Apostila - FIMCA 2022

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Centro Universitário Aparício Carvalho - FIMCA 2022

Acadêmicos da Turma XXV

•ODONTOLOGIA•
Dedicado a todos os Professores,
especialmente aos Professores, Flávio Silva
Martins e Sônia Karina.

"Um livro, uma caneta, uma criança e


um professor podem mudar o mundo".
Malala Yousafzai
"Estuda! Não para saber muitas
coisas, mais para sabê-las bem".
Séneca
Centro Universitário Aparício Carvalho - FIMCA 2022

• ENDODONTIA •
Professores:
Ilso Gedro Marcio,
Michele Alves

""Feliz é aquele que transfere o


que sabe e aprende o que ensina"
Cora Coralina
Endodontia
• ALTERAÇÕES ETIOLOGICAS •

Alterações Pulpares
Diagnóstico Clínico Característica Clínica Sintomatologia

Pulpite Hiperreativa Cavidade Fechada, Sistema Provocado Agudo,


Hiperemia, Positivo ao T.V.P.
Hipersensibilidade.

Pulpite Sintomática, Cavidade Fechada, Sistema Espontâneo Agudo,


Sintoma Agudo Inflamação Pulpar. Positivo ao T.V.P.
Cavidade Aberta, Sistema Provocado Crônico,
Pulpite Assintomática,
Hiperplasia, Pouco efetivo ao T.V.P.
Sintoma Crônico
Ulceração Pulpar

Necrose Cavidade Aberta ou Fechada Ausência de Sintomas

Alterações Periapicais

Diagnóstico Clínico Característica Clínica Aspecto Radiográfico

Periodontite Periapical - Contato Prematuro, traumatismo, t.e em polpa Espaço periodontal normal,
Sintomática -Traumática viva, dor pós operatório, provocada, rarefação óssea discreta.
espontânea, palpação e percussão, ausência
discreta de mobilidade
T.E. em polpa viva com contaminação Espaço periodontal normal,
Periodontite Apical
presente. T.E. de necrose pulpar, dor pós rarefação óssea difusa e
Sintomática Infecciosa
operatória, espontânea, à palpação e a circunscrita.
percussão, ausência discreta de mobilidade

Abscesso apical sem fístula inicial Evolução da periodontite sintomática, dor Espaço periodontal normal ou
intensa, espontânea, pulsátil, localizada, à aumentado
palpação e percussão sensação de dente
crescido, t.v.p. negativo, coleção purulenta
no espaço periodontal
Abscesso Apical sem fístula em Dor Espontânea de menor intensidade que Espaço periodontal normal ou
Evolução na fase inicial, pulsátil, localizada com aumentado, podendo aparecer
edema evidente, sem ponto de flutuação,t.v.p área de rarefação difusa.
negativo, coleção purulenta invadiu o espaço
medular e alcançou a região do
subperiósteo.

Abscesso periapical Evoluído Dor espontânea, de menor intensidade que Espaço periodontal aumentado,
a fase inicial, pulsátil, localizada, edema podendo aparecer área de
evidente com ponto de flutuação, t.v.p. rarefação óssea difusa ou
negativo, colação purulenta invadiu a circunscrito.
espaço medular, subperiósteal e
submucosa.

Abscesso apical com fístula Evolução a partir de infecção do canal Rarefação óssea periapical
radicular, presença de fístula, e processo
assintomático.
"Estuda! Não para saber muitas coisas,
mais para sabê-las bem". Séneca

TURMA XXV
FIMCA
Endodontia
• ODONTOMETRIA •
Tabela do CMD
Dente Superior C.M.D Abertura da Coroa Nº Raízes Nº Canais
IC (11 e 21) 22,60mm 10,90mm 1 1
IL (12 e 22) 22,10mm 10,20mm 1 1
C (13 e 23) 27,20mm 10,50mm 1 1
1º PM (14 e 24) 21,40mm 8,0mm 2 2
2ºPM (15 e 25) 21,80mm 7,30mm 1 1
1ºM (16 e 26) 21,50mm 7,20mm 3 4
2º (17 e 27) 21,00mm 7,55mm 3 4

Dente Inferior C.M.D Abertura da Coroa Nº Raízes Nº Canais


IC (31 e 41) 21,00mm 8,90mm 1 1
IL (32 e 42) 22,30mm 9,77mm 1 1
C (33 e 43) 25,00mm 11,00mm 1 1
1º PM (34 e 44) 21,60mm 8,60mm 1 1
2ºPM (35 e 45) 22,10mm 8,10mm 1 1
1ºM (36 e 46) 21,00mm 7,90mm 2 3
2º (37 e 47) 21,70mm 7,85mm 2 3

Preparo do Canal Radicular:


Ponto de Eleição Direção de Trepanação
Local para o inicio do desgaste. É a fase que permite atingir o interior da câmara pulpar.
Lingual dos dentes anteriores: (Incisivos e caninos). Dente Uniradicular Longo eixo do dente.

Lingual dos dentes posteriores:(Pré-molares e molares). Dente Multiradicular Direção ao canal de maior volume.

Forma de Contorno
Forma de Conveniência
Permite acesso à entrada e ao interior dos canais.
Remoção completa do teto.
É a fase final, visa remover projeções de dentina para criar maior acesso.
Dente Posteriores Direção ao canal de maior volume.
Inicialmente projeta a anatomia externa do dente.
Dente Anteriores Ombro Lingual
Vai depender do: tamanho do dente, forma da câmara pulpar, nº de
canais e suas curvaturas. Paredes Expulsivas (V/M)

Acesso Endodôntico
1. Abertura Coronária;
2. Esvaziamento do Canal Radicular
CRI = (CAD + CMD) - 4
3. Odontometria 2
4. Modelagem CRC = CRI + X
5. Obturação
6. Proservação CRT = CRC - 1.0mm do VR

CRC (Comp. Real do Canal)


CMD (Comp. médio do dente)
CAD (Comp. Aparente do dente) VR (Vértice Radiográfica)
CRI (Comp. Real do Instrumento)
CRT (Comp. Real de Trabalho)
X (Distância do Instrumento ao Ápice da Raiz no Raio X)
CRC (Comp. Real do Canal)
CMD (Comp. médio do dente)
VR (Vértice Radiográfica)

TURMA XXV
FIMCA
Endodontia
• PASSO A PASSO •

1.Estudo Radiografico: Radiografia inicial de todos os elementos

2.Isolamento do campo Testar grampos + lençol de borracha + perfurador de Ainsworth +

Operatório: porta grampo + arco otsby + vaselina + fio dental + top dean (fotoativado).

3.Abertura Coronária: - Desenhar # no dente;


- Utilizar brocas 1011, 1012, 1013, 1014 ou 1015
- Incisivos (formato triangular), Caninos (Formato losangular), Pré-Molares (Formato
Ovalar M-D), Molares (formato triangular -com 3 canais-, formato trapezoidal
-4canais-, vértice na palatina -no SUP.- e vértice na distal -no INF-).
- Sentiu um vazio, utilizar sonda endodôntica para achar o canal (ela deve ficar
firme).
- Verificar possíveis degraus com a sonda exploradora,
- Utilizar broca ENDO Z para dar forma arredondada.
- Utilizar gates 1> 2> 3> (entrar com a gates "ligada" ao canal).
-Inundar e Aspirar com hipoclorito 1% entre cada troca da gates.
- O canal deve está inundado quando a gates for utilizada.
- Apens 1 único movimento de entrada até o fim e retirar a Gates.
Paredes Expulsivas: M-V
Desgaste compensatório é feito com gates.

4.Odontometria: - Fazer esse calculo em TODOS os elementos. CRI = (CAD + CMD) - 4


- CAD, mede com a régua no RX inicial. 2
- CDM, na tabela CRC = CRI + X
- Faz o cálculo do CRI e o resultado final do cálculo é utilizado CRT = CRC - 1,0mm do VR
como medida na lima, com a lima dentro do conduto radicular é realizado uma
nova radiografia.
- A 2º radiografia será realizado o cálculo para descobrir o valor do X (se mede
com a régua novamente, observando o espaço que falta para a lima chegar 1mm
aquém do ápice radicular. Esse será o valor do X.
- Realiza o cálculo do CRC e por último do CRT.

5.Modelagem: -Marcar todas as limas com os MM definidos na Odontometria (CRT) com a


régua milimetrada.
- Colocar a Lima inicial - li (Lima utilizada no RX para achar o CRC) no canal e limar.
- Utilizar 3 limas após a LI. (crescente, ex:. 15,20,20 e 25 de 21mm. A lima final será
25 de 21mm).
- Inundar e aspirar com hipoclorito 1%
- Limar com movimentos de 1/4 e puxar a lima para fora do canal. Trocar de lima
quando perceber que não há mais retençãi da mesma dentro do canal.
- Repetir essa sequência com todas as limas escolhidas.
-

TURMA XXV
FIMCA
Endodontia
• PASSO A PASSO •

6. MIC (Medicação - Inunda e aspira com hipoclorito,

Intracanal): - EDTA: colocar pequena quantidade dentro do canal e deixar por 3 minutos.
Inserir a LF no canal e realizar movimentos de vai e vem durante esse tempo
- Irrigar com hipoclorito e aspirar,
- Irrigar com soro fisiológico e aspirar para neutralizar,
- Secagem com papel absorvente equivalente a última lima (0 canal tem que está
bem seco).
- Manipulação do HCa P.A. com pequena quantidade de soro fisiológico na placa de
vidro. Aplicar o material no canal com a LF, colocar até preencher todo o canal.
- Realizar uma radiografia, verificando se todo o canal foi preenchido.
- Colocar uma pequena bolinha por cim do HCa P.A.
- Por cima da bolinha de algodão colocar cimento provisório para preenchimento
das cavidades dentárias. Ajustar a quantidade de acordo com a
estrutura/tamanho/ anatomia dos dentes. ex. cotosol, obtur, villevie. Presionar com
os dedos ou com instrumental.

7. Obturação: -
Técnica de Condensação lateral ou Compactação a frio
1. Escolha do cone principal igual ao último instrumento usado na modelagem do
canal - última lima usada.
2. RX de confirmação da adaptação,
3. Preparo do cimento obturador,
4. Besuntar o cone principal com o cimento e levar em todas as paredes do canal,
5. Selecione o espaçador digital e os cones acessórios
6. Introduza o espaçador com pequenas rotações de 1/4 de volta para a esquerda e
direita, pressionando o cone principal contra as paredes - o espaçador deve
sempre ser introduzido no mesmo local.
7. O espaço ocupado pelo espaçador deverá ser ocupado por cones acessórios.
8. Repita o mesmo passo até sentir que o espaçador não penetre mais no interior
do canal radicular.
9. Sempre deve besuntar o cone acessórios a ser colocado no interior do canal.
10. Concluída a condensação lateral faça uma radiografia para avaliar a qualidade
da obturação, nos molares sempre fazer uma mesializada e outra distalizada.
11. Constata adequadamente a sua adequação com auxilio de uma lamparina, corte
os cones ao nível d entrada do canal (depois do colo clínico).
12. Utilizando os calcadores de paiva, faça uma condensação vertical pressionando a
guta-percha no nível de entrada do canal procurando regularizar a superficie
13. Com uma bolinha de algodão embebida de álcool, limpe adequadamenre a
câmara pulpar eliminando todo o material obturador empregado.
14. Faça uma radiografia periapical para observar se o corte da guta-percha ficou
1mm da entrada do canal (colo clinico)
15. Seque bem a cavidade
16. Coloque curativo provisório preconizado pela disciplina
17. Faça uma radiografia periapical do dente obturado
18. Remova o Isolamento absoluto e observe se o curativo está em oclusão
Centro Universitário Aparício Carvalho - FIMCA 2022

•ESTOMATOLOGIA•
Professores:
Leopoldo Fujii

""Uma mente que se abre a uma


nova ideia jamais voltará ao seu
tamanho original."
Albert Einstein
Estomatologia
• L E S Õ E S S E M I M P L I C A Ç Ã O P A T O L Ó G I C A •

•Pigmentação Melânica Fisiológica


Etiologia: Genético-hereditária.
Manobras de semiotécnica: Inspeção, palpação e diascopia.
Ocorrência anatômica: Frequentemente na gengiva inserida. Contudo, podem acometer mucosa jugal,
língua (dorso e ventre) e lábios (pele e mucosa).
Tratamento: Não é necessário.

•Leucodema
Etiologia: Genético-hereditária.
Manobras de semiotécnica: Pode ser visualizado por meio de relaxamento e distenção da mucosa
Ocorrência anatômica: Esbranquiçada difusa que acomete a mucosa jugal de ambos os lados. A coloração
varia do branco opaco até o acinzentado.
Tratamento: É indolor e não necessita de tratamento

• Nevo Branco Esponjoso


Etiologia: Genético-hereditária rara.
Manobras de semiotécnica: Exame físico de rotina.

Ocorrência anatômica: Placas brancas rugosas na mucosa jugal de ambos os lados, opacas, indolores, que
variam de espessura em função da maior quantidade de queratina local
Tratamento: Não é necessário.

• Linha Alba ou Linha de Mordida


Ocorrência anatômica: Placa branca que acomete a mucosa jugal, podendo ser uni ou bilateral.
Por vezes pode ser mais espessa em função de traumatismo mecânicos mais
acentuados. Apresenta-se como uma linha branca retilínea na altura
da oclusão na região mediana da mucosa jugal.
Tratamento: O diagnóstico é clínico e a proservação é constante em função de possíveis alterações
celulares.

• Glândulas sebáceas ectópicas - Grânulos de Fordyce


Etiologia: Genético-hereditária.
Ocorrência anatômica: Apresentam-se como múltiplas pápulas agrupadas, indolores, submucosas,
brilhantes, geralmente na mucosa jugal bilateral. Podem ocorrer nos lábios,
ângulo de boca e mucosa labial inferior e superior, próximo à linha úmida.
Tratamento: Não necessitam de tratamento. Em alguns casos, podem ser removidas por caráter
estético.

• Glossite migratória benigna - Sinonímia: Língua Geografica


Etiologia: Genético-hereditária.
Ocorrência anatômica: Despapilação da região do dorso lingual. Caracteriza0se por áreas erodidas
entremeadas com áreas esbranquiçadas correspondentes ao epitélio normal.

Tratamento: Em alguns pacientes, o desconforto é aumentado pela alimentação cítrica. Nesses casos,
recomenda-se a substituição de alimentos mais neutros durante
a fase agudizada, que está relacionada a fatores emocionais, hormonais e até
alimentares
• Glossite Romboide Mediana
Etiologia: Desconhecida
Ocorrência anatômica: As características clínicas podem ser variáveis, contudo a localização na região
mediana e central da língua é fundamental para diagnóstico
Não requer tratamento, porém em alguns casos pode associar-se ás infecções fúngicas,
Tratamento:
em que o tratamento indicado baseia-se em prescrições tópicas de antifúngicos
até a remissão do quando infeccioso. O período de tratamento deve persistir até TURMA XXV
que haja diminuição de sintomatologia dolorosa. FIMCA
Estomatologia
• L E S Õ E S S E M I M P L I C A Ç Ã O P A T O L Ó G I C A •
• Língua Sulcada
Etiologia: Genético-hereditária.
Ocorrência anatômica: Consiste em erosões retilíneas que formam sulcos no dorso lingual. Tais erosões são
indolores, variáveis em extensão e forma. Podem estar associadas a glossite
migratória benigna. Frequentemente essas caracterizações são acentuadas com a
senilidade.
Tratamento: Não requer tratamento.

• Varicosidades Linguais - Sinonímia: Varicoses ou varizes linguais


Etiologia: Desconhecida
Ocorrência anatômica: Caracterizam-se por vesículas ou bolhas variáveis em coloraação do vermelho ao
arroxeado que ocorrem na superfície ventral da língua na grande maioria dos casos,
podendo também acometer a mucosa labial
Tratamento: Não requer tratamento.

• Exostoses Ósseas
Ocorrência anatômica: São crescimentos ósseos benignos localizados na superfície cortical de um osso, e
podem ser formadas de osso lamelar ou osso esponjoso. De acordo com sua
localização, recebem denominação específica. Exostose vestibular, tórus (toro)
palatino, tórus (toro) mandibular.

Tratamento: Indica-se tratamento cirúrgico para exostoses ósseas quando há comprometimento da


mastigação, fonação ou na confecção de próteses.

• Hipertrofia
Desenvolvimento exagerado de um tecido ou de um órgão pelo aumento de
Ocorrência anatômica:
volume de suas células. é considerada uma alteração dentro dos padrões de
normalidade se não estiver comprometendo funções orgânicas ou associada a
outros processos patológicos. Tonsilas Palatinas, tonsilas linguais, papilas
circunvaladas, massetérica.
Tratamento: Isoladamente, estão dentro dos padrões de normalidade se não houver quadro clínico
sintomatológico. Na existência de sintomas ou sinais relacionados, a investigação
diagnóstica torna-se obrigatória para a identificação do agente etiológico na busca do
diagnóstico da doença e na remissão ou diminuição da sintomatologia pelas formas de
tratamento indicadas.

