Tec. Design de Interiores - Design de Interiores Sustentáveis
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JARDINAGEM E PAISAGISMO
2023
APRESENTAÇÃO
APRESENTAÇÃO
O intenso crescimento urbano observado nas últimas décadas gerou a verticalização das
moradias e a impermeabilização do solo e da paisagem, onde o predomínio da tecnologia alterou
de tal forma o meio que o tornou praticamente artificial. Esse contexto gerou uma necessidade
social de construção e manutenção de áreas verdes, a fim de garantir uma mínima qualidade de
vida para a população.
A variação dos portes das empresas e residências contratantes pode gerar para o profissional de
jardinagem demandas de trabalho que vão desde dias até anos de prestação de serviços no
mesmo local. Em razão disso, as possibilidades de contratação também podem variar muito,
podendo o jardineiro prestar serviços como autônomo ou então como empregado contratado
pela CLT.
APRESENTAÇÃO
A prestação de serviços em jardinagem apresenta uma característica singular que combina
técnica com um apurado senso de estética para harmonizar as plantas que irão compor um
jardim. Sendo assim, não basta ao jardineiro saber mexer com a terra, ele precisa conhecer as
várias espécies que poderão combinar entre si e com o ambiente. Adiciona-se a isso, o
compromisso com a satisfação do cliente ao ver um jardim belíssimo concluído conforme o
cronograma e os custos apresentados.
Para compor ou reformar o jardim, o jardineiro precisará planejar todas as etapas que vão desde
a escolha de espécies e mudas, a logística para o transporte, a preparação da terra até o plantio
propriamente dito. Essa complexidade de atribuições exige que o profissional seja capacitado e
demonstre curiosidade para se colocar sempre em busca de novos aprendizados.
Para compor ou reformar o jardim, o jardineiro precisará planejar todas as etapas que vão desde
a escolha de espécies e mudas, a logística para o transporte, a preparação da terra até o plantio
propriamente dito. Essa complexidade de atribuições exige que o profissional seja capacitado e
demonstre curiosidade para se colocar sempre em busca de novos aprendizados.
Para obter a glicose, os animais precisam estar sempre ingerido alimentos, as plantas não. Elas
são capazes de sintetizar a glicose a partir da combinação do gás carbônico e da luz do sol, isso é
possível devido uma célula chamada cloroplasto, nela encontra-se um pigmento chamado
clorofila que transforma a energia luminosa em glicose, processo o qual chamamos fotossíntese.
PARTES DAS PLANTAS E SUAS FUNÇÕES
As plantas são compostas pela raiz, caule, folhas, flores, frutos e sementes. Cada uma dessas
partes tem uma função específica.
PARTES DAS PLANTAS E SUAS FUNÇÕES
▪ RAIZ: fixar a planta no solo e captar a água e sais minerais para as folhas.
▪ SUBTERRÂNEAS (TERRESTRES):
▪ PIVOTANTES: descem perpendicularmente ao solo (típica de plantas
dicotiledôneas e coníferas).
▪ FASCICULADAS: dispõem-se em feixes paralelos ao solo, exemplos: palmeiras,
gramíneas e outras monocotiledôneas. Esse tipo de raiz é muito indicado para
“segurar” terrenos inclinados.
PARTES DAS PLANTAS E SUAS FUNÇÕES
▪ RAÍZES TABULARES: são raízes achatadas que
lembram uma tábua, encontradas em
árvores de grande porte para ajudar na
sustentação. Possuem poros que permitem a
entrada do oxigênio. A figueira é um exemplo
de planta com esse tipo de raiz.
Podemos dividir as plantas quanto ao manejo em: árvores, palmeiras, arbustos, herbáceas,
epífitas, aquáticas, filícias e cactáceas.
▪ FILICIAS: caracterizam-se por terem duas fases de vida: sexuada (na qual precisam de
muita umidade para se reproduzir) e assexuada. São elas: samambaias, avenças, chifres-
de-veado, entre outras.
O aumento das temperaturas e o inicio das chuvas, dois fatores que surgem na primavera,
dão novo estimula a planta, que passa da dormência ao brotamento e florescimento.
▪ ANUAIS: plantas anuais são tipos de plantas que normalmente germina, floresce e morre
completando o seu ciclo de vida num ano ou menos. Morrem quando atingem o auge do
seu estádio reprodutivo, mas ficam as suas sementes, que darão origem a novas plantas.
As plantas anuais têm geralmente sementes muito pequenas, mas que estão adaptadas a
germinar e crescer mesmo em maus solos. São alguns exemplos: dente de leão,
crisântemos, perpetua, camomila, onze-horas, alho-poró, alho-social, etc.)
