Resumo FQ
Resumo FQ
Resumo FQ
Você já sabe que ao soltar objetos eles caem. Essa queda é provocada pela ação de uma
força resultante que atua sobre o objeto, de acordo com a Segunda Lei de Newton. Essa
força resultante é a Força Peso.
Essa é uma força elementar da matéria, ou seja, essa força irá surgir sempre entre
quaisquer corpos que tenham massa.
1 2
𝐸𝑐 = 2
𝑚𝑣
Nesta igualdade, para obter a energia em joules (J), unidade do Sistema Internacional (Sl),
devem usar-se unidades do SI para as outras grandezas, ou seja, a massa deve ser
expressa em quilogramas e a velocidade em metros por segundo.
A energia potencial, simbolizada por Ep, é o outro tipo fundamental de energia. Esta energia
não tem diretamente a ver com o movimento, mas sim com a possibilidade ou
potencialidade de ele se alterar devido a interações (ou forças).
Um rapaz pode exercer força sobre um caixote e não ser capaz de o mover : o caixote não
adquire energia cinética e, portanto, não há transferência de energia do rapaz para o
caixote. Dizemos que a força que ele aplica sobre o caixote não realiza trabalho, isto é, o
trabalho dessa força é nulo, porque o ponto de aplicação da força não se desloca.
A força N não realiza trabalho porque o seu ponto de aplicação não se desloca. Pela
mesma razão, a força P também não realiza trabalho.
Sempre que uma força é perpendicular ao deslocamento do seu ponto de aplicação (que
está no corpo), não realiza trabalho.
Quando se empurra um bloco da posição inicial (xi) para a posição final (xf), ao
→
longo de uma superfície horizontal, por ação de uma força 𝐹, de intensidade
constante, o bloco adquire energia cinética.Nesta situação, existe transferência de
→
energia como trabalho (W), para o bloco, por uma força constante, 𝐹, que pode ser
calculada pela expressão:
→ →
||
𝐹 – Intensidade da força 𝐹, N
→
𝑊=
→ →
|𝐹||∆𝑟|𝑐𝑜𝑠α |∆𝑟| – Deslocamento do ponto de aplicação da força, m
α – Ângulo entre as direções da força e do deslocamento,
grau
Como o trabalho da força mede a energia transferida, então esta grandeza depende da
intensidade da força e do deslocamento do seu ponto de aplicação. Nos exemplos
anteriores, a força tem a direção e o sentido do deslocamento do carrinho.
O trabalho realizado por uma força constante, F, com direção e sentido do deslocamento, é
dado por:
Wf= Fd
Será tanto maior quanto maior for a intensidade da força, F, e quanto maior o módulo do
deslocamento, d, do seu ponto de aplicação.
Então, a força F pode ser vista como a soma de duas forças perpendiculares: uma, segundo
o eixo dos xx, representada por Fx, e outra, segundo o eixo dos yy, representada por Fy.
Um bloco está sobre um plano inclinado que faz o ângulo 0 com a horizontal.Se
desprezarmos a força de atrito, as forças que atuam no bloco serão o peso, P, e a força
normal ao plano, N.
Vimos que, quando uma força não tem a direção do deslocamento, a sua componente
eficaz é que realiza trabalho. Neste caso o peso não tem a direção do deslocamento, pelo
que vamos determinar a sua componente eficaz.
Num plano inclinado, o trabalho do peso é igual ao trabalho da sua componente eficaz, Px.
Wp= Wpx em que Px= P sin 0, sendo 0 o ângulo de inclinação do plano.
Também podemos relacionar o deslocamento, d, de um corpo sobre o plano inclinado, com
o desnível, h,através da definição do seno de um ângulo:
h = d sin a
Por exemplo, o que significa uma inclinação de 10%? Significa que, se subirmos (ou
descermos) 10 m em altura, teremos de percorrer 100 m sobre a estrada. Este valor não é
mais do que o seno do ângulo de inclinação da rampa expresso em percentagem:
É preciso contabilizar os trabalhos de todas as forças para saber como varia a energia
cinética. Para calcular a variação de energia cinética do bloco, basta somar os trabalhos de
todas as forças.
𝑊 → = ∆𝐸𝐶
𝐹𝑟
1 2 1 2
𝑊→ = 2
𝑚 𝑣𝑓 − 2
𝑚 𝑣𝑖
𝐹𝑟
W - soma dos trabalhos realizados por todas as forças que atuam num corpo num dado
intervalo de tempo (trabalho total);
Quando várias forças atuam num corpo em movimento de translação, o trabalho realizado é
igual à soma dos trabalhos realizado por todas as forças que atuam no corpo, ou seja, é
igual ao trabalho da força resultante desse sistema de forças (𝑊 → ).
