Psicologia Jurídica e Social
Psicologia Jurídica e Social
Psicologia Jurídica e Social
Ooo: Importante
Ooo: Pensadores
Relação da Psicologia com o Direito
Todas as pessoas que cometem atos ilícitos têm algum transtorno mental?
Não, algumas pessoas são movidas pelo ódio, desafeto, etc.
1975 – O estudo da criminalidade passou a ser feito por meio da relação entre crime e criminoso.
1893 – Alemão Hans Kurella: Surgiu alguns traços características dos delinquentes. O parasitismo, a tendência a
mentir, a falta de sentimento de honra, a falta de piedade, a crueldade, a presunção e a ânsia por prazeres.
Abraham Baer: Outro autor da mesma época que fala sobre a influência do meio sobre a tendência psíquica das
pessoas.
Hans Gross: Escreveu sobre os fatores psíquicos, foi o primeiro a produzir uma crítica da prova e do testemunho.
A aproximação da Psicologia com o Direito a partir das demandas do poder Judiciário ficou conhecida como
PSCICOLOGIA DO TESTEMUNHO.
Psicólogos clínicos: Exames psicológicos legais e Psicodiagnóstico
Faz testes psicológicos e assim se alega se a pessoa tem algum transtorno ou não, orientando a delegacia para um
melhor entendimento do caso.
1950: Emilio Mira y López (1896-1964) publicou o livro manual de Psicologia Jurídica.
A personalidade do criminoso;
A influência do sistema penal na recuperação (ou não) do preso;
O papel da punição;
Influências sociais, culturais e econômicas na personalidade do criminoso.
Perícia Psicológica
Os primeiros trabalhos realizados pelos psicólogos para o poder judiciário eram relacionados à elaboração das
perícias fornecendo pareceres técnico-científicos que serviam de suporte para a decisão dos magistrados.
O trabalho do psicólogo no sistema penitenciário ocorre há quarenta anos. Com a promulgação da Lei de
Execução Penal (Lei N° 7.210, de 11 de julho de 1964), o psicólogo passou a ser reconhecido legalmente pelas
instituições penitenciárias.
Área Cível
Juizado de menores
Realizando perícias psicológicas nos processos cíveis, de crime e de adoção. Com a criação do ECA, (Lei
n°8.069 de 13 de julho de 1990) o papel do psicólogo foi ampliado, englobando a atividade pericial, os
acompanhamentos e a aplicação de medidas de proteção a socioeducativas. Em função do ECA houve uma
reestruturação das entidades que abrigavam os menores.
Extinção da FEBEM e criação da FASE e FPE
A Fundação de Proteção Especial (FPE), para a execução das medidas de abrigamento às crianças e
adolescentes vítimas de maus-tratos ou abandono, e a Fundação de Atendimento Sócio - educativo (FASE), extinta
Fundação Estadual do bem-estar do Menor (FEBEM), que administrará execução das medidas sócio - educativas aos
adolescentes em conflito com a lei.
O termo juizado de menores passou a ser denominado juizado da infância e da juventude após o ECA.
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05/03/2024 – 19:00 às 22:00 (AULA 02)
Dentro da psicologia jurídica existe ramos de atuação, como: psicologia forense (fórum), judiciária,
penitenciária etc.
Ex: sou psicóloga mas atuo em psicologia social.
(Quando o réu comete um crime gravíssimo como: matar alguém, geralmente não ficam em presídios pequenos, o juiz
determina o cumprimento de sentença direto em uma penitenciária).
Na psicologia jurídica há uma predominância das atividades de confecção de laudos, pareceres, relatórios,
pressupondo-se que compete a Psicologia uma atividade com cunho avaliativo e de subsídio aos magistrados, com um
pedido do Juiz. É de cunho avaliativo, podendo recomendar soluções para os conflitos, mas jamais determinar os
procedimentos que devem ser tomados, pois cabe ao juiz a decisão judicial.
