Eletrônica Aplicada (ELETROTECNICA)

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SUMARIO

Reguladores de tensão lineares...........................................................................4


Diodo Zener........................................................................................................4
Curva característica para o diodo zener.............................................................4
Regulação de tensão............................................................................................5
Regulador de tensão série...................................................................................6
Regulador de tensão paralelo..............................................................................6
Regulador com amplificador de erro..................................................................6
Circuito para limitação de corrente....................................................................7
Circuitos de proteção..........................................................................................8
Parâmetros de regulação.....................................................................................8
Reguladores de tensão integrados......................................................................9
Reguladores fixos positivos...............................................................................10
Reguladores fixos negativos..............................................................................10
Reguladores de tensão ajustáveis......................................................................11
Dissipação de calor em semicondutores...........................................................13
Propagação do calor .........................................................................................13
Cálculo do dissipador........................................................................................14
Cálculo da área do dissipador...........................................................................16
Modo de condução descontinua (MCD) ..........................................................18
O conversor Boost.............................................................................................19
Condução contínua...........................................................................................20
Condução descontínua......................................................................................20
Circuitos de comando em PWM.......................................................................20
O que são circuitos de controle? .......................................................................21
O que é pwm......................................................................................................21
Integrados mais utilizados................................................................................23
O circuito integrado 1524-2524-3524...............................................................23
O circuito integrado 1524A-2524A-3524A.......................................................23
O circuito integrado TL494...............................................................................23
Oscilador dente-de-serra...................................................................................23
Funcionamento.................................................................................................24
Montagem dos componentes numa PCI...........................................................25
Amplificador de erro.........................................................................................26
Controle de saída...............................................................................................26
Gerador de tempo morto..................................................................................26
Filtros passivos e ativos.....................................................................................26
O Decibel...........................................................................................................26
Filtros passivos..................................................................................................27
Filtro passa baixas passivo................................................................................28
Filtro passa baixas ideal....................................................................................28

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Filtro passa baixas real......................................................................................28
Filtro passa altas passivo ..................................................................................28
Filtro passa altas ideal.......................................................................................29
Filtro passa altas real.........................................................................................29
Filtros Ativos.....................................................................................................29
Filtropassa baixas de primeira ordem..............................................................29
Filtro passa altas de primeira ordem................................................................30
Filtro passa baixas de segunda ordem..............................................................31
Filtro passa altas de segunda ordem.................................................................32
Cascateamento de filtros...................................................................................32
Filtro rejeita banda (band-stop)........................................................................33

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Reguladores de tensão lineares

Reguladores de tensão lineares são circuitos de controle de tensão que gerenciam a


mudança das variáveis dentro dos níveis de tensão das entradas de dispositivos eletrônicos,
ou seja,por mais que entre uma tensão pulsante e maior que a desejada na entrada, o regula-
dor, deve apresentar em sua saída um valor constante fixo, e aguentar também variações na
corrente da carga e na temperatura.

Os reguladores realizam suas operações com a ajuda de componentes eletrônicos


passivos e ativos. Reguladores de tensão em lineares têm uma posiçãodistinta entre os di-
ferentes tipos de reguladores. Essa distinção é baseada em sua estrutura única, operações,
recursos e aplicações.

São a última etapa da fonte, mas não menos importante.

Diodo Zener

Diodo Zener  é um dispositivo ou componente eletrônico semelhante a um diodo


semicondutor, projetado para trabalhar sob o regime de condução inversa, ou seja, acima
da tensão de ruptura da junção PN.

O diodo zener é equivalente a uma fonte de tensão d.c, quando operando na região de
ruptura, isto é, podemos considerá-lo como uma fonte d.c com uma pequena resistência interna.

Sua principal vantagem é manter a tensão nos seus terminais aproximadamente cons-
tante. Seu símbolo eletrônico é mostrado na figura abaixo:

Em circuitos práticos, devido a resistência interna, a voltagem terminal de uma bateria


varia com a corrente. O diodo Zener pode ser usado para estabilizar a voltagem d.c de modo que
o circuito seja provido de uma fonte estabilizada.

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Curva característica para o diodo zener

A figura mostra a curva característica para o diodo zener, onde na região de polarização
direta, começa a conduzir em 0,7 V ou próximo.

Na região reversa, note que a ruptura não é destrutiva, o “joelho” (VZ) é severamente
pronunciado. Seguido a um drástico aumento de corrente, a tensão é praticamente constante
(VZ), em quase toda a região de ruptura). O valor de VZ é geralmente especificado para uma de-
terminada corrente de teste IZT.

A potência dissipada por um diodo zener é dada por:

PZ = VZIZ

Desde que a potência não seja ultrapassada, o diodo zener pode operar dentro da re-
gião de ruptura sem ser destruído.

Na especificação do fabricante, está incluída também a corrente máxima que o diodo


pode suportar, em função da máxima potência. Assim:

onde:

= máxima corrente de zener especificada

= potência especificada

= tensão de zener

Quando um diodo zener está operando na região de ruptura, um aumento na corrente


produz um ligeiro aumento na tensão. Isto significa que o diodo zener tem uma pequena resis-
tência, denominada impedância zener (ZZT), associada a IZT; .

Regulação de tensão

Para que ocorra o efeito regulador de tensão é necessário que o diodo zener opere den-
tro da região de ruptura, observando-se as especificações da corrente máxima.

O regulador de tensão a Zener é analisado traçando-se a característica tensão-corrente


associada a RS.

