PAREPS - Regiao de Saude Carbonifera

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1

21ª SECRETARIA DE ESTADO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL


COMISSÃO INTERGESTORES REGIONAL – (CIR CARBONÍFERA)
COMISSAO DE INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO DA REGIAO CARBONIFERA –
(CIES CARBONIFERA)

PLANO REGIONAL DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA REGIAO


CARBONÍFERA

2012 – 2013

CRICIÚMA - 2012
2

Diretrizes para a implementação da Política Nacional de Educação Permanente


em Saúde na Região Carbonífera - 2012/2013
Portaria GM/MS no 1.996, de 20 de agosto de 2007.

REVISÃO 2012

Elaboração:

- Membros da CIES Carbonífera

Luciane Bisognin Ceretta – Instituição de Ensino - articuladora da Cies Carbonífera


Silvia Salvador do Prado - 21ª Regional de Saúde, Secretária da CIES Carbonífera
Valdemira Santina Dagostim – Secretaria Municipal de Saúde de Içara, Vice-
articuladora da CIES Carbonífera.

Andréia Sharon Salomão Netto – Coordenadora de Educação Permanente em


Saúde da SMS de Criciúma
Anelise Locks – Gerente Estratégia de Saúde da Família da Quarta Linha/HG SMS
de Criciúma
Camila Dagostin Lemos – Coordenadora da Atenção Especializada de Criciúma
Carina Demétrio Lobo - Gerente Estratégia de Saúde da Família Paraíso SMS de
Criciúma
Francielle Lazzarin de Freitas Gava – Secretária de Saúde de Criciúma
Isolete Bolan – Gerente da Estratégia de Saúde da Família do Ana Maria SMS de
Criciúma
Mariana Piazza – Coordenadora de Atenção Básica de Criciúma
Michele Goulart – Secretaria de Saúde de Siderópolis
Diego Anselmi Pires – Odontólogo Secretaria de Saúde de Treviso
Rosana Tasca – Gerente Estratégia de Saúde da Família Vila Belmiro/Jardim União
Sinara Milanez – Secretaria Municipal de Saúde de Cocal do Sul
Giane Carmiatto - Secretaria Municipal de Saúde de Cocal do Sul
Rubia Pimentel – Secretaria Municipal de Saúde de Morro da Fumaça
Glicia Pagnan – Secretaria Municipal de Saúde de Içara
Sara Pavei – Secretaria Municipal de Saúde de Orleans
Daiane Querino – Secretaria Municipal de Saúde de Lauro Muller
Marisa Dorigon – Secretaria Municipal de Saúde de Lauro Muller

- Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina – UNESC

Luciane Bisognin Ceretta


Magada Tessmann

Colaboração:
- Dra. Fabiane Ferraz
3

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11
1.1 Objetivos.......................................................................................................... 13
2 CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO CARBONÍFERA .............................................. 15
2.1 A Colonização da Região Carbonífera ............................................................ 15
2.2 Aspectos Geográficos da Região Carbonífera ................................................ 16
2.3 Aspectos Demográficos da Região Carbonífera.............................................. 17
3 REDE DE ANTENDIMENTO EM SAUDE DA REGIÃO CARBONÍFERA .............. 19
3.1 DISTRIBUIÇÃO DE ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE SEGUNDO
MUNICÍPIO............................................................................................................ 19
3.1.1 Cocal do Sul ................................................................................................. 19
3.1.2 Criciúma ....................................................................................................... 19
3.1.3 Forquilhinha .................................................................................................. 20
3.1.4 Içara ............................................................................................................. 21
3.1.5 Lauro Muller.................................................................................................. 22
3.1.6 Morro da Fumaça ......................................................................................... 22
3.1.7 Nova Veneza ................................................................................................ 23
3.1.8 Orleans ......................................................................................................... 23
3.1.9 Siderópolis .................................................................................................... 24
3.1.10 Treviso ........................................................................................................ 24
3.1.11 Urussanga .................................................................................................. 25
3.2 Equipamentos Disponíveis na Região Carbonífera ......................................... 25
3.3 ATENÇÃO BÁSICA A SAÚDE ........................................................................ 28
3.4 FORÇA DE TRABALHO NA SAÚDE ............................................................. 29
3.5 REDE DE URGÊNCIA/EMERGÊNCIA ............................................................ 34
3.5.1 SAMU ........................................................................................................... 34
3.5.2 Leitos de UTI ................................................................................................ 34
3.6 REDE HOSPITALAR ...................................................................................... 34
3.7 MEDIA E ALTA COMPLEXIDADE .................................................................. 35
3.8 REDE DE ATENÇÃO A SAUDE MENTAL ..................................................... 37
3.9 INDICADORES DE SAUDE DA REGIÃO CARBONÍFERA ............................. 38
4

3.9.1 PRIORIDADE III DO PACTO PELA VIDA: REDUÇÃO DA MORTALIDADE


INFANTIL E MATERNA ......................................................................................... 39
3.9.2 Prioridade VI do Pacto pela Vida: Fortalecimento da atenção básica .......... 43
3.9.3 PACTO DE GESTÃO: RESPONSABILIDADES GERAIS DA GESTÃO DO
SUS ....................................................................................................................... 46
4 FORMAÇÃO EM SAUDE NA REGIAO CARBONIFERA E AS NECESSIDADES
EXISTENTES ........................................................................................................... 49
5 RELAÇÃO ENTRE O DIAGNÓSTICO DAS NECESSIDADES E O PLANEJAMENTO
DAS AÇÕES DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA REGIÃO
CARBONÍFERA ........................................................................................................ 50
6 PROCESSO DE AVALIAÇÃO DO PLANO REGIONAL DE EDUCAÇÃO
PERMANENTE EM SAÚDE DA REGIÃO CARBONÍFERA...................................... 58
7 DEFINIÇÃO ORÇAMENTÁRIA ............................................................................. 59
8 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 60
5

LISTA DE SIGLAS

CCRM - Comissão Central de Residência Médica


CEDRHUS - Centro de Desenvolvimento de Recursos Humanos em Saúde
CES - Conselho Estadual de Saúde
CGR - Colegiado de Gestão Regional
CIB - Comissão Intergestores Bipartite
CIES - Comissão Permanente de Integração Ensino-Serviço
CIR - Comissão Intergestores Regional
CNRM - Comissão Nacional de Residência Médica
CSEMS - Conselho de Secretarias Municipais de Saúde
DEP - Divisão de Educação Permanente em Saúde
DEPS - Diretoria de Educação Permanente em Saúde
EC - Educação Continuada
EFOS - Escola de Formação em Saúde
EPS - Educação Permanente em Saúde
EpS - Educação para a Saúde
ESP - Escola de Saúde Pública
ETS-Blumenau - Escola Técnica em Saúde de Blumenau
MEC - Ministério da Educação e Cultura
MS - Ministério da Saúde
PAREPS - Plano de Ação Regional de Educação Permanente em Saúde
PDR - Plano Diretor de Regionalização
PEEPS - Plano Estadual de Educação Permanente em Saúde
PRM’s - Programas de Residência Médica
PNEPS - Política Nacional de Educação Permanente em Saúde
RET-SUS - Rede de Escolas Técnicas do Sistema Único de Saúde
SC - Estado de Santa Catarina
SES - Secretaria de Estado da Saúde
SMS - Secretaria Municipal de Saúde
SUS - Sistema Único de Saúde
6

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 População residente por gênero, segundo município da Região Carbonífera


.................................................................................................................................. 18
Tabela 2 Estabelecimentos Cadastrados no CNES em Cocal do Sul em 2012. ...... 19
Tabela 3 Estabelecimentos cadastrados no CNES em criciúma em 2012 ............... 20
Tabela 4 Estabelecimentos Cadastrados no CNES em Forquilhinha em 2012. ....... 21
Tabela 5 Estabelecimentos Cadastrados no CNES em Içara em 2012. ................... 21
Tabela 6 Estabelecimentos Cadastrados no CNES em Lauro Muller em 2012 ........ 22
Tabela 7 Estabelecimentos Cadastrados no CNES em Morro da Fumaça em 2012.
.................................................................................................................................. 22
Tabela 8 Estabelecimentos Cadastrados no CNES em Nova Veneza em 2012 ...... 23
Tabela 9 Estabelecimentos Cadastrados no CNES em Orleans em 2012. .............. 23
Tabela 10 Estabelecimentos Cadastrados no CNES em Siderópolis em 2012. ...... 24
Tabela 11 Estabelecimentos Cadastrados no CNES em Treviso em 2012. ............ 24
Tabela 12 Estabelecimentos Cadastrados no CNES em Urussanga em 2012. ....... 25
Tabela 13 Equipamentos disponíveis no SUS para a Região Carbonífera de Saúde,
segundo dados de junho 2012. ................................................................................. 25
Tabela 14 Equipamentos disponíveis no SUS para a Região Carbonífera de Saúde,
segundo dados de junho 2012. ................................................................................. 28
Tabela 15 Quantidade de trabalhador por Tipo de Prestador segundo Ocupações em
geral na região carbonífera em junho de 2012. ........................................................ 29
Tabela 16 Total leitos UTI na Região Carbonífera, 2012. ........................................ 34
Tabela 17 Distribuição de leitos por Local e especialidade em junho/2012 .............. 35
Tabela 18 Procedimentos de alta complexidade existentes no município de Criciúma
da região carbonífera ................................................................................................ 36
Tabela 19 Serviços de saúde mental na Região Carbonífera................................... 37
Tabela 20 Número de óbitos menores de 1 ano por Ano segundo Município 2007-
2011 .......................................................................................................................... 39
Tabela 21 Taxa mortalidade menor 1 ano por Ano segundo Município 2007-2011.. 39
Tabela 22 Número de óbitos neonatais por Ano segundo Município 2007-2011..... 40
Tabela 23 Número de óbitos neonatais por Ano segundo Município 2007-2011..... 40
Tabela 24 Relação das Taxas de mortalidade infantil, neonatal e pós-neonatal na
região carbonífera 2007-2011................................................................................... 41
Tabela 25 Incidência sífilis congênita por Ano segundo Município 2008-2011 ......... 42
Tabela 26 Porcentagem de Óbito mulher idade fértil investigado por Ano segundo
Município 2007-2011 ................................................................................................ 42
Tabela 27 Porcentagem da População cadastrada ESF por Ano segundo Município
2007-2011................................................................................................................. 43
Tabela 28 Porcentagem de Nascidos Vivos com 7 ou mais consultas pré-natal por
Ano segundo Município 2007-2011. ......................................................................... 44
7

Tabela 29 Taxa internação diabete melitus por Ano segundo Município 2007-2011
.................................................................................................................................. 44
Tabela 30 Taxa internação AVC por Ano segundo Município 2007-2011 ................ 44
Tabela 31 Porcentagem de crianças <5a com baixo peso por Ano segundo
Município 2007-2011 ................................................................................................ 45
Tabela 32 Cobertura equipes Saúde Bucal por Ano segundo Município ................. 46
Tabela 33 Média escovação dental supervisionada por Ano segundo Município .... 46
Tabela 34 Porcentagem de óbitos causa definida por Ano segundo Município ........ 47
Tabela 35 Cobertura vacinal tetravalente por Ano segundo Município ..................... 47
Tabela 36 Porcentagem DNC encerrados oportunamente por Ano segundo
Município .................................................................................................................. 47
Tabela 37 Indicadores prioritários do fortalecimento da capacidade de respostas as
doenças emergentes e endemias ............................................................................. 48
8

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Etnias que colonizaram os municípios da Região Carbonífera ................. 15

Quadro 2 Procedimento de Média Complexidade ................................................... 36


9

LISTA DE FIGURAS

Figura 1Distribuição geográfica dos municípios que compõem a Região carbonífera


.................................................................................................................................. 17
10

APRESENTAÇÃO

O Plano de Ação Regional de Educação Permanente em Saúde


(PAREPS), elaborado e revisado pelos membros da Comissão de Integração
Ensino-Serviço (CIES) da Região Carbonífera, é um documento previsto pela
Portaria GM/MS n. 1.996/2007, que define as ações de Educação Permanente em
Saúdes (EPS) desenvolvidas em âmbito regional, a partir dos pressupostos da
Política Nacional de Educação Permanente (PNEPS).
A elaboração do PAREPS ocorreu por meio da análise das demandas e
necessidades elencadas pelos municípios e instituições que compõem a CIES no
ano de 2012.
11

