1 - Introdução

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 42

Caros alunos,

Sejam bem-vindos à disciplina Avaliação Institucional.

Ao iniciarmos mais esse importante passo em seu Curso de Graduação, vocês


não estão apenas coletando informações e habilidades, mas também se
moldando como profissionais críticos e comprometidos com a melhoria
educacional. Especialmente aqueles que atuarão como Pedagogos ou demais
profissionais da Educação. E, nesta disciplina em especial, vocês terão a
oportunidade de entender mais profundamente sobre a própria estrutura que
embasa nosso sistema educacional.

A avaliação institucional não é um tema qualquer. Ao mergulharmos em suas


concepções e princípios, começamos a entender os fundamentos que norteiam
a educação. Juntos, faremos uma viagem no tempo, revendo o caminho
histórico desta avaliação no Brasil. Ao revisitar nossa história, somos capazes
de compreender a evolução das propostas e a política oficial que guia a
Avaliação Institucional da Educação Básica em nosso país.

Mas, atenção! Não estamos apenas olhando para trás. Em nossa exploração,
também mergulharemos nas ferramentas atuais, como os indicadores
formulados pelo INEP. Afinal, vocês já se perguntaram como decisões em
políticas públicas são tomadas? Uma pista: indicadores internacionais têm um
papel crucial, oferecendo insights valiosos para nossas decisões.
No entanto, não basta apenas conhecer os números e indicadores. Precisamos
aprender a compará-los, a discernir o que eles nos dizem sobre a qualidade do
ensino e como se alinham - ou não - às políticas educacionais brasileiras. E,
nesse processo, entendemos o contexto mais amplo de como sistemas de
avaliação são construídos em nosso país, muitas vezes baseados em
parâmetros internacionais.

Mas, e quanto à nossa casa? Ao nosso quintal? Abordaremos as


especificidades do Sistema Brasileiro de Avaliação, decifrando seus meandros.
Além disso, refletiremos sobre a distinção entre a avaliação institucional
interna, que acontece dentro dos muros da instituição, e as avaliações
externas, que vêm de fora, mas que influenciam profundamente nosso
ambiente educacional.

Ah, e não se enganem! A avaliação institucional não se limita apenas às salas


de aula. Ela se estende a projetos e programas sociais, onde a educação
muitas vezes desempenha um papel central. Para encerrar nossa jornada, nos
dedicaremos a entender os processos de avaliação institucional participativos,
aqueles que buscam envolver todos os atores na construção de uma educação
de qualidade.

Acreditem, ao dominar estes objetivos, vocês não só ampliarão seus


horizontes, mas também se capacitarão para atuar de forma mais informada e
crítica na educação brasileira. Valorizem cada passo, cada descoberta. Afinal,
vocês estão em uma Graduação, um espaço privilegiado de aprendizado. E o
conhecimento adquirido aqui é uma conquista pessoal que ninguém pode tirar.

Aprender não é apenas uma ação, é uma realização!

Abraços.
Descrição

Estudo do conceito de avaliação institucional com suas concepções, formatos e


princípios.

Propósito

Apresentar o conceito de avaliação institucional, com suas concepções,


formatos e princípios, cujo uso é fundamental para o desenvolvimento
qualitativo da educação brasileira, para a elaboração de políticas públicas mais
efetivas de acordo com as diferentes realidades das instituições.

Objetivos

Módulo 1
Reconhecer as concepções e princípios da avaliação institucional
Módulo 2
Identificar o caminho histórico da avaliação institucional no Brasil
Módulo 3
Descrever as propostas de avaliação institucional da escola e a Política Oficial
de Avaliação Institucional da Educação Básica no Brasil
Introdução

Nos últimos anos, temos visto muitas discussões sobre avaliação de uma
forma geral, com destaque para as políticas de avaliação institucional, por sua
importância no desenvolvimento qualitativo da educação.
Nosso principal objetivo é entender a importância da avaliação institucional
para o processo de desenvolvimento das instituições de ensino públicas
enquanto recurso de diagnóstico da realidade, bem como para a mudança
desta. Para isso, é necessário conhecer o conceito de avaliação institucional,
levando em consideração suas concepções, formatos e princípios.
Nos dois primeiros módulos, trataremos da avaliação institucional no ensino
superior e na educação básica e, no módulo três, apresentaremos um estudo
mais aprofundado da avaliação institucional na educação básica.
Mas, afinal, o que é uma avaliação institucional? Vamos descobrir juntos?
MÓDULO 1

Reconhecer as concepções e princípios da avaliação institucional

Concepções e princípios da avaliação

O princípio da autonomia é um dos pressupostos centrais para o


funcionamento das instituições educacionais, pois só assim podem assumir sua
própria gestão, criando mecanismos para servir melhor à comunidade que
atendem.

Esse princípio tão importante precisa estar dentro dos limites permitidos pelas
legislações e, para isso, é necessário que as instituições educacionais tenham
transparência prestando contas dos seus fazeres à sociedade.

A avaliação institucional é, então, um dos elementos responsáveis por essa


relação com a sociedade, pois servem como parâmetro para que a sociedade
possa balizar seu julgamento. Que concepções e princípios norteiam a
avaliação institucional?
Discutir avaliação institucional passa necessariamente por um debate sobre
educação, pois as diferentes concepções de avaliação dependem:
 das concepções e visões de mundo,
 de sociedade e
 de educação.

Nesse sentido, podemos afirmar que a avaliação está mergulhada em tensões


e conflitos, pois ela não pode produzir certezas ou respostas finais, por mais
que possamos achar que sim. Dias Sobrinho (1997) afirma que não há um
único modelo de avaliação, mas diferentes avaliações.

Avaliar, em sua origem, é um ato diagnóstico. No entanto, sabemos que a


avaliação passa por diferentes perspectivas de acordo com os contextos e
formas com que ela é concebida. Pode ser instrumento de controle, de
responsabilização etc. Segundo Dias Sobrinho (2000), na avaliação
institucional não cabe punição. Processos de avaliação educativa são
construtivos, provativos, antropológicos e obviamente pedagógicos.

ATENÇÃO

Essa visão de avaliação institucional tem como pressuposto que a avaliação seja
formativa, proporcionando informações acerca do desenvolvimento de um
processo de ensino, com a finalidade de reorganizar as práticas institucionais e
dos sujeitos. Para isso, é necessário que este seja um processo permanente que
tenha a função de inventariar, orientar, reforçar e corrigir os aspectos avaliados.
Deve ser incorporada ao ato do ensino e da aprendizagem, e integrada às ações de
formação, caracterizando-se como um importante instrumento de melhoria da
qualidade do ensino na medida em que permite a identificação de problemas.

A avaliação institucional possibilita uma reestruturação do processo


educacional e a introdução de mudanças na Instituição.
A avaliação institucional no ensino superior

A avaliação institucional é um dos componentes do Sistema Nacional de


Avaliação da Educação Superior (SINAES), criado pela Lei n. 10.861 de 14 de
abril de 2004, que institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Superior (SINAES), além de outras providências.
Finalidades
 Estabelecer dinâmicas e parâmetros para a melhoria da qualidade da
educação superior, servindo de balizador para a expansão da sua
oferta;
 Fomentar o aumento permanente da eficácia institucional e efetividade
acadêmica para promover o aprofundamento dos compromissos e
responsabilidades sociais, o que deve ser preocupação destacada das
instituições de educação superior, por meio da valorização de sua
missão pública, seus valores democráticos, do respeito à diferença e à
diversidade. Para que isso seja feito, é necessário a construção da
autonomia e da identidade institucional.