▪ PERENES: as plantas perenes são as ideais para serem cultivadas num jardim e isso deve-
se à longevidade e à beleza das suas folhas e flores principais. As plantas e flores perenes
podem viver mais de dois anos, isto é, mais de dois ciclos sazonais sem que as suas folhas
caiam. São alguns exemplos: lavandas, margaridas, ixorias, violetas, moreia, azaleia,
cambará, heliconia, calanchoe, orquídea bambu, etc.)
A FORMAÇÃO DO SOLO
Há milhões de anos, a superfície da terra
era composta por rochas. Não havia
condições para o desenvolvimento das
plantas. Aos poucos, a ação dos agentes
atmosféricos e biológicos (intempéries),
esse solo foi se decompondo,
transformando-se em terra. Os seres
decompositores (bactérias, fungos,
insetos, vermes, etc.) trataram de
incorporar material orgânico ao solo,
gerando condições necessárias a fixação
das plantas, essa camada superior de
terra, a qual chamamos “solo fértil”.
Abaixo dele, em estado intermediário
encontra-se o subsolo, mais abaixo ainda,
temos a “rocha mãe”, à essas três
camadas damos o nome de “perfil do
terreno”.
A FORMAÇÃO DO SOLO
CARACTERIZAÇÃO DO SOLO
O solo fértil caracteriza-se pela cor escura e sua porosidade, a cor deve-se a presença de
matéria organiza, gerada pela decomposição de restos vegetais e animais (húmus). A
porosidade é essencial, sem ela não há trocas gasosas, e as raízes não sobreviveriam.
Conforme a capacidade de se permitir a passagem de ar, aeração e captação de água, o solo
é classificado em dois grupos:
▪ ARENOSOS: camadas aeradas, e a extrema porosidade não consegue reter a água, nem
sais minerais . A esses solos pobres em nutrientes, chamamos “solos leves”. As plantas
que nele se adaptam tem raízes profundas para buscar água e sais minerais nas camadas
inferiores.
Entre esses dois extremos, existem inúmeras variações na composição do solo. Para
melhorar a fertilidade do solo, muitas vezes é necessário compensar as deficiências
do mesmo. Drenar solos argilosos e acrescentar argila aos solos arenosos.
PH E ACIDEZ DO SOLO
O pH (potencial de Hidrogênio), é o índice que mede a acidez do solo. Varia de 1 a 14.
Quanto mais ácido o solo, mais difícil a assimilação de nutrientes pelas raízes, elas não
conseguem absorver o fósforo, boro e o zinco, deixando o alumínio, já presente no solo.
tóxico.
Para de corrigir a acidez do solo, deve se acrescentar: calcário dolo mítico
(cálcio + magnésio)
ADUBAÇÃO
A adubação é a forma de corrigir as deficiências de sais minerais do solo. Ela pode ser:
química, orgânica ou uma combinação das duas.
▪ ADUBAÇÃO QUIMICA: fornecimento dos nutrientes necessários à planta na forma de
sais: NPK, famosa formulação química que contém nitrogênio (N) + fósforo (P) + potássio
(K).
Na agricultura, por questões de economia, é mais comum o uso desta fórmula com
porcentagens diferentes. Antes de qualquer aplicação, é necessária uma analise rigorosa de
solo identificando quais as deficiências de cada nutriente. Quanto maior a porcentagem de
fósforo na fórmula, melhor o enraizamento e florescimento da planta, quanto maior a
quantidade de nitrogênio, maior o estímulo de crescimento para a planta.
SINTOMA ELEMENTO QUIMICO EM FALTA
FOLHAS DESBOTADAS NITROGENIO OU MAGNESIO
Outro fato climático relevante são os ventos. Eles alteram o clima de pequenas áreas, ou
seja, formam microclimas mais secos, dificultando a proliferação de fungos e por outro lado
limitando o crescimento de uma serie de plantas.
PRAGAS E DOENÇAS
Um conceito equivocado, é considerar praga todos os insetos e organismos que causam
estragos às plantas ou que crescem em lugares impróprios. O termo praga deve só deve ser
usado quando há um desequilíbrio no meio: quando a espécie intrusa, seja ela animal ou um
outro vegetal, multiplica-se, provocando danos visíveis ou crescendo mais que as plantas que
se quer preservar.
Se o jardim está em equilíbrio, não há razões para expulsar gafanhotos, formigas, lagartas,
etc. combater tais insetos, pode ser mais prejudicial do que mantê-los, devido ao risco da
seleção genética dos mais resistentes. Quando se aplica um inseticida no jardim, os efeitos
tóxicos do produto matam a grande maioria dos insetos, mas não todos, os mais resistentes
sobrevivem, se reproduzem e transmitem essa característica (de ser mais resistentes) aos
descendentes.
