Enrolamentos de Maquinas Eletricas
Enrolamentos de Maquinas Eletricas
Enrolamentos de Maquinas Eletricas
2
SUMARIO
Introdução...........................................................................................................4
Princípios da Conversão Eletromecânica da Energia........................................4
2.1 – Conceitos Básicos.......................................................................................4
2.1.1 - Magnetismo..............................................................................................4
2.1.2 – Fluxo Magnético......................................................................................5
2.1.3 – Densidade de Fluxo Magnético. ...............................................................6
2.1.4 – Ampères-espira NI...................................................................................6
2.1.5 – Intensidade de Campo. ...........................................................................6
2.1.6 – Permeabilidade Magnética. ....................................................................7
2.1.7 – Relutância R.............................................................................................8
2.1.9 - O indutor. ..............................................................................................11
Lei de Faraday....................................................................................................11
Lei de Lenz.........................................................................................................12
2.1.10 – Conceito de CV, HP e Watt..................................................................13
3.1 Campo magnético.......................................................................................15
3.2 Indução magnética......................................................................................15
3.3 Enrolamento de campo...............................................................................16
3.4 Relação entre Conjugado, Potência e Velocidade.......................................18
Conversores Eletromecânicos Elementares......................................................22
4.1 Máquinas Síncronas Elementares ..............................................................24
Dinâmica do Sistema Mecânico: Abordagem Newtoniana..............................30
5.1 Condições de operação:...............................................................................31
5.2 Componentes do Torque de Carga:.............................................................31
5.3 Torque de ventilação (Tv):...........................................................................32
5.4 Torque de aceleração (Tac): ........................................................................32
5.5 Torque de carga (Tc): ..................................................................................32
5.7 Modelagem de Cargas .................................................................................37
5.8 Conjugado Médio da Carga........................................................................37
5.9 Momento de inércia referido ao eixo do motor:.........................................39
5.10 Momento de Inércia em Rotações Diferentes...........................................40
6 Exercícios........................................................................................................42
3
Introdução
O fio magnético é um fio de cobre o qual recebe uma (ou mesmo varias, dependendo
do tipo), camada de verniz que o torna eletricamente isolado, desta forma mesmo que
uma espira toque a espira vizinha não há contato elétrico.
4
Movimento dos elétrons nos átomos.
Na maioria dos materiais, a combinação entre direção e sentido dos efeitos magnéticos
gerados pelos seus elétrons é nula, originando uma compensação e produzindo um átomo
magneticamente neutro. Porém, pode acontecer uma resultante magnética quando um
número de elétrons gira em um sentido e um número menor de elétrons gira em outro
sentido. Assim, muitos dos elétrons dos átomos dos ímãs girando ao redor de seus
núcleos em direções determinadas e em torno de seus próprios eixos, produzem em
efeito magnético em uma mesma direção que resulta na expressão magnética externa.
Esta expressão é conhecida como campo magnético permanente e é representado pelas
linhas de campo.
5
2.1.3 – Densidade de Fluxo Magnético.
B=Ø[T]A
6
[ A ] ℓ: comprimento da bobina em metros [ m ] Fmm: força magnetomotriz, [ A.e ]
7
A permeabilidade μ de um material magnético é dada pela razão entre B e H. μ = B [
T.m/Ae ] H A permeabilidade magnética do vácuo, μ0 vale: μ0 = 4π x 10-7 [ T.m/Ae ] Os
materiais podem ser classificados como: a) Diamagnéticos – Têm a permeabilidade um
pouco inferior à do vácuo. b) Paramagnéticos – Têm permeabilidade um pouco maior
que a do vácuo. c) Ferromagnético – Têm permeabilidade de centenas e até milhares de
vezes maior que o vácuo.
Onde:
2.1.7 – Relutância R.
8
onde:
Ø: fluxo magnético, Wb
R: relutância, Ae/Wb
onde:
R: relutância, Ae/Wb
9
2.1.8 – Circuitos Magnéticos.