Analise o circuito abaixo:

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No circuito a corrente IRS que circula por RS( resistor em série) é a própria corrente que
circula pelo diodo zener, pela lei de Kirchhoff:

I_rs=((V_i-V_(z )))/R_s2

Regulador de tensão série

O Regulador Série é constituído da ligação de um diodo zener com o transistor Bipolar.


O diodo tem a função de provocar uma regulação da tensão enquanto o transistor controla a
corrente suprida pela carga permitindo um maior consumo.

A tensão de saída será igual a tensão regulada do zener menos a queda de tensão
base emissor do transistor (VBE). A carga do zener será a base do transistor, IB será igual a
corrente do coletor dividido pelo beta do transistor.

Regulador de tensão paralelo

A exemplo do regulador série, o transistor atua como elemento de controle e o zener


como elemento de referência.

Como a carga fica em paralelo com o transistor, daí a denominação regulador parale-
lo, cujo circuito é mostrado abaixo.

A análise do seu funcionamento segue basicamente os mesmos princípios do


regulador série, no que diz respeito aos parâmetros do transistor e do diodo zener.

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Regulador com amplificador de erro

É constituído de um regulador série controlado por um amplificador de erro. Um divisor


de tensão na saída do circuito coleta uma amostra de nível que serve de comparação com a
tensão de referência de um diodo zener.

Inicialmente um aumento de tensão na entrada provocará uma tendência de aumento


da tensão na saída, VR3 aumentará incrementando também IB2 e IC2. VCE2 reduzirá e como VE2 é
constante então a corrente de base de T1 terá uma redução já que IB1 = IR1 - IC2. Esta queda de
IB1 provocará um aumento proporcional de VCE1, reduzindo o nível de tensão da saída.

Este processo permite que o circuito apresente uma melhor qualidade de regulação,
já que haverá uma amplificação no sinal de comparação do erro, além de possibilitar o uso de
diodos zener com menores tensões e consequentemente menores potências de dissipação.

Circuito para limitação de corrente

Os circuitos de limitação de corrente são utilizados para proteger fontes de alimentação


quanto a cargas sensíveis. Na Figura abaixo é apresentado o circuito do limitador de corrente,
ele é composto apenas por dois dispositivos eletrônicos o regulador de tensão LM317 e o resistor
R 1.

No circuito eletrônico da figura acima também é apresentada a equação que determina


o limite de corrente. O resistor R1 pode ser um resistor variável ou fixo, lembre-se de calcular a

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potência dissipada pelo resistor e respeitar a máxima corrente que o LM317 pode fornecer.

Exemplo:

Limitador de corrente de precisão para 500mA (0,5A);

R1=1,25/0,5 = 2,5ohms;

Potência dissipada no resistor quando conduz a corrente máxima (500mA)

P=Rx I² = 0,625W (utilize um resistor com potência de 1W)

Circuitos de proteção

O circuito da Figura abaixo mostra a utilização do diodo zener na proteção de circuito.


Esse circuito evita que a carga seja submetida a tensões maiores de Vz, quando a tensão de
entrada for igual ou maior que a tensão zener, o diodo D começa a conduzir reversamente, a
corrente Iz é limitada pelo resistor de proteção, o fusível deve ser projetado para abrir quando Iz
for atingida. Esse circuito é interessante para desligar a carga da fonte em caso de sobretensão.

O circuito da Figura abaixo ilustra uma maneira de proteger equipamentos de medição


ou circuitos, o funcionamento do circuito é semelhante ao da circuito anterior, a tensão sobre o
circuito/equipamento de medição não passa de Vz (tensão do diodo zener), porém dessa vez a
ausência de fusível impossibilita que o dispositivo seja desligado da fonte, por isso esse circuito
é indicado em situações onde o sobretensão tenha umvalor máximo conhecido ou previsível, de
tal forma que não ultrapasse a máxima potência que o Diodo Zener possa dissipar.

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Parâmetros de regulação
Em projetos de fontes alguns parâmetros são calculados para que sejam definidas as
características de robustez a variações na carga e na linha. Desta maneira, listamos abaixo os
parâmetros citados:
• Regulação de Carga

Uma medida da variação percentual máxima da tensão de saída para uma dada va-
riação percentual da corrente na faixa de operação. Isto indica a capacidade do regulador para
fazer frente ou opor-se às variações das cargas:

Regulação de Carga

• Regulação de Linha

Razão da variação percentual máxima da tensão de saída para uma variação percen-
tual especificada da tensão de entrada. Ela indica a capacidade do regulador em tolerar as flu-
tuações da tensão de entrada.

Regulação de linha

Reguladores de tensão integrados

Estes circuitos integrados garantem, dentro de determinados parâmetros, que a vol-


tagem disponível fique estável em um valor determinado, independentemente de variações de
temperatura, de flutuações do consumo e de flutuações da entrada.

Outra característica destes circuitos e a substancial atenuação das flutuações caracte-


rísticas da filtragem (ripple) resultando em uma tensão constante bastante “limpa”. Por exemplo,
aquela fonte citada no item anterior, fornecendo 1A com um capacitor de filtro de 4.700μF, teria

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seu ripple reduzido de 510mV para 0,51mV se utilizasse um regulador integrado7805. Uma re-
dução por um fator de 1000! O regulador LM317 proporciona reduções ainda maiores, podendo
chegar a um fator de 10.000, usando um capacitor de 10 μF em paralelo com seu resistor de
ajuste, conforme indicado mais adiante.

