxhlet;
Além destes materiais, foram utilizados os seguintes reagentes: clorofórmio, como
solvente para a extração da cafeína e para diluição das amostras para leitura no
espectrofotômetro UV-Vis, hidróxido de sódio e água destilada para lavagem das amostras, e
foi utilizado cloreto de cálcio, como agente secante, e brometo de cálcio para preparo das
pastilhas para análise IV.
5.2 METODOLOGIA
As extrações das amostras foram feitas com através do extrator Soxhlet, onde foi pesadacerca de 6g
de amostra dentro de um cartucho, este por sua vez, foi inserido no interior do aparelho Soxhlet. Em
seguida, foi conectado ao extrator um balão contendo cerca de 180 mL de clorofórmio, solvente utilizado
para extração, e um condensador de refluxo. Com o equipamento devidamente montado, o balão contendo
o solvente para extração é aquecido através de uma manta aquecedora. O vapor do solvente sobe pela conexão
e ao entrar em contatocom o condensador se liquefaz caindo na parte superior do cartucho, o qual contém a
amostra,que é lentamente enchido pelo solvente. Estando o cartucho, com a amostra, completamente cheio,
o solvente, já com a substância a ser extraída, é sifonado para o balão onde encontrava- se o solvente, até
então puro. O processo se reinicia até que a extração seja completada, neste caso as amostras foram
mantidas por um período de 3 horas.
As lavagens das amostras foram realizadas com NaOH, para eliminação de substâncias
indesejáveis, como taninos e flavonóides, os transformando em sais de sódio. E
posteoriormente, com água destilada, afim de remover substâncias solúveis em água, como os
sais formados na lavagem anterior. Por fim, para eliminar a água presente na fase orgânica, será
adicionado Na2SO4, como agente secante.
Após o término das lavagens, as amostras foram filtradas com o auxilio de papel filtro,
para remoção de qualquer impureza presente, e foram postas na estufa para evaporação a 105ºC,
até que o solvente ser evaporado por completo, ocorrendo a cristalização da amostra.
Foram aplicados três métodos diferentes de purificação por sublimação nas amostras de
cafeína extraídas. No primeiro procedimento (figura 14 - A), um cadinho de porcelana coberto
com um vidro relógio, foi sobre a chapa de aquecimento, com o intuito da cafeína sublimar e
se solidificar no vidro relógio. Com o mesmo proposito do método anterior, no segundo
procedimento (figura 14 - B), um béquer, coberto com um vidro relógio e gelo, foi posto em
aquecimento sobre um bico de Bunsen. E por fim, como indicado na figura 14 - C, um
erlenmeyer, completamente submerso em banho de areia, foi posto sobre a chapa de
aquecimento, dentro deste erlenmeyer foi inserido um trap ligado a água para resfriar a amostra,
ocorrendo assim a cristalização da cafeína purificada.
Após a extração e purificação, foi realizada a leitura das amostras de cafeína, na região
do UV-Vis, em um comprimento de onda de 274 nm, para isso foi realizada a diluição das
amostras em clorofórmio em cinco diferentes concentrações (0,1; 0,2; 0,3; 0,4 e 0,5).
38
Já para as análises em espectro IV, foi macerado 1% do peso das amostras obtidas com
200 mg de KBr, para preparo das pastilhas. Em seguida, estas pastilhas foram inseridas no
espectro e foi realizada a leitura.
39
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na figura 15, podemos ver as amostras de cafeína obtidas após e extração, lavagens das
amostras e evaporação do solvente.
Figura 15 – Amostras de cafeína extraídas de café (1.A), resíduo de café (1.B), chá-preto (2.A),
resíduo de chá-preto (2.B), erva-mate (3.A) e resíduo de erva-mate (3.B)
Analisando a figura 16, é possível observar que as amostras estão com uma coloração
escura, o que significa que há presença de outros compostos nas amostras, além da cafeína. Esta
coloração, apresentada pelas amostras foram semelhantes a encontra por Brun (2012), em
amostras de cafeína provenientes do processo de descafeinação do café a pressão atmosférica
antes de ser processada. Logo, estas amostras devem ser purificadas para remoção de impurezas
e purificação da cafeína, uma vez que a cafeína é um pó branco.