Um circuito magnético pode ser comparado a um circuito elétrico no qual uma fem
produz uma corrente. Seja um circuito magnético simples.
10
2.1.9 - O indutor.
Vejamos alguns fenômenos do indutor:
1) Todo indutor percorrido por corrente elétrica gera um campo magnético proporcional
a essa corrente (seja ela contínua ou alternada).
Lei de Faraday.
Vinduzida = N x ΔØ/Δt
Onde:
11
Lei de Lenz
Segundo a lei de Lenz, qualquer corrente induzida tem um sentido tal que o campo
magnético que ela gera se opõe à variação do fluxo magnético que a produziu. Se o
campo está aumentando no sentido norte, a corrente gera um campo norte também, se
o campo diminui no sentido norte, a corrente gera um campo no sentido sul.
Vinduzida = – N x ΔØ/ Δt
Onde:
Vinduzida = – N x ΔØ/ Δt
Ø = B x A [ Wb ] ou Ø = B x A x cos wt [ Wb ]
12
magnético.
Onde:
N; número de espiras
Logo:
Ou
Ou
1CV = 736W e
1HP = 746W.
13
intervalo de tempo.
P=T[W]
Δt
Onde:
P: potência em watt
T: trabalho, N.m
14
Enrolamento sobre um núcleo de ferrite (cerâmico) usado normalmente em rádios ou
outros dispositivos eletrônicos.
O fio magnético é um fio de cobre o qual recebe uma (ou mesmo várias, dependendo
do tipo), camadas de verniz que o torna eletricamente isolado, desta forma mesmo que
uma espira toque a espira vizinha não há contato elétrico.
15
Aqui, dependendo do circuito no qual o enrolamento está inserido, do núcleo usado,
do tipo de fio, do tamanho e espaçamento das espiras, do formato das espiras e da
posição do núcleo (caso exista), o resultado final obtido é tremendamente afetado.
• Bobinas de rádio;
a) Série: Enrolamento que possui poucas espiras de condutor com uma “seção alta”
(diâmetro elevado).
b) Paralelo: Enrolamento que possui muitas espiras de condutor com “seção baixa”
16
(diâmetro reduzido).
Existe ainda um enrolamento de campo chamado de interpólo, que tem como função
equilibrar o magnetismo parasita que desloca a linha neutra das lâminas coletoras em
contato com as escovas. Esse enrolamento anula o deslocamento da linha neutra,
fazendo com que elimine-se o problema de faíscamento entre as lâminas coletoras e as
escovas.
O conjugado, também conhecido por torque, é o esforço realizado por um motor, mais
precisamente pelo centro do eixo do rotor do motor, quando realiza um trabalho de força
ou de movimento. Em termos gerais diz-se que “uma força que atua sobre uma alavanca,
origina um conjugado”. A magnitude da grandeza denominada “conjugado” depende de:
ƒ Da magnitude da grandeza força; ƒ Da magnitude da grandeza comprimento do braço
de alavanca, ou seja, da distância perpendicular da força até o ponto de apoio. OBS:
Em se tratando de uma polia, por exemplo, tal distância vem a ser o raio da mesma
polia, pois a força: ƒ ou é aplicada no centro do eixo e daí é transmitida para a borda
da polia, para a correia, e isso ocorre no caso da polia estar atrelada a um eixo o qual é
fonte de energia cinética; ƒ ou então a força é aplicada na borda da polia, pela correia e
transmitida para o centro do eixo, no caso de um receptor de energia cinética.