Reguladores fixos positivos

A família 78xx e barata e muito popular. Na nomenclatura destes integrados, xx repre-


senta a voltagem na saída. Os mais comuns são o 7805 (5V) e o 7812 (12V). Também existem
7806, 7809, 7815 e 7824, mas nem todos os fabricantes os produzem e sua disponibilidade não
e tão grande. Também depende do fabricante a corrente máximadisponível. Todos fornecem
pelo menos 1A, mas alguns fabricantes informam 1,5A em seus datasheets. Talvez a populari-
dade destes integrados se explique pela simplicidade de sua ligação.A tensão na entrada deve
ser pelo menos 2,5 volts maior que a tensão nominal de saída, e a tensão máxima admitida na
entrada e de 35 volts.

A figura abaixo mostra a montagem de um regulador integrado da família 78xx em uma


placa de circuito impresso pelo método das ilhas coladas.

Reguladores fixos negativos

Para regular tensões negativas, existe a família 79xx. Contam com a mesma simplici-
dade de montagem.

A figura abaixo mostra a montagem de um regulador integrado da família 79xx em uma


placa de circuito impresso pelo método das ilhas coladas. Repare que o pino central ligado acar-
caça e o pino “entrada” e nãoo “terra”. Portanto, a carcaçanão pode entrar em contato elétrico
com a placa, devendo haver um isolamento entre o integrado e o dissipador ou entre o dissipador
e a placa.

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O uso mais comum dos reguladores integrados negativos e na montagem de fontes
simétricas, como a mostrada na figura abaixo.

Reguladores de tensão ajustáveis

O regulador LM317 e um integrado de 3 pinos barato e fácil de encontrar e pode ter sua
voltagem de saída regulada entre 1,25 e 37 V, suportando uma corrente de 1,5 amperes se for
montado em um dissipador apropriado. O tamanho do dissipador e determinado pela corrente
drenada e também pela redução detensão feita pelo regulador. Ou seja: para uma mesma cor-
rente de saída, um LM317 ligado a uma entrada de 12 volts e regulando a saída para 3 volts,
vai esquentar muito mais do que um regulador ligado a mesma entrada mas reduzindo a tensão
para 9 volts.

O LM317 funciona tentando manter a tensão no pino de saída 1,25 volts (esta tensão
pode variar de um componente para outro) acima da tensão no pino de ajuste. Se a tensão no
pino de ajuste for de 5 volts, o LM317 levara a tensão no pino de saída para 6,25 volts.

Sua montagem e semelhante a da família 78xx, precisando apenas de um resistor fixo


e um potenciômetro para determinar sua tensão de saída. Esta tensão pode ser calculada apro-
ximadamente como:

A tensão de entrada deve ser sempre 3 volts maior que a tensão esperada na saída,
mas limitada a um máximo de 40 volts. A corrente de saída deve ser acima de 10mA para o bom
funcionamento do integrado.

O circuito mostrado abaixo ilustra a utilização do LM317 como fonte variável de tensão.

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O potenciômetro (Rvar) e o resistor (Rfix) devem ser escolhidos de forma que o giro com-
pleto do eixo do potenciômetro corresponda avariação de zero a tensão máxima esperada na
saída. A tabela abaixo sugere valores que atendemesta exigência:

Usando a formula,pode-se calcular valores para as resistênciasnecessárias para qual-


quer tensão de saída. Se não forem encontrados no mercado potenciômetros com a resistên-
cianecessária, pode-se colocar um resistor em paralelo com o potenciômetro. Por exemplo, se
não for encontrado um potenciômetro de 5k, pode-se usar potenciômetro de 10k com um resistor
também de 10k em paralelo. Este arranjo sacrifica a linearidade da variação de tensão, mas isto
não interfere com a maioria das aplicações.

Voltagem Rfix Potenciômetro


máxima
na saída
5V 330Ω 1k
9V 150Ω 1k
12V 560Ω 5k
15V 390Ω 5K
24V 270Ω 5K
29V 180Ω 5k
37V 330Ω 10k
A colocação de um capacitor de 10 μF em paralelo com o resistor variável do circuito
não e necessária para a maior parte dos usos, mas faz com que a redução do ripple possa che-
gar a um fator de 10.000.

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Montagem de um regulador va- Detalhe da ligação do resistor
riável em uma placa de circuito impres- de ajuste mencionado acima e do ca-
so usando o método das ilhas coladas. pacitor de 10uF, ambos opcionais.
O LM317 tem uma versão destinada a controlar tensões negativas como a família 79xx.
Trata-se do LM337.

Dissipação de calor em semicondutores

Um importante aspecto da utilização de componentes de semicondutores é a influência


da temperatura s6bre os mesmos, devendo-se verificarcuidadosamente as especificações dos
fabricantes com relação aos dados térmicos. Além disso,vários estudos experimentais mostram
que ‘a simples redução à metade da temperatura de operações conduz, em media, a uma dupli-
cação da vida do componente de ‘semicondutor. Assim, por exemplo, um transistor que possui
uma temperatura máxima permissível para a junção de 90°C, poderá ter sua vida muito atenuada
se for utilizado neste regime máximo. Caso se utilize um dispositivo que permita reduzira tem-
peratura da junção, podemos fazer com que o transistor dissipe maior potência e ‘tenha uma
‘temperatura de junção mais ·baixa que a temperatura máxima permissível.

Propagação do calor

Entende-se por transmissão de calor o transporte de uma quantidade de umponto para


outro do espaço, podendo esta transmissão ser realizada por trêsdiferentes processos: condu-
ção, radiação econvecção.