O SINAES, ao promover a avaliação de instituições, de cursos e de


desempenho dos estudantes, deverá assegurar:

I – Avaliação institucional, interna e externa, contemplando a


 análise global e integrada das dimensões,
 estruturas,
 relações,
 compromisso social,
 atividades,
 finalidades e responsabilidades sociais das instituições de educação
superior e de seus cursos;
II – O caráter público de todos os procedimentos, dados e resultados dos
processos avaliativos;

III – O respeito à identidade e à diversidade de instituições e de cursos;

IV – A participação do corpo discente, docente e técnico-administrativo das


instituições de educação superior, e da sociedade civil, por meio de suas
representações (LEI 10.861, 2004).

O SINAES tem como objetivo identificar o perfil institucional e o significado de


sua atuação, por meio de suas atividades, cursos, programas, projetos e
setores, considerando as diferentes dimensões institucionais, dentre elas,
obrigatoriamente, as seguintes:

I - A missão e o plano de desenvolvimento institucional;

II - A política para o ensino, a pesquisa, a pós-graduação, a extensão e as


respectivas formas de operacionalização, incluídos os procedimentos
para estímulo à produção acadêmica, as bolsas de pesquisa, de monitoria
e demais modalidades;

III - A responsabilidade social da instituição, considerada especialmente


no que se refere à sua contribuição em relação à inclusão social, ao
desenvolvimento econômico e social, à defesa do meio ambiente, da
memória cultural, da produção artística e do patrimônio cultural;

IV - A comunicação com a sociedade;


V - As políticas de pessoal, as carreiras do corpo docente e do corpo
técnico-administrativo, seu aperfeiçoamento, o desenvolvimento
profissional e suas condições de trabalho;

VI - Organização e gestão da instituição, especialmente o funcionamento


e representatividade dos colegiados, sua independência e autonomia na
relação com a mantenedora, e a participação dos segmentos da
comunidade universitária nos processos decisórios;

VII - Infraestrutura física, especialmente a de ensino e de pesquisa,


biblioteca, recursos de informação e comunicação;

VIII - Planejamento e avaliação, especialmente os processos, resultados e


eficácia da autoavaliação institucional;

IX - Políticas de atendimento aos estudantes;

X - Sustentabilidade financeira, tendo em vista o significado social da


continuidade dos compromissos na oferta da educação superior.

Considerando o pressuposto dos SINAES, a avaliação institucional é parte


basilar dessa construção, e ela se divide em duas modalidades:

Autoavaliação Avaliação externa


Coordenada pela Comissão Própria Momento de apreciação da
de Avaliação (CPA) de cada realidade institucional pelas
instituição e orientada pelas comissões do MEC, a fim de
diretrizes e pelo roteiro da contribuir para o
autoavaliação institucional da
X autoconhecimento e o
Comissão Nacional de Avaliação da aperfeiçoamento das atividades
Educação Superior (CONAES). A desenvolvidas pela IES.
autoavaliação é uma reflexão da
prática educativa realizada pela
própria instituição.

A avaliação institucional, segundo o INEP/CONAES (2006), é um processo


sistemático de identificação de méritos e de valores, de fatos e de expectativas;
é uma atividade complexa que envolve múltiplos instrumentos; diferentes
momentos; diferentes agentes. Sua finalidade maior é promover o
desenvolvimento e a consolidação das instituições, elevando a qualidade de
suas ações e produtos.

A avaliação institucional é um meio de investigação.

Em busca de solucionar os problemas existentes na escola e na universidade,


ela precisa estabelecer propósitos e objetivos a fim de evidenciar soluções e
efetivar a realização da busca por melhoria do que foi diagnosticado, como
questões que precisam ser modificadas/revistas.

Outro aspecto fundamental é a sua publicização. As práticas relacionadas as


avaliações não devem ter um fim secreto nem sobre o que foi detectado, muito
menos sobre as ações implementadas. Essas ações devem ser avaliadas,
pensadas, e novas avaliações devem ser realizadas para verificar a solução
dos problemas ou o surgimento de novos.

Avaliação institucional na educação básica


A avaliação institucional tornou-se preocupação essencial para a melhoria dos
serviços das escolas e universidades, e para a conquista de maior autonomia [...] a
avaliação institucional e escolar coloca em evidência o projeto institucional, os fins da
educação e as concepções pedagógicas, ela se constitui num momento privilegiado de
discussão do PPP - projeto político-pedagógico da escola.
(GADOTTI, 2010).

No caso específico da Educação Básica, o processo da avaliação institucional


deve acontecer com a participação dos estudantes, docentes, responsáveis,
funcionários e equipe diretiva, ou seja, envolvendo toda a comunidade. A
avaliação institucional deve ser reconhecida como um instrumento que
acompanha as atividades da escola, em um processo contínuo. Avaliar a
educação básica significa atribuir aos gestores responsabilidades e critérios
para a realização de uma avaliação que seja democrática e dialógica, levando
em conta as discussões de todo o grupo e, a partir desse diálogo, aponte o
lugar que se deseja ocupar na educação de seus integrantes
(MALAVASI, 2010).

Você sabia

Para que a avaliação seja formativa, ela precisa ser diagnóstica, e como “instrumento dialético do
avanço, terá de ser o instrumento de identificação de novos rumos. Enfim, terá de ser o instrumento do
reconhecimento dos caminhos percorridos e da identificação dos caminhos a serem perseguidos”
(LUCKESI, 1995). Ou seja, ela diagnostica para que as questões e os problemas apresentados sejam
sanados. De que adianta conhecer os problemas da instituição escolar se não forem tomadas decisões
e realizadas as mudanças necessárias?

De acordo com Libâneo (2008), faz-se necessário uma coleta de dados e


informações, por meio de diferentes instrumentos de verificação, para saber se
os objetivos previstos estão sendo atingidos. A avaliação institucional passa a
ter, então, grande importância para o Projeto Político Pedagógico (PPP),
uma vez que é fundamental a realização de uma avaliação contínua que ajude
a rever sua filosofia, objetivos, finalidade, pressupostos e metas.

Relembrando

Vimos que a avaliação institucional precisa ser processual, com a participação de


todos os sujeitos que compõem a comunidade a ser avaliada, e global, levando em
conta todas as atividades desenvolvidas pela instituição. Ela pode ser usada também
para avaliação do desempenho da atividade profissional de docentes, gestores e
demais funcionários, além de ser destinada a análises de currículos ou programas de
cursos.

Quando a avaliação institucional cumpre o papel de autoavaliação institucional,


dizemos que remonta a um modelo de avaliação que pode ser caracterizado
como uma corajosa decisão em favor da instituição. Dias Sobrinho (et al.,
2008) afirma que, se uma avaliação institucional vem de cima para baixo e de
fora para dentro, ela pode se tornar uma expressão de políticas neoliberais,
atendendo em alguns casos a interesses de organismos internacionais que
concentram em torno de si interesses de mercado.
Podemos afirmar que o maior fim de uma avaliação institucional pautada no
diálogo, que passa a ser o norte de toda ação de agentes internos e externos e
na autoavaliação, é efetivamente o sucesso dos estudantes.

A avaliação institucional apresenta-se como um processo que dará


oportunidade à escola, com a participação de todos, de refletir sua prática e
seu impacto de intervenção junto à comunidade, uma forma de estabelecer
compromissos com a sociedade, de estudar, propor e implementar mudanças
no cotidiano das escolas.
Conceitos de avaliação institucional

Os conceitos são definições de uma prática ou um modelo explicativo,


formulados pelo campo de produção da educação. Desse modo, estaremos
acompanhados de pedagogos que se debruçaram sobre essas questões.

Vamos à breve exposição de alguns conceitos:

O conceito por Requena

A avaliação das instituições universitárias deve ser um processo descritivo,


sistemático e rigoroso, com enfoque global e holístico, permanente, integrado
nas atividades educativas da instituição, reflexivo, compreensivo, que facilite e
sirva para melhorar a instituição educativa (REQUENA, 1995).

