Ebook Empreendedorismo Fora de Serie
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Mauricio Fontenelle - [email protected] - IP: 45.179.224.43
ficha
técnica
Leandro Vieira - CEO
EBOOK
Brasil - 2016
9 Empreendedorismo é Administração.
Deal with it
por LEANDRO VIEIRA
su
por JOÃO KEPLER
má
por MARCELO TOLEDO
rio
32 Profissional empreendedor: uma
nova classe de empreendedores?
por AUREA VELL
Q
uando você apresenta sua ideia, dão risadas. No
dia em que você resolve implementar, criticam.
Depois de seu sucesso, se perguntam: “Mas
como?”. Em seguida, tentam imitar. Quando
fracassam, dizem que você teve sorte. Alguns vão te admirar.
Outros vão se corroer de inveja. Uma parte vai querer aprender
com você. Outra parte vai dizer que você é burguês.
Flávio Augusto
É um dos principais ícones do empreendedorismo
no Brasil. Fundou a Wise Up e, mais tarde, o
Ometz Group, que englobou uma série de empresas
fundadas por ele e em 2013 foi vendido para a
Abril Educação, da qual passou a ser sócio. No
mesmo ano, adquiriu o Orlando City, clube da
principal liga norte-americana de futebol. É também
o idealizador do Geração de Valor, projeto focado
em inspirar jovens que estão iniciando a carreira
e desejam chegar mais longe, aprendendo com a
experiência de um empreendedor de sucesso.
8
E
mpreender está na moda. E já não era sem tempo.
Depois de muito levarem na cabeça perseguindo
ilusões como estabilidade e segurança, muitas pessoas
estão acordando para o fato de que, para terem uma vida plena
e realizada, devem assumir riscos e apostar em suas ideias. Essas
pessoas estão não apenas construindo novas rotas para suas
vidas, mas ajudando a mudar toda uma cultura secular que ainda
reina em nosso país que é, justamente, contrária à inovação e ao
empreendedorismo.
Leandro Vieira
Fundador e CEO do Administradores. Mestre
em Administração pela UFRGS e Certificado
em Empreendedorismo pela Harvard Business
School. Tem MBA em Marketing pelo IPAM.
Administrador de Empresas pela UFPB e bacharel
em Direito pelo UNIPÊ. Foi professor da Escola de
Administração da UFRGS. É autor do livro Seu
Futuro em Administração e um dos organizadores
do livro Gestão da Mudança: Explorando o
Comportamento Organizacional. Recebeu em 2015
o Troféu Jubileu de Ouro do Conselho Federal de
Administração, como homenagem e agradecimento
empreen
dedores?
Por JOÃO KEPLER
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E
u li uma estatística chocante: o número de
desempregados sobe a cada dia no Brasil. É realmente
alarmante a perspectiva de empregos para os próximos
dois anos. Além disso, outro dado que me assusta é que apenas
13% dos funcionários que estão efetivamente empregados estão
felizes e “empenhados” em seus trabalhos, ou seja, muitas pessoas
passam a vida de trabalho se sentindo desmotivadas em fazer o
que são obrigadas ou o que não gostam. São infelizes!
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2) Criatividade e Inovação
Fazendo uma simples comparação, o empreendedor tem de ser
criativo ou encontrar formas inovadoras de resolver problemas.
Já os funcionários, por outro lado, muitas vezes têm a sua
criatividade sufocada. Eles não têm a liberdade para ir além da
sua obrigação, dos seus limites. Esta abordagem frustra o talento
e desencoraja a liberdade de pensamento que leva à inovação. A
4) Paixão
Quero meus filhos apaixonados por alguma coisa interessante,
16 uma causa, uma ideologia, um estilo ou um hobby, até porque os
5) Desafios
Uma queixa clássica de funcionários de empresas é que eles estão
entediados ou nada de novo acontece, muitos ficam presos nesta
rotina durante anos até que encontrem um emprego melhor.
Quando se é empreendedor, a vida nunca é monótona. A
pessoa é obrigada a tomar direções, desafiada a adquirir novas
qualificações, a enfrentar barreiras e o inesperado, e a superar
medos e fracassos. O mais interessante na vida empreendedora
é a aprendizagem contínua e o exercício diário mental. Cada
dia é um novo desafio que exige um novo pensamento que te
leva a explorar e maximizar o potencial individual.
6) Dinheiro
Apesar de o dinheiro não ser o fator chave para a maioria dos
empreendedores, se eles forem bem sucedidos nos seus negócios
vão conseguir acumular sem limites e terem segurança financeira
bem mais rápido do que em empregos formais. É claro que os
riscos são maiores e é mais difícil, mas quem disse que o melhor
é ser fácil?