Além dos insetos, os inseticidas também matam toda a comunidade de organismos que
mantem em equilíbrio a saúde do sistema, como minhocas, algumas bactérias, louva-a-deus,
joaninhas, vespas que controlam as lagartas, formigas uteis, etc.
A alternativa então é optar por mecanismo mecânicos como a catação ou os antigos e
esquecidos remédios caseiros à base de toxinas naturais: nicotina, piretrina e retenona.
PRAGAS E DOENÇAS
PRINCIPAIS PRAGAS E DOENÇAS
PRAGA O QUE ONDE SE COMO
PROVOCAM MANIFESTAM COMBATER
FUNGOS PINTAS OU TRONCO CALDA
MANCHAS (EM FORMA DE BORDALESA
MORTAS ORELHAS DE PAU (SULFATO DE
E COGUMELOS) COBRE + CAL)
VIRUS DESTROEM AS FOLHAS PODAR PARTES
CELULAS APRESENTAM DAS PLANTAS
MANCHAS E OS INFECTADAS
BROTOS
MURCHAM
AFÍDEOS OU AGEM COMO NAS CATAÇÃO
PULGÕES “VAMPIROS” ESTREMIDADES MANUAL COM
SORVENDO A DA PLANTA ESPONJA, ÁGUA E
CALDA DOCE DA SABÃO
SEIVA ELBORADA EM CASOS DE
PLANTAS MAIOR
AMARELADAS INCIDENCIA,
PODAR PARTES
INFECTADAS
JOANINHA
PREDADOR
NATURAL
PRAGAS E DOENÇAS
PRAGA O QUE ONDE SE COMO
PROVOCAM MANIFESTAM COMBATER
ÁCAROS SUGAM A SEIVA FOLHAS ENXOFRE EM PÓ
(PEQUENAS ATÉ A QUEDA DAS DILUIDO COM
ARANHAS) FOLHAS ÁGUA
TRIPES (INSETOS SUA PICADA FOLHAS PARA SUA
SUGADORES COM INJETA UMA ERRADICAÇÃO,
POUCO MAIS DE TOXINA QUE APLICAR
1MM) RECURVA A EXTRADO DE
FOLHA FUMO COM
SABÃO NEUTRO
COCHONILHAS SUGAM A SEIVA FOLHAS E GALHOS COMBATE
(ESCAMAS, DA PLANTA E ATRAVES DE
PIOLHO BRANCO EXPELEM UM AGUA COM
OU FARINHA) SUBSTANCIA SABÃO E ÁGUA DE
AÇUCARADA FUMO EM CASOS
FAVORECENDO A MAIS
PROLIFERAÇÃO RESISTENTES,
DA FUMAGINA, APLICAR OLEO
FUNDO QUE MINERAL NAS
RECOBRE FOLHAS CARAPAÇAS
E GALHOS
PRAGAS E DOENÇAS
PRAGA O QUE ONDE SE COMO
PROVOCAM MANIFESTAM COMBATER
FORMIGAS SE ALMIMENTAM FOLHAS ISCAS
(SOMENTE AS DAS FOLHAS, FORMICIDAS
CORTADEIRAS: FAZENDO O
SAÚVA, CORTE DAS
QUENQUÉM E MESMAS,
MINEIRA) DEIXANDO-AS
SUCETIVEIS A
OUTRAS PRAGAS
CARACÓIS COMEM FOLHAS FOLHAS CATAÇÃO EM
EM ARMADILHAS:
QUANTIDADES SCAO DE ESTOPAS
MODERADAS EMBEBIDO COM
CERVEJA
LESMAS ALIMENTAM-SE PLANTAS NOVAS E CATAÇÃO EM
DE PLANTAS BROTOS ARMADILHAS:
NOVAS OU SCAO DE ESTOPAS
BROTOS EMBEBIDO COM
CERVEJA
PRAGAS E DOENÇAS
PRAGA O QUE ONDE SE COMO
PROVOCAM MANIFESTAM COMBATER
LARGARTAS COMEM FOLHAS FOLHAS CATAÇÃO
EM GRANDE VESPAS SÃO
QUANTIDADE PREDADORES
NATURAIS
TATUZINHOS ATACAM PLANTAS PLANTAS NOVAS E CONTROLE POR
NOVAS BROTOS CATAÇÃO (FICAM
ESCONDIDOS
DURANTE O DIA
EM LOCAIS
ABRIGADOS E
ÚMIDOS, COMO
EMBAIXO DAS
PEDRAS)
NEMATÓIDES IMPENDEM AS RAÍZES CONTROLE DE
(MINUSCULOS FOLHAS DE MATERIA
VERMES QUE SE RECEBER A SEIVA ORGANICA
ALOJAM NAS BRUTA
RAÍZES)
PRAGAS E DOENÇAS
PRAGA O QUE ONDE SE COMO
PROVOCAM MANIFESTAM COMBATER
PERCEVEJOS SUGAM A SEIVA PLANTA TOTAL CALDA DE FUMO
DAS PLANTAS
BESOUROS SÃO MAIS GALHOS CAULE APLICAR EXTRATO
PREJUDICIAIS AS FRUTOSA DE FUMO NO
ESPECIES QUE ORIFICIO E TAPA-
PENETRAM NOS LO COM SABÃO
GALHOS, CAULE E
FRUTOS
PRAGAS E DOENÇAS
FUNGOS VIRUS
PULGÕES ÁCAROS
PRAGAS E DOENÇAS
TRIPES COCHONILHAS
FORMIGAS CARACÓIS
PRAGAS E DOENÇAS
LESMAS LAGARTAS
BESOUROS NEMATÓIDES
PRAGAS E DOENÇAS
PERCEVEJOS BESOUROS
A FOLHA FALA
PRAGAS E DOENÇAS
PREPARAÇÕES QUE PODEM AJUDAR NO CONTROLE DE PRAGAS
▪ ALPORQUE: método usado quando não há resultados com outras técnicas, porém
mais demorada. Consiste em promover a formação de raízes em um ramo da