• ETIOLOGIA HEREDITÁRIAS E/OU GENÉTICAS •

•Fendas Labias e/ou Palatinas


Etiologia: Desconhecida, mas aliada a carências vitamínicas maternas, radiações ionizantes durante a
gestação, pais usuários de drogas ou associação de fatores, incluindo a hereditariedade e
síndromes genéticas.
Ocorrência anatômica: Há diversos níveis de gravidade e comprometimento anatômico, podendo atingir
desde o lábio até a porção final do palato, uni ou bilateralmente, completa ou
incompletamente. As consequências funcionais e estéticas são determinantes de
acordo com os niveis de gravidade.
Tratamento: Cirurgias plásticas reparatórias deverão ser indicadas como tratamento de acordo com o
nível de gravidade da malformação para que tanto estética quanto a função sejam de
devolvidas aos pacientes
Prognóstico: É variável, dependendo do nível de gravidade das fendas e do envolvimento de uma equipe
multidisciplinar para a correção de sequelas orofaciais

TURMA XXV
FIMCA
Estomatologia
• ETIOLOGIA HEREDITÁRIAS E/OU GENÉTICAS •

•Fossetas Labiais
Diagnóstico: Clínico
Ocorrência anatômica: Ocorrem isoladamente ou associadas a fendas palatinas e/ou labiais. Apresentam-se
como depressões uni ou bilaterais próximas à borda do vermelhão do lábio inferior.
Tratamento: Cirurgia estética para correção do vermelhão do lábio na idade adulta.

• Lábio Duplo
Diagnóstico: Clínico
Ocorrência anatômica: Caracteriza-se por um aumento excessivo da mucosa labial formando um nódulo
retilíneo de base séssil, liso, de coloração igual à da mucosa, podendo ser uni ou
bilateral.
Tratamento: Remoção cirúrgica por estética.

• Úvula Bífida - Sinonímia: fendido em duas partes


Diagnóstico: Clínico

Ocorrência anatômica: Forma suave de fenda palatina que atinge a região posterior do palato mole. Pode
estar associadas a outras anomalias, como fenda palatina e/ou labial.
Tratamento: Na presença desta alteração, há necessidade de descarte de outras doenças associadas que
poderão comprometer a deglutição e a fonação dos pacientes. Não é necessário tratamento

• Fibromatose Gengival Hereditária


Diagnóstico: Clínico
Ocorrência anatômica: Apresenta-se sob duas caracterizações clínicas: nodulares e lisas. As nodulares
iniciam seu crescimento em tecidos que circundam a gengiva e, se não removida
tendem a encobrir as coroas dentais. São lesões assintomáticas, mas extremamente
antiestéticas, e podem ou não estar relaciondos à presença de biofilme ou placa
bacteriana.
Tratamento: É obrigatória a remoção cirúrgica, e não é incomum quadras recidivantes,
portanto o controle é contínuo.

• Fibromatose Gengival Anatômica


Diagnóstico: Clínico

Ocorrência anatômica: Aumento fibrótico na região retromolar e/ou pós-túber, muitas vezes bilateral.
Clinicamente, apresenta-se como nódulos sésseis consistentes, lisos, firmes,
indolores transmitidos por gene autossômico dominante.
Tratamento: A remoção cirúrgica é indicada em decorrência da dificuldade na deglutição, mastigação
e/ou confecção de próteses.

• Anciloglossia
Diagnóstico: Clínico
Ocorrência anatômica: Encurtamento do freio lingual caracterizado pela dificuldade de movimentação
da língua
Tratamento: A intervenção cirúrgica (frenectomia) deve ser indicada para evitar retrações gengivais
e diminuição do nível ósseo pela força de tracionamento do freio lingual nas fibras
periodontais. Como complemento ao tratamento cirúrgico é imperiosa a avaliação e
conduta do fonoaudiologista para reposicionamento e movimentação lingual
adequados.

TURMA XXV
FIMCA
Estomatologia
• ETIOLOGIA HEREDITÁRIAS E/OU GENÉTICAS •
• Nevo Pigmentado
Diagnóstico: Clínico

Ocorrência anatômica: Caracterizam-se como manchas únicas, isoladas, irregulares, planas, lisas, indolores,
com tamanhos variáveis de 5 a 15mm, podendo ocorrer em qualquer região.
Incidência maior no palato duro e no lábio inferior.
Manobras de Semiotécnica: Inspeção, palpação e diascopia.Exame complementar: Biópsia.
Tratamento: Remoção cirúrgica.

• Cisto Dermoide
Diagnóstico: Clínico
Local de maior acometimento é o assoalho bucal. Clinicamente, aparece como um
Ocorrência anatômica:
nódulo séssil, liso, indolor, de crescimento lento e gradual, por vezes comprometendo a
movimentação da lingua..Exame complementar: Biópsia.
Tratamento: Remoção cirúrgica.

•Síndrome de Peutz-Jeghers. Tem manifestações nas regiões bucais e alterações intestinais.


Pigementação melânica mucocutânea: Presença de múltiplas manchas castanho-enegrecidas de pequenas
dimensões, lisas, indolores, opacas, que acometem a região peribucal,
semimucosa e mucosa labial de pequenas dimensões em decorrência do
depósito de melanina na região. Eventualmente, pequenas manchas
acastanhadas podem aparecer nas mãos e pontas dos dedos.
Nódulos hamartomatosos com potencial de malignização na região geralmente do
Pólipos Intestinais :
jejuno e íleo. Ao exame clínico o paciente pode referir quadros de desconforto
gastroinstestinal, como vômitos, diarreia e melena.
Tratamento: Nas leoes bucais não há necessidade de tratamento, pois elas podem remitir com o
tratamento sistêmico. A importância do cirurgião-dentista no diagnóstico precoce de lesões
bucais é prevenir possíveis malignizações dos pólipos intestinais. O tratamento é médico, feito
pelo endocrinologista.

• ETIOLOGIA IDIOPÁTICA OU MULTIFATORIAL •

• Aftas
• Diabetes Melito
Etiologia: Desconhecida, porém pode haver fatores desencadeantes para sua manifestação, como
Ocorrência anatômica: Destaque para doença periodontal. Além das periodontopatias, o diabético pode
alimentação, oscilaçõesnas
ter alterações hormonais,
glândulasestresse ou(xerostomia),
salivares hereditariedade
na flora bucal (candidíase),
Ocorrência anatômica: epitélio gengival (gengivite descamativa) e fibras
Prevalece em localizações anatômicas onde haja pouca queratinização,
de ligamento gengival portanto,
menos
(periodontite), no tecido ósseo (osteomielite) e no fluido sulcularlíngua,
proteção tecidual, como fundo de sulco, borda lateral da palato mole e
(gengivite).
• Tratamento: Necessita de cuidados na consulta de rotina, na medicação, anestesia. O cirurgião dentista
mucosas jugal e labial.
Afta Vulgar: também é responsável
Úlcera rasa, pela
regular, de qualidade
pequenas de vida, prevenção
dimensões, com fundo em relação eàshalo eritematoso,
amarelado
complicações da doença
dolorida, podendo e compensação
ser única da glicemia
ou múltipla. Período do paciente
de remissão: diabético.
aproximadamente 7 dias. É TURMA XXV
FIMCA
recorrente e não deixa cicatriz no local de acometimento.
Afta Gigantiforme: Úlcera profunda, dolorida, regular, de grandes dimensões, com halo eritematoso ao
Estomatologia
• ETIOLOGIA IDIOPÁTICA OU MULTIFATORIAL •
• Líquen Plano
Etiologia: Desconhecida, porém associado a quadros de estresse e ansiedade; portanto, muito frequente no
atendimento clínico odontológico nos dias atuais. Algumas doenças sistêmicas, como diabetes, podem
ser fatores desencadeantes para sua manifestação.
Ocorrência anatômica: Apresenta diversas formas clínicas, sendo as mais frequentes as do tipo reticular, erosiva,
bolhosa e em placa. O diagnóstico deve ser feito com base em exame clínico e biópsia das
lesões
Tratamento: É sintomático e à base de corticoides tópicos e/ou sistêmicos e laserterapia de baixa intensidade.
Quando há dificuldade na diminuição da sintomatologia, podem ser associadas sessões de
psicoterapia ao tratamento

• Sindrome de Ardência Bucal (SAB)


Etiologia: Desconhecida, porém acrescenta-se que seja multifatorial com envolvimento de fatores sistêmicos,
locais e psicológicos.
É um distúrbio sensitivo doloroso crônico caracterizado por sensação de ardor ou queimação
Ocorrência anatômica:
na mucosa bucal sem que ela apresente necessariamente uma lesão sob o ponto de vista
clínico.
Tratamento: Durante as consultas o Cirurgião dentista ofereça forma de diálogos para que os pacientes
expressem seus sentimentos que envolvam os quadros de ansiedade e medo.

• Neuralgia do Trigêmeo
Etiologia: Desconhecida
Ocorrência anatômica: Durante a anamnese, os pacientes mostram com as pontas dos dedos o local de inicio da
dor, considerado como "choque elétrico". Esse ponto é considerado zona de "gatilho" por
ser o primeiro local de exacerbação da dor.
Tratamento: Não há tratamento específico para a eliminação deste quadro doloroso. Os tratamentos
indicados são paliativos, contudo a utilização de laserterapia de baixa intensidade em conjunto
com a prescrição de vitamina B por via oral mostra-se eficaz na diminuição da sintomatologia.

• Paralisia Facial Periférica


Etiologia: Desconhecida, porém associado a múltiplos fatores - traumáticos, neurológicos, neoplásicos,
iatrogẽnicos ou infecciosos (relacionados ao vírus do herpes simples).

Ocorrência anatômica: As principais alterações no sistema estomatognático geram comprometimento da


função mastigatória, alteração na preensão dos lábios, diminuição da pressão
intrabucal alteração da deglutição, e, em alguns casos, redução da sensibilidade
gustativa dos dois terços anteriores da língua e instabilidade na articulação da fala e
da expressão facial. Quando há paralisia do nervo facial, a hemiface envolvida tem
restrição no fechamento da pálpebra, conhecido como sinal de Bell

Tratamento: Deve ser feito por uma equipe multidisciplinar e é variável caso a caso, pois envolve a
definição do fator etiológico, o local da lesão do nervo facial e as sequelas motoras
apresentadas.

• Angioedema Labial
Etiologia: Fatores hereditários, imunológicos ou adquiridos, como a utilização de medicamentos o
traumatismos por contato.
Ocorrência anatômica: Pode ser acompanhado de sensação dolorosa ou de ardor no local. Clinicamente,
pode acometer face, lábios e língua. O diagnóstico é baseado no exame clínico na
busca de informações que podem estar associadas à sua ocorrência, e sua
importância é prevenir quadros de asfixia se estiver comprometendo a respiração,
principalmente na região posterior de língua

Tratamento: Normalmente desaparece em poucas horas; em casos mais graves a prescrição de anti-
histamínicos alivia os sintomas.

TURMA XXV
FIMCA
Estomatologia
• ETIOLOGIA IDIOPÁTICA OU MULTIFATORIAL •
"O hálito é o ar expirado dos pulmões, podendo ser tanto pelas fossas nasais quando pela boca. Portanto,
•Halitose alterações anatômicas ou doenças nessas regiões deverão ser cuidadosamente eliminadas para considerar
e definir a halitose."

Etiologia: É multifatorial e envolve hábitos de higiene bucal, uso de medicamentos, ausência prolongada de alimentação,
anatômicas e doenças respiratórias.
Hipertrofia de adenoide: Acúmulo de muco na porção posterior da boca. Eventualmente, está associada a infecções, acentuando o
odor bucal.
Mais susceptíveis à formação de caseos amigdalianos (estruturas sólidas localizadas nas criptas
Hipertrofia de tonsilas palatinas:
das tonsilas que tẽm odor fétido, pois são formadas pela associação de restos epiteliais, muco e
saliva).
Saburra Lingual: Retém restos bacterianos pela diminuição da descamação do tecido epitelial no dorso da língua e pode ser
acentuada por tabagismo, etilismo e dieta exclusivamente pastora.

Periodontite: Processo inflamatório com ou sem infecção. Células em necrose acentuam o odor bucal, como na gengivite ulcerativa
necrosante (GUN).
Câncer Bucal: A necrose tecidual pela multiplicação exagerada das células desencadeia odor caractéristico e patognomônico.

Diabetes Melito: Em pacientes descompensado, o excesso da produção de corpos cetônicos deixa o odor semelhante ao
de acetona.
Tratamento: Será indicado de acordo com a etiologia, que é complexa e algumas vezes subjetiva. Para halitose diagnosticada por
alterações na gengiva, língua e periodonto, a higiene bucal deve ser reforçada e controlada pelo cirurgião-dentista.
Cada caso deve ser minuciosamente estudado até que haja a remissão de odores indesejáveis e satisfação do paciente
ou o encaminhamento ao profissional especializado.

• ETIOLOGIA AUTOIMUNE •

• Pênfigo Vulgar
Ocorrência anatômica: Destaque para doença periodontal. Além das periodontopatias, o diabético pode ter
alterações nas glândulas salivares (xerostomia), na flora bucal (candidíase), epitélio gengival
(gengivite descamativa) e fibras de ligamento gengival (periodontite), no tecido ósseo
(osteomielite) e no fluido sulcular (gengivite).
Clinicamente: O paciente têm queixa de dor e ardor na mucosa bucal, e o exame físico mostra bolhas e/ou
úlceras irregulares distribuídas ao acaso na mucosa bucal e/ou úlceras irregulares distribuídas ao
acaso na mucosa bucal, embora o palato mole, a mucosa labial, o ventre lingual e a gengiva sejam
envolvidos com maior frequência
Diagnóstico: Biópsia, exames histopatológicos e imunológicos. Imunofluorescência direta e indireta são
positivas, detectando a presença de anticorpos contra a substância intercelular.
Tratamento: Com corticoide tópico nas lesões bucais.

• Lúpus Eritematoso
Clinicamente: As manifestações clínicas bucais típicas são erosões com finas estrias eritematosas
irradiadas correspondentes a telangiectasias, geralmente na região do palato duro oiu
mucosa jugal.
Diagnóstico: Exames clínicos, laboratoriais (pesquisa de LE) e biópsia das lesões.

• Eritema Multiforme
Clinicamente: Apresentações clínicas de reações de hipersensibilidade como extensas úlceras, doloridas, que
ocorrem em qualquer região da boca, em especial nos lábios, língua e mucosa jugal.
Diagnóstico: Embasado nas informaçõs coletadas duranta a anamnese. Frequentemente, o uso de
medicamentos associa-se ao quadro depois de algumas horas, dias ou até meses pelo uso
crônico de medicações.
Tratamento: Suspensão do uso medicamentoso, o processo cicatricial tende a evoluir pata a cura em
poucos dias, salvo nos casos em que há cronicidade no uso da medicação cuja cicatrização
pode demandar algumas semanas

TURMA XXV
FIMCA
Estomatologia
• ETIOLOGIA AUTOIMUNE •
• Síndrome de Sjogren
Doença autoimune inflamatória crônica caracterizada pela tríade xerostomia, queratoconjuntivite
Clinicamente:
seca e artrite reumatoide. A xerostomia deve-se à hipofunção das glândulas salivares, geralmente
menores.
Diagnóstico: Exame clínico e, mesmo que não haja lesões em glândulas salivares menores, a biópsia é o exame
complementar de escolha
Tratamento: Para xerostomia, a coticoterapia tópica e o encaminhamento ao médico são indispensáveis para
controlar os efeitos deletérios das doenças sistêmicas, em especial a artrite reumatoide.

• Doença de Addison
Clinicamente: São múltiplas manchas acastanhadas nas região bucal e peribucal.
Diagnóstico: O diagnóstico diferencial é realizado com a síndrome de Peutz-Jeghers,

Tratamento: O tratamento é medicamentoso (hormonal), prescrito pelo médico endocrinologista. As manchas


tendem a desaparecer após o controle hormonal.

• DOENÇAS INFECCIOSAS VIRAIS •

• Herpes Simples
Clinicamente: Essas lesões iniciam-se com vesículas que se unem e formam lesões maiores preenchidas pelo
conteúdo virótico e são passíveis de contaminação ao estourarem. Após essa fase, há uma
úlcera que é recoberta por tecido de reparação até que haja a reepitelização
Diagnóstico: É clínico.

