Psicologia Jurídica e Social

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20/02/2024 – 19:00 às 22:00 (AULA 01) Ooo: Palavra – chave;

Ooo: Importante

Ooo: Pensadores
Relação da Psicologia com o Direito

 Qual a relação da psicologia com o direito?


Enquanto a Psicologia estuda e compreende o comportamento humano, o Direito busca regular o comportamento
através de um conjunto de leis.

 Todas as pessoas que cometem atos ilícitos têm algum transtorno mental?
Não, algumas pessoas são movidas pelo ódio, desafeto, etc.

 Avaliação psicológica do criminoso em relação aos portadores de doenças mentais


- Idade Média: As pessoas consideradas loucas poderiam viver livres.
- Século 17: Condenados a reclusão.
- Século 18: Philippe Pinel, médico francês, passou a liberar pessoas dos manicômios, prestando-lhes atendimento
médico.

Indicação de filme: Nizi da Silveira

 As pessoas nascem com a maldade ou elas se tornam más?


Algumas pessoas nascem más, como no caso do psicopata, que nasce com sua genética alterada, logo, não tem
emoções e discernimento de suas ações. Mas há também o molde da sociedade, que o indivíduo em seu convívio
social, suga informações e faz uma escolha de seguir aquele caminho, seja ele bom ou ruim. Além disso, há sua
personalidade, onde você escolhe o que quer e escolhe o que fazer, todos os dias.

1968 – Prosper Despini: Os delinquentes não apresentavam


enfermidade física ou mental, e que as anomalias seriam da ordem
de tendências e comportamentos morais, não afetando a capacidade
mental do sujeito. Tendência ao ódio, vingança, avareza etc.
Despini ficou conhecido como o fundador da Psicologia Criminal.

1975 – O estudo da criminalidade passou a ser feito por meio da relação entre crime e criminoso.

PERSONALIDADE X CONDUTA X FORMAS DE RESSOCIALIZAÇÃO

1893 – Alemão Hans Kurella: Surgiu alguns traços características dos delinquentes. O parasitismo, a tendência a
mentir, a falta de sentimento de honra, a falta de piedade, a crueldade, a presunção e a ânsia por prazeres.
Abraham Baer: Outro autor da mesma época que fala sobre a influência do meio sobre a tendência psíquica das
pessoas.
Hans Gross: Escreveu sobre os fatores psíquicos, foi o primeiro a produzir uma crítica da prova e do testemunho.
A aproximação da Psicologia com o Direito a partir das demandas do poder Judiciário ficou conhecida como
PSCICOLOGIA DO TESTEMUNHO.
Psicólogos clínicos: Exames psicológicos legais e Psicodiagnóstico
Faz testes psicológicos e assim se alega se a pessoa tem algum transtorno ou não, orientando a delegacia para um
melhor entendimento do caso.

1950: Emilio Mira y López (1896-1964) publicou o livro manual de Psicologia Jurídica.

Livros de Mira y López:

 Psicodiagnóstico Miokinético (PMK);


 Manual de Psicologia Jurídica (1934);
 Psiquiatria em Guerra (1943);
 Quatro gigantes da alma (1947).

1955: O manual foi editado no Brasil.


 Eliezer Schneider
Formado em direito, ingressou no instituto de Psicologia em 1941. Buscou compreender:

 A personalidade do criminoso;
 A influência do sistema penal na recuperação (ou não) do preso;
 O papel da punição;
 Influências sociais, culturais e econômicas na personalidade do criminoso.

 Perícia Psicológica
Os primeiros trabalhos realizados pelos psicólogos para o poder judiciário eram relacionados à elaboração das
perícias fornecendo pareceres técnico-científicos que serviam de suporte para a decisão dos magistrados.
O trabalho do psicólogo no sistema penitenciário ocorre há quarenta anos. Com a promulgação da Lei de
Execução Penal (Lei N° 7.210, de 11 de julho de 1964), o psicólogo passou a ser reconhecido legalmente pelas
instituições penitenciárias.

 Área Cível

1980: Maneira informal, estágio e voluntariado clínico e voltado ao atendimento às famílias.


1985: Psicólogo são efetivados por meio de Concurso Público - SP.