A transmissão de calor por condução ocorre somente na presença da matériae podeser


interpretada como o transporte de calor de uma molécula para outra.

Na radiação uma parte da energia contida em um corpo transformada emenergiaradian-


teetransportadaatravés do espaço, até encontrar outro corpo, onde então uma parte ou toda a
energia é transformada novamente em calor. A convecção é o processo que ocorre quando as
partículas de matéria mudam a sua posição no espaço.

Verifica-se nos gases e nos líquidos, sendo acompanhada da condução de calor de


partícula para partícula, a menos que a temperatura seja constante em cada ponto do fluido.

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Na convecção há a distinguir a convecção natural e a convecção forçada.

Na convecção natural a diferença de temperatura existente entre os pontos do fluído dá


origem a diferentes densidades do fluído nestes pontos, originando-se uma corrente de convec-
ção, em função do deslocamento das partículas mais densas para ‘baixo e das menos densas
para cima. Outras vezes se estabelece uma diferença de pressão externa e quando o efeito de
convecção natural desprezível face ao oriundo da diferença de pressão chamamos a este pro-
cesso especialmente de Convecção Forçada.

Cálculo do dissipador

Neste item, são indicados alguns critérios a serem adotados no dimensionamento de


dissipadores. Os valores de potência serão dados como ponto de partida para facilitar o enten-
dimento através do exemplo dado. Em situações reais, deverão ser calculados a partir de dados
obtidos nas folhas de dados dos componentes ou pela observação das formas de onda em um
osciloscópio.

Preferencialmente, a temperatura de trabalho da junção deve ser de 20% a 30% menor


que o seu valor máximo, permitindo a proteção do componente sem superdimensionar o dissi-
pador.

Para ambientes nos quais não se faça um controle rígido de temperatura, deve-se utili-
zar uma temperatura ambiente de 40ºC, considerando-se assim um caso extremo.

Caso o dissipador se encontre dentro de algum recipiente ou caixa na qual a tempe-


ratura possa passar dos 40ºC, considera-se sempre a máxima temperatura do ar com o qual o
dissipador troca calor. É conveniente, à falta de maiores informações, utilizar o valor de 40ºC,
verificando após a entrada em operação do protótipo a real temperatura ambiente.

Verificar a necessidade do uso de isoladores (mica, teflon ou mylar) e não desconsiderar


suas resistências térmicas.

É sempre recomendável a utilização de pastas térmicas, lembrando de se considerar a


sua resistência térmica.

Exemplo:

Rtjc= 1ºC/W (dado de catálogo)

Rtca = 35ºC/W (dado de catálogo)

Rtcd = 0,7ºC/W (isolador e pasta)

Ztjc = 0,01ºC/W (dado de catálogo)

P = 20W

Pp = 5kW

Tjmax = 150ºC

Ta = 40ºC

a) Cálculo em regime permanente

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O dissipador térmico a ser selecionado deve possuir uma resistência térmica menor do
que a calculada. Ou seja, pode-se adotar:

Recalculando-se o novo valor de Rteq (para o dissipador utilizado cuja resistência térmi-
ca é Rtda), obtém-se Rteq = 2,5°C/W.

b) Cálculo em regime transitório

Como pôde ser observado acima, no transitório ultrapassou-se o valor de Tj estabeleci-


do, sendo necessário redimensionar o dissipador, a partir de um valor admissível de Tc.

Desta forma, protege-se o dispositivo contra a potência média dissipada e os pulsos de


potência nos transitórios, ao utilizar-se um dissipador de resistência térmica de 0,8ºC/W. Outra
possibilidade seria usar um dissipador de maior resistência térmica,mas fazendo uso de ventila-
ção forçada.

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Cálculo da área do dissipador
Os valores tipicamente usados para expressar a eficiência de um dissipador são a re-
sistência térmica e a “queda de pressão”. A resistência térmica é expressa como o aumento da
temperatura por watt (°C/W). Quanto menor o valor, melhor a performance térmica do dissipador.
A queda de pressão é a resistência encontrada pelo ar se movendo através do dissipador ex-
pressa em unidades de mmH2O, e deve ser idealmente a mais baixa possível. Em geral estes
dispositivos são construídos em alumínio dada sua boa condutividade térmica(condição indis-
pensável), baixo custo e peso. Alguns são construídos em cobre e alguns são uma mistura dos
dois. O volume do dissipador se associa às características dinâmicas dos fenômenos térmicos.
A utilização de um grande número de aletas é para aumentar a área de roca de calor. A resistên-
cia térmica para uma placa plana quadrada pode ser aproximadamente dada por:

λ: condutância térmica (a 77°C)[W/(°C.cm)]

E: espessura do dissipador [m]

A: área do dissipador [cm2]

: fator de correção devido a posição e tipo de superfície

Valores de condutância térmica (λ)para diferentes materiais.

O fator varia com a posição do dissipador, sendo preferível uma montagem vertical à
horizontal por criar um efeito “chaminé”. Dissipadores pretos são melhores irradiadores de calor
que aqueles com superfície brilhante. A tabela abaixo mostra os valores do coeficiente em fun-
ção da posição que o dissipador é colocado e do tipo de sua superfície.

Valores para a superfície preta pode ser conseguida pela cobertura do dissipador com
óxido preto, mas o preço pode aumentar na mesma proporção que a resistência térmica cai.