Tratamento: O tratamento indicado é medicamentoso com antivirais. Não há cura para o herpes, por esse
motivo os quadros podem recidivar.

• Zóster
Etiologia: Pela infecção pelo vírus HVS do tipo 3 - varicela-zóster.

Clinicamente: Dor intensa e presença de vesículas e bolhas percorrendo o trajeto da terminação nervosa
envolvida unilateralmente, podendo acometer a pele e a mucosa bucal. Na fase final do ciclo,
as lesões cicatrizam com espessa camada cicatricial. Clinicamente,as lesões do zóster são
unilaterais e não ultrapassam a linha mediana
Epidemiologia: Ocorre na 5º ou 6º década de vida, frequentemente em pacientes com quadros de doenças
mórbidas como depressão ou baixa imunidade.
Tratamento: O acompanhamento médico é necessário por causa do quadro clínico debilitante que os
pacientes com zóster apresentam, bem como a prescrição de analgésicos, antivirais
(tópicos e sistêmicos) e corticoides (diminuição do processo inflamatório). A duração
desse ciclo dura em média 20 dias. A recidiva não é incomum

• Mononucleose Infecciosa
Etiologia: Pode ter etiologia relacionada ao vírus Epstein-Barr (EBV).
Clinicamente: Febre, dor e aumento na tonsila palatina bilateral recoberta por áreas branco-amareladas.
Linfadenopatia regional e esplenomegalia em 50%dos pacientes.
Diagnóstico: O diagnóstico é diferencial depende das análises laboratoriais, com aumento no número de
linfócitos (linfocitose) e estando apenas o EBV a estimular a produção de anticorpos
heterófilos. O EBV está presente na saliva de doentes com mononucleose infecciosa aguda, e
a excreção do vírus, que persiste durante vários meses após a eclosão da doença na
orofaringe.

• Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS/ SIDA)


Etiologia: transmissão do vírus pode ocorrer por meio de relações sexuais, agulhas contaminadas, através
do sangue da mãe infectada para o filho durante a gravidez, parto e/ou amamentação.
Clinicamente: Algumas manifestações são mais evidenciadas por picos de alterações de imunidade, e nesse
contexto oportunistas como candidíase, papilomavírus, herpes simples e aftas.
Exames clínicos criteriosos e periódicos da boca e da definição de condutas em relação ao
Diagnóstico:
tratamento e da promoção de saúde bucal nesses pacientes a fim de avaliar a doença
AIDS.
TURMA XXV
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Estomatologia
• DOENÇAS INFECCIOSAS VIRAIS •

• Papiloma Vírus Humano - HPV


Etiologia: Viral e é considerado uma doença sexualmente transmissível.
Clinicamente: Crescimento exofítico, esbranquiçado, e aparecem tanto como uma pápula ou nódulo com
base ampla quanto como uma lesão pediculada. A superfície pode apresentar pequenas
projeções digitiformes, dando a ela um contorno verrucoso e áspero. Em muitas das lesões há
caracterização de "couve-flor". A cor varia desde branca até rosa.
Diagnóstico: Na mucosa bucal é realizado pelo exame clínico da lesão, citologia esfoliativa e biópsia .

Tratamento: Baseia-se em excisão cirúrgico e crioterapia. O controle das lesões deve ser realizado
periodicamente pelo CD.

• DOENÇAS INFECCIOSAS FÚNGICAS •

• Candidíase ou Candidose Bucal


Clinicamente: São variáveis dependendo do estado geral do paciente, uso ou não de prótese totais e/ou PPR
e da associação de doenças sistêmicas imunossupressoras. As caracterizações clínicas podem
ser pseudomembranosa ou membranas branco-amareladas, erosões ou placas brancas. Esses
quadros variam também em ardor, coceira, dor ou ausência de sintomais.
Diagnóstico: Na maioria dos casos é feito exclusivamente pelo exame clínico, podendo ser completado por
citologia esfoliativa das áreas envolvidas à procura de hifas ou pseudohifas, que estão infiltradas
no epitélio, caracterizando a presença de fungos. A biópsia pelo método PAS (ácido periódico de
Schiff) pode ser uma exame de escolha para comparação com outras doenças presentes no
permeio das lesões,
Tratamento: A princípio, é sintomático e medicamentoso, à base de terapia antifúngica local por pelo menos
15 dias. Caso deve ser reavaliado, com controle de medicações sistêmicas, orientações de dieta
e substituição de próteses. As recidivas são comuns, portanto controle periódico é obrigatório

•Paracoccidioidomicose
Clinicamente: Pode ocorrer em qualquer região da boca, como úlceras profundas, com aspecto múltiplos pontos
avermelhados provocam enrijecimento tecidual, exposição óssea e consequente dor intensa pela
odinofagia. Nesse casso, há linfadenopatia secundária e comprometimento sistêmico.
Diagnóstico: Em função da característica clínica da lesão, o diagnóstico diferencial pode ser feito com
carcinoma epidermoide. Exame complementar Biópsia. Manobras de semiotécnica:
inspeção, palpação e fotografia.
Tratamento: Medicamentoso em nível hospitalar.

• DOENÇAS INFECCIOSAS BACTERIANAS •

• Sífilis
Doença sexualmente transmissível pela bactéria espiroqueta conhecida como Treponema. Tem importância
diagnóstica por comprometer o sistema, levando o paciente ao óbito se não tratada. A inoculação da bactéria
ocorre por contato direto de mucosa infectadas, sejam bucais, genitais ou anais. Outra forma de
contaminação é por sangue contaminado. Há três fases de evolução da doença
Fase Primária: úlceras rasas, endurecidas e indolores no local de inoculação da bactéria, porém desaparecem
• DO Esem
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Fase Secundária: Após 60 dias do contagio o comprometimento é sistêmico, pela disseminação da bactéria
na corrente sanguínea. O paciente apresenta linfadenopatia, febre e clinicamente há placas mucosas e úlceras
crostosas na pele de coloração avermelhada conhecidas como roséolas sifilíticas.
Fase Terciária: Esta fase pode levar anos até que se manifeste, porém é a forma mais grave de evolução da
doença, comprometendo o SNC - Neurossífilis. Na mucosa bucal há necrose com exposição óssea, conhecida
como goma sifilítica.
Diagnóstico: Citologia esfoliativa em campo escuro e biópsia de leoes bucais, reações sorológicas para sífilis em fase secundária, biópsia de
lesões e provas sorológicas por meio de teste diretos e indiretos-treponêmicos (TT) e não treponêmicos (TNT) em fase terciária.
Tratamento: Penicilina G-benzatina intramuscular, dependendo da fase.
Sífilis Congênita: mulheres contaminadas sem tratamento podem transmitir a bactéria por via placentária para o feto. Nesses casos,
a criança nasce com sequelas em decorrência da infecção, porém não infectam novos indivíduos. As principais consequências da
sífilis congênita são: fronte olímpica, nariz em cela e na boca há erro de desenvolvimento dentário nos incisivos centrais
• e nos molares (forma de amora).
superiores (forma de barril) TURMA XXV
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Estomatologia
• DOENÇAS INFECCIOSAS BACTERIANAS •

• Celulite Facial
Processo inflamatório agudo por difusão em tecidos faciais profundos associados à permanência de
bactérias de virulência acentuada nas regiões dentais, principalmente abscessos periapicais tratados
incorretamente. O quadro clínico é variável, dependendo de resposta orgânica, condições sistêmicas e
tratamento adequado. A evolução da celulite é angina de Ludwig na mandíbula e trombose de seio
cavernoso em maxila. Em ambos os casos, o prognóstico é ruim em função do risco de morte do paciente
pela disseminação rápida do microrganismos e consequente septicemia.

•Sialoadenite "Doença bacteriana nas glândulas salivares maiores ou menores. Pode ter quadros
agudos ou crônicos e provoca lesões bolhosas com drenagem de pus à ordenha."
Em glândulas salivares menores: Diagnóstico: Clínico por meio da sintomatologia.
Tratamento: Medicamentoso e remoção cirúrgica da
glândula envolvida.

Em glândulas salivares maiores: Diagnóstico: Clínico e exames imagiológicos.


Tratamento: Medicamento.

• Osteomielite "Doença infecciosa dos ossos maxilares com ou sem sintomatologia dependendo de
sua etiologia, que pode ser odontogênica ou medicamentosa."
Diagnóstico: Classificada como aguda ou crônica, localizada ou difusa, com ou sem supuração, dependendo
da intensidade do agente infeccioso ou da resposta imunológica do paciente. É diagnosticada por
solicitação de exames imaginológicos de rotina. Nesses casos, constitiu um achado radiográficos
por ser assintomática
Tratamento: Depende, pode ser cirúrgico e antibioticoterapia
• Osteomielite Crônica Medicamentosa - Osteonecrose por bifosfonato: A osteonecrose é uma doença caracterizada pela morte das
células ósseas, causada pela interrupção do fluxo sanguíneo local. Esta condição predispões a penetração de agentes bacterianos. A
osteonecrose de origem local ocorre após a incidência de uma fratura ou deslocamento do osso. Por outro lado, a osteonecrose
decorrente de fatores sistêmicos ocorre com maior frequência em pessoas com histórico de alto consumo de álcool etílico, tabagismo e
altas dosagens de corticoides. Os fatores de risco local são exodontias, manipulação óssea cirúrgica, trauma causado por próteses,
presença de infecção oral e má saúde oral. No universos dos fatores de risco sistêmico, pesquisas recentes indicam que o tratamento
com bifosfonato pode ser o grande responsável pelo aumento do número de casos de osteonecrose bucal.

• ETIOLOGIAS TRAUMÁTICAS •

•Hiperqueratose
Clinicamente: A cor esbranquiçada da mucosa bucal em áreas sob traumatismo crônicos ocorre em função
do excesso de produção de queratina, proteína responsável pela proteção dos tecidos
epiteliais. Neste sentindo, placas brancas lisas ou rugosas que podem aparecer em qualquer
região da boca, associadas a traumatismo crônicos como tabagismo, próteses mal adaptadas
e antigas, bordas cortantes de dentes, bem como restaurações em excesso ou fraturadas, são
definidas como hiperqueratose.
Diagnóstico: Têm remissão total na ausência do agente agressor. Se persistirem, a biópsia seguida de
exame anatomopatológico é indicada para definição do diagnóstico.

•Hiperplasia Fibrosa Inflamatória (HFI)


As consequências negativas pelo uso de próteses mal adaptadas e em más condições de limpeza levam
os tecidos bucais a desenvolverem lesões como forma de resposta a essa agressão mecânica. Uma das
doenças bucais mais frequentes relacionadas ao uso de próteses é conhecida como hiperplasia fibrosa
inflamatória
Clinicamente: é um nódulo que pode aparecer em qualquer região da boca, indolor, liso e consistente, que
varia de tamanho em função do traumatismo crônico e intermitente.
Sua morfologia também é variável, contudo está diretamente envolvida com o tipo de
prótese utilizada. Há duas classificação para as hiperplasias fibrosas inflamatórias: de fundo
de sulco e de palato. Exame complementar: biópsia, seguida de exame anatomopatológico
do fragmento, e a composição histológica.

Tratamento: Consiste na suspensão da utilização da prótese para diminuir o quadro inflamatório, seguida
de remoção cirúrgica e substituição em curto período de tempo para que a possibilidade de
reicidiva seja evitada. O prognóstico é excelente.

TURMA XXV
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• ETIOLOGIAS TRAUMÁTICAS •

•Granuloma Piogênico - Sinonímia: Granuloma gengival


Consiste em nódulos sésseis ou pediculados resultantes de irritantes locais e traumatismos. O seu
desenvolvimento também pode ser devido à presença de biofilme bacteriano e fatores hormonais
que proporcionam uma infecção microbiana com consequente proliferação de tecido conjuntivo.

Clinicamente: As localizações mais frequentes em boca são: gengiva, lábios, língua, mucosa jugal e labial,
além de palato duro. A região anterior vestibular da gengiva é mais afetada que a posterior,
ocorrendo mais a na maxila do que na mandíbula, em indivíduos do gênero feminino e na
faixa etária entre segunda e a quarta décadas de vida. Histologicamente: Apresenta-se como
um exuberante tecido de granulação que contém numerosos espaços vasculares revestidos
por endotélio e com proliferação excessiva de fibroblastos, sendo o epitélio de revestimento
da lesão, quando presente, fino e atrófico ou até mesmo hiperplasiado.

Tratamento: É cirúrgico, associado à remoção dos fatores irritativos locais. A proservação clínica deve
ser periódica bem como as orientações em relação ao controle desses fatores, pela
possibilidade de recidiva da lesão.

• Lesão Periférica de Células Gigantes (LPCG)


Consiste em nódulos sésseis que acometem a região de rebordo alveolar em decorrência de
traumatismos agudos na região dos maxilares.
Clinicamente: Os nódulos são indolores, lisos, brilhantes e de coloração variável entre avermelhado até
arroxeado.
Diagnóstico: O questionamento durante a anamnese em relação a possíveis traumatismo prévios,
exames de imagem intrabucais, biópsia e estudo anatomopatológico da lesão é
fundamental para o diagnóstico. Dependendo da extensçao e duração da lesão, nos exames
de imagem podem-se observar áreas de reabsorção óssea radiotransparente em forma de
"taça".
Tratamento: Remoção cirúrgica com margem de segurança pelo potencial de recidiva.

• Fibroma Ossificante Periférico (FOP)


Clinicamente: Nódulo séssil, esbranquiçado, que ocorre na região gengival, liso, único e indolor, de
crescimento lento, que acomete a gengiva livre e inserida. Recebe esta definição por ter
como componente histológico, além de infiltrado linfoplasmocitário, tecido fibroso e material
de permeio irregular cementoide. Esses resquícios, associados a traumatismo crônico de
baixa intensidade, eventualmente ulceram-se, modificando sua coloração
Diagnóstico: Biópsia.

Tratamento: Remoção cirúrgica e eliminação do fator traumático.

• Fibromatose Gengival
Medicamentosa: Há medicamentos que tẽm afinidade pelas fibras periodontais, e entre eles podem ser
citados a ciclosporina, os de composto de difenil hidantoína e os bloqueadores de
cálcio. Essas alterações podem ser observadas em paciente transplantado ou nos que
têm susceptibilidade a convulsões e fazem uso de medicações que inibem sua
ocorrência ou, ainda, pacientes hipertensos que utilizam os bloqueadores de cálcio para
controle da pressão arterial. São nódulos generalizados por toda a gengiva livre e
inserida, lisos, indolores, consistentes, que podem ou não estar associados a um
processo inflamatório local e só são desenvolvidos em regiões dentadas, não
ocorrendo em áreas edêntulas.
Diagnóstico: Exame clínico e biópsia.
Tratamento: Remoção cirúrgica das lesões e substituição das medicações, quando
possível, ou ainda, diminuição gradativa desde que indicada.

Irritativa: Pacientes respiradores bucais, portadores de mordida aberta e usuários de aparelhos


ortodôntico. Ocorrem com frequência nas regiões anteriores superiores pelo ressecamento
da mucosa bucal. Podem ou não estar associados à placa bacteriana o processo
inflamatório é exacerbado, favorecendo seu crescimento.
Tratamento: consiste na orientação da correta higienização, remoção cirúrgica e
controle periódico para que não ocorram recidivas.

TURMA XXV
FIMCA
Estomatologia
• ETIOLOGIAS TRAUMÁTICAS •

• Mucocele
Etiologia: Está associada a situações de traumatismos mecânicos locais e hábitos parafuncionais à
obstrução dos ductos excretores das glândulas envolvidas. Ocorre com mais frequência em
crianças e adultos jovens.
Clinicamente:Manifesta-se como bolha ou vesícula assintomática, indolor, recoberta por mucosa de
coloração normal quando profunda e levemente azulada e brilhante quando superficial,
podendo ser séssil ou pediculada. Localização anatômica mais frequentes são a mucosa
labial inferior, ventre lingual e palato mole.

Tratamento: Há várias opções de tratamento, sendo a exérese cirúrgica a mais usual, porém para que
não ocorram recidivas as glândulas menores associadas devem ser removidas.

Úlcera Traumática
•úlceras que podem ocorrer em qualquer região da mucosa bucal, doloridas, lisas. São circundadas
por um halo eritematoso quando o traumatismo é agudo por um halo esbranquiçado em casos de
agentes traumáticos crônicos.

Diagnóstico: É clínico.
É a remoção do agente agressor e a prescrição de anti-inflamatórios tópicos. A laserterapia
Tratamento:
de baixa intensidade do quando sintomático. Cicatrizam em aproximadamente 10 dias.