No entanto, não foi possível realizar o processo de purificação destas amostras, devido
às limitações dos equipamentos disponíveis, em relação a máxima temperatura que atingem,
uma vez que a temperatura de sublimação da cafeína é de 238ºC, e a temperatura máxima
alcançada no laboratório foi de 150ºC, com a utilização de banho de areia.
40
Ainda assim, a amostra de chá-preto (figura 15 - 2.A) foi possível identificar a presença
de alguns cristais de cafeína, semelhantes aos obtidos por Capuci (2019) para amostras da casca
de café.
Na figura 19, é possível ver o espectro de infravermelho dos resíduos de café, chá-preto
e erva-mate, respectivamente, onde foi possível conferir características da molécula de cafeína,
como os picos próximo a 1000 cm-1 e 2250 cm-1 características do estiramento da ligação
carbono nitrogênio (C-N), os picos em torno de 1600 cm-1 indicando a dupla ligação entre
carbono e nitrogênio (C=N), os picos em torno de 1750 cm-1 indicando a dupla ligação carbono
oxigênio (C=O), além dos picos em 3500 cm -1 representando a presença da ligação carbono
hidrogênio (C-H).
42
Figura 19 – Espectros de IV das amostras de cafeína extraídas dos resíduos do café, chá-preto
e erva-mate
Os comprimentos de ondas encontrados na figura 20, são próximos aos obtidos por
Baqueta (et al. 2017) em seus estudos, que encontrou a presença da carbonila em 1715 cm -1,
ligações simples C-H em 2950 cm-1, as bandas de aminas em 1216 e 1016 cm -1, e amidas em
1650 cm-1.
43
7 CONCLUSÃO
8 REFERÊNCIAS
ASTILL, C.; BIRCH, M. R.; DACOMBE, C.; HUMPHREY, P. G.; MARTIN, P. T. (2001).
Factors affecting the caffeine and polyphenol contents of black and green tea infusions. Jornal
of Agricultural and Food Chemistry, 49, 5340–5347. Disponível em:
https://doi.org/10.1021/jf010759+
BLANK, I.; SEN, A.; GROSCH, W.; Aroma impact compounds of arabica and robusta coffee.
Qualitative and quantitative investigations. ASIC. 14e Colloque, p. 117–129, 1991. Disponível
em: http://www.imreblank.ch/ASIC_1991_14_117.pdf
BURKE, L. M.; Caffeine and sports performance. Applied Physiology Nutrition Metabolism.
Ottawa, v.33, n.7, p. 1319-1334, 2008.
Camellia Sinensis: a mãe do verdadeiro e poderoso chá, Bernadete Alves, 2020. Disponível em:
https://bernadetealves.com/2020/12/30/camellia-sinensis-a-mae-do-verdadeiro-e-poderoso-
cha/
CAPUCI, A. P. S.; Cristalização da cafeína extraída da casca do café. 2019. Tese (Doutorado)
– Universidade Federal de Uberlândia, Pós-graduação em Engenharia Química. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.14393/ufu.te.
45
COSTA, K. A.; GUIMARÃES, C. R.; REIS, M. M.; SANTANA, C. S. S.; Estudo do processo
de lixiviação controlada da escória de aciaria em extrator soxhlet visando emprego em
pavimentos. Revista matéria, v.22 n.02, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1517-
707620170002.0155
DŌ, C.; A história do chá no Brasil São Paulo, 27 ago. 2021. Disponível em:
https://chado.com.br/a-historia-do-cha-no-brasil/
DURÁN, C. A. A.; TSUKUI, A.; SANTOS, F. K. F.; MARTINEZ, S. T.; BIZZO, H. R.; Café:
Aspectos gerais e seu aproveitamento para além da bebida. Revista Virtual de Química, Rio
de Janeiro – RJ, v. 9, n. 1, p. 107-134, 22 nov. 2017. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.21577/1984-6835.20170010
ESQUIVEL, P.; JIMÉNEZ, V. M.; Functional properties of coffee and coffee by-products.