Dissipador brilhante Dissipador escuro


Montagem vertical 0,85 0,43
Montagem horizontal 1,0 0,50

Conversores Chaveados

Conversores chaveados são conversores eletrônicos de tensão. Estes circuitos, muito


similares a uma fonte chaveada (na verdade fazem parte dela), geralmente realizam a conversão
aplicando tensão contínua pulsada em um indutor ou transformador com determinada frequên-
cia/período (usualmente na faixa de 100 kHz a 5 MHz ) que faz com que o fluxo de corrente gere
energia magnética armazenada, que é então aproveitada em uma saída. Ajustando-se o ciclo de

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trabalho, a tensão na saída pode ser alterada, ou preferencialmente, mantida estável, através
de um controle adequado (realimentação), mesmo que ocorram alterações de carga e corrente.
Este método de conversão é mais eficiente (geralmente 80% a 95%) do que conversores linea-
res. Uma desvantagem de conversores chaveados é o ruído eletrônico gerado a altas frequên-
cias, que muitas vezes precisam ser filtrados.

As principais topologias de conversores chaveados são:

• Buck

• Boost

• Buck-boost

• Inversoras

• Forward

• Flyback

• Push-pull

• Meia ponte

• Full bridge

• Ćuk

• SEPIC
O conversor Buck

Este tipo de conversor é utilizado quando é desejada uma redução da tensão de saí-
daem relação à tensão de entrada, o modelo do circuito elétrico correspondente do Conversor-
Buck é ilustrado na Figura abaixo.

Segundo MELLO, 1996, a tensão de saída possui mesma polaridade da tensão daten-
são de entrada. O ruído gerado para a saída é baixo devido à configuração do circuito L1C1, que
forma um filtro passa baixa. A tensão de entrada recebe pulsos do transistor (quandoconduzin-
do), sendo assim, o conversor Buck gera alto ruído para a alimentação de entrada.

O circuito funciona da seguinte maneira: quando o transistor T1 satura (entra emcon-


dução), a tensão de entrada Ve é conectada diretamente ao circuito L1, C1 e Rs. Duranteesse
período o diodo está inversamente polarizado, não influenciando no circuito. Quando otransistor
corta, o diodo passa a conduzir e a tensão Ve é desligada do circuito.

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Modo de condução contínua (MCC)

O modo de condução contínua de operação ocorre quando a corrente através do indutor


no circuito é continua, ou seja, a corrente no indutor é sempre maior que zero.

Buck com chave ligada

Quando a chave estiver ligada:

Buck com chave aberta

E quando a chave estiver desligada:

Modo de condução descontinua (MCD)

O modo de operação descontínua ocorre quando o valor da corrente de carga é menor


ou igual a zero no final de um dado período decomutação. Supondo um aumento e uma queda
linear de corrente através do indutor, o ponto de fronteira entre condução contínua e descontínua
ocorre quando a corrente média do indutor sobre um período de comutação é metade do valor
de pico, como ilustrado abaixo:

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A característica de carga do conversor Buck:

O conversor Boost

Um conversor Boost ou elevador regula a tensão média de saída para umnível superior
ao de entrada. A tensão de entrada está em série com um grande indutor queage como uma
fonte de corrente. A chave em paralelo com a fonte de corrente e a saída édesligada periodica-
mente, fornecendo energia do indutor e da fonte para aumentar a tensãomédia de saída.

A topologia do conversor Boost é mostrada na figura. Quando T é ligado, a tensãoVi é


aplicada ao indutor. O diodo fica reversamente polarizado (pois Vo>Vi). Acumula-seenergia em
L, a qual será enviada ao capacitor e à carga quando T desligar. A corrente desaída, ID, é sempre
descontínua, enquanto IL (corrente de entrada) pode ser contínua oudescontínua.

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Condução contínua

Conversor Boost operando com a chave fechada e aberta respectivamente.

Quando a chave estiver ligada:

E quando a chave estiver desligada:

Condução descontínua

Como mencionado, o modo de operação descontínua ocorre quando ovalor da corrente


de carga é menor ou igual a zero no final de um dado período decomutação. Para calcular esse
limite, o mesmo procedimento realizado para o conversor Buckserá feito para o conversor Boost.

Circuitos de comando em PWM

O que são circuitos de controle?

Os circuitos de potência não são capazes de receber diretamente os sinais de um re-


ceptor, sem que estes sejam primeiramente tratados. A função do Circuito de controle é tratar os
sinais e transferi-los para os sistemas de potência comoo PWM.

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O que é pwm

A modulação PWM (“Pulse WidthModulated”) consiste em uma técnica de comando


com frequência de chaveamento constante, variando-se apenas a largura dos pulsos. A potência
transferida para a carga é uma função da razão cíclica estabelecida. Esta modulação tem como
vantagem importante não só a frequência de operação constante, mas também a sua simplicida-
de de implementação. Com esta técnica podemos controlar a velocidade dos motores, mantendo
o torque ainda que em baixas velocidades o que garante partidas suaves mesmo quando há uma
carga maior sobre os motores. Observe a figura abaixo:

Quando abrimos e fechamos o interruptor, controlamos a corrente na carga. Com o


interruptor aberto não há corrente na carga e a potência aplicada é nula. No instante em que o
interruptor é fechado, a carga recebe a tensão total da fonte e a potência aplicada é máxima.
Fazermos com que a chave seja aberta e fechada rapidamente obtiveremos uma potência in-
termediária de modo a ficar 50% do tempo aberta e 50% fechada. Isso significa que, em média,
teremos metade do tempo com corrente e metade do tempo sem corrente.

