Pessoas Colectivas
Pessoas Colectivas
Pessoas Colectivas
(Aprovado por Decreto Presidencial Nº 168/12, Diário da República Nº 141-I Série, de 24 de Julho)
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS, SOCIAIS E HUMANAS
LICENCIATURA EM DIREITO
PESSOAS COLECTIVAS
(Aprovado por Decreto Presidencial Nº 168/12, Diário da República Nº 141-I Série, de 24 de Julho)
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS, SOCIAIS E HUMANAS
LICENCIATURA EM DIREITO
PESSOAS COLECTIVAS
SALA: 1
2º ANO
PERIODO: MANHÃ
ÍNDICE
INTRODUÇÃO.................................................................................................................1
1. PERSONALIDADE JURÍDICA ................................................................................. .2
1.1. Noções e Fundamentação de Personalidade Jurídica ............................................ 2
1.2. Natureza da Personalidade Coletiva ...................................................................... 2
1.2.1. Teoria da Ficção .............................................................................................. 2
1.2.2. Teoria Organicista ........................................................................................... 3
1.2.3. Teoria da Realidade ........................................................................................ 3
2. CONSTRUÇÃO DAS PESSOAS COLECTIVAS....................................................... 3
2.1. Substrato ................................................................................................................ 4
2.2. Reconhecimento .................................................................................................... 5
3. TIPICIDADE DAS PESSOAS COLECTIVAS ........................................................... 5
4. Classificações das pessoas colectivas ........................................................................... 6
4.1. Classificações Doutrinais ...................................................................................... 8
4.1.1. Corporações e Fundações ............................................................................... 8
4.1.2. Pessoas Coletivas Públicas e Privadas ........................................................... 8
5. CAPACIDADE DAS PESSOAS COLECTIVAS ........................................................ 8
6. Responsabilidade Civil das Pessoas Colectivas ......................................................... 10
7. Extinção das pessoas colectivas ..................................................................................11
CONCLUSÃO.................................................................................................................13
BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................14
1
INTRODUÇÃO
1. PERSONALIDADE JURÍDICA
a personalidade coletiva é atribuída por uma concessão legal, permitindo que a entidade
atue como uma pessoa única no âmbito jurídico. Esta teoria destaca a importância do
reconhecimento legal na criação e existência das pessoas coletivas.
➢ Assembleia Constituinte:
Após a elaboração dos estatutos, realiza-se uma assembleia constituinte, onde os
membros fundadores formalizam a criação da pessoa coletiva. Nesta assembleia, são
aprovados os estatutos e eleitos os órgãos de governação, tais como a assembleia geral,
o conselho de administração, e outros, dependendo do tipo de pessoa coletiva.
➢ Registo Legal:
O passo seguinte é o registo legal da pessoa coletiva junto das autoridades
competentes. Esse registo é essencial para conferir personalidade jurídica à entidade e
torná-la reconhecida perante o Estado e a sociedade. São apresentados os estatutos,
documentos dos membros fundadores, e outros requisitos legais exigidos.
2.1. Substrato
O termo "substrato" geralmente se refere à base ou fundamento subjacente de
algo. No contexto da construção de pessoas coletivas, o substrato pode ser entendido
como o conjunto de elementos, como vontade dos fundadores, estatutos elaborados e
decisões tomadas durante a assembleia constituinte, que formam a base para a
existência da pessoa coletiva. É o alicerce sobre o qual a entidade é construída,
estabelecendo os princípios e características fundamentais que a definem.
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2.2. Reconhecimento
O "reconhecimento" refere-se ao ato de ser oficialmente aceito ou validado por
uma autoridade competente. No contexto das pessoas coletivas, o reconhecimento
ocorre geralmente por meio do registo legal junto às autoridades governamentais. Esse
registo confere à entidade personalidade jurídica, reconhecendo-a como uma entidade
legalmente constituída e capaz de adquirir direitos e deveres.
➢ Modelos Legais:
A tipicidade implica que a criação das pessoas coletivas está sujeita a modelos
legais específicos estabelecidos pelo ordenamento jurídico. Cada tipo de pessoa coletiva
(sociedade comercial, associação, cooperativa, fundação, etc.) possui características
próprias e requisitos legais distintos, estabelecidos pela legislação aplicável.
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➢ Requisitos de Constituição:
Cada tipo de pessoa coletiva possui requisitos específicos para a sua
constituição. Isso pode incluir a elaboração de estatutos, a realização de assembleias
constituintes, a definição de órgãos de governação, a especificação de atividades
permitidas, entre outros. A tipicidade exige que esses requisitos sejam cumpridos de
acordo com as disposições legais aplicáveis ao tipo específico de pessoa coletiva.
➢ Limites de Atividades:
A tipicidade também se reflete nas atividades que as pessoas coletivas estão
autorizadas a realizar. Cada tipo de entidade pode ter limitações ou restrições em relação
ao escopo das suas atividades, e essas limitações são estabelecidas pela legislação para
garantir a conformidade com as normas legais e sociais.
➢ Personalidade Jurídica:
A tipicidade está diretamente relacionada à concessão da personalidade jurídica.
A entidade só adquire personalidade jurídica quando segue os modelos legais
específicos para o seu tipo. Esse reconhecimento legal é essencial para que a pessoa
coletiva seja sujeita de direitos e obrigações, possa celebrar contratos, adquirir bens e
atuar de maneira autônoma perante a lei.