planta. A primeira etapa pode ser feira de duas maneiras: no ramo escolhido,
retire um anel de 1.50 cm da casca ou faça apenas um corte lateral, de baixo para
cima, e levante a “tampinha” mantendo-a separada do ramo com um palito. Em
seguida, em ambos os casos, envolva a região com substrato previamente
molhado, que deve ser amarrado com um plástico nas duas extremidades. O
galho poderá ser destacado da planta assim que surgirem raízes dentro do
plastico
TECNICAS DE MULPLICAÇÃO E PLANTIO
▪ MERGULHIA: semelhante ao
alporque, neste caso é que prende-se
a parte descascada do ramo ao solo.
O primeiro passo é retirar o entulho (lixo e ervas daninhas). Em seguida, deve-se remover
a camada superficial do solo com o auxilio de arado, picareta, enxadão ou equipamento
similar, em uma profundidade mínima de 30cm. A partir daí, acrescentar à terra matéria
orgânica, de preferencia a partir de composteira orgânica, esterco bovino curtido ou
húmus de minhoca (proporção de 1kg a 1,5kg por m²). Em seguida, faz-se a mistura desse
material ao solo com o auxilio de grade ou enxada. O terreno está pronto para o plantio,
que deve ser feito conforme as características de cada planta.
▪ ARVORES:
▪ Grande Porte: Angico, Cabreuva, Etc.: Covas De 100x100x100cm;
▪ Medio Porte: Acerola, Aleluia, Etc.: 80x80x80cm;
▪ Pequeno Porte: Suinã, Murta De Cheiro, Etc.: 60x60x60cm.
▪ AQUATICAS: essas, devem ser fixadas em lodo de lago ou terra vermelha acrescida de
farinha de osso. Já as semiaquáticas devem ser fixadas na borda do lago ou em terreno
previamente preparado para manter-se encharcado.
• Em vasos, é necessário ter pelo menos 1 furo para escoamento da água e sobre
ele espalhar uma camada de 1 a 2cm de caco cerâmico, após isso, uma camada
de areia e por ultimo a mistura de terra;
▪ Regar abundantemente o terreno e, com um ferro, fazer furos até o fundo da cova,
para forçar a saída do ar ao redor da raiz, ou enterrar um tubo com orifícios laterais
e através dele injetar água encharcando a raiz de baixo para cima, expulsando assim
o ar.
RECUPERAÇÃO DA VEGETAÇÃO EXISTENTE
Tão ou mais importante do que os cuidados com as novas plantas do jardim é tratar as
árvores ou outras plantas já existentes no local:
Embora em seu ambiente natural as plantas não precisam ser podadas, nos jardins isso
muitas vezes é necessário. O motivo em geral, é a planta estar em local inadequado para
seu desenvolvimento, quer dizer, o homem quem a colocou ali, portanto tem que ajuda-la
a compensar as dificuldades do ambiente estranho. Mas também há outras razões para a
poda, como a estética e o direcionamento necessário de sua formação e até mesmo como
já vimos, o controle de pragas.
Na fruticultura comercial, por exemplo, a pode é utilizada com a finalidade de corrigir o
crescimento da planta, propiciar maior ventilação, iluminação, acesso as pulverizações e
também facilitar a colheita.
Na jardinagem, a técnica é aplicada quando se tem os seguintes objetivos:
▪ Formação de cerva viva;
▪ Erradicação de galhos doentes;
▪ Desbaste seletivo, para compensar a evaporação nos transplantes;
▪ Correção de crescimento, quando os ganhos chegam as fiações e rede elétrica.;
▪ Formação inicial de muda transplantada;
▪ Indução ao brotamento;
▪ Aumento de floração.