Exemplo

Em uma instituição em que se organize uma CPA (Comissão Própria de Avaliação), deve ser garantido
que ela seja autônoma e possa circular com todo o conjunto da instituição, com o papel de garantir
esse rigor e independência.

O conceito por Dias Sobrinho

A avaliação de uma instituição educativa deve também ser compreendida como


um fenômeno público e que interessa a toda a sociedade, muito mais que uma
tarefa simplesmente técnica e de ação restrita, que pudesse encobrir as
dúvidas e as contradições, que são virtualmente portadoras de transformações
(DIAS SOBRINHO, 1997).

Exemplo

A avaliação institucional deve promover um papel integrador. A Comissão Própria de Avaliação deve
garantir a participação de porta-vozes de diferentes segmentos a fim de que possam abordar suas
demandas de forma representativa e favorecer o debate, diferenciando-se do “olhar de Requena”.

O conceito por Ristoff

A avaliação é um processo de descoberta e autodescoberta. Ao avaliar, o


avaliador também se autoavalia, forçando a comparação dos elementos
avaliados em função dos termos de base (RISTOFF, 1999).
Exemplo

Ristoff entende que o processo de avaliação institucional é investigativo. Olhar para fora, perceber e
reunir elementos. Nesse caso, a organização de uma comissão externa para processamento,
aferições, análise e registro dos dados coletados tem muito mais sentido.

O conceito por Trindade

A avaliação institucional se constitui, para os dirigentes universitários, como


uma ferramenta essencial na garantia de padrões adequados de qualidade
acadêmico-científica, indispensáveis para planejamento e definição das
políticas estratégicas e gestão. Ao mesmo tempo, essa ferramenta permite
uma prestação de contas à sociedade sobre o desempenho da universidade na
utilização do financiamento governamental e no cumprimento de sua missão
pública (TRINDADE, 1999).

Exemplo

Trindade observa o papel da avaliação institucional como uma ferramenta cuja função central é a
gestão educacional, que apoia a tomada de decisões, a consolidação de sua missão, valores e
objetivos.

O conceito por Dias

A avaliação institucional é entendida como um processo contínuo de


aperfeiçoamento das ações desenvolvidas pela universidade na busca de
qualidade de seus serviços de ensino, pesquisa, extensão e gestão (DIAS et
al., 2008).

Exemplo

Carvalho, na obra organizada por Dias, percebe a aproximação entre a instituição educacional e as
empresas. Então, o processo de avaliação institucional deveria estar atrelado a um setor com foco em
melhoria dos serviços — como serviço prestado, com características próprias, precisa ser
constantemente estabelecida uma troca com os clientes a fim de garantir o pleno funcionamento do
negócio. Então, ainda que formalmente se crie uma CPA (Comissão Própria de Avaliação), seu papel é
entendido como um cargo, um setor da engrenagem da empresa.

O conceito por Leite

A avaliação universitária é vista prioritariamente como um ponto de partida para


as mudanças necessárias na instituição e no próprio sistema educacional. Ela
é um "organizador" das ideias dispersas e fragmentadas sobre os males que
afligem a instituição. Na medida em que coleta, sistematiza e ordena dados, ela
favorece a consolidação de expectativas (LEITE, 1997).

Exemplo

A proposta de Leite visa a observação de “FUTURO” — um grupo atento a reunir ideias, tendências,
coleta de dados, e consolidar, para suas devidas lideranças, a definição das ações estratégicas. Uma
vez mais se aproxima do princípio de gestão a formulação de uma CPA (Comissão Própria de
Avaliação) como um grupo de auditoria interna, com a função específica de gerar informações
sistematizadas e estruturadas.

O conceito por Belloni

A avaliação institucional busca ser um instrumento para o aprimoramento da


gestão acadêmica e administrativa, tanto das instituições quanto dos sistemas
educacionais, com vistas à melhoria da qualidade e da sua relevância social
(BELLONI, 2000).

Por fim, Belloni coloca a função da avaliação entre as funções de Estado e instituições, como um
movimento que se aproxima da política pública. Logo, consolidar um ciclo informativo, como o
SINAES, gera um conjunto de informações complexas que podem ser analisadas e direcionadas para
a criação de políticas institucionais e públicas.

Ufa! Acabou? Não existem outros conceitos? Escolho um conceito, defino-o


como a verdade e ignoro os demais? Não! Essa não é a lógica dos conceitos.
Todos esses autores estão em diálogo.
A avaliação institucional faz parte do campo epistemológico do saber
pedagógico e interessa a todos os cursos de formação de professores e a
todos que desejam atuar em políticas públicas e instituições de ensino superior.
Você lembra dos processos de avaliação institucional em sua escola ou na sua
graduação? Pense sobre isso. Releia as ideias, são um breve panorama,
combine-as e tente conhecer um pouco mais a sua favorita.

Agora, vamos agora ouvir o professor Luís Claudio Dallier, com vasta experiência na
observação de avaliação institucional.
Pensando sobre a importância da Avaliação Institucional

Neste vídeo, você verá uma reflexão sobre por que é necessário entender a
presença contínua da avaliação institucional na dinâmica de nossas
instituições.

Verificando o aprendizado

1. Estudamos sobre as concepções e características das avaliações institucionais como


política de regulação do Estado, sobretudo com as instituições de ensino no Brasil.
Avaliar, em sua origem, é um ato diagnóstico. Assinale a alternativa que apresenta duas
perspectivas que envolvem a atuação das avaliações como instrumento, de acordo com
o contexto em que são concebidas:

a) Controle e responsabilização.
b) Formação e construção individual.
c) Diagnóstico e contexto social.
d) Consumo e orientação.
e) Retorno e mensuração.

Parabéns! A alternativa "A" está correta.

Apesar de a avaliação ser um instrumento de diagnóstico e formação, a avaliação também é um objeto


de medição, controle e responsabilização, pois, por meio dela e de seus resultados, podemos atribuir a
responsabilidade por não atingir os níveis estipulados a determinada comunidade ou aos gestores,
bem como controlar os conteúdos e a forma como são ensinados.

2. Aprendemos que o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior


(SINAES) é composto pela avaliação institucional, dividida em duas
modalidades, a saber: autoavaliação e avaliação externa. Assinale a alternativa
que descreve o conceito de autoavaliação:

a) Momento de apreciação da realidade institucional pelas comissões do


MEC.
b) Processo sistemático de identificação de méritos e de valores, de fatos e
de expectativas.
c) Atividade complexa que envolve diferentes agentes.
d) Reflexão da prática educativa realizada pela própria instituição.
e) Promover o desenvolvimento e a consolidação das instituições.

Comentário

Parabéns! A alternativa "D" está correta.

A avaliação institucional é dividida em duas modalidades: autoavaliação e avaliação externa. A


autoavaliação é realizada pela própria instituição de ensino, com a presença de representantes do
corpo social da instituição, respondendo a um roteiro previamente disponibilizado; enquanto a
avaliação externa é realizada por uma comissão que representa o Ministério da Educação, que verifica
se o que foi respondido pela autoavaliação atende a realidade.
MÓDULO 2

Identificar o caminho histórico da avaliação institucional no Brasil

A história da avaliação institucional no Brasil

A experiência das universidades a partir da criação do Programa de Avaliação


Institucional das Universidades Brasileiras — PAIUB e mais recentemente com o
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), criado pela Lei n.
10.861, de 14 de abril de 2004, obedecendo às diretrizes estabelecidas pela Comissão
Nacional de Avaliação da Educação Superior (CONAES) colaboraram para a
construção de um modelo de avaliação institucional para o ensino superior que
posteriormente tem servido como parâmetro para orientar as práticas da
avaliação institucional das escolas de educação básica em território nacional.