➢ Quanto à Nacionalidade
Pessoas Coletivas Nacionais: Criadas e registradas no país em questão.
➢ Quanto à Duração
Pessoas Coletivas Temporárias: Criadas para atender a um propósito específico
durante um período limitado.
Fundações: Entidades muitas vezes criadas para fins não lucrativos, como
sociais, culturais, educacionais ou de caridade. Geralmente, uma fundação é
estabelecida por uma doação ou legado.
➢ 1. Capacidade de Gozo:
A capacidade de gozo refere-se à capacidade das pessoas coletivas de serem
titulares de direitos e deveres. Isso inclui o direito de possuir propriedades, contrair
obrigações, demandar e ser demandado em tribunal, entre outros.
➢ 2. Capacidade de Exercício:
A capacidade de exercício diz respeito à habilidade das pessoas coletivas para
agirem no mundo jurídico. Elas podem exercer a sua capacidade ao realizar atos
jurídicos, como celebrar contratos, adquirir bens, participar em transações comerciais, e
assim por diante. No entanto, essa capacidade é limitada ao escopo dos seus objetivos
estatutários.
➢ 3. Objetivos Estatutários:
A capacidade das pessoas coletivas está diretamente relacionada aos objetivos
estatutários que foram definidos no momento da sua constituição. As atividades que
ultrapassam esses objetivos podem ser consideradas inválidas ou irregulares.
➢ 6. Capacidade Processual:
As pessoas coletivas também têm a capacidade de atuar em processos judiciais,
defendendo seus direitos ou respondendo a obrigações legais. Isso é realizado pelos seus
representantes legais, geralmente designados nos estatutos.
conformidade com a legislação e a atuação dentro dos limites estatutários são cruciais
para garantir a validade e a eficácia dos atos realizados por essas entidades.
➢ 2. Responsabilidade Solidária:
Em muitos sistemas jurídicos, as pessoas coletivas podem ser solidariamente
responsáveis pelos atos praticados pelos seus membros, especialmente quando esses
atos são realizados no exercício das funções ou em nome da entidade. Isso significa que
tanto a pessoa coletiva quanto os membros individualmente podem ser
responsabilizados.
➢ 3. Extensão da Responsabilidade:
A responsabilidade civil das pessoas coletivas pode abranger diversos aspetos,
incluindo danos materiais, danos morais, perda de lucros, entre outros. A extensão da
responsabilidade dependerá do tipo de ato ilícito praticado e das leis aplicáveis.
➢ 5. Limitação da Responsabilidade:
Em algumas jurisdições, pode existir a possibilidade de limitar a
responsabilidade civil das pessoas coletivas, especialmente no contexto das sociedades
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comerciais. Isso pode ser feito através de estruturas como a sociedade limitada, onde a
responsabilidade é limitada ao capital social investido.
Dissolução Voluntária
A dissolução voluntária ocorre quando os membros ou acionistas decidem
encerrar deliberadamente as atividades da pessoa coletiva. Geralmente, esse processo
envolve a aprovação de uma resolução pelos órgãos competentes, como a assembleia
geral.
Falência ou Insolvência
Se uma pessoa coletiva enfrenta dificuldades financeiras significativas e não
consegue cumprir suas obrigações financeiras, pode entrar em falência ou insolvência.
Isso pode levar à extinção da entidade, geralmente por decisão judicial.
Fusão ou Incorporação
Em casos de fusão ou incorporação de empresas, as entidades originais podem
ser extintas e uma nova entidade é formada como resultado da união. Esse processo
pode ocorrer por decisão dos acionistas e deve seguir as regras estabelecidas pela
legislação aplicável.
Decisão Judicial
Em certas circunstâncias, uma decisão judicial pode resultar na extinção de uma
pessoa coletiva. Isso pode acontecer em casos de violação grave da lei ou de práticas
ilegais.
Inatividade Prolongada
Se uma pessoa coletiva permanece inativa por um período prolongado e não
cumpre as obrigações legais, as autoridades podem proceder à sua extinção.
Procedimentos Comuns
Os procedimentos para a extinção variam de acordo com a legislação local. Em
muitos casos, eles envolvem a aprovação de uma resolução pelos órgãos competentes,
liquidação de ativos, pagamento de dívidas e o cancelamento do registro legal junto às
autoridades competentes.
CONCLUSÃO
Em suma, a compreensão das pessoas coletivas engloba uma análise abrangente
dos seus fundamentos, classificações, construção, natureza, capacidade,
responsabilidade civil, e possíveis cenários de extinção. Estas entidades desempenham
um papel vital no âmbito jurídico, económico e social, contribuindo para a dinâmica das
relações comerciais, sociais e filantrópicas.
Em conclusão, o estudo das pessoas coletivas revela não apenas a sua função
prática na sociedade, mas também a sua complexa natureza jurídica. A compreensão
destes conceitos é essencial para uma gestão eficiente e legal das entidades coletivas,
garantindo que cumpram os seus objetivos de maneira ética e conforme as leis que as
regem.
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BIBLIOGRAFIA
2. Gonçalves, C. R. (2019). Direito Civil Brasileiro: Teoria Geral das Pessoas Jurídicas.
Editora Saraiva.
4. Diniz, M. H. (2019). Curso de Direito Civil Brasileiro: Teoria das Pessoas Jurídicas.
Editora Saraiva.
https://chat.openai.com/c/62e99388-3ad1-4ad1-bb69-2d36c34d4ade