Trabalho de FILOSOFIA JONH RAWLS
Trabalho de FILOSOFIA JONH RAWLS
Trabalho de FILOSOFIA JONH RAWLS
TRABALHO DE FILOSOFIA
PROFESSOR:ÂNGELO KALANGE
INTEGRANTES DO GRUPO nº2
SUMARIO
1 INTRODUÇÃ --------------------------------------------------------------------------------2
2 BIOGRAFIA--------------------------------------------------------------------------------3
3 DESENVOLVIMENTO----------------------------------------------------------------------4
4 CONCLUSÃO--------------------------------------------------------------------------------10
5 BIBLIOGRAFIA----------------------------------------------------------------------------11
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1 INTRODUÇÃO
O debate sobre o tema ‘Justiça’, embora antigo, continua atual, e sobre ele ainda não
se chegou a um consenso. Na disputa entre interesses diversos, a balança da justiça
haverá de pender sempre para um dos lados, o que coloca em xeque, paradoxalmente,
a própria noção de justo. Decisões acerca de questões cotidianas diversas suscitam
tomadas de posição (sejam elas no campo econômico, político, da saúde ou da
educação), e as respostas a essas demandas são essenciais para pôr fim às discussões e
garantir avanços sociais.
A partir da teoria da justiça como equidade, de Rawls, ampliou a visão sobre a saúde
e, relacionando-a ao princípio da oportunidade, desenvolveu uma teoria na qual
destacou a importância moral da saúde, em virtude de seu impacto nas oportunidades
de vida das pessoas. Nessa linha de raciocínio, apresenta uma reflexão específica
acerca do que seja justiça em saúde e busca responder a questões relacionadas
ao status à possibilidade de se admitirem injustiças e às formas de se distribuírem
recursos de forma justa.
O objetivo da pesquisa, portanto, foi analisar as teorias da justiça formuladas por John
Rawls. Sob o prisma metodológico, trata-se de estudo puramente teórico, sem
experimento ou trabalho de campo, que, a partir da literatura sobre o tema,
fundamentou-se, num primeiro momento, na análise dos aspectos gerais da teoria da
justiça, de Rawls, passando, em seguida, às especificidades por ele trabalhadas com
relação aos princípios da diferença e da oportunidade, até chegar à análise da possível
aplicação de sua teoria .
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2 BIOGRAFIA
JOHN RAWLS
Filósofo norte-americano, nasceu em 1921, em Baltimore, e frequentou as
Universidades de Oxford e de Havard, tendo mais tarde lecionado nesta
última.
A sua obra é essencialmente uma reflexão sobre os domínios da ética e da
teoria política. Na sua obra Teoria da Justiça, ressuscita a ideia de
Contrato Social que, de uma ou outra forma, tinha sido alvo de reflexão
por parte de Hobbes, Locke e Jean-Jacques Rousseau. O seu objetivo é o
de ultrapassar o utilitarismo dominante na época moderna. O conceito de
justiça não diz somente respeito a princípios morais, mas também a um
conjunto mais vasto da atividade humana: as instituições políticas, os
sistemas jurídicos, as formas de organização social. A este respeito diz
Rawls: "a justiça é a primeira virtude das instituições sociais, como a
verdade o é em relação aos sistemas de pensamento."
Faleceu a 24 de novembro de 2002.
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3 DESENVOLVIMENTO
Como, então, definir princípios na estrutura básica de uma sociedade marcada por
diversidades de toda sorte? Para possibilitar tal empreitada, Rawls propõe o seguinte
exercício mental: todas as pessoas seriam colocadas numa situação denominada
‘posição original’, que permitiria o estabelecimento de um procedimento justo de
estipulação dos princípios a serem acordados. Para tanto, todos os indivíduos seriam
colocados atrás do que ele chamou de ‘véu da ignorância’, que neutralizaria a tentação
de cada pessoa de explorar os fatores sociais e naturais a seu favor. Se não pudesse
conhecer como as várias alternativas poderiam afetar o seu caso particular, o
indivíduo seria obrigado a avaliar os princípios com base apenas em considerações
gerais, pois ninguém saberia sua posição na sociedade, suas habilidades e forças,
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Após a revisão dos princípios, estes, então, passaram a apresentar a seguinte redação:
Embora as alterações dos princípios não tenham sido significativas, o que ele buscou,
principalmente com a mudança de redação do primeiro princípio, foi demonstrar que
não se atribui prioridade às liberdades de forma geral e absoluta, como valor principal
de um sistema político e social de justiça. O modo como justifica as liberdades
básicas é um dos grandes diferenciais do liberalismo político de Rawls, que não
defende um ideal moral abrangente, na forma preconizada pelos demais defensores do
liberalismo ético-político. No tratado apresentado pelo filósofo norte-americano sobre
os princípios da justiça, ele destaca que os dois princípios por ele defendidos
consubstanciam um caso especial de uma concepção mais ampla de justiç:. Segundo
ele, todos os valores sociais, tais como liberdade e oportunidade, renda e riqueza, e as
bases do autorrespeito (que são para ele os bens primários sociais essenciais), devem
ser distribuídos igualmente, a não ser que a distribuição desigual de um ou de todos
esses valores seja feita para o benefício de todos. Para ele, portanto, injustiça é
simplesmente desigualdade que não serve ao bem de todos.