PODA
A poda de qualquer galho ou ramo deve ser rente ao tronco, facilitando assim a
cicatrização. Não é recomendado deixar troncos salientes, eles impedem fechamento da
ferida, expondo a cerne à entrada de fungos e de outros decompositores de madeira.
Outro cuidado importante é a impermeabilização da região do corte com tinta asfáltica,
betuminosa ou látex. Os galhos mais finos, exigem uma poda diferente: devem ser
cortados acime de uma gema (nó) e ter uma inclinação de 30° a 60°.
TRANSPLANTES DE ÁRVORES E PALMEIRAS
Quando a planta não esta em período de dormência, deve-se fazer o sangramento de suas
raízes, e aguardar que brotem novas raízes para só depois transplantá-las.
Para o transplante de palmeira, é recomendado o amarrio de suas folhas com palha para
diminuir a evaporação.
Nas árvores e os arbustos mais rústicos, podem ser transplantados de uma só vez com
resultados satisfatórios, desde que seja podado um número de galhos proporcional as
raízes retiradas.
TRANSPLANTES DE ÁRVORES E PALMEIRAS
TRANSPLANTES DE ÁRVORES E PALMEIRAS
RECOMENDAÇÕES PARA A MANUTENÇÃO DO JARDIM
Dois aspectos orientam a manutenção dos jardins:
Para os dois casos é necessário o suprimento das seguintes necessidades das plantas:
▪ Rega: deve ser feita sempre que for necessária, isto é, quando houver grandes
períodos de estiagem e de preferencia no início da manha ou fim da tarde,
mantendo o solo úmido, sem encharcamento;
▪ Reposição de nutrientes: repor nutrientes através de matéria orgânica, em vez da
adubação NPK (se quiser usa-lo, dar preferencia para as fórmulas que incluem
micronutrientes). Mas atenção, respeitar os intervalos entre as adubações que
não devem ser menores que 15 dias;
▪ Verificação de pragas.
PRAÇA DO PARQUE DOS BURITIS NA CIDADE DE PRAÇA ROTATÓRIA COM CHAFARIZ NA CIDADE DE
GOIÂNIA. GOIÂNIA.
O QUE É PAISAGISMO?
CONSIÊNCIA ECOLOGICA
Como no resto no mundo, a preocupação com o meio ambiente no Brasil, cresce a cada dia. A
valorização do verde e a tentativa de traze-lo (ou resgatá-lo) à paisagem urbana e de ampliar o
contato das pessoas com a natureza, tem gerado uma grande necessidade de construir uma
nova paisagem com belos jardins, parques públicos e também arborizar cada vez mais ruas e
avenidas.
Mas não se deve pensar que para resgatar esta paisagem verde é apenas plantar árvores ou
arbustos a esmo. Somente a compreensão da cadeia alimentar é capaz de dar condições de
sobrevivência a toda uma legião de seres vivos, visíveis ou não, sejam eles plantas ou animais,
devendo o projetista de jardins ter a clara ideia que um jardim não se faz somente de plantas.
O QUE É PAISAGISMO
PAISAGISMO COM PLANTAS:
A variedade de plantas é bastante vasta. Muitas tem sido combinadas desde os tempos dos
famosos jardins da Babilônia.
O projetista de jardim tem plena liberdade de composição e escolha das plantas, desde que
considere a viabilidade de usá-las. É preciso perguntar-se sempre: o local oferece condições de
sobrevivência para a planta?
O QUE É PAISAGISMO
Assim, quando se inicia um projeto de jardim, é preciso:
CABE RESSALTAR QUE AS FORMAS DAS PLANTAS PODEM VARIAR CONFORME A SITUÇÃO,
RECEBIMENTO DE LUZ, ETC. SE ELA CRESCE ISOLADA, ADQUIRE O SEU ASPECTO NATURAL,
MAS SE DIVIDE AREA COM OUTRAS PLANTAS (COMO UMA MATA POR EXEMPLO),
DESENVOLVE UM ASPECTO MAIS DELAGADO, ISSO DEVIDO À BUSCA DE MAIOR
LUMINOSIDADE E RESPIRAÇÃO.
É ISSO ALIÁS QUE PROVOCA UMA CONFUSÃO SOBRE O FORMATO DO EUALIPTO, VISTO
GERALMENTE EM REFLORESTAMENTOS. A ALTA DESNSIDADE, QUE DEIXA AS ÁRVORES
BEM PROXIMAS, FAZ COM QUE ELE ASSUMA UMA FORMA MAIS ESGUIA, FINA. EM
OUTRAS SITUAÇÕES, QUANDO EXPOSTO ÀS SUAS CONDIÇÕES NORMAIS, O EUCALIPTO
TEM A FORMA MAIS SOLTA, MAIS ARREDONDADA.