(MOURA, 2017).

Uma breve história da Avaliação Institucional

Neste vídeo, você verá um resumo sobre a história da avaliação institucional.

Você sabia

A necessidade de avaliar o ensino superior no Brasil surgiu institucionalmente na década de 1980.


Entretanto, esse caminho começara a ser traçado desde a reforma universitária, ocorrida em 1968.

Neste módulo, faremos o resgate histórico da avaliação institucional do


ensino superior no Brasil e seus dispositivos legais que, de alguma forma,
orientam essa etapa do planejamento, bem como a formação universitária no
país.
A Associação Nacional de Docentes do Ensino Superior (ANDES)
elaborou, em 1983, a Primeira Proposta De Avaliação Institucional Do
Ensino Superior no país. A proposta se chamava Programa de Avaliação da
Reforma Universitária (PARU), oficializada institucionalmente pelo Ministério
da Educação e Cultura, e buscava debater temas como a gestão institucional e
a produção e disseminação de conhecimentos para toda a população.
Entretanto, o programa foi finalizado oficialmente um ano depois de começado
devido a disputas internas ao próprio Ministério da Educação, em torno de
quem competia fazer a avaliação da reforma universitária (CUNHA, 1997).

O Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras (PAIUB)


contava com a adesão voluntária das universidades. Por meio dessa adesão,
seriam recolhidas informações necessárias para a realização de avaliações
externas ou reavaliações. A importância do PAIUB vai além de sua adesão e
avaliações externas, pois proporcionou às instituições a possibilidade de se
autoavaliarem institucionalmente, ou seja, internamente. A iniciativa, construída
em articulação com a ANDIFES (Associação Nacional dos Dirigentes das
Instituições Federais de Ensino Superior) e ABRUEM(Associação
Brasileira de Reitores das Universidades Estaduais e Municipais), durou
até a promulgação da Lei n. 9.131, de 24 de novembro de 1995, que instaurou
um novo mecanismo de avaliação denominado Exame Nacional de Cursos
(ENC). Esse exame foi destinado aos estudantes concluintes dos cursos de
graduação a fim de medir suas aprendizagens para, então, avaliar
externamente o curso — sua primeira aplicação ocorreu no ano de 1996.

Comentário

O ENC foi conhecido pela sociedade como uma forma de classificar as universidades, estabelecendo
um parâmetro comparativo entre elas e desconsiderando questões de ordem característica, pois não
levava em conta o contexto local e institucional dos cursos. Esses fatores contribuíram para o
desempenho estudantil, mas não eram considerados pelo ministério. Pinto (2016) colabora com essa
visão da sociedade, pois os resultados eram amplamente divulgados nas mídias impressa e televisiva,
estimulando a concorrência entre as instituições de ensino superior, uma vez que as classificava.

Em 2003, iniciou-se a discussão sobre um novo sistema de avaliação da


educação superior no país, quando foi criada a Comissão Especial de
Avaliação (CEA). A comissão realizou debates com a comunidade acadêmica e
a sociedade civil organizada. O resultado desses debates produziu o
documento intitulado Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior
(SINAES):
 Bases para uma nova proposta de Avaliação da Educação Superior
(BRASIL, 2003), e
 Propôs ao ministério a criação da Comissão Nacional de Avaliação da
Educação Superior (CONAES) para a coordenação e a supervisão do
SINAES.
 O documento propunha um novo modelo de avaliação mais global e que
considerasse as especificidades de cada instituição de ensino superior;
 As instituições desenvolveriam uma avaliação, ou processo, para
articular as dimensões dos cursos e o desempenho estudantil.

O SINAES é formado por três procedimentos avaliativos:

1. A Avaliação das Instituições de Educação Superior (AVALIES),


2. A Avaliação dos Cursos de Graduação (ACG) e
3. O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE).

Vejamos, a seguir, alguns detalhes sobre cada um:

AVALIES - Avaliação das Instituições de Educação Superior


Autoavaliação, coordenada pela Comissão Própria de Avaliação de cada
instituição de ensino superior, além de avaliação externa realizada por
comissões designadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep), segundo as diretrizes estabelecidas pela
CONAES.

ACG - Atividade Complementar de Graduação

Avaliação dos cursos de graduação por meio de instrumentos e procedimentos


que incluem visitas in loco de comissões externas. A periodicidade dessa
avaliação depende diretamente do reconhecimento a que os cursos estão
sujeitos.
ENADE – EXAME NACIONAL DE DESEMPENHO DOS ESTUDANTES

Avaliação aplicada aos estudantes no primeiro e no último ano do curso.


Anualmente, o Ministério da Educação, com base na indicação da CONAES
(Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior), definirá as áreas que
participarão do ENADE.
Para finalizar, devemos refletir como o modelo de avaliação institucional
proposto pelo SINAES foi feito com a finalidade de melhoria da qualidade da
educação superior, buscando orientar a expansão universitária e sua oferta,
aumentando, permanentemente, sua eficácia institucional e sua efetividade
acadêmica e social.

A história da avaliação institucional na educação básica

Constituição Federal de 1988.


A Constituição Federal de 1988, no artigo 206, já sinalizava a necessidade da
avaliação institucional da educação básica como uma das formas de garantir o
padrão de qualidade do ensino:

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios (BRASIL,
1988, grifo do autor):
I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte
e o saber;
III - Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de
instituições públicas e privadas de ensino;
IV - Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - Valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da
lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de
provas e títulos, aos das redes públicas;
VI - Gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII - Garantia de padrão de qualidade;
VIII - Piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação
escolar pública, nos termos de lei federal.
Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), Lei n.
9.394/1996, aparecem os dispositivos sobre avaliação como medida de
controle e regulação da qualidade do ensino em escala nacional:
Art. 9º A União incumbir-se-á de:
[...] V - Coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação;
VI - Assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino
fundamental, médio e superior, em colaboração com os sistemas de ensino,
objetivando a definição de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino;
[...] § 2º Para o cumprimento do disposto nos incisos V e VI, a União terá
acesso a todos os dados e informações necessárias de todos os
estabelecimentos e órgãos educacionais. (LEI 9.394, 1996)
O Plano Nacional da Educação (PNE) traz a avaliação como estratégia que
permitirá o monitoramento da evolução da qualidade dos nossos sistemas de
ensino.
Segundo as orientações contidas na Resolução n. 4/2010 do Conselho
Nacional de Educação (CNE), que define Diretrizes Curriculares Nacionais
Gerais para a Educação Básica, nos arts. 52 e 53, a avaliação institucional
interna no ambiente educacional deve fazer parte do Projeto Político
Pedagógico (PPP) das escolas e ser detalhada no plano de gestão, e a
avaliação externa deve ocorrer periodicamente.
Seção III - Avaliação institucional
Art. 52. A avaliação institucional interna deve ser prevista no projeto político-
pedagógico e detalhada no plano de gestão, realizada anualmente, levando em
consideração as orientações contidas na regulamentação vigente, para rever o
conjunto de objetivos e metas a serem concretizados, mediante ação dos
diversos segmentos da comunidade educativa, o que pressupõe delimitação de
indicadores compatíveis com a missão da escola, além de clareza quanto ao
que seja qualidade social da aprendizagem e da escola. (RESOLUÇÃO 4-
CNE, 2010)

Seção IV - Avaliação de redes de educação básica

Art. 53. A avaliação de redes de educação básica ocorre periodicamente, é


realizada por órgãos externos à escola e engloba os resultados da avaliação
institucional, sendo que os resultados dessa avaliação sinalizam para a
sociedade se a escola apresenta qualidade suficiente para continuar
funcionando como está. (RESOLUÇÃO 4- CNE, 2010)
Segundo Moura (2017), apesar de a avaliação institucional estar expressa
como uma das diretrizes para a educação básica, esta, na prática, não é uma
ação comum desenvolvida em todas as escolas. Nota-se que a avaliação
externa, por meio de testes em larga escala, fica colocada como elemento
central para o desenho de políticas de educação básica.