• Rânula
São bolhas ou vesículas lisas, sésseis, brilhantes, de coloração normal ou azuladas quando
Clinicamente:
comprimem vasos próximos e indolores na maioria dos casos. O tempo de evolução é variável,
e quando traumatizadas podem ter períodos de exacerbação e remissão

Diagnóstico: Biópsia.
Tratamento: Remoção cirúrgica das glândulas envolvidas. Em função de sua localização, é difícil removê-
las por completo e, por isso, a recidiva é frequente. Há duas formas de remoção que podem
ser utilizadas: exérese total da lesão ou marsupialização, para que gradativamente sejam
eliminadas as cápsulas císticas das glândulas envolvidas
•Sialolitíase
Clinicamente: A frequência maior de sialolitíase ocorre nas glândulas maiores, em especial a
submandibular, pela sua localização anatômica, trajeto longo e sinuoso e abaixo da linha
do horizonte, dificultando a liberação de saliva que ocorre no assoalho bucal próximo à
carúncula sublingual. Os principais sintomas desses pacientes são a diminuição de
excreção da saliva, dor e incômodo à deglutição. São representados por nódulos
consistentes, endurecidos, de tamanhos e formas variáveis, que podem conter, à ordenha,
secreção purulenta, que é o quadro aliado à sialodenite crônica ou aguda.
Diagnóstico: Biópsia.
Tratamento: O tratamento, via regra, é cirúrgico, intrabucal. Em casos em que esses cálculos atingem
grandes proporções e em regiões de difícil acesso, a indicação é para remoção cirúrgica
em âmbito hospitalar.

• Desgastes Patológicos Dentais


Relacionam-se à perda de estruturas dentais ocasionando a perda de dimensão vertical, má oclusão
ou sintomas de hipersensibilidade dentinária. O diagnóstico é clínico, e o tratamento consiste em
afastar os agentes traumáticos e restabelecer a oclusão, quando possível. Podem ser divididos como:
Abrasão: Etiologia: Objetos - Geralmente na incisal de dentes anteriores.
Escovação - desgaste horizontal na cervical dos dentes por técnicas incorreta.
Abfrasão: Etiologia: má oclusão, contato prematuro, perda de estrutura dental na porção
cemento/esmalte nas regiões cervicais, geralmente em dentes posteriores.

Atrição: Etiologia: contato prematuro - desgaste em V em região incisal de dentes anteriores.

Erosão: Etiologia: reações químicas - perda de estrutura na região vestibular dos dentes anteriores e
depressões na região cervical de posteriores. Acidez na região bucal: pacientes com quadros
de bulimia nervosa (vômitos recorrentes) - perda de estrutura na região cervical e na oclusal
de dentes posteriores, conhecida como perimólise. Quando há restaurações em amálgama, o
desgaste ocorre apenas na região dental, e a caracterização é conhecida como ilhas de
amálgama.
TURMA XXV
FIMCA
Estomatologia
• ETIOLOGIAS TRAUMÁTICAS •

• Língua Saburrosa
Etiologia: Baseia-se no uso exclusivo de dieta líquida ou pastosa, tabagismo e uso excessivo de substância
com corantes (chás, cafés, sucos, anilina).
Tratamento: Escovação lingual (sem excesso, pois poderá atuar como um fator traumático e acentuar o
quadro), modificação da dieta com introdução de alimentos com fibras, suspensão do
tabagismo e gargarejos em todas as escovações dentais para contribuir no aumento da
esfoliação de células mortas sobre o epitélio do dorso lingual.

• PIGMENTAÇÕES BUCODENTAIS •

• F luorose
Clinicamente: Podemos observar uma pigmentação generalizada como coloração desde esbranquiçada até
amarronzada em ordem crescente pelo excesso de utilização.
Diagnóstico: É clínico, e a amelogênese imperfeita pode ser um diagnóstico diferencial.
Tratamento: Correção da estética e prevenção de fraturas coronárias pela porosidade do esmalte.

• Tetraciclina
Quando administrada nas fases da odontogênese, a tetraciclina consegue atravessar a barreira
placentária e pode afetar dentes decíduos e permanentes. Esse período varia da vigésima semana de
gestação (pré-natal) até aproximadamente anos de idade (pós-natal). A intensidade da alteração de
cor depende de tempo de administração, tipo e idade do paciente.

Diagnóstico: É clínico.
É a correção estética por meio de inúmeras técnicas disponíveis. É imprescindível que os
Tratamento:
profissionais estejam atentos quanto aos efeitos danosos da tetraciclina ao esmalte dental
suprimindo-a da indicação ao tratamento da infecções odontológicas.
• Sulfato Ferroso
Clinicamente: Apresentam-se como linhas ou pontos irregulares que recobrem a coroa de dentes,
em geral, decíduos.
Diagnóstico: É clínico.
Tratamento: É a remoção da pigmentação com profilaxia e polimento das coroas envolvidas. As recidivas
poderão ocorrer enquanto houver a ingestão do sulfato ferroso para o tratamento da doença
sistêmica.
• Amálgama ou Metais Pesados
Esses metais podem penetrar nos tecidos, inesperadamente, através de microfraturas
Clinicamente:
que podem ocorrer durante os procedimentos. Esses fragmentos são precipitados, pelo
seu peso atômico, em tecidos moles mais profundos ou em tecidos ósseos, provocando
pigmentações visualizadas pela transparência do tecido epitelial.
Diagnóstico: Exame clínico e por exames de imagem intrabucais, que podem revelar áreas radiopacas
caracteristicas da hiperdensidade do material metálico
Tratamento: Na maioria dos casos não é necessário. Eventualmente, os fragmentos são ínfimos e não
visíveis aos exames de imagem, podendo sugerir outras doenças pigmentares, e, nesses casos,
são indicadas biópsia e remoção cirúrgica

• Língua Negra Pilosa


Clinicamente: Mostra-se um dorso lingual amarelo-enegrecido, espesso, que lembra "pelos" que podem
ser removidos por raspagem ou pela suspensão do fator desencadeante. Distúrbio
fisiológico provocado por um aumento na produção de queratina no dorso lingual por um
processo de diminuição de descamação epitelial, provocando a modificação da coloração
e hipertrofia.
Etiologia: É desconhecida, porém associada a multifatoriedade.
Tratamento: Avaliar as condições clínicas para afastar agentes desencadeantes. Orientar a higiene da
língua diariamente, sem excesso

TURMA XXV
FIMCA
Estomatologia
Estomatologia
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• Tabaco
"São pigmentações extrínsecas enegrecidas no esmalte em pacientes que fazem uso do tabaco nas
diferentes formas: cigarro, cachimbo, charuto ou mesmo mascando o fumo".
Diagnóstico: É clínico, baseado na anamnese.

Tratamento: Consiste na remoção das manchas com profilaxia profissional por meio de jato de bicarbonato
e suspensão do tabagismo para que não ocorram recidivas.

• POTENCIALMENTE MALIGNAS•

• Leucoplasia
Histologicamente: São visualizados espessamentos da camada de queratina definidos como hiperqueratose.
Clinicamente: É importante identificar o fator traumático dessas alterações tendo em vista que esse
espessamento se refere ao aumento de proteção do epitélio bucal. Contudo, mesmo com a
identificação e o afastamento do agente etiológico, as leucoplasias não são remissivas. Esse
dado clínico é um diferencial que corrobora sua etiologia desconhecida e a possibilidade de
modificações celulares que podem levar os tecidos à malignização, como displasia leve,
moderada, severa; carcinoma in situ e carcinoma epidermoide. Portanto, placas brancas que
não regridem, mesmo afastados todos os possíveis fatores de risco associados, são lesões que
podem sofrer malignização a qualquer tempo.
Diagnóstico: Deve ser firmado por biópsia seguida de resultado por exame anatomopatológico.
Tratamento: A remoção cirúrgica.

• Estomatite Nicotínica
Clinicamente: Placas brancas variáveis em consistência, extensão e profundidade na região do palato duro
em pacientes que fazem uso do tabaco (cigarros, industrializados ou não, cigarrilhas,
cachimbo, charuto, narguilé). Podem apresentar áreas erodidas ou até mesmo ulceradas de
permeio à lesão que se referem ao processo inflamatório dos ductos das glândulas salivares
menores.
Diagnóstico: Exame Clínico e biópsia.
Tratamento: Suspensão de uso do tabaco e remoção cirúrgica, se não houver remissão

• Queilite Actínica
Clinicamente: Consiste em placa brancas, na região do vermelhão e semimucosa do lábio inferior submetidos
à exposição prolongada aos raios solares com fator genético envolvido. Podem apresentar
áreas ulceradas, o que aumenta a tendência à malignização
Diagnóstico: É realizado por biópsia
Tratamento: É medicamentoso e/ou cirúrgico, com o afastamento dos fatores traumáticos envolvidos.

• Líquen Plano Erosivo


Clinicamente: Geralmente são placas brancas permeadas por erosões ou úlceras avermelhadas em qualquer
área da boca, geralmente com quadro clínico doloroso associado.
Diagnóstico: É firmado pela coleta da sintomatologia seguida de biópsia e de exame anatomopatológico
das lesões, em que são observados histologicamente ortoceratose e paraceratose do epitélio
Tratamento: Em geral, é sintomático, com sessões de laserterapia de baixa potência e prescrição de
corticoides tópicos e/ou sistêmicos, dependendo de sua exacerbação. Em casos em que a
dificuldade na diminuição da sintomatologia é evidente, os tratamentos são associados; e,
como esta doença relaciona-se com alterações emocionais, a psicoterapia também deverá ser
instituída.
• Eritroplasia
Clinicamente: Consiste em manchas ou erosões avermelhadas frequentemente localizadas no palato duro,
indolores, que apresentam maior tendência à malignização por estarem mais próximas do
tecido conjuntivo. Há casos de eritroplasia em que áreas leucoplásicas estão associadas, por
isso são denominadas eritroleucoplasia, aumentando ainda mais o risco de malignização.
Diagnóstico: Ambas é feito por biópsia.

Tratamento: É cirúrgico.

TURMA XXV
FIMCA
Estomatologia
• POTENCIALMENTE MALIGNAS•

• Nevo Juncional
Clinicamente: A localização mais comum na boca é o palato duro. De todo os nevos, o juncional é
caracterizado histologicamente na linha de transição entre a camada basal e o tecido
conjuntivo. Em função dessa localização, tem maior tendência a sofrer modificações celulares.
Não podemos diferenciá-lo dos outros tipos histológicos, portanto manchas bucais
enegrecidas, únicas, isoladas devem ser diagnosticada.
Diagnóstico: Biópsia .
Tratamento: Removidas como medida de prevenção. Em alguns casos, as manchas estão entremeadas com
lesões brancas ou avermelhadas, o que aumenta o risco de malignização

• NEOPLÁSICAS BENIGNAS•

• Fibroma
Clinicamente: Nódulo ou pápula de coloração normal ou esbranquiçada, liso, séssil ou pediculado,
consistente, de etiologia desconhecida, que acomete qualquer região bucal. Pode,
eventualmente, estar associado a traumatismo mecênicos.
Diagnóstico: As hipóteses de diagnóstico podem incluir hiperplasia fibrosa inflamatória ou granuloma
piogênico. O exame histopatológico define o tipo de doença em função da presença ou não
processo inflamatório.

• Lipoma
Clinicamente: Consiste em nódulos ou pápulas de origem lipoide, frequentemente submucosos e
amarelados, de superfície brilhante e textura lisa, indolores, de consistência tênue à palpação.
Variáveis em tamanho e localização anatômica.
Diagnóstico: Biópsia .
Tratamento: Remoção cirúrgica

• Adenoma
Clinicamente: Consiste em bolhas ou nódulos de crescimento lento, indolor, de origem glandular ou mista,
entre estruturas ductiformes de glândulas maiores e menores. Existe uma heterogeneidade em
relação à sua histopatologia, podendo ser formado por células ductais, mioepiteliais, mixoides,
condroides ou até por tecido fibroso. A ocorrência na glândula parótida é maior do que na
glândula envolvida, com palpação consistente e indolor da região superficial ou
profundamente aos tecidos. Em glândulas salivares menores, o palato é o local de maior
acometimento, caracterizado como bolhas sésseis, lisas, indolores, de coloração normal ou
arroxeada, dependendo dos vasos e tecidos envolvidos.
Diagnóstico: É feito por biópsia por meio de punção aspirativa por agulha fina (PAAF) e exames
ultassonográficos. O diagnóstico precoce tem importância no controle do crescimento da lesão
e possibilidade de transformação maligna em 5% dos casos.
Tratamento: Consiste na remoção cirúrgica, e há possibilidade de recidivas.

• Hemangioma
Clinicamente: São semelhantes ao sialolito, porém a coloração é mais avermelhada quando encontrados
mais superficialmente na mucosa. À palpação são rígidos e, eventualmente, sensíveis ao toque.
Geralmente são múltiplos, podendo ser únicos, e se localizam externamente ao ducto. Em corte
transversal, a forma é redonda ou oval como uma periferia lisa. Aos exames de imagem, o
aspecto é radiopaco e homogêneo, porém é muito comum apresentarem uma aspecto
laminado.
Diagnóstico: O correto diagnóstico firmado em achados clínicos e radiográficos de flebólitos, em tecidos
moles da região de cabeça e pescoço, constitui evidencia da presença circulatórias que podem
ser classificadas como hemangioma ou distúrbios hemodinâmicos.
Tratamento: São diversas as formas de tratamento indicadas, contudo devem ser cuidadosamente
analisadas com base em tamanho, extensão e profundidade, avaliando-se também a saúde
geral do paciente. Quando de pequenas extensões, o tratamento com esclerosante químico ou
físico tem resultados favoráveis, diminuindo o volume sanguíneo e, consequentemente, levando
à remissão da lesão.

TURMA XXV
FIMCA
Estomatologia
• NEOPLÁSICAS BENIGNAS•

• Linfangioma
Clinicamente: É considerado uma lesão congênita do tipo hamartoma. É representado superficialmente por
vesículas preenchidas por linfa e, às vezes, também por sangue. As lesões mais profundos
aparecem como nódulos difusos ou massas sem alterações significativas de textura e cor.
Podem se apresentar sob a forma de higroma cístico, cujo aspecto é semelhante ao de bolhas
e espuma de sabão. Tem predileção pelos dois terços anteriores da língua na superfície dorsal
e mucosa ou semi mucosa labial.
Diagnóstico: Exame anatomopatológico. é considerado uma anomalia de desenvolvimento, pois a maioria
dos casos está presente ao nascimento ou se desenvolvimento, pois a maioria dos casos está
presente ao nascimento ou se desenvolve por volta dos 2 anos de idade.
Tratamento: É a excisão cirúrgica, porém já são usadas a crioterapia e a laserterapia. Os linfangiomas são
radiorresistentes e insensíveis a agentes esclerosante. O prognóstico do linfangioma
normalmente é bom, entretanto, devido à sua natureza infiltrativa, as recidivas são constantes.
Proservação periódica.
• Ameloblastoma
Clinicamente: Aumento de volume, geralmente na região do corpo de mandíbula, com áreas radiotransparentes
entremeadas com áreas radiodensas. Porém ser uni ou multicísticos, com várias lojas ósseas que
invadem regiões próximas provocando reabsorções em dependendo do tamanho da lesão,
provocam fraturas patológicas. Imagens com radiotransparência entremeadas por
radiodensidade caracterizando "favos de mel" ou bolhas de sabão.
Diagnóstico: A importância do diagnóstico precoce dos ameloblastomas está em que há possibilidade de
que as lesões atinjam grandes dimensões, podendo provocar fraturas patológicas pela
reabsorção óssea.
Tratamento: Consiste na ressecção cirúrgica com margem de segurança.

• Fibroma Ossificante Juvenil


Clinicamente: Lesão fibro-óssea benigna caracterizada por crescimento lentro e proliferação de tecido
celular fibroso, osso, cemento ou uma combinação. Histologicamente, presença de tecido
conjuntivo frouxo com focos mixomatosos que podem levar à degeneração pseudocística.
Diagnóstico: É feito pela biópsia, e os achados microscópicos podem sugerir diagnóstico diferenciais entre
ameloblastoma, mixoma e fibroma ameloblástico. Nos exames de imagem pode ser
classificado como uni ou multilocular, sendo circundado por uma cápsula fibrosa radiodensa
que, dependendo da localização e extensão, pode provocar o afastamento das raízes dos
dentes que estão adjacentes à lesão.
Tratamento: Consiste na ressecção cirúrgica com margem de segurança.

• Queratocisto Odontogênico
Clinicamente: Neoplasma cístico benigno que acomete a região posterior de corpo da mandíbula em
paciente diferentes faixas etárias. Consiste em lesões com potencial de crescimento e recidiva
e que não obedecem a uma padrão imaginológico específico, sendo as lesões uniloculares
mais expressivas.