Bobbio, ao tratar da igualdade das oportunidades, chama a atenção para o fato de que
a vida é uma corrida ao alcance de bens escassos. Como em toda competição, se o
ponto de partida é diferente para as pessoas, aquele cuja linha esteja mais à frente
certamente vencerá a corrida. Por isso, defende a necessidade de igualdade dos pontos
de partida, assim como a inclusão dos menos favorecidos. Ainda que se possa afirmar
que as posições de partida variam de sociedade para sociedade, assim como Rawls,
Bobbio ressalta que, para colocar pessoas desiguais por nascimento no mesmo ponto
de partida é necessário favorecer uns em detrimento de outros.
Ainda que os escritos de Rawls não tenham sido específicos quanto à forma de
diminuir desigualdades, sua teoria serviu de semente e de fundamento para ações
políticas e sociais difundidas e aplicadas pelo mundo. As ações afirmativas no campo
da educação, por meio da instituição de cotas, é um grande exemplo, já que cria uma
igualdade, mediante a correção de uma desigualdade anterior.
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Nesse contexto, a norma injusta deve ser cumprida, muito embora esteja sujeita a
todos os métodos de hermenêutica jurídica, inclusive à luz da Constituição vigente,
que é presumivelmente justa.
como uma concepção que pode servir de base a um acordo político informado e
voluntário entre cidadãos vistos como pessoas livres e iguais. Do ponto de vista
filosófico, religioso ou moral, o acordo político sobre a justiça como eqüidade não
pode ser alcançado sem o desrespeito estatal das liberdades básicas. A filosofia como
busca da verdade independente não tem como oferecer uma concepção de justiça
numa sociedade democrática. É imperativo que seja aplicável à própria filosofia o
princípio da tolerância. Por meio do acordo político, as diferenças existentes entre
visões políticas concorrentes passam a ser moderadas, senão inteiramente removidas,
de tal maneira que a cooperação social com base no respeito mútuo possa ser mantida.
A idéia global fundamental de justiça política é a idéia da sociedade como um sistema
equitativo de cooperação entre pessoas livres e iguais. Não raramente, os cidadãos não
vêem a ordem social como uma ordem natural fixa, ou como uma hierarquia
institucional, sob o fundamento de valores religiosos ou aristocráticos. A moralidade
pessoal, ou dos membros de uma associação, ou da doutrina religiosa ou filosófica
adotada por uma pessoa, nem sempre coincidem com a ordem social. Porém, no
contexto político, tais diversidades individuais devem ser afastadas. São três os
elementos de cooperação social.
fundamentais. O primeiro princípio é que “cada pessoa tem de ter um igual direito ao
mais extensivo sistema total de básicas liberdades iguais, compatíveis com um similar
sistema de liberdade para todos”. O segundo princípio dispõe que “as desigualdades
sociais e econômicas têm de ser ajustadas de maneira que sejam tanto: para o maior
benefício dos menos privilegiados, consistente com o princípio justo de poupança;
como ligadas a cargos e posições abertos a todos, sob condições de equitativa
igualdade de oportunidade”. Os princípios auxiliares estão assim delimitados. A
primeira prioridade é a da liberdade, da qual os princípios de justiça têm de ser
ordenados em sequência léxica e, portanto, a liberdade só pode ser restringida por
conta da própria
liberdade e nos seguintes casos: uma liberdade menos extensa deve fortalecer o total
sistema de liberdade, compartilhado por todos; uma liberdade menos que igual, deve
ser aceitável àqueles como a liberdade menor. A segunda prioridade é a da justiça
sobre a eficiência e bem estar: uma desigualdade de oportunidade deve realçar as
oportunidades daqueles com menor oportunidade; uma excessiva taxa de poupança
deve, em equilíbrio, mitigar o fardo daqueles que estão suportando esse encargo. A
concepção política de justiça, como já consignado, embora moral, não é um ideal de
moral para a condução da vida, mas tão-somente a ser aplicada à estrutura básica da
sociedade. É a única doutrina compatível com o liberalismo do estado democrático,
no qual existem concepções conflitantes.
4 CONCLUSÃO
A concepção de justiça como equidade, a partir da obra de Rawls seria aquela que,
além de garantir o exercício das liberdades básicas, asseguraria a todos, de forma
equânime, a distribuição dos bens primários essenciais, compensando-se, sempre que
possível, as loterias biológicas e sociais. Assim, conclui-se que a ideia de justiça como
equidade, de Rawls não é outra senão aquela que garante que o exercício das
liberdades assegura a todos, de forma ponderada, a distribuição de bens primários
sociais essenciais.
Apesar de não apresentarem uma resposta mais ampla e definitiva sobre como
distribuir recursos de forma justa, as teorias de Rawls remetem a reflexões sobre a
necessidade de se reduzir injustas desigualdades bem como suscitam debates sobre
questões como cooperação social, liberdades, as bases da igualdade, alocação de
recursos escassos, distribuição adequada de rendas e riquezas e de oportunidades. De
modo geral, pode-se afirmar que as teorias de justiça, de Rawls , possibilitam avanços
teórico-práticos, contribuindo positivamente para o enfrentamento de problemas
associados às políticas de acessibilidade e de justa distribuição de recursos no campo
da justiça.
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5 BIBLIOGRAFIA
RAWLS, John. Justiça como eqüidade : uma concep- ção política, não metafísica. Lua Nova, v. 25.
Uma teoria da justiça. Lisboa : Presença, 1993. SILVA, Robert
Rawls J. A theory of justice. USA: The Belknap press of Harvard University press; 1971.
Daniels N. Just Health: meeting health needs fairly. New York, Cambridge: Cambridge University
Press; 2008