1 INTRODUÇÃO

O governo federal através do Decreto nº. 4.726, de 09 de junho de 2003


criou na estrutura central do Ministério da Saúde, a Secretaria de Gestão do
Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), com a “responsabilidade de formular
políticas orientadoras da gestão, formação, qualificação e regulação dos
trabalhadores de saúde do Brasil”, sendo constituída por dois Departamentos: o
Departamento de Gestão da Educação na Saúde (DEGES) e o Departamento de
Gestão e da Regulação do Trabalho em Saúde (DEGERTS) (BRASIL, 2004a)
O DEGES foi criado com a responsabilidade de conduzir as políticas
relativas à formação, ao desenvolvimento profissional e à educação permanente dos
trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS). Os eixos estruturantes da política
de formação e desenvolvimento consideram a importância da integração entre
ensino e serviço na área e do estabelecimento e desenvolvimento do processo de
educação permanente de seus trabalhadores (BRASIL, 2004a).
DEGES como responsável pela articulação do desenvolvimento da
Educação Permanente em Saúde como estratégia do Sistema Único de Saúde para
a formação e o desenvolvimento de trabalhadores para o setor, em 2004, institui a
Política Nacional de Educação Permanente em Saúde por meio da Portaria GM/MS
n. 198, de 13 de fevereiro de 2004, a qual apresentava que a condução locorregional
da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde fosse efetivada mediante
um Colegiado de Gestão denomimado de Pólo de Educação Permanente em Saúde
para o SUS (Roda de Gestão) com diversas funções, entre elas identificar
necessidades da região, mobilizar a formação de gestores, formular políticas de
formação e desenvolvimento de formadores e de formuladores de políticas,
fortalecendo a capacidade docente e a capacidade de gestão do SUS em cada base
locorregional (BRASIL, 2004a, 2004b).
Em 2007, o DEGES realizou a revisão da Portaria GM/MS n o 198/04,
considerando os dispositivos apresentados no Pacto pela Saúde, Pacto pela Vida e
de Gestão (BRASIL/MS/SGTES, 2006a, 2006b) e os resultados preliminares da
Pesquisa de Avaliação da estratégia dos Pólos de Educação Permanente em Saúde
concluída em 2008 (USP/FMM, 2008). Esta revisão resultou na aprovação da
12

Portaria GM/MS no 1.996, de 20 de agosto de 2007, que apresenta novas diretrizes


e estratégias para a implementação da Política Nacional de Educação Permanente
em Saúde (PNEPS), sendo extintos os pólos e criadas as Comissões Permanentes
de Integração Ensino-Serviço (CIES), como a estratégia de ação para efetivação da
PNEPS em nível locorregional (BRASIL/MS, 2007a).
Em Santa Catarina a gestão da Política de Educação Permanente em
Saúde tem sido coordenada em âmbito estadual através da Diretoria de Educação
Permanente em Saúde, a qual possui a Divisão de Educação Permanente com essa
atribuição, e por uma Comissão Estadual de Integração Ensino-Serviço (CIES
Estadual) instituída em 2010 em substituição ao antigo Fórum Estadual de Educação
Permanente em Saúde. A CIES Estadual configura-se como um espaço de troca de
experiências e decisões relativas às ações de Educação Permanente em Saúde
entre as 16 CIES de Santa Catarina. A CIES Estadual é composta por
representantes: das 16 CIES de SC, do gestor estadual, da Escola de Saúde
Pública, da Escola de Formação em Saúde (EFOS), da Escola Técnica de
Blumenau, das Universidades, do Conselho Estadual de Saúde, Conselho Estadual
de Educação e do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (CIB/SES-SC,
2010).
No início da vigência da Portaria 198/2004 a Região Carbonífera, por
meio da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) elaborou o projeto que
instituiu o Pólo de Educação Permanente em Saúde da Região Carbonífera. Na
revisão da PNEPS, o Estado de Santa Catarina estabeleceu a formação de 16
Comissões de Integração Ensino-Serviço, em substituição aos antigos Pólos
(CIB/SES-SC, 2007a, 2007b, 2009a, 2009b).
Durante o ano de 2008 ocorreram ações de EPS na região Carbonífera
ligadas aos projetos elaborados pelo antigo Pólo, sendo que no mesmo período
iniciou o processo de adequação do Pólo à CIES na Região Carbonífera. Apenas em
abril de 2009, o CGR oficializou a criação da CIES Carbonífera como uma Câmara
Técnica responsável pela EPS na região. Nesse período houve um resgate da
participação dos atores sociais da região, buscando um debate aberto acerca da
EPS incentivando a participação do maior número possível de atores sociais do
quadrilátero de modo a cumprir seu papel definido como uma “instância intersetorial e
13

interinstitucional permanente que participa da formulação, condução, desenvolvimento e


avaliação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde” (BRASIL, 2007a).
Alguns achados apresentados na pesquisa realizada por Ferraz (2011)
corroboram as necessidades explicitadas na oficina de avaliação regional realizada
na CIES Carbonífera em dezembro de 2010, sendo que entre os pontos críticos
apresentados pelos atores sociais destacamos:
 Ausência de uma política de Educação Permanente em Saúde em âmbito
municipal, item 6 do termo de compromisso de gestão municipal;
 Muitos municípios não possuem um profissional que trabalhe a EPS no
município, discutindo o planejamento de suas necessidades locais;
 Dependência financeira de cursos e recursos estaduais e federais;
 A falta de domínio dos trabalhadores da saúde sobre a realização de ações
de EPS a partir de princípios da metodologia problematizadora.
A partir dos pontos críticos a CIES Carbonífera está desenvolvendo no triênio
2011-2013 um macro projeto de implantação e fortalecimento da Política Nacional
de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) e Política Nacional de Humanização
(PNH) nos municípios que compõem a CIES Carbonífera.
Mesmo com este macroprojeto estando em desenvolvimento na região, os
membros da CIES por serem atuantes em seus municípios destacam outros
problemas relacionados a EPS na região.

1.1 Objetivos

 Identificar e estabelecer a relação entre os problemas de saúde e as


necessidades de educação permanente em saúde no âmbito do SUS da
região carbonífera;
 Definir critérios para o compartilhamento de responsabilidades na execução
da política de EPS em âmbito regional e municipal;
 Fomentar a melhoria da qualidade dos serviços de saúde e o fortalecimento
do SUS por meio da integração ensino/serviço;
14

 Propor ações de EPS a curto, médio e longo prazo, para o enfrentamento das
necessidades identificadas, estabelecendo as metodologias de execução;
 Fortalecer o processo de regionalização através da ação integrada de EPS da
CIES com o CIR;
 Criar Núcleos de Educação Permanente em Saúde nos municípios para
fortalecer a integração ensino-serviço-comunidade na região.
 Monitorar e avaliar periodicamente o Plano Regional de Educação
Permanente em Saúde visando à qualidade das ações ofertadas, bem como
seu impacto na atenção a saúde das populações.
15

2 CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO CARBONÍFERA

A microrregião que forma a Associação dos Municípios da Região


Carbonífera (AMREC) é originária da (AMSESC), que ia desde Lauro Muller,
Urussanga, Morro da Fumaça, Içara, até Praia Grande, Passo de Torres e São
João do Sul.
Em 25 de abril de 1983 foi desmembrada em duas Associações AMREC e
AMESC. Inicialmente a AMREC foi fundada com 07 municípios, integrada por
Criciúma (sede da microrregião), Içara, Lauro Muller, Morro da Fumaça, Nova
Veneza, Siderópolis e Urussanga. Posteriormente foram incorporados os
municípios de Forquilhinha, Cocal do Sul e Treviso. No dia 18 de maio de 2004
a AMREC oficializou a sua 11ª cidade integrante, com a entrada de Orleans.
Atualmente a AMREC conta com 11 municípios.

2.1 A Colonização da Região Carbonífera

A região foi colonizada predominantemente por Europeus que chagaram


no final do Século XIX conforme demostrada no quadro 1.

Quadro 1 Etnias que colonizaram os municípios da Região Carbonífera

Cocal do Sul Forquilhinha Içara Criciúma


- Italianos - Italianos - Italianos - Italianos
- Alemães - Portugueses - Portugueses - Portugueses
- Poloneses - Alemães - Poloneses - Alemães
- Poloneses - Negros - Poloneses
- Negros
- Árabes
- Espanhóis
Lauro Müller Morro da Fumaça Nova Veneza Orleans
- Italianos - Italianos - Italianos - italianos
- Alemães -Alemães
Siderópolis Treviso Urussanga - Letos
- Italianos - Italianos - Italianos - Poloneses
16

Criciúma e Içara tiveram em sua colonização os Africanos e os espanhóis


e Árabes se instalaram em Criciúma.
2.2 Aspectos Geográficos da Região Carbonífera

A região carbonífera situa-se no centro da mesorregião chamada pelo


IBGE de Sul Catarinense. A localização geográfica da microregião, correspondente
a 2,23% do total do estado de Santa Catarina, e está situada entre os paralelos 29°
05’, (latitude sul) e 29° 40’ (latitude norte) e meridianos 49° 45’ (longitude oeste) e
49° 05’ (longitude leste). Limita-se ao norte com a Associação dos Municípios da
Região de Laguna - AMUREL, ao leste com AMUREL e o Oceano Atlântico, ao Sul
com a Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense - AMESC e a oeste
com a Associação dos Municípios da Região Serrana – AMURES. (CIES
CARBONIFERA, 2009).
A distribuição territorial da microrregião é 2.118,6 km², tendo a seguinte
distribuição por município: Cocal do Sul: 71,21 Km2; Criciúma: 235.63 km²;
Forquilhinha: 181.92 km²; Içara: 294.13 km²; Lauro Muller: 270.51 km²; Morro da
Fumaça: 82.94 km²; Nova Veneza: 293.54 km²; Orleans: 549.83 km²; Siderópolis:
262.72 km²; Treviso: 157.67 km²; Urussanga: 240.48 km².
A microrregião é servida pela rodovia federal BR - 101, que a percorre no
sentido norte-sul, uma extensão de 36 km, cortando os municípios de Içara e
Criciúma. Servem-na, também, importantes rodovias estaduais, como a SC-438,
444, 445, 446 e 447.
A região conta com o Aeroporto Diomício Freitas, classificado como de
nível regional, localizado no município de Forquilhinha, servidos pelas linhas
comerciais diárias da empresa TRIP/TAM, com destino a São Paulo com escala em
Joinville. O aeródromo é também utilizado por aviões executivos de empresários
locais.
17

Figura 1Distribuição geográfica dos municípios que compõem a Região carbonífera

Fonte: AMREC, 2012.


Criciúma é a cidade-sede e pólo da microrregião, o principal centro
comercial e industrial de todo o Sul de Santa Catarina e, também, o maior centro
urbano, no litoral, entre as cidades de Porto Alegre e Florianópolis. O balneário
Rincão, atualmente no município de Içara e que a partir de 2013 será município, é o
único da região com grande afluxo de veranistas na alta temporada, sobretudo de
moradores da bacia carbonífera, quando chega a abrigar, em fins de semana,
população superiora 60 mil habitantes.

2.3 Aspectos Demográficos da Região Carbonífera

Atualmente a Região Carbonífera é composta por 11 municípios, e, em


relação aos aspectos de saúde está localizada na Macrorregião Sul de Santa
Catarina (SC/SES, 2008). Cumpre destacar que outras alterações ainda estão em
estudo no âmbito do planejamento em saúde, para a adequação à Portaria
7.509/2011, o que poderá acarretar alterações na configuração dos territórios de
gestão sanitária que serão incluídas nas próximas revisões do PAREPS.
18

A população da região carbonífera, segundo Censo 2010, é de 390.791


mil habitantes (BRASIL, 2012), distribuídos entre os municípios conforme tabela 1:
Tabela 1 População residente por gênero, segundo município da Região Carbonífera.

Densidade
Município Masculino Feminino Total
Demográfica

420425 Cocal do Sul 7.523 7.636 15.159 212,88

420460 Criciúma 94.607 97.701 192.308 816,15

420545 Forquilhinha 11.307 11.241 22.548 123,95

420700 Içara 29.303 29.530 58.833 200,02

420960 Lauro Muller 7.187 7.180 14.367 53,11

421120 Morro da Fumaça 8.078 8.048 16.126 194,44

421160 Nova Veneza 6.719 6.590 13.309 45,34

421170 Orleans 10.634 10.759 21.393 38,91

421760 Siderópolis 6.480 6.518 12.998 49,48

421835 Treviso 1.789 1.738 3.527 22,37

421900 Urussanga 9.935 10.288 20.223 84,10

TOTAL 193.562 197.229 390.791 184,46

Fonte: DATASUS, 2012.


19

3 REDE DE ANTENDIMENTO EM SAUDE DA REGIÃO CARBONÍFERA

A região carbonífera possui uma rede de atendimento no âmbito do SUS


que vem buscando aprimorar os seus fluxos de Referencia e Contra referência,
vocacionar seus hospitais e reordenar a lógica de atendimento. Assim, será descrito
como atualmente esta composta a distribuição desses estabelecimentos/serviços/
pessoas.

