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INTRODUÇÃO AO PAISAGISMO

JARDINAGEM E PAISAGISMO

2023
APRESENTAÇÃO
APRESENTAÇÃO
O intenso crescimento urbano observado nas últimas décadas gerou a verticalização das
moradias e a impermeabilização do solo e da paisagem, onde o predomínio da tecnologia alterou
de tal forma o meio que o tornou praticamente artificial. Esse contexto gerou uma necessidade
social de construção e manutenção de áreas verdes, a fim de garantir uma mínima qualidade de
vida para a população.

A necessidade de garantir a existência de praças, parques, áreas ajardinadas de empresas


públicas e privadas, de clubes, residências e condomínios nesses centros urbanos fez surgir, no
mercado, a demanda por profissionais cada vez mais qualificados para atuar na implantação e
manutenção
de jardins.

A variação dos portes das empresas e residências contratantes pode gerar para o profissional de
jardinagem demandas de trabalho que vão desde dias até anos de prestação de serviços no
mesmo local. Em razão disso, as possibilidades de contratação também podem variar muito,
podendo o jardineiro prestar serviços como autônomo ou então como empregado contratado
pela CLT.
APRESENTAÇÃO
A prestação de serviços em jardinagem apresenta uma característica singular que combina
técnica com um apurado senso de estética para harmonizar as plantas que irão compor um
jardim. Sendo assim, não basta ao jardineiro saber mexer com a terra, ele precisa conhecer as
várias espécies que poderão combinar entre si e com o ambiente. Adiciona-se a isso, o
compromisso com a satisfação do cliente ao ver um jardim belíssimo concluído conforme o
cronograma e os custos apresentados.

Para compor ou reformar o jardim, o jardineiro precisará planejar todas as etapas que vão desde
a escolha de espécies e mudas, a logística para o transporte, a preparação da terra até o plantio
propriamente dito. Essa complexidade de atribuições exige que o profissional seja capacitado e
demonstre curiosidade para se colocar sempre em busca de novos aprendizados.

A capacitação profissional deste público possibilitará que os trabalhadores sejam inseridos no


mercado de trabalho ou passem a exercer atividades de jardineiro de forma autônoma, criando
fonte de renda própria. Como profissionais autônomos precisarão estar preparados para criar
sua própria carteira de clientes, o que naturalmente, só ocorrerá se eles demonstrarem
qualidade e comprometimento nos serviços prestados em cada contrato de trabalho. As
possibilidades de empregabilidade e geração de renda podem aumentar na medida em que ele
investe no seu aprimoramento profissional, por meio da composição de um itinerário formativo
que componha um diferencial em sua carreira.
O HOMEM E O MEIO AMBIENTE
A prestação de serviços em jardinagem apresenta uma característica singular que combina
técnica com um apurado senso de estética para harmonizar as plantas que irão compor um
jardim. Sendo assim, não basta ao jardineiro saber mexer com a terra, ele precisa conhecer as
várias espécies que poderão combinar entre si e com o ambiente. Adiciona-se a isso, o
compromisso com a satisfação do cliente ao ver um jardim belíssimo concluído conforme o
cronograma e os custos apresentados.

Para compor ou reformar o jardim, o jardineiro precisará planejar todas as etapas que vão desde
a escolha de espécies e mudas, a logística para o transporte, a preparação da terra até o plantio
propriamente dito. Essa complexidade de atribuições exige que o profissional seja capacitado e
demonstre curiosidade para se colocar sempre em busca de novos aprendizados.

A capacitação profissional deste público possibilitará que os trabalhadores sejam inseridos no


mercado de trabalho ou passem a exercer atividades de jardineiro de forma autônoma, criando
fonte de renda própria. Como profissionais autônomos precisarão estar preparados para criar
sua própria carteira de clientes, o que naturalmente, só ocorrerá se eles demonstrarem
qualidade e comprometimento nos serviços prestados em cada contrato de trabalho. As
possibilidades de empregabilidade e geração de renda podem aumentar na medida em que ele
investe no seu aprimoramento profissional, por meio da composição de um itinerário formativo
que componha um diferencial em sua carreira.
SE EU FOSSE UMA PLANTA,
EU SERIA...
JARDINAGEM X PAISAGISMO

Definição (através de projetos ou não) dos Criação de projetos de áreas verdes,


volumes, espécies vegetais, objetos englobando tudo que interfere na
decorativos e tudo mais que engloba um paisagem externa às edificações, tais quais
jardim, com espaços e funções pré-definidas. como: espaços abertos não construídos e
áreas livres de circulação, lazer, recreação,
preservação ambiental, entre outros. O
paisagista pode utilizar inúmeros
elementos construtivos: piscinas, quadras
esportivas, pérgolas, quiosques,
churrasqueiras, acessos e escadas, pisos,
muros e iluminação, além da escolha da
vegetação que melhor se adapte à
iluminação e solo do local.
JARDINAGEM
O QUE É UMA PLANTA?
A PLANTA COMO SER VIVO.

SEMELHANÇAS ANIMAIS X PLANTAS (VEGETAIS)


RESPIRAÇÃO CELULAR (GLICOSE + OXIGENIO) =GÁS CARBÔNICO + ÁGUA +
ENERGIA

DIFERENÇAS ANIMAIS X PLANTAS (VEGETAIS)


FOTOSSINTESE= LUZ + GÁS CARBÔNICO = GLICOSE + OXIGÊNIO

Para obter a glicose, os animais precisam estar sempre ingerido alimentos, as plantas não. Elas
são capazes de sintetizar a glicose a partir da combinação do gás carbônico e da luz do sol, isso é
possível devido uma célula chamada cloroplasto, nela encontra-se um pigmento chamado
clorofila que transforma a energia luminosa em glicose, processo o qual chamamos fotossíntese.
PARTES DAS PLANTAS E SUAS FUNÇÕES

As plantas são compostas pela raiz, caule, folhas, flores, frutos e sementes. Cada uma dessas
partes tem uma função específica.
PARTES DAS PLANTAS E SUAS FUNÇÕES
▪ RAIZ: fixar a planta no solo e captar a água e sais minerais para as folhas.
▪ SUBTERRÂNEAS (TERRESTRES):
▪ PIVOTANTES: descem perpendicularmente ao solo (típica de plantas
dicotiledôneas e coníferas).
▪ FASCICULADAS: dispõem-se em feixes paralelos ao solo, exemplos: palmeiras,
gramíneas e outras monocotiledôneas. Esse tipo de raiz é muito indicado para
“segurar” terrenos inclinados.
PARTES DAS PLANTAS E SUAS FUNÇÕES
▪ RAÍZES TABULARES: são raízes achatadas que
lembram uma tábua, encontradas em
árvores de grande porte para ajudar na
sustentação. Possuem poros que permitem a
entrada do oxigênio. A figueira é um exemplo
de planta com esse tipo de raiz.

▪ RAÍZES ESCORAS OU SUPORTE: essas raízes


partem do caule e se fixam no solo,
aumentando a capacidade de sustentação da
planta, como o milho, por exemplo. No
mangue também é muito comum as plantas
apresentarem esse tipo de raiz crescendo
acima do nível da água.
PARTES DAS PLANTAS E SUAS FUNÇÕES
▪ RAÍZES RESPIRATÓRIAS: também conhecidas
como pneumatóforos, são raízes adaptadas a
viver em regiões alagadiças como, por exemplo,
os mangues, que possuem um solo lamacento,
rico em detritos, porém pobre em oxigênio. A
vegetação que vive nesse ambiente desenvolve
raízes que crescem verticalmente para fora do
nível da água. Elas possuem pequenos furos
que permitem a entrada do oxigênio do ar. As
raízes dessas plantas realizam a fixação e a
absorção de oxigênio.

▪ RAÍZES TUBEROSAS: armazenam grande


quantidade de substâncias nutritivas, sendo por
isso muito utilizadas em nossa alimentação. São
elas: cenoura, beterraba, mandioca, batata-
doce, nabo e outras.
PARTES DAS PLANTAS E SUAS FUNÇÕES
▪ RAÍZES SUGADORAS: esse tipo de raiz é
encontrado em plantas parasitas, como a erva-
de-passarinho e o cipó-chumbo. Elas penetram
no caule das plantas hospedeiras, sugando-lhes
a seiva.
No caso do cipó-chumbo, que não possui
folhas nem clorofila, ele depende,
exclusivamente, da planta hospedeira,
sugando-lhe a seiva rica em substâncias
nutritivas, chegando, inclusive, a matá-la.

▪ RAÍZES AQUÁTICAS – que se desenvolvem dentro da água, como as da planta aguapé, e há


aquelas que são aéreas, como é o caso das orquídeas, que vivem apoiadas em outras plantas,
absorvendo a umidade do ar.
PARTES DAS PLANTAS E SUAS FUNÇÕES
▪ CAULE: da sustentação e a disposição necessária para que as folhas captem a luz (coletores
solares). Além disso, faz o transporte de nutrientes entre as folhas e a raiz, nos dois sentidos.
Da raiz em direção a folha, sobe a seiva bruta (água, nutrientes e sais minerais), a circulação é
feita através dos vasos lenhosos. No sentido contrario, das folhas para raiz, desce a seiva
elaborada (glicose, produzida na fotossíntese e água), o transporte neste caso é feito pelos
vasos liberianos.
Vasos lenhosos e liberianos, constituem a
parte viva do caule e ambos se renovam a
cada ano, formando anéis concêntricos.

É possível se estimar a idade de


uma planta pela análise do caule.
Se a região onde a planta vive se
caracteriza por verões e invernos
bem definidos, basta contar o
numero de anéis do caule.

A cada renovação dos vasos, a planta


desativa os antigos que deixam de ter a
função de transportar seivas, bloqueados
os vasos endurecem, aumentando a
resistência do caule.
PARTES DAS PLANTAS E SUAS FUNÇÕES
▪ FOLHAS: principais estruturas de manutenção da planta, apresentam o maior numero de
cloroplastos (responsáveis pela fotossíntese), que produz a glicose – alimento para as
plantas.

▪ FLORES: é o órgão de reprodução das plantas, é a parte de onde sairá a semente ou o


fruto.
Com o passar dos anos, as plantas foram se transformando para se adaptarem aos
diferentes tipos de clima e solo até sobreviver. Muitas delas assumiram aspectos
completamente diversos, mas em todo esse processo, as flores modificaram-se muito
pouco, suas transformações foram mais lentas. Tal descoberta gerou um ramo da
ciência chamado botânica sistemática, que faz o reconhecimento, classificação e
identificação das plantas baseando-se pelas características morfológica das flores.
Assim, cada espécie classificada ganha um nome cientifico oficial, em latim, que vale
para todo o mundo. Isso permite a execução de um projeto em qualquer região do
planeta, independente dos nomes populares das plantas, que mudam conforme o local.