Exemplo

Em uma pequena escola de uma grande cidade, a direção decide ampliar e oferecer educação infantil.
Cuida com esmero dos processos burocráticos, consegue todos os documentos necessários, contrata
os professores indicados com cuidado. A diretoria também é dona da escola e está lá todos os dias —
como em outras milhares de escolas brasileiras. O tema avaliação institucional ou interna é
considerado um “problema de escola grande”.
Exemplo

Já em uma grande escola do estado situada na capital, com dificuldades de violência, sexo, drogas,
percebemos uma logística de batalhão. Há o apelo pela realização de um processo de avaliação
institucional, mas esta é reconhecida como problema meramente burocrático, e realizada apenas para
atender a demanda da secretaria de educação.

Para entender a criação dos mecanismos e dinâmicas de avaliação de larga


escala para adequação de todos, vamos voltar à história. A utilização dessas
avaliações externas em larga escala é baseada em padrões de desempenho e
do aumento progressivo das políticas de responsabilização. Esse processo,
denominado accountability, que, segundo Dias Sobrinho (2002), é uma forma
tecnocrática de valorar e um procedimento burocrático de exigir o cumprimento
de obrigações, tem como marco referencial as experiências reformistas
ocorridas na Inglaterra e nos EUA durante a década de 1980.
Para Schedler (apud Afonso, 2009), accountability apresenta três dimensões
estruturais:
 de informação,
 de justificação e
 de imposição ou sanção.
Para Afonso (2009), o direito de pedir informações e de exigir justificações é o
pilar de sustentação da prestação de contas, pois para que ambos se
concretizem socialmente é necessário que haja a obrigação e o dever do
atendimento da solicitação. Portanto, a prestação de contas é constituída por
duas dimensões: informar e justificar, que respondem a indagações ou
solicitações que sempre devem ser seguidas de respostas orientadas pela
transparência em atendimento ao direito às informações, levando-se em conta
princípios éticos e legais.
Outro ponto importante, como defende Afonso (2009), é que a prestação de
contas não se apresenta apenas como uma “atividade discursiva” que tem pôr
fim a informação e a justificação, mas contempla uma dimensão “impositiva”,
“coactiva” ou “sancionatória”, o que podemos designar de responsabilidade
(PINHA, 2012).
Há uma tendência de centralização da avaliação mediante o estabelecimento
de exames padronizados no sistema educacional brasileiro. Esse processo tem
por objetivo prover ao Estado (que é o avaliador) as informações necessárias
para a elaboração de políticas para o setor educacional. Para Militão (2005),
esse mecanismo permite ao governo, por meio da utilização do discurso,
transferir para a escola a responsabilidade pela superação dos fracassos
educativos, pois a confiabilidade nos instrumentos utilizados nas avaliações
externas vem aumentando e, com isso, a sua legitimidade como verdade.
As novas políticas de responsabilização, que tornam públicas as informações e
o trabalho desenvolvido nas escolas pelos gestores e pela equipe escolar,
tornando-os corresponsáveis pelos resultados alcançados na instituição, surgiu
a partir de 1980, de exemplos de dois países:

Inglaterra

EUA

Como salientado por Moura (2017), apesar de a avaliação institucional estar


expressa como uma das diretrizes para a educação básica, esta, na prática,
não é uma ação comum desenvolvida em todas as escolas. Constatamos que
na educação básica os órgãos centrais enquadram a avaliação externa como
processo fundamentalmente regulatório, esvaziando a dimensão formativa e
democrática da autoavaliação.
Durante as últimas décadas, o sistema de avaliação educacional no Brasil tem
evidenciado os testes aplicados aos estudantes como referência da qualidade
do ensino. Na educação básica, dá-se atualmente relevância à:

 Provinha Brasil
 Prova Brasil
 Ana (Avaliação Nacional De Alfabetização)
 Ideb
 Testes Dos Sistemas Estaduais

Diante do já exposto, podemos afirmar que é necessário que as escolas


desenvolvam em sua prática avaliativa um contraponto a essa política
hegemônica, de modo a vislumbrar mudanças significativas quanto ao uso dos
resultados dos testes sem rejeitar a avaliação externa.

Verificando o aprendizado

1. As avaliações institucionais do ensino superior surgiram, inicialmente, em 1983, com


o Programa de Avaliação da Reforma Universitária (PARU), que buscava debater temas
como a gestão institucional e a produção e disseminação de conhecimentos à toda
população. Entretanto, foi o Programa de Avaliação Institucional das Universidades
Brasileiras (PAIUB), que contava com a adesão voluntária das universidades, que
recolheria as informações necessárias para a realização de avaliações externas ou
reavaliações. A importância do PAIUB vai além de sua adesão e avaliações externas,
pois proporcionou:

a) Ao Ministério da Educação, a possibilidade de avaliar institucionalmente.


b) Ao Ministério das Ciências e Tecnologia, a possibilidade de avaliar.
c) Às instituições, a possibilidade de avaliar, institucionalmente, outras instituições
educacionais.
d) Às instituições, a obrigatoriedade de se avaliar institucionalmente.
e) Às instituições, a possibilidade de se avaliar institucionalmente.

Parte inferior do formulário

Comentário

Parabéns! A alternativa "E" está correta.


O PAIUB, na década de 1990, utilizou, pela primeira vez, a autoavaliação institucional para
autoverificação e diagnóstico de seus problemas e pontos de melhorias, trabalhando na solução das
dificuldades apontadas pela prática do cotidiano.

2. Estudamos que a avaliação externa em larga escala é utilizada pelo Estado como
padrão de desempenho e de responsabilização. Ao mesmo tempo, os resultados dessas
avaliações vêm sendo utilizados para:

a) O aumento progressivo de políticas de responsabilização.


b) O desenho de políticas destinadas à educação básica.
c) O processo accountability.
d) Valorar um procedimento burocrático de exigir o cumprimento de obrigações
e) Reformar o ensino com base nas reformas inglesa e norte-americana ocorridas
nas décadas de 1980.

Comentário

Parabéns! A alternativa "B" está correta.

Apesar de os resultados das avaliações externas servirem como um padrão de desempenho e, ao


mesmo tempo, de aumentarem progressivamente as políticas de responsabilização, eles servem para
desenhar políticas para a educação básica. Parte inferior do formulário
MÓDULO 3

Descrever as propostas de avaliação institucional da escola e a Política Oficial de Avaliação


Institucional da Educação Básica no Brasil

Avaliação Institucional

A educação é reconhecida como um dos fatores básicos para solucionar os


desafios da desigualdade social, junto com políticas públicas relacionadas à
saúde, moradia, ao deslocamento etc. A qualidade da educação em todos os
níveis é, atualmente, um diferencial das nações.