3.1 DISTRIBUIÇÃO DE ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE SEGUNDO MUNICÍPIO

3.1.1 Cocal do Sul

O município de Cocal do Sul possui os seguintes estabelecimentos


cadastrados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES):,
conforme tabela 2.
Tabela 2 Estabelecimentos Cadastrados no CNES em Cocal do Sul em 2012.

Tipo de Estabelecimento Quantidade


Clinica de fisioterapia privada 2
APAE 1
Centro de Apoio Psico Social I (CAPS) 1
Consultório Odontológico privado 2
Unidade de Estratégia Saúde da Família (ESF) 6
Consultório médico privado 2
Laboratório de análises clínicas 2
Unidade de Referencia 1
Unidade de radiologia 1
Fonte: CNES/DataSUS, 2012.

3.1.2 Criciúma
20

O município sede da microrregião concentra o maior número de


estabelecimentos cadastrados no CNES. Somente em unidades de sanitárias de
saúde que compõem a estrutura da SMS são mais de 50, incluindo centros de
saúde, unidades de referência e ESF.
O município de Criciúma possui os seguintes estabelecimentos
cadastrados no CNES, conforme demonstrado na Tabela 3:
Tabela 3 Estabelecimentos cadastrados no CNES em criciúma em 2012

Descrição Total
Centro de saúde/unidade básica 48
Policlínica 5
Hospital geral 4
Hospital especializado 1
Consultório isolado 288
Clinica/centro de especialidade 66
Unidade de apoio diagnose e terapia (sadt isolado) 33

Unidade móvel de nível pre-hospitalar na área de urgência 2


Farmácia 1
Unidade de vigilância em saúde 1
Central de regulação de serviços de saúde 1
Secretaria de saúde 2
Centro de atenção psicossocial 4
Central de regulação medica das urgências 1
Total 457
Fonte: CNES/DataSUS, 2012.

3.1.3 Forquilhinha

No município de Forquilhinha consta com os seguintes estabelecimentos


cadastrados no CNES, como mostra a tabela 4,
21

Tabela 4 Estabelecimentos Cadastrados no CNES em Forquilhinha em 2012.

Estabelecimento Quantidade
Unidade de ESF 4
Unidade de Saúde 8
Pronto Atendimento Municipal 1
Unidade SAMU 1
Laboratório de Analises Clínicas 2
Ambulatório Municipal 1
Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) 1
Consultório Odontológico privado 2
Consultório de psicologia privado 1
Clinica de diagnostico por imagem 1
Fonte: CNES/DataSUS, 2012.

3.1.4 Içara

O segundo maior município da microrregião em 2013 terá o Distrito de


Baln. Rincão emancipado e, com isso, boa parte da estrutura existente migrará para
o novo município. Atualmente Içara possui os seguintes estabelecimentos
cadastrados no CNES, demonstrado em tabela 5:
Tabela 5 Estabelecimentos Cadastrados no CNES em Içara em 2012.

Descrição Total
Centro de saúde/unidade básica 28
Policlínica 1
Hospital geral 2
Consultório isolado 20
Clinica/centro de especialidade 13
Unidade de apoio diagnose e terapia (sadt isolado) 4
Farmácia 1
Secretaria de saúde 1
Centro de atenção psicossocial 1
Total 71
Fonte: CNES/DataSUS, 2012.
22

3.1.5 Lauro Muller

O município de Lauro Muller possui os seguintes estabelecimentos


cadastrados no CNES, conforme tabela 6.
Tabela 6 Estabelecimentos Cadastrados no CNES em Lauro Muller em 2012

Estabelecimento Quantidade
Hospital 1
Consultório odontológico 3
APAE 1
Unidade ESF 6
Unidade de saúde 1
Unidade de Referencia 1
Laboratório Analises Clinicas 1
Radiologia 1
Base SAMU 1
Clinica de Fisioterapia 1
Fonte: CNES/DataSUS, 2012.

3.1.6 Morro da Fumaça

O município de Morro da Fumaça possui os seguintes estabelecimentos


cadastrados no CNES:
Tabela 7 Estabelecimentos Cadastrados no CNES em Morro da Fumaça em 2012.

Descrição Total
Centro de saúde/unidade básica 10
Hospital geral 1
Consultório isolado 2
Clinica/centro de especialidade 3
Unidade de apoio diagnose e terapia (sadt isolado) 2
Unidade móvel de nível pré-hospitalar na área de urgência 1
Secretaria de saúde 1
Total 20
Fonte: CNES/DataSUS, 2012.
23

3.1.7 Nova Veneza

O município de Nova Veneza possui os seguintes estabelecimentos


cadastrados no CNES:
Tabela 8 Estabelecimentos Cadastrados no CNES em Nova Veneza em 2012

Descrição Total
Posto de saúde 5
Centro de saúde/unidade básica 6
Hospital geral 1
Consultório isolado 8
Clinica/centro de especialidade 6
Hospital/dia - isolado 1
Secretaria de saúde 1
Total 28
Fonte: CNES/DataSUS, 2012.

3.1.8 Orleans

O município de Orleans possui no cenário da saúde os seguintes


estabelecimentos cadastrados no CNES, conforme mostra a tabela 9:
Tabela 9 Estabelecimentos Cadastrados no CNES em Orleans em 2012.

Descrição Total
Centro de saúde/unidade básica 10
Policlínica 2
Hospital geral 1
Consultório isolado 11
Clinica/centro de especialidade 9
Unidade de apoio diagnose e terapia (sadt isolado) 4
Unidade móvel terrestre 1
Unidade móvel de nível pré-hospitalar na área de urgência 1
Unidade de vigilância em saúde 1
Secretaria de saúde 1
Centro de atenção psicossocial 1
Total 42
Fonte: CNES/DataSUS, 2012.
24

3.1.9 Siderópolis

Conforme tabela 10, o município de Siderópolis possui os seguintes


estabelecimentos cadastrados no CNES:
Tabela 10 Estabelecimentos Cadastrados no CNES em Siderópolis em 2012.

Descrição Quantidade
Unidade de ESF 4
Unidade de Saúde 2
Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) 1
Laboratório de Analises Clínicas 2
Clinica de Fisioterapia 1
Fonte: CNES/DataSUS, 2012.

3.1.10 Treviso

O município com a menor população da região conta com uma unidade


de saúde, onde estão localizadas as duas equipes de ESF e os profissionais que
fazem atendimento especializado. O município possui os seguintes
estabelecimentos cadastrados no CNES, demonstrado na tabela 11.

Tabela 11 Estabelecimentos Cadastrados no CNES em Treviso em 2012.

Estabelecimento Quantidade
Laboratório de Análises Clínicas 1
Consultório Odontológico 1
Unidade de Saúde 1
Fonte: CNES/DataSUS, 2012.
25

3.1.11 Urussanga

O município de Urussanga possui os seguintes estabelecimentos


cadastrados no CNES:

Tabela 12 Estabelecimentos Cadastrados no CNES em Urussanga em 2012.

Descrição Total
Posto de saúde 1
Centro de saúde/unidade básica 9
Policlínica 1
Hospital especializado 1
Consultório isolado 15
Clinica/centro de especialidade 4
Unidade de apoio diagnose e terapia (sadt isolado) 2
Unidade móvel terrestre 2
Secretaria de saúde 1
TOTAL 36
Fonte: CNES/DataSUS, 2012.

3.2 Equipamentos Disponíveis na Região Carbonífera

A região Carbonífera consta em sua esfera de saúde os equipamentos


relacionados na tabela 13.
Tabela 13 Equipamentos disponíveis no SUS para a Região Carbonífera de Saúde, segundo dados de junho
2012.

Equipamento Total

TOTAL 581

EQUIPAMENTOS DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 83

..Gama Câmara 1

..Mamógrafo com Comando Simples 5

..Mamógrafo com Estereotaxia 1


26

..Raio X até 100 Ma 5

..Raio X de 100 a 500 mA 10

..Raio X mais de 500mA 5

..Raio X Dentário 18

..Raio X com Fluoroscopia 1

..Raio X para Densitometria Óssea 2

..Raio X para Hemodinâmica 2

..Tomógrafo Computadorizado 4

..Ressonância Magnética 3

..Ultrassom Doppler Colorido 7

..Ultrassom Ecógrafo 5

..Ultrassom Convencional 14

EQUIPAMENTOS DE INFRA-ESTRUTURA 18

..Controle Ambiental/Ar-condicionado Central 8

..Grupo Gerador 7

..Usina de Oxigênio 3

EQUIPAMENTOS POR MÉTODOS ÓPTICOS 22

..Endoscópio Digestivo 10

..Equipamentos para Optometria 4

..Laparoscópio/Vídeo 3

..Microcópio Cirúrgico 5

EQUIPAMENTOS POR MÉTODOS GRÁFICOS 43

..Eletrocardiógrafo 35

..Eletroencefalógrafo 8

EQUIPAMENTOS DE MANUTENÇÃO DA VIDA 172

..Bomba/Balão Intra-Aórtico 4

..Bomba de Infusão 10
27

..Berço Aquecido 8

..Desfibrilador 24

..Equipamento de Fototerapia 10

..Incubadora 9

..Marcapasso Temporário 3

..Monitor de ECG 20

..Monitor de Pressão Invasivo 7

..Monitor de Pressão Não-Invasivo 31

..Reanimador Pulmonar/AMBU 32

..Respirador/Ventilador 14

OUTROS EQUIPAMENTOS 36

..Aparelho de Diatermia por Ultrassom/Ondas Curtas 9

..Aparelho de Eletroestimulação 13

..Bomba de Infusão de Hemoderivados 1

..Equipamentos de Aférese 1

..Equipamento de Circulação Extracorpórea 2

..Equipamento para Hemodiálise 4

..Forno de Bier 6

EQUIPAMENTOS DE ODONTOLOGIA 207

..Equipo Odontológico Completo 102

..Compressor Odontológico 19

..Fotopolimerizador 21

..Caneta de Alta Rotação 20

..Caneta de Baixa Rotação 18

..Amalgamador 15

..Aparelho de Profilaxia c/Jato de Bicarbonato 12


Fonte: Ministério da Saúde - Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil - CNES
28

3.3 ATENÇÃO BÁSICA A SAÚDE

A região carbonífera tem cobertura de 91,9% em Estratégia Saúde da


Família, conforme pode-se observar em tabela 14.
Tabela 14 Equipamentos disponíveis no SUS para a Região Carbonífera de Saúde, segundo dados de junho
2012.

Cobertura pop. Teto Nº equipes Nº equipes CEO DE


Nº equipes Cobertura pop. Nº ACS
MUNICÍPIO estimada SF Equipes SF SB Mod.1 SB Mod.2 REFERÊNC
SF (Jun.12) Estimada SB (Jun.12)
(Abr.12) e SB (Jun.12) (Jun.12) IA

Cocal do Sul 100,0% 6 6 6 0 100,0% 37


Criciúma 60,5% 81 34 8 0 14,2% 256 Criciúma
Forquilhinha 100,0% 10 8 7 0 100,0% 48 Criciúma
Içara 100,0% 25 19 6 0 34,7% 124 Criciúma
Lauro Muller 100,0% 6 6 6 0 100,0% 34 ----
Morro da Fumaça 84,9% 7 4 2 0 42,5% 31 ----
Nova Veneza 100,0% 6 5 5 0 100,0% 27 Criciúma
Orleans 100,0% 9 8 8 0 100,0% 50 Tubarão
Siderópolis 100,0% 5 5 1 1 52,8% 32 Criciúma
Treviso 100,0% 1 2 2 0 100,0% 9 Criciúma
Urussanga 100,0% 8 8 4 0 68,0% 49
TOTAL Carbonífera 91,9% 164 105 55 1 49,0% 697 1
Fonte: SANTA CATARINA, 2012.
29

3.4 FORÇA DE TRABALHO NA SAÚDE

A força de trabalho da saúde é composta por todos os profissionais que


atuam direta ou indiretamente na assistência ou gestão do Sistema Único de Saúde.
Outro termo utilizado é trabalhadores do SUS, que pode ser qualquer
trabalhador que atue direta ou indiretamente no desenvolvimento do SUS, seja nas
atividades assistenciais, técnico-administrativas ou apoio. A tabela 15 apresenta o
número de trabalhadores por ocupação na Região Carbonífera.

Tabela 15 Quantidade de trabalhador por Tipo de Prestador segundo Ocupações em geral na região
carbonífera em junho de 2012.