Exemplo: nome cientifico: Argyranthemum frutescens nome cientifico: Allium schoenoprasum


nome popular: Margarida nome popular: Cebolinha
PARTES DAS PLANTAS E SUAS FUNÇÕES
PARTES DAS PLANTAS E SUAS FUNÇÕES
▪ FRUTOS E SEMENTES: são o meio de propagação das espécies vegetais. A disseminação é
feita de várias formas:
▪ Através do vento - Sementes aladas;
▪ Através dos animais – que ao alimentar-se dos frutos, transportam
involuntariamente as sementes;
▪ Por aderência – quando são levadas de um lugar ao outro por estarem fixadas em
qualquer superfície, como acontece com o picão.
GRUPOS DE PLANTAS

Podemos dividir as plantas quanto ao manejo em: árvores, palmeiras, arbustos, herbáceas,
epífitas, aquáticas, filícias e cactáceas.

▪ ARVORES: caracterizam-se por possuírem caule e adensamento de folhas na copa.


Ao plantarmos uma árvore, devemos sempre nos preocupar com o seu futuro: quando ela
crescer, criará algum problema na rede elétrica? Irá sombrear alguma área que não deseja?
Suas raízes danificarão pisos e calçadas? Prejudicará redes de água ou esgoto?
O grupo das árvores pode ser dividido em árvores de pequeno, médio e grande porte,
variando de 3m a mais de 100m de altura.

▪ PALMEIRAS: também divididas em pequeno, médio e grande porte, variam de 0,5m a


50m de altura. Diferem-se das árvores por não possuírem brotação lateral (raras
exceções), e pela disposição dos vasos que se espalham por todo o tronco (nas árvores,
formam anéis periféricos). As palmeiras podem ser subdivididas em mais dois grupos:
GRUPOS DE PLANTAS
▪ MONOCAULES: imperial, palmitos, ▪ MULTICAULES: areca-bambu, açaí, etc.
coqueiros, etc.
GRUPOS DE PLANTAS
GRUPOS DE PLANTAS
▪ ARBUSTOS: são plantas que não atingem grande porte. Sua formação é densa, junto ao
chão. São exemplos: algumas trepadeiras, folhagens (pingo de ouro, buxinho, primaveras,
etc.)
▪ HERBACEAS: não possuem caule desenvolvido, portanto tem hábito rasteiro. Neste grupo
incluem-se as forrações (clorofito, amendoim, etc.), folhagens (bela-emília, hortaliças,
etc.), gramíneas (grama-preta, grama-são-carlos, etc.).
GRUPOS DE PLANTAS
▪ AQUATICAS: pouco usuais em nossos jardins por dificuldades em controlar o
desenvolvimento de algas verdes e cuidado e monitoramento de larvas do mosquito
transmissor da dengue. As plantas aquáticas subdividem-se em dois grupos: as que ficam
submersas e as que vivem em terras charqueadas. Ambas podem ser cultivadas em
vasos. Entre as mais comuns, estão: lótus, taboas e papiros.

▪ FILICIAS: caracterizam-se por terem duas fases de vida: sexuada (na qual precisam de
muita umidade para se reproduzir) e assexuada. São elas: samambaias, avenças, chifres-
de-veado, entre outras.

▪ CACTACEAS: características de locais com deficiência hídrica (normalmente suas folhas e


caule, conseguem armazenar e estocar uma grande quantidade de água, o que as fazem
resistir dias sem regas, o processo de fotossíntese também é feito através dos caules)
também subdividem-se em dois grupos: as de áreas desérticas, que se desenvolvem em
pleno sol (mandacaru, cravo-da-índia, etc.) e as que, na mata vivem à sombra das árvores
(flor de maio, dama da noite, suculentas, babosa, etc.). Observando a estrutura das
plantas é possível entender suas mais diversas características. Nada em sua forma é por
acaso. Já chegaram bem perto de algumas suculentas a ponto de reparar que a superfície
delas é coberta por pelos? O orvalho é de extrema importância para todas as plantas que
vivem em ambientes áridos e esses pelos estão ali justamente para ajudar a maximizar a
quantidade de orvalho retido.
GRUPOS DE PLANTAS
Observando a estrutura das plantas é
possível entender suas mais diversas
características. Nada em sua forma é
por acaso. Já chegaram bem perto de
algumas suculentas a ponto de reparar
que a superfície delas é coberta por
pelos? O orvalho é de extrema
importância para todas as plantas que
vivem em ambientes áridos e esses
pelos estão ali justamente para ajudar a
maximizar a quantidade de orvalho
retido.
E o cacto que nem folhas possui?
Diferentemente de todas as outras
plantas suculentas, acredita-se que suas
folhas se transformaram em espinhos.
A função deles é dupla: defesa própria e retenção de água. De forma parecida com os pelos, os
espinhos também captam as gotículas do orvalho. E tem mais: os espinhos têm o poder de
quebrar as rajadas de vento, diminuindo assim a evaporação e ainda protegendo do sol.
O QUE SÃO PLANTAS BIANUAIS, ANUAIS E PERENES?
Toda planta atravessa ciclos compostos por quatro estágios: repouso ou dormência,
brotamento, florescimento e frutificação.
A dormência é o período de menor atividade metabólica das plantas, coincidindo sempre
com a estação de seca (inverno). Algumas árvores, típicas de climas temperados, chegam a
perder todas as folhas (árvores caducas). Nas árvores de clima tropical, esse período mão é
tão notável. O período de dormência é o mais indicado para realizar transplantes.

O aumento das temperaturas e o inicio das chuvas, dois fatores que surgem na primavera,
dão novo estimula a planta, que passa da dormência ao brotamento e florescimento.

O florescimento é curto, não exige muito da planta. Já o amadurecimento das sementes


consome bastante energia, não sendo recomendado nenhum tipo de transplante nesse
período.
Conforme o numero de ciclos que atravessam, as plantas são agrupadas em duas categorias:
perenes e anuais.
O QUE SÃO PLANTAS BIANUAIS, ANUAIS E PERENES?
▪ BIANUAIS: é aquela que demora 2 anos (24 meses ou 8 estações) para completar o seu
ciclo biológico. Estas plantas crescem no primeiro ano enquanto que no segundo
florescem e dão frutos. Normalmente no primeiro ano a planta emite galhos muito
curtos, adquirindo a forma radial de roseta. Deste modo alcança a máxima ramagem
antes de começar a etapa reprodutiva. Habitualmente, as plantas bienais necessitam do
estímulo do frio para poderem florescer, processo que se denomina vernalização e no
segundo ano, na primavera, cresce o galho que porta as flores. São exemplo
de plantas bienais a cenoura, a beterraba, a cebola, etc.

▪ ANUAIS: plantas anuais são tipos de plantas que normalmente germina, floresce e morre
completando o seu ciclo de vida num ano ou menos. Morrem quando atingem o auge do
seu estádio reprodutivo, mas ficam as suas sementes, que darão origem a novas plantas.
As plantas anuais têm geralmente sementes muito pequenas, mas que estão adaptadas a
germinar e crescer mesmo em maus solos. São alguns exemplos: dente de leão,
crisântemos, perpetua, camomila, onze-horas, alho-poró, alho-social, etc.)

▪ PERENES: as plantas perenes são as ideais para serem cultivadas num jardim e isso deve-
se à longevidade e à beleza das suas folhas e flores principais. As plantas e flores perenes
podem viver mais de dois anos, isto é, mais de dois ciclos sazonais sem que as suas folhas
caiam. São alguns exemplos: lavandas, margaridas, ixorias, violetas, moreia, azaleia,
cambará, heliconia, calanchoe, orquídea bambu, etc.)
A FORMAÇÃO DO SOLO
Há milhões de anos, a superfície da terra
era composta por rochas. Não havia
condições para o desenvolvimento das
plantas. Aos poucos, a ação dos agentes
atmosféricos e biológicos (intempéries),
esse solo foi se decompondo,
transformando-se em terra. Os seres
decompositores (bactérias, fungos,
insetos, vermes, etc.) trataram de
incorporar material orgânico ao solo,
gerando condições necessárias a fixação
das plantas, essa camada superior de
terra, a qual chamamos “solo fértil”.
Abaixo dele, em estado intermediário
encontra-se o subsolo, mais abaixo ainda,
temos a “rocha mãe”, à essas três
camadas damos o nome de “perfil do
terreno”.
A FORMAÇÃO DO SOLO
CARACTERIZAÇÃO DO SOLO
O solo fértil caracteriza-se pela cor escura e sua porosidade, a cor deve-se a presença de
matéria organiza, gerada pela decomposição de restos vegetais e animais (húmus). A
porosidade é essencial, sem ela não há trocas gasosas, e as raízes não sobreviveriam.
Conforme a capacidade de se permitir a passagem de ar, aeração e captação de água, o solo
é classificado em dois grupos:

▪ ARGILOSOS: encontrado principalmente nos banhados, retém grandes quantidades de


água e não deixa muito espaço para o oxigênio. São chamados “solos pesados” e as
plantas que aqui se desenvolvem são do tipo de raiz superficial, que captam o oxigênio
da superfície.

▪ ARENOSOS: camadas aeradas, e a extrema porosidade não consegue reter a água, nem
sais minerais . A esses solos pobres em nutrientes, chamamos “solos leves”. As plantas
que nele se adaptam tem raízes profundas para buscar água e sais minerais nas camadas
inferiores.

Entre esses dois extremos, existem inúmeras variações na composição do solo. Para
melhorar a fertilidade do solo, muitas vezes é necessário compensar as deficiências
do mesmo. Drenar solos argilosos e acrescentar argila aos solos arenosos.
PH E ACIDEZ DO SOLO
O pH (potencial de Hidrogênio), é o índice que mede a acidez do solo. Varia de 1 a 14.

pH (potencial de Hidrogênio) = 7 = pH Neutro

pH mais ácido < 7 < pH mais alcalino


Quase não existem solos alcalinos (pH maior que 7). Solos brasileiros, são em geral mais
ácidos, devido à grande quantidade de alumínio e os baixos teores de cálcio e magnésio.

Quanto mais ácido o solo, mais difícil a assimilação de nutrientes pelas raízes, elas não
conseguem absorver o fósforo, boro e o zinco, deixando o alumínio, já presente no solo.
tóxico.
Para de corrigir a acidez do solo, deve se acrescentar: calcário dolo mítico
(cálcio + magnésio)
ADUBAÇÃO
A adubação é a forma de corrigir as deficiências de sais minerais do solo. Ela pode ser:
química, orgânica ou uma combinação das duas.
▪ ADUBAÇÃO QUIMICA: fornecimento dos nutrientes necessários à planta na forma de
sais: NPK, famosa formulação química que contém nitrogênio (N) + fósforo (P) + potássio
(K).