Para controlar a potência média aplicada a uma carga deve-se variar a largura do pulso
e o intervalo de tempo, tendo assim ciclos ativos diferentes.

Com a variação da largura do pulso de zero até o máximo, a potência também irá variar
na mesma proporção.
Se fosse possível pressionar e soltar o interruptor um grande número de vezes por se-
gundo, de tal forma que metade do tempo ele fica ligado e metade desligado. O resultado seria
uma onda quadrada como o da figura.

No exemplo o tempo t1 corresponde ao tempo que o interruptor fica precionado e t2 o


tempo que ele fica livre. Como neste caso t1 é igual a t2, durante a metade do tempo o motor
recebe a tensão de 6V e na outra metade ele recebe 0V. A tensão médiaaplicada ao motor é
neste caso de 3V, ou seja, 50% da tensão da bateria.

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Não é possível usar um simples interruptor em um circuito com PWM, não há possibili-
dade depressioná-lo na velocidade necessária, uma vez que o módulo de controle gera cerca de
200 pulsos por segundo.

Para diminuir a velocidade do motor, basta reduzir a largura dos pulsos, mantendo o mo-
tor menos tempo ligado neste exemplo o ciclo ativo é de 30% por que o tempo ativo corresponde
a 30% do período da onda.

No exemplo ilustrado abaixo o ciclo ativo é de 80% e o motor irá girar mais rápido
que no exemplo anterior.

Integrados mais utilizados

Os circuitos integrados são circuitos eletrônicos funcionais, constituídos por um con-


junto de transistores, diodos, resistências e condensadores, fabricados num mesmo processo,
sobre uma substância comum semicondutora de silício que se designa vulgarmente por chip.

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O circuito integrado 1524-2524-3524

O circuito integrado foi um dos primeiros controladores projetados, especificamente,


para fontes chaveadas.

Dependendo do fabricante este circuito possibilita uma frequência de chaveamento de


ate 300KHz possui uma corrente de standby (8mA) e sua tensão de referencia varia apenas 1%
com a temperatura. Possui também um amplificador para limitação de corrente e uma entrada
para inibir as saídas (shutdown). A capacidade de corrente nos transistores é de 100mA e sua
tensão máxima de 40V.

O circuito integrado 1524A-2524A-3524A

Este circuito é semelhante ao anterior, porém possui melhoramentos tais como: corren-
te nos transistores da ordem de 20mA, a alimentação máxima de 60V inibição automática dos
pulsos de saída com alimentação menos que 8V, regulação da tensão de referencia menor do
que 1%.

O circuito integrado TL494

Atualmente são disponíveis comercialmente diversos circuitos integrados de controle


PWM, facilitando enormemente a construção de fontes chaveadas. Na figura abaixo temos o
diagrama de blocos do CI TL494 (ou µA494) que é um dos CIs mais utilizados para a construção
de fontes chaveadas.

Oscilador dente-de-serra
Os sinais cuja forma de onda é do tipo dente-de-serra normalmente são gerados por
osciladores de relaxação com transistores unijunção, PUTs (Transistores Programáveis Unijun-
ção), SCRs e outros dispositivos semicondutores menos comuns. O circuito que descrevemos
neste artigo opera com transistores comuns e sua frequêcia pode ser ajustada numa ampla faixa
de valores.

O circuito que descrevemos pode servir de base de tempo para um osciloscópio de bai-
xa frequência, como gerador de tom para instrumentos musicais ou mesmo em conversores A/D
usados em instrumentos digitais de medida.

Sua principal característica está no fato de usar transistores comuns e por isso não ser
crítico e de fácil montagem.

A frequência dos sinais gerados depende do capacitor C2 e é ajustada numa ampla fai-
xa de valores por P1. Para os valores desses componentes indicados no diagrama, a frequência
pode ser ajustada entre algumas dezenas de hertz até aproximadamente 10 kHz.

Alterações do capacitor C2 podem mudar esta faixa de operação.

Características:

• Tensão de alimentação: 9Vdc

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• Corrente drenada típica: 5mA

• Forma de onda do sinal gerado: dente-de-serra

• Faixa de frequências: 10 Hz a 100 kHz

Funcionamento
Os dois transistores são ligados de modo a formar uma etapa amplificadora de alto-ga-
nho com acoplamento direto. A realimentação do sinal tirado do coletor de Q2, via C2 é feita para
a base de Q1, mantendo assim as oscilações. Estas oscilações tem suas frequências ajustadas
por P1.

Obtemos então na base de Q1 sinais cuja forma de onda é do tipo dente-de-serra, e ao


mesmo tempo, no coletor de Q2, sinais retangulares, devido à comutação rápida deste segundo
transistor.

O sinal pode ser retirado do circuito via C1 e R1 que tem por finalidade não carregar o
circuito, o que dificultaria as oscilações.

MONTAGEM

A figura abaixo mostra o diagrama completo do oscilador.

Os poucos componentes podem ser fixados numa placa de circuito impresso com a
disposição mostrada.

Montagem dos componentes numa PCI


Na verdade, para Q1 e Q2 podem ser usados transistores de uso geral NPN de qual-
quer tipo. Os resistores são de 1/8W ou maiores e os capacitores C1 e C2 tanto podem ser de
poliéster como styroflex. O capacitor C3 ·do tipo eletrolítico com uma tensão de trabalho de 12V
ou mais.

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A alimentação pode ser feita por uma pequena fonte ou ainda bateria, já que o consumo
não é elevado.

Para a saída de sinal, se o aparelho for usado como gerador de bancada para testes em
geral, pode ser usado um jaque do tipo P2 ou RCA.