Food Research International, mai 2012, v. 46, n. 2, p. 488–495. Disponível em:
https://doi.org/10.1016/j.foodres.2011.05.028
46
FARAH, M. C.; MONTEIRO, V.; CALADO, A. S.; FRANCA, L. C.; TRUGO, 2006,
Correlation between cup quality and chemical attributes of Brazilian coffee, Food Chemistry,
pp. 373–380. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.foodchem.2005.07.032
FICK, T., A.; AZOLIN, F., R.; HAAS, V.; Informativo Roda de Mate, nº 69, Estrela – RS, abr.
2021. Disponível em: https://www.agricultura.rs.gov.br/upload/arquivos/202104/23133516-
informativo-roda-de-mate-69-2021.pdf
FIOL, N.; VILLAESCUSSA, I.; MARTÍNEZ, M.; MIRALLES, N.; POCH, J.; SERAROLS,
J.; Sorption of Pb(II), Ni(II), Cu(II) and Cd(II) from aqueous solution by olive stone waste.
Separation and Purification Technology 2006, 50, 132. Disponível em:
https://doi.org/10.1016/j.seppur.2005.11.016
FOUST, A. S. et. al. Princípios das Operações Unitárias, Ed. Guanabara Dois, 1982.
GALACHO, C.; MENDES, P.; A cafeína – 2012. Estado de São Paulo, SP. Disponível em:
http://www.registo.com.pt/cultura/a-cafeina/#.UeBazTW5eRI
GEE, B. M.; What is the difference between green, White and blak tea? Seasoned Advice, mar.
2017. Disponível em: https://cooking.stackexchange.com/questions/26002/what-is-the-
difference-between-green-white-and-black-tea/26005#26005
GRACINDO, I.; Viagem ao mundo do chá. 1. ed. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013.
JANG, H.; OCON, J. D.; LEE, S.; LEE, J. K.; LEE, J.; Direct power generation from waste
coffee grounds in a biomass fuel cell. Journal of Power Sources 2015, 296, 433. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.1016%2Fj.jpowsour.2015.07.059
JENKINS, R. W.; STAGEMAN, N. E.; FORTUNE, C. M.; CHUCK, C. J. Effect of the Type
of Bean, Processing, and Geographical Location on the Biodiesel Produced from Waste Coffee
Grounds. Energy Fuels 2014, 28, 1166. Disponível em: https://doi.org/10.1021/ef4022976
JUNG, K. W.; CHOI, B. H.; HWANG, M. J.; JEONG, T. U.; AHN, K. H.; Fabrication of
granular activated carbons derived from spent coffee grounds by entrapment in calcium alginate
beads for adsorption of acid orange 7 and methylene blue. Bioresearch technology 2016, 219,
185. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.biortech.2016.07.098
KOPCAK, U.; Extração de Cafeína das Sementes da Planta do Guaraná (Paullinia cupana) com
Dióxido de Carbono Supercritico e co-solventes. 2003. Dissertação (mestrado) - Universidade
Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia Química. Campinas, São Paulo.Disponível em:
http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/267394.
LIMA, J., D.; MORAES, W., S.; MENDONÇA, J., C.; NOMURA, E., S.; 2007. Resíduos da
agroindústria de chá preto como substrato para produção de mudas de hortaliças. Ciência Rural
37: 1609-1613. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0103-84782007000600016
LIMA, J.; MAZZAFERA, P.; MORAES, W.; SILVA, R. (2009). Chá: aspectos relacionados à
qualidade e perspectivas. Ciência Rural, 39, 1270-1278. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/S0103-84782009005000026
LIMOUSY, L.; JEGUIRIM, M.; DUTOURNIÉ, P.; KRAIEN, N.; LAJILI, M.; SAID, R.;
Gaseous products and particulate matter emissions of biomass residential boiler fired with spent
coffee grounds pellets. Fuel 2013, 107, 323. Disponível em:
https://www.academia.edu/62161949/Gaseous_products_and_particulate_matter_emissions_o
f_biomass_residential_boiler_fired_with_spent_coffee_grounds_pellets
MARIA, C. A. B.; MOREIRA, R. F. A.; Cafeína: revisão sobre métodos de análise. Química
Nova, vol. 30, n. 1, p. 99-105, Rio de Janeiro, 2007. São Paulo. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/S0100-40422007000100021.
