Prazer e Automimos

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Dados Internacionais de

Catalogação na Publicação
Marsili, Italo
Caderno de Ativação #217 - Guerrilha Way [livro
eletrônico]: Prazer sem SACRIFÍCIO é a receita da CULPA
/ Italo Marsili. — 1. ed. — Maringá, PR: Real Life Books,
2023. — (Guerrilha Way — caderno de ativação; 217)
PDF

ISBN: 978-65-84524-78-1

1. Autoajuda / Aperfeiçoamento pessoal.


2. Desenvolvimento e modificação do caráter e
personalidade. 3. Relações humanas. I. Título II. Série.

155.25 CDD-158.1

Índices para catálogo sistemático:


1. Autoajuda: Aperfeiçoamento pessoal 158.1
Quando ganhar
é pior que
PERDER
Imagine que você
participará de uma
olimpíada de matemática.

Todos os concorrentes
são crianças de 7 anos
de idade sem nenhuma
superdotação, e todas as
questões são elaboradas
para ser um desafio para
alunos até o quarto ano
do ensino fundamental.
Você fica em primeiro lugar.

Você estaria
feliz com esse
primeiro lugar?
Pior: pela sua vitória, um
grande matemático vai lhe
entregar, emocionado, a sua
própria medalha do Prêmio
Nobel. Você receberia feliz
essa medalha?
É natural que nossa
mente atribua o ganho
sem esforço à culpa.
Embora a história que
acabamos de contar seja
absurda, inundar sua mente
com prazer sem esforço é
aquilo que um viciado faz.
Seja um viciado em jogos
de azar, em pornografia,
em álcool, em drogas, em
internet ou em qualquer
outra coisa que mexa com
o sistema de recompensa
do cérebro.

O VICIADO É VÍTIMA
DE UM CICLO:
por mais culpa que
sua psique sinta, o seu
cérebro interpreta a
ação viciosa como fonte
de prazer e, portanto,
como remédio para a
dor da culpa.
Quem está perdido
no vício chega a
sentir nojo de si,
mas não consegue
parar com o vício.
Discursos morais não
adiantam para o viciado.
Culpa é algo que ele já tem.

O que ele precisa para sair


do vício é reorganizar o
seu cérebro, balancear
os neurotransmissores.
Dois exercícios muito
simples, acessíveis a todos,
são essenciais para quem
deseja começar a trilhar seu
caminho de volta à liberdade,
no entanto, antes que você
conheça tais exercícios, precisa
aprender a seguinte lição:

NÃO HÁ PRAZER
SEM SACRIFÍCIO.
Se você não se esforça
para obter o prazer,
vai se sacrificar
com a dor da culpa.
Para isso, neste C.A.
você vai ver:
• Como os pequenos mimos
que você se permite precisam
sempre de uma justificativa ou
viram fonte de pequenas culpas.

• Quais são os dois exercícios


fundamentais para quem já não
consegue interromper o mau
hábito v( ocê vai se surpreender
com a simplicidade deles).

Advertência: ir logo para o segundo


exercício, para satisfazer a curiosidade,
e ignorar o primeiro já é um prazer sem
👀
sacrifício, hein!
Um esforço para
uma consciência
tranquila
Nosso cérebro e a nossa
psique às vezes discutem
feio, e essa discórdia é fonte
de muitos problemas.

Para a nossa psique,


é excelente que nos
esforcemos.
O nosso esforço é
nossa medalha, é uma
prova de que somos
capazes, de que temos
valor, de que os outros
podem contar conosco.
Para o nosso cérebro, programado
para a autoconservação, o ideal é que,

gastando a menor
energia possível,

tenhamos o maior
ganho possível.

Quando obtemos prazer


sem sacrifício, nosso cérebro
quer repetir aquele processo,
fazer dele um hábito; nossa psique,
porém, se sente incapaz, culpada.
Automimos,
uma fonte de culpa
FAÇA UMA REFLEXÃO A
RESPEITO DOS AUTOMIMOS.

Vamos supor que você está em um dia


no qual tem a oportunidade de trabalhar
bastante, adiantar o serviço, treinar na
academia e ainda melhorar sua técnica
em um hobby, caso tenha algum.

• Entretanto tudo o que você faz no dia é


deitar-se na cama e curtir músicas no
Spotify, como você iria se sentir?