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8) Legado
A famosa pirâmide de Maslow, aquela da teoria da hierarquia
das necessidades, revela que o topo a que se pode chegar na
vida é a autorrealização. A pirâmide mostra que para percorrer
o todo é necessário passar pelas partes, mas também há quem
chegue lá sem passar por todas as etapas da pirâmide.
9) Independência
Aqui deixo um alerta e peço uma atenção redobrada. Uma das
frustrações do empreendedorismo é quando nos damos conta
de que não é fácil ser dono do seu próprio negócio. Muitos
empreendedores simplesmente se sentem totalmente perdidos e
desorientados por conta da liberdade, da chamada independência,
quando percebe que dependem sim e muito dos outros: seus
clientes, fornecedores, parceiros, sócios etc.
10) Propósito
Muitas pessoas passam a vida toda sem saber porque estão
nesta vida. Muitas pessoas traçam objetivos mas não sabem os
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João Kepler
Reconhecido como um dos palestrantes mais
sintonizados com Inovação e Convergência
Digital do Brasil. É investidor anjo e líder do
núcleo Nordeste da Anjos Do Brasil. Participa de
mais de 40 startups e é associado nas Investidoras
Bossa Nova Investimentos e Seed Participações.
Foi premiado pelo Spark Awards da Microsoft
como Investidor Anjo do Ano 2015. Além disso
é empreendedor serial, conselheiro da Global
Council of Sales Marketing, CEO na Plataforma
SDI de Event Ticketing, colunista de diversos
portais no Brasil, palestrante internacional, escritor
e autor dos livros O vendedor na Era Digital e
Atendimento & Vendas.
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C
onhecido popularmente como espinha de peixe,
o diagrama de causa e efeito surgiu na década de
40, desenvolvido por Kaoru Ishikawa, como uma
ferramenta com objetivo de identificar problemas no processo de
produção de um produto. Já muitas décadas depois, a espinha de
peixe ainda é uma das ferramentas mais utilizadas por empresas
no mundo todo! Seu uso não se limita, entretanto, apenas às
linhas de produção industrial, pois pode te ajudar a entender
sua startup de acordo com a análise dos processos utilizados para
alcançar os objetivos desejados.
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6 Ms
Método: da forma de execução do trabalho, de processos
incorretos ou aplicados indevidamente;
Material: toda causa proveniente do material usado, na matéria-
prima;
Máquina: causa que envolva a máquina, como ajustes incorretos
ou defeitos mecânicos e elétricos;
Meio Ambiente: além dos fatores climáticos, agrega também
situações políticas e de mercado que podem causar problemas;
Medição: avaliações feitas de forma incorreta e levantamento
de dados impreciso;
Mão de obra: toda causa que envolva a ação de um colaborador.
4 Ps
Os 4 Ps são as causas primárias mais indicadas para efeitos de
gestão, sendo: políticas, procedimentos, pessoal e planta. A
partir dessas causas primárias definimos as subcausas do efeito.
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Marcelo Toledo
Toledo trabalha em startups de tecnologia há mais
de 15 anos. Foi diretor da Vex até sua venda para
a Oi e, em sua trajetória como empreendedor,
foi fundador e CEO de diversas startups de
tecnologia. Entre elas está o Payleven, investida
do grupo Rocket Internet. Foi também Diretor de
Tecnologia da área de Inovação da Oi, operadora
de Telecom. Atualmente é CTO do Grupo LTM.
É autor do best seller DONO, publicado pela
editora AltaBooks.
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J
im Rohn, empresário norte-americano e escritor na
área de desenvolvimento pessoal e motivação, fala
que: “Se realmente você quer fazer algo, encontrará
uma maneira. Se não, encontrará uma desculpa”.
Atitudes como inventar desculpas, procrastinar, assumir posturas
defensivas, não ouvir, ter problemas em delegar tarefas ou
medo de fazer e receber avaliações de desempenho são formas
de autossabotagem.
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empreen
dedores?
Por AUREA VELL
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E
xceto numa época da minha vida em que queria ter
uma escola de dança (mas não tinha nenhuma ideia
de como faria), nunca quis fundar uma empresa. Os
motivos? Muitos: altos custos de impostos, a responsabilidade de
manter funcionários qualificados e motivados, o capital inicial e
social, os riscos que todo empresário tem (profissionais e pessoais),
entre outros. Até aí, problemas normais, mas altos se compararmos
com os do funcionário. Principalmente nesta atual crise, temos
visto muitas empresas fechando as portas, sendo que no início
investiram pesado em estrutura, RH, treinamentos etc., além de
ter toda uma história, principalmente se for empresa familiar.