Filantrópico

Sindicato
Privado
Público

Total
Ocupações em geral

PESSOAL DE SAÚDE - NÍVEL SUPERIOR 659 353 558 12 1.582


ANESTESISTA 1 4 10 - 15
223104-Médico Anestesiologista 1 4 10 - 15
ASSISTENTE SOCIAL 32 7 8 - 47
251605-Assistente Social 32 7 8 - 47
BIOQUÍMICO/FARMACÊUTICO 41 15 53 - 109
223405-Farmacêutico Boticário Cosmetólogo 20 8 4 - 32
223410-Farmacêutico Bioquímico Farmac de Alimen 21 7 49 - 77
CIRURGIÃO GERAL 3 8 2 - 13
223110-Médico Cirurgião Geral 3 8 2 - 13
CLÍNICO GERAL 54 97 18 4 173
223115-Médico Clínico 54 97 18 4 173
ENFERMEIRO 229 73 24 1 327
2235..-Outros enfermeiros 102 1 1 - 104
223505-Enfermeiro 120 71 23 1 215
223545-Enfermeiro Obstétrico Enferm Parteira - 1 - - 1
223560-Enfermeiro Sanitarista Enf Saúde Pública 7 - - - 7
FISIOTERAPEUTA 28 19 73 - 120
22360-Fisioterapeuta Cinesiólogo 28 19 73 - 120
FONOAUDIÓLOGO 4 2 13 - 19
223810-Fonoaudiólogo 4 2 13 - 19
GINECO OBSTETRA 8 5 20 - 33
30

223132-Médico Ginecologista Obstetra Cir Gin Ob 8 5 20 - 33


MÉDICO DE FAMÍLIA 41 - - - 41
223116-Médico de Saúde da Família Médico Comuni 41 - - - 41
NUTRICIONISTA 22 10 11 - 43
223710-Nutricionista 22 10 11 - 43
ODONTÓLOGO 64 4 87 6 161
223208-Cirurgião Dentista Clínico Geral 57 2 66 6 131
223212-Cirurgião Dentista Endodontista Canalist 2 - 3 - 5
223236-Cirurgião Dentista Odontopediatra 1 - 2 - 3
223240-Cirurgião Dentista Ortopedista Ortodont - - 1 - 1
223244-Cirurgião Dentista Patologista Bucal - - 1 - 1
223248-Cirurgião Dentista Periodontista Gengiva 1 - 4 - 5
223252-Cirurgião Dentista Protesiól Bucomaxilof - 1 - - 1
223256-Cirurgião Dentista Protesista Próteses - - 2 - 2
223260-Cirurgião Dentista Radiologista Odontora 1 - 5 - 6
223268-Cirurgião Dentista Traumatologista
Bucomaxilo 2 1 3 - 6
PEDIATRA 14 17 20 1 52
223149-Médico Pediatra Hebeatra Neonat 14 17 20 1 52
PSICÓLOGO 66 6 50 - 122
251510-Psicólogo Clínico Psicólogo Acupunturist 64 6 49 - 119
251505-Psicólogo Educacional Psicólogo da Educ 1 - - - 1
251520-Psicólogo Hospitalar 1 - 1 - 2
PSIQUIATRA 6 1 9 - 16
223153-Médico Psiquiatra Médico Psicanalista 6 1 9 - 16
RADIOLOGISTA 2 5 14 - 21
223124-Médico em Radiologia e diagnóstico Imagem 2 5 14 - 21
OUTRAS ESPECIALIDADES MÉDICAS 36 39 99 - 174
223101-Médico Acupunturista - - 1 - 1
223102-Médico Alergista e Imunologista - - 1 - 1
223103-Médico Anatomopatologista Patologista - - 3 - 3
223105-Médico Angiologista 2 1 1 - 4
2231A1-Médico Broncoesofalogista - - 1 - 1
223106-Médico Cardiologista Médico do Coração 4 4 18 - 26
223108-Médico Cirurgião de cabeça e pescoço 1 - - - 1
223111-Médico Cirurgião Pediátrico - - 1 - 1
223112-Médico Cirurgião Plástico - 1 5 - 6
223113-Médico Cirurgião Torácico - - 1 - 1
2231F3-Médico Cirurgião Vascular - 5 1 - 6
223117-Médico Dermatologista Dermat Hansenólogo 5 1 10 - 16
223118-Médico do Trabalho 3 - 4 - 7
223123-Médico em Medicina Nuclear - - 1 - 1
223125-Médico Endocrinologista Metabologista Di 1 1 5 - 7
223128-Médico Gastroenterologista 3 - 2 - 5
31

223133-Médico Hematologista Hematologista - - 1 - 1


223135-Médico Homeopata - - 1 - 1
223136-Médico Infectologista Infectologista Mé - 4 1 - 5
223139-Médico Nefrologista Nefrologista - 1 4 - 5
223142-Médico Neurologista Médico Neuropediatr 3 3 6 - 12
223143-Médico Nutrologista Médico Nutrólogo Nu - 1 - - 1
223144-Médico Oftalmologista Cirurgião Oftalmo 5 1 13 - 19
223145-Médico Oncologista Cancerologista 1 4 2 - 7
2231F4-Médico Oncologista Pediátrico - 1 - - 1
223146-Médico Ortopedista e Traumatologista 2 2 8 - 12
223147-Médico Otorrinolaringologista Cir Otorri 2 4 3 - 9
223148-Médico Patologista Clínico Médico Labor - 1 1 - 2
223151-Médico Pneumologista Médico Pneumotisio - - 2 - 2
223154-Médico Radioterapeuta Médico em Radiote - 2 - - 2
223155-Médico Reumatologista Reumatologista 1 - - - 1
223157-Médico Urologista Andrologista Cir Urol 3 2 2 - 7

OUTRAS OCUPAÇÕES DE NÍVEL SUPERIOR


RELACIONADAS À SAÚDE 8 41 47 - 96
221105-Biólogo Analista de Microbios Biologist - - 1 - 1
1999A2-Ocup Nív.Sup CBO1994 s/correspond
CBO200 - - 1 - 1
213155-Físico Nuclear - 1 - - 1
262620-Musicólogo 1 - - - 1
239415-Pedagogo Pedagogo Especializado em Defic 1 39 41 - 81
232105-Professor de Artes no Ensino Médio - - 1 - 1
231315-Professor de Educação Fisica Ensino Fund 1 1 1 - 3
234410-Professor de Educação Fisica Ensino Sup 3 - - - 3
232120-Professor de Educação Fisica Ensino Médi 2 - 2 - 4

PESSOAL DE SAÚDE - NÍVEL TÉCNICO


TÉCNICO/AUXILIAR 328 607 260 - 1.195
AUXILIAR DE ENFERMAGEM 116 48 19 - 183
322230-Auxiliar de Enfermagem Aux de Ambulatóri 115 48 19 - 182
322235-Auxiliar de Enfermagem do Trabalho 1 - - - 1
FISCAL SANITÁRIO 20 - - - 20
515120-Visitador Sanitário Auxiliar 20 - - - 20
TÉCNICO DE ENFERMAGEM 183 511 150 - 844
322205-Técnico de Enfermagem e Socorrista 180 511 150 - 841
322215-Técnico de Enfermagem do Trabalho 1 - - - 1
322220-Técnico de Enfermagem Psiquiátrica 2 - - - 2
TÉCNICO E AUXILIAR DE LABORATÓRIO 6 8 70 - 84
515215-Auxiliar de Laboratório de Análises Clín 5 - 36 - 41
324210-Auxiliar Técnico em Patologia Clínica As - - 12 - 12
301110-Técnico de Laboratório de Análises Fisic - - 3 - 3
324205-Técnico em Patologia Clínica Analista La 1 8 19 - 28
32

TÉCNICO E AUXILIAR EM FISIOTERAPIA E


REABILITAÇÃO - 3 - - 3
322505-Técnico de Ortopedia Téc Prótese e Órtes - 3 - - 3
TÉCNICO E AUXILIAR EM SAÚDE ORAL - - 3 - 3
322410-Protético Dentário - - 1 - 1
322405-Técnico em Higiene Dental - - 2 - 2
TÉCNICO E AUXILIAR EM RADIOLOGIA MÉDICA 2 37 15 - 54
324115-Técnico em Radiologia e Imagenologia Ope 2 37 15 - 54
OUTRAS OCUPAÇÕES NÍVEL TÉCNICO E
AUXILIAR EM SAÚD 1 - 3 - 4
1999A1-Ocup Nív.Méd CBO1994 s/correspond
CBO200 - - 1 - 1
262710-Musico Intérprete Instrumentista 1 - - - 1
239215-Professor de Alunos Com Deficiência Ment - - 1 - 1
322115-Quiropraxista Cinesoterapeuta Eutonista - - 1 - 1
PESSOAL DE SAÚDE - QUALIFICAÇÃO
ELEMENTAR 743 1 10 1 755
AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE 673 - - - 673
515105-Agente comunitário de saúde 673 - - - 673
AGENTE DE SAÚDE PÚBLICA 32 - - - 32
352210-Agente de saúde pública agente de
saneamento 32 - - - 32
ATENDENTE DE ENFERMAGEM/AUX OPER SERV
DIV E ASSEM 36 - 10 1 47
322415-Atendente de consultório dentario 36 - 6 1 43
521130-Atendente de farmácia balconista - - 4 - 4
PARTEIRA - 1 - - 1
515115-Parteira leiga assistente de parto - 1 - - 1
OUTRAS OCUPAÇÕES NÍVEL ELEMENTAR EM
SAÚDE 2 - - - 2
752105-Artesao modelador vidros 2 - - - 2
PESSOAL ADMINISTRATIVO 175 27 84 - 286
ADMINISTRAÇÃO 139 22 47 - 208
252105-Administrador 3 - 2 - 5
212315-Administrador de sistemas operacionais 1 - - - 1
411010-Assistente tecnico administrativo 39 1 10 - 50
422110-Atendente de ambulatorio ou clínica 1 - 1 - 2
411005-Auxiliar de escritorio em geral auxiliar 43 6 6 - 55
413115-Auxiliar de faturamento 1 - - - 1
411030-Auxiliar de pessoal 4 - - - 4
412110-Digitador 1 - - - 1
123105-Diretor administrativo 3 - 1 - 4
123110-Diretor administrativo e financeiro - 1 - - 1
131205-Diretor de serviços de saude diretor cl 3 5 4 - 12
142105-Gerente administrativo 7 - 1 - 8
142210-Gerente de departamento pessoal 1 - - - 1
142205-Gerente de recursos humanos - 1 - - 1
422105-Recepcionista em geral 25 2 17 - 44
33

252305-Secretaria executiva 1 3 3 - 7
410105-Supervisor administrativo - 1 - - 1
351105-Técnico de contabilidade - 1 - - 1
351305-Técnico em administração 1 - - - 1
351505-Técnico em secretariado - - 1 - 1
351605-Técnico em segurança no trabalho 1 - 1 - 2
422205-Telefonista 4 1 - - 5
SERVIÇO DE LIMPEZA/CONSERVAÇÃO 10 3 26 - 39
254310-Agente de higiene e segurança 9 - 24 - 33
516345-Auxiliar de lavanderia - - 1 - 1
512105-Empregado doméstico nos serviços gerai 1 - 1 - 2
516305-Lavadeiro em geral - 1 - - 1
717020-Servente de obras - 2 - - 2
SEGURANÇA 1 - - - 1
517420-Vigia 1 - - - 1
OUTRAS OCUPAÇÕES ADMINISTRATIVAS 25 2 11 - 38
513425-Copeiro 2 - 1 - 3
513430-Copeiro de hospital 3 - 5 - 8
841408-Cozinhador conservação de alimentos 1 - 2 - 3
513220-Cozinheiro de hospital - 2 - - 2
513205-Cozinheiro geral 1 - 2 - 3
782305-Motorista de carro de passeio 8 - 1 - 9
782310-Motorista de furgão ou veículo similar 8 - - - 8
514225-Trabalhador de serviços de manutenção 2 - - - 2
NÃO CLASSIFICADAS 430 40 11 - 481
TOTAL 2.335 1.028 923 13 4.299
Fonte: Ministério da Saúde, CNES, 2012.

Os dados obtidos no CNES aparentemente não condizem com realidade


das instituições, devido ao entendimento que a gestão local tem sobre as
terminologias utilizadas na gestão do trabalho na saúde.
Alguns entendem que devem informar ao CNES apenas os profissionais
da saúde, não sabem que na gestão do trabalho na saúde deve compreender todos
os indivíduos que trabalham no processo de trabalho do setor saúde, tanto os
trabalhadores da assistência direta ao usuário, por exemplo, os médicos,
enfermeiros, agentes comunitários de saúde, seja por aqueles que estão nas
atividades de apoio, por exemplo, vigias, copeiros, auxiliar de serviços gerais,
digitador, contador, administrador, entre outros.
34

3.5 REDE DE URGÊNCIA/EMERGÊNCIA

3.5.1 SAMU

O SAMU atende todos os municípios da Região sendo que os municípios


de Forquilhinha, Lauro Muller, Morro da Fumaça, Orleans, Siderópolis possuem
base de atendimento móvel básico.
O município de Criciúma comporta uma base de regulação, Unidade de
Suporte avançado (UTI móvel).