 Juizado de menores
Realizando perícias psicológicas nos processos cíveis, de crime e de adoção. Com a criação do ECA, (Lei
n°8.069 de 13 de julho de 1990) o papel do psicólogo foi ampliado, englobando a atividade pericial, os
acompanhamentos e a aplicação de medidas de proteção a socioeducativas. Em função do ECA houve uma
reestruturação das entidades que abrigavam os menores.
 Extinção da FEBEM e criação da FASE e FPE
A Fundação de Proteção Especial (FPE), para a execução das medidas de abrigamento às crianças e
adolescentes vítimas de maus-tratos ou abandono, e a Fundação de Atendimento Sócio - educativo (FASE), extinta
Fundação Estadual do bem-estar do Menor (FEBEM), que administrará execução das medidas sócio - educativas aos
adolescentes em conflito com a lei.
O termo juizado de menores passou a ser denominado juizado da infância e da juventude após o ECA.

Linha do Tempo da Psicologia:

Universidade – Psicólogos clínicos (psicodiagnóstico = uma avaliação de como a pessoa se encontra) –


Perícias (através do sistema judiciário) – Penitenciária (o Psicólogo foi reconhecido legalmente como psicólogo
jurídico) – Família (o Psicólogo será o mediador do conflito) - 1988 Psicólogos efetivados na Constituição.

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05/03/2024 – 19:00 às 22:00 (AULA 02)

Ramos de atuação da Psicologia Jurídica

Dentro da psicologia jurídica existe ramos de atuação, como: psicologia forense (fórum), judiciária,
penitenciária etc.
Ex: sou psicóloga mas atuo em psicologia social.

Presídio: enquanto não se tem a sentença, é um lugar temporário.


Penitenciária: já se tem o decreto de qual pena se tem, em longa permanência. É de grande porte, ex: penitenciárias
do Rio de Janeiro, São Paulo, etc.

(Quando o réu comete um crime gravíssimo como: matar alguém, geralmente não ficam em presídios pequenos, o juiz
determina o cumprimento de sentença direto em uma penitenciária).

Artigo: “Breve histórico da psicologia jurídica no Brasil e os campos de atuação”.

Na psicologia jurídica há uma predominância das atividades de confecção de laudos, pareceres, relatórios,
pressupondo-se que compete a Psicologia uma atividade com cunho avaliativo e de subsídio aos magistrados, com um
pedido do Juiz. É de cunho avaliativo, podendo recomendar soluções para os conflitos, mas jamais determinar os
procedimentos que devem ser tomados, pois cabe ao juiz a decisão judicial.
O juiz solicita o parecer do psicólogo e ele recomenda soluções para aquele caso. E o juiz pode acatar as
informações do psicólogo ou não.
Nem sempre o trabalho do psicólogo jurídico está ligado a questão da avaliação e consequente elaboração de
documentos, podendo atuar em várias áreas, como:
 Áreas de atuação: direito civil, trabalho, família, criança e adolescente (psicólogo e assistente social), penal.
O direito de família e da criança e do adolescente fazem parte do direito civil. Porém, na pratica as ações são
ajuizadas em varas diferenciadas. Destaca-se a participação dos psicólogos nos processos de separação e divórcio,
disputa de guarda e regulamentação de vistas.
 Divórcio: mediação entre as partes, como: conciliação do casal, resoluções de conflitos por meio de acordos e
uma avaliação para verificar o que está acontecendo entre o casal. – Há uma solicitação judiciária.

 Disputa de guarda: verificar quem é o responsável mais apto a estar com a criança, tanto a família da mãe
quanto a do pai.

 Direito de visitação: a pessoa está apta socialmente e psicologicamente para lidar com a criança ou a visita.

 Psicólogo jurídico e o direito da criança e do adolescente: destaca-se o trabalho dos psicólogos junto aos
processos de adoção e destituição de poder familiar e também o desenvolvimento e aplicação de medidas
socioeducativas aos adolescentes.

 Adoção: acompanhamento mesmo após a adoção (de 3 a 6 meses) para ter certeza de que está tudo certo.