Diagnóstico: É feito pelo exame histopatológico da lesão, entretanto muitas vezes não condiz com as
hipóteses de diagnóstico, sendo citados o ameloblastoma e o cisto dentígero como diagnóstico
diferenciais.
Tratamento: Diferentes formas de tratamento, como enucleação, marsupialização ou descompressão com
posterior enucleação

• NEOPLÁSICAS MALIGNAS•

• Sarcoma
Clinicamente: Nódulos de crescimento rápido, infiltrativo, doloridos, que podem ocorrer em qualquer
região e que, quando ocorrem, comprometem os tecidos adjacentes, provocando
metástase em curtos períodos de tempo.
Diagnóstico: Biópsia e exames de imagens são obrigatórios para o diagnóstico.

Tratamento: O tratamento é variável, feito por uma equipe multidisciplinar em função das consequênciase
dos graus de invasão que pode provocar. Prognóstico desfavorável

TURMA XXV
FIMCA
Estomatologia
• NEOPLÁSICAS MALIGNAS•

• Câncer Bucal
Clinicamente: Caracterizam-se como úlceras irregulares, indolores, em fases inciais de aparecimento,
não evidenciando sinais de cicatrização com bordas elevadas e base endurecida em fases
avançadas. Podem estar associadas a placas brancas e erosões avermelhadas. Por causa
dessa caracterização, e o exame físico intrabucal é soberano e pioritário para a busca de
alterações nos tecidos bucais.
Diagnóstico: É realizado por citologia esfoliativa e biópsia das lesões. O estomatologista define o
diagnóstico, orienta e participa no pré, trans e pós-operatório desses paciente.
Tratamento: A prevenção e o diagnóstico precoce desta doença são a mola motriz para a sucesso do
tratamento e a cura dos pacientes. Prognóstico é variável como histopatologia, estadiamento
e região anatômica são determinantes da evolução desses pacientes.
• Carcinoma Basocelular: As lesões são úlceras com crostas de permeio à lesão com bordas endurecidas, indolores e que atingem a
fase final de cicatrização, sendo este um dos sinais característicos. As lesões ocorrem em leucodermas, em áreas mais exposta aos
raios, a partir da quinta década de idade em regiões próximas a derme e lábio inferior.
Carcinoma Adenoide Cístico: Neoplasia maligna de glândulas salivares maiores ou menores. Caracteriza-se por nódulos em
• qualquer região da boca, submucosos, lisos, indolores, com crescimentos lentos e graduais.
Carcinoma Mucoepidermoide: Neoplasia maligna de origem glandular dos ductos excretores de glândulas salivares maiores e
• menores. Clinicamente, apresenta-se como bolhas sésseis, de coloração viável do róseo ao arroxeado, de crescimento lento e
indolor. O diagnóstico é dado pela biópsia, sendo dividido em baixo e alto grau de malignidade. Os de alto grau de malignidade
têm crescimento rápido e ulceram-se com frequência. O tratamento é variável em função do grau de malignidade, para os de baixo
grau apenas a ressecção cirúrgica da lesão e de glândulas próximas é satisfatória para a cura da doença.

• Sarcoma
Clinicamente: Nódulos de crescimento rápido, infiltrativo, doloridos, que podem ocorrer em qualquer
região e que, quando ocorrem, comprometem os tecidos adjacentes, provocando
metástase em curtos períodos de tempo.
Diagnóstico: Biópsia e exames de imagens são obrigatórios para o diagnóstico.
Tratamento: O tratamento é variável, feito por uma equipe multidisciplinar em função das consequências e
dos graus de invasão que pode provocar. Prognóstico desfavorável.

• Melanoma
Clinicamente: Neoplasia maligna de origem linfoide. A ocorrência de linfoma na boca é baixa, porém os
tecidos linfoides são responsáveis pelo sistema imunológico e mantêm íntima relação com a
boca pelas cadeias ganglionares de cabeça e pescoço. A semiotécnica da palpação é um dos
métodos clínicos inciais que mostram indícios de alterações sugestivas de malignidade.
Diagnóstico: O diagnóstico só poderá ser feito por BAAF (biópsia aspirativa por agulha fina)

Tratamento: É instruído a partir do estudo histopatológico de seu componentes.


Prognóstico variável.

• P R O T O C O L O P R E V E N T I V O P A R A A T E N D I M E N T O A O S P A C I E N T E S U B M E T I D O S A
T R A T A M E N T O D O C Â N C E R B U C A L •

Pré-Tratamento: • Exame clínico e imaginológico.


• Orientações sobre higiene bucal constante.
• Bochechos diários de flúor indefinidamente. Laserterapia de baixa intensidade.
• Tratamentos periodontais, endodônticos em dentes com restaurações profundas, substituição de
restaurações metálicas por materiais resinosos, manutenção de próteses, exodontias necessárias e
eliminação de traumatismo mecânicos.
Trans e Pós-Tratamento: • Controle e orientação de higiene bucal.
• Aplicação de flúor tópico a 0,1% ou bochechos diários a 0,05%. Laserterapia de baixa intensidade.
• Consultas regulares ao consultório odontológico.
• Não realizar procedimentos que promovam destruições ósseas, como exodontias e/ou cirurgias, por período
indeterminado. Todas deverão ser minuciosamente indicadas.
Dica:
O autoexame bucal deve ser ensinado pelo profissional e executado periodicamente pelos próprios
pacientes.

TURMA XXV
FIMCA
Estomatologia
• P R O T O C O L O P R E V E N T I V O P A R A A T E N D I M E N T O A O S P A C I E N T E S U B M E T I D O S A
T R A T A M E N T O D O C Â N C E R B U C A L •

Sequência de autoexame bucal:


a) Visão: Observe-a comparando ambos os lados. Há pequenas alterações, que poderão ser normais. O observador deve levar em
1.Face:
conta o que chamar a atenção de modo acentuado. Veja a cor, a presença de áreas ásperas e aumentadas.
b) Palpação: Palpe as estruturas da face delicadamente buscando por nódulos endurecidos.

2.Pescoço: a) Visão: Observe o pescoço com a cabeça reta e note alterações no tamanho, sempre comparando os lados. Em seguida, levante
a cabeça e observe a região embaixo do queixo e veja se há alterações no tamanho e cor.
b) Palpação: Palpe delicadamente as estruturas localizadas em ambos os lados, porém um lado de cada vez. Incline a cabeça para
o lado a ser palpado e introduza os dedos de baixo para cima, comprimindo contro o osso da mandíbula. Nesta região há muitas
estruturas que podem ser sentidas e algumas vezes mostram-se coloridas. Faça a palpação com delicadeza. O objetivo é notar
alguma alteração endurecida.

3.Boca: Toda a boca deverá ser visualizada e palpada. Comece sempre de fora para dentro, obedecendo a uma sequência para facilitar e
não deixar nenhuma região sem ser examinada.

a) Visão: Olhe com precisão os lábios superior e inferior notando alterações de cor e tamanho.
3.1.Lábios:
b) Palpação: Abre a boca afastando o lábio superior do inferior, sempre observando a cor e o tamanho. Em seguida, com as duas
mãos, utilizando os dedos indicadores, polegares e médios, puxe o lábio para fora de modo que consiga observar a região interna
desde os dentes até próximo aos dedos. Depois disso, palpe todas as regiões em forma de pinça para notar se há regioes
endurecidas ou doloridas. Isso deve ser feito tanto para o lábio superior quanto para o inferior.

3.2.Bochecha: a) Visão: Abre bem a boca, examine com a luz direcionada para toda a região, primeiro um lado, depois o outro. Note alterações
de cor e tamanho. Se necessário, utilize um dos dedos para ampliar o campo de visão.
b) Palpação: Palpe de um lado e depois do outro com o dedo indicador por dentro e o polegar por fora para que as estruturas
sejam sentidas, buscando alterações de tamanho e consistência.

3.3.Gengiva: a) Visão: Em primeiro lugar, neste momento do exame, SORRIA para você, mesmo que não possua mais dentes. É importante o
exame da gengiva desdentada também. Observe toda a região verificando alterações de cor e tamanho.
b) Palpação: Introduza os dedos polegar e indicador pressionando a região óssea da gengiva entre eles de modo a sentir toda a
região superior e inferior e note se há aumente ou depressões. Faça de uma lado e depois do outro.

3.2.Céu da Boca: a) Visão: Abra bem a boca, levante a cabeça e olhe firmemente toda a região até a garganta. Verifique alterações importante de
cor e tamanho
b) Palpação: Introduza o dedo indicador percorrendo a parte anterior e posterior até a região que o dedo alcançar. Note áreas
aumentadas ou deprimidas, bem como ásperas.

3.3.Língua: a) Visão: Coloque a língua para fora.


Observe a parte de cima da língua, note se há alterações de cor e tamanho. Em seguida, vire a língua para um lado e depois para o
outro, buscando também alterações de cor e tamanho. Por último, levante novamente a língua para o céu da boca e veja se há
alterações em cor e tamanho.
b) Palpação: Ponha a língua para fora e segure-a na ponta. Com o indicador e o polegar, palpe a língua buscando alterações de
tamanho e textura colocando-a entre esses dedos. Deslize desde a região posterior até a anterior de ambos os lados. Faça
movimentos suaves e delicados para não provocar desconforto.

a) Visão: Continue com a boca aberta e levante a língua tentando alcançar o céu da boca, observe se há alterações de cor e
3.4.Soalho da
boca: tamanho.
b) Palpação: Nesta região é aconselhável a presença de um profissional, pois a região é muito delicada. O paciente poderá fazer
uma palpação suave buscando aumentos ou depressões próximo ao assoalho da boca.

Sequência do autoexame bucal


TURMA XXV
FIMCA
Centro Universitário Aparício Carvalho - FIMCA 2022

•ANESTESIOLOGIA•
Professores:
Flávio Martins,
Lawrency Gorayeb e
Pedro Ivo.

""A persistência é o melhor


caminho do êxito."
CHARLES CHAPLIN
Anestesiologia
• TÉCNICA ANESTÉSICAS •

• TÉCNICAS ANESTÉSICAS INFILTRATIVAS •

Anestesia infiltrativa (Supraperiosteal)


• Objetivo: Anestesia da polpa, e tecidos moles VESTIBULARES do dente anestesiado.
Indicada para qualquer DENTE em maxila.

• Técnica: Propriamente dita.

• Onde: Ápice Dentário.


Introduzir agulha curta próximo ao ápice dentário, acompanhando o
• Como: eixo longitudinal do dente com o bisel voltado para o osso.
• Quanto da Agulha: Depende da anatomia do paciente, na maioria dos pacientes, apenas
alguns milímetros (1-2mm). 1/3 do tubete ou 0,6ml.

Anestesia infiltrativa (Subperiosteal)


• Objetivo: Anestesia da polpa, do osso alveolar, dos ligamentos dentáriod e do tecido mole
vestibular ao dente anestesiado + Pré descolamente do periósteo devido a
difusão do anestésico.

• Como: Introduzir algulha curta, acompanhando o eixo logintudinal do dente com o


bisel voltado para o osso, tocar o osso com a ponta do bisel delicadamente,
recuar ligeiramente e injetar o anestésico.

• Quanto da Agulha: Mais que 2mm acima do pariápice do dente. Metade ou 01 tubete.
Dica:
Essa técnica ajuda a descolar o periósteo do osso, ou seja, é bem
vinda em procedimentos em que será necessário retalho cirúrgico
TURMA XXV
ampla da região.
FIMCA
Anestesiologia
• TÉCNICAS ANESTÉSICAS INFILTRATIVAS •

Anestesia infiltrativa (Submucosa)


• Objetivo: Anestesiar tecido MOLE apenas, indicado para biópsias de tecido mole.
• Como: Inserir a agulha curta apenas abaixo da mucosa da área de interesse.
• Quanto da Agulha: Alguns milímetros (1-2mm). 1/33 tubete ou 0,6ml

Anestesia infiltrativa (Peridental ou intra-Ligamentar)


• Objetivo: Anestesiar ligamento periodontal, polpa do dente, osso septal
• Como: Inserir a agulha extra-curta no espaço do ligamento periodontal paralelo ao
longo eixo do dente.
• Quanto da Agulha: Alguns milímetros (1-2mm). 1/4 de tubete.

Anestesia infiltrativa (Circular ou em Botão)


• Objetivo: Anestesiar o tecido mole aos poucos, para "caminhar" ou progredir com a
anestesia de forma indolor ao paciente

• Como: Inserir a agulha curta no tecido mole na região de interesse algumas


vezes até alcançar o local final de deposição do anestésico.

• Quanto da Agulha: Alguns milímetros (1-2mm). Menos de 1/4 de tubete.


Anestesia infiltrativa (Intrapulpar)
• Objetivo: Anestesiar diretamente a polpa do dente
• Como: Inserir a agulha curta no interior da câmara pulpar
• Quanto da Agulha: Alguns milímetros (1-2mm). 1/4 de tubete.

• TÉCNICAS ANESTÉSICAS NA MAXILA •

Anestesia Bloqueio do NASP (Nervo Alveolar Superior Posterior)


• Objetivo: Anestesiar polpa dos molares superiores (raiz distovestibular do primeiro molar
superior, lembrem da variação do NASM), tecido mole vestibular a estes dentes,
tecido periodontal e osso da maxila nesta região.

• Como: Inserir a agulha longa ou curta na prega da região vestibular acima


do segundo molar superior para CIMA>DENTRO>TRÁS (ao mesmo
tempo).
- Para Cima: 45º do plano oclusal.
- Para Dentro: 45º medialmente ao plano sagital.
- Para Trás: 45º em relação ao eixo longitudinal do dente.

• Quanto da Agulha: Aproximadamente 16mm. 1 tubete.

Anestesia Bloqueio do NASM (Nervo Alveolar Superior Médio)


• Objetivo: Anestesiar polpa dos pré-molares superiores e raiz mésiovestibular do primeiro
molar superior, tecido mole vestibular a este dentes, tecido periodontal e osso da
maxila nesta região

• Como: Inserir a agulha curta na prega vestibular acima do segundo pré-


molar superior como o bisel voltado para o osso.

• Quanto da Agulha: Aproximadamente 16mm (tamanho de agulha curta) e fique vísivel


3mm de agulha para fora do tecido mole. 2/3 a 1 tubete. TURMA XXV
FIMCA
Anestesiologia
• TÉCNICAS ANESTÉSICAS NA MAXILA •

Anestesia Bloqueio do NASA (Nervo Alveolar Superior Anterior) ou Bloqueio do Nervo Infra-Orbitário
• Objetivo: Anestesiar polpa dos incisivos, caninos, pré-molares e raiz mesiovestibular do
primeiro molar superior. Tecidos moles vestibulares (gengiva livre e inserida) e
osso destes dentes.

• Como: Inserir a agulha LONGA na prega vestibular acima do PRIMEIRO pré-


molar superior, bisel voltado para o osso, com área alvo sendo o
forame-orbitário.

• Quanto da Agulha: Varia bastante conforme a anatomia do paciente, ou seja, pacientes que
apresentam excesso vertical de maxila necessitarão obrigatoriamente de uma
agulha longa, em pacientes, normocefálicos a agulha curta de agulha para fora
do tecido mole ou utilizando a agulha longa que fique metade da agulha para
fora do tecido mole. 2/3 a 1 tubete.

Anestesia Infiltrativa do Palato


• Objetivo: Anestesiar a gengiva inserida palatal circunjacente ao dente em tratamento
• Como: Inserir a agulha curta utilizando a anestesia INFILTRATIVA CIRCULAR na
papila vestibular do dente, até atravessar a região de col. Remover a
agulha da vestibular, pedir para o paciente abrir a boca e inserir a
agulha por abordagem palatal exatamente na região do botão de
anestesia que você transfixou para o palato.

• Quanto da Agulha: Para atravessar a região de col (interproximal) é necessário ter idéia do
comprometimento vestibulo-palatal do dente em tratamento. Para
abordagem palatal: 1 a 2 mm de agulha. 1/3 de tubete

Anestesia de Bloqueio do NPM (Nervo Palatino Maior)


• Objetivo: Anestesiar tecido mole PALATAL da região dos dentes: pré-molares
superiores e molares superiores até a ruga palatina mediana (linha média).
Localize o forame palatino palpando a região entre a junção do processo

• Como: alveolar da maxila com o osso palatino aproximadamente na região


palatal do segundo molar superior (em torno de 10mm de distância do
dente, porém essa distância pode variar). Procure por uma depressão na
região, onde você sentir que a gengiva ficou menos densa, com uma
consistência mais macia, é o forame palatino maior.

• Quanto da Agulha: Menos de 10mm, após tocar o osso, recuar 1mm. 1/4 a 1/3 do tubete.

Anestesia de Bloqueio do NN(Nervo Nasopalatino)


• Objetivo: Anestesiar tecido mole PALATAL da região dos dentes: caninos e incisivos
superiores.