ABUBAÇÃO QUIMICA EQUILIBRADA = NPK (10 + 10+ 10)

Na agricultura, por questões de economia, é mais comum o uso desta fórmula com
porcentagens diferentes. Antes de qualquer aplicação, é necessária uma analise rigorosa de
solo identificando quais as deficiências de cada nutriente. Quanto maior a porcentagem de
fósforo na fórmula, melhor o enraizamento e florescimento da planta, quanto maior a
quantidade de nitrogênio, maior o estímulo de crescimento para a planta.
SINTOMA ELEMENTO QUIMICO EM FALTA
FOLHAS DESBOTADAS NITROGENIO OU MAGNESIO

NÃO FLORESCE, NÃO FRUTIFICA E NÃO FÓSFORO


ENRAIZA
SECA FACILMENTE POTÁSSIO

DEIXA DE FILTRAR NUTRIENTES E PARA CÁLCIO


DE CRESCER
ADUBAÇÃO
▪ ADUBAÇÃO ORGÂNICA: aplicação de restos vegetais que, decompostos por
microorganismos, formam o húmus, responsável pela fertilidade do solo. É na presença
do humos que se formam esponjas ou grumos, que fazem o solo reter água e nutrientes
solúveis.
Nos jardins e vasos, usa-se o composto orgânico previamente preparado na composteira ou
o húmus de minhoca, ambos oferecem um material homogêneo e livre de odores. Também é
recomendado deixar que uma pequena camada de matéria orgânica se decomponha no
local, para um melhor aproveitamento dos ácidos produzidos durante o processo.
ÁGUA
90% do peso dos tecidos vegetais = ÁGUA
De toda água absorvida, 20% fica na planta, favorecendo seu crescimento, o restante, depois
de cumprir o seu papel de transportar nutrientes do solo as folhas (seiva bruta) é eliminado
por evaporação.
Água é fundamental, mas nunca em excesso, senão a terra fica encharcada, a raiz deixa de
receber oxigênio e a planta morre afogada.
Somente as plantas de mangue ou aquáticas, como já vimos, conseguem sobreviver com o
excesso de água. O oxigênio, nestes casos, é captado pelas folhas e levado até as raízes.
CLIMA
Além do solo, o clima também determina as diferenças, a adaptação das plantas ao
ambiente. Os fatores climáticos mais importantes são as temperaturas médias entre verão e
inverno e a quantidade de chuvas.

No Brasil, os tipos de clima caracterizam basicamente dois grupos de plantas:7


▪ AS DE CLIMA TEMPERADO: suportam períodos de frio com temperaturas próximas de
zero e geadas
▪ AS DE CLIMA TROPICAL: não sobrevivem as geadas, mas em compensação, suportam
mais umidade e são mais resistentes aos fungos que se desenvolvem melhor em meio
úmido.

Outro fato climático relevante são os ventos. Eles alteram o clima de pequenas áreas, ou
seja, formam microclimas mais secos, dificultando a proliferação de fungos e por outro lado
limitando o crescimento de uma serie de plantas.
PRAGAS E DOENÇAS
Um conceito equivocado, é considerar praga todos os insetos e organismos que causam
estragos às plantas ou que crescem em lugares impróprios. O termo praga deve só deve ser
usado quando há um desequilíbrio no meio: quando a espécie intrusa, seja ela animal ou um
outro vegetal, multiplica-se, provocando danos visíveis ou crescendo mais que as plantas que
se quer preservar.
Se o jardim está em equilíbrio, não há razões para expulsar gafanhotos, formigas, lagartas,
etc. combater tais insetos, pode ser mais prejudicial do que mantê-los, devido ao risco da
seleção genética dos mais resistentes. Quando se aplica um inseticida no jardim, os efeitos
tóxicos do produto matam a grande maioria dos insetos, mas não todos, os mais resistentes
sobrevivem, se reproduzem e transmitem essa característica (de ser mais resistentes) aos
descendentes.
Além dos insetos, os inseticidas também matam toda a comunidade de organismos que
mantem em equilíbrio a saúde do sistema, como minhocas, algumas bactérias, louva-a-deus,
joaninhas, vespas que controlam as lagartas, formigas uteis, etc.
A alternativa então é optar por mecanismo mecânicos como a catação ou os antigos e
esquecidos remédios caseiros à base de toxinas naturais: nicotina, piretrina e retenona.
PRAGAS E DOENÇAS
PRINCIPAIS PRAGAS E DOENÇAS
PRAGA O QUE ONDE SE COMO
PROVOCAM MANIFESTAM COMBATER
FUNGOS PINTAS OU TRONCO CALDA
MANCHAS (EM FORMA DE BORDALESA
MORTAS ORELHAS DE PAU (SULFATO DE
E COGUMELOS) COBRE + CAL)
VIRUS DESTROEM AS FOLHAS PODAR PARTES
CELULAS APRESENTAM DAS PLANTAS
MANCHAS E OS INFECTADAS
BROTOS
MURCHAM
AFÍDEOS OU AGEM COMO NAS CATAÇÃO
PULGÕES “VAMPIROS” ESTREMIDADES MANUAL COM
SORVENDO A DA PLANTA ESPONJA, ÁGUA E
CALDA DOCE DA SABÃO
SEIVA ELBORADA EM CASOS DE
PLANTAS MAIOR
AMARELADAS INCIDENCIA,
PODAR PARTES
INFECTADAS
JOANINHA
PREDADOR
NATURAL
PRAGAS E DOENÇAS
PRAGA O QUE ONDE SE COMO
PROVOCAM MANIFESTAM COMBATER
ÁCAROS SUGAM A SEIVA FOLHAS ENXOFRE EM PÓ
(PEQUENAS ATÉ A QUEDA DAS DILUIDO COM
ARANHAS) FOLHAS ÁGUA
TRIPES (INSETOS SUA PICADA FOLHAS PARA SUA
SUGADORES COM INJETA UMA ERRADICAÇÃO,
POUCO MAIS DE TOXINA QUE APLICAR
1MM) RECURVA A EXTRADO DE
FOLHA FUMO COM
SABÃO NEUTRO
COCHONILHAS SUGAM A SEIVA FOLHAS E GALHOS COMBATE
(ESCAMAS, DA PLANTA E ATRAVES DE
PIOLHO BRANCO EXPELEM UM AGUA COM
OU FARINHA) SUBSTANCIA SABÃO E ÁGUA DE
AÇUCARADA FUMO EM CASOS
FAVORECENDO A MAIS
PROLIFERAÇÃO RESISTENTES,
DA FUMAGINA, APLICAR OLEO
FUNDO QUE MINERAL NAS
RECOBRE FOLHAS CARAPAÇAS
E GALHOS
PRAGAS E DOENÇAS
PRAGA O QUE ONDE SE COMO
PROVOCAM MANIFESTAM COMBATER
FORMIGAS SE ALMIMENTAM FOLHAS ISCAS
(SOMENTE AS DAS FOLHAS, FORMICIDAS
CORTADEIRAS: FAZENDO O
SAÚVA, CORTE DAS
QUENQUÉM E MESMAS,
MINEIRA) DEIXANDO-AS
SUCETIVEIS A
OUTRAS PRAGAS
CARACÓIS COMEM FOLHAS FOLHAS CATAÇÃO EM
EM ARMADILHAS:
QUANTIDADES SCAO DE ESTOPAS
MODERADAS EMBEBIDO COM
CERVEJA
LESMAS ALIMENTAM-SE PLANTAS NOVAS E CATAÇÃO EM
DE PLANTAS BROTOS ARMADILHAS:
NOVAS OU SCAO DE ESTOPAS
BROTOS EMBEBIDO COM
CERVEJA
PRAGAS E DOENÇAS
PRAGA O QUE ONDE SE COMO
PROVOCAM MANIFESTAM COMBATER
LARGARTAS COMEM FOLHAS FOLHAS CATAÇÃO
EM GRANDE VESPAS SÃO
QUANTIDADE PREDADORES
NATURAIS
TATUZINHOS ATACAM PLANTAS PLANTAS NOVAS E CONTROLE POR
NOVAS BROTOS CATAÇÃO (FICAM
ESCONDIDOS
DURANTE O DIA
EM LOCAIS
ABRIGADOS E
ÚMIDOS, COMO
EMBAIXO DAS
PEDRAS)
NEMATÓIDES IMPENDEM AS RAÍZES CONTROLE DE
(MINUSCULOS FOLHAS DE MATERIA
VERMES QUE SE RECEBER A SEIVA ORGANICA
ALOJAM NAS BRUTA
RAÍZES)
PRAGAS E DOENÇAS
PRAGA O QUE ONDE SE COMO
PROVOCAM MANIFESTAM COMBATER
PERCEVEJOS SUGAM A SEIVA PLANTA TOTAL CALDA DE FUMO
DAS PLANTAS
BESOUROS SÃO MAIS GALHOS CAULE APLICAR EXTRATO
PREJUDICIAIS AS FRUTOSA DE FUMO NO
ESPECIES QUE ORIFICIO E TAPA-
PENETRAM NOS LO COM SABÃO
GALHOS, CAULE E
FRUTOS
PRAGAS E DOENÇAS

FUNGOS VIRUS

PULGÕES ÁCAROS
PRAGAS E DOENÇAS

TRIPES COCHONILHAS

FORMIGAS CARACÓIS
PRAGAS E DOENÇAS

LESMAS LAGARTAS

BESOUROS NEMATÓIDES
PRAGAS E DOENÇAS

PERCEVEJOS BESOUROS
A FOLHA FALA
PRAGAS E DOENÇAS
PREPARAÇÕES QUE PODEM AJUDAR NO CONTROLE DE PRAGAS

PREPARAÇÃO RECEITA USO COMBATE


CALDA DE 200 GRAMAS DE FUMO DE CORDA PICADOS + 1 LT DE PULVERIZAÇÃO PULGÕES
FUMO ÁGUA PERCEVEJOS
DEIXAR EM INFUSÃO POR 24 HORAS TRIPES E
LAGARTAS
EXTRATO DE 100 GRAMAS DE FUMO DE CORDA FERVIDOS POR 20 APLICAÇÃO E BESOUROS
FUMO MIN + 2 LITROS DE ÁGUA OBSTRUÇÃO
DOS FUROS
COM SABÃO
ÁGUA DE 2 COPOS DE EXTRATO DE FUMO + 200 GRAMAS DE APLICAÇÃO COCHONILAS
SABÃO SABÃO NEUTRO + 10 LITROS DE ÁGUA (EXCETO
CARAPAÇAS)
REMEDIO ÁGUA + ÁLCOOL + ÓLEO PULVERIZAÇÃO COCHONILHAS
COHONILHAS E (PROPORÇÃO 1:1:0,1)
CARAPAÇAS
ARMADILHAS SACOS DE ANIAGEM OU ESTOPAS MOLHADAS COM ESPALHAR E LESMAS E
ÁGUA + LEITE (OU CERVEJA) FAZER A CARACÓIS
CATAÇÃO APÓS
2 DIAS
TECNICAS DE MULPLICAÇÃO E PLANTIO

▪ ALPORQUE: método usado quando não há resultados com outras técnicas, porém
mais demorada. Consiste em promover a formação de raízes em um ramo da
planta. A primeira etapa pode ser feira de duas maneiras: no ramo escolhido,
retire um anel de 1.50 cm da casca ou faça apenas um corte lateral, de baixo para
cima, e levante a “tampinha” mantendo-a separada do ramo com um palito. Em
seguida, em ambos os casos, envolva a região com substrato previamente
molhado, que deve ser amarrado com um plástico nas duas extremidades. O
galho poderá ser destacado da planta assim que surgirem raízes dentro do
plastico
TECNICAS DE MULPLICAÇÃO E PLANTIO

▪ MERGULHIA: semelhante ao
alporque, neste caso é que prende-se
a parte descascada do ramo ao solo.