Bem, sem nenhum incômodo

Com culpa
• Vamos supor que você, além de
passar o dia sem fazer nada, coma
uma tonelada de doces, pizza e
ainda continue comendo mesmo que a
fome tenha acabado há muito tempo.
Como você iria se sentir?

Continuo sussa…

Com mais culpa

• Vamos supor que, mesmo recebendo


mensagens de sua equipe pedindo que
finalize o trabalho, você decide passar
a noite maratonando a sua série
favorita. Como você iria se sentir?

Suave na nave

Com tanta ansiedade que nem


prestaria atenção à série
• Agora, vamos imaginar que, no lugar
de um dia desperdiçado bestamente,
você tenha um dia muito produtivo.
Para finalizá-lo, você resolve dormir
mais cedo para ter mais horas de sono.
Você sentiria culpa?

Sim, sou neurótico

Claro que não

• Vamos supor que, no dia seguinte,


você tenha um ótimo treino na
academia e se permita, mantendo o
equilíbrio da dieta, um docinho. Você
sentiria culpa?

Sim, odeio docinhos

De jeito nenhum
• Vamos supor que, depois de uma
semana muito produtiva, com
elogios de seu chefe, você se
permita descansar no fim de semana,
assistindo à sua série favorita.
Como você se sentiria?

Prefiro desenhos animados

Sentiria que foi um descanso


merecido

Consegue perceber que o fato de você ter


feito um esforço deu sentido aos seus
momentos de prazer e que, sem esse
esforço, seus momentos seriam de culpa?

O exercício ainda não terminou.


Agora, vamos fazer um exercício de
visualização.
Imagine que você tem
um vício que mina pouco
a pouco seus esforços.
Com ele, você tem prazer
imediato, e sua vontade
de trabalhar, de produzir,
de se esforçar vai ficando
fraca, enquanto sua vontade
de fazer o que dá prazer
imediato vai ficando cada
vez mais forte. Cada vez
mais você se engaja
nessa atividade que
só lhe dá culpa,
porque até
o prazer imediato
vai diminuindo,
mas não consegue
se livrar dela.
Feche os olhos por alguns
momentos e visualize a situação.

Como você se sentiria?


Bem? Mal? Feliz? Infeliz?
Com remorso, com tanta
culpa que até sente vergonha
de pedir ajuda?

Então agora vamos mostrar


dois exercícios para que você não
caia nesse problema ou para que
você saia dele.
Dando um
jeito na sua
dopamina
O motivo pelo qual um viciado
não consegue sair do vício é um
neurotransmissor, seu nome é
“dopamina”. Ele é responsável
pelo mecanismo de busca
de prazer em seu cérebro,
dentre muitas outras funções.

O viciado tem um sistema


dopaminérgico bagunçado,
que o leva a procurar
prazer constantemente
na atividade viciosa.
Para começar a reparar o
sistema dopaminérgico,
duas atividades são essenciais:

1 Tomar Sol de manhã por,


pelo menos, 30 minutos

Não adianta a luz artificial de sua casa,


a luz do Sol entrando na sua casa, em
nenhum desses casos há luz suficiente
para começar a reparar seu sistema
dopaminérgico.

Você precisa da luz matutina, ao ar


livre. Saia, caminhe. Receba a luz solar,
todos os dias, por 30 minutos, isso vai
começar a fazer diferença.
2 Andar descalço na grama

Pode parecer inusitado, mas


andar descalço na grama é uma
atividade que ajuda a reparar o
sistema dopaminérgico.

Precisa ser descalço mesmo, e


precisa ser grama, terra. Você
pode fazer isso em um parque,
pela manhã, por 30 minutos
ao dia. Isso engloba os dois
exercícios propostos.
Abandonar um vício é
uma tarefa árdua e
requer persistência,
paciência e força
de vontade.
Esse bom começo,
no entanto, fará toda
a diferença.

Nos vemos no
próximo C.A.
Quer mais sobre
esse tema?
Você conhece o quadro Fale com o Doc?
Nele, as pessoas se abrem ao doc de
uma forma altamente sigilosa (só o Italo,
e mais ninguém da equipe, sabe o e-mail
de quem enviou sua angústia).

Há um tempo, o Dr. Italo respondeu


ao e-mail de uma jovem psicóloga
que sofre com o vício em pornografia,
consequência de um abuso sofrido
quando criança. Embora o caso seja
dramático, há muita esperança de um
final feliz.