Assim:
Para polias:
17
Para engrenagens:
18
OBS: em 2) e 3) dividimos por 2π para ajustar de RADIANOS para ROTAÇÕES (1
rotação = 2π RAD) e multiplicamos por 60 para ajustar de POR SEGUNDOS para POR
MINUTOS (1 min = 60 s); em 3), 4) e 5) dividimos por g, ou seja, por 9,8 para ajustar de
NEWTONS.METRO para QUILOGRAMA-FORÇA.METRO (g é a aceleração da força
da gravidade da terra que corresponde a 9,8 m/s2 ); em 4), 5), 6) e 7) multiplicamos por
736 para ajustar de WATTS para CAVALOVAPOR (1 CV = 736 W). Já, olhando-se para
o conjugado de um ponto de vista estritamente eletromagnético, o mesmo também pode
ser dado por:
19
permanente no lugar do enrolamento de campo.
20
excedente de conjugado de aceleração CAC. Estando o sistema sob este regime de
aceleração, teremos uma velocidade sempre crescente e CAC = CMO - CRE, como o
ocorre em ΔT1.
Na partida o motor estará tracionando a C,P carga e para que a partida seja possível
motor e carga são dimensionados de modo que CMO NOMINAL > CRE PARTIDA. Assim
21
a arrancada é feita com elevado CMO, o que equivale dizer que o motor parte com
corrente de armadura (IA) elevada, mesmo que a tensão VCMED seja reduzida durante
o transitório de aceleração da partida, pois ao partir a FCEM inicialmente é nula e todo o
valor da VCMED aplicada torna-se tensão útil do induzido.
• Lei da força atuante sobre condutor situado em um campo magnético, lei de Biot-
Savart
22
elétrica na sua operação como motor ou gerador é o sentido do percurso da energia
através dela: no gerador, energia mecânica “entra” na máquina pelo eixo do rotor,
atravessa, por meio do fluxo magnético, o espaço estreito existente entre o rotor e o
estator chamado entreferro, é convertida em energia elétrica e “sai” pelos terminais do
estator. No motor elétrico é exatamente o contrário: energia elétrica “entra” na máquina
pelos terminais do estator, atravessa o entreferro, é convertida em energia mecânica
disponível no eixo do rotor. Assim, uma primeira e importante qualidade das máquinas
elétricas rotativas é que uma mesma máquina pode operar como motor ou como gerador.
Quanto à natureza da corrente, as máquinas elétricas podem ser de corrente contínua
(CC) ou de corrente alternada (CA). Os campos de aplicação dessas máquinas são
distintos como será mostrado posteriormente, mas os princípios que governam os seus
desempenhos são os mesmos, havendo apenas algumas particularidades de natureza
construtiva que as diferenciam.
1ª) Fazendo girar um campo magnético constante (imã permanente ou criado por
corrente contínua) de forma que as linhas de força do campo enlacem as bobinas. O
enrolamento se encontra montado na parte fixa da maquina denominada armadura ou
estator e o fluxo magnético é criado na parte rotativa denominada rotor. Os geradores
síncronos são exemplos típicos desta montagem.
23
são induzidas correntes que não contribuem para o desempenho da máquina, pelo
contrário, são perdas que aquecem a máquina e afetam o seu rendimento. Os núcleos
são montados como pacotes de chapas de aço de espessura reduzida que diminuem
os efeitos dessas correntes chamadas correntes de Foucault ou correntes parasitas.
O espaço entre o rotor e a armadura ou estator é chamado de entreferro e, por ser de
ar, nele se concentra a maior parte da relutância do circuito magnético no interior da
máquina.
24
A seção transversal dos dois lados da bobina é indicada pelas letras +a e –a. Os
condutores que formam estes dois lados da bobina são paralelos ao eixo da máquina
e são ligados em série por conexões nas extremidades, não mostradas na figura. O
enrolamento que produz o campo magnético no rotor é alimentado por corrente contínua
que é conduzida até ele por meio de escovas de carvão que deslizam sobre anéis coletores.
O rotor gira a uma velocidade constante, acionado por um órgão primário (uma turbina
hidráulica ou a vapor nas centrais hidrelétricas ou térmicas) acoplado mecanicamente ao
eixo do rotor. Os caminhos do fluxo magnético estão indicados por linhas tracejadas. A
distribuição espacial da indução magnética B no entreferro é mostrada na figura abaixo
em função do ângulo θ ao longo da periferia interna do estator. A forma de onda da
indução magnética das máquinas reais pode se aproximar de uma onda senoidal pela
conformação adequada da forma das sapatas polares.