3.5.2 Leitos de UTI

Os leitos de UTI em funcionamento (SUS/particular/convênios) da região


carbonífera estão centrados no município sede (Criciúma), e em Içara, há leitos
desativados (10 leitos). Conforme mostra a tabela 16
Tabela 16 Total leitos UTI na Região Carbonífera, 2012.
o
Hospital Tipo de Leito Tipo Convênios N Leitos
SUS, particulares e
São José Adulto 20
Convênios
SUS, particulares e
São João Batista Adulto 8
Convênios
Santa Catarina Neonatal SUS 7
Santa Catarina Pediátrica SUS 3
UNIMED Adulto Particular e Convênios 8
TOTAL 46

3.6 REDE HOSPITALAR

A rede hospitalar da região é composta por 11 hospitais, sendo 01


exclusivo para atendimento privado e está localizado em Criciúma.
Os 10 hospitais que atendem o Sistema Único de Saúde estão
localizados nos municípios de Criciúma (São José, São João Batista, Santa
Catarina), Içara (São Donato), Lauro Muller (Municipal Henrique Lage), Morro da
Fumaça (São Roque), Nova Veneza (São Marcos), Orleans (Santa Otilia),
Urussanga (Nossa Senhora da Conceição).
35

Dos hospitais da microrregião Lauro Muller não atende as quatro clínicas


básicas (clinica geral, pediatria, obstetrícia e cirurgia geral), pois não há atendimento
em pediatria. Os demais atendem dentro dos parâmetros da Portaria 1101/2002 ou
abaixo dela.
Tabela 17 Distribuição de leitos por Local e especialidade em junho/2012

Outras
Município Cirúrgico Clínico Obstétrico Pediátrico Total
Especialidades

Criciúma 85 99 21 48 166 419


I Içara 12 22 23 15 - 72
L Lauro Muller 6 44 9 10 24 93
M Morro da Fumaça 2 60 8 14 1 85
N Nova Veneza 8 28 4 3 - 43
O Orleans 6 18 9 5 5 43
Urussanga 10 27 7 13 30 87
TOTAL 129 298 81 108 226 842
Fonte: Ministério da Saúde, CNES – 2012.

3.7 MEDIA E ALTA COMPLEXIDADE

Conforme determinado no PDR/2008 (SC/SES, 2008), os recursos


alocados para o financiamento dos procedimentos de média complexidade
ambulatorial e/ou hospitalar e as referências para os mesmos estão definidos na
Programação Pactuada Integrada (PPI), sendo que as Regiões de Saúde deverão
ofertar assistência neste nível de atenção aos municípios circunvizinhos vinculados
pelos fluxos assistenciais, utilizando tecnologia de elevada complexidade e média
densidade, dentro da sua capacidade, visando resolver os problemas de saúde
referenciados pela Atenção Básica (SANTA CATARINA, 2011).
A partir da análise da produção de serviços em cada região de saúde, o
município que possui hospital que atenda as quatro clínicas básicas será
considerado referência para os municípios que não possuem unidade hospitalar em
seu território.
Os municípios-sede de macrorregião de Saúde deverão ofertar aos
municípios de sua abrangência os grupos de procedimentos de Alta complexidade
para os quais possuem suficiência, cuja demanda é menos frequente e que exigem
grande especialidade e densidade tecnológica.
36

A seguir apresentamos o conjunto agregado dos procedimentos da Média e


Alta Complexidade referente à Programação Pactuada Integrada da Assistência (PPI),
da região carbonífera.
Nos procedimentos de média complexidade cada município da região possui
diversos serviços, já os procedimentos de alta complexidade estão centralizados no
município sede e em alguns casos fora a microrregião.
Quadro 2 Procedimento de Média Complexidade

Procedimento
Cirurgias ambulatoriais

Terapia especializada
Anatomo patologia e
Traumato-ortopedia

Radiodiagnostico
Patologia Clinica

Ortese e prótese
Ultrassonografia
especializadas

Especialidade

Especializada
Odontologica

Odontologia

Fisioterapia
Consultas

Anestesia
Centro de

Diagnose
citologia
Município

Cocal do Sul
Criciúma Tipo 1
Forquilhinha
Içara
Lauro Muller
Morro da Fumaça
Nova Veneza
Orleans
Siderópolis
Treviso
Urussanga
Fonte: Santa Catarina, 2008.

Lista de Procedimentos de alta complexidade existentes na região


carbonífera, mais especificamente no município sede- Criciúma, conforme
demonstrada na tabela 18.

Tabela 18 Procedimentos de alta complexidade existentes no município de Criciúma da região carbonífera

Descrição
Hemodinâmica
Terapia Renal Substitutiva
Radioterapia
Quimioterapia
37

Ressonância Magnética
Medicina Nuclear – In Vivo
Radiologia Intervencionista
Tomografia computadorizada
Hemoterapia
Acompanhamento de Pacientes
Fonte: Santa Catarina, 2008.

3.8 REDE DE ATENÇÃO A SAUDE MENTAL

A rede pública de serviços de saúde mental é formada por três áreas de


atendimento:
1. Atenção Básica - equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF), Núcleos
de Apoio à Saúde Família (NASF) e os serviços municipais de saúde mental;
2. Rede Ambulatorial especializada em saúde mental - centros de atenção
psicossocial (CAPS) e serviços residências terapêuticos (SRT), voltados à
reabilitação e inserção social do paciente em situação asilar;
3. Atendimento hospitalar - hospitais gerais e hospitais especializados em
psiquiatria.
Na tabela 19, observam-se os serviços ofertados na saúde mental da
região carbonífera.

Tabela 19 Serviços de saúde mental na Região Carbonífera

Amb. Internaçã
NASF NASF NASF NASF
de o
MUNICÍPIO SC SC MS MS CAPS
Saúde hospitala
Mod I Mod II Tipo I Tipo II
Mental r

Cocal do Sul -- -- -- -- 1 CAPS I 6


vagas/mês
Criciúma -- -- 3 -- CAPS II, 137
CAPS ad vagas/mês
CAPS III
CAPS i
Forquilhinha -- -- 1 -- CAPS I
Içara -- -- 1 -- 1 CAPS I
Lauro Muller 1 -- -- -- --
Morro da Fumaça -- -- -- -- --
Nova Veneza 1 -- -- -- Encaminha
Siderópolis
38

Orleans -- -- 1 -- 1 CAPS I 4
vagas/mês
Siderópolis -- -- -- -- CAPS I
Treviso -- 1 -- -- --
Urussanga -- -- 1 -- CAPS I
Total 2 1 7 0 9
Fonte: SANTA CATARINA, 2012.

Na atual política de saúde mental do Ministério da Saúde, os CAPS são


considerados dispositivos estratégicos para a organização da rede de atenção em
saúde mental. Devem ser territorializados, ou seja, devem estar circunscritos no
espaço de convívio social (família, escola, trabalho, igreja, etc.) daqueles usuários
que os frequentam. Deve ser um serviço que resgate as potencialidades dos
recursos comunitários à sua volta, pois todos estes recursos devem ser incluídos
nos cuidados em saúde mental.
Na atenção hospitalar a microrregião conta com 01 hospital Psiquiátrico, a
casa de saúde Rio Maina (Criciúma). O Hospital NS Conceição (Urussanga) e
Henrique Lage (Lauro Muller) possui ala psiquiátrica. Todos os leitos são adultos.
A faixa etária que não conta com assistência hospitalar especializada é a
de crianças com até 15 anos de idade, pois não há leitos psiquiátricos cadastrados
nos 04 hospitais infantis (Florianópolis, Lages, Itajaí e Joinville), nem em hospitais
gerais. Nesses casos, observa-se que há uma grande demanda de internação de
crianças com transtornos mentais moderados e transtornos de conduta, o que indica
a necessidade de intersecção entre os campos da saúde mental, da educação, da
justiça e da assistência social, no sentido de desenvolverem em conjunto estratégias
e ações preventivas e reabilitadoras para essa população.

3.9 INDICADORES DE SAUDE DA REGIÃO CARBONÍFERA

Os indicadores de saúde dos municípios da Região Carbonífera


apresentados, foram pactuados para o ano de 2008, através de metas percentuais,
nos dão uma amostra da compatibilidade das ações propostas pelo Plano Estadual
de Saúde com as deste Plano de Educação Permanente para o período. Uma das
principais referências para o estabelecimento dos indicadores de saúde é a Portaria
GM/MS nº 325/07, que unificou o processo de pactuação de municípios, estados e
distrito federal no âmbito do Pacto pela Saúde (BRASIL/MS, 2007b).
39

3.9.1 PRIORIDADE III DO PACTO PELA VIDA: REDUÇÃO DA MORTALIDADE


INFANTIL E MATERNA

A redução da mortalidade materna e infantil são metas do milênio


assumiu junto a OMS e vem desenvolvendo estratégias para poder alcançar essas
metas. Solidariamente ao Governo Federal, os estados municípios e o Distrito
Federal também desenvolvem ações para alcançá-las.
Na sequencia serão demostradas as metas pactuadas segundo a Portaria
GM/MS nº 325 (BRASIL/MS, 2007b) e os indicadores alcançados por município no
que se refere aos coeficientes de mortalidade infantil e materna. As tabelas 20 e
tabela 21, esboça os percentuais da região.

Tabela 20 Número de óbitos menores de 1 ano por Ano segundo Município 2007-2011

Município 2007 2008 2009 2010 2011 Total

Cocal do Sul - - 1 3 1 5
Criciúma 41 35 32 26 33 167
Forquilhinha 5 3 4 1 4 17
Içara 6 9 4 7 12 38
Lauro Muller 1 1 3 2 1 8
Morro da Fumaça 7 3 1 2 4 17
Nova Veneza 4 - - 1 - 5
Orleans 3 2 5 2 4 16
Siderópolis 1 1 - 2 2 6
Treviso - - 2 - - 2
Urussanga 4 3 3 2 4 16
TOTAL 72 57 55 48 65 297
Fonte: Ministério da Saúde, DataSUS

Tabela 21 Taxa mortalidade menor 1 ano por Ano segundo Município 2007-2011

Município 2007 2008 2009 2010 2011 Total

Cocal do Sul - - 5,75 17,96 5,56 6,03


Criciúma 16,03 13,83 12,26 10,24 12,06 12,87
Forquilhinha 16,18 11,76 12,62 3,24 12,31 11,22
40

Içara 7,5 10,59 5,18 8,43 14,62 9,33


Lauro Muller 5,95 5,05 17,05 9,66 5,08 8,46
Marro da Fumaça 27,67 12,4 4,12 8,37 16,46 13,93
Nova Veneza 25,64 - - 6,76 - 6,5
Orleans 12,99 6,64 20,49 7,87 16,19 12,53
Siderópolis 7,81 6,9 - 15,38 12,74 8,45
Treviso - - 54,05 - - 10,87
Urussanga 20,2 13,82 14,49 10,42 16,88 15,22
TOTAL 14,47 11,17 10,83 9,51 12,17 11,63
Fonte: Ministério da Saúde, DataSUS

Tabela 22 Número de óbitos neonatais por Ano segundo Município 2007-2011

Município 2007 2008 2009 2010 2011 Total


Cocal do Sul - - 1 3 - 4
Criciúma 29 24 17 19 22 111
Forquilhinha 4 1 4 - 2 11
Içara 5 9 4 3 4 25
Lauro Muller 1 1 3 1 1 7
Morro da Fumaça 4 1 1 1 1 8
Nova Veneza 2 - - 1 - 3
Orleans 1 2 3 2 3 11
Siderópolis - 1 - 2 2 5
Treviso - - 2 - - 2
Urussanga 3 3 2 2 4 14
TOTAL 49 42 37 34 39 201
Fonte: Ministério da Saúde, DataSUS

Tabela 23 Número de óbitos neonatais por Ano segundo Município 2007-2011

Município 2007 2008 2009 2010 2011 Total


Cocal do Sul - - 5,75 17,96 - 4,83
Criciúma 11,34 9,49 6,51 7,49 8,04 8,56
Forquilhinha 12,94 3,92 12,62 - 6,15 7,26
Içara 6,25 10,59 5,18 3,61 4,87 6,14
41

Lauro Muller 5,95 5,05 17,05 4,83 5,08 7,4


Marro da Fumaça 15,81 4,13 4,12 4,18 4,12 6,56
Nova Veneza 12,82 - - 6,76 - 3,9
Orleans 4,33 6,64 12,3 7,87 12,15 8,61
Siderópolis - 6,9 - 15,38 12,74 7,04
Treviso - - 54,05 - - 10,87
Urussanga 15,15 13,82 9,66 10,42 16,88 13,32
TOTAL 9,85 8,23 7,29 6,73 7,3 7,87
Fonte: Ministério da Saúde, DataSUS

As tabelas acima evidenciam que nos últimos cinco anos é a predominância


dos óbitos neonatais, uma tendência mundial. E que neste mesmo período as taxas
vêm caindo gradativamente, mas não uma queda constante, uma vez de 2010-2011
a taxa teve uma leve alta.

