1 - Introdução
1 - Introdução
1 - Introdução
Mas, atenção! Não estamos apenas olhando para trás. Em nossa exploração,
também mergulharemos nas ferramentas atuais, como os indicadores
formulados pelo INEP. Afinal, vocês já se perguntaram como decisões em
políticas públicas são tomadas? Uma pista: indicadores internacionais têm um
papel crucial, oferecendo insights valiosos para nossas decisões.
No entanto, não basta apenas conhecer os números e indicadores. Precisamos
aprender a compará-los, a discernir o que eles nos dizem sobre a qualidade do
ensino e como se alinham - ou não - às políticas educacionais brasileiras. E,
nesse processo, entendemos o contexto mais amplo de como sistemas de
avaliação são construídos em nosso país, muitas vezes baseados em
parâmetros internacionais.
Abraços.
Descrição
Propósito
Objetivos
Módulo 1
Reconhecer as concepções e princípios da avaliação institucional
Módulo 2
Identificar o caminho histórico da avaliação institucional no Brasil
Módulo 3
Descrever as propostas de avaliação institucional da escola e a Política Oficial
de Avaliação Institucional da Educação Básica no Brasil
Introdução
Nos últimos anos, temos visto muitas discussões sobre avaliação de uma
forma geral, com destaque para as políticas de avaliação institucional, por sua
importância no desenvolvimento qualitativo da educação.
Nosso principal objetivo é entender a importância da avaliação institucional
para o processo de desenvolvimento das instituições de ensino públicas
enquanto recurso de diagnóstico da realidade, bem como para a mudança
desta. Para isso, é necessário conhecer o conceito de avaliação institucional,
levando em consideração suas concepções, formatos e princípios.
Nos dois primeiros módulos, trataremos da avaliação institucional no ensino
superior e na educação básica e, no módulo três, apresentaremos um estudo
mais aprofundado da avaliação institucional na educação básica.
Mas, afinal, o que é uma avaliação institucional? Vamos descobrir juntos?
MÓDULO 1
Esse princípio tão importante precisa estar dentro dos limites permitidos pelas
legislações e, para isso, é necessário que as instituições educacionais tenham
transparência prestando contas dos seus fazeres à sociedade.
ATENÇÃO
Essa visão de avaliação institucional tem como pressuposto que a avaliação seja
formativa, proporcionando informações acerca do desenvolvimento de um
processo de ensino, com a finalidade de reorganizar as práticas institucionais e
dos sujeitos. Para isso, é necessário que este seja um processo permanente que
tenha a função de inventariar, orientar, reforçar e corrigir os aspectos avaliados.
Deve ser incorporada ao ato do ensino e da aprendizagem, e integrada às ações de
formação, caracterizando-se como um importante instrumento de melhoria da
qualidade do ensino na medida em que permite a identificação de problemas.
Você sabia
Para que a avaliação seja formativa, ela precisa ser diagnóstica, e como “instrumento dialético do
avanço, terá de ser o instrumento de identificação de novos rumos. Enfim, terá de ser o instrumento do
reconhecimento dos caminhos percorridos e da identificação dos caminhos a serem perseguidos”
(LUCKESI, 1995). Ou seja, ela diagnostica para que as questões e os problemas apresentados sejam
sanados. De que adianta conhecer os problemas da instituição escolar se não forem tomadas decisões
e realizadas as mudanças necessárias?
Relembrando
Exemplo
Em uma instituição em que se organize uma CPA (Comissão Própria de Avaliação), deve ser garantido
que ela seja autônoma e possa circular com todo o conjunto da instituição, com o papel de garantir
esse rigor e independência.
Exemplo
A avaliação institucional deve promover um papel integrador. A Comissão Própria de Avaliação deve
garantir a participação de porta-vozes de diferentes segmentos a fim de que possam abordar suas
demandas de forma representativa e favorecer o debate, diferenciando-se do “olhar de Requena”.
Ristoff entende que o processo de avaliação institucional é investigativo. Olhar para fora, perceber e
reunir elementos. Nesse caso, a organização de uma comissão externa para processamento,
aferições, análise e registro dos dados coletados tem muito mais sentido.
Exemplo
Trindade observa o papel da avaliação institucional como uma ferramenta cuja função central é a
gestão educacional, que apoia a tomada de decisões, a consolidação de sua missão, valores e
objetivos.
Exemplo
Carvalho, na obra organizada por Dias, percebe a aproximação entre a instituição educacional e as
empresas. Então, o processo de avaliação institucional deveria estar atrelado a um setor com foco em
melhoria dos serviços — como serviço prestado, com características próprias, precisa ser
constantemente estabelecida uma troca com os clientes a fim de garantir o pleno funcionamento do
negócio. Então, ainda que formalmente se crie uma CPA (Comissão Própria de Avaliação), seu papel é
entendido como um cargo, um setor da engrenagem da empresa.