À medida que o rotor gira, o fluxo magnético associado à onda de indução magnética
enlaça a bobina de N espiras do estator induzindo nela uma tensão e, função do tempo
e com a mesma forma de onda da distribuição espacial. A tensão induzida passa por um
ciclo completo de valores para cada rotação da máquina de 2 polos da figura anterior
(1.1).
25
A frequência em ciclos por segundo (hertz) é igual à velocidade do rotor em rotações
por segundo (RPS). A frequência elétrica está sincronizada com a velocidade mecânica
do rotor, donde o seu nome de máquina síncrona. Portanto, em uma máquina síncrona
de dois polos o rotor precisa girar a 3600 rotações por minuto (RPM) para produzir
tensões e correntes na frequência de 60 Hz. Muitas máquinas síncronas têm mais de
dois polos. Como exemplo, a figura acima mostra um gerador elementar de 4 polos,
também monofásico. As bobinas que criam o campo magnético são ligadas de modo
a criar polos alternados NSNS. Há dois ciclos completos na distribuição espacial da
indução magnética ao longo do entreferro como mostra a figura abaixo. O enrolamento
da armadura agora é constituído de duas bobinas (a1,- a1) e (a2,-a2) ligadas em série
por conexões feitas nas suas extremidades
26
O passo 1 da bobina, distância medida em graus entre os dois lados da bobina, é
igual à metade do comprimento da onda de indução magnética. Quando um lado da
bobina está sob um pólo N, o outro, necessariamente, deve estar sob o pólo S e a
conexão entre os lados deve ser feita de forma a poder somar as tensões induzidas em
cada lado. A tensão induzida passa por dois ciclos completos para cada rotação do rotor.
Logo, a frequência f é o dobro da frequência da máquina de dois pólos girando à mesma
velocidade. Quando uma máquina possui mais de dois pólos, para entender os fenômenos
que ocorrem, basta concentrar a atenção sobre um único par de polos e reconhecer que
as mesmas condições elé- tricas, magnéticas e mecânicas estão presentes em todos os
outros pares de pólos. Por esta razão é conveniente expressar ângulos em graus elétricos
ou radianos elétricos em lugar de falarmos em graus geométricos ou mecânicos. Assim,
a distância entre os eixos magnéticos de um pólo N e um pólo S é igual a 180º elétricos
ou π radianos elétricos, independente do número de pólos da máquina. A distribuição da
indução magnética numa máquina de P pólos correspondente a um par de polos é igual
a 360º elétricos ou radianos elétricos. Como há P/2 comprimentos de onda de indução
magnética completos ou ciclos em uma rotação completa podemos escrever:
27
Sendo P=P/2, o número de pares de pólos, n a rotação da máquina em RPM e f a
frequência. A frequência angular ω ou pulsação da onda de tensão induzida é igual a:
Os rotores mostrados nas figuras 1.1 e 1.3 têm pólos salientes e enrolamentos
concentrados. A figura abaixo mostra, esquematicamente, um rotor de 2 pólos não
salientes ou pólos lisos. O campo magnético é criado por um enrolamento distribuído
em ranhuras dispostas de modo a produzir no entreferro uma distribuição espacial da
onda de indução magnética a mais próxima possível de uma senoide. Este tipo de rotor
é típico dos geradores síncronos das usinas térmicas, pois as turbinas a vapor que os
acionam giram a altas velocidades (3600 e 1800 RPM). A altas velocidades os rotores de
pólos lisos têm um comportamento dinâmico mais estável do que os de pólos salientes.
Tais geradores são facilmente identificados por terem diâmetros do estator relativamente
pequenos comparados com o seu comprimento. São chamados de turbo-geradores.