𝐹𝑅
Wfr= Fr d cos 0°
Se a resultante das forças tiver sentido contrário ao do deslocamento, a energia cinética e a
velocidade diminuirão:
Wfr= Fr d cos 180°
Suponhamos que queremos levar um corpo de uma posição A para uma posição C mais
elevada, a uma certa altura h, como mostra a Fic. 30.
Podemos movê-lo sobre a rampa, diretamente de A até C, ou podemos movê-lo
horizontalmente de A até B e depois verticalmente de B até C.
m – Massa do corpo, Kg
𝐸𝑝𝑔 = 𝑚 𝑔 ℎ
g – Aceleração gravítica, m s-2
h – Altura a que o corpo se encontra em relação a um nível de
referência, m
O trabalho realizado pelo peso seria ainda nulo para qualquer outra trajetória fechada, isto
é, uma trajetória a começar e a terminar num mesmo ponto.
Este resultado observa-se para outras forças conservativas: o trabalho deste tipo de forças
é sempre nulo ao longo de qualquer trajetória fechada.
A energia potencial gravítica, que resulta da interação gravítica entre a Terra e um corpo.
Qualquer corpo é sempre atraído para a Terra pela força gravítica, Fg, a que normalmente
chamamos peso, F. A variação de energia potencial gravítica, está relacionada com o
trabalho realizado pelo peso.
sistema corpo + Terra pode ter energia potencial gravítica e, ao mesmo tempo, o corpo pode
ter energia cinética.
Chama-se energia mecânica (símbolo Em) à soma destas energias:
Na descida:
• A altura h diminui → a energia potencial gravítica diminui.
• A velocidade v aumenta → a energia cinética aumenta.
A energia potencial gravítica transforma-se em energia cinética.
Na subida:
• A altura h aumenta → a energia potencial gravítica aumenta.
• A velocidade v diminui → a energia cinética diminui.
A energia cinética transforma-se em energia potencial gravítica.
Quando um corpo possui energia associada ao seu movimento de translação (Ec) e energia
associada às interações do sistema corpo + Terra (Epg), a energia mecânica (Em) do
sistema determina-se como:
Em = Ec + Ep = ½ m v2 + m g h
Quanto maior for o trabalho das forças dissipativas, em valor absoluto, maior será a
diminuição da energia mecânica e maior será a energia dissipada. Se as forças não
conservativas que realizam trabalho forem dissipativas, então:
Edissipada = |△Em|
𝑊→ = 𝑊 → = ∆𝐸𝑐
𝐹𝑐𝑜𝑛𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎𝑠 𝐹𝑅
Se atuarem forças conservativas e forças não conservativas, o trabalho total será a soma
dos trabalhos destes dois tipos de forças:
𝑊→ = 𝑊→ + 𝑊→
𝐹𝑅 𝐹𝑐𝑜𝑛𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎𝑠 𝐹𝑛ã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎𝑠
Pelo teorema da energia cinética:
∆𝐸𝑐= 𝑊 → = 𝑊 → + 𝑊→
𝐹𝑅 𝐹𝑐𝑜𝑛𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎𝑠 𝐹𝑛ã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎𝑠
∆𝐸𝑐 + ∆𝐸𝑝𝑔 = 𝑊 →
𝐹𝑛ã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎𝑠
∆𝐸𝑚 = 𝑊 →
𝐹𝑛ã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎𝑠
A energia mecânica, Em não é constante quando as forças não conservativas realizam
trabalho. O sistema é não conservativo.
• Em diminui, quando o trabalho das forças não conservativas é resistente
(Wfnc< 0).
• Em aumenta, quando o trabalho das forças não conservativas é potente
(Wfnc> 0).
E – Energia transferia, J
𝐸
𝑃= ∆𝑡 ∆t – intervalo de tempo no qual ocorreu a transferência de
energia, s
P – Potência, W
O que é, então, o rendimento? Da energia total disponível, apenas parte dela é aproveitada
de uma forma útil, enquanto a outra é dissipada. Mas globalmente há conservação de
energia, ou seja:
(%) =
𝐸ú𝑡𝑖𝑙
×100 e (%) =
𝑃ú𝑡𝑖𝑙
×100
𝐸𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
Num sistema mecânico real, η < 100%, porque há sempre dissipação de energia.