Exemplo
A proposta de Leite visa a observação de “FUTURO” — um grupo atento a reunir ideias, tendências,
coleta de dados, e consolidar, para suas devidas lideranças, a definição das ações estratégicas. Uma
vez mais se aproxima do princípio de gestão a formulação de uma CPA (Comissão Própria de
Avaliação) como um grupo de auditoria interna, com a função específica de gerar informações
sistematizadas e estruturadas.
Por fim, Belloni coloca a função da avaliação entre as funções de Estado e instituições, como um
movimento que se aproxima da política pública. Logo, consolidar um ciclo informativo, como o
SINAES, gera um conjunto de informações complexas que podem ser analisadas e direcionadas para
a criação de políticas institucionais e públicas.
Agora, vamos agora ouvir o professor Luís Claudio Dallier, com vasta experiência na
observação de avaliação institucional.
Pensando sobre a importância da Avaliação Institucional
Neste vídeo, você verá uma reflexão sobre por que é necessário entender a
presença contínua da avaliação institucional na dinâmica de nossas
instituições.
Verificando o aprendizado
a) Controle e responsabilização.
b) Formação e construção individual.
c) Diagnóstico e contexto social.
d) Consumo e orientação.
e) Retorno e mensuração.
Comentário
(MOURA, 2017).
Você sabia
Comentário
O ENC foi conhecido pela sociedade como uma forma de classificar as universidades, estabelecendo
um parâmetro comparativo entre elas e desconsiderando questões de ordem característica, pois não
levava em conta o contexto local e institucional dos cursos. Esses fatores contribuíram para o
desempenho estudantil, mas não eram considerados pelo ministério. Pinto (2016) colabora com essa
visão da sociedade, pois os resultados eram amplamente divulgados nas mídias impressa e televisiva,
estimulando a concorrência entre as instituições de ensino superior, uma vez que as classificava.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios (BRASIL,
1988, grifo do autor):
I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte
e o saber;
III - Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de
instituições públicas e privadas de ensino;
IV - Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - Valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da
lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de
provas e títulos, aos das redes públicas;
VI - Gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII - Garantia de padrão de qualidade;
VIII - Piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação
escolar pública, nos termos de lei federal.
Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), Lei n.
9.394/1996, aparecem os dispositivos sobre avaliação como medida de
controle e regulação da qualidade do ensino em escala nacional:
Art. 9º A União incumbir-se-á de:
[...] V - Coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação;
VI - Assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino
fundamental, médio e superior, em colaboração com os sistemas de ensino,
objetivando a definição de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino;
[...] § 2º Para o cumprimento do disposto nos incisos V e VI, a União terá
acesso a todos os dados e informações necessárias de todos os
estabelecimentos e órgãos educacionais. (LEI 9.394, 1996)
O Plano Nacional da Educação (PNE) traz a avaliação como estratégia que
permitirá o monitoramento da evolução da qualidade dos nossos sistemas de
ensino.
Segundo as orientações contidas na Resolução n. 4/2010 do Conselho
Nacional de Educação (CNE), que define Diretrizes Curriculares Nacionais
Gerais para a Educação Básica, nos arts. 52 e 53, a avaliação institucional
interna no ambiente educacional deve fazer parte do Projeto Político
Pedagógico (PPP) das escolas e ser detalhada no plano de gestão, e a
avaliação externa deve ocorrer periodicamente.
Seção III - Avaliação institucional
Art. 52. A avaliação institucional interna deve ser prevista no projeto político-
pedagógico e detalhada no plano de gestão, realizada anualmente, levando em
consideração as orientações contidas na regulamentação vigente, para rever o
conjunto de objetivos e metas a serem concretizados, mediante ação dos
diversos segmentos da comunidade educativa, o que pressupõe delimitação de
indicadores compatíveis com a missão da escola, além de clareza quanto ao
que seja qualidade social da aprendizagem e da escola. (RESOLUÇÃO 4-
CNE, 2010)
Exemplo
Em uma pequena escola de uma grande cidade, a direção decide ampliar e oferecer educação infantil.
Cuida com esmero dos processos burocráticos, consegue todos os documentos necessários, contrata
os professores indicados com cuidado. A diretoria também é dona da escola e está lá todos os dias —
como em outras milhares de escolas brasileiras. O tema avaliação institucional ou interna é
considerado um “problema de escola grande”.
Exemplo
Já em uma grande escola do estado situada na capital, com dificuldades de violência, sexo, drogas,
percebemos uma logística de batalhão. Há o apelo pela realização de um processo de avaliação
institucional, mas esta é reconhecida como problema meramente burocrático, e realizada apenas para
atender a demanda da secretaria de educação.