 Destituição do poder familiar:

 Adolescente autor de atos infracionais: medidas socioeducativas, o adolescente não comete crime e sim atos
infracionais. Não é “menor” e sim criança ou adolescente.

 Dano psíquico:

 Interdição: refere-se à capacidade

Perícia psicológica e social na esfera judicial: Aspectos legais e processuais

É montado um processo (provas documentais, provas testemunhais, laudos, pareceres etc) para ser enviado ao juiz.
No decorrer da perícia tem os quesitos complementares e suplementares pedidos pelo juiz.
- Complementares: pede explicação ao perito quanto as dúvidas existentes a respeito do laudo. Pode responder as
dúvidas durante o processo.
- Suplementares: quando houver dúvidas do juiz, devem ser respondidas pelo perito, e só é possível na entrega do
laudo. Só pode responder as questões quando entregar o laudo.

- Perícia informal: casos urgentes, dispensa documentação e participa da audiência do caso.

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19/03/2024 – 19:00 às 22:00 – (AULA 03)

 Família
A família constitui-se em um centro formador da sociedade, bem como do desenvolvimento individual e da
maturidade emocional de cada indivíduo. É o principal agente de socialização da criança, que influencia na aquisição
de suas habilidades, comportamentos e valores apropriados para cada cultura, constituindo-se em uma dimensão
essencial na vida dos indivíduos.
 Novas configurações familiares
As transformações paradigmáticas ocorridas principalmente a partir de meados do século XX, no que diz
respeito à configuração e ao funcionamento familiar, provocaram alterações na estrutura e na dinâmica de suas
relações, contribuindo para a concepção contemporânea de família.
Essas modificações têm acarretado mudanças nos padrões de funcionamento entre os seus membros, levando
a um processo de assimilação e desconstrução de novos modos de relacionamento.

 Transições que têm afetado a instituição “família”:

- Mudanças demográficas (longevidade humana);


- Participação crescente da mulher no mercado de trabalho;
- Divórcio;
- Organizações familiares distintas da família nuclear tradicional;
- Transformações ocorridas nos papéis parentais e gênero.

Com essas transições, a procura pelo Sistema Judiciário vem aumentando:


- Guarda de filhos;
- Guarda compartilhada;
- Paternidade e reconhecimento de filhos.

 Novas formas de parentalidade /estruturas parentais:


- Homoparentalidade: casais homo afetivos que lutam pela adoção de crianças. São crianças advindas de um
relacionamento heterossexual anterior, inseminação artificial com doador ou mães de aluguel, ou porque adotaram
uma criança na condição de solteiros.
- Co - parentalidade: é uma situação na qual a mãe lésbica ou o pai gay elabora o projeto de ter e criar uma criança
com um parceiro, sendo que um é o pai biológico e o pai é o pai Social que cria a criança.

 Atuação do Psicólogo judiciário


Tem como objetivo destacar e analisar os aspectos psicológicos das pessoas envolvidas o processo em que se
discutam questões afetivo - comportamentais da dinâmica familiar, ocultas por trás das relações processuais, e que
garantam os direitos e o bem-estar da criança. Esse trabalho pericial não é conclusivo.
A função primordial é a elaboração do laudo, que é um documento que reúne as conclusões de uma avaliação
que se destina a estudar o significado psicológico que levou aquela pessoa a mover a ação, seus anseios e suas
dificuldades.
A atuação do psicólogo na justiça foi se delineando na direção de um assessoramento direto ao magistrado,
quer na confecção de perícia ou de parecer ou de relatório, até ser definido como a construção de um estudo
psicossocial.

 Nas varas da infância e juventude


O que predomina: adoção, maus-tratos, negligência, abuso sexual, acolhimento de criança e adolescentes em
instituições.
A presença e acompanhamento direto do psicólogo dão fundamentais para o adequado estudo de caso e da
redação de laudo pericial devidamente fundamentado que auxilie na tomada de decisão mais favorável aos interesses
da criança e do adolescente.

 Nas varas de família e das sucessões


O trabalho do psicólogo: avaliação e elaboração de um laudo, para determinar qual é o genitor “mais
adequado” para cuidar da criança ou adolescente, e qual a melhor maneira de se instituir as visitas sem prejudicar
ainda mais os laços que já estão deteriorados.