O QUE É PAISAGISMO
UM POUCO DE HISTORIA
O jardim sempre fez parte da vida do homem, seja para abrigar plantas utilitárias ou
simplesmente pelo desejo de ornamentação.
Foram os persas que introduziram o jardim ornamental, seguido pelos romanos, que
utilizaram esculturas e a poda decorativa chamada topiaria.
Na Idade Media, os jardins voltaram a função de subsistência, mas ganharam outra utilidade:
florescer flores para a ornamentação de altares, num período em que imperava a
religiosidade. Foi também neste período que houve o desenvolvimento dos estudos botânicos
com ênfase ao cultivo de ervas medicinais e aromáticas.
JARDIM PERSA
UM POUCO DE HISTORIA
GIARDINO GIUSTI
UM LINDÍSSIMO JARDIM RENASCENTISTA PROJETADO EM 1580. CONSIDERADO UM DOS JARDINS
MAIS BONITOS DA ITÁLIA.
UM POUCO DE HISTORIA
PAISAGISMO NO BRASIL
Os jardins que mais influenciaram o Brasil foram os jardins formais, representados por
italianos, franceses e os jardins naturais ingleses.
Do oriente, a concepção japonesa, foi a mais assimilada pelos brasileiros, principalmente aos
paulistas, devido ao grande numero de imigrantes que lá de instalaram. Os jardins japoneses,
assim como os de influencia chinesa, tentam reproduzir não só a natureza, mas todo o seu
universo, proporcionando aos que ali frequentam, um sentimento de paz, meditação e
relaxamento. Expressam acima de tudo a religiosidade e o poder da natureza. Elementos como
pedras, areia e água tem sempre um significado simbólico. Esse modelo de paisagismo,
costuma empregar texturas e dá grande importância à forma dos elementos.
UM POUCO DE HISTORIA
OS JARDINS DE BURLE MARX
JARDINS DO MAM, RIO DE JANEIRO, 1956. Um conjunto de 48 palmeiras cerca esse prédio de
concreto, projetado por Eduardo Reidy. Vistas do topo, elas formam um elegante conjunto com
as plantas rasteiras coloridas, arbustos, bromélias do Nordeste, canteiros de pedras e um
espelho d’água com vegetação lacustre. Em uma das áreas, o contraste entre dois tipos de
grama forma o padrão ondulado do calçadão de Ipanema.
UM POUCO DE HISTORIA
OS JARDINS DE BURLE MARX
ATERRO DO FLAMENGO, RIO DE JANEIRO, 1965. Esse parque de 7 km de extensão ladeia a Baía
de Guanabara. Para criar o paisagismo, Burle teve que contornar os efeitos do vento, maresia,
além de lidar com um solo de alta salinidade. Nessas condições adversas, o paisagista foi capaz
de cultivar 31 espécies trazidas de diferentes regiões do Brasil, mas nunca antes usadas em
paisagismo no país. Os canteiros com formas de ameba recebem plantas que florescem em
diferentes épocas do ano e contrastam com os seixo e pedras portuguesas.
UM POUCO DE HISTORIA
OS JARDINS DE BURLE MARX
SÍTIO BURLE MARX, RIO DE JANEIRO, 1973. Até sua morte, em 1994, Roberto viveu nessa
morada de 34 hectares, com casa, ateliê de pinturas e uma capela do século 17. O paisagista
usou sua vasta coleção de plantas para iniciar o jardim; hoje, a área possui 3500 espécies
trazidas para o local, principalmente palmeiras, aráceas, bromélias e helicônias nativas do
Brasil. Dentro da morada é possível conhecer os objetos do mestre, como as coleções de arte
sacra e pré-colombiana, cerâmicas do Vale do Jequitinhonha, móveis e decoração.
DEFINIÇÃO DE UM JARDIM
O jardim é o local ou ambiente que pode adquirir duas funções:
▪ LAZER ATIVO: quando há áreas de recreações (praças e parques)
▪ LAZER PASSIVO: contemplação
Assim, ele poderá definir-se pela utilização de plantas, caminhos , quadras esportivas, locais
para descanso, piscinas, lagos, espelhos d´água, solários, deck, etc. ou somente pela utilização
de plantas, formando um recanto agradável ou até mesmo um cenário.
TIPOS DE JARDINS
Podemos distinguir os jardins em dois tipos:
JARDIM TRADICIONAL:
Com linhas e divisões mais
rígidas, seu equilibro é
formado pelas plantas e
grama utilizadas, voltadas
para as formas retas. A
decoração fica a critério de
cada um, mas é comum o
uso de esculturas que
lembrem a Renascença
italiana e bancos para
descanso em cores claras.