▪ DIVISÃO DE TOUCEIRA: utilizada


para bulbos e tubérculos, técnica
bastante simples. Basta separar as
mudas que se formam juntas
TECNICAS DE MULPLICAÇÃO E PLANTIO

▪ ENXERTIA : consiste em implantar um vegetal, sobre o outro, denominado


enxerto cavalo ou porta-enxerto. O enxerto e o cavalo devem pertencer à mesma
família botânica. As principais vantagens deste método são:
▪ Cultivo de variedades frágeis (roseiras);
▪ Encurtar o tempo para o florescimento de algumas plantas de ciclo mais
longo.
TECNICAS DE MULPLICAÇÃO E PLANTIO
CONDIÇÕES IDEAIS PARA
PRODUZIR MUDAS

A produção de novas mudas


dá melhores resultados
quando feita em estufas,
onde é possível controlar a
umidade e a insolação.
O ripado (pergolado)
propicia um bom
crescimento para as plantas
de mata e epífitas em geral,
ao dosar o sol e a sombra
que elas receberão.

As pérgolas devem ficar dispostas paralelamente, na direção norte-sul, pois assim o


deslocamento solar intercala períodos de sol com períodos de sombra (para obter a mesma
quantidade de sol e sombra, a largura das pérgolas deve ser igual aos seus intervalos.
Outro fator é o custo. Construir um pergolado exige mais mão de obra do que qualquer
outra alternativa de sombreamento: a tela de sombrite com bambu. O gasto da mão de
obra é compensado pela economia de material. A tela de sombrite pode sem encontrada
em 3 opções de sombreamento: 30%, 50% e 80%.
PREPARAÇÃO DO TERRENO PARA PLANTIO
LIMPEZA DO TERRENO

O primeiro passo é retirar o entulho (lixo e ervas daninhas). Em seguida, deve-se remover
a camada superficial do solo com o auxilio de arado, picareta, enxadão ou equipamento
similar, em uma profundidade mínima de 30cm. A partir daí, acrescentar à terra matéria
orgânica, de preferencia a partir de composteira orgânica, esterco bovino curtido ou
húmus de minhoca (proporção de 1kg a 1,5kg por m²). Em seguida, faz-se a mistura desse
material ao solo com o auxilio de grade ou enxada. O terreno está pronto para o plantio,
que deve ser feito conforme as características de cada planta.

PREPARO DAS COVAS


Com o terreno limpo, a próxima etapa é abrir as covas cuja as dimensões variam de
acordo com o tipo e o porte de cada espécie.

▪ ARVORES:
▪ Grande Porte: Angico, Cabreuva, Etc.: Covas De 100x100x100cm;
▪ Medio Porte: Acerola, Aleluia, Etc.: 80x80x80cm;
▪ Pequeno Porte: Suinã, Murta De Cheiro, Etc.: 60x60x60cm.

▪ ARBUSTOS E TREPADEIRAS: em ambos, as covas devem ter a dimensão de


40x40x40cm. No caso de trepadeiras, deve-se prever apoio para galhos e troncos.
PREPARAÇÃO DO TERRENO PARA PLANTIO
▪ FOLHAGENS: o solo deve ser cavoucado com até 30cm de profundidade.

▪ FORRAÇÕES: plantio semelhante ao das folhagens, com profundidade até 15cm.

▪ GRAMINEAS: antes de planta-las, é preciso certificar-se de que o terreno esteja


nivelado, tenha condições de fertilidade e não possua ervas invasoras, nem suas
sementes. Para plantar grama em placa, primeiro faz-se o assentamento das placas (ou
rolo de grama) e depois a socagem para que depois a grama seja coberta com uma
camada de aproximadamente 1cm de terra. Isso é necessário para que as raízes
fiquem em contato com o solo e a terra sobreposta penetre pelas frestas da placa
dando assim um acabamento uniforme ao gramado. Em terrenos inclinados o
procedimento é o mesmo, apenas acrescentam-se estacas de bambu de 20 a 25cm,
para segurar a grama.

▪ AQUATICAS: essas, devem ser fixadas em lodo de lago ou terra vermelha acrescida de
farinha de osso. Já as semiaquáticas devem ser fixadas na borda do lago ou em terreno
previamente preparado para manter-se encharcado.

▪ EPÍFITAS: é necessário fixa-las na arvore, com sisal ou barbante, juntamente com


algum substrato que retenha água, como pó de xaxim, casca de coco, etc. Outra
alternativa é prende-la na parte do tronco por onde escorre a água da chuva.
A ESCOLHA DAS MUDAS
A escolha da muda é fundamental para que o seu desenvolvimento seja satisfatório. Para
isso existem critérios para sua seleção.
▪ DESCONSIDERAR:
▪ Mudas que cresceram na sombra;
▪ Caules muito finos ou retorcidos;
▪ Ramo principal morto ou com regiões descascadas;
▪ Torrão desproporcional à altura da planta.
▪ MELHORES OPÇÕES:
▪ Ramo central forte e rígido;
▪ Folhas de formato e tamanho normais;
▪ Aspecto saudável – indicado pela coloração forte e brilhante;
▪ Torrão proporcional, seguindo a regra:
LARGURA E PROFUNDIDADE DO TORRÃO = MINIMO DE 14 X O DIAMENTRO DO
CAULE 15 CM ACIMA DO COLO DA RAIZ
Exemplo.: se nessa altura (15cm acima do colo da raiz) o caule tem 3cm de diâmetro, o torrão precisa
ter cerca de 3cm de largura e profundidade (essa regra funciona também na seleção de mudas de
arbustos e palmeiras).
▪ Estar enraizada dentro do torrão, não se desprendendo restando somente a raiz.
Para esta verificação, também é possível saber se a raiz está bem presa ou torrão
pelo apalpamento. Se estiver solta, é aconselhável escolher outra planta ou
muda.
A ESCOLHA DAS MUDAS
CUIDADOS COM O PLANTIO
Depois de definir o tipo de terra, escolher as plantas e a posição que elas ocuparão no
jardim, o plantio deve ser feito da seguinte forma:
• Retirar a muda da embalagem ( saco plástico, tubete, lata, etc.), tomando
cuidado para não romper o torrão;

• Podar as raízes que estiverem enroladas fora do torrão. Isso é comum em


mudas que ficam muito tempo na embalagem, as raízes formam uma espécie de
novelo ao redor do torrão que precisa ser removida para não estrangular a
planta;

• Dar atenção especial a drenagem, principalmente se o plantio for feito em


floreiras construídas. A solução é acrescentar uma camada de 5cm de pedra, de
preferencia britada n°3 ou cacos cerâmicos, cobrir com uma manta de poliéster
(bidim) para depois cobrir com a mistura de terra;

• Em vasos, é necessário ter pelo menos 1 furo para escoamento da água e sobre
ele espalhar uma camada de 1 a 2cm de caco cerâmico, após isso, uma camada
de areia e por ultimo a mistura de terra;

• Quando o plantio é direto no solo, a terra deve ser preparada com


antecedência, para formar um substrato apropriado as plantas. É preciso prever
varas, estacas ou qualquer outra sustentação para amparar espécies que exigem
tutoramento (no caso das trepadeiras).
CUIDADOS COM O PLANTIO
▪ Fazer uma uma coroa em volta da planta, para impedir o escoamento da mistura
preparada no momento da rega;

▪ Regar abundantemente o terreno e, com um ferro, fazer furos até o fundo da cova,
para forçar a saída do ar ao redor da raiz, ou enterrar um tubo com orifícios laterais
e através dele injetar água encharcando a raiz de baixo para cima, expulsando assim
o ar.
RECUPERAÇÃO DA VEGETAÇÃO EXISTENTE

Tão ou mais importante do que os cuidados com as novas plantas do jardim é tratar as
árvores ou outras plantas já existentes no local:

▪ Eliminar pragas e parasitas,


podar os galhos praguejados e
os que interferem na estética da
planta, e retirar da casca os
liquens do cinza-azulado;

▪ Fazer uma adubação de coroa,


que consiste em fazer furos
verticais de 40cm de
profundidade, preenchidos com
uma mistura de matéria
orgânica e NPK 4:14:8, n
proporção de 100g de adubo
para cada 20 litros de matéria
orgânica.
RECUPERAÇÃO DA VEGETAÇÃO EXISTENTE
Quando a vegetação existente é um gramado, a recuperação deve obedecer as
seguintes etapas:

▪ Eliminar ervas daninhas com raiz;


▪ Repor placas de grama nas falhas do gramado;
▪ Cobrir o gramado com 1cm a 2cm de terra boa, livre de sementes de pragas
(isso deve ser feito também em grama recém-plantada).
PODA

Embora em seu ambiente natural as plantas não precisam ser podadas, nos jardins isso
muitas vezes é necessário. O motivo em geral, é a planta estar em local inadequado para
seu desenvolvimento, quer dizer, o homem quem a colocou ali, portanto tem que ajuda-la
a compensar as dificuldades do ambiente estranho. Mas também há outras razões para a
poda, como a estética e o direcionamento necessário de sua formação e até mesmo como
já vimos, o controle de pragas.
Na fruticultura comercial, por exemplo, a pode é utilizada com a finalidade de corrigir o
crescimento da planta, propiciar maior ventilação, iluminação, acesso as pulverizações e
também facilitar a colheita.
Na jardinagem, a técnica é aplicada quando se tem os seguintes objetivos:
▪ Formação de cerva viva;
▪ Erradicação de galhos doentes;
▪ Desbaste seletivo, para compensar a evaporação nos transplantes;
▪ Correção de crescimento, quando os ganhos chegam as fiações e rede elétrica.;
▪ Formação inicial de muda transplantada;
▪ Indução ao brotamento;
▪ Aumento de floração.
PODA
A poda de qualquer galho ou ramo deve ser rente ao tronco, facilitando assim a
cicatrização. Não é recomendado deixar troncos salientes, eles impedem fechamento da
ferida, expondo a cerne à entrada de fungos e de outros decompositores de madeira.
Outro cuidado importante é a impermeabilização da região do corte com tinta asfáltica,
betuminosa ou látex. Os galhos mais finos, exigem uma poda diferente: devem ser
cortados acime de uma gema (nó) e ter uma inclinação de 30° a 60°.
TRANSPLANTES DE ÁRVORES E PALMEIRAS

O primeiro fato a se observar no transplante de uma árvore é o estagio em que ela se


encontra. O ideal, como já estudamos é o período de dormência, quando o fluxo das
seivas é menor.

Quando a planta não esta em período de dormência, deve-se fazer o sangramento de suas
raízes, e aguardar que brotem novas raízes para só depois transplantá-las.

No transplante, é preciso fazer a poda de compensação, para equilibrar o numero de


raízes perdidas, e amarrar bem com um saco de estopa e cordas de sisal, para não
desmontar o torrão.

Para o transplante de palmeira, é recomendado o amarrio de suas folhas com palha para
diminuir a evaporação.

Nas árvores e os arbustos mais rústicos, podem ser transplantados de uma só vez com
resultados satisfatórios, desde que seja podado um número de galhos proporcional as
raízes retiradas.
TRANSPLANTES DE ÁRVORES E PALMEIRAS
TRANSPLANTES DE ÁRVORES E PALMEIRAS
RECOMENDAÇÕES PARA A MANUTENÇÃO DO JARDIM
Dois aspectos orientam a manutenção dos jardins:

▪ A tentativa de mantê-lo estático, sempre com o mesmo aspecto, retirando o


excesso de plantas e podando as que crescem além do que foi determinado. Essa
manutenção é definitiva visualmente;
▪ Alternativa de mantê-lo em constante evolução.