O juiz solicita o parecer do psicólogo e ele recomenda soluções para aquele caso. E o juiz pode acatar as
informações do psicólogo ou não.
Nem sempre o trabalho do psicólogo jurídico está ligado a questão da avaliação e consequente elaboração de
documentos, podendo atuar em várias áreas, como:
Áreas de atuação: direito civil, trabalho, família, criança e adolescente (psicólogo e assistente social), penal.
O direito de família e da criança e do adolescente fazem parte do direito civil. Porém, na pratica as ações são
ajuizadas em varas diferenciadas. Destaca-se a participação dos psicólogos nos processos de separação e divórcio,
disputa de guarda e regulamentação de vistas.
Divórcio: mediação entre as partes, como: conciliação do casal, resoluções de conflitos por meio de acordos e
uma avaliação para verificar o que está acontecendo entre o casal. – Há uma solicitação judiciária.
Disputa de guarda: verificar quem é o responsável mais apto a estar com a criança, tanto a família da mãe
quanto a do pai.
Direito de visitação: a pessoa está apta socialmente e psicologicamente para lidar com a criança ou a visita.
Psicólogo jurídico e o direito da criança e do adolescente: destaca-se o trabalho dos psicólogos junto aos
processos de adoção e destituição de poder familiar e também o desenvolvimento e aplicação de medidas
socioeducativas aos adolescentes.
Adoção: acompanhamento mesmo após a adoção (de 3 a 6 meses) para ter certeza de que está tudo certo.
Adolescente autor de atos infracionais: medidas socioeducativas, o adolescente não comete crime e sim atos
infracionais. Não é “menor” e sim criança ou adolescente.
Dano psíquico:
É montado um processo (provas documentais, provas testemunhais, laudos, pareceres etc) para ser enviado ao juiz.
No decorrer da perícia tem os quesitos complementares e suplementares pedidos pelo juiz.
- Complementares: pede explicação ao perito quanto as dúvidas existentes a respeito do laudo. Pode responder as
dúvidas durante o processo.
- Suplementares: quando houver dúvidas do juiz, devem ser respondidas pelo perito, e só é possível na entrega do
laudo. Só pode responder as questões quando entregar o laudo.
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19/03/2024 – 19:00 às 22:00 – (AULA 03)
Família
A família constitui-se em um centro formador da sociedade, bem como do desenvolvimento individual e da
maturidade emocional de cada indivíduo. É o principal agente de socialização da criança, que influencia na aquisição
de suas habilidades, comportamentos e valores apropriados para cada cultura, constituindo-se em uma dimensão
essencial na vida dos indivíduos.
Novas configurações familiares
As transformações paradigmáticas ocorridas principalmente a partir de meados do século XX, no que diz
respeito à configuração e ao funcionamento familiar, provocaram alterações na estrutura e na dinâmica de suas
relações, contribuindo para a concepção contemporânea de família.
Essas modificações têm acarretado mudanças nos padrões de funcionamento entre os seus membros, levando
a um processo de assimilação e desconstrução de novos modos de relacionamento.
O estudo psicossocial
Traz a possibilidade de que psicólogo possa construir uma dimensão interventiva em seu trabalho. Traz a
possibilidade de se restabelecer o contexto
- Divórcio com ciclo da vida: representa uma postura atual em considerar a separação conjugal como uma etapa do
processo de vida que inclui
- Divórcio destrutivo:
- Audiências que não se esgotam
Competência parental
Rovinski (2004) – Avaliação pericial baseada na noção de competências: análise da visão da lei sobre
competência em geral.
Art. 1.638: Poderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que:
I- Castigar imoderadamente o filho;
II- Deixar o filho em abandono;
III- Praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;
IV- Incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente;
V- Entregar de forma irregular o filho a terceiros para fins de adoção.