Outra possibilidade consiste em se usar dois fios com garras jacaré.

Utilização

A verificação da forma de onda produzida deve ser feita com um osciloscópio,mas para
saber simplesmente se o circuito está oscilando basta ligar sua saída na entrada de qualquer
amplificador de áudio ou mesmo num transdutor piezoelétrico comum ou fone de ouvido de alta
impedância.

Uma vez comprovado o funcionamento é só usar o aparelho.

Características dos componentes do circuito do oscilador

Semicondutores:

Q1, Q2 - BC548 ou equivalentes - transistores de uso geral

Resistores: (1/8W, 5%)

R1 - 470 k Ω - amarelo, violeta, amarelo

R2 - 22 k Ω - vermelho, vermelho, laranja

R3 - 10 k Ω - marrom, preto, laranja

R4 - 3,3 k Ω - laranja, laranja, vermelho

R5, R6 - 1 k Ω - marrom, preto, vermelho

P1 - 100 k Ω - potenciômetro (ou trim-pot)

Capacitores:

C1 - 47 nF (473 ou 0,047) - cerâmico ou poliéster

C2 - 470 nF (474 ou 0,47) - cerâmico ou poliéster

C3 - 100 µF/12V - eletrolítico

Diversos:

J1 - jaque RCA

S1 - Interruptor simples

B1 - 9V - bateria ou fonte

Placa de circuito impresso

Caixa para montagem

Conector de bateria

Botão para o potenciômetro

Fios
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Solda
Amplificador de erro
O amplificador de erro amplifica a diferença entre a tensão de saída e a tensão de re-
ferência interna (5 Volts ± 5%) para gerar o sinal de erro. Um segundo amplificador de erro é
provido no CI tipicamente para a detecção de sobre-corrente de saída.
Controle de saída
O pino de controle OC de saída permite que sejam gerados sinais de controle para tran-
sistores operando em configuração push-pull, ou seja, sinais não superpostos no tempo e em
oposição de fase. Se o pino estiver aterrado, é gerado um sinal apenas, para operação com um
único transistor de chaveamento (single-ended).

Gerador de tempo morto


Para possibilitar que o transistor tenha tempo suficiente para cortar e saturar, o ciclo
útil (dutycycle) é limitado através da inserção de um tempo morto (dead time). O tempo morto é
aproximadamente 3 a 5% se o controle de tempo morto estiver aterrado. Podemos variar o tem-
po morto ajustando a tensão do terminal de controle de tempo morto.
Filtros passivos e ativos

Filtros são tipos de circuitos cujo ganho depende da frequência do sinal a eles aplica-
dos. Essa característica permite que eles sejam utilizados para selecionar uma determinada
faixa de frequências o pra eliminar sinais indesejáveis como ruídos.

O Decibel

Sabendo que o Ganho de uma função de transferência relaciona duas grandezas de


mesma natureza, esta é, portanto, adimensional.

O Decibel é uma forma de medir a relação entre duas grandezas físicas de mesma natu-
reza, sendo adotado para expressar o ganho na resposta em frequência de circuitos eletrônicos.
O nome Decibel é uma homenagem á Alexander Grahan Bell.

O conceito de Decibel (dB) está relacionado à audição. O ouvido humano não responde
de forma linear aos estímulos que lhe são impostos (potência sonora), porém, de forma logarít-
mica. Por

exemplo, se a potência sonora sofrer uma variação de 1W para 2W, a sensação sonora
não dobrará. Para que a sensação sonora dobre, a potência associada a ele deverá ser multipli-
cada por dez, ou seja, varia de forma logarítmica (1, 10, 100, 1000, ...).

Logaritmos são usados para comprimir escalas quando a faixa de variação de valor é
muito ampla e, também para transformar as operações de multiplicação e divisão em operações
de soma e subtração, respectivamente.

Na análise de circuitos eletrônicos é comum usarmos a escala logarítmica para expres-


sar os valores de Ganho, em Decibel.

O Decibel (dB) é a décima parte do Bel (B). O Bel relaciona dois níveis de potência Pe
e Os na forma:

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Desta forma, se Ps =10.

Pe o ganho de potência vale 10 pois a saída é dez vezes maior que a entrada:

Então o ganho de potência é 1B, isto é, Ps está 1 bel acima de Pe (temos uma amplifi-
cação de 1 Bel).

A unidade Bel é muito grande, por isso, usamos o Decibel pela equação:

Assim, se Ps=1000.Pe, o ganho de potência vale 1000 pois a saída é 1000 vezes maior
que a entrada, então:

E o ganho de potência é de 30 dB, isto é, uma amplificação de 30 dB. Por outro lado, se
Ps= 0,001.Pe o ganho de potência vale 0,001, pois a saída será mil vezes menor que a entrada,
então:

O ganho de potência é de -30dB, ou seja, uma atenuação de 30dB.

Filtros passivos

O termo Passivo refere-se ao fato de estes circuitos se utilizam apenas de componen-


tes Resistivo, Indutivo e Capacitivo e que não requerem alimentação para produzir o resultado
desejado.

Podemos projetar circuitos:

1- Passa Alta

2- Passa baixa

3- Passa faixa

4- Rejeita faixa

A curva ideal de um dispositivo de filtro seria expressa por:

Ou seja, em uma determinada frequência desejada este circuito leva o ganho a ZERO.
O que significa dizer que o sinal foi completamenteatenuado.