Inserir a agulha curta formando um ângulo de 45º na região


• Como: imediatamente lateral à papila incisiva

•Quanto da Agulha: Inserir a agulha até tocar o osso (aproximadamente 5mm), após tocar o
osso recuar 1mm. 1/4 a 1/3 do tubete.

TURMA XXV
FIMCA
Anestesiologia
• TÉCNICAS ANESTÉSICAS NA MANDÍBULA•

Bloqueio do Nervo Alveolar Inferior (Técnica Direta)

• Objetivo: Anestesiar polpa de TODOS os dentes de hemi-mandíbula, gengiva lingual de


todos os dentes, gengiva vestibular dos pré-molares, canino e incisivos,
ligamento periodontal e osso alveolar de todos os dentes de hemi-mandíbula,
metade do lábio do lado anestesiado, corpo mandibular e porção interior do
ramo (região óssea do terceiro molar), 2/3 anteriores da língua.

Como:
Inserir a agulha LONGA. Existem três referências: 01. A altura da injeção a
• referência é o plano oclusal de 6 a 10mm acima do plano oclusal. 02.
lateralidade ao RAMO da mandíbula: palpar com o dedo indicador o ramo da
mandíbula, o ponto médio é na rafe pterigomandibular. 03.Angulo da agulha
em relação ao ramo mandibular, é direcionar o conjunto carpule-agulha no
lado contra-lateral ao da punção, ou sejam a carpule fica em contato com os
pré-molares e ângulo da boca do lado oposto ao lado que se deseja
anestesiar

Inserir a agulha até tocar o osso (aproximadamente 20 a 25 mm), após tocar o


• Quanto da Agulha: osso recuar 1mm. 01 Tubete.

Bloqueio do Nervo Bucal

• Objetivo: Anestesiar tecido mole vestibular aos molares inferiores.

• Como: Inserir a agulha curta paralela ao plano oclusal em um posicionamento


vestibular e distal ao último molar erupcionado. Para isso afaste bem o tecido
vestibular para lateral (vestibular) para permitir a inserção da agulha na área
em que o nervo bucal cruza o ramo da mandíbula de medial para lateral, ou
seja, de interno ao ramo, para externo ao ramo.

• Quanto da Agulha: Inserir 2 a 4 mm. 1/4tubete.

Bloqueio do Nervo Incisivo (BNI) ou Bloqueio do Nervo Mentual (BNM)

• Objetivo do BNI: Anestesiar tecido mole vestibular do segundo pré-molar inferior ao incisivo
central inferior, metade do lábio inferior, osso alveolar dos pré-molares, canino e
incisivos ao lado anestesiado, polpa dos pré-molares, canino e incisivos do lado
anestesiado.
•Objetivo do BNM: Anestesiar tecido mole vestibular do segundo pré-molar inferior ao incisivo
central inferior e metade do lábio inferior.

• Como: Localizar o forame mentoniano a partir da radiografia panorâmica ou


periapical. Geralmente este forame estará no ápice do segundo pré-molar ou
entre os dois pré-molares. Em pacientes edêntulos, você poderá utilizar a
localização do forame mentoniano da mesma forma que para o forma infra-
orbitário: através da pupila do paciente, quando o mesmo olha para o
horizonte. Lembrar que a área alvo é o forame mentoniano

•Quanto da Agulha: Inserir a agulha 5 a 6 mm, não é preciso penetrar o forame, pois pode levar a
lesão do nervo mentual e consequente parestesia, ou então romper vasos
sanguíneos e levar a hematoma e equimose. Para BNI: 2/3 a 1 tubete e para
BNM: 1/3 do tubete.

Dica:
É importante pressionar a região por no mínimo 2 minutos após a anestesia de BNI, direcionando o
anestésico para que penetre no forame mentoniano.

TURMA XXV
FIMCA
Anestesiologia
• TÉCNICAS ANESTÉSICAS NA MANDÍBULA•

Bloqueio do Nervo Alveolar Inferior (Técnica das Três Posições)

• Objetivo: Anestesiar todas as estruturas que o NAI inerva: polpa de TODOS os dentes de
hemi-mandíbula, gengiva vestibular dos pré-molares, canino e incisivos, metade
do lábio do lado anestesiado, corpo da mandibular e porção inferior do ramo
(região óssea do terceiro molar). Anestesiar todas as estruturas que o NL inverva:
2/3 anteriores da língua, gengiva lingual de todos os dentes e anestesiar a
gengiva vestibular dos molares inferiores, que é invervada pelo NB.

• Como: Passo 01: - A técnica inicia como a técnica anestésica de bloqueio do NAI
direta, porém ao invés de remover a agulha totalmente para fazer uma nova
punção, porém ao invés de remove parcialmente e corrige o ângulo da
agulha para a direção medial.
Passo 02: - Ou seja, traz a carpule em direção à linha média da face (lembrar
que a carpule está na região de pré-molar ou comissura labial do lado oposto
ao lado a ser anestesiado).
Passo 03: - Após a injeção de anestésico para a direção do nervo lingual,
Dica: você retira lentamente a agulha de forma que não saia ainda da mucosa e
Técnica interessante para procedimentos não cirúrgicos que
necessitem de anestesia da gengiva
mantenha aproximadamente 2 a 3 mm inseridas na mucosa para
vestibular dos molares inferiores, como inserção de grampo de reposicionar a agulha agora para vestibular dos molares, ou seja, para a
isolamento ou raspagem subgengivais.
região de bloqueio do nervo bucal. E injeta mais anestésico neste local.

• TÉCNICAS ANESTÉSICAS COMPLEMENTARES•

Anestesia do Nervo Milo-Hióideo


• Como: Para anestesiar essas fibras nervosas, exponha a face lingual da mandíbula
na região do dente em tratamento com afastador ou espelho. Injetar na
região imediatamente posterior ao dente em questão, na altura de periápice
destes dentes.
• Quanto da Agulha: A profundidade da agulha não deve ultrapassar 5mm. Injetar 1/3 de tubete
anestésico.

Anestesia do Plexo Cervical


• Como: Para anestesiar essas fibras terminais nervosas, você deve inserir a agulha no
fundo de sulco vestibular à frente do dente em tratamento com o objetivo de
Dica: alcançar a base da mandíbula, pois é pela base mandibular que a inervação
Na região de terceiros molares a área alvo é a base da mandíbula
na região de ângulo mandibular acessória do plexo cervical alcança a polpa dos dentes. Para mensurar a
profundidade de inserção da agulha você pode palpar a base da mandíbula e
medir o comprimento da base dos dente.

• Quanto da Agulha: Injetar 1/3 a 1/2 de tubete anestésico na região desejada.

Anestesia do Forame Retromandibular


• Como: Para completar a anestesia de bloqueio do nervo alveolar inferior e assim
garantir anestesia satisfatória para seu paciente, inserir a agulha na região
do trígono retromolar ou triângulo retromolar até que ela toque o osso.

• Quanto da Agulha: A profundidade da agulha é de aproximadamente 3 a 4mm e a quantidade de


anestésico é de aproximadamente 1/4 a 1/3 de tubete de anestésico.
Dica:

Essa técnica também é utilizada como bloqueio do Nervo Bucal.


TURMA XXV
FIMCA
Centro Universitário Aparício Carvalho - FIMCA 2022

• CIRÚRGIA •
Professores:
Flávio Martins,
Lawrency Gorayeb e
Pedro Ivo.

"O Professor não é aquele que


ensina, mas o que desperta no
aluno a vontade de aprender."
Jean Piaget
Cirurgia Bucal
• REVISÃO DE CONTEÚDO•

I nervação Sensitiva dos Maxilares

• Nervo Alveolar Inferior NAI Todos os Dentes Tecido mole vestibular dos pré-molares, caninos e incisivos.

• Nervo lingual Nenhum Tecido mole lingual de todos os dentes.

• Nervo bucal Nenhum Tecido mole vestibular dos molares.

• Nervo Alveolar Superior Ant. Caninos e incisivos sup. Tecido mole vestibular dos incisivos e caninos.

M.S exceto a raiz vestibular


• Nervo Alveolar Superior Post. do 1ºPM
Tecido mole vestibular dos molares.

• Nervo Palatino Anterior Nenhum Tecido mole lingual de molates e pré-molares.

• Nervo Naso Palatino Nenhum Tecido mole lingual de incisivos e caninos.

Dica:
Anestesia local não anestesia as fibras proprioceptivas,
ou seja, o paciente tem a sensação pressão

Indicações para extração dentárias: 1. Cárie Severas;


2. Necrose Pulpar,
3. Doenças periodontal (quando a perda óssea é irreversível, mobilidade dentária)
4. Razões ortodônticas (finalidade de ganhar espaço).
5. Dentes mal posicionados (quando não podem ser reposicionado por tratamento ortodôntico).
6. Dente fraturado
7. Dente Impactado
8. Dentes supra numerarios
9. Extração pré-prótetica.
10. Dentes associados a lesão patológica
11. Terapia pré-radiação
12. Dentes envolvidos em fraturas dos maxilares
13. Estética
14. Motivos econômicos.

Contra indicação extração dentárias: 1. Doenças metabólicas descompensadas (gravidez é uma contra indicação relativa).
2. Radiações terapêutica para o câncer (osteonecrose).
3. Dentes dentro de uma área de tumor (principalmente maligno) não deve ser extraído,
pode desencadear processo metastático.
4. Pericoronarite grave em torno de um 3º molar impactado (até que a pericoronarite seja
tratada)
Avaliação Clínica dos dentes para 1. Acesso ao dente,

extração: 2. Mobilidade do dente (hipercementose, anquilose).


3. Condições da coroa (cárie extensas ou restaurações).

Exames Radiografico do dente a ser 1. Relações com estruturas vitais,


removido : 2. Configurações das raízes
3. Condições dos ossos circunjacente.

Manobras Fundamentais:
1. Diérese; (Incisão: corte do tecido, divulsão: separação sem corte).
2. Exérese; (Osteotomia, ostectomia, curetagem e avulsão)
3. Síntese; (Sutura, tamponamento, drenagem)
4. Hemostasia;

TURMA XXV
FIMCA
Cirurgia Bucal
• REVISÃO DE CONTEÚDO•

Fórceps: 1. Expansão do alvéolo pela utilização das pontas ativas do fórceps que funcionam como cunha e
os próprios movimentos dos dentes com o fórceps.
2. Remoção do dente do alvéolo: 5 movimentos que o fórceps pode aplica para luxar o dente.
- Pressão apical, deslocamento apical do dentro de rotação do dente,
Dica: - Força de tração são usadas para liberar o dente do alvéolo
Princípios mecânicos envolvidos na extração dentária: Alavanca,
- Força vestibular (dentes superiores são geralmente removidos
cunha, roda e eixo.
vestibularmente e menor força na palatina
- Os molares inferiores tem o osso vestibular mais forte e geralmente
intensa pressão para lingual.

18R Molares superiores do lado direito

17 Molares Inferiores ambos os lados

151 Pré molares, incisivos e raízes inferiores

150 Pré molares, incisivos e raízes superiores

18l Molares superiores do lado esquerdo

Requisitos básicos de uma incisão:


Traço único em 45º (Distal para mesial - apical para cervical).
Apoio em tecido ósseo sadio,
Amplitude, possibilitando visibilidade ao campo operatório e menor trauma tecidual no
fastamento
Base Ampla - Irrigação do retalho,
Base do retalho deve ser maior que altura do retalho
Maximizar o suprimento sanguíneo
As margens do retalho, devem repousar sobre tecido ósseo sadio, no momento da
sutura,

Afastamento:
Os afastadores devem sempre estar apoiados em osso
O retalho não deve estar tencionado e/ou isquêmico
Quanto menor o trauma aos tecidos gengivais melhor é a reparação tecidual

Procedimento para extração fechada:


1. Sindesmotomia: Liberação dos tecidos moles que se inserem no dente
2. Luxação lateral do dente: com uma alavanca (peça reta seldin), sempre em osso sadio. Nunca em dente que não será extraído
-> A mão oposta ajuda a estabilizar a cabeça do paciente durante o processo de extração. Desempenha o importante papel no suporte e
estabilização da mandíbula durante a extração dentes inferiores.
-> O assistente ajuda o cirurgião a visualizar e ter acesso à área operatória através do afastamento dos tecidos moles da bochecha e da
língua.
3. Adaptação do fórceps ao dente
4. Luxação apical e lateral: pressão apical e movimentos vestíbulo-lingual com fórceps.
5. Remoção do dente do alvéolo.
6. Curetagem (se necessário),
7. Limagem (remoção de espículas ósseas)
8. Manobra de Chompret: reposiciona as paredes alveolares.
9. Tamponamento com gaze.
*** O alvéolo debe ser debridado somente se necessário,
*** As corticais vestibular e lingual expandida devem ser comprimidas para voltarem a sua configuração inicial.

TURMA XXV
FIMCA
Cirurgia Bucal
• REVISÃO DE CONTEÚDO•

Indicações Cirúrgicas, Técnica Aberta:


- Quando necessária utilizar força excessiva na extração de um dente,
- Dentes com coroa curta, possivelmente haverá osso denso e espesso com forte inserção do ligamento periodontal em torno do dente.
- Dentes com hipercementose,
- Raízes amplamente divergentes,
- Coroas com cáries extensas
- Grandes Restaurações
- Raízes Residuais.
**** Critérios para a permanências de fragmentos Radiculares: O fragmento da raiz deve ser pequena, em geral com não mais
de 4a 5mm de comprimento, a raiz deve estar profundamente inserida no osso e não superficial, o dente evoluído deve estar
livre de infecção e não pode apresentar áreas radiolúcidas ao redor do ápice radicular.

Dentes Inclusos: " Dente totalmente incluso, não tem ligamento periodontal. O semi incluso já possui ligamento periodontal."
Prevenção: Infecção, Contra Indicação: idade do paciente,
Indicações: Presença de cisto,
Cárie, Condições sistêmicas,
TU's odontogênicos,
Doença periodontal, Risco as estruturas adjacentes.
Prevenção de fraturas,
Reabsorção Patológica
*Dor de origem desconhecida,
Dentes sob próteses,
Ortodontia,
Não Aproveitamento.
Cisto Dentígero: "É uma lesão benigna, derivada do epitélio odontogênico da coroa de um dente não erupcionado, porém de
etiopatogenia incerta. ***Folículo pericoronário pode se desenvolver cisto dentígero.

Classificação de Winter
O elemento incluso é classificado em relação ao elemento
dentário próximo.

Classificação ao longo eixo do 2 ºmolar

***Importante:

Mesio angular + facil de remover


Horizontal + difícil

Classificação ao dente e ao ramo e profundidade. Classificação de Gregroy


(Posição: A, B e C)

Classe I: Totalmente fora do ramo mandibular


Classe II: Parcialmente fora do ramo mandibular

Classe III: Totalmente dentro do ramo mandibular

Posição A: Plano oclusal igual

Posição B: Linha do equador protético

Posição C: Linha cervical do 2ºmolar

Classificação caninos e Alveolar Retro-Alveolar


dentes inclusos: Pré-alveolar Trans-alveolar

Fatores que tornam a cirurgia de dentes impactados menos dificil:


1. Posição mesioangular 6. Ligamento periodontal amplo
2. Relação classe I com ramo profundo 7. Profundidade classe A
3. formação de apenas um ou dois terços da raiz 8. Raízes cônicos fusionados
4. Folículo amplo 9. Osso elástico
5. Distância do nervo alveolar inferior 10. Impactação por tecido mole

Técnica cirúrgica - Incisão Descolamento Ostectomia Odontosecção Exérese Síntese


Terceiro Molar
Superior:
TURMA XXV
FIMCA
Cirurgia Bucal
• REVISÃO DE CONTEÚDO•

Cirurgia Parendodôntica:"É um tratamento periradicular na prevenção patológica por de uma abordagem cirúrgica. Chamada de cirurgia dos mil e um detalhes."
Indicações:
Dentes com lesões periapicais (granulomas 45%, cisto 55%)
Falha no tratamento endodôntico,
Problemas anatômicos (atresia de canais, alterações apicais,..etc..),
Acidentes na instrumentação (fratura de lima e broca),
Fraturas horizontais da raiz com necrose apical ou que traga dor ou desconforto,
Elementos com prótese e núcleos intra-radiculares,
Tratamento diferente de abcesso odontogênico: transudato purulento ou hemorragias. Foco de necrose por liquefação (abscesso)
Cessar processo de reabsorção apical,
Perfurações radiculares no terço apical,
Deltas e dilacerações apicais.
Contra Indicação: Paciente com problema sistêmico; Materiais + Amálgama (preferência sem zinco),
Avaliar sempre a necessidade, usados na retro- Cimento ou base de óxido de zinco e eugenol,
Paciente com problemas locais (periodontopatias), obturação Ionômero de vidro, super EBA: IRM
Dentes inviavéis de sua preservação no arco dental Resina composta
Comprimento da relação coroa/raiz Adesivo dentinário ou MTA
Pré-Opertória: Anamnese,
Exame clínico,
Exame Radiográfico,
Exame complementar.
Técnica Cirúrgica: Antisepsia (intra e extra oral), Incisões: Tem por objetivo proporcionar um campo cirúrgico adequado,
Anestesia, Gerar visão, área suficiente para localização e acesso ao ápice
Incisão radicular e da lesão
Divulsão (gerando campo adequado), Princípios cirúrgicos:
Osteotomia (irrigação), - Incisão Ampla porém conversadora
Exérese, -Retalho deve repousar sobre tecido sadio,
Curetagem, apicectomia, retro-obturação (irrigação) -Iniciar suturas pelos ângulos da incisão
Regularização da tábua óssea (irrigação),
Reposicionamento do retalho e sutura.
Remoção das papilas, Tipos de incisões periodontais
Alveoloplastia
Estabilizadora: Extrações,
exposição da crista óssea,
Toilette/Sutura

Alveoloplastia Incisão
Corretora: Exposição da tábua óssea,
Exerese óssea
Plastia da mucos,
Verificar contorno Toillete/Sutura

Controle e prevenção de hemorragia,


Pós Operatório imediato (HED):
Controle e prevenção de Edma,
Controle e prevenção da dor,
Controle e prevenção da infecção

Orientação: Alimentação líquida/ pastosa fria, compressas de gelo/ PRP ou enxerto ósseo.