Para os dois casos é necessário o suprimento das seguintes necessidades das plantas:
▪ Rega: deve ser feita sempre que for necessária, isto é, quando houver grandes
períodos de estiagem e de preferencia no início da manha ou fim da tarde,
mantendo o solo úmido, sem encharcamento;
▪ Reposição de nutrientes: repor nutrientes através de matéria orgânica, em vez da
adubação NPK (se quiser usa-lo, dar preferencia para as fórmulas que incluem
micronutrientes). Mas atenção, respeitar os intervalos entre as adubações que
não devem ser menores que 15 dias;
▪ Verificação de pragas.

Para a manutenção de vasos, as recomendações são as mesmas, mas para aqueles


que ficam dentro de casa, recomenda-se além disso o rodizio, afim de compensar a
pouca iluminação
FERRAMENTAS
FERRAMENTAS DE SOLO :
FERRAMENTAS
FERRAMENTAS DE SOLO :
FERRAMENTAS
FERRAMENTAS DE SOLO :
PAISAGISMO
O QUE É PAISAGISMO
O QUE É PAISAGISMO
PAISAGISMO, ao contrario do que todos pensam, não é apenas a elaboração do projeto de
jardins ou praças. Também não é a “maquiagem” de uma construção mal-acabada, com
plantas nos espaços que sobram ou que escondem algum detalhe que não convém ser visto.
A concepção de PAISAGISMO,
é muito mais ampla e pode ser
resumida com a construção do
espaço livre, seja ele urbano ou
rural. Para construir tal espaço,
as plantas são um alternativa,
mas não a única; em muitos
casos elas são até
indispensáveis. Um exemplo
clássico de paisagismo sem
vegetação é a Praça de San
Marco, em Veneza.

O que importa ao paisagista é a elaboração de um espaço harmônico, que se define pelo


equilíbrio entre cheios e vazios e a perfeita integração dos materiais utilizados, forma, cor,
textura e cheiros, também são lavados em consideração.
O QUE É PAISAGISMO
PAISAGISMO, ao contrario do que todos pensam, não é apenas a elaboração do projeto de
jardins ou praças. Também não é a “maquiagem” de uma construção mal-acabada, com
plantas nos espaços que sobram ou que escondem algum detalhe que não convém ser visto.
A concepção de PAISAGISMO,
é muito mais ampla e pode ser
resumida com a construção do
espaço livre, seja ele urbano ou
rural. Para construir tal espaço,
as plantas são um alternativa,
mas não a única; em muitos
casos elas são até
indispensáveis. Um exemplo
clássico de paisagismo sem
vegetação é a Praça de San
Marco, em Veneza.

O que importa ao paisagista é a elaboração de um espaço harmônico, que se define pelo


equilíbrio entre cheios e vazios e a perfeita integração dos materiais utilizados, forma, cor,
textura e cheiros, também são lavados em consideração.
O QUE É PAISAGISMO?

Tais considerações combinam basicamente dois fatores: conhecimento técnico e a arte.


O conhecimento técnico utiliza conceitos de:
▪ Desenho;
▪ Conforto ambiental (insolação; iluminação, ventilação e acústica);
▪ Ergonomia (relação entre as dimensões do homem e do elemento construído);
▪ Biologia ,quando se usam plantas (utilização correta, respeitando a necessidade de
cada espécie);
▪ Construção (paginações de piso, fontes, arrimos, taludes, etc.).

A arte se manifesta na harmonia visual dos elementos utilizados (cores, texturas,


proporções entre cheios e vazios), enfim, no conjunto da paisagem
O QUE É PAISAGISMO?
▪ PAISAGISMO SEM VEGETAÇÃO:

PRAÇA DOS TRÊS PODERES – BRASILIA (DF)


O QUE É PAISAGISMO
▪ PAISAGISMO COM VEGETAÇÃO:

PRAÇA DO PARQUE DOS BURITIS NA CIDADE DE PRAÇA ROTATÓRIA COM CHAFARIZ NA CIDADE DE
GOIÂNIA. GOIÂNIA.
O QUE É PAISAGISMO?
CONSIÊNCIA ECOLOGICA

Como no resto no mundo, a preocupação com o meio ambiente no Brasil, cresce a cada dia. A
valorização do verde e a tentativa de traze-lo (ou resgatá-lo) à paisagem urbana e de ampliar o
contato das pessoas com a natureza, tem gerado uma grande necessidade de construir uma
nova paisagem com belos jardins, parques públicos e também arborizar cada vez mais ruas e
avenidas.

Mas não se deve pensar que para resgatar esta paisagem verde é apenas plantar árvores ou
arbustos a esmo. Somente a compreensão da cadeia alimentar é capaz de dar condições de
sobrevivência a toda uma legião de seres vivos, visíveis ou não, sejam eles plantas ou animais,
devendo o projetista de jardins ter a clara ideia que um jardim não se faz somente de plantas.
O QUE É PAISAGISMO
PAISAGISMO COM PLANTAS:

Embora já vimos que o paisagismo permita dispensar a vegetação, abordaremos e


defenderemos aqui as técnicas que utilizam plantas, e estudaremos os PROJETOS DE JARDINS
Por tratar-se de um recurso de reorganização do espaço, os jardins podem portanto reconstruir
o habitat das plantas que serão empregadas, formando por exemplo, uma mata, construindo
lagos, espelhos d´água, utilizar elementos construtivos, etc. o importante é criar um ambiente
agradável ao homem.

A variedade de plantas é bastante vasta. Muitas tem sido combinadas desde os tempos dos
famosos jardins da Babilônia.

O projetista de jardim tem plena liberdade de composição e escolha das plantas, desde que
considere a viabilidade de usá-las. É preciso perguntar-se sempre: o local oferece condições de
sobrevivência para a planta?
O QUE É PAISAGISMO
Assim, quando se inicia um projeto de jardim, é preciso:

▪ ESTABELECER QUE GAMA DE CORES E TEXTURAS SERA UTILIZADA O QUE SE


MANIFESTARÁ NA ESCOLHA DAS PLANTAS E DOS ELEMENTOS CONTRUTIVOS;

▪ IDENTIFICAR A EPOCA DA FLORAÇÃO E A MUDANÇA DE TONALIDADES DA PLANTA A


SER UTILIZADA, ALEM DE SEU ASPECTO FORMAL;

▪ DETERMINAR A PROPORCIONALIDADEENTRE O AMBIENTE DO JARDIM E AS


CONSTRUÇÕES, ESPAÇOS ABERTOS NA ÁREA DO PROJETO. TAL ANALISE PERMITE
UTILIZAR OU NÃO, NA COMPOSIÇÃO DA PAISAGEM, OS ESPAÇOS ABERTOS SITUADOS
ALÉM DA AREA DE INTERVEÇÃO. É IMPORTANTE QUE SE EXISTE O DESCANSO VISUAL,
E MENOS É SEMPRE MAIS.
O QUE É PAISAGISMO
A tabela a seguir traz critérios de escolha para algumas plantas a serem utilizadas na
elaboração do jardim.
O QUE É PAISAGISMO

CABE RESSALTAR QUE AS FORMAS DAS PLANTAS PODEM VARIAR CONFORME A SITUÇÃO,
RECEBIMENTO DE LUZ, ETC. SE ELA CRESCE ISOLADA, ADQUIRE O SEU ASPECTO NATURAL,
MAS SE DIVIDE AREA COM OUTRAS PLANTAS (COMO UMA MATA POR EXEMPLO),
DESENVOLVE UM ASPECTO MAIS DELAGADO, ISSO DEVIDO À BUSCA DE MAIOR
LUMINOSIDADE E RESPIRAÇÃO.

É ISSO ALIÁS QUE PROVOCA UMA CONFUSÃO SOBRE O FORMATO DO EUALIPTO, VISTO
GERALMENTE EM REFLORESTAMENTOS. A ALTA DESNSIDADE, QUE DEIXA AS ÁRVORES
BEM PROXIMAS, FAZ COM QUE ELE ASSUMA UMA FORMA MAIS ESGUIA, FINA. EM
OUTRAS SITUAÇÕES, QUANDO EXPOSTO ÀS SUAS CONDIÇÕES NORMAIS, O EUCALIPTO
TEM A FORMA MAIS SOLTA, MAIS ARREDONDADA.
O QUE É PAISAGISMO
UM POUCO DE HISTORIA
O jardim sempre fez parte da vida do homem, seja para abrigar plantas utilitárias ou
simplesmente pelo desejo de ornamentação.

Os primeiros jardins conhecidos datam do antigo Egito e da Grécia. Caracterizavam-se pela


intenção de climatizar os ambientes ou pela função de fornecer alimentos (ervas e frutas).

Foram os persas que introduziram o jardim ornamental, seguido pelos romanos, que
utilizaram esculturas e a poda decorativa chamada topiaria.

Na Idade Media, os jardins voltaram a função de subsistência, mas ganharam outra utilidade:
florescer flores para a ornamentação de altares, num período em que imperava a
religiosidade. Foi também neste período que houve o desenvolvimento dos estudos botânicos
com ênfase ao cultivo de ervas medicinais e aromáticas.

Ao fim deste período, no Renascimento, trazendo de volta o pensamento clássico das


civilizações antigas que na Itália os jardins retomam ao seu papel ornamental, voltando a
utilizar monumentos, lagos, fonte, estátuas em sua formação. Influenciada pelo
Renascimento italiano, a França também caracteriza os seus jardins pela intervenção do
homem, ordenando formas, mas ainda sim valorizando mais a vegetação.
UM POUCO DE HISTORIA

TRADICIONALMENTE, ACREDITA-SE QUE TENHA SIDO CONSTRUÍDO NA ANTIGA CIDADE


DA BABILÔNIA, PRÓXIMO DE ONDE ATUALMENTE SE LOCALIZA A CIDADE DE HILLAH, NO IRAQUE.
UM POUCO DE HISTORIA

JARDIM DOS SELÊUCIDAS E PTOLOMEUS EM THE SHALIMAR GARDENS - PAQUISTÃO


ALEXANDRIA

JARDIM PERSA
UM POUCO DE HISTORIA

TAJ MAHAL - ÍNDIA PALÁCIO DE VERSAILHES - FRANÇA

GIARDINO GIUSTI
UM LINDÍSSIMO JARDIM RENASCENTISTA PROJETADO EM 1580. CONSIDERADO UM DOS JARDINS
MAIS BONITOS DA ITÁLIA.
UM POUCO DE HISTORIA
PAISAGISMO NO BRASIL

Os jardins que mais influenciaram o Brasil foram os jardins formais, representados por
italianos, franceses e os jardins naturais ingleses.