Isto não é possível de ser produzido, mas podemos usar istocomo modelo e tentar che-
gar o mais próximo possível deste.

Considera-se como “eliminado” o sinal especificado quando aamplitude do sinal chega


em 0,707 () do seu valor máximo o queequivale a cerca de 70% do nível do sinal.

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Filtro passa baixas passivo
Um filtro passa baixas é um circuito formado por um resistor e um capacitor conectados
em série de maneira a permitir que somente as frequências abaixo de uma frequência particular
chamada frequência de corte (Fc) e elimina as frequências que estiverem acima desta frequência.

Estes filtros RC não são perfeitos, desta forma podemos analisar o caso ideal e o caso
real.
Filtro passa baixas ideal

Filtro passa baixas real

Filtro passa altas passivo

Um filtro passa altas RC é um circuito formado por uma resistência e um capacitor


conectados em serie de maneira que permita que passem apenas frequências acima de uma
frequência particular chamada frequência de corte(Fc) e elimina as frequências que estiverem
abaixo desta.

Filtro passa altas ideal

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Filtro passa altas real

Filtros Ativos
Os filtros ativos diferem dos passivos por terem um elemento amplificador operacional e
por permitirem que tenhamos inclinações maiores que 20dB/década e um ganho maior do que o
unitário. Ao contrario dos filtros passivos, estes requerem alimentação e são bastante populares,
existindo uma grande variedade de tipos diferentes (Butterworth, Chebyshev, Bessel e outros),
cada um com uma característica.

Os filtros ativos se classificam de acordo com o numero de redes RC que possuem (ou o
numero de pólos). Quanto maior o numero de redes RC maior a queda (atenuação). Assim sendo
temos filtros com atenuação de 20dB/Década (1 pólo), 40dB/Década (2 pólos), 60dB/Década (3
pólos), etc.
Filtro passa baixas de primeira ordem

O circuito acima é nomeado de filtro ativo passa baixa de primeira ordem. O filtro pas-
sa baixa recebe este nome pois permite a passagem de todas as frequências de zero até a
frequência de corte (banda de passagem) e bloqueia todas as frequências acima da frequên-
cia de corte (banda de corte). O circuito é denominado de primeira ordem, pois há apenas 1
capacitor no circuito. O gráfico abaixo mostra a relação Ganho/ Frequência de um filtro passa
baixo ideal:

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Filtro passa altas de primeira ordem

O circuito acima é nomeado de filtro ativo passa alta de primeira ordem. O filtro passa
alta recebe este nome, pois permite com facilidade todas as frequências acima da frequência
de corte definida e atenua os sinais com frequência abaixo da frequência de corte. Dessa ma-
neira, o filtro passa alta tem o seu funcionamento contrário ao filtro passa baixa. O filtro do cir-
cuito acima recebe a nomeação de primeira ordem, pois há apenas um capacitor no circuito.
O gráfico abaixo mostra a relação Ganho/ Frequência de um filtro passa alta ideal:

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Filtro passa baixas de segunda ordem

Existem inúmeras formas e topologias para implementação de filtros passa baixas. Uma
delas é a implementaçãoSallen-Key mostrada na figura abaixo:

Como podemos observar em sua função de transferência, esta é uma implementação


de segunda ordem. Como nos filtros vistos até o momento, várias estruturas podem ser casca-
teadas com a finalidade de criarmos um filtro de ordem superior.

A principal diferença entre o filtro passa-baixa de primeira ordem e o de segunda ordem


está na quantidade de componentes armazenadores de energia presente no circuito (no caso, os
capacitores). Cada componente desse tipo irá inserir um polo na função de transferência, como
será mostrado a seguir.

Filtro passa altas de segunda ordem

A principal diferença entre o filtro passa-alta de primeira ordem e o de segunda ordem


está na quantidade de componentes armazenadores de energia presente no circuito (no caso, os
capacitores). Cada componente desse tipo irá inserir um polo na função de transferência.

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O gráfico abaixo mostra a relação Ganho/ Frequência de um filtro passa altas de se-
gunda ordem:

Cascateamento de filtros

Vários tipos de filtros podem ser cascateados, de forma a obter um filtro de ordem equi-
valente à soma das ordens dos filtros em questão.

O cascateamento também pode ser utilizado para obter um filtro que passe apenas uma
banda especifica, conforme figura abaixo:

Neste caso, pode ser observado que as respostas dos filtros se interseccionam de for-
ma a criar uma banda de passagem. Assim, podemos calcular as frequências inferior e superior
dos filtros passa altas e passa baixas, respectivamente, de forma a definir a banda passante para
o sinal desejado.

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Filtro rejeita banda (band-stop)
A função de um filtro rejeita-banda é atenuar uma ou várias gamas de frequências limi-
tadas, seja superior seja inferiormente. As Figuras ilustram-se os dois princípios com base nos
quais se podem realizar filtros do tipo rejeita-banda. No primeiro caso trata-se de estabelecer
dois caminhos alternativos entre o terminal de entrada e o terminal de saída do filtro, um deles de
tipo passa-alto e o outro de tipo passa-baixo. Os sinais localizados entre as frequências de corte
do filtro passa-baixo e do filtro passa-alto são rejeitados por ambos os caminhos.

Filtro rejeita-banda (por associação em paralelo de filtros passa-alto e passa-baixo)

No segundo caso explora-se o fato de o somatório das funções de transferência da


entrada para os terminais dos diversos componentes do circuito ser obrigatoriamente unitário.

Filtro rejeita-banda (complementar de um filtro passa-banda)

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