Numa máquina de pólos lisos o entreferro é de espessura constante ao longo de toda a
circunferência interna, diferente da máquina de pólos salientes, cujo entreferro é estreito
na frente das faces polares e mais largo entre os pólos.
28
Com poucas exceções, os geradores síncronos são máquinas trifásicas, isto é, o seu
enrolamento da armadura deve ser montado de forma tal que possam ser induzidas nele
tensões trifásicas equilibradas defasadas 1/3 de período. Para isto é necessário que o
enrolamento seja formado de no 6 mínimo 3 bobinas deslocadas entre si 120º elétricos
no espaço. A figura abaixo mostra de forma simplificada um enrolamento trifásico de uma
máquina de 2 polos.
29
As bobinas estão designadas por (a,-a), (b,-b) e (c,-c). Em cada uma delas o fluxo
magnético girante do rotor induzirá uma tensão. As tensões induzidas estão defasadas
entre si 1/3 de período. Sendo a máquina de 4 polos, serão necessários 2 conjuntos
de bobinas iguais para formar o enrolamento, conforme mostra a fig. 1.6b. O ângulo
geométrico entre cada uma das bobinas é igual a 60º que correspondem a 120º elétricos.
A fig. 1.6c mostra a conexão entre as bobinas da máquina de 4 pólos para formar um
enrolamento ligado em estrela. Se os terminais do enrolamento não são ligados a
nenhuma carga trifásica não circula nenhuma corrente. Nesta condição diz-se que a
máquina está operando a vazio. Quando os terminais são ligados a uma carga trifásica
a corrente trifásica que circula no enrolamento da armadura cria um fluxo magnético
no entreferro que gira à mesma velocidade síncrona do fluxo magnético do rotor. Esse
fluxo interage com o fluxo do rotor resultando um conjugado eletromagnético devido
à tendência dos dois fluxos magnéticos se alinharem. Num gerador, este conjugado
tem um sentido de atuação oposto à rotação e, portanto, é necessário que um órgão
acionador (uma turbina) forneça um conjugado mecânico no eixo para manter a rotação.
Num motor o conjugado eletromagnético atua no mesmo sentido da rotação do rotor e,
portanto, ele é capaz de fornecer conjugado mecânico no seu eixo para acionar alguma
carga.
30
5.1 Condições de operação:
Regime de aceleração: Tm> Tc, para vencer a inércia => dw/dt > 0 (velocidade
aumenta). Regime de desaceleração: Tm< Tc => dw/dt < 0 (velocidade diminui), Se for
necessário produzir uma parada rápida, o torque desenvolvido pelo motor deve mudar
de sentido (torque de frenagem).
Torque de Atrito (Ta) - os atritos são efeitos sempre presentes e difíceis de tratar
analiticamente. Podem ser:
31
onde:
Wm - velocidade angular
A natureza deste torque depende do tipo de carga. Pode ser constante e independente
da velocidade, pode ser função da velocidade, pode ser variável ou não com o tempo e
pode variar de acordo com as mudanças no modo de operação da carga.
32
Onde k1 e k2 são constantes e x depende do tipo de carga.
O conjugado requerido pela carga depende do tipo de carga a ser acionada pelo
motor.
onde:
33
Formado por cargas que apresentam relação constante entre velocidade e conjugado.
Grupo das cargas que mantém relação linear e direta entre conjugado e velocidade.
34
Conjugado Quadrático (x=2)
Como o nome sugere, este grupo é formado por cargas que mantém uma relação
quadrática entre conjugado e velocidade.
35
Conjugado Inversamente Proporcional (x= -1)
36
5.7 Modelagem de Cargas
Resumo:
37
Temos então para cada tipo de carga
Nas aplicaıes onde são utilizados algum tipo de engrenagem ou outro dispositivo
que produzem velocidades diferentes nos eixos da carga e do motor, as análises do
comportamento do sistema devem ser feitas com as grandezas da carga ( conjugado,
momento de inércia e coeficiente de atrito viscoso ) referidas a velocidade do eixo do
motor.