Do oriente, a concepção japonesa, foi a mais assimilada pelos brasileiros, principalmente aos
paulistas, devido ao grande numero de imigrantes que lá de instalaram. Os jardins japoneses,
assim como os de influencia chinesa, tentam reproduzir não só a natureza, mas todo o seu
universo, proporcionando aos que ali frequentam, um sentimento de paz, meditação e
relaxamento. Expressam acima de tudo a religiosidade e o poder da natureza. Elementos como
pedras, areia e água tem sempre um significado simbólico. Esse modelo de paisagismo,
costuma empregar texturas e dá grande importância à forma dos elementos.
UM POUCO DE HISTORIA
OS JARDINS DE BURLE MARX

Roberto Burle Marx, foi um artista plástico


brasileiro, renomado internacionalmente ao
exercer a profissão de arquiteto paisagista.
Morou grande parte de sua vida no Rio de
Janeiro, onde estão localizados seus
principais trabalhos, embora sua obra possa
ser encontrada ao redor de todo o mundo.
Seu primeiro projeto de jardim público foi
a Praça de Casa Forte, localizada no Recife,
cidade natal de sua mãe. É uma das seis
praças de autoria do paisagista na capital
pernambucana que foram tombadas pelo
Instituto do Patrimônio Historio e Artístico.
Burle Marx torna-se o grande representante da arquitetura paisagística brasileira, ao aliar a arte
à introdução de novas espécies da flora tropical. Em seus jardins Burle Marx evidencia a
intervenção humana na paisagem, porém demonstrando uma intenção de recriar o habitat das
plantas utilizadas. PAISAGISTA INOVOU AO VALORIZAR PLANTAS TROPICAIS
UM POUCO DE HISTORIA
OS JARDINS DE BURLE MARX

COMPLEXO DA PAMPULHA, EM BELO HORIZONTE, 1941-1945. O traçado orgânico dos jardins


cria recantos onde os visitantes podem desfrutar do verde desse complexo arquitetônico. Burle
Marx reuniu ali plantas da Amazônia, cerrado e mata atlântica, como quaresmeiras, acácias,
jacarandás e braúnas. Os canteiros foram organizados ao redor de lagos artificiais e dos edifícios
com arquitetura de Oscar Niemeyer.
UM POUCO DE HISTORIA
OS JARDINS DE BURLE MARX

JARDINS DO MAM, RIO DE JANEIRO, 1956. Um conjunto de 48 palmeiras cerca esse prédio de
concreto, projetado por Eduardo Reidy. Vistas do topo, elas formam um elegante conjunto com
as plantas rasteiras coloridas, arbustos, bromélias do Nordeste, canteiros de pedras e um
espelho d’água com vegetação lacustre. Em uma das áreas, o contraste entre dois tipos de
grama forma o padrão ondulado do calçadão de Ipanema.
UM POUCO DE HISTORIA
OS JARDINS DE BURLE MARX

ATERRO DO FLAMENGO, RIO DE JANEIRO, 1965. Esse parque de 7 km de extensão ladeia a Baía
de Guanabara. Para criar o paisagismo, Burle teve que contornar os efeitos do vento, maresia,
além de lidar com um solo de alta salinidade. Nessas condições adversas, o paisagista foi capaz
de cultivar 31 espécies trazidas de diferentes regiões do Brasil, mas nunca antes usadas em
paisagismo no país. Os canteiros com formas de ameba recebem plantas que florescem em
diferentes épocas do ano e contrastam com os seixo e pedras portuguesas.
UM POUCO DE HISTORIA
OS JARDINS DE BURLE MARX

PALÁCIO ITAMARATY, EM BRASÍLIA, 1967. A sede da diplomacia brasileira funciona como um


cartão de visitas do país. No jardim do térreo, ao redor de um espelho d’água, Burle Marx
instalou mais de 80 tipos de plantas do cerrado e da Amazônia. Dentro do prédio, um jardim
com buritis e plantas aquáticas cria um elegante fundo para a paisagem. E no último andar, um
terraço jardim com esculturas (foto) oferece vistas para o Eixo Monumental.
UM POUCO DE HISTORIA
OS JARDINS DE BURLE MARX

SÍTIO BURLE MARX, RIO DE JANEIRO, 1973. Até sua morte, em 1994, Roberto viveu nessa
morada de 34 hectares, com casa, ateliê de pinturas e uma capela do século 17. O paisagista
usou sua vasta coleção de plantas para iniciar o jardim; hoje, a área possui 3500 espécies
trazidas para o local, principalmente palmeiras, aráceas, bromélias e helicônias nativas do
Brasil. Dentro da morada é possível conhecer os objetos do mestre, como as coleções de arte
sacra e pré-colombiana, cerâmicas do Vale do Jequitinhonha, móveis e decoração.
DEFINIÇÃO DE UM JARDIM
O jardim é o local ou ambiente que pode adquirir duas funções:
▪ LAZER ATIVO: quando há áreas de recreações (praças e parques)
▪ LAZER PASSIVO: contemplação
Assim, ele poderá definir-se pela utilização de plantas, caminhos , quadras esportivas, locais
para descanso, piscinas, lagos, espelhos d´água, solários, deck, etc. ou somente pela utilização
de plantas, formando um recanto agradável ou até mesmo um cenário.
TIPOS DE JARDINS
Podemos distinguir os jardins em dois tipos:

JARDINS INTERNOS: a escolha das plantas


deve ser criteriosa. A falta de iluminação
gera um fator restritivo, portanto deve se
dar preferencia às espécies que na natureza
vivem em meios sombreados, ou que
vegetam sobre as árvores, como as epífitas.
A escolha desse tipo de jardim requer
bastante atenção pois as plantas estão
privadas as condições normais de
sobrevivência promovidas pela natureza,
como chuva e iluminação. É mais comum o
uso desta opção de jardim em áreas de luz
e espaços sobre as escadas.

Na escolha do local para este jardim é


preciso levar em conta também a
necessidade de iluminação e de uma boa
drenagem.
TIPOS DE JARDINS
JARDINS EXTERNOS: por apresentar condições normais de iluminação e drenagem, os
ambientes externos oferecem maior versatilidade aos projetos de jardim.

É possível criar praticamente todos os tipos de jardins encontrados na natureza, como os


tradicionais, coloniais, tropicais, mediterrâneo, rochosos, hortas, jardins suspensos ou vertical,
e o jardim zen.

JARDIM TRADICIONAL:
Com linhas e divisões mais
rígidas, seu equilibro é
formado pelas plantas e
grama utilizadas, voltadas
para as formas retas. A
decoração fica a critério de
cada um, mas é comum o
uso de esculturas que
lembrem a Renascença
italiana e bancos para
descanso em cores claras.
TIPOS DE JARDINS

JARDIM COLONIAL:
Esse tipo de jardim leva em
consideração a vegetação da região e
recebe esse nome por utilizar objetos
antigos de fazendas coloniais como
decoração. Bancos e fontes também
ajudam a compor este tipo de jardim,
além da adaptação de rodas e
charretes não mais utilizadas como
parte da decoração. Dá um toque
chique ao rústico, e fica muito
charmoso.
TIPOS DE JARDINS

JARDIM TROPICAL
O jardim tropical valoriza plantas e
folhagens, texturas e cores. Usam-se
muitas flores e plantas coloridas, além de
árvores maiores, típicas de florestas
tropicais. O ambiente é ensombrado pelas
árvores e o clima é de descanso sob a
proteção da natureza. É comum que esse
tipo de jardim atraia certas aves, o que
lhe confere também um efeito sonoro
único.
TIPOS DE JARDINS

JARDIM MEDITERRÂNEO (COM PÁTIO)


Composto por sofisticação e uma aura de
mistério, é o tipo de jardim que inclui
passeios e áreas cobertas, como se fosse
uma extensão da casa. O ideal nesse tipo
de jardim é utilizar plantas que não
necessitem de muita iluminação solar.
Para os caminhos e passeios, recomenda-
se o uso de pedras próprias para jardins
como pedriscos ou seixos. Os pátios,
características marcantes desse estilo,
ficam centralizados entre os elementos
naturais e podem ser decorados com
fontes, esculturas e bancos.
TIPOS DE JARDINS

JARDIM ROCHOSO
Ideal para fazendas e chácaras que
possuem terrenos acidentados com
rochas naturais de diversos tamanhos.
Nesse tipo de jardim, as pedras são as
principais atrações. O ideal é criar o
jardim no entorno das pedras e deixá-las
em sua posição natural, valorizando-as. A
boa notícia é que praticamente todo tipo
de vegetação pode ser utilizada próxima
as rochas e o estilo do jardim fica
mesclado a outros.
TIPOS DE JARDINS

JARDIM COM HORTA


Sem estilo muito marcado, esse é o tipo
de jardim ideal para quem também deseja
cultivar ervas e plantas diversas para
consumo próprio. O que é valorizado aqui
é a praticidade. O ideal é separar um
espaço para temperos e hortaliças, em
vasos próprios ou no próprio solo, se ele
tiver condições ideais para o plantio.
TIPOS DE JARDINS

JARDIM VERTICAL E JARDIM DE VASOS


Os jardins verticais viraram uma
verdadeira febre, pois não necessitam de
muito espaço no chão. No jardim vertical,
a maioria das plantas e flores fica
suspensa em paredes, de maneira que a
impressão que se tenha é a de que as
espécies nasceram exatamente ali. Há
vasos específicos para esse tipo de
projeto e também plantas que se
adaptam melhor, gerando um visual
muito bonito. Orquídeas, bromélias e
samambaias são as melhores opções.

.
TIPOS DE JARDINS

JARDIM ZEN
De origem oriental, o jardim zen é um
espaço para meditação e contemplação
da natureza. A vantagem é que ele pode
ser construído tanto interna quanto
externamente. Alguns elementos fazem
parte desse estilo de jardim: as pedras,
que ajudam a descarregar as energias de
quem caminha pelo local e a fonte com
água, que representa a renovação da vida
são itens indispensáveis, que tornam o
local um verdadeiro reduto de paz e
tranquilidade.

.
JARDINS NATIVOS

A grande maioria dos jardins hoje são compostas por espécies como “Podocarpos”, “Cica”,
“Ligustros”, “Azaléias”, todas elas nativas da África, China e Japão, nossos pássaros e outros
animais não reconhecem essas espécies como forma de alimento e abrigo e em um país
onde existe a maior diversidade de plantas do mundo, é possível falarmos em tragédia
ambiental quando inserimos esses tipos de plantas nos projetos de paisagismo nos centros
urbanos.

Estudos apontam que seria obrigatória uma cota de plantio de espécies brasileiras para que
fosse feita a preservação destas espécies, seja esta preservação tanto da flora quanto fauna.

Chegamos ao ponto de achar revolucionário um jardim composto por plantas brasileiras


como a árvore do “Pau Brasil”, “Palmeiras Jerivá”, entre outras, pois hoje a formação dos
viveiros tem em sua maioria espécies exóticas, vindas dos mais variados lugares do mundo e
que se exige uma adaptação de solo, plantio, rega e até cuidados especiais, o preço é o
empobrecimento vegetal, menor resistência a pragas e nenhum alimento aos nossos
animais.