 O estudo psicossocial
Traz a possibilidade de que psicólogo possa construir uma dimensão interventiva em seu trabalho. Traz a
possibilidade de se restabelecer o contexto

- Divórcio com ciclo da vida: representa uma postura atual em considerar a separação conjugal como uma etapa do
processo de vida que inclui

- Divórcio destrutivo:
- Audiências que não se esgotam

 Competência parental

Rovinski (2004) – Avaliação pericial baseada na noção de competências: análise da visão da lei sobre
competência em geral.
Art. 1.638: Poderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que:
I- Castigar imoderadamente o filho;
II- Deixar o filho em abandono;
III- Praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;
IV- Incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente;
V- Entregar de forma irregular o filho a terceiros para fins de adoção.

QUERER (consciente, momentâneo) X DESEJAR (inconsciente, vem do sonhar, algo mais profundo)
 ECA – Estatuto da criança e do adolescente (Lei 8.069/1990)

São três os princípios básicos que conduzem o Estatuto, são eles:


- Princípio da proteção integral, em que a criança e o adolescente têm direito à proteção na totalidade das esferas de
sua vida (art.1°);
- Garantia de absoluta prioridade, que confere o direito da criança e do adolescente serem protegidos e atendidos
com prioridade em suas necessidades, no recebimento de socorro, na utilização de serviços públicos e na destinação
de verbas e políticas sociais públicas (art. 4°);
- E, por fim, a condição de pessoa em desenvolvimento, no qual a criança e o adolescente são indivíduos que
necessitam de cuidados especiais em cada fase da vida, para que possam ter um desenvolvimento sadio e harmonioso
(art. 6°).

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02/04/2024 – 19:00 às 22:00

 Adolescentes que cometeram atos infracionais

Quando a criança ou o adolescente desviar do sistema primário de prevenção, será acionado o sistema
secundário, cujo agente operador é o Conselho Tutelar e, se for atribuído ao adolescente a prática de algum ato
infracional, será ajuizado o terceiro sistema de prevenção, operador das medidas socioeducativas.

- Vulnerabilidade material: Ex: quem utiliza o bolsa família, BPC/COAS


- Vulnerabilidade relacional:

CREAS é do sistema terciário, responsável pelas medidas socioeducativas, é quando os direitos já foram
violados, exemplo a mulher foi agredida, abuso, atos infracionais dos adolescentes, etc. – Municípios acima de 3.000
habitantes é necessário ter um CREAS (quando há menos de 3 mil pessoas na cidade e não há CREAS no município,
os adolescentes são encaminhados ao CRAS, que gera uma sobrecarga nesse sistema).

PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO INTEGRAL


Os direitos e garantias das crianças e adolescentes não podem ser exclusivos de uma ou outra categoria e
sim que sejam englobadas todas elas, infratores ou não, sendo aplicadas a todas.

PRINCÍPIO DA CONDIÇÃO PECULIAR DA PESSOA EM DESSENVOLVIMENTO


Entretanto, a referida condição particular do desenvolvimento, não pode ser estabelecida apenas com base no
que a criança não saiba, tenha condições ou não seja capaz. Deve ser analisada cada fase de forma particular,
sendo cada etapa um período de totalidade devendo ser compreendida pela família, pela sociedade e pelo Estado.
Assim, afirma Shecaira, que o princípio da condição peculiar da pessoa em desenvolvimento traz o
reconhecimento da desigualdade do adolescente em relação ao adulto, que em razão desta não pode ter o mesmo
tratamento.

PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA


Está previsto no Art.37, b, na Convenção sobre os Direitos da Criança que dispõe: “nenhuma criança seja
privada de sua liberdade de forma ilegal ou arbitrários. A detenção, a reclusão ou a prisão de uma criança, serão
efetuadas conforme em conformidade com a lei e apenas como último recurso, e durante o mais breve período de
tempo que for apropriado”.
O referido princípio busca orientar a intervenção mínima nas punições, devendo apenas ser castigadas as
infrações mais prejudiciais à sociedade e de relevância social mais significativa, devendo ser imposto um castigo
proporcional.
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
Ainda, a intervenção punitiva no âmbito formal tanto em matéria de pena, quanto na aplicação de medida
socioeducativa, deve ser sujeitada ao princípio da proporcionalidade, quando for cominada a pena, judicialmente
quando aplicar a pena no caso concreto executando as medidas coercitivas. Assim, cabe ao juiz, no momento da
aplicação analisar se a medida cabível deverá ser mais rigorosa ou mais branda.