38
A equação de conjugado da combinação motor-carga Ø descrita por:
Como:
39
5.10 Momento de Inércia em Rotações Diferentes
40
Se o conjunto for semelhante ao da figura abaixo que representa, simplificadamente,
um guincho ou talha para levantamento de cargas, o momento de inércia equivalente
ser:
41
6 Exercícios
b) Se essa mesma bobina for esticada até atingir 20 cm, permanecendo constante o
comprimento do fio e a corrente, qual o novo valor da intensidade de campo (Figura 6b)?
5) Uma bobina tem uma fmm de 500 Ae e uma relutância R de 2 x 106 Ae/Wb.
Calcule o fluxo Ø.
42
7) O fluxo de um eletroímã é de 6 Wb. O fluxo aumenta uniformemente até 12 Wb
num intervalo de 2 segundos. Calcule a tensão induzida numa bobina que contenha 10
espiras se a bobina estiver parada dentro do campo magnético.
8) Um elevador com massa igual a 980 Kg deve ser elevado a uma altura de 30m
por um motor. Se usarmos um motor que realize este trabalho em 30 segundos, qual a
potência mecânica do motor? Considerar a aceleração da gravidade igual a 10 m/s2.
43
9) Um peso de 600N deve ser elevado a uma altura de 2 m por um motor. Se usarmos
um motor que realize este trabalho em 12 segundos e outro que realize em 2 segundos,
qual a potência mecânica de cada motor?
10) Qual o torque disponível no eixo do motor de 7,5 CV com o eixo girando a 1760
rpm?
Gabarito
4) Resposta:
a) N = 40 espiras; I = 3A; ℓ = 10 cm = 0,1 m.
H = NI/ ℓ [ A.e/m ], ou H = Fmm/ ℓ [ A.e/m ].
H = 40 x 3/0,1 = 1200 A.e/m
5) Resposta:
44
Ø = fmm/R [ Wb ]
Ø = 500/2 x 106 = 250 x 10 -6 Wb = 250 μWb
6) Respostas:
Calculando a área e o comprimento em metros.
Af = Ag = 9 cm2 = 9 x 10-4 m2
ℓf = 30 cm = 0,3 m
g = 0,050 cm = 5 x 10-4 m
a) Relutâncias:
μm = μr x μ0 = 70.000 x 4π x 10-7 = 87,9 x 10-3 T.m/Ae
R f = ℓ = 0,3 / 87,9 x 10-3 x 9 x 10-4 = 3,79 x 103 [ Ae/Wb ] μm x Af
9) Resposta:
Sabendo que a força e igual ao peso e vale 600N, podemos calcular a potência mecânica dos dois
motores.
Motor 1. Realiza o trabalho em 12 segundos.
Motor 2. Realiza o trabalho em 2 segundos.
Cálculo do motor 1.
T = F x d = P x d = 600 x 2 = 1200 N.m = 1200 J
45
P = T / Δt = 1200 / 12 = 100 W (potência elétrica ou potência de entrada)
Pmecânica = 100 / 736 = 0,136 CV; devemos usar um motor de 1/3 CV.
Cálculo do motor 2.
T = F x d = 600 x 2 = 1200 N.m = 1200 J
P = T / Δt = 1200 / 2 = 600 W (potência elétrica ou potência de entrada)
Pmecânica = 600 / 736 = 0,815 CV; devemos usar um motor de 1 CV.
10) Resposta:
Velocidade do eixo ou velocidade do motor = nr = 1760 rpm
Transformando de rpm para velocidade angular wr.
wr = nr . 2π / 60 rad/s = 1760 . 2π / 60= 184,3 rad/s
Torque:
T = Pelétrica / wr = 7,5 x 736 / 184,3 = 29,93 N.m
11) Resposta
ntotal = 0,9 x 0,7 = 0,63
ntotal (%) = 63%
46
47
48