Vimos que, para a escola desempenhar o papel esperado pela sociedade,


enfatizam-se, atualmente, os princípios da autonomia, permitindo que escola
assuma sua própria gestão na busca de encontrar a melhor sintonia com a
comunidade que atende para desenvolver a relevância social e econômica da
educação que oferece. De outro lado, a autonomia das escolas liberou os
órgãos educacionais de suas antigas funções administrativas, substituindo-as
pelas funções de avaliação da qualidade e de assessoramento às redes de
ensino.
A autonomia requer um processo transparente, associado à necessidade de
avaliação do aprendizado dos estudantes e da escola como um todo, pois
somente assim é possível prestar contas à sociedade e realimentar o processo
educativo desenvolvido pela escola, revelando erros e acertos que servem para
redirecionar práticas e reformular as estratégias para atingir os objetivos
visados.
Para que este processo ocorra, é necessário:
 Um entendimento da avaliação como processo contínuo de
aperfeiçoamento do ensino;
 Uma ferramenta para o planejamento e gestão compartilhada da escola;
 Um processo sistemático de prestação de contas à sociedade.
O que significa acompanhar o processo mais de perto e verificar se as funções
e prioridades determinadas coletivamente estão sendo realizadas e atendidas
com os resultados esperados.

O PROCESSO AVALIATIVO SE ENCONTRA NO DIÁLOGO ENTRE O QUE


SE PRETENDE E AQUILO QUE SE REALIZA.

A escola de ensino fundamental pública necessita se autoavaliar e ser avaliada


externamente devido ao caráter público de suas ações, de forma a estar
sempre repensando os seus processos. Para que isso ocorra, é necessário o
rompimento de antigas tradições e a mudança de entendimento do processo
como algo burocrático ou autoritário para controlar o trabalho e o trabalhador.
A avaliação institucional, interna e externa, pode ser uma forma de estimular a
melhoria do processo de ensino-aprendizagem e de evitar que a rotina
descaracterize os objetivos fundamentais do processo de avaliação
institucional.
A avaliação institucional preocupa-se essencialmente com os resultados das
ações educativas da escola. A avaliação institucional deve ser um processo
contínuo e aberto, no qual todos os setores da escola e seus atores reflitam
sobre seus modos de atuação e os resultados de suas atividades em busca da
melhoria da escola como um todo.
Além das aferições quantitativas e indicadores externos, a avaliação
institucional abrange dimensões qualitativas, que devem avaliar
constantemente o Projeto Político Pedagógico da Escola, de forma a rever
sempre suas metas e objetivos.

Atenção

Temos um ponto muito importante: uma escola é um CNPJ. Ela é uma empresa e os processos de
gestão, capital, modernização, estrutura de controle e qualidade devem fazer parte da atividade. Quem
milita pela educação precisa entender que o compromisso passa necessariamente por medir, entender
e fundamentar esse processo.
Avaliação institucional no espaço da escola

A avaliação institucional deve contribuir para que a escola construa sua


identidade, preservando a pluralidade de ideias que constitui ou deve constituir
qualquer espaço.
Vamos pensar agora no que deveria ser feito.
A escola tem sua autonomia e isso significa o poder de tomar decisões sem
depender de estruturas governamentais e de definir linhas pedagógicas,
projetos integradores e consolidar seu próprio PPP.
A ideia é garantir o melhor funcionamento dessa escola, com uma gestão
participativa e democrática, onde todos os segmentos têm voz. Organiza-se, a
partir desse grupo, um colegiado que deve comandar a avaliação institucional
cujo papel é:
 Ouvir os diversos segmentos.
 Disponibilizar e formular os resultados das pesquisas.
 Apurar e levar aos executores e dar retornos aos beneficiários.
Os critérios da avaliação precisam ser claros e amplamente ligados às
demandas da comunidade escolar. Devem ser públicos e considerar a série
histórica das avaliações — interna e externa — na execução e na
implementação de melhoria do desempenho escolar, tanto administrativo
(gestão), quanto pedagógico (ensino).

Comentário

Infelizmente, a realidade mostra ainda uma noção equivocada de muitas escolas sobre a avaliação
como processo burocrático, apenas para efeito de cumprimento das regras, como falsas nomeações,
pouca dedicação e falta de planejamento atrelado ao PPP.
A avaliação institucional da escola deve ter, então, o objetivo de rever e
aperfeiçoar o Projeto Político Pedagógico da escola, promovendo a melhoria da
qualidade nas áreas pedagógicas e administrativas.
Para isso, segundo o texto Avaliação institucional da escola de ensino
fundamental do Programa de apoio à melhoria das escolas públicas, a
avaliação institucional deve levar em consideração os diversos aspectos que
relacionam:
 as atividades pedagógicas (atividade-fim)
 às atividades técnico-administrativas (apoio),
buscando a participação de todos os atores da comunidade escolar por meio
da implementação das medidas voltadas ao aperfeiçoamento da escola, além
de inspirar uma atitude de permanente observação, reflexão, crítica e
aperfeiçoamento dos objetivos e prioridades da escola.
A avaliação institucional deve auxiliar a formulação de políticas, ações e
medidas institucionais que impliquem atendimento específico ou subsídios
adicionais para aperfeiçoamento de insuficiências encontradas.

São etapas do processo de avaliação institucional:


SENSIBILIZAÇÃO
Realização de reuniões e encontros com o objetivo de sensibilizar docentes,
estudantes, funcionários e demais membros da comunidade, de forma que
todos compreendam o processo avaliativo. Convite a pessoas externas que
possam falar sobre o processo da avaliação institucional. Leitura e debates
sobre textos, a fim de aprofundar o conhecimento sobre a avaliação
institucional.
Agora que já conhecemos um pouco sobre a sensibilização, vamos exercitar?
Qual é a ação correta?

a. Oferecer um salário extra para o professor com maior vínculo de gestão preencher e
se relacionar com os processos avaliativos.

b. Vencer a resistência da comunidade escolar e criar uma dinâmica de troca, reuniões,


análise de documentos e ações a serem organizadas.

DIAGNOSTICAR
Este será o ponto de partida e necessita da existência de um conjunto
comparável de informações que permitam o diagnóstico da situação em
estudo. Os dados serão correlacionados de forma a gerar indicadores e
inferências para as avaliações interna e externa.
Agora que já conhecemos um pouco sobre o diagnóstico, vamos exercitar?
A escola montou o comitê interdisciplinar e, em um processo investigativo,
foram levantados graves problemas com um conjunto de docentes, não por
incompetência, mas por reclamação de seu comportamento inconveniente e
agressivo.
Qual é a ação do grupo?
a. Exigir a demissão imediata, alegando dados suficientes.
b. Expor os dados encontrados, com a avaliação de todos os professores,
reunir informações, pensar em ações corretivas junto ao setor responsável e
dar o retorno sobre o treinamento e suporte.
AVALIAÇÃO INTERNA

Um processo de autoavaliação que contribua para um movimento de reflexão e


gere debates internos sobre as diversas dimensões das ações pedagógicas e
administrativas da escola. A ideia é que, a partir desses debates, a escola gere
relatórios que reflitam como ela percebe a si mesma.
Clique nas barras para ver as informações.

Avaliação dos anos de escolaridade que fazem parte do espaço da

escola

Condições, o que engloba docentes, estudantes, técnicos-administrativos,


infraestrutura, organização curricular e perfil profissional para este nível de
escolaridade.
Processos que se relacionam com a interdisciplinaridade, institucionalização,
qualificação do corpo docente e sua adequação às diferentes atividades no ano
de escolaridade; avaliação da aprendizagem; integração entre os professores
do ano de escolaridade e da escola com a comunidade.
Resultados que envolvam a avaliação da escola em relação aos estudantes
concluintes.
Avaliação das disciplinas

 Objetivos da disciplina, planejamento;


 Procedimentos didáticos, métodos e material didático utilizado;
 Instrumentos de avaliação, conteúdo das avaliações e atividades
práticas;
 Condições técnicas: pessoal qualificado e infraestrutura disponíveis para
o desenvolvimento das disciplinas.

Avaliação do desempenho docente

 Desempenho didático-pedagógico;
 Aspectos éticos.