Apesar disso, sempre fui avaliada pelos meus gestores por ter
uma veia empreendedora. Muitos até perguntavam isso mesmo,
se não iria criar meu próprio negócio, pois achavam que eu
tinha potencial. E tenho! Sempre procurei “abraçar” meu setor,
a empresa, as causas, os objetivos, desenvolver minha liderança
e trabalhar duro a fim de chegar aonde o empreendedor queria.
“Mas por quê?”, você deve estar se perguntando. Por que se
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1- Primeiro, devemos
considerar a vontade
Do que você tem vontade? Está mesmo afim de empreender
em seu próprio negócio? Fazer um plano de negócios, levantar
capital, investidores, possíveis sócios, que tipo de funcionários
precisa, escolher treinamentos... Se for de sua vontade, deve
mesmo ir em frente. Porém, você pode apenas querer fazer a
diferença, trabalhando em uma empresa já existente. Portanto,
avalie sua real vontade (e o momento) para empreender onde
você quiser!
6- O melhor:
Você vai ganhar muito conhecimento, com possibilidades
de reconhecimentos, e até mesmo ajustes na remuneração
(promoção, bonificação)! Afinal, poderá passar por experiências
que sequer passaria se ficasse apenas delimitado ao seu cargo.
Aprender é sempre bom e vai te preparar para um cargo acima!
Seja saudavelmente curioso, disposto e dinâmico. Aprenda até
mesmo como é feita a gestão da limpeza, quantas vezes por dia é
feito o cafezinho, como foi montada a rede para o funcionamento
dos computadores... informação nunca é demais!
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Aurea Vell
Administradora de Empresas com MBA em
Gestão Estratégica de Pessoas, possui experiência
com foco na gestão financeira e amplo conhecimento
em recursos humanos e liderança de equipes
em médias e grandes empresas. Tem formação
em Coaching e Consultoria pela metodologia
Vitadenarium Consultoria e está constantemente
em processo de autoaperfeiçoamento e
conhecimento. Escreve também em seu blog,
Cotidiano ADM, sobre Administração.
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e fazer o que
gosto
Por RAFAEL RECIDIVE
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-P
odes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair
daqui? - perguntou Alice ao gato.
- Isso depende muito de para onde queres ir. - respondeu o gato.
- Preocupa-me pouco aonde ir. - disse Alice.
- Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas. - replicou o gato.
Aqui fica uma dica: decida o que você quer e comece agora.
Faça agora o que você pode com o que você tem e o que te
deixa mais próximo do objetivo. Em pouco mais de um ano
foram muitas mudanças, muito estudo e muito aprendizado.
Meus objetivos hoje são bem diferentes dos iniciais, mas se eu
não tivesse começado por um caminho, não saberia o que fazer.
Esse foi um breve resumo de uma longa história que não termina
aqui. Está apenas começando.
Rafael Recidive
Administrador pela UFU, Coach e fundador da
Gestão Essencial, empresa de desenvolvimento
humano. Ajuda as pessoas a terem vidas melhores
por meio da educação para a vida e do coaching.
“Eu acredito que todo ser humano tem um
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potencial ilimitado dentro de si, muitas vezes
esperando apenas ser despertado.”
em um grande negócio
Por VANESSA MEDEIROS
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V
ocê acorda num belo dia, ou melhor, você para um
dia e pensa: “Como eu nunca pensei nisso? Nossa...
Essa minha ideia é brilhante e pode me trazer grande
lucro!”. A empolgação toma conta de todo o seu ser mas, muitas
vezes, o desejo de conquistar algo é tão grande que o impede
de dar o próximo passo.
1º passo – Planejamento
Você conhece o ramo em que deseja abrir seu negócio? Já
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trabalhou nele? Conhece o público-alvo que irá adquirir este
2º passo – Preparação
e treinamento
Caso deseje abrir algo em uma área que você não domina, que
não tem experiência, é importante fazer cursos na área e, quem
sabe, trabalhar como empregado no setor, de forma a conhecer
a fundo seu futuro negócio. Capacite-se!