Quer ver esse episódio? É só clicar aqui.


Você já está nos grupos
de WhatsApp do GW?

Por lá, vamos deixá-lo informado


sobre tudo o que acontece no GW,
e isso inclui um lembrete sobre os
Cadernos de Ativação que saem
toda segunda.

Não se preocupe, seu WhatsApp


não ficará lotado de mensagens.
Só enviaremos o que for essencial
e os assinantes não podem enviar
mensagens ao grupo.

Clique aqui para entrar


META DA SEMANA NO
PENDURE ISTO:
Coragem! Nesta semana você não se
permitirá nenhum automimo que não
seja justificado por um esforço anterior.
Atenção: não é para exagerar também
no automimo, não é para comer um
bolo inteiro só porque você terminou de
organizar sua lista de compras.
ESTUDO
DE CASO
@dra.raysoares

Sou Rayane Soares,


cirurgiã-dentista de 27 anos,
mãe da Eva Maria, moro em
Recife (PE), solteira e sanguínea.

RAYANE, QUE BOM TER VOCÊ NO ES-


TUDO DE CASO DESTA SEMANA!
QUEREMOS SABER A SUA HISTÓRIA
DE VIDA…

Tudo começou quando passei a seguir o Italo


nas redes sociais em 2020. Eu buscava crescer
em maturidade e autoconhecimento e acha-
va que o GW seria o caminho, então o assinei
em 2022.
Estudo de caso Rayane Soares

Eu era completamente imatura, mesmo ten-


do uma filha de colo, e me perguntava como
conseguiria criar outra pessoa se eu mesma
não sabia para onde minha vida estava ca-
minhando. Eu sabia que precisava melhorar,
crescer, mas não tinha ideia de como fazer
isso. Tinha comportamentos completamen-
te infantis, achava que todos estavam contra
mim e que o mundo me devia algo.

O QUE FOI ACONTECENDO À MEDIDA


QUE VOCÊ ABSORVIA OS CONTEÚDOS
DO GW?

As mudanças passaram a acontecer em mim!


Lembro-me de quando assisti à aula do mito
de Narciso; ela mudou a minha vida. Eu bus-
cava autoconhecimento, e o Italo me colocou
na realidade. Fez-me perceber que o que eu
buscava estava fora de mim. Claro, é impor-
tante olhar para si, mas não por muito tempo,
ou iria me perder. Revi a aula inúmeras vezes.

Uma aula sobre como sair da quarta cama-


da de modo prático também me fez refletir
Estudo de caso Rayane Soares

muito. Italo disse: “Essa pedra simplesmen-


te é. Ela existe muito antes de você existir e
continuará existindo mesmo depois que você
não existir mais”. Uso sempre esse “mantra”
quando me pego ainda com certas atitudes
infantis ou de quarta camada.

Hoje me conectei novamente com a Igreja


Católica, pois voltei a frequentá-la. Comecei
a olhar com olhos de gratidão para meus pais
e pessoas mais velhas e seus ensinamentos,
a me calar e escutar.

ESSA MUDANÇA QUE HOUVE EM VOCÊ


TAMBÉM FOI PERCEBIDA POR OUTRAS
PESSOAS?

Sim, todos notam a minha mudança. Eu era


uma pessoa completamente diferente, tanto
na minha fala como na forma de me portar.
Até pessoas que não tenho tanta intimida-
de às vezes comentam o quanto mudei para
melhor, e isso reafirma a certeza de que es-
tou no caminho certo.
Estudo de caso Rayane Soares

RAYANE, AGORA QUE VOCÊ SENTE QUE


ESTÁ MAIS MADURA E INSTALADA NA
REALIDADE, QUE LEGADO GOSTARIA DE
DEIXAR?

De uma pessoa disposta a ajudar o próximo


sem saber exatamente quem é esse próximo.
E sem esperar nada em troca.

Italo, com seu jeito firme, desempenhou de


certa maneira o papel de “pai” que faltou em
minha vida. Abriu meus olhos para o quanto
sou pequena diante do universo e o quan-
to uma mudança da minha forma de pensar
pode me fazer grande em ajudar outras pes-
soas.

Obrigada, Italo! Obrigada, GW!

Este é o depoimento
da Rayane Soares, aluna GW.
Quer contar a sua história também?
Envie um e-mail informando o seu contato para
[email protected] que tere­mos o prazer
de publicar a sua história!

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