Pesquisar o “Funk do ECA” – Sandro Caldeira.

ATO INFRACIONAL
A conduta da criança e do adolescente, quando coberta de ilicitude, reflete obrigatoriamente no contexto social
em que vive. Há uma ausência do Estado nas áreas da educação, da saúde da habitação, e ainda, da assistência social.
Por outra parte, a falta de uma política séria em termos de ocupação racional dos espaços geográficos, a
ensejar migração desordenada, produtora de favelas periféricas nas capitais dos Estados, ou até mesmo nas médias
cidades, está permitindo e vai permitir, mais ainda, pela precariedade de vida de seus habitantes, o aumento, também,
da delinquência infanto-juvenil.
O Ato Infracional é “ação condenável, de desrespeito às leis, à ordem pública, aos direitos dos cidadãos ou ao
patrimônio, cometido por crianças ou adolescentes”.

ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente


O Estatuto da Criança e do Adolescente conceitua em seu Art. 103 o ato infracional.
Art. 103 - Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal. Desta forma, considera-
se ato infracional todo fato típico, descrito como crime ou contravenção penal.

O Art. 98 do ECA estabelece que:


Art. 98 – As medidas de proteção à criança e ao adolescente serão aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos
Art. 101 –
Art. 102 (MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS) – Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente
poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas:

I- Advertência;
II- Obrigação de reparar o dano;
III- Prestação de serviço a comunidade;
IV- Liberdade assistida;
V- Inserção em regime de semiliberdade;

18 - Qual a distinção entre a Homoparentalidade e Coparentalidade?


A Homoparentalidade acontece quando os casais homo afetivos adotam crianças que são advindas de um
relacionamento heterossexual anterior, inseminação artificial com doador ou mães de aluguel, ou porque adotaram
uma criança na condição de solteiros. Já a Coparentalidade se refere a duas pessoas que não querem manter um
vínculo romântico, mas desejam gerar, educar, dar carinho e atenção ao filho em conjunto.
TRABALHO EM SALA:

3 - Qual principal marco da Psicologia Jurídica?


Um dos principais marcos na psicologia jurídica foi a sua emergência como uma subdisciplina reconhecida da
psicologia no final do século XIX e início do século XX. Isso aconteceu à medida que os psicólogos começaram a
aplicar os princípios e métodos da psicologia para entender o comportamento humano no contexto legal, como
testemunhos de testemunhas, tomada de decisão judicial e avaliação de competência legal. O trabalho seminal de
Hugo Münsterberg, "Psychology and the Law" (1908), foi um marco importante nesse desenvolvimento.

4 - Qual foi a contribuição de Eliezer Schneider


A contribuição de Eliezer Schneider foi a introdução da abordagem do "princípio da proporcionalidade" na
análise de normas jurídicas, influenciando a interpretação e aplicação do direito no Brasil. Ele destacou a importância
de avaliar se as medidas do Estado são proporcionais aos objetivos legítimos, especialmente em relação aos direitos
fundamentais.

5 - O que ocasionou a extinção da FEBEM (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor)


A extinção da FEBEM) ocorreu devido a uma série de problemas, incluindo denúncias de maus-tratos,
superlotação, corrupção e rebeliões em suas unidades. O governo decidiu reformular o sistema de atendimento a
menores infratores, resultando na extinção da FEBEM e na criação de novas instituições e programas voltados para a
reabilitação e ressocialização de jovens em conflito com a lei (FASE e FPE).

