CLG Ebook Do Curso Credenciamento

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Apresentação

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1. Introdução

Você que trabalha na Administração Pública enfrenta desafios de todos os


tipos e tamanhos.

A necessidade de licitar, cumprir prazos, fiscalizar contrato, instaurar processo


de aplicação de penalidade são alguns exemplos do dia a dia desafiador na
Administração Pública.

Grandes problemas são enfrentados por quem trabalha na Administração


Pública na fase de execução do contrato, especialmente, quando o licitante
vencedor dá sinais claros de que não conseguirá honrar com a proposta
apresentada. E qual o nosso primeiro questionamento? Será que terei que
licitar tudo de novo e do começo?

Já imaginou se fosse possível para um único objeto ter vários fornecedores à


disposição da Administração?

Esse ganho de eficiência é possível através do credenciamento.

Para entender o credenciamento, primeiro, precisamos fixar alguns


questões-chave:

• Credenciamento não é modalidade de licitação.

• Credenciamento é procedimento auxiliar de licitação.

• O procedimento auxiliar de credenciamento não é o mesmo


que credenciamento de licitantes.

• No credenciamento, não haverá a escolha de apenas um


fornecedor.

• A Lei nº 14.133/2021 permite que através do credenciamento seja


possível contratar prestadores de serviços ou fornecer bens.

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Entendidas essas questões-chave, questiona-se: o que pode ser objeto de
credenciamento?

A Lei nº 14.133/2021 não trouxe um rol taxativo de objetos.

Neste e-book, trataremos sobre o credenciamento na área da saúde.

• Decisões dos tribunais

• TCU

• ACÓRDÃO 2012/2022 - PLENÁRIO


A descentralização de serviços de saúde para entidades com fins
lucrativos há de ser conduzida por meio de licitação ou, constatada
a inviabilidade de competição, do credenciamento de todas as
empresas que atenderem aos requisitos do chamamento público.

• Acórdão 352/2016-TCU-Plenário:
O credenciamento pode ser utilizado para a contratação de
profissionais de saúde, tanto para atuarem em unidades públicas
de saúde quanto em seus próprios consultórios e clínicas, quando
se verifica a inviabilidade de competição para preenchimento das
vagas, bem como quando a demanda pelos serviços é superior à
oferta e é possível a contratação de todos os interessados, devendo
a distribuição dos serviços entre os interessados se dar de forma
objetiva e impessoal.

• Acórdão 533/2022-TCU-Plenário
Não viola o princípio da isonomia a utilização de critérios técnicos
objetivos, mediante pontuação, para definir preferência em
contratações decorrentes de credenciamento.

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• TCE/RJ

• ACÓRDÃO 108936/2023-PLENÁRIO VIRTUAL


É preciso advertir que após o credenciamento, a contratação dos
particulares credenciados deve ocorrer de forma rotativa ou por
escolha dos próprios usuários destinatários dos serviços, não sendo
permitido que a Administração determine uma demanda
desigual por credenciado.

• TCE/PR

• ACÓRDÃO 794/2021 – TRIBUNAL PLENO


Levando em conta a conclusão de que os valores dos serviços
médicos objeto de credenciamento não necessitam
obrigatoriamente serem limitados aos fixados pela tabela do SUS, e
dado que a “adequação” de valores já contratados, ainda que
fixados sem critérios válidos, não pode ser feita unilateralmente,
sem olvidar a necessidade da continuidade da prestação dos
serviços, proponho que seja emitida determinação à FUNDAÇÃO
MUNICIPAL DE SAÚDE DE [...] para que em suas futuras
contratações de serviços de saúde estabeleça os seus valores
referenciais a partir de pesquisas de mercado, demonstrando e
justificando os montantes a serem praticados.

• TCE/MG

• ACÓRDÃO PRIMEIRA CÂMARA – DENÚNCIA: DEN


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Não é cabível exigir-se a inscrição no conselho profissional apenas
no momento da contratação. Isso porque, neste instrumento
auxiliar para fins de contratação, não há a chamada relação de
exclusão, tendo em vista que todos os interessados em contratar
com a Administração Pública que demonstrem atender as suas
exigências podem ser contratados.
(...)

Diante da impossibilidade de limitar o número de contratados


necessários para a execução do contrato, havendo pluralidade de
possíveis interessados, bem como da ausência de capacidade

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operacional do ente, considera-se legítima a adoção do
credenciamento, não havendo, portanto, burla ao instituto do
concurso público.
(...)

O credenciamento previsto na Lei n. 8.666/93, usado em hipótese


de inexigibilidade de licitação, está sujeito à instrução de seu
processo com os elementos previstos no parágrafo único do art. 26,
dentre os quais se inclui a necessidade de motivação dos preços
aventados. Isso porque o Poder Público deve pautar suas
aquisições nos princípios da economicidade, da eficiência e da
moralidade, além da indisponibilidade do interesse público, o qual
impõe ao administrador a gestão do patrimônio da coletividade de
modo racional e a evitar quaisquer prejuízos à sociedade.

• Considerações finais

Quando utilizado de forma adequada, o credenciamento representa um ganho


de eficiência e agilidade nas contratações.

Cabe lembrar que um credenciamento feito sem os cuidados necessários pode


conduzir a contratações ilegais e desvantajosas para a Administração. Esse,
inclusive, foi um risco mapeado pelo TCU, em seu compêndio, segundo o qual
“Deficientes levantamento de mercado e pesquisa ou acompanhamento de
preços, levando ao desconhecimento acerca da forma de atuação do mercado e
dos preços praticados, com consequente fixação e manutenção de valores de
contratação desvantajosos para a Administração.”.

Para se fazer esse uso adequado, é preciso entender os contornos legais do


credenciamento, as boas práticas da regulamentação e as repercussões das
decisões dos órgãos de controle.

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