Avaliação dos estudantes

O desempenho do estudante, levando em conta tanto o seu rendimento escolar


quanto sua participação nas diversas atividades escolares. Deve-se considerar
ainda os problemas sociais, cognitivos ou físicos que interferem na
aprendizagem escolar.

Avaliação de pessoal técnico-administrativo

É importante que, aqui, a avaliação esteja pautada na compreensão do valor


das atividades de apoio para a concretização do ensino de boa qualidade.

Avaliação da gestão escolar

O desempenho da equipe de gestão escolar.


Existem, dentro da autonomia das escolas, outros aspectos que podem ser
mensurados, tais como: uso de sistemas, disponibilização de atividades,
satisfação dos alunos e pais. Nenhum deles deve ser engessado. Essa é uma
sugestão de observação de avaliação que pode ser tremendamente útil a
escola.
A política oficial de avaliação institucional da educação básica no

Brasil

A Política Nacional de Avaliação e Exames da Educação Básica já está


regulamentada de acordo com o disposto na Base Nacional Comum Curricular
(BNCC). Ela é integrada pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica
(Saeb), o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e
Adultos (Encceja), e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizados
pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(Inep).

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).


Os objetivos da Política Nacional, segundo o site do INEP, são:
 Diagnosticar as condições de oferta da educação básica;
 Verificar a qualidade da educação básica;
 Oferecer subsídios para o monitoramento e o aprimoramento das
políticas educacionais;
 Aferir as competências e as habilidades dos estudantes;
 Fomentar a inclusão educacional de jovens e adultos;
 Promover a progressão do sistema de ensino;
 Promover a igualdade de condições para o acesso e a permanência do
estudante na escola;
 Promover a garantia do padrão de qualidade, do direito à educação e da
aprendizagem ao longo da vida.

O SAEB é realizado a cada dois anos por amostragem de alunos. O sistema é


composto por dois processos:
Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb)

Produz informações a respeito da realidade educacional dos alunos do 3º ao 5º


ano dos ensinos fundamental e médio da rede pública e particular por regiões
brasileiras. É uma avaliação amostral.

Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (ANRESC)


Também chamada de Prova Brasil, diferencia-se da ANEB por:
 Focar nos alunos do 5º e 9º ano do ensino fundamental;
 Ser uma avaliação censitária;
 Ser aplicada apenas na rede pública.

A Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) produz informações a respeito da


realidade educacional regional dos alunos do 3º ano do ensino fundamental da
rede pública sobre a proficiência de Língua Portuguesa (leitura e escrita) e
matemática.

Atenção

O resultado dessas avaliações é usado para calcular o Ideb, que também considera os dados de fluxo
escolar fornecidos pelo Censo Escolar e consiste, portanto, em um indicador da qualidade do ensino
oferecido nas escolas de todo o país. A partir de 2018, todas as escolas que participarem da aplicação
censitária do Saeb e que cumprirem os critérios determinados terão seu Ideb calculado. O índice é
divulgado a cada dois anos.

Segundo o portal do Inep, por meio desse indicador, as escolas podem


formular (ou reformular) seu Projeto Político Pedagógico (PPP), visando à
"melhoria da qualidade, equidade e eficiência do ensino".
No ano de 2018, o MEC anunciou algumas mudanças para o Saeb:
 A Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA),
 a Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Anresc, ou Prova Brasil) e
 a Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb) perdem as
nomenclaturas e serão agrupadas sob o mesmo nome: Saeb,
acompanhado da etapa correspondente;
A educação infantil será incluída no sistema de avaliação, mas os questionários
serão respondidos pelos professores;
As provas, que antes tinham datas diferentes de aplicação, passarão a
acontecer nos anos ímpares, enquanto os resultados, nos anos pares;
Alunos a partir do 9º ano do ensino fundamental passarão a fazer provas
também de Ciências da Natureza e Ciências Humanas, mas o Ideb não
considerará esses resultados, a fim de continuar com a série histórica, já que
nos anos anteriores tais áreas não foram contempladas;
A avaliação da alfabetização será antecipada para o 2º ano, visto que a Base
Nacional Comum Curricular (BNCC) prevê o fim do ciclo no 2º ano. Antes, essa
avaliação era aplicada aos alunos do 3º ano do ensino fundamental;
Serão criadas matrizes de avaliação para as novas áreas e segmentos a serem
avaliados;
As provas contemplarão as competências e habilidades previstas pela Base
Nacional Comum Curricular (BNCC);
Todas as escolas particulares receberão resultados individuais por instituição;
O MEC testará a aplicação em formato digital com alguns alunos.
Mas, afinal, o que é Ideb e como ele é calculado?

Imagem sobre o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica no muro da


rua em uma escola em Campo Maior, no Piauí.
A partir das médias de desempenho nos exames do Saeb, calcula-se o Ideb,
que considera também o fluxo escolar dos alunos.
É importante destacar que o cálculo considera o desempenho dos alunos
somente nas áreas de Língua Portuguesa e Matemática, a fim de manter
uma linha histórica de avanço.
Os resultados são disponibilizados para toda a população, que pode
acompanhar a evolução desse indicador ao longo dos anos.
O objetivo dessas avaliações é avaliar as redes ou sistemas de ensino, e não
os alunos individualmente. Portanto, elas são construídas e aplicadas com
esse foco:

Os resultados não refletem a porcentagem de acertos de um aluno respondendo a uma prova, mas a
de um conjunto de alunos respondendo às habilidades do currículo proposto, distribuídas em várias
provas diferentes. O resultado se dá pela representatividade de um grupo de alunos como uma
unidade dentro do sistema de ensino.

(INEP, s.d.).

A importância da Avaliação Institucional para Educação Básica

Neste vídeo vamos conhecer sobre impacto da avaliação institucional na Educação


Básica.

Verificando o aprendizado

1. Neste módulo, aprendemos que a educação é reconhecida como um dos fatores


básicos para solucionar os desafios da desigualdade social, junto com políticas públicas
relacionadas à saúde, moradia, deslocamento etc. A qualidade da educação em todos os
níveis é, atualmente, um diferencial das nações. Assim, percebemos que a avaliação
institucional ocorre em duas frentes: interna e externa. Cada uma delas possui um
objetivo avaliativo próprio, ou seja, uma finalidade. Além das aferições quantitativas e
indicadores externos, a avaliação institucional abrange dimensões qualitativas, que
devem avaliar constantemente o Projeto Político Pedagógico da Escola, de forma a
rever sempre suas metas e objetivos. Assinale a alternativa que aborda a finalidade das
avaliações internas:

a) Pode ser a forma de estimular a melhoria do processo de ensino-aprendizagem e


de evitar que a rotina descaracterize os objetivos fundamentais das avaliações
internas e externas.
b) A escola de ensino fundamental pública necessita se autoavaliar e ser avaliada
externamente devido ao caráter público de suas ações, de forma a estar sempre
repensando os seus processos.
c) Pode prestar contas à sociedade e realimentar o processo educativo que a escola
desenvolve, revelando erros e acertos que servem para redirecionar práticas e
reformular as estratégias que devem levar aos objetivos visados no PPP.
d) Significa acompanhar o processo mais de perto e verificar se as funções e
prioridades, determinadas coletivamente pelas legislações nacionais, estão sendo
realizadas e atendidas com os resultados esperados.
e) Preocupa-se essencialmente com os resultados das ações educativas da escola.

Parte inferior do formulário

Comentário

Parabéns! A alternativa "C" está correta.

As avaliações internas devem aferir se estão conseguindo atingir os objetivos estipulados no Projeto Político-
Pedagógico, direcionando ou redirecionando as práticas educacionais dos agentes da instituição.