QUERER (consciente, momentâneo) X DESEJAR (inconsciente, vem do sonhar, algo mais profundo)
ECA – Estatuto da criança e do adolescente (Lei 8.069/1990)
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02/04/2024 – 19:00 às 22:00
Quando a criança ou o adolescente desviar do sistema primário de prevenção, será acionado o sistema
secundário, cujo agente operador é o Conselho Tutelar e, se for atribuído ao adolescente a prática de algum ato
infracional, será ajuizado o terceiro sistema de prevenção, operador das medidas socioeducativas.
CREAS é do sistema terciário, responsável pelas medidas socioeducativas, é quando os direitos já foram
violados, exemplo a mulher foi agredida, abuso, atos infracionais dos adolescentes, etc. – Municípios acima de 3.000
habitantes é necessário ter um CREAS (quando há menos de 3 mil pessoas na cidade e não há CREAS no município,
os adolescentes são encaminhados ao CRAS, que gera uma sobrecarga nesse sistema).
ATO INFRACIONAL
A conduta da criança e do adolescente, quando coberta de ilicitude, reflete obrigatoriamente no contexto social
em que vive. Há uma ausência do Estado nas áreas da educação, da saúde da habitação, e ainda, da assistência social.
Por outra parte, a falta de uma política séria em termos de ocupação racional dos espaços geográficos, a
ensejar migração desordenada, produtora de favelas periféricas nas capitais dos Estados, ou até mesmo nas médias
cidades, está permitindo e vai permitir, mais ainda, pela precariedade de vida de seus habitantes, o aumento, também,
da delinquência infanto-juvenil.
O Ato Infracional é “ação condenável, de desrespeito às leis, à ordem pública, aos direitos dos cidadãos ou ao
patrimônio, cometido por crianças ou adolescentes”.
I- Advertência;
II- Obrigação de reparar o dano;
III- Prestação de serviço a comunidade;
IV- Liberdade assistida;
V- Inserção em regime de semiliberdade;
7 - Baseando-se nos estudos realizados em sala sobre o tema "PERÍCIA PSICOLÓGICA E SOCIAL NA ESFERA
JUDICIAL: ASPECTOS LEGAIS E PROCESSUAIS'', assinale a alternativa correta:
a) As provas documentais são documentos juntados por especialistas de alguma parte do processo, na qual serão
analisadas pelos magistrados, e o próprio juiz pode ordenar a produção de provas.
b) A prova pericial é realizada em juizo através de audiências, na qual é solicitada pelas partes ou pelo juiz
c) A prova testemunhal é realizada através de audiências, sendo colhida apenas no tribunal e ordenada pelo juiz.
d) As provas documentais são documentos juntados pelas partes do processo e analisadas pelos magistrados, sendo
que o próprio juiz pode ordenar a produção de provas.
9 - Como você descreveria as distinções entre a perícia judicial e extrajudicial, além de destacar as diferenças entre a
perícia psicológica e social em ambos os contextos?
A perícia judicial refere-se à avaliação realizada por um especialista designado pelo tribunal para auxiliar na
tomada de decisões legais, enquanto a perícia extrajudicial ocorre fora do contexto judicial, muitas vezes a pedido de
uma das partes envolvidas, visando resolver questões fora do sistema judicial formal. Quanto à perícia psicológica,
concentra-se na avaliação das funções mentais e comportamentais, enquanto a perícia social aborda aspectos
relacionados ao contexto social e familiar dos indivíduos em questão.
17 - Estudo Psicossocial
O estudo psicossocial é uma análise técnica do psicólogo judiciário sobre o processo judicial, com o objetivo
de avaliar as pessoas envolvidas direta ou indiretamente na ação e a sua relação, seja criança ou adolescente.
28 - Como o princípio da proporcionalidade é aplicado no contexto legal e quais são os critérios utilizados para
determinar a adequação, necessidade e proporcionalidade em relação às medidas adotadas em uma decisão jurídica?
O princípio da proporcionalidade no contexto legal envolve a avaliação de três critérios: adequação,
necessidade e proporcionalidade em sentido estrito. A medida deve ser adequada para alcançar o objetivo desejado,
necessária sem alternativas menos intrusivas e proporcional, com benefícios superando os prejuízos.