Inglaterra
EUA
Provinha Brasil
Prova Brasil
Ana (Avaliação Nacional De Alfabetização)
Ideb
Testes Dos Sistemas Estaduais
Verificando o aprendizado
Comentário
2. Estudamos que a avaliação externa em larga escala é utilizada pelo Estado como
padrão de desempenho e de responsabilização. Ao mesmo tempo, os resultados dessas
avaliações vêm sendo utilizados para:
Comentário
Avaliação Institucional
Atenção
Temos um ponto muito importante: uma escola é um CNPJ. Ela é uma empresa e os processos de
gestão, capital, modernização, estrutura de controle e qualidade devem fazer parte da atividade. Quem
milita pela educação precisa entender que o compromisso passa necessariamente por medir, entender
e fundamentar esse processo.
Avaliação institucional no espaço da escola
Comentário
Infelizmente, a realidade mostra ainda uma noção equivocada de muitas escolas sobre a avaliação
como processo burocrático, apenas para efeito de cumprimento das regras, como falsas nomeações,
pouca dedicação e falta de planejamento atrelado ao PPP.
A avaliação institucional da escola deve ter, então, o objetivo de rever e
aperfeiçoar o Projeto Político Pedagógico da escola, promovendo a melhoria da
qualidade nas áreas pedagógicas e administrativas.
Para isso, segundo o texto Avaliação institucional da escola de ensino
fundamental do Programa de apoio à melhoria das escolas públicas, a
avaliação institucional deve levar em consideração os diversos aspectos que
relacionam:
as atividades pedagógicas (atividade-fim)
às atividades técnico-administrativas (apoio),
buscando a participação de todos os atores da comunidade escolar por meio
da implementação das medidas voltadas ao aperfeiçoamento da escola, além
de inspirar uma atitude de permanente observação, reflexão, crítica e
aperfeiçoamento dos objetivos e prioridades da escola.
A avaliação institucional deve auxiliar a formulação de políticas, ações e
medidas institucionais que impliquem atendimento específico ou subsídios
adicionais para aperfeiçoamento de insuficiências encontradas.
a. Oferecer um salário extra para o professor com maior vínculo de gestão preencher e
se relacionar com os processos avaliativos.
DIAGNOSTICAR
Este será o ponto de partida e necessita da existência de um conjunto
comparável de informações que permitam o diagnóstico da situação em
estudo. Os dados serão correlacionados de forma a gerar indicadores e
inferências para as avaliações interna e externa.
Agora que já conhecemos um pouco sobre o diagnóstico, vamos exercitar?
A escola montou o comitê interdisciplinar e, em um processo investigativo,
foram levantados graves problemas com um conjunto de docentes, não por
incompetência, mas por reclamação de seu comportamento inconveniente e
agressivo.
Qual é a ação do grupo?
a. Exigir a demissão imediata, alegando dados suficientes.
b. Expor os dados encontrados, com a avaliação de todos os professores,
reunir informações, pensar em ações corretivas junto ao setor responsável e
dar o retorno sobre o treinamento e suporte.
AVALIAÇÃO INTERNA
escola
Desempenho didático-pedagógico;
Aspectos éticos.
Brasil
Atenção
O resultado dessas avaliações é usado para calcular o Ideb, que também considera os dados de fluxo
escolar fornecidos pelo Censo Escolar e consiste, portanto, em um indicador da qualidade do ensino
oferecido nas escolas de todo o país. A partir de 2018, todas as escolas que participarem da aplicação
censitária do Saeb e que cumprirem os critérios determinados terão seu Ideb calculado. O índice é
divulgado a cada dois anos.
Os resultados não refletem a porcentagem de acertos de um aluno respondendo a uma prova, mas a
de um conjunto de alunos respondendo às habilidades do currículo proposto, distribuídas em várias
provas diferentes. O resultado se dá pela representatividade de um grupo de alunos como uma
unidade dentro do sistema de ensino.
(INEP, s.d.).
Verificando o aprendizado
Comentário
As avaliações internas devem aferir se estão conseguindo atingir os objetivos estipulados no Projeto Político-
Pedagógico, direcionando ou redirecionando as práticas educacionais dos agentes da instituição.
2. A avaliação institucional deve contribuir para que a escola construa sua identidade,
preservando a pluralidade de ideias que constitui ou deve constituir qualquer espaço. A
avaliação institucional da escola deve ter, então, o objetivo de rever e aperfeiçoar:
Comentário
A avaliação institucional serve para a escola estar sempre revisitando seu PPP e adequando seus
objetivos, revendo sua identidade institucional e respeitando a pluralidade de ideias que compõem o
espaço educacional.
Conclusão
Considerações Finais
Você deu seus primeiros passos para conhecer os processos de avaliação institucional.
Para isso, foi necessário se inteirar sobre as diferentes concepções e os diversos
princípios sobre o tópico.
Constatamos também que a avaliação interna não é, ainda, uma prática nas escolas
brasileiras, deixando os processos avaliativos apenas para as avaliações externas e de
larga escala.
Bons estudos!
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