Tabela 24 Relação das Taxas de mortalidade infantil, neonatal e pós-neonatal na região carbonífera 2007-
2011

Fonte: Ministério da Saúde, DataSUS

Outro dado relevante para o combate a mortalidade infantil são os casos


de Sífilis neonatal, pois quando acontece o diagnóstico do neonato com sífilis
demonstra uma fragilidade no atendimento pré-natal a gestante.
42

Tabela 25 Incidência sífilis congênita por Ano segundo Município 2008-2011

Município 2008 2009 2010 2011 Total


Criciúma 1 - 1 1 3
Forquilhinha - 1 1 - 2
Içara - 1 - - 1
Lauro Muller 1 - 1 1 3
TOTAL 2 2 3 2 9
Fonte: Ministério da Saúde, DataSUS

Com relação a mortalidade materna, a vigilância dos óbitos maternos


ocorre pelas investigações dos óbitos de mulheres em idade fértil (MIF), a fim de
confirmar se esta mulheres não estavam no período gestacional, parto e puerpério.
Analisando a tabela a seguir a microrregião ficou dentro da meta estadual
das investigações, porém se verifica que boa parte dos municípios não vê esta meta
como prioridade de suas ações.

Tabela 26 Porcentagem de Óbito mulher idade fértil investigado por Ano segundo Município 2007-2011

Município 2007 2008 2009 2010 2011 Total


Cocal do Sul 16,67 - 100 100 100 62,5
Criciúma 91,67 86,76 98,41 100 97,14 95,21
Forquilhinha - 22,22 66,67 88,89 85,71 53,33
Içara 9,09 4 25 95 95,45 44,76
Lauro Muller - 75 33,33 85,71 50 57,89
Marro da Fumaça - - 57,14 75 25 36,67
Nova Veneza - - 75 100 80 50
Orleans - 28,57 25 87,5 11,11 31,58
Siderópolis - - 50 100 83,33 64,71
Treviso - - - - - -
Urussanga - - 71,43 66,67 50 32,14
TOTAL 43,52 49,26 73,98 95,36 84,96 70,97
Fonte: Ministério da Saúde, DataSUS
43

3.9.2 Prioridade VI do Pacto pela Vida: Fortalecimento da atenção básica

O fortalecimento da atenção básica também são metas empregadas ao


estado e aos municípios, a fim de melhorar a qualidade da atenção a população.
Dentre as metas para o fortalecimento da atenção básica está o
cadastramento das famílias na ESF. A região de modo geral está com a média
acima de 70%, porém municípios Criciúma e Siderópolis têm que melhorar suas
ações para equiparar com os municípios da região.

Tabela 27 Porcentagem da População cadastrada ESF por Ano segundo Município 2007-2011

Município 2007 2008 2009 2010 2011 Total


Cocal do Sul 106,15 103,33 102,89 104,83 105,17 104,48
Criciúma 44,15 46,41 47,22 48,98 49,13 47,19
Forquilhinha 99,84 101,56 103,61 103,72 105,35 102,84
Içara 96,11 96,29 95,72 93,06 97,19 95,66
Lauro Muller 107,62 102,39 102,8 101,36 102,44 103,26
Morro da
Fumaça 65,03 93,39 96,33 24,31 94,55 74,65
Nova Veneza 100,11 102,5 101,84 102,71 103,97 102,24
Orleans 105,27 99,6 99,21 101,93 102,9 101,72
Siderópolis 50,41 51,76 51,18 65,82 98,27 63,46
Treviso 102,31 102,58 101,87 106,18 107 103,96
Urussanga 93,56 99,87 102,3 315,98 98,96 142,86
TOTAL 68,96 71,63 72,27 81,47 75,16 73,93
Fonte: Ministério da Saúde. 2012.

Três indicadores importantes para avaliar a qualidade da atenção básica


são o número de consultas de pré-natal das gestantes, internações por diabetes
mellitus e internações por AVC.
Ações educativas de prevenção são importantes para evitar as
complicações de doenças como DM e HAS, e com isso as internações hospitalares.
44

Tabela 28 Porcentagem de Nascidos Vivos com 7 ou mais consultas pré-natal por Ano segundo Município
2007-2011.

Município 2007 2008 2009 2010 2011 Total


Cocal do Sul 47,95 45,68 47,7 55,69 52,78 50,06
Criciúma 44,58 46,13 39,45 48,35 52,19 46,19
Forquilhinha 50,16 43,53 34,7 41,1 43,38 42,51
Içara 56,63 67,06 46,89 62,41 62,73 59,37
Lauro Muller 73,21 82,83 77,27 72,46 67,01 74,52
Morro da Fumaça 48,62 42,56 36,63 35,98 57,2 44,26
Nova Veneza 52,56 42,94 50 58,11 53,85 51,37
Orleans 42,42 60,13 69,67 66,54 65,18 61
Siderópolis 46,09 40 36 40 35,67 39,3
Treviso 60 46,34 40,54 77,14 53,66 54,89
Urussanga 44,44 46,08 43,48 54,17 57,38 49,29
TOTAL 48,41 51,27 43,57 52,27 54,48 50,05
Fonte: Ministério da Saúde

Tabela 29 Taxa internação diabete melitus por Ano segundo Município 2007-2011

2007 2008 2009 2010 2011 Total


Município
Cocal do Sul 3,25 3,25 - 6,07 6,07 3,78
Criciúma 6,32 5,21 6,96 5,13 3,75 5,45
Forquilhinha 6 1,21 8,24 3,38 9 5,6
Içara 9,91 6,39 7,59 5,02 2,93 6,3
Lauro Muller 70,17 56,75 38,56 22,74 12,24 39,57
Morro da Fumaça 3,21 8,12 6,36 10,92 7,8 7,3
Nova Veneza 8,03 5,92 7,74 7,53 7,53 7,35
Orleans 27,75 12,73 9,1 6,83 12,53 13,51
Siderópolis 7,7 11,76 1,93 5,58 5,58 6,48
Treviso 6,91 6,68 - - - 2,66
Urussanga 14,95 8,47 21,46 20,91 19,75 17,19
TOTAL 10,48 7,98 8,68 6,89 5,96 7,96
Fonte: Ministério da Saúde

Tabela 30 Taxa internação AVC por Ano segundo Município 2007-2011

Município 2007 2008 2009 2010 2011 Total


Cocal do Sul 4,87 8,13 9,59 7,58 4,55 6,93
Criciúma 7,37 10,28 8,93 11 9,88 9,51
Forquilhinha 9,61 9,67 4,71 6,75 7,88 7,7
45

Içara 9,46 7,3 7,14 5,44 5,44 6,91


Lauro Muller 3,79 5,32 12,27 7 7 7,13
Morro da
Fumaça 3,21 - 3,18 - 4,68 2,22
Nova Veneza 2,01 5,92 9,67 3,77 5,65 5,42
Orleans 8,83 1,16 5,69 9,11 9,11 6,76
Siderópolis 3,85 7,84 3,86 7,44 5,58 5,72
Treviso - 6,68 6,54 13,11 13,11 7,97
Urussanga 4,98 - 11,92 2,32 4,65 4,77
TOTAL 6,99 7,78 8,16 8,32 8,01 7,86
Fonte: Ministério da Saúde, DataSUS

A atenção a saúde da criança são fundamentais para evitar o


adoecimento e mortalidade infantil desta população. Na região os índices são
baixos, porém devem estar em constante vigilância para evitar o aumento dos
índices.

Tabela 31 Porcentagem de crianças <5a com baixo peso por Ano segundo Município 2007-2011

Município 2007 2008 2009 2010 2011 Total


Cocal do Sul - 4,24 4,52 7,18 8,35 6,19
Criciúma - 2,09 2,84 1,26 2,99 2,03
Forquilhinha - 2,5 1,61 1,67 2,62 1,94
Içara ... 5,29 4,67 2,93 2,34 3,19
Lauro Muller - - 6,56 10,3 3,54 5,64
Morro da Fumaça - 1,67 3,05 13,1 4,18 5,04
Nova Veneza - 4,17 4,17 1,55 1,89 2,73
Orleans ... ... - 4,9 4,72 3,54
Siderópolis 16,67 4,26 6,01 4,35 1,69 4,14
Treviso ... 2,26 0,92 0,5 - 0,93
Urussanga - 4,07 7,82 4,23 5,01 5,54
TOTAL 3,7 3,51 3,74 2,5 3,33 3,14
Fonte: Ministério da Saúde, DataSUS

A atenção a saúde bucal também é uma meta que o Ministério da Saúde


está monitorando a fim de acompanhar os indicadores. Na região a média regional
está abaixo de 40%. Municípios como Criciúma, Içara, Morro da Fumaça estão com
índices que puxam o geral da região para baixo.
46

Tabela 32 Cobertura equipes Saúde Bucal por Ano segundo Município

Município 2007 2008 2009 2010 2011 Total


Cocal do Sul 135,52 137,08 135,91 113,79 136,55 131,77
Criciúma - - - 5,38 14,35 3,99
Forquilhinha 62,73 63,86 78,67 76,5 107,1 77,96
Içara 35,94 36,73 36,25 35,18 35,18 35,85
Lauro Muller 77,7 73,24 146,04 144,08 144,08 117,68
Morro da Fumaça 42,07 43,14 42,82 42,79 42,79 42,72
Nova Veneza 107,11 105,89 104,81 103,69 103,69 105,02
Orleans 137,82 127,84 111,13 129,01 129,01 126,77
Siderópolis 26,07 26,75 26,57 26,54 53,09 31,79
Treviso 97,13 94,68 186,79 195,63 195,63 153,81
Urussanga 71,28 87,22 69,22 51,18 68,24 69,33
TOTAL 34,99 36,21 38,57 39,73 48,56 39,64
Fonte: Ministério da Saúde, DataSUS

Tabela 33 Média escovação dental supervisionada por Ano segundo Município

Município 2008 2009 2010 2011 Total


Cocal do Sul 0,07 7,64 8,6 10,4 5,34
Criciúma 1,16 9,06 8,97 6,45 5,14
Forquilhinha 0,75 1,58 0,61 0,4 0,67
Içara 2,62 1,59 1,58 1,11 1,37
Lauro Muller 0,73 1,67 0,07 0,49 0,6
Morro da Fumaça - 0,7 3,15 5,01 1,77
Nova Veneza - 1,95 1,78 1,59 1,07
Orleans 5,44 3,45 1,68 2,1 2,57
Siderópolis - - 0,03 0,58 0,12
Treviso 1,29 3,68 4,91 5,36 3,04
Urussanga 5,65 7,84 7,67 6,77 5,63
TOTAL 1,65 5,86 5,75 4,58 3,58
Fonte: Ministério da Saúde, DataSUS

3.9.3 PACTO DE GESTÃO: RESPONSABILIDADES GERAIS DA GESTÃO DO


SUS

Os óbitos com causa definida na região estão acima da média pactuada


pelo estado e ministério da saúde. Sendo que este dado tende a melhorar, em
virtude da mudança de fluxos de controle de DOs e a instalação de SVO regional.
47

Tabela 34 Porcentagem de óbitos causa definida por Ano segundo Município

Município 2007 2008 2009 2010 2011 Total


Cocal do Sul 100 98,55 100 98,89 100 99,46
Criciúma 99,45 99,01 99,41 99,17 99,73 99,36
Forquilhinha 96,74 100 97,06 99,02 100 98,61
Içara 78,46 82,24 92,47 94,46 97,88 89,41
Lauro Muller 74,65 84,93 86,96 84,34 87,5 84,03
Morro da Fumaça 92,11 89,29 92,94 91,89 96,34 92,52
Nova Veneza 98,63 100 98,53 91,67 97,56 97,64
Orleans 98,96 98,18 98,66 98,36 99,3 98,71
Siderópolis 100 100 100 100 100 100
Treviso 100 100 94,12 95,45 100 97,83
Urussanga 95,49 99,15 97,6 98,23 96,43 97,3
TOTAL 94,87 95,48 97,31 97,39 98,58 96,81
Fonte: Ministério da Saúde, DataSUS