TIPOS DE JARDINS
JARDIM COLONIAL:
Esse tipo de jardim leva em
consideração a vegetação da região e
recebe esse nome por utilizar objetos
antigos de fazendas coloniais como
decoração. Bancos e fontes também
ajudam a compor este tipo de jardim,
além da adaptação de rodas e
charretes não mais utilizadas como
parte da decoração. Dá um toque
chique ao rústico, e fica muito
charmoso.
TIPOS DE JARDINS
JARDIM TROPICAL
O jardim tropical valoriza plantas e
folhagens, texturas e cores. Usam-se
muitas flores e plantas coloridas, além de
árvores maiores, típicas de florestas
tropicais. O ambiente é ensombrado pelas
árvores e o clima é de descanso sob a
proteção da natureza. É comum que esse
tipo de jardim atraia certas aves, o que
lhe confere também um efeito sonoro
único.
TIPOS DE JARDINS
JARDIM ROCHOSO
Ideal para fazendas e chácaras que
possuem terrenos acidentados com
rochas naturais de diversos tamanhos.
Nesse tipo de jardim, as pedras são as
principais atrações. O ideal é criar o
jardim no entorno das pedras e deixá-las
em sua posição natural, valorizando-as. A
boa notícia é que praticamente todo tipo
de vegetação pode ser utilizada próxima
as rochas e o estilo do jardim fica
mesclado a outros.
TIPOS DE JARDINS
.
TIPOS DE JARDINS
JARDIM ZEN
De origem oriental, o jardim zen é um
espaço para meditação e contemplação
da natureza. A vantagem é que ele pode
ser construído tanto interna quanto
externamente. Alguns elementos fazem
parte desse estilo de jardim: as pedras,
que ajudam a descarregar as energias de
quem caminha pelo local e a fonte com
água, que representa a renovação da vida
são itens indispensáveis, que tornam o
local um verdadeiro reduto de paz e
tranquilidade.
.
JARDINS NATIVOS
A grande maioria dos jardins hoje são compostas por espécies como “Podocarpos”, “Cica”,
“Ligustros”, “Azaléias”, todas elas nativas da África, China e Japão, nossos pássaros e outros
animais não reconhecem essas espécies como forma de alimento e abrigo e em um país
onde existe a maior diversidade de plantas do mundo, é possível falarmos em tragédia
ambiental quando inserimos esses tipos de plantas nos projetos de paisagismo nos centros
urbanos.
Estudos apontam que seria obrigatória uma cota de plantio de espécies brasileiras para que
fosse feita a preservação destas espécies, seja esta preservação tanto da flora quanto fauna.
ESPECIES EXÓTICAS:
JARDINS NATIVOS
ESPECIES NATIVAS:
JARDINS NATIVOS
4. NOS JARDINS DOS CONDOMÍNIOS DEVE SER CONSIDERADO O TAMANHO QUE A ÁRVORE IRÁ
ATINGIR NO FUTURO, TANTO HORIZONTAL QUANTO VERTICALMENTE;
10. A ESCOLHA DAS ESPÉCIES E O LOCAL ONDE SERÃO PLANTADAS DEPENDEM DO GOSTO DE
CADA UM. NO ENTANTO, PARA UM RESULTADO MAIS ASSERTIVO É RECOMENDADO PROCURAR
UM PROFISSIONAL ESPECIALIZADO.
JARDINS NATIVOS
O PROJETO DE JARDIM
A construção de um jardim pode ser divida em três fases:
Não existe uma norma para a REPRESENTAÇÃO GRAFICA para jardins, o projetista escolhe a
que mais lhe convém, porem a nomenclatura das plantas deve ser seguida dando ênfase ao
seu nome científico acrescentado do seu nome popular.
O PROJETO DE JARDIM
Na planta de paisagismo, é fundamental descrever os seguintes fatores:
O trabalho com jardins não pode ser executado de forma aleatória, é importante adquirir tanto
conhecimentos básicos quanto especializados, bem como a orientação de profissionais
capacitados.
1. PLANEJAMENTO
Para o início desse processo, são recomendados os seguintes procedimentos:
▪ Entrevista com o cliente (mesmo que seja ▪ Levantamento físico;
você mesmo o responsável por implantar o ▪ Mapa de sombra;
jardim, é importante fazer as perguntas, ▪ Plano de Massa e Zoneamento;
mesmo que para si mesmo pois ajudam na ▪ Anteprojeto
organização das ideias a respeito do ▪ Orçamento;
projeto, nesta etapa, já é possível traçar ▪ Projeto gráfico.
algumas soluções, que aliem o bom gosto
e a capacidade do paisagista às demandas
do cliente.);
LEVANTAMENTO DE ÁREA
▪ LEVANTAMENTO FÍSICO
JARDIM RESIDENCIAL é um jardim particular, que pode pertencer a uma residência ou serem
localizados em condomínios residenciais. Pode ter caracterizações diferentes:
▪ Urbano: quanto à localização em perímetro urbano;
▪ Sub-urbano: por exemplo as chácaras, dentro dos perímetros urbanos;
▪ Rural: sítios e fazendas.