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5º passo – Resiliência
É importante que você esteja preparado para ver os erros como
acertos. Afinal, é errando que se aprende. Como afirma Érico
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P
ara você ser um empreendedor bem sucedido você
precisa de: comprometimento, criatividade, valores,
habilidades específicas, conhecimento do negócio,
princípios, atitudes positivas, reconhecimento de oportunidade,
autoconfiança, sabedoria, coragem para enfrentar desafios,
perseverança e determinação, habilidades de relacionamento
interpessoal, boa comunicabilidade, liderança, facilidade de
trabalhar em equipe, automotivação, capacidade de tomar
decisões rapidamente, pensamento crítico, visão estratégica, foco
em resultados, planejamento, fome de aprender, familiaridade
com o mundo dos negócios, ótima rede de contatos, flexibilidade
à mudança e ambientes dinâmicos, capacidade de resolução
de problemas e conflitos, visão sistêmica e holística, ousadia,
receptividade a riscos, tolerância a erros e falhas, familiaridade
com tecnologia, capacidade de realização, habilidades de
negociação, integridade, honestidade, fortes princípios éticos,
eloquência, facilidade para absorção de novos conceitos, alta
percepção do ambiente, retórica, agilidade e dinamismo, forte
personalidade, firmeza de caráter, ser enérgico, desenvolvedor de
talentos, grande experiência, empatia, persuasão, organização,
rapidez de raciocínio, autocontrole, ser sonhador realista,
agressividade, independência, pragmatismo, entusiasmo,
1) Determinação
Barreiras e dificuldades vão surgir, sempre. Nem sempre adianta
lutar contra elas, e também não tem como delegar, portanto, o
empreendedor precisa estar fortalecido pela sua determinação
para resistir à tentação de desistir quando as coisas ficam feias.
2) Autonomia
Não confunda com independência. O empreendedor não é
independente, pelo contrário, ele depende de muitas pessoas
e empresas, mas a decisão é dele. Autonomia é o controle, a
4) Autoconfiança
Não há dúvida da importância da autoconfiança, é o que
alimenta sua determinação, perseverança e otimismo. É o que
torna o futuro claro para ele, mas também não pode existir
em excesso. O excesso de autoconfiança leva à soberba, aos
julgamentos equivocados, à cegueira.
5) Resiliência
O empreendedor, no começo, não vai ter todos os recursos
de que precisa, vai ter que mudar os planos várias vezes, vai
ter que se adaptar a circunstâncias que mudam o tempo todo,
precisa estar sempre com a mente aberta para aprender sempre.
A resiliência é a capacidade de evoluir para incorporar (e não só
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aceitar) uma mudança.
Marcos Hashimoto
Doutor em Administração de Empresas pela EAESP/
FGV, professor pesquisador da Faculdade Campo
Limpo Paulista e co-fundador da Polifonia Escola
Livre de protagonismo criativo. Sócio-fundador e
tesoureiro da Anegepe (Associação Nacional de
Estudos em Empreendedorismo e Pequenas Empresas).
Professor em programas de MBA e educação
executiva. Consultor em empreendedorismo, planos
de negócios e inovação corporativa. Autor dos livros
Espírito Empreendedor nas Organizações, Lições de
Empreendedorismo, Práticas de Empreendedorismo e
54 Planos de Negócios em 40 Lições.
D
urante muito tempo, quem fosse empreender
era estimulado a montar um plano de negócios
detalhado que pudesse prever todas as variáveis
e comportamentos futuros do negócio. Essa era a principal
ferramenta de planejamento e execução de quem estava
começando um negócio.
2. Mapa de Empatia
Os insights são as matérias-primas. Entender o consumidor
e buscar insights que possam se transformar em boas ideias é
57 fundamental para os empreendedores.
3. COCD Canvas
Talvez um dos maiores desafios para os empreendedores seja
priorizar quais ideias serão implementadas, especialmente
quando estamos falando de funcionalidades ou mesmo de novos
produtos e serviços.
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6. Canvas de Projeto
Para empreender um novo negócio de sucesso é preciso
combinar criação, planejamento e execução. Depois da fase de
validação, o conceito de negócio demanda uma série de ações
para serem colocadas em prática.
7. Scrum Board
A abordagem ágil de projetos ganhou muitos adeptos no
universo startup. Inicialmente virou febre entre empresas de
desenvolvimento de software mas hoje qualquer projeto pode
ser executado seguindo essa filosofia.
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N
esta serra pelada do mundo dos empreendedores
ter a pá não é suficiente, você precisa ter alguém
que te ensine a cavar. Muitos têm sido orientados
a procurar um mentor para ajudar na jornada e boa parte das
pessoas realmente quer um mentor. Mas como faço para achar
um? Como esta pessoa deve ser?
Primeiro você precisa de fato ser uma pessoa aberta e não ser
avesso a ouvir opiniões dos outros. Acredite, tem gente que
não gosta e só quer ouvir opiniões sobre seu negócio desde que
sejam positivas.
Ana Fontes
Empreendedora, especialista em empreendedorismo
feminino e fundadora da Rede Mulher
Empreendedora, a 1ª e maior rede de apoio a
empreendedoras do Brasil. Fundadora e Curadora
da Virada Empreendedora. Palestrante TEDx
e professora de empreendedorismo no INSPER.
Consultora do Programa 10 mil mulheres da FGV
e do Itaú Mulher Empreendedora.
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