Tabela 35 Cobertura vacinal tetravalente por Ano segundo Município

Município 2007 2008 2009 2010 2011 Total


Cocal do Sul 118,49 88,27 110,49 106,9 89,08 102,2
Criciúma 99,53 94,55 103,75 97,78 98,12 98,74
Forquilhinha 106,8 118,82 135,69 96,21 105,99 111,49
Içara 105,63 93,88 91,88 105,71 107,65 100,67
Lauro Muller 112,5 95,96 108,59 102,84 122,16 108,08
Morro da Fumaça 100 122,73 115,29 123,05 101,65 112,43
Nova Veneza 98,72 107,32 89,02 120,55 88,36 100,64
Orleans 132,9 81,4 88,04 109,84 116,39 103,63
Siderópolis 117,19 104,14 113,79 99,33 99,33 106,41
Treviso 136,67 117,07 70,73 121,62 121,62 111,83
Urussanga 113,64 88,94 101,84 85,02 91,3 95,98
TOTAL 104,74 96,69 102,86 101,52 101,28 101,4
Fonte: Ministério da Saúde, DataSUS

Tabela 36 Porcentagem DNC encerrados oportunamente por Ano segundo Município

Município 2008 2009 2010 2011 Total


Cocal do Sul 100 100 97,3 93,94 97,22
Criciúma 91,9 97,74 97,57 97,68 97,28
Forquilhinha 97,83 94,24 98,41 98,78 97,15
Içara 89,74 98,45 97,82 99,17 98,03
Lauro Muller 60 81,82 91,67 94,74 87,23
Morro da Fumaça 100 96,55 97,3 99,19 97,77
Nova Veneza 100 88,57 90,32 89,29 91,15
Orleans 62,5 100 95,45 96,43 95,16
48

Siderópolis 66,67 100 100 100 98,15


Treviso 72,22 100 100 100 97,01
Urussanga 83,33 60 60,71 48,78 57,27
TOTAL 90,67 96,36 97,13 96,94 96,46
Fonte: Ministério da Saúde, DataSUS

Os indicadores relacionados a doenças emergentes são fundamentais


para avaliar sua capacidade de resposta a doenças emergentes.

Tabela 37 Indicadores prioritários do fortalecimento da capacidade de respostas as doenças emergentes e


endemias

% % % Incidência
Cura casos Cura casos Casos hepatite B AIDS
Município
novos novos TBC confirmação crianças < 5
hanseníase CNP+ sorológica anos
TOTAL 87,5 77,81 97,09 3,06
Cocal do Sul 100 100 100 -
Criciúma 87,5 77,13 98,82 4,71
Forquilhinha 100 83,33 96,77 11,76
Içara 100 86,36 100 -
Lauro Muller - 100 100 -
Morro da Fumaça 100 77,78 100 -
Nova Veneza - 100 95,24 -
Orleans 100 57,14 66,67 -
Siderópolis - 69,23 100 -
Treviso 100 33,33 97,06 -
Urussanga 66,67 33,33 50 -

Os demais itens não apresentados não tiveram ocorrência de casos.

Com relação ao câncer de colo de útero e mama, a secretaria estadual de


saúde – SES, necessita priorizar mais recursos e definir ações para aumentar a
percentagem de municípios e serviços que alimentam o SISCOLO e o SISMAMA. A
melhoria da cobertura de exames citopatológicos na população de 25 a 59 anos é
uma prioridade que deve envolver todos os municípios e as equipes de saúde da
família do estado, pois a razão de exames ainda está abaixo do esperado.
49

4 FORMAÇÃO EM SAUDE NA REGIAO CARBONIFERA E AS NECESSIDADES


EXISTENTES

Município Nível instrução Técnico Graduação Residência TOTAL

Instituição de ensino
Criciúma Colégio Imagem 3 - - 3

CEDUP 1 - - 1

Hospital São José 1 - 3 4

ESUCRI 3 3 - 6

UNESC - 6 1 7

Orleans UNIBAVE 1 3 - 4

CEPROVI 1 - - 1

Içara Hospital São Donato 1 - - 1

Total instituições por nível instrução 11 12 4 27


50

5 RELAÇÃO ENTRE O DIAGNÓSTICO DAS NECESSIDADES E O


PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA
REGIÃO CARBONÍFERA

O diagnóstico das necessidades da região carbonífera é realizado


anualmente sendo que a última atualização das necessidades aconteceu em dois
momentos: 1º - final de 2011, com a definição das prioridades de cursos de médio e
longo prazo pleiteados junto a EFOS (curso de 80h, 120h e cursos técnicos); 2º - em
reunião em agosto de 2012, quando foram definidas 5 prioridades para o biênio:
a) Problemas no desenvolvimento das atividades da atenção básica;
b) Dificuldade para elaboração, execução de projetos, operacionalização do
financiamento e processos administrativos da PNEPS;
c) Dificuldade de implantação da rede cegonha na Região Carbonífera;
d) Dificuldade no desenvolvimento das ações do NASF;
e) Dificuldade de execução dos processos de auditoria no SUS.

PROBLEMA: -Dificuldade no desenvolvimento do processo de trabalho segundo as


prerrogativas do SUS e da PNH
Falta de entendimento dos processos de trabalho nos
serviços públicos de saúde, em especial, da atenção básica
CAUSAS
por parte dos colaboradores.

Processo seletivo – 1ª etapa


Análise de curriculum
Avaliação de perfil profissional
Contratação de novos colaboradores

Parte teórica – 2ª etapa -


Desenvolvimento de atividades teórico-práticas de
integração, acolhimento e introdução do profissional a sua
PROPOSTA atividade de trabalho (com base no que é feito em Viçosa na
Bahia).

*acolhimento;
*o que é SUS;
*princípios do SUS;
*orientação e atividades de interação com o trabalho;
*tendências pedagógicas e políticas públicas de saúde;
*determinantes sociais da saúde;
51

*participação e controle social de saúde;


*diretrizes e estratégias de saúde da família;
*apoio sobre ESF e NASF;
*oficina sobre: situação, problema, discussão e diretrizes na
atenção básica de saúde da família;
*utilização do SIAB e planejamento das ações de saúde;
*assuntos pertinentes relacionados ao fluxo de
encaminhamentos junto à atenção especializada; saúde
mental; assistência farmacêutica; controle e avaliação e
outros

Parte Prática
Visita orientada aos diferentes serviços/setor de saúde do
município com profissional da área ou correlata
Monitoramento do desempenho profissional (avaliação de
desempenho) a cada 06 meses de trabalho por seu superior
imediato
Realizar a integração dos profissionais que trabalhos nos
serviços públicos de saúde da região carbonífera por meio do
acolhimento pedagógico
Qualificar as equipes e os representantes da gestão
municipal no processo de integração nos novos
OBJETIVO
colaboradores nos serviços;
Resgatar por meio de atividades teórico-práticas os conceitos
e pressupostos fundamentais que estruturam nosso sistema
de saúde (SUS, Atenção Básica, Participação popular, entre
outros)
PÚBLICO ALVO Equipes de saúde e gestores da região carbonífera
Metodologia problematizadora, intensificação da relação
trabalho-estudo, co-responsabilização entre atores sociais,
ESTRATÉGIA encontros presenciais e atividades de dispersão.
Abrangência regional
Abordagem multiprofissional
Contratação/remanejo de profissional da área de
administração e/ou RH ou a critério de cada município
participante
RECURSOS Facilitador do processo de ensino-aprendizagem qualificado
da própria região, efetivos ou contratados nos municípios,
insumos de mídia, acesso à internet, local específico para
realização de encontros presenciais e coffe break
CUSTO Custo corrente
ESTIMADO
META Atender 100% da demanda, envolvendo a participação de
52

gestores municipais no processo.


Continuo com início em março de 2013, com periodicidade
PRAZO
de 4h com encontros presenciais e atividades de dispersão.
Qualificação profissional; mudança concreta nas práticas
RESULTADOS
cotidianas; empoderamento dos atores para superar as
ESPERADOS
iniquidades locais e regionais.

PROBLEMA: Dificuldades para a elaboração, execução de projetos,


operacionalização do financiamento e processos administrativos da PNEPS.
- Carência de recursos humanos capacitados, teórico-
metodologicamente, para elaboração e execução de projetos de
EPS e falta de assessoria técnica sobre esse tema;
-Pouco conhecimento quanto ao processo administrativo para
liberação dos recursos e execução orçamentária;
- Insuficiente apoio técnico da SDR quanto ao processo
CAUSAS administrativo para liberação de recursos e execução
orçamentária;
- Pouco conhecimento e dificuldade de gerenciamento do
recurso financeiro do co-financiamento da Atenção Básica;
- Escassez de tempo dos atores sociais para dedicação à CIES,
devido às múltiplas funções assumidas nas esferas de trabalho
em nível municipal e regional.

- Capacitação dos atores sociais da CIES para elaboração,


execução e monitoramento/avaliação de projetos e licitações;
- Criação de uma equipe técnica administrativa (das SMS e
GERSA) com objetivo de dar suporte técnico na execução da
PNEPS.
- Adequado investimento dos recursos financeiros da PNEPS e
do co-financiamento da Atenção Básica nas ações de EPS,
PROPOSTAS conforme lei de responsabilidade fiscal;
- Realização de parcerias entre as CIES, municípios e
instituições de ensino com cursos na área da saúde, na
elaboração de capacitações com utilização do recurso do co-
financiamento da atenção básica, podendo envolver os
Consórcios Intermunicipais;
- Parceira da CIES com a ESP e a EFOS para apoio, suporte e
realização de cursos/eventos.

- Implementar de forma sistemática a capacitação do público-


alvo para elaboração, execução e monitoramento/avaliação de
projetos de EPS com apoio das IES da região carbonífera, da
OBJETIVOS ESP, da EFOS, da 21ª Gerência Regional de Saúde, das SMS e
da CIES;
- Elaborar manual operativo com normas e fluxos para utilização
de recursos financeiros da PNEPS.
53

- Para elaboração, execução e monitoramento/avaliação de


projetos: atores sociais da CIES (gestão, serviço, ensino e
controle social);
- Para operacionalização dos recursos financeiros e processos
PÚBLICO ALVO administrativos da PNEPS: contadores e jurídico das SDR e
municípios, atores sociais da CIES (gestão, serviço, ensino e
controle social) e da CIES estadual, gestores municipais e
assessores técnicos das SMS e GERSA.

- Criação de um programa de EPS ligado à Escola de Saúde


Pública, EFOS, Instituições de Ensino da área da saúde da
Região Carbonífera, GERSA, as SMS e a CIES, os quais farão a
ESTRATÉGIAS capacitação do público alvo como multiplicadores na elaboração,
execução e monitoramento/avaliação de projetos, com
contratação de facilitadores externos conforme a necessidade;
- Criação de núcleos municipais de EPS e Humanização.

RECURSOS Co-financiamento da Atenção Básica; orçamento da CIES.

CUSTO R$ 10.000,00 (dez mil reais).


ESTIMADO
- Estruturação até o ano 2014 de um programa de EPS ligado à
Escola de Saúde Pública, EFOS, a GERSA, as SMS e a CIES, o
qual ofertará no primeiro ano vagas aos atores sociais da CIES,
a fim de propiciar a formação de multiplicadores para
METAS
elaboração, execução e monitoramento/avaliação de projetos de
EPS;
- Utilização de 100% dos recursos financeiros destinados
anualmente às CIES.

Março a Novembro
PRAZO
2013/2014
PERIODICIDADE
- Multiplicadores (atores sociais) capacitados que organizarão
grupos de trabalhos na CIES para elaboração, execução e
monitoramento/avaliação de projetos de EPS
- Avaliação positiva dos participantes nas ações de EPS;
RESULTADOS
- Utilização adequada do financiamento da PNEPS pela CIES;
ESPERADOS
- Utilização adequada do co-financiamento da Atenção Básica e
outras fontes financiadoras para as ações de EPS;
-Aumento da qualidade das ações de EPS oferecidas pela CIES;
- Fortalecimento da PNEPS na Região Carbonífera.

PROBLEMA: Dificuldade para a implantação da rede cegonha na região carbonífera


54

 Falta de articulação entre as esferas federal, estadual e


municipal.
CAUSAS  Falta de articulação na rede de assistência
 Ausência de planejamento com cronograma

 Apresentação do programa a CIR – Comissão Intergestores


Regionais
 Elaboração do plano regional e municipal
 Realização de uma oficina regional sobre a rede cegonha
PROPOSTA  Implantar fórum regional/municipal da rede cegonha
 Sensibilização dos profissionais
 Informatização da rede
 Estabelecer um cronograma regional de prazos e metas.