7 - Baseando-se nos estudos realizados em sala sobre o tema "PERÍCIA PSICOLÓGICA E SOCIAL NA ESFERA
JUDICIAL: ASPECTOS LEGAIS E PROCESSUAIS'', assinale a alternativa correta:
a) As provas documentais são documentos juntados por especialistas de alguma parte do processo, na qual serão
analisadas pelos magistrados, e o próprio juiz pode ordenar a produção de provas.
b) A prova pericial é realizada em juizo através de audiências, na qual é solicitada pelas partes ou pelo juiz
c) A prova testemunhal é realizada através de audiências, sendo colhida apenas no tribunal e ordenada pelo juiz.
d) As provas documentais são documentos juntados pelas partes do processo e analisadas pelos magistrados, sendo
que o próprio juiz pode ordenar a produção de provas.

9 - Como você descreveria as distinções entre a perícia judicial e extrajudicial, além de destacar as diferenças entre a
perícia psicológica e social em ambos os contextos?
A perícia judicial refere-se à avaliação realizada por um especialista designado pelo tribunal para auxiliar na
tomada de decisões legais, enquanto a perícia extrajudicial ocorre fora do contexto judicial, muitas vezes a pedido de
uma das partes envolvidas, visando resolver questões fora do sistema judicial formal. Quanto à perícia psicológica,
concentra-se na avaliação das funções mentais e comportamentais, enquanto a perícia social aborda aspectos
relacionados ao contexto social e familiar dos indivíduos em questão.

10 - Como se dá a nomeação do perito?


Conforme o parágrafo primeiro do artigo 145 do CPC o juiz, não havendo profissional habilitado no processo,
pode convocar alguém de sua confiança que deverá ser um profissional de nível universitário com a devida inscrição
nos órgãos de sua classe.
11 - Como deve ser a manifestação do perito??
O perito deve manifestar por um laudo técnico, sem juízo de valor, sem manifestar sobre a matéria de direito, com
requisitos que esclareça as questões solicitadas e auxilie o magistrado na sua decisão com um olhar imparcial.

13 - Como se dá a substituição do perito?


Nos termos do art. 468 do diploma processual civil, o perito pode ser substituído quando faltar-lhe
conhecimento técnico ou científico ou deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi assinado, sem motivo
legítimo.

15 - Qual a importância do psicólogo judiciário na vara de família?


O psicólogo jurídico desempenha um papel fundamental nas varas de família, contribuindo significativamente
para a compreensão e resolução de questões complexas que envolvem relações familiares, especialmente em casos de
disputa de guarda, adoção, separação conjugal, violência doméstica, entre outros. Fazendo uma avaliação e elaboração
de um laudo, para determinar qual é o genitor “mais adequado” para cuidar da criança e ou adolescente, e qual a
melhor maneira de se instituir as visitas sem prejudicar ainda mais os laços que já estão deteriorados.

16 - Qual a atuação do psicólogo na vara da juventude?


A função do psicólogo judiciário é auxiliar o juiz na tomada de decisão, tendo em vista as necessidades dos
envolvidos, elaborando um laudo no qual se é destacado e analisado os aspectos psicológicos, discutido questões
afetivo-comportamentais da dinâmica familiar, oculta por trás das relações processuais e que garantem os direitos e
bem estar da criança e do adolescente, esse trabalho não é conclusivo pois as relações familiares são dinâmicas, assim
como as fases do desenvolvimento da criança.
Dentro disso a atuação do psicólogo na vara da juventude tem predominância nas adoções, maus-tratos,
negligência, abuso sexual, acolhimento de criança e adolescentes em instituições. A presença e acompanhamento
direto do psicólogo são fundamentais para o adequado estudo de caso e da redação de laudo pericial devidamente
fundamentado que auxilie na tomada de decisão mais favorável aos interesses da criança e do adolescente.

17 - Estudo Psicossocial
O estudo psicossocial é uma análise técnica do psicólogo judiciário sobre o processo judicial, com o objetivo
de avaliar as pessoas envolvidas direta ou indiretamente na ação e a sua relação, seja criança ou adolescente.

18 - Qual a distinção entre a Homoparentalidade e Coparentalidade?


A Homoparentalidade acontece quando os casais homo afetivos adotam crianças que são advindas de um
relacionamento heterossexual anterior, inseminação artificial com doador ou mães de aluguel, ou porque adotaram
uma criança na condição de solteiros. Já a Coparentalidade se refere a duas pessoas que não querem manter um
vínculo romântico, mas desejam gerar, educar, dar carinho e atenção ao filho em conjunto

22 - Como se deu constituição do ECA?