Os eletrões de condução, apesar das suas frequentes colisões com os iões, acabam por se
deslocar ao longo do condutor.
Como há deslocamento dos eletrões onde estão aplicadas as forças elétricas, estas
realizam trabalho. Desta forma o gerador transfere energia para o condutor. Diz-se que o
gerador estabelece uma diferença de potencial elétrico (grandeza cujo símbolo é U) no
condutor a que está ligado.
A grandeza diferença de potencial elétrico, está relacionada com a energia transferida para
os eletrões e com a carga elétrica total destes.
A carga elétrica (símbolo Q) exprime-se em coulomb (símbolo C) no SI. É sempre um
múltiplo da carga do protão (simétrica da carga do eletrão), que é a carga mais pequena
existente (é chamada carga elementar).
Como se relaciona a diferença de potencial com a energia fornecida ao condutor e com a
carga total que o percorre?
• Diferença de potencial elétrico nos terminais de um condutor, U
É a energia transferida para o condutor (por trabalho das forças elétricas) por unidade de
carga que o atravessa:
Sentido convencional da corrente: do polo positivo para o polo negativo do gerador, através
do circuito.
Pdissipada Joule = U I
Sendo a potência a energia transferida por unidade de tempo, então a energia dissipada é
dada por:
Edissipada Joule = U I Δt
Num condutor óhmico (a valor da sua resistência é sempre constante) é possível ainda
relacionar esta energia dissipada com a resistência uma vez que:
𝑈
𝑅 = 𝐼 <=> 𝑈 = 𝑅 𝐼
Então:
Edissipada = U I Δt
Edissipada = (R I) I Δt
Edissipada = R I2 Δt
A tensão indicada num gerador de tensão contínua (como a pilha) não corresponde à
energia que este fornece ao circuito, porque o próprio gerador oferece resistência à
passagem das cargas elétricas.
Esta resistência interna do gerador (r) é responsável pela dissipação de energia como calor
por este componente, o que provoca o seu aquecimento e a diminuição da energia elétrica
que este disponibiliza ao circuito.
Egerador = Eútil + Edissipada pelo gerador
Como Eútil = U I Δt e Edissipada pelo gerador = r I2 Δ t (Efeito Joule)
Então:
Egerador = U I Δt + r I2 Δt
Potencia do gerador
Pgerador = ε I (Potência total que o gerador poderia dar)
● Potência fornecida pelo gerador ao circuito (potência útil): Pútil = U I
● Potência dissipada no gerador: Pdissipada = r I2
Pgerador = U I + r I2
Mesmo quando o gerador não está ligado a um circuito, existe tensão entre os seus
terminais sendo a tensão designada, nesta situação, por força eletromotriz (ε). Esta é uma
grandeza qua carateriza o gerador e, sendo uma tensão, a sua unidade no SI é o volt (v).
𝐸
= 𝑄 <=> 𝐸 = 𝑄
Dedução da expressão que permite determinar a tensão que é fornecida pelo gerador ao
circuito.
𝐸𝑔𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟 2
= 𝑄
<=> 𝐸𝑔𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟 = 𝑄 <=> 𝑈 𝐼 𝑡 + 𝑟 𝐼 𝑡 = 𝑄
𝑄
Como 𝐼 = 𝑡
, podemos dividir todas as parcelas por Δt e obter:
2
𝑈𝐼𝑡 𝑟𝐼 𝑡 𝑄
𝑡
+ 𝑡
= 𝑡
2
𝑈𝐼 + 𝑟𝐼 = 𝐼
Desenvolvendo em ordem a U, obtém-se:
2
𝑈𝐼 = 𝐼 − 𝑟𝐼
Dividindo por I fica finalmente:
𝑈 = − 𝑟𝐼 → Equação da curva característica de um gerador
U – Tensão elétrica, V
𝑈 = − 𝑟𝐼 ε – Força eletromotriz da pilha (quando a pilha não está ligada ao
circuito), V
r – Resistência interna do gerador, Ω
I – Corrente elétrica que passa pelo circuito, A
A tensão fornecida por um gerador de tensão contínua ao circuito depende:
● Das caraterísticas do gerador (ε e r);
● Da corrente elétrica (I).
Tratamento gráfico da relação entre a tensão fornecida ao circuito pelo gerador e a corrente
elétrica verifica-se que as duas grandezas têm uma relação linear, uma vez que a
expressão matemática descreve a equação reduzida de uma reta.