 Melhorar a qualidade da assistência do parto, puerpério e


OBJETIVO puericultura.

PÚBLICO  Profissionais e gestores em saúde da região carbonífera


ALVO
 Realização de uma oficina regional e a implantação dos fóruns
ESTRATÉGIA
 R$ 1.000,00 da CIES; Município e Ministério da Saúde a definir
RECURSOS
CUSTO  De acordo com cada município
ESTIMADO
 Implantação 100% da rede cegonha
META
 Dezembro de 2012
PRAZO
 Implantação efetiva da rede cegonha e diminuição da
RESULTADOS
mortalidade materno-infantil
ESPERADOS

PROBLEMA: Dificuldades para operacionalizar o NASF.


 Carência de capacitação dos recursos humanos.
 Falta de apoio da gestão.
 Falta de sensibilização da gestão.
CAUSA
 Dificuldade de integração entre os profissionais e gerência
dos recursos financeiros.

 Capacitação para sensibilizar quanto ao Nasf os atores


sociais do quadrilátero.
 Promoção de encontro mensal entre equipe do Nasf e gestor.
PROPOSTA  Contratação de equipe especializada para realização de
capacitações (operacionalização).
 Planejamento da distribuição dos recursos do NASF, com
gestor e setor financeiro.
55

 Implementar de forma sistemática a capacitação do


quadrilátero.
OBJETIVO  Acompanhar o gerenciamento dos recursos financeiros
relativos ao NASF.

 Para sensibilização, os servidores municipais da saúde,


conselho municipal e gestão.
PUBLICO ALVO  Para gerencia dos recursos financeiros, os profissionais do
Nasf, os profissionais do departamento financeiro e a gestão.

 Realização de parcerias entre CIES, regional e municípios, a


fim de realizar oficinas a capacitar os profissionais do Nasf.
 Criação de grupos para sensibilização por seguimento: ACS,
equipe técnica, e gestão.
 Organizar encontro geral entre os seguimentos.
 Realizar encontro para Levantamento do Diagnostico de
ESTRATÉGIA Realidade do Município.
 Organização do fluxograma e manual operativo pela equipe
do Nasf.
 Após 6 meses operacionalizando o Nasf, realizar encontro
com seguimentos, para levantamento dos pontos negativos e
positivos.

Recursos financeiros do Nasf, Co-financiamento, CIES


RECURSOS Carbonífera.

CUSTO R$ 10.000,00
ESTIMADO
 Realização 1 encontro regional para capacitar todos os
profissionais cadastrados no Nasf (operacionalização).
 Promover 3 encontros locais separados por seguimentos
(gestão, trabalhador, controle social).
META  Promover 1 oficina regional com todos os seguimentos.
 Realizar 1 encontro regional com profissionais do Nasf após
levantamento do diagnostico.
 Ao final do processo (prazo estipulado) oficina de avaliação
com todos os seguimentos.
 Março a novembro.
PRAZO
 2013.
PERIODICIDADE
 Profissionais do NASF capacitados para o aumento da
qualidade das ações oferecidas pelo serviço.
 Atores sociais sensibilizados participando das ações do
RESULTADOS NASF.
ESPERADOS  Fortalecimento do NASF no Município.
 Avaliação positiva dos participantes nas ações de
sensibilização.
56

PROBLEMA: Recursos Humanos com dificuldades inerentes às ações de auditoria,


atividades analíticas e operacionais bem como procedimentos administrativos.

CAUSA  Carência de Recursos Humanos capacitados em ações de


auditoria .

 Insuficiência de suporte técnico da GESAU.

PROPOSTA  Capacitação dos profissionais vinculados ao Controle, avaliação


regulação e auditoria.

 Aperfeiçoamento da prática de atuação dos profissionais


vinculados ao controle, avaliação, regulação e auditoria.

OBJETIVO  Obter melhoria na qualidade das ações e serviços prestados no


campo da auditoria bem como nos procedimentos
administrativos operacionais;

 Aprimorar a capacidade de gestão dos profissionais.

PÚBLICO  Profissionais vinculados ao Controle, avaliação regulação e


ALVO auditoria dos municípios da região carbonífera.

 Profissionais da Gestão.

ESTRATÉGIA  Criação de um Curso de Capacitação voltado a todos os


profissionais ligados direta ou indiretamente com o setor de
controle, avaliação e auditoria;
 Estruturação do Sistema Municipal de Auditoria;

 Criação de protocolos de controle, avaliação, regulação e


auditoria;

 Organização de uma segunda etapa para a capacitação de


profissionais da Atenção Básica sobre o Controle e Avaliação.

RECURSOS  Co-financiamento da atenção Básica; CIES.

CUSTO  R$ 10.000,00 (dez mil reais)


ESTIMADO
META  Capacitação dos profissionais do Setor de Controle, Avaliação,
Regulação e Auditoria.
 Capacitação dos profissionais da Atenção Básica numa segunda
etapa.
 Organização de protocolos para o setor.
57

PRAZO  Março à novembro

PERIODICIDAD  2013
E
RESULTADOS  Melhoramento na utilização de recursos públicos;
ESPERADOS  Aprimoramento das técnicas de Controle, avaliação, regulação e
auditoria dos profissionais envolvidos com o setor;
 Multiplicação dos conhecimentos adquiridos, através do repasse
de informação aos outros profissionais.
58

6 PROCESSO DE AVALIAÇÃO DO PLANO REGIONAL DE EDUCAÇÃO


PERMANENTE EM SAÚDE DA REGIÃO CARBONÍFERA

Para que haja possibilidade avaliar o desenvolvimento das ações contidas no


PAREPS e seu impacto sobre as necessidades de saúde que produziram demandas
para a Educação Permanente, a necessidade de manter um sistema de avaliação
sistemático é essencial. Este sistema deve ter como foco principal de avaliação os
sujeitos das ações realizadas e os resultados obtidos pelas práticas transformadas
pelos sujeitos envolvidos por projetos de EPS.

Um problema no processo avaliativo, é que esta etapa do processo não faz


parte do cotidiano dos atores sociais envolvidos, e, quando existem são meramente
quantitativos. A proposta da CIES Carbonífera é fazer com que a avaliação
processual ocorra, porém o modo operacional para o desenvolvimento dessa
atividade também será um aprendizado para os atores sociais.

Num primeiro momento se propõe oficinas de avaliação ao final de cada


processo para que se faça uma avaliação do impacto de cada ação sobre o serviço.

Os atores envolvidos com a execução das ações também buscarão a


construção de indicadores que possam medir as transformações ocorridas no
Sistema Único de Saúde que possam ser associadas às ações executadas.
59

7 DEFINIÇÃO ORÇAMENTÁRIA

Os recursos necessários para a execução deste plano são os provenientes do


Orçamento Anual da SES, transferindo recursos da PNEPS emitida pelo Ministério
da Saúde e recursos do Co-financiamento da Atenção Básica dos Municípios.
Os recursos da CIES previstos no ano de 2012, definido em Deliberação
286/CIB/11 referente ao ano de 2011 no valor R$ 57.378,07. A serem depositados
na conta do FMS da SMS de Içara.
60

8 REFERÊNCIAS

AMREC. Associação dos municípios da região carbonífera. Disponivel em


<http://www.amrec.com.br> Acesso em 18 ago 2012.

BRASIL. Congresso Nacional. Constituição da República Federativa do Brasil.


Promulgada em 05 de outubro de 1988. [documento internet] 1988. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/legislacao/>. Acesso em: 12 set. 2008.

______. Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para


a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento
dos serviços correspondentes e dá outras providências. [documento internet] 1990a.
Disponível em: <http://portal.saude.gov.br>. Acesso em: 12 set. 2008.

______. Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da


comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências
intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências.
[documento internet] 1990b. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br>. Acesso em: 12
set. 2008.

BRASIL, Ministério da Saúde (MS). Portaria GM/MS nº 1.101, de 12 de junho de


2002. Estabelece os parâmetros de cobertura assistencial no âmbito do Sistema
Único de Saúde – SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. [documento internet]
2002. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br>. Acesso em: 30 nov. 2009.

_______. Política Nacional de Atenção Básica. Ministério da Saúde, Secretaria


Executiva, Departamento de Atenção Básica. Série A. Normas e manuais técnicos,
Série Pacto pela saúde 2006; v.4, Brasília: Ministério da Saúde, 2006c.

______. Portaria nº 325 /GM/MS, de 10 de janeiro de 2007, que dispõe sobre o


Relatório de Indicadores de Monitoramento e Avaliação do Pacto pela Saúde para
pactuação unificada. [documento internet] 2007b. Disponível em:
<http://portal.saude.gov.br>. Acesso em: 30 nov. 2009.

BRASIL, Ministério da Saúde (MS). Portaria GM/MS no 399/06, de 22 de fevereiro


de 2006. Divulga o Pacto pela Saúde 2006 – Consolidação do SUS e aprova as
Diretrizes Operacionais do referido Pacto. [documento internet] 2006a. Disponível
em: <http://www.saude.gov.br/sgtes>. Acesso em: 13 set. 2007.

______. Portaria GM/MS no 699/06, de 30 de março de 2006, que regulamenta as


diretrizes operacionais dos Pactos pela Vida e de gestão. [documento internet]
2006b. Disponível em: <http://www.saude.gov.br/sgtes>. Acesso em: 24 ago. 2007.
BRASIL, Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Gestão do Trabalho e da
Educação na Saúde (SGTES). Departamento de Gestão da Educação na Saúde
(Deges). Política de Educação e Desenvolvimento para o SUS: caminhos para a
educação permanente em saúde – Pólos de educação permanente em saúde.
Brasília: Ministério da Saúde, 2004a, 66p. (Série C. Projetos, Programas e
Relatórios).
61

______. Portaria GM/MS no 198/04, de 13 de fevereiro de 2004. Institui a Política


Nacional de Educação Permanente em Saúde - como estratégia do Sistema Único
de Saúde para a formação e o desenvolvimento de trabalhadores para o setor e dá
outras providências. [documento internet] 2004b. Disponível em:
<http://www.saude.gov.br/sgtes>. Acesso em: 12 jul. 2004.

______. Portaria GM/MS no 1.996/07, de 20 de agosto de 2007. Dispõe sobre as


diretrizes para a implementação da Política Nacional de Educação Permanente em
Saúde. [documento internet] 2007. Disponível em: <http://www.saude.gov.br/sgtes>.
Acesso em: 24 ago. 2012.

______. Portaria GM/MS no 2.953, de 25 de novembro de 2009. Define recursos


financeiros do Ministério da Saúde para a Política Nacional de Educação
Permanente em Saúde, e dá outras providências. [documento internet] 2009.
Disponível em: <http://www.saude.gov.br/sgtes>. Acesso em: 27 nov. 2009.

______. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Dados


demográficos. Disponível em <http://www.ibge.gov.br> Acesso em 20 ago 2012.

______. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS - DataSUS.


Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES. Cadastro de
Estabelecimentos. Disponível em <http://cnes.datasus.gov.br> Acesso em 25 ago
2012.

______. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS - DataSUS.


Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES. Cadastro de
equipamentos disponíveis. Disponível em <http://cnes.datasus.gov.br> Acesso em
25 ago 2012.

______. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS - DataSUS.


Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES. Cadastro de
trabalhadores. Disponível em <http://cnes.datasus.gov.br> Acesso em 25 ago 2012.
COMISSÃO INTERGESTORES BIPARTITE (CIB). Deliberação 225/CIB/07, de 17
de dezembro de 2007. Define que as Comissões Permanentes de Integração
Ensino-Serviço atenderão os municípios de acordo com a lógica da regionalização
do estado, de forma que nenhum município, assim como nenhum Colegiado de
Gestão Regional – CGR, fique sem sua referência a uma Comissão Permanente de
Integração Ensino-Serviço. [documento internet] 2007b. Disponível em: <
http://www.saude.sc.gov.br/conselhos_de_saude/CIB/delibera%E7%F5es/deliberaco
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pactuadas, conforme estabelecidas no anexo que faz parte desta Deliberação.
[documento internet] 2007a. Disponível em: <
http://www.saude.sc.gov.br/conselhos_de_saude/CIB/delibera%E7%F5es/deliberaco
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dezembro de 2007. Define que as Comissões Permanentes de Integração Ensino-
Serviço atenderão os municípios de acordo com a lógica da regionalização do estado,
de forma que nenhum município, assim como nenhum Colegiado de Gestão Regional
– CGR, fique sem sua referência a uma Comissão Permanente de Integração Ensino-
Serviço. [documento internet] 2007b. Disponível em: <
http://www.saude.sc.gov.br/conselhos_de_saude/CIB/delibera%E7%F5es/deliberaco
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