2. A avaliação institucional deve contribuir para que a escola construa sua identidade,
preservando a pluralidade de ideias que constitui ou deve constituir qualquer espaço. A
avaliação institucional da escola deve ter, então, o objetivo de rever e aperfeiçoar:

a) O Projeto Político-Pedagógico da escola.


b) A melhoria da qualidade na área pedagógica da escola.
c) A melhoria da qualidade na área administrativa da escola.
d) A participação de todos os atores da comunidade escolar.
e) A inspirar uma atitude permanente de crítica na escola.

Comentário

Parabéns! A alternativa "A" está correta.

A avaliação institucional serve para a escola estar sempre revisitando seu PPP e adequando seus
objetivos, revendo sua identidade institucional e respeitando a pluralidade de ideias que compõem o
espaço educacional.
Conclusão

Considerações Finais

Você deu seus primeiros passos para conhecer os processos de avaliação institucional.
Para isso, foi necessário se inteirar sobre as diferentes concepções e os diversos
princípios sobre o tópico.

No decorrer conteúdo, expomos um pouco da história e das políticas oficiais da


avaliação institucional do ensino superior e da educação básica. Vimos o quanto ela é
importante como processo contínuo e interno à escola, como forma de reavaliar
constantemente o Projeto Político Pedagógico e o processo de gestão democrática e
autônoma.

Constatamos também que a avaliação interna não é, ainda, uma prática nas escolas
brasileiras, deixando os processos avaliativos apenas para as avaliações externas e de
larga escala.

A fim de seguir avançando e aperfeiçoando os seus estudos, dê continuidade às suas


leituras, explorando os materiais indicados nas referências deste conteúdo.

Bons estudos!

Podcast

Vamos ouvir o professor Rodrigo Rainha sobre os principais pontos da avaliação


institucional na Educação.

Referências

AFONSO, A. J. Políticas avaliativas e accountability em educação: subsídios para um


debate ibero-americano. In: SISIFO / Revista de Ciências da Educação, n. 9, p. 57-70,
maio/ago., 2009.

BELLONI, I. Universidade e o compromisso da avaliação institucional na


reconstrução do espaço social. In: Avaliação. Campinas, SP, v.1, n. 2, p.6-14, dez,
2000.

BRASIL. Ministério da Educação. Resolução n. 4, de 13 de julho de 2010. Brasília,


2010.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988.

BRASIL. Lei n. 9.131, de 24 de novembro de 1995. Altera dispositivos da Lei n. 4024,


de 20 de dezembro de 1961, e dá outras providências. Brasília, 1995.
BRASIL. Ministério da Educação. Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Superior (SINAES): bases para uma nova proposta de avaliação da educação superior.
Brasília, 2003.

BRASIL. Lei n. 10.861, de 14 de abril de 2004. Institui o Sistema Nacional de


Avaliação da Educação Superior (SINAES). Brasília, 2004.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da


Educação Nacional. Brasília, 1996.

CUNHA, L. A. Nova reforma do ensino superior: a lógica reconstruída. In: Cadernos


de Pesquisa, São Paulo, n. 101, p. 20-49, jul. 1997.

DIAS SOBRINHO; J.; BALZAN, N. C. (orgs.). Avaliação Institucional: teoria e


experiências. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2008.

DIAS SOBRINHO, J. Universidade e avaliação: entre a ética e o mercado.


Florianópolis: Insular, 2002.

DIAS SOBRINHO, J. Avaliação da educação superior. Petrópolis: Vozes, 2000.

DIAS SOBRINHO, J. Universidade pública e processos de privatização da


educação superior: papéis da avaliação institucional. In: Revista RAIES. Campinas,
v.2, n. 4, dez. 1997, p.57-64.

GADOTTI, M. Avaliação institucional: necessidades e condições para sua realização.


DRB Assessoria. 2010.

LEITE, D. Avaliação e tensões: Estado, universidade e sociedade na América Latina.


In: Revista RAIES, Campinas: v.2, n. 1 (3), mar 1997, p. 7-17.

LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão na escola. Goiânia: Alternativa, 2008.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995.

MALAVASI, M. M. S. Avaliação Institucional de qualidade potencializada pela


participação dos vários segmentos da escola. In: DALBEN, A. I. L. F. et al. (Org.).
Convergências e tensões no campo de formação e do trabalho docente. Belo Horizonte:
Autêntica, 2010.

MILITÃO, S. C. N. Ideário neoliberal e reformas educativas na América Latina: a


centralidade da avaliação educacional. In: Revista Científica Eletrônica de Pedagogia,
Periodicidade Semestral – edição número 5 – janeiro de 2005.

MOURA, M. P. C. A avaliação institucional como instrumento de gestão


estratégica: estudo de caso em uma escola estadual de Itabira-MG. Dissertação
(Mestrado). Universidade Federal de Juiz de Fora, 2017.
PINHA, M. L. S. Avaliação institucional na escola pública de educação básica:
possibilidades para aprimoramento da gestão escolar. Dissertação (Mestrado).
Universidade do Oeste Paulista, 2012.

PINTO, R. S.; MELLO, S. P. T.; MELO, P. A. Meta-avaliação: uma década do


processo de avaliação institucional do SINAES. In: Avaliação (Campinas), Sorocaba, v.
21, n. 1, p. 89-108, 2016.

REQUENA, A. T. La evalución de instituciones educativas. In: El análisis de la


Facultad de Ciencias Politicas y Sociologia de la Universidad de Granada. Granada:
Universidade de Granada, 1995.

RISTOFF, D. I. Universidade em foco: reflexões sobre a educação superior.


Florianópolis: Insular, 1999.

TENÓRIO, R. M.; ARGOLLO, R. S. N. SINAES na perspectiva de membros da


CPA: implantação, condução e avaliação. In: LORDÊLO, J. A. C.; DAZZANI, M. V.
Avaliação educacional: desatando e reatando nós [online]. Salvador: EDUFBA, 2009.

TRINDADE, H. (Org.). Universidade em ruínas: na república dos professores.


Petrópolis: Vozes, 1999.

Explore+

Acesse o Programa de Apoio à Melhoria do Ensino Municipal, disponível na Biblioteca


virtual da Rede Acadêmica de Ciência Econômica da UFRJ (RACE)

O texto Avaliação institucional na educação básica: retrospectiva e questionamentos,


de Elba Siqueira de Sá Barreto e Gláucia T. Franco, faz uma retrospectiva das
experiências de uso da avaliação institucional na educação básica no Brasil desde
meados dos anos 1990. Observam-se iniciativas de avaliação não só nos ensinos
fundamental e médio, seja em escolas isoladas ou em redes públicas, mas também na
educação infantil. O estudo encontra grande convergência nos referenciais teórico-
metodológicos adotados na avaliação institucional da escola, invariavelmente
comprometidos com a perspectiva de melhoria da qualidade da educação, assim como
nos procedimentos para sua implementação.

Veja no site do INEP o resultado do IDEB divulgado em 2020.

Leia os artigos Um breve histórico da avaliação institucional no Brasil, de Regina


Macedo Boaventura Bese, e Avaliação Institucional: instrumento de (re)construção e
(trans)formação da escola pública, disponíveis no site Gestão Universitária.

Acesse os anais do Seminário Internacional de Avaliação da Educação, publicados em


outubro de 1995 pela CESGRANRIO.
Acesse os anais do Simpósio Nacional Sobre Avaliação Educacional: Uma Reflexão
Crítica., publicados em outubro de 1993 pela CESGRANRIO.

Conteudista

Graça Regina Franco da Silva Reis

Ao clicar nesse botão, uma nova aba se abrirá com o material preparado para impressão.
Nela, acesse o menu do seu navegador e clique em imprimir ou se preferir, utilize o
atalho Ctrl + P. Nessa nova janela, na opção destino, direcione o arquivo para sua
impressora ou escolha a opção: Salvar como PDF.

Você também pode gostar