Critérios para avaliar a cura da lesão apical: Regeneração Óssea,


Desaparecimento da rarefação óssea inicial,
Aspecto uniforme do perímetro,
Integridade da Lâmina dura

Curetagem Apical:
Apicectomia (2 a 3mm do ápice radicular)
Apicectomia com retro-obturação
Todo material removido em uma apicectomia, deve ser mandado para exame histopatológico.

TURMA XXV
FIMCA
Centro Universitário Aparício Carvalho - FIMCA 2022

• PRÓTESE PT •
Professores:
Márcia Mika e
Sônia Karina

""Nós somos o que fazemos


repetidamente, a excelência não
é um feito, e sim, um hábito."
Aristóteles
Prótese Total
• MOLDAGEM ANATÔMICA •

"A primeira moldagem recebe o nome de moldagem preliminar ou moldagem anatômica."

"A segunda moldagem, também chamada de moldagem funcional é a mais delicada e deve reproduzir,
com maiores detalhes, os acidentes anatômicos da superfície da área chapeável."

As finalidades da moldagem Completar o Diagnóstico;


anatômica são: Obter um modelo sobre o qual serão confeccionadas as moldeiras individuais;
Avaliar as necessidades cirúrgicas.

Os objetivos da moldagem Obter a configuração geral da área chapeável;


anatômica são: Observar irregularidades e defeitos ósseos;
Afastar a mucosa com mobilidade que rodeia a área chapeável e registrar o tecido
em seu estado de tensão.

Moldeiras de Estoque: Para pacientes desdentados: apresentam sulco raso;


Podem ser lisas ou perfuradas;
Anatomia com tamanho padrão

Seleção do Material de Moldagem: • Requisitos: Tempo de trabalho, grau de plasticidade, alteração dimensional,
resistência a fratura e inocuidade aos tecidos bucais.
• Em prótese total, a resiliência da fibromucosa que reveste a área de suporte
determinam o material de moldagem.
• Rebordos muito retentivos exigem material de moldagem do tipo elástico.

Materiais de moldagem: • Rígidos ou Anelásticos: Godiva em placa


• Elásticos: Alginato

Godiva em Placa Indicação: Fibromucosa resiliente ou aderida e vertentes paralelas.


Contra-Indicação: Fibromucosa flácida e retentivas

Godiva com Alginato Vantagens: Detalhes e escoamento.


Desvantagens: Correção e sinérese e embebição.

Moldagem anatômica com alginato: • Seleção da moldeira maxilar;


Verifica-se se a largura é suficiente e em seguida, adapta-se a região para avaliar o
comprimento.
Introdução da moldeira com o músculo orbiculador relaxado,
De um lado apoia-se sua borda na comissura labial e com outra mão traciona-se o lado
oposto,
Após a introdução, a borda posterior em contato com os tecidos da região posterior.

• Individualização das moldeiras:


Completar a altura e o comprimento da moldeira,
Melhorar o contorno das bordas,
Aumentar a espessura da borda,
Proporcionar conforto ao paciente.

• Seleção da moldeira mandibular;


Largura: adapta-se sobre a região posterior do rebordo;
Comprimento: primeiramente na região anterior do rebordo. O comprimento da moldeira
nem sempre é suficiente para cobrir as papilas piriformes.

TURMA XXV
FIMCA
Prótese Total
• MOLDAGEM ANATÔMICA •

Moldagem anatômica com alginato: • Individualização da moldeira superior;


Para aumentar a retenção, pressiona-se algodão sobre a cera,
Em casos de palato profundos, cera utilidade também dentro da moldeira.

• Individualização da moldeira inferior;


Cera para cobrir a papila piriforme,
Em casos de rebordos côncavos, cera utilidade também dentro da moldeira.

Moldagem Inferior: Paciente orientado para colocar a língua mais posterior do palato antes do aprofundamento da
moldeira até o seu assentamento total,
Evitar que os tecidos moles do assoalho da boca penetrem na moldeira.
Molde é lavado em água corrente para eliminar a saliva,
Após a análise, mergulha-se em hipoclórito de sódio a 2% para desinfecção

Moldagem Superior: Pressão firme e uniforme para eliminar o excesso de alginato,


Para retirada do molde, traciona-se a bochecha para cima para permitir entrada de ar,
Movimento único na vertical.

Análise dos moldes: Bem centralizado,


Sem rasgadura do material,
Movimento único na vertical.
Reproduz a forma dos rebordos residuais com todos os detalhes,
Registra o freio labial e as inserções laterais,
Material recobre a borda da moldeira,
Não apresenta falta de compressão,
Sem Bolhas

Obtenção dos modelos: Mistura água/pó proporcionada e espatulada de acordo com as instruções do
fabricante,
Pequenas porções sob vibrações para evitar a inclusão de bolhas,
Após preenchimento do molde, o restante do gesso é utilizado para formar a base,
Terminado o vazamento, molde é armazenado no umidificador.
Após a pressa do gesso, o modelo é separado do molde e recortado.
• Delimitação da área chapeável - Maxila
Trace uma linha no fundo do sulco vestibular do modelo, de uma tuberosidade a outra,
Na região posterior, uma linha reta deve unir os dois sulcos hamulares, passando por trás
das fóveas palatinas.
• Delimitação da área chapeável - Mandíbula
Trace uma linha no fundo do sulco vestibular do modelo;
No flanco bucal, deve coincidir com a linha oblíqua externa;
Passa por trás da papila para atingir a face lingual da mandíbula.

Moldeira Individual:
• Zonas de alívio;
• Mandíbula;
Não devem sofrer pressões da base da prótese, Irregularidades ósseas.
.
• Maxila; • Confecção dos alívios;
Rugosidades palatinas e sutura palatina, Identificar,
Irregularidades ósseas. Cobrir com cera

•São feitas sobre os modelos anatômicos do próprio paciente;


•Confeccionadas com resina acrílica quimicamente ativada;
•Ótima adaptação:
•Resistência
•Confortáveis, pequeno volume
•Contorno: suas bordas acompanham o contorno externo com a espessura apropriada. TURMA XXV
FIMCA
Prótese Total
• MOLDEIRA INDIVIDUAL •

Moldeira Individual
• Material e instrumental:
Modelos Anatômicos, Brocas Abrasivas
Isolante para resina Mandril
Pincel Tiras de lixa
Resina acrílica autopolimerizável, Espátula Le cron
Pote Dappen Espátula nº7
Pote para Resina Cera Rosa nº 7
Lâmpada a álcool. 2 Placas de Vidro

•Técnica do lençol de resina:


Identificar e eliminar todas as retenções;
Aplicar o isolante para resina em toda a área delimitada;
Satura o monômero vertendo lentamente o conteúdo de polímero;
Na Fase plástica, colocar a resina no centro de uma das placas;
Recortar a resina sobre o modelo;
Confeccionar o cabo da moldeira,
Remover a moldeira polimerizada do modelo,
Remover o excesso de resina nas bordas das moldeiras com broca de tungstênio
Usar pedras abrasivas para finalizar o acabamento,
Adaptar a moldeira sobre o modelo

Moldagem Funcional: Objetivo Obter os detalhes anatômicos da área chapeável;


Comprimir as zonas de compressão;
Aliviar as áreas que não devem sofrer pressões.

Finalidades Registrar os tecidos de assentamento com a mínima deformação;


Obter o íntimo contato das bases com os tecidos para reter a prótese;
Obter conforto ao paciente.

Técnicas de Moldagens Realizada de acordo com cada situação clínica;


A variação da consistência dos materiais determinam a escolha da técnica de
moldagem.

Seleção do Material de Moldagem Tempo de Trabalho,


Grau de Plasticidade,
Alteração Dimensional,
Resistência a Fratura,
Inocuidade aos Tecidos Bucais.

• Mucosa pouco resiliente e aderido: material com pouco escoamento com a godiva.
• Mucosa com maior resiliência: material com bom escoamento, como as pastas de óxido de zinco e eugenol e
elastômeros, para evitar grande deformação na mucosa.

•Objetivo de controlar a deformação dos tecidos bucais: - Com Pressão, Sem Pressão e Com Pressão Seletiva
Técnica Sem Pressão: - Sempre será exercida uma certa pressão para eliminar o excesso de material para fora
da moldeira
Técnica Com Pressão: - Promove maior deformação no intuito de ganhar retenção.
- Sem mastigação, os tecidos voltam ao seu estado normal, e a prótese se move.
- Pressão constante, ocasionando lesão ao tecido de suporte.
Técnica Com Pressão Seletiva: - Pressão em determinadas áreas.

TURMA XXV
FIMCA
Prótese Total
• MOLDAGEM FUNCIONAL •

Moldagem Funcional
• Realizado em duas etapas:
Primeira: Feixe periférico para incorporar retenção e pressão atmosférica;
Segunda: Área basal para promover íntimo contato das bases com os tecido, proporcionando a adesão e coesão.

• Moldagem maxilar:
Verificar se o freio labial e as inserções laterais estão livres;
Ajuste Clínico da Moldeira:
Desgastar até que fiquem 3mm abaixo d zona de transição entre as mucosas móvel e inserida,
Traçar com o lápis cópia, uma linha que une os dois sulcos hamulares,
Inserir a moldeira para transferir a marca de lápis para a moldeira.

• Realizado em duas etapas, Moldagem Maxilar:


Primeira: Feixe periférico para incorporar retenção e pressão atmosférica;
Segunda: Área basal para promover íntimo contato das bases com os tecido, proporcionando a adesão e coesão

• Moldagem Periférica:
Plastificar a godiva sobre a chama de uma lâmpada de álcool,
Mergulhar em água ou jato de ar para abaixar a temperatura.
Introduzir e centralizar na boca do paciente e, posteriormente, pressionar contra os tecidos de suporte,
Instruir o paciente a fazer movimento de sucção.
Durante a sucção, os músculos bucinador e orbicular deformam e determinam a altura das brodas.
Godiva deve apresentar lisa, opaca e arredondada,
Caso não esteja, acrescentar nova quantidade sobre a existente e repetir o procedimento,
Na região posterior, godiva dentro da moldeira.
• Moldagem Corretiva:
Posicionar o paciente na cadeira odontológica, com a cabeça posicionada no encosto,
Vaselinar o rosto do paciente,
Proporcionar o material.
Manipular a pasta de óxido de zinco eugenol ou o elastômero,
Carregar a moldeira,
lavar e secar o tecido a ser moldado,
Inserir a moldeira,
Pressionar de forma uniforme e contínua,
Realizar os movimento de sucção, até o material endureça.
Após a remoção, lavar em água corrente.
Avaliar o molde,
Análise da superfície,
Espessura do material de moldagem
Examinar bordas,
Avaliar retenção, suporte e estabilidade,
Desinfecção do molde,
Realizar o encaixamento,
Vazar o gesso,
Remover o modelo do molde,
Confeccionar retenções e referências,
Realizar o acabamento
• Objetivos do encaixotamento:
Preservar a borda do molde,
Modelo compacto,
Tamanho do modelo.

TURMA XXV
FIMCA
Prótese Total
• MOLDAGEM FUNCIONAL •

Moldagem Funcional
• Moldagem mandibular:

• Ajuste Clínico da Moldeira:


Verificar se o freio labial e as inserções laterais estão livres,
Nos flancos bucais, recortar até a borda coincidir com a linha oblíqua externa,
Na região mais posterior, a borda deve acompanhar o trajeto do feixe médio do bucinador.
Contornai por trás da papila piriforme para evitar o músculo masseter (ângulo externo da mandíbula).
Orientar ao paciente para não projetar a língua para fora (músculo constritor superior da faringe não ser puxado
para frente e diminuir a extensão ântero-posterior da área basal e os músculos milohiódeo e genioglosso não
atingirem sua posição mais alta, diminuindo a profundidade do assoalho da boca).
Por outro lado, orientar ao paciente para não movimentar a língua para trás (músculo palatoglosso não aumentarem
a extensão ântero-posterior da área basal e os músculos milohióideo e genioglosso não atingirem sua posição mais
baixa, aumentado a profundidade.

• Realizado em duas etapas, Moldagem Mandibular:


• Primeira: Feixe periférico para incorporar retenção e pressão atmosférica;
• Segunda: Área basal para promover íntimo contato das bases com os tecido, proporcionando a adesão e coesão
• Moldagem Periférica:
Plastificar a godiva sobre a chama de uma lâmpada de álcool,
Mergulhar em água ou jato de ar para abaixar a temperatura.
Flanco Sublingual: Orientar o paciente a limpar o lábio superior com a ponta da língua (músculo genioglosso e freio
lingual será moldado numa altura intermediária
Flanco Lingual: Orientar o paciente a colocar a ponta da língua sobre o lábio inferior (músculo palatoglosso pressiona
a borda posterior da moldeira). Orientar o paciente a colocar a ponta da língua na bochecha oposta (músculo
milohióideo eleva-se e determina a extensão da borda).
Flanco bucal: Orientar o paciente para realizar o movimento da sucção ou realizar movimentos de tração nas
bochechas

"São bases provisórias de prótese que servem para registrar as relações intermaxilares,
Base de Prova
recuperar o suporte para os lábios e as bochechas, para a montagem e a prova dos
dentes."

• Composta de duas partes: Base de prova: elemento de fixação de suporte confeccionada sobre o modelo de
trabalho.
Plano de orientação: elemento funcional onde serão registradas as relações
intermaxilares, a altura e a inclinação do plano oclusal, e definidas formas das
arcadas,

• Características: Cobrir todo o tecido que constitui a base de suporte.


Deve estar ajustada para enfrentar possíveis desprendimentos por causa da
cedência da fibromucosa.

• Material de Instrumental Necessários: 01 Espátula Le Cron Pote para resina


01 Espátula nº.7 Lamparina
01 Espátula nº.36 Broca de tungstênio
01 Pincel Mandril
01 Pote Dappen Tira de Lixa

TURMA XXV
FIMCA
Prótese Total
• BASE DE PROVA •

Confecção da base de prova


Realização de alívio nos modelos e demarcação da área chapeável.
Aplicação de isolante cel-lac.
Manipulação da resina na proporção de 3:1 para polímero e monômero: Satura o monômero vertendo lentamente e
conteúdo de polímero.
Adaptação da resina sobre o modelo: lâmina de resina adaptada sobre o modelo, recorte do excesso de resina na
região posterior, utilizando Lecron,

• Plano de Orientação:
• Rolete de Cera, • Plano de Oclusão,
• Plano de Cera • Arcos de Oclusão,
• Plano de Mordida • Plano de Orientação.
• Passo a Passo:
Plastificar uma lâmina de cera,
Realizar a dobradura em forma de sanfona,
Plastificação das ceras e união,
Aquecer a espátula nº36 e passar em todas as paredes de rolete.
Envergar a cera em forma de ferradura,
Ajustar o plano de orientação na base de prova para fora da crista do rebordo residual,
Fixar o plano de orientação com cera fundida na base de prova.
• Superior:
Acabamento final do plano de orientação: 8 a 12 mm à frente da papila incisiva e inclinado para vestibular.
Altura do plano na região anterior de 2cm,
Altura do plano na região posterior de 1,5cm,
1 cm aquém da borda posterior da base de prova,
• Inferior:
Marcar a linha média da crista do rebordo - forma do arco,
Não apresenta inclinação,
Anterior: ligeiramente por vestibular,
Posterior: por lingual crista do rebordo,
Dividir a papila retromolar em 3 parte,
Remover excesso posterior da cera - 2/3 da papila retromolar,

• Relações Intermaxilares:
• Definição:
Ajustes no plano de orientação superior.
É necessário determinar a altura e a inclinação do plano oclusal,
O plano oclusal é definido como um plano imaginário, relacionado anatomicamente com o crânio, e que toca as
bordas incisais dos dentes anteriores e as cúspides vestibulares dos dentes posteriores.
• Suporte labial - Músculos orbiculares (Estética)
Compensar a perda alveolar: Contorno -> suporte e dentes artificiais
Erro comum: dentes anteriores sobre os rebordos,
Consequências: Ausência de suporte muscular,
Inclinações dos incisivos centrais: Paralelos
• Altura do plano oclusal:
Influi diretamente na estabilidade e estética das próteses,
2 a 3mm abaixo da borda livre do lábio superior.

TURMA XXV
FIMCA
Prótese Total
• RELAÇÃO DE ORIENTAÇÃO •

• Corredor bucal
• Inclinação do plano oclusal - Régua de FOX
Latero-lateral: paralelo ao plano bipupilar
Régua de FOX (posição do paciente): Acerto oclusal na parte anterior (caninos): altura do tubérculo do lábio e
paralelo ao solo e à linha bipupilar
Anterior: linha bipupilar
Ântero-posterior: paralela ao plano de camper - Linha Ala-trágus: Acerto oclusal na parte posterior: região de
caninos até tuberosidade - paralelo ao plano de camper. (centro do trâgus do ouvido à base do nariz).
Erros: sorriso invertido - curva reversa aos dentes anteriores

• Arco facial
Após o acerto do plano de cera superior,
• Adaptar o garfo: Cera utilidade no garfo do arco facial, superfície oclusal do rodete de cera vaselinado,
centralizar e aprofundar no garfo.
• Levar o conjunto à boca do paciente: manter em posição com os polegares do pacientes na região de pré-
molares, abrir o arco e encaixar os plugues auriculares nos meatos auditivos externos e apertar os parafusos,
colocar o relator nasal sobre a concavidade da ponte nasal. Apertar os parafusos do garfo, solicitar ao
paciente para soltar o garfo (arco firme e imóvel). Anotar a distância intercondilar, soltar os parafusos do
arco facial, remover o arco juntamente com a base de prova.
Adaptar o arco facial no articulador: guia condilar: 30º, ângulo de bennet: 15º, distância intercondilar ajustada:
P, M e G. Posicionar o modelo e vazar o gesso.

• Relações verticais dos maxilares:


• Registro da dimensão vertical:
• Dimensão vertical de repouso (DVR) - musculatura da mandíbula em posição de repouso.
É conhecida como posição postural fisiológica ou posição de repouso,
É controlada pelos músculos levantadores e abaixadores da mandíbula,
É influenciada pela posição de cabeça e pelo estado emocional do paciente.
É considerada como DVR quando o paciente está na posição ereta, olhando para o horizonte e com lábios
em ligeiro contato,
Em próteses totais, o registro da DVR serve de ponto de partida para o registro da DVO perdida.
Os roletes de cera ficam separados por um espaço variável, conhecido como espaço funcional livre (EFL),
A manutenção do EFL é indispensável para a saúde dos tecidos de suporte e para o relaxamento dos
músculos da mastigação.
EFL varia de 2 a 10mm, em termos médios, será aproximadamente de 3mm.

• Dimensão vertical de oclusão (DVO) - contato dos rodetes de oclusão


Técnica métrica direta (Método de Willis)
Técnica métrica indireta DVO=DVR - EFL (3MM). Associação dos métodos métrico estético e fonético

• Associação dos métodos: métrico, estético e fonético - Técnica métrica indireta:


Coloca-se o rolete de cera superior na boca do paciente (ereto).
Demarcação dos pontos cefalométricos: sub-nasal e gnátio,
Leve toque dos lábios,
Anota-se a DVR
Diminui-se 3mm (espaço funcional livre).
Coloca-se o rolete de cera inferior na boca do paciente (ereto),
Conferir a DVO com o compasso de Willis - técnica métrica direta.
Prótese Total
• RELAÇÃO DE ORIENTAÇÃO •

• Relações horizontais dos Maxilares


Relação cêntrica é definida como a relação mais posterior da mandíbula em relação à maxila.
Outras relações horizontais conhecidas como relações excêntricas: protrusão, lateralidades direita e esquerda
Relação cêntrica a RC - Relação de osso a osso
Oclusão cêntrica OC- Relação entre os dentes antagonistas.
Em pacientes novas, a RC=OC, mas com o tempo, as estruturas dentais desgastam-se e a mandíbula adota
uma posição mais anterior.
Os pacientes totalmente edêndutos fecham a mandíbula em RC durante a mastigação, a deglutição e outros
movimentos.
Quando o paciente fecha em RC, os dentes contatam os dentes harmoniosamente (MODELOS EM RC)

• Relação Central:
"É sempre a relação horizontal utilizada para montar o modelo inferior em relação ao superior".

• Requisitos prévios:
Bases de prova estáveis,
Dimensão vertical já estabelecida,
Paciente calmo e com musculatura relaxada.

• Técnicas de registro da RC
"Método guiado".

• Manipulação:
Mandíbula é guiada à posição de relação central,
Bloquear estímulos de fechamento em habitual
Desvantagem: durante a manipulação, pode haver deslocamento da base de prova inferior, obtendo um
registro errado.
• Associação dos métodos: fisiológicos e de manipulação.
Orientar o paciente pra colocar a ponta da língua na parte do palato, inclinando levemente a cabeça para
trás, e fechar a boca com a língua nesta posição.
Isolar todo o rolete de cera com vaselina sólida,
Colocar as bases na boca do paciente,
Manipular pequena quantidade de pasta zincoenólica depositar sobre o rolete inferior,
Orientar o paciente para colocar o ponto da língua na borda posterior da base superior e manipular
levemente mandíbula até fechar a boca;
Aguardar a presa do material de registro,
Após a presa do material, retirar as base unidas da boca do paciente,
O modelo inferior é relacionado com o superior,
Fixação do modelo inferior no articulador.

TURMA XXV
FIMCA
Prótese Total
• SELEÇÃO DOS DENTES ARTIFICIAIS EM PT•

É uma fase importante da confecção das próteses e, por esse motivo, deve ser feita pelo CD,
Senso artístico + conhecimento científico = senso estético,
Característica do paciente como tamanho e forma da face, tamanho e forma das arcadas, altura dos lábios e
cor da pele serão base para o senso estético.

" Paciente que necessita de prótese, deseja naturalmente um aspecto normal.


Outras pessoas não deverão reconhecer que se trata de prótese" Wostmann & Svchulz, 1991

"Trabalho em prótese é aquele que não se reconhece" Saizar, 1968

• Seleção dos dentes artificias:


Forma,
Tamanho,
Cor.

• Forma:
Triangular,
quadrada
Ovóide

• Tamanho:
Largura e altura dos seis dentes anteriores superiores "linhas de referência".
A distância entre as duas comissura da boca constitui a largura mesiodistal dos seis dentes anteriores superiores.
Atura: é a distância do colo até a borda incisal do central, ou seja, é a altura da borda do rolete de cera até a linha
alta do sorriso.

Sexo:

• Masculino: • Feminino:
Geralmente: tamanho maior, modelo Geralmente: tamanho meno; borda e
quadrado: forma do arco quadrado: ângulos incisais arredondados, cor mais
bordas e ângulos incisais quadrados; cor clara, linha do sorriso curva.
mais escura; linha do sorriso plana.

Idade:

• Idosos: • Jovens:
Geralmente: dentes mais escuros, Geralmente: Dentes mais claros, maior
manchados, menor translucideze maior translucidez e menos desgaste das
desgaste na borda incisal, canino menos bordas incisais, canino mais proeminente,
proeminente, geralmente enceramento linha do sorriso na altura do colo dental.
até expor o colo dos dentes (para simular
retração), linha do sorriso plana.

Raça:

Indivíduos de pele escura apresentam Indivíduos de pele clara apresentam


dentes amarelados ou marrons dentes acinzentados ou claros.

TURMA XXV
FIMCA
Prótese Total
• PROVAS DO DENTES ARTIFICIAIS •

Existe diversas técnicas para montagem de dentes. Cada técnico ou clínica, utiliza a que melhor se adaptar
ou realiza modificações próprias.
São os dentes responsáveis pela sustentação dos músculos orbiculares dos lábios e os demais músculos que
neles se inserem.

• Prova dos dentes artificiais:


"A prova dos dentes é a última oportunidade para avaliar os procedimentos clínicos anteriores ao
processamento e corrigir o que for necessários para se atingir a expectativa do paciente e do profissional."

• Tamaki, divide esta sessão clínica em cinco fases:


Relação oclusal dos dentes,
Reconstituição fisionômica,
Análise Fonética,
Aprovação do paciente,
Caracterização da prótese.

• Reconstituição Fisionômica:
Verificação,
Linha mediana prótese coincidente com a linha mediana do rosto,
Posição dos incisivos centrais,
Altura dos incisivos superiores e gengiva exposta,
Suporte labial,
Sulco nasogenianos,
Terços inferior do rosto em harmonia com o restante da face.

• Prova Fonética da Prótese:


Pronunciar palavras com som silibante, enfoque diferente quando da obtenção da dimensão vertical.

• Aprovação do paciente:
Paciente visualizando-se no espelho, conforto, estética e mudanças caso sejam necessárias.

• Caracterização das Próteses


O CD pode empregar caracterização para obtenção do aspecto mais natural possível
Restaurações,
Caracterização da gengiva,
Grampo de aparelhos removíveis,
Diastemas,
Manchas,
Ausência de dentes.

• Remontagem no articulador Semi-Ajustável (Objetivo da remontagem):


Reduzir o número de retorno do paciente para ajustes;
Reduzir o tempo para que o paciente se acostume com a prótese.
Alto coeficiente de expansão térmica gera uma mudança nas posições dos dentes,
Resiliência da mucosa permite que as alterações oclusais corrijam-se, entretanto, ocorre as custas de uma
maior reabsorção óssea.

• Acabamento (Instrumentos necessários):


Micro-motor,
Ponta reta,
Brocas Max-cut,
Mandril para ponta reta,
Tiras de lixa,
Le Cron.

TURMA XXV
FIMCA
Prótese Total
• INSTALAÇÃO•

Instalação
• Resultado do acabamento:
Verificar a existência de nódulos de resina,

• Freios, bridas e inserções muscular (SUPERIOR):


Tracionar e aliviar, caso necessário,
Verificar os sulcos hamulares.

• Freios, bridas e inserções muscular (INFERIOR):


Músculo genioglosso: ponta da língua nos lábios,
Músculo palatoglosso: excesso de contorno posterior.
Músculo milo-hióideo: ponta da língua na bochecha.

• Orientações:
Limitações e dificuldade nos primeiros dias,
Padrão de fonação e alimentação alterados,
Aumento do fluxo salivar,
Permanência na boca,
Imersão em água
Higienização
Traumas,
Retorno.

• Sessão de Controle:
Queixas do Paciente,
Relação prótese/tecidos,
Oclusão,
Pronúncia do paciente,
Adaptação do paciente.

"A dor geralmente ocorre devido a falta de alívio ou Bruxismo",


"Pressão na crista normalmente é devido à desarmonia oclusal",
Sensação de queimadura no palato normalmente é causada por pressão excessiva";
Próximas Consultas:
"Defeitos da oclusão e desgastes de pontos doloridos",
"Tantos retornos quantos forem necessários até a alta do paciente",
"Após a alta, retornos de 6 em 6 meses".

• Ajuste Oclusal:
Oclusão Cêntrica,
Protusão,
Lateralidade.
Áreas que devem ser ajustadas:
Cúspides funcionais (altas),
Faces palatina dos dentes anteriores.

• Conclusão:
O êxito no tratamento com a PT está ligado, em parte, aos cuidados que permitem a ADAPTAÇÃO do paciente
ao seu uso.
Havendo falhas neste processo, pode-se criar situação de desconforto, dor e até lesão dos tecidos orais,
impedindo a adaptação e o uso da prótese pelo paciente.

TURMA XXV
FIMCA
Centro Universitário Aparício Carvalho - FIMCA 2022

•DENTISTICA•
Professores:
Sônia Karina e
Márcia Mika

" O que vale na vida não é o


ponto de partida e sim a
caminhada. caminhando e
semeando , no fim terás o que
colher." Cora Coralina
Dentística
• CLASSIFICAÇÕES•

Classificação de Black

• Cicatrícula, fissura e • Proximal de • Proximal de • Proximal e ângulo de • Terço • Envolve Ponta de


cíngulo posterior Anterior anteriores. Cervical Cúspide

Paredes das Cavidades


• Parede Vestibular
Parede Distal
Parede Lingual
Parede Gengival
Parede Axial
Parede Pulpar

Zonas da Lesão de Cárie


1º Zona: Dentina muito infectada e desorganizada
2º Zona: Dentina infectada desmineralizada

3º Zona: Dentina desmineralizada não infectada,


passível de remineralização

TURMA XXV
FIMCA
Dentística
• T E M P O S O P E R A T Ó R I O S •

Forma de resistência - Principios de black


• Todo esmalte devera estar suportado por dentina sadia,
• Paredes circundantes planas e paralelas entre si e perpendiculares a parede pulpar.
• Parede gengival plana e paralela à parede pulpar e ambas perpendiculares ao longo eixo do dente.
• Ângulos diedros e triedros definidos.
• Reconstrução do ângulo axio-pulpar
Esforços mastigatórios:
• Variação volumétrica dos materiais restauradores,
• Diferenças no coeficiente de expansão térmica do dente e do material restaurador.

Forma de Retenção
• É o tempo operatório que consiste em se dar forma à cavidade com a finalidade de evitar o deslocamento da restauração, durante a
• mastigação de alimentos pegajosos.
• Retenção mecanica adicional
Forma de retenção =
• Embricamento mecânico entre o material restaurador e paredes cavitárias.
Tipos de formas de retenção
• Friccional = Atrito
• Química - condicionamento ácido + sistema adesivo
• Mecânica = Retenção Adicional
Forma de Conveniência
• É o tempo operatório que consiste em se dar ao preparo cavitário características a fim de facilitar o acesso, a conformação e a
instrumentação da cavidade
Afastamento temporário dos dentes,
• Isolamento Absoluto ou relativo do campo operatório, invaginar o restante dos dentes com ajuda do fio dental;
• Marcação da borracha
• Grampos - é utilizado em conjunto com o arco, mantendo a borracha em posição, mantendo o lençol de borracha
estável junto aos dentes.

Limpeza da cavidade
É o tempo operatório que consiste em remover os resíduos do preparo cavitário antes da inserção do material protetor e/ou
restaurador atraés de diferentes agentes considerados de limpeza dentinária
Agentes não desmineralizantes

Gemicidas Clorexidina ou água oxigenada 2%
Detersivos Tergentol
Alcalinizantes Produtos à base de hidróxido de cálcio
• Agentes desmineralizantes - ácidos.
Ácido fosfórico 15, 25, 35 ou 37%
EDTA 10%
Ácido Poliacrilico 25%
"Smear Layer = Camada de partículas agregadas resultante do preparo cavitário, formada por restos
adamantinos e dentinários associados a saliva, sangue, colageno, eléo, etc.."

Acabamento das paredes de esmalte


• É o tempo operatório que consiste em alisar as irregularidades das paredes de esmalte e do ângulo cavo-superficial do
preparo cavitário.
• Enxadas e Recortadores

TURMA XXV
FIMCA
Dentística
• A P L I C A Ç Ã O C L Í N I C A D O S I S T E M A A D E S I V O •

Restauração direta - condicionamento total com ácido fosfórico do esmalte e da dentina


1. Condicionamento ácido do esmalte e da dentina - Iniciar sempre a aplicação pelo esmalte, e depois sobre a dentina. O
tempo de aplicação máxima para a dentina é de 15 segundos.
2. Lavar o ácido por pelo menos 30 segundos,
3. Remover excesso de água com uma bolinha de algodão hidrófilo colocado nas margens da cavidade. - Nesta técnica a
dentina mantém a umidade caracterizada por um brilho da mesma.
4. Aplicação em toda cavidade de uma camada abundante de adesivo em frasco único. - Exemplo de marcas comerciais:
Excite (Ivoclar vivadent) e Adper Single Bond 2 (3m Espe)
5. Remoção do excesso de solvente, com a aplicação de um leve e constante jato de ar, até a dentina apresentar um aspecto
brilhante sem acúmulos de adