2o TRABALHO DE FUDAMENTO DE TEOLOGIA
2o TRABALHO DE FUDAMENTO DE TEOLOGIA
2o TRABALHO DE FUDAMENTO DE TEOLOGIA
Turma: V
Introdução 0.5
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
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Folha para recomendações de melhoria
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Índice pág.
1.Introducao.........................................................................................................................5
2.Fundamentacao teorica.....................................................................................................6
3.Conclusao.......................................................................................................................13
3.Bibliografia.....................................................................................................................14
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1.Introducao
O presente trabalho de pesquisa intitulado: ″ O Pensamento da Igreja Católica em
questões da Bioetica” enquadra-se na cadeira de Fundamento de Teologia Católica, como um
dos requisitos avaliativo. Salientar que esse trabalho foi desenvolvido nas linhas de pesquisa
na Universidade Católica de Moçambique (instituto de ensino à distância) na cidade de Tete.
De referir que nesse trabalho, iremos desenvolver a nossa pesquisa olhando para os seguintes
ponto: O Pensamento da Igreja Católica em questões da Bioetica, Bioética Personalista:
respeito e cuidado com a vida e a pessoa humana, O inicio da Vida Humana, Perceber a
sexualidade humana (desvios sexuais, pecados de natureza sexual) tendo presente o ideal da
Igreja, Os Actos contra a vida humana com mais enfoque no aborto.No que concerne a
estrutura, temos a introdução, de seguida temos a parte de desenvolvimento que corresponde
ao corpo do nosso trabalho, onde contemplamos as abordagens concernentes ao tema em
estudo e por fim temos a conclusão, e bibliografia.
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2.Fundamentacao teorica
2.1.O Pensamento da Igreja Católica em questões da Bioetica.
A Igreja Católica, por meio de sua doutrina e de seu magistério sempre esteve à frente
das questões alarmantes de uma cultura de morte, buscando promover e afirmar o valor
sagrado e a inviolabilidade da vida humana.
A Igreja Católica, em seu magistério, leva a considerar o corpo criado por Deus como
bom e digno de respeito, pois consiste na sua vocação à união com o próprio Senhor (Paulo
VI, 1997). Este respeito pela vida exige que a ciência e a técnica estejam sempre orientadas
para o homem e para o seu desenvolvimento integral. A sociedade inteira deve vir a respeitar,
defender e promover a dignidade de toda a pessoa.
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2.2Bioética Personalista: respeito e cuidado com a vida e a pessoa humana
Por inúmeras vezes o ser humano encontra-se num cenário geopolítico e social o qual
é suscitado a cobranças e levado a desajustes intensos para os quais não se encontra
devidamente preparado, levando-o ao desespero e consequentemente, a efetivação do ato
suicida (Pessini, 2009).
A Bioética expõe casos de gestantes que sofrem morte cerebral, dando início à
polêmica em torno de ser obrigatório ou legítimo mantê-las vivas, mediante cuidados
intensivos que permitam a continuação da gravidez até a viabilidade do feto. Os argumentos
variam, indo desde o repúdio da utilização de um corpo declarado morto como incubadora até
a aceitação desse procedimento, quando os desejos da mãe são conhecidos ou quando há
familiares com interesses e desejos legítimos de dar continuidade à gravidez. É ilustrativo
desse caso que a decisão dependa das pessoas envolvidas e não considere se haveria um
direito do feto, como pessoa, a ser salvo a qualquer preço e sem prejuízo para a mulher
cerebralmente morta, mas competente em termos de gestação. Essa é uma situação extrema e
rara, mas ilustra com clareza que a trama relacional é mais determinante do que o suposto
direito de nascer do feto (Cantor & Hoskins, 1993).
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Entre estes desdobramentos bioéticos, uma linha de reflexão que aborda a questão da
defesa da dignidade da pessoa humana e do bem comum é a chamada bioética personalista.
Para a bioética personalista primeiramente se esclarece a teoria antropológica, tendo como
fundamento a pessoa humana; o ser humano é unitotalidade, humano integrado corpo e
espírito. Este pressuposto constitui a base dos quatro princípios da bioética personalista como
a defesa da vida física, a liberdade e responsabilidade, a totalidade ou princípio terapêutico e a
sociabilidade e subsidiariedade (Ramos, 2009).
Segundo Ramos (2009), o elencar dos princípios personalistas devem ser levados em
consideração em todas as decisões a respeito do relacionamento com o paciente, pois a vida
humana implica:
a) Respeito e direito à vida como direito fundamental. Primada pela defesa ativa,
promoção da vida e a valorização da pessoa humana em todas as suas dimensões com
o reconhecimento de suas limitações. Tal fato ordena sobre a inviolabilidade e
sacralidade da vida humana como ser único, irrepetível e insubstituível, que tangencia
desde a concepção até seu fim último.
b) Na união indissolúvel da liberdade e da responsabilidade a ser exercida somente nas
situações em que a ação de decisão depende de uma escolha pessoal, feita com
consciência e não instintivamente. É uma resposta diante da própria vida e da vida do
outro, envolvendo a dimensão social e moral, que impede a pessoa humana de agir
contra si mesmo. Na área da saúde este processo de decisão implica abertura com o
paciente, familiares e toda a equipe de saúde e, não obstante, com um Comitê de
Bioética.
c) No princípio da totalidade ou terapêutico que quer caracterizar a ação do
profissional de saúde ao priorizar a preservação da vida mais do que a preservação da
integridade física, considerada como o bem integral. É o respeito à totalidade de
dimensões da pessoa humana na sua integralidade.
d) Na unicidade do princípio da sociabilidade e de subsidiariedade que está
relacionado com o modo como as pessoas se relacionam umas com as outras o qual
revela o sentido que é dado para a vida, a própria vida humana. No âmbito da saúde
corresponde a valorização da vida e sua existência torna-se alvo de cuidado e atenção,
ou seja, assumir a responsabilidade pela promoção da vida e da saúde uns dos outros.
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Implica em reconhecer as responsabilidades dos diversos organismos da sociedade ao
reconhecer o bem comum no respeito aos direitos do indivíduo.
Dentre todos os princípios expostos este último ponto implica a Bioética Personalista
diante desigualdades e injustiças sociais atuais a qual exige um caminho de acesso à
promoção, prevenção e terapias.
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A perspectiva mais radical e intransigente insiste que a vida humana pessoal se inicia
ao se produzir a união do óvulo com o espermatozóide, em um processo de fusão de
membranas denominado singamia. A partir dessa união, começam a recombinação genética e
a evolução de um novo ser humano, que, por ter uma dotação genética completa e definitiva, é
uma pessoa humana. Os traços ainda não-detectáveis são tidos como potencialmente presentes
e a eles se atribui o mesmo status moral que receberão quando vierem a se materializar.
A aceitação mais geral tem sido a idéia de que a vida humana se inicia em algum
momento do processo de desenvolvimento e maturação. A fase evolutiva em que se dá
por iniciada a vida humana vem sendo estabelecida de maneiras muito diversificadas.
Um critério recente, mas amplamente reconhecido, é o 14º dia de gestação, no qual o
embrião se implanta e se afirma com boas probabilidades de viabilidade. Mas a
implantação mais parece um critério de gravidez exitosa do que de desenvolvimento
ontogenético, razão pela qual existem diversas opiniões que situam o começo da vida
humana em etapas posteriores. Classicamente, o critério tem sido a animação, mas
este é tão impreciso, que a Congregação Para a Doutrina da Fé acabou por ratificar a
afirmação de Pio XII na Encíclica Humani Generis: “a alma espiritual de cada homem
é ‘imediatamente criada’ por Deus”( Ramos,1994,p. 11).
Sendo assim, essa variante do critério evolutivo superpõe-se à visão concepcional e
restringe sua validade àqueles que confiam na visão metafísica que a fundamenta. Outro
critério de começo da vida que tem antecedentes históricos importantes é a viabilidade fetal,
mas, quanto a esta, o desenvolvimento da medicina tem gerado uma situação paradoxal:
quanto mais imaturo é o feto, mais precário é seu futuro para desenvolver plenamente os
atributos de um ser humano com capacidade de tornar-se uma pessoa.
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comportamento e consequentemente, sobre a sexualidade humana. Éde grande utilidade ter
noções sobre a sexualidade na visão da religião numa perspectivahistórica, de forma a facilitar
o conhecimento em relação a seus valores, problemas,medos, conflitos, entre
outros((Tannahill, 1980)
Tudo que fosse encontrado ou descoberto sobre a própria vida sexual precisava
serrevelado. Segundo Foucault (1999b), nos séculos XVIII, XIX e XX, os discursossexuais
proliferaram-se. Nunca se falou tanto da intimidade sexual. O pudor discursivodiminuíra. As
palavras indecentes deveriam ser filtradas para expressar o sexo, masninguém poderia ficar
calado. As paixões deveriam ser mostradas sem inibição. Asociedade burguesa não parecia,
como se acreditava, regida por um regime sexualespartano que exigia reserva, silêncio
e discrição( Doerflinger,1999,p134).
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por desconhecer se a fecundação havia ocorrido. Em conseqüência, estendeu-se um manto
protetor sobre toda gravidez possível, proibindo-se a anticoncepção artificial, de tal sorte que
toda relação sexual fosse unitiva e procriadora,de maneira voluntária e consciente. No caso de
uma relação forçada - estupro, violação ou incesto -, o dom da procriação não ficava anulado
e, para as posturas dogmáticas, persistia a proibição do aborto. Com isso, pareceu evitar-se o
problema de determinar o começo da vida humana, que se iniciaria, presumivelmente, no ato
sexual, ficando proibida qualquer interferência no processo reprodutivo
A humanização do embrião ou feto não é um fenômeno que tenha lugar como parte de
seu desenvolvimento, mas principia quando a gravidez começa a ser um estado
desejado pela mãe e esta se desdobra em seu sentir e sua reflexão, dando origem, em
seu ventre, a um ser que tem um nome e um futuro. Quando sabe estar grávida, a
mulher, de acordo com a maioria das legislações contemporâneas, encontra-se em
condições de exercer um direito de escolha: assumir a maternidade ou rejeitar a
gravidez, buscando o aborto. Quando a gravidez é indesejada ou forçada, a escolha do
aborto conta com vasto apoio moral e jurídico, embora este não seja
incontestavelmente unânime(143)
O reconhecimento do início de uma vida humana por aceitação e compromisso, como
propõe a visão relacional, é uma atitude moralmente louvável e superior à acolhida passiva da
gravidez como um fato consumado e irreversível. Para pensadores como Emmanuel Levinas,
a ética nasce no momento do encontro com o outro e de sua aceitação. A ontologia – a
consciência de ser entre seres – é precedida pela relação com o outro e pela assunção da
responsabilidade por ele. A diaconia, diz Levinas, precede o diálogo. Toda a ética filosófica,
pelo menos desde Max Weber, gira em torno do agir de maneira responsável perante os
demais, de modo que é coerente propor que a relação mãe/filho se inicie no momento em que
a mãe conhece e aceita a presença do outro em seu ventre. Negar esse direito a uma mulher
que não esteja disposta a ser mãe constitui, na visão relacional, uma grave falha ética, tanto
em função do desprezo por sua autonomia quanto em função das graves conseqüências que
pode ter uma gravidez indesejada, ou, mais ainda, produto de um estupro ou uma violação
(Steinbock, 1992,p.19).
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E se uma mulher decidir não abortar, mas levar a gravidez a termo, haverá uma criança
que poderá ser prejudicada pelo que a mulher fizer durante a gestação. A aceitação da
gravidez determina a existência de um novo ser, diante do qual começam aresponsabilidade
ética e as obrigações morais de proteção materna e cuidados médicos.
3.Conclusao
Chegando o fim do trabalho, constatamos que, a sexualidade, portanto, sempre
exerceufascínio sobre o cristianismo, que não cansou de comentá-la, discuti-la, normalizá-la,
proibi-la e excitá-la. A Igreja cristã, mais especificamente a Igreja católica, produziutratados
com o propósito de convencer as mulheres a evitar o casamento e dedicar-se àcastidade bem
como redigiu documentos destinados a ensinar os monges a proteger-sedos desejos que
ameaçavam a santidade da alma.
E por fim notamos Bioética Personalista e da Igreja Católica podem subsidiar as ações
de cuidado, tratamento e prevenção do suicídio. Ressalta-se que a Bioética personalista
reafirma o direito à vida humana em todas as suas dimensões, em unitotalidade, visando à
defesa e promoção da saúde e, a Igreja Católica orienta os preceitos de respeito e promoção da
vida humana e da dignidade, como dom sagrado e inviolável em detrimento aos alarmantes
sintomas de uma cultura de morte.
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3.Bibliografia
Gay, G. (1999).The bioethical structure of a human being. Journal of Applied Philosophy. São
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