A INSERÇÃO DO PAISAGISMO NATIVO, É BONITO, É SINÔNIMO DE PROTEÇÃO AO MEIO


AMBIENTE, É MAIS BARATO, MAIS ACIMA DE TUDO É SUSTENTÁVEL.
JARDINS NATIVOS
As plantas exóticas não são originais do ecossistema, foram trazidas intencionalmente ou
acidentalmente de outros locais e podem se tornar invasoras, tomando o espaço e
prejudicando as espécies nativas. Abaixo a lista de plantas exóticas que precisam ser
evitadas:

ESPECIES EXÓTICAS:
JARDINS NATIVOS

ESPECIES NATIVAS:
JARDINS NATIVOS

PARA QUEM QUER TER UM PAISAGISMO NATIVO, CONFIRA 10 DICAS ÚTEIS:

1. SE A INTENÇÃO É PLANTAR ÁRVORES FRUTÍFERAS EM VASOS, EM UM APARTAMENTO, POR


EXEMPLO, DÊ PREFERÊNCIA PARA AS DE PEQUENO PORTE. ADQUIRA UM VASO ADEQUADO,
PARA QUE NÃO QUEBRE COM O DESENVOLVIMENTO DAS RAÍZES. QUANDO AS RAÍZES
TOMAREM CONTA DO VASO E COMEÇAREM A PREJUDICAR O DESENVOLVIMENTO DA PLANTA,
É HORA DE TROCAR A ESPÉCIE.

2. PARA DECORAR AS VARANDAS DOS APARTAMENTOS, PRIMEIRO ANALISE AS ÁREAS QUE


RECEBEM MAIS RAIOS SOLARES, SOMBRA E VENTO. A PARTIR DAI, É POSSÍVEL OPTAR POR
PLANTAR “CAMÉLIAS” E “CLÚSIAS, QUE SÃO PLANTAS DE SOL, OU AS “CHAMAEDOREA”, QUE
SÃO DE SOMBRA.

3. “JABUTICABEIRAS”, “PITANGUEIRAS”, “ACEROLAS” E “ROMÃZEIRAS” PODEM SER PLANTADAS


EM VASOS. É PRECISO TER CUIDADO COM ADUBAÇÃO E IRRIGAÇÃO DA TERRA.

4. NOS JARDINS DOS CONDOMÍNIOS DEVE SER CONSIDERADO O TAMANHO QUE A ÁRVORE IRÁ
ATINGIR NO FUTURO, TANTO HORIZONTAL QUANTO VERTICALMENTE;

5. NA ÁREA COMUM DO CONDOMÍNIO, PODE-SE PLANTAR ÁRVORES NATIVAS. ÁRVORES


PEQUENAS, MÉDIAS E GRANDES, ÁRVORES AROMÁTICAS, FLORÍFERAS E FRUTÍFERAS, TANTO
PARA CONSUMO DOS MORADORES COMO ATRAÇÃO DE PÁSSAROS.
JARDINS NATIVOS
6. SE O JARDIM ESTIVER SOBRE UMA ÁREA DE CONCRETO, DÊ PRIORIDADE PARA O PLANTIO DE
ÁRVORES DE PEQUENO PORTE. CASO QUEIRA PLANTAR ÁRVORES MAIORES, É PRECISO
CONSULTAR UM ESPECIALISTA QUE IRÁ PREVER O PESO NO CÁLCULO ESTRUTURAL. A ALTURA
DE TERRA NECESSÁRIA PARA O PLANTIO DE ÁRVORES PODERÁ VARIAR DE 50 A 80 CM,
CONFORME O TORRÃO DA ESPÉCIE;

7. NAS ÁREAS DE PASSEIO PÚBLICO DO CONDOMÍNIO OU CALÇADAS, EVITE PLANTAR ÁRVORES


QUE POSSUAM RAÍZES SUPERFICIAIS, POIS ELAS PODEM QUEBRAR O PISO. TAMBÉM DEVE-SE
EVITAR O PLANTIO DE ÁRVORES DE GRANDE PORTE JUNTO AOS POSTES E FIAÇÃO DA REDE
ELÉTRICA;

8. TAMBÉM É PRECISO TER ATENÇÃO PARA A DISTÂNCIA EM QUE AS ÁRVORES SERÃO


PLANTADAS. SE A PESSOA DESEJAR ÁRVORES MAIS ALTAS, PODERÁ PLANTÁ-LAS MAIS
PRÓXIMAS UMA DAS OUTRAS. DESSA FORMA, ELAS SE DESENVOLVERÃO COM A COPA MAIS
ESTREITA, COMO OBSERVAMOS NAS ÁREAS DE MATA.

9. A DISTÂNCIA DE PLANTIO DAS ÁRVORES EM TERRENO NATURAL PODERÁ VARIAR DE 1.5M A


6M. PARA UM BOM DESENVOLVIMENTO DA COPA DAS ÁRVORES, ESPÉCIES PEQUENAS
PODERÃO SER PLANTADAS A CADA 3 METROS, POR EXEMPLO;

10. A ESCOLHA DAS ESPÉCIES E O LOCAL ONDE SERÃO PLANTADAS DEPENDEM DO GOSTO DE
CADA UM. NO ENTANTO, PARA UM RESULTADO MAIS ASSERTIVO É RECOMENDADO PROCURAR
UM PROFISSIONAL ESPECIALIZADO.
JARDINS NATIVOS
O PROJETO DE JARDIM
A construção de um jardim pode ser divida em três fases:

▪ PLANEJAMENTO: como em qualquer outro trabalho, o planejamento é muito


importante; dele dependerá grande parte do êxito do jardim e da satisfação do cliente.
Em primeiro lugar é preciso conhecer o cliente, suas preferências, entender sua
motivação em construir um jardim. O paisagista precisa ter sensibilidade para captar
todos esses fatores, mas além disso, fazer um rigoroso inventário do local escolhido:
paisagem ao redor, entorno, orientação do norte, sentido dos ventos, clima,
identificação de áreas destinadas a uma eventual ampliação de edificação, infraestrutura
(canalização de água, esgotos, gás, iluminação, etc.), lajes, fossas, restrições legais (poda
de árvore de rua ou plantação sob rede de alta tensão), tudo isso deve ser identificado
no inventário. E o mais importante:

NO PLANEJAMENTO, É PRECISO ELABORAR A TOPOGRAFIA DO TERRENO, SEJA


CONTRATANDO UM EMPRESA ESPECIALIZADA, QUANDO NÃO HÁ NECESSIDADE DE
TAMANHO RIGOR NA DEFINIÇÃO DE CORTES E ATERROS, FAZER A IDENTIFICAÇÃO DOS
NIVEIS ATRAVES DA MANGUEIRA DE NIVEL.
O PROJETO DE JARDIM
▪ PROJETO: feito o planejamento, o próximo passo é definir o PARTIDO DO PROJETO, isto
é, sua forma, principais características, e também os equipamentos necessários a
construção. É O partido que dá a cara do jardim, que o transforma em tropical,
renascentista, japonês, etc.

O PROJETO EM SI TEM INÍCIO PELA DETERMINAÇÃO DA TOPOGRAFIA, UM


IMPORTANTE ELEMENTO ESTRUTURADOR DO JARDIM, DELA DEPENDERÁ POR
EXEMPLO, A DEFINIÇÃO DE ABERTURAS OU FECHAMENTOS DE VISUAIS EXISTENTES.

A planta determina as drenagens e taludes naturais do terreno e possibilita a previsão de


novas drenagens, além do movimento de terra que formará novos taludes, patamares,
caminhos e orientações das visuais.
A drenagem do terreno pode ser solucionada através de caimentos naturais, que devem ter
no mínimo de 1% de inclinação, ou através das canaletas e drenos, que conduzem as águas
coletadas em áreas impermeabilizadas até as redes de águas pluviais, ou outro local
escolhido para seu escoamento e os drenos servem para “secar” áreas encharcadas e de
vem ser implantados de forma a captar a maior quantidade de água possível.
O movimento de terra se define pela realização de cortes ou aterros. Em geral os cortes são
feitos na proporção de 1:1 (1m de base para 1 m de altura) e os aterros 2:1.
O PROJETO DE JARDIM
Ao mesmo tempo que se define as espécies vegetais e equipamentos, o projeto deve
estabelecer a arquitetura do jardim, isto é, identificar a necessidade ou não de iluminação,
irrigação, construção de pisos, localização de bebedouros, bancos, esculturas, etc. Nunca se
deve deixar tais componentes para o final da construção, sob o risco de inviabilizar o
projeto por problemas técnicos, como falta de espaço ou desarmonia com o partido
adotado para o jardim

A localização de cada um desses equipamentos deve constar na planta de implantação, que


indica os elementos construtivos, iluminação, irrigação, etc.

As espécies vegetais escolhidas, assim como sua localização e as informações relativos ao


plantio, devem constar na planta de paisagismo. Deve estar descrito de uma maneira clara,
que permita ao responsável pela execução compreender as intenções do paisagista.

Não existe uma norma para a REPRESENTAÇÃO GRAFICA para jardins, o projetista escolhe a
que mais lhe convém, porem a nomenclatura das plantas deve ser seguida dando ênfase ao
seu nome científico acrescentado do seu nome popular.
O PROJETO DE JARDIM
Na planta de paisagismo, é fundamental descrever os seguintes fatores:

• DISTANCIAMENTO ENTRE PLANTAS, DETERMINADO PELO ASPECTO FINAL QUE SE


DESEJA. POR EXEMPLO: PARA OBTER O RESULATO DAS COPAS ENTRELAÇADAS, A
DISTANCIA DEVE SER MENOR QUE A SOMA DOS RAIOS DAS COPAS DE DUAS
PLANTAS. PARA QUE ISSO NÃO OCORRA, BASTA CALCULAR UMA DISTACIA IGUAL
OU MAIOR QUE ESTA SOMA;
O PROJETO DE JARDIM
• AMARRAÇÃO DAS PLANTAS EM UM PONTO FIXO E CONHECIDO;

• NOME ESPECIFICO DA ESPÉCIE;


• TAMANHO DA COVA;
• QUANTIDADE DE MUDAS OU, NO CASO DE FORRAÇÕES, EXTENSÃO DE SUA
ÁREA.
O PROJETO DE JARDIM
Ainda em relação ao projeto, o paisagista precisa tomar também alguns cuidados:
• EVITAR PROBLEMAS COM EDIFICAÇÕES E TUBULAÇÕES, COMO FOLHAS DE
ÁRVORES ENTUPINDO CALHAS OU RAIZES ROMPENDO PISOS E CANOS DE ÁGUA
E ESGOTO;
• DAR CONDIÇÕES DE SOBREVIVENCIA A PEQUENOS ANIMAIS COMO
BORBOLETAS, JOANINHAS, VAGA-LUMES, PÁSSAROS, ATRAVES DO CULTIVO DE
ALIMENTOS;
• NA CONDIÇÃO DE PLANTAS AROMATICAS, “DAR CHEIRO” AOS JARDINS;
• DAR PREFERENCIA A PISOS NÃO MUITO IMPERMEABLIZANTES, PARA QUE A
ÁGUA PENETRE NO SOLO E ABASTEÇA OS LENÇOIS, RESPONSÁVEIS POR MINAS E
NASCENTES;
• INIBIR A INSOLAÇÃODE UM AMBIENTE QUE SE DESEJA SOMBREADO;
• AMENIZAR A AÇÃO DOS VENTOS;
• FORMAR BARREIRAS VISUAIS OU MESMO O FECHAMENTO DE UM
DETERMINADO ACESSO.
▪ EXECUÇÃO: embora a execução seja feita sempre por empresas ou profissionais
especializados, o projetista deve sempre acompanha-la de perto. Tanto para fiscalizar o
trabalho como para ajustar pequenos detalhes.
AO ENTREGAR A OBRA AO PROPRIETÁRIO, VALE RESSALTAR A NECESSIDADE DE
CUIDADOS POSTERIORES E APRESENTAR-LHES UM PROGRAMA DAS LINHAS GERAIS
DE MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO DO JARDIM.
LEVANTAMENTO DE ÁREA
O que é preciso saber para fazer um jardim? Em primeiro lugar, em um projeto como esse, é
fundamental conhecer cada passo das etapas de planejamento, implantação e manutenção da
obra. Seja qual for o tamanho, o modelo ou o lugar escolhido para o jardim, ter bom gosto não
será o suficiente. As decisões deverão ser tomadas considerando aspectos técnicos. Além disso,
tudo deve ser acompanhado por profissionais como agrônomos, paisagistas e jardineiros.