ORMOND, J. G. P.; DE PAULA, S. R. L.; FAVERET FILHO, P.; Café: (Re)Conquista dos
mercados. BNDES Setorial, Rio de Janeiro, n. 10, p 3-56, set. 1999. Disponível em:
https://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhe
cimento/bnset/set1001.pdf.
PAVIA, Donald L. Química Orgânica Experimental: técnicas de pequena escala. 2.ed. Porto
Alegre: Bookman, 2009. 877p. (p.407-411; 570-575).
PAS P.; Pesquisadores da UFPB usam borra de café para remover metais de efluentes, 19 nov.
2020. Disponível em: https://www.ufpb.br/ufpb/contents/noticias/pesquisadores-da-ufpb-
usam-borra-de-cafe-para-remover-metais-de-efluentes
SHAKEEL, F.; RAMADAM, W. Transdermal delivery of anticancer drug caffeine from water-
in-oil nanoemulsions. Colloids and Surfaces B: Biointerfaces 2010, 75, 356.89. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.1016/j.colsurfb.2009.09.010
SKOOG, D. A.; WEST, D. M.; HOLLER, F. J.; CROUCH, S. R.; Fundamentos de química
analítica, Tradução da 8ª Edição norte-americana, Editora Thomson, São Paulo-SP, 2006.
STAGG G.V., MILLIN, D.J. The nutritional and therapeutic value of tea – a review. Journal
Science Food Agriculture, London, v.26, p.1439-1459, 1975.
TANAKA, T.; KOUNO, I. Oxidation of tea catechins: chemical structures and reaction
mechanism. Food Science and Technology Research, Tsukuba, v.9, n.2, p.128-133, 2003.
TOCI, A.T.; FARAH, A. Volatile fingerprint of Brazilian defective coffee seeds: corroboration
of potential marker compounds and identification of new low quality indicators. Food
Chemistry, v. 153, p. 298–314, 2014. Disponível em:
https://doi.org/10.1016/j.foodchem.2013.12.040
VENTURA, J., A.; COSTA, H.; SANTANA, E., N.; MARTINS, M., V., V.; Diagnóstico e
manejo das doenças do Cafeeiro Conilon. In: FERRÃO, R. G.; FONSECA, A. F. A. da.;
BRAGANÇA, S. M.; FERRÃO, M. A. G.; DE MUNER, L. H. (Ed.). Café Conilon. Vitória:
Incaper, 2007. Disponível em:
https://biblioteca.incaper.es.gov.br/digital/bitstream/item/710/1/livro2007cafeconilon17.pdf
VIEIRA, M. A., ROVARIS. A. A., MARASCHIN, M., SIMAS, K. N., PAGLIOSA, C. M.,
PODESTÁ, R., AMBONI, R. D. M. C., BARRETO, P. L. M., AMANTE, E. R., 2008.
Chemical Characterization of Candy Made of Erva Mate (Ilex paraguariensis A. St. Hil.)
Residue. J. Agric. Food Chem. 56, 4637–4642. Disponível em:
https://doi.org/10.1021/jf8011085
50
ZANOTELLI, C., P.; POMPERMAIER C.; BRANCHER, S.; MARQUES, J., L.; Roda de
Chimarrão – Erva mate. Eco Regional, 6ª ed, nov. 2013. Disponível em:
https://ecoregional.com.br/wp-content/uploads/2018/05/Revista-Roda-de-Chimarrão-Edição-
I-2013.pdf