A Constituição do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) no Brasil em 1990 foi um processo complexo
que envolveu debates, pressões da sociedade civil, movimentos sociais e políticos. O ECA foi promulgado como uma
resposta às demandas por uma legislação mais abrangente e específica para proteger os direitos das crianças e
adolescentes no país. O movimento pela criação do ECA ganhou força durante a redemocratização do Brasil nos anos
1980, com a Constituição de 1988 já estabelecendo princípios fundamentais de proteção à infância e à juventude.
Após intensos debates e negociações, o ECA foi aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo então
presidente Fernando Collor de Mello em 13 de julho de 1990. Ele consolidou uma série de direitos e garantias para
crianças e adolescentes, estabelecendo normas específicas para a sua proteção, educação, saúde e assistência social.

23 - Quais são os 3 princípios básicos do estatuto do ECA?


- Princípio da Prioridade Absoluta: Consagração da criança e do adolescente como sujeitos de direitos, garantindo-lhes
proteção integral e prioridade nas políticas públicas.
- Princípio da Proteção Integral: Preconiza que crianças e adolescentes devem ser protegidos em todos os aspectos de
sua vida, abrangendo não apenas questões de saúde e educação, mas também proteção contra violência, exploração,
abuso, negligência, entre outros.
- Princípio da Responsabilidade Primária: Estabelece que a família, a sociedade e o Estado têm responsabilidade
compartilhada na garantia dos direitos da criança e do adolescente, sendo a família a principal responsável pela sua
criação e educação, cabendo ao Estado e à sociedade apoiá-la nessa função

24 - Quais os principais sistemas de garantia do direito do ECA?


- Sistema de garantia e direitos dos adolescentes: Compreende um conjunto articulado de órgãos, entidades e ações
nas esferas federal, estadual, distrital e municipal, responsáveis pela promoção, proteção e defesa dos direitos da
criança e do adolescente
- Conselhos de Direitos: São órgãos deliberativos que têm a função de formular políticas públicas voltadas para a
infância e a adolescência, além de acompanhar e fiscalizar sua implementação.
- Conselhos Tutelares: São órgãos municipais encarregados de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do
adolescente, atuando em situações de violação desses direitos.
- Ministério Público: Tem o dever de promover e defender os direitos da criança e do adolescente, atuando tanto de
forma judicial como extrajudicial.
- Defensorias Públicas: Responsáveis por assegurar assistência jurídica integral e gratuita às crianças e aos
adolescentes em situação de vulnerabilidade ou conflito com a lei
- Poder Judiciário: É responsável por julgar os casos envolvendo crianças e adolescentes, assegurando a proteção de
seus direitos.

25 - O que preconiza o princípio da proteção integral?


Contudo, entendemos que a real função do princípio da proteção integral, é proteger a criança e o adolescente,
de maneira geral, garantindo-lhe assim, um desenvolvimento sadio e harmonioso, evitando a privação de direitos
fundamentais, de que necessitem para esse crescimento, até a idade adulta.

28 - Como o princípio da proporcionalidade é aplicado no contexto legal e quais são os critérios utilizados para
determinar a adequação, necessidade e proporcionalidade em relação às medidas adotadas em uma decisão jurídica?
O princípio da proporcionalidade no contexto legal envolve a avaliação de três critérios: adequação,
necessidade e proporcionalidade em sentido estrito. A medida deve ser adequada para alcançar o objetivo desejado,
necessária sem alternativas menos intrusivas e proporcional, com benefícios superando os prejuízos.

29 - Qual a diferença de ato infracional e medida socioeducativa?


Ato infracional e todo fato típico, descrito como crime ou contravenção penal praticado por criança ou
adolescente, já é a medida socioeducativa é quando Verificada a pratica de ato infracional, a autoridade terá que
aplicar ao adolescente algumas medidas que irão depender da gravidade do ato praticado. A medida socioeducativa
sempre levará em conta sua capacidade de cumpri-la, as circunstâncias e a gravidade da infração e terá o caráter
pedagógico e educacional, além do tratamento com os pais.

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