Ideal é que o projeto de um jardim, comece antes do desenho definitivo do projeto das
construções, visto que os acessos para veículos, os caminhos, os terraços, os níveis e a situação
da residência estão intimamente relacionados com a distribuição do jardim.
Um projeto também pode ser realizado para uma área onde algumas estruturas e ou plantas já
existem ou ainda, pode ser o replanejamento de um jardim.
LEVANTAMENTO DE ÁREA
JARDINS EM ÁREAS COMUNS (PRAÇAS, PARQUES, MONUMENTOS, ETC.) são um dos elementos
principais da configuração urbana, tendo as edificações mais importantes, da cidade,
implantadas ao seu redor. A praça é um local de encontro, onde possam ser realizadas atividades
comunitárias e de lazer, e, portanto, se um espaço, seja qual for seu tamanho, atraia usuários
para realizar tais atividades, pode ser considerado como tal.
São funções urbanísticas das praças:
▪ Ecológica: espaços onde, graças à presença da vegetação, do solo não impermeabilizado e de
uma fauna mais diversificada, promovem melhorias no clima da cidade e na qualidade do ar,
da água e do solo;
▪ Estética: são espaços que, graças à qualidade estética do projeto, permitem a diversidade da
paisagem construída e o embelezamento da cidade;
Vários aspectos do ambiente onde será desenvolvido o projeto precisam ser conhecidos. Desse
modo, podemos dividir o estudo em duas partes: - o da área propriamente dita do projeto; - e o
entorno do projeto (ou seja, o local onde ele está inserido).
Se o projeto as ser realizado for de um jardim residencial é necessário que o jardineiro possua
um bom conhecimento sobre as características dos estilos das residências para poder projetar
um jardim que valorize as linhas projetuais da edificação. Entre os estilos podemos citar: tropical,
clássico, moderno, alpino, contemporâneo, colonial, etc.
Para uma integração entre casa-jardim, todos os elementos que comporão o jardim, vegetais e
arquitetônicos, deverão ser típicos deste mesmo estilo
LEVANTAMENTO DE ÁREA
LEVANTAMENTO DE ÁREA
LEVANTAMENTO DE ÁREA
LEVANTAMENTO DE ÁREA
▪ ENTREVISTA COM O CLIENTE
A partir da leitura destes elementos se poderá́ ter uma ideia geral da qualidade do espaço, e das
suas necessidades, e também será́ possível a identificação dos pontos de interesse e o
levantamento de problemas e potencialidades.
LEVANTAMENTO
▪ MAPA DE SOMBRA
▪ MAPA DE SOMBRA
LEVANTAMENTO
▪ MAPA DE SOMBRA
LEVANTAMENTO
▪ MAPA DE SOMBRA
LEVANTAMENTO
▪ PLANO DE MASSA
Proposta de ocupação da área com a localização e dimensão estimada para os diferentes usos, as
interligações necessárias e a volumetria da vegetação em sua fase adulta.
▪ PLANO DE MASSA
LEVANTAMENTO
▪ ANTEPROJETO
O anteprojeto consiste na apresentação da solução conceitual e física do problema, com as
definições da distribuição das funções e das áreas de intervenção com seus elementos principais,
naturais e/ou edificáveis.
LEVANTAMENTO
▪ ANTEPROJETO
LEVANTAMENTO
▪ ORÇAMENTO
LEVANTAMENTO
▪ PROJETO GRÁFICO
LEVANTAMENTO
2. IMPLANTAÇÃO
A implantação começa com a aquisição das mudas junto a um viveirista, ou que podem também
ser fornecidas pelo próprio paisagista.
A participação do jardineiro é muito importante também nessa fase, ele auxiliará na marcação
das covas no terreno, delimitando os espaços destinados para situar cada conjunto de plantas.
3. MANUTENÇÃO
Quanto à manutenção, ela diz respeito às condições básicas que favorecem a vitalidade do
jardim, ou seja, trata-se da provisão das circunstâncias essenciais à sobrevivência das espécies de
plantas que habitarão esse espaço. Portanto, o responsável pela manutenção deve estar a par da
classificação dos nutrientes, da importância da água para o desenvolvimento da planta, da
exterminação de pragas e doenças e dos tipos de podas.
O PROJETO DE JARDIM
10. Jardim Botânico, Rio de Janeiro 11. Jardim do Instituto Inhotim, em Brumadinho,
Minas Gerais
O PROJETO DE JARDIM