O trabalho com jardins não pode ser executado de forma aleatória, é importante adquirir tanto
conhecimentos básicos quanto especializados, bem como a orientação de profissionais
capacitados.

1. PLANEJAMENTO
Para o início desse processo, são recomendados os seguintes procedimentos:
▪ Entrevista com o cliente (mesmo que seja ▪ Levantamento físico;
você mesmo o responsável por implantar o ▪ Mapa de sombra;
jardim, é importante fazer as perguntas, ▪ Plano de Massa e Zoneamento;
mesmo que para si mesmo pois ajudam na ▪ Anteprojeto
organização das ideias a respeito do ▪ Orçamento;
projeto, nesta etapa, já é possível traçar ▪ Projeto gráfico.
algumas soluções, que aliem o bom gosto
e a capacidade do paisagista às demandas
do cliente.);
LEVANTAMENTO DE ÁREA
▪ LEVANTAMENTO FÍSICO

JARDIM RESIDENCIAL é um jardim particular, que pode pertencer a uma residência ou serem
localizados em condomínios residenciais. Pode ter caracterizações diferentes:
▪ Urbano: quanto à localização em perímetro urbano;
▪ Sub-urbano: por exemplo as chácaras, dentro dos perímetros urbanos;
▪ Rural: sítios e fazendas.

Ideal é que o projeto de um jardim, comece antes do desenho definitivo do projeto das
construções, visto que os acessos para veículos, os caminhos, os terraços, os níveis e a situação
da residência estão intimamente relacionados com a distribuição do jardim.

Para iniciar-se um projeto é preciso se ter um levantamento planialtimétrico e a planta da área,


com as representações das construções e limites do terreno. Devem ser levantados também
elementos já existentes como postes, fiações, redes subterrâneas, espécies vegetais, etc.

Um projeto também pode ser realizado para uma área onde algumas estruturas e ou plantas já
existem ou ainda, pode ser o replanejamento de um jardim.
LEVANTAMENTO DE ÁREA
JARDINS EM ÁREAS COMUNS (PRAÇAS, PARQUES, MONUMENTOS, ETC.) são um dos elementos
principais da configuração urbana, tendo as edificações mais importantes, da cidade,
implantadas ao seu redor. A praça é um local de encontro, onde possam ser realizadas atividades
comunitárias e de lazer, e, portanto, se um espaço, seja qual for seu tamanho, atraia usuários
para realizar tais atividades, pode ser considerado como tal.
São funções urbanísticas das praças:
▪ Ecológica: espaços onde, graças à presença da vegetação, do solo não impermeabilizado e de
uma fauna mais diversificada, promovem melhorias no clima da cidade e na qualidade do ar,
da água e do solo;

▪ Estética: são espaços que, graças à qualidade estética do projeto, permitem a diversidade da
paisagem construída e o embelezamento da cidade;

▪ Educativa: são praças que se oferecem como ambiente para o desenvolvimento de


atividades extraclasse e de programa de educação; Psicológico: são espaços nos quais as
pessoas, em contato com os elementos naturais dessas áreas, relaxam, funcionando como
ambientes ante estresse.
LEVANTAMENTO DE ÁREA
Faz-se levantamento fotográfico da residência e do entorno:
▪ Imagens a grande distância;
▪ Imagens abrangendo o entorno (localidade, bairro) - características urbanísticas e sociais do
local, ou seja, as características que predominam no bairro onde o projeto está situado, o
tipo de arquitetura predominante, se há presença de área comercial, os aspectos sociais e de
segurança.;
▪ Imagens dentro da área do projeto;
▪ Imagens a partir dos principais pontos de vista.

Vários aspectos do ambiente onde será desenvolvido o projeto precisam ser conhecidos. Desse
modo, podemos dividir o estudo em duas partes: - o da área propriamente dita do projeto; - e o
entorno do projeto (ou seja, o local onde ele está inserido).

Se o projeto as ser realizado for de um jardim residencial é necessário que o jardineiro possua
um bom conhecimento sobre as características dos estilos das residências para poder projetar
um jardim que valorize as linhas projetuais da edificação. Entre os estilos podemos citar: tropical,
clássico, moderno, alpino, contemporâneo, colonial, etc.

Para uma integração entre casa-jardim, todos os elementos que comporão o jardim, vegetais e
arquitetônicos, deverão ser típicos deste mesmo estilo
LEVANTAMENTO DE ÁREA
LEVANTAMENTO DE ÁREA
LEVANTAMENTO DE ÁREA
LEVANTAMENTO DE ÁREA
▪ ENTREVISTA COM O CLIENTE

Quantos adultos e crianças tem a família?


Qual a idade das crianças?
Há idosos, que habitam ou que fazem visitas periódicas?
Como desejam utilizar a área do jardim?
Que elementos serão construídos (piscina, quadra de jogos, churrasqueira, parquinho)?
Têm cães ou outros animais?
Gostam de plantas?
Sabem cultivá-las?
Desejam construir locais para o cultivo de plantas, como orquidário, horta, pomar?
Gostam de permanecer muito tempo no jardim? Será um jardim para contemplação?
A execução do jardim será feita de uma só vez, ou em etapas?

A partir da leitura destes elementos se poderá́ ter uma ideia geral da qualidade do espaço, e das
suas necessidades, e também será́ possível a identificação dos pontos de interesse e o
levantamento de problemas e potencialidades.
LEVANTAMENTO

▪ MAPA DE SOMBRA

Sobre a área propriamente dita do projeto é necessário considerar os seguintes aspectos:


▪ As finalidades das áreas de uso;
▪ Predominância de áreas ensolaradas (o dia todo, apenas de manhã ou apenas à tarde), de
meia luz e de sombra;
▪ Disposição das janelas (o sol do período da manhã é especialmente desejável nas
residências. Assim, não se deve utilizar vegetação de porte alto nesses locais, pois impedirá a
incidência do sol) – NECESSIDADE DE SOL;
▪ O Sol do período da tarde, muitas vezes não é desejável pelo excesso de aquecimento
proporcionado. Assim, a vegetação deve ser utilizada com o objetivo de impedir a insolação e
evitar o aquecimento excessivo - NECESSIDADE DE SOMBRA.
LEVANTAMENTO

▪ MAPA DE SOMBRA
LEVANTAMENTO

▪ MAPA DE SOMBRA
LEVANTAMENTO

▪ MAPA DE SOMBRA
LEVANTAMENTO

▪ PLANO DE MASSA

Proposta de ocupação da área com a localização e dimensão estimada para os diferentes usos, as
interligações necessárias e a volumetria da vegetação em sua fase adulta.

▪ NECESSIDADE DE VEDAÇÃO DE LINHAS DE VISTA: é muito comum principalmente em


residências, onde se procura vedar a(s) linha (s) de vista da vizinhança ou dos
transeuntes na parte frontal. A vegetação deve ser planejada com esse objetivo,
proporcionando maior privacidade aos proprietários.
▪ NECESSIDADE DE VEDAÇÃO DE RUÍDOS RUÍDOS (especialmente de trânsito): podem
ser diminuídos utilizando-se a vegetação na forma de cercas-vivas.
▪ NECESSIDADE DE MEDIDAS DE PROTEÇÃO DO SOLO: emprego de espécies de raízes
mais profundas, e com o revestimentos de taludes e áreas declivosas com grama.
LEVANTAMENTO

▪ PLANO DE MASSA
LEVANTAMENTO

▪ ANTEPROJETO
O anteprojeto consiste na apresentação da solução conceitual e física do problema, com as
definições da distribuição das funções e das áreas de intervenção com seus elementos principais,
naturais e/ou edificáveis.
LEVANTAMENTO

▪ ANTEPROJETO
LEVANTAMENTO

▪ ORÇAMENTO
LEVANTAMENTO

▪ PROJETO GRÁFICO
LEVANTAMENTO

2. IMPLANTAÇÃO
A implantação começa com a aquisição das mudas junto a um viveirista, ou que podem também
ser fornecidas pelo próprio paisagista.
A participação do jardineiro é muito importante também nessa fase, ele auxiliará na marcação
das covas no terreno, delimitando os espaços destinados para situar cada conjunto de plantas.

3. MANUTENÇÃO
Quanto à manutenção, ela diz respeito às condições básicas que favorecem a vitalidade do
jardim, ou seja, trata-se da provisão das circunstâncias essenciais à sobrevivência das espécies de
plantas que habitarão esse espaço. Portanto, o responsável pela manutenção deve estar a par da
classificação dos nutrientes, da importância da água para o desenvolvimento da planta, da
exterminação de pragas e doenças e dos tipos de podas.
O PROJETO DE JARDIM

1. PARQUE KEUKENHOF, EM LISSE, HOLANDA 2. KOISHIKAWA KORAKUNEN, TÓQUIO, JAPÃO

3. MUSEU QUAI BRANLY, PARIS, FRANÇA


O PROJETO DE JARDIM

4. SCHLOSS MIRABEL, SALZBURGO, ÁUSTRIA 5. JARDIM ORNAMENTAL DO TEMPLO BAHAI EM


HAIFA, ISRAEL

6. PARQUE KORAKUEN, NA CIDADE DE OKAYAMA, NO JAPÃO, DURANTE O MÊS DE DEZEMBRO


O PROJETO DE JARDIM

7. CHATSWORTH HOUSE, REINO UNIDO 8. PALÁCIO DE VERSALHES FRANÇA

9. VISTA PANORÂMICA DO JARDIM DO CHÂTEAU VILLANDRY, NO VALE DO LOIRE, FRANÇA


O PROJETO DE JARDIM

10. Jardim Botânico, Rio de Janeiro 11. Jardim do Instituto Inhotim, em Brumadinho,
Minas Gerais
O PROJETO DE JARDIM

12. GARDEN OF COSMIC SPECULLATION, ESCÓCIA 13. PALÁCIO DE CASERTA, ITÁLIA

14. JARDIM DO PALÁCIO GENERALIFE, 15. JARDIM DO HUNTINGTON LIBRARY EM LOS


EM GRANADA, ESPANHA ANGELES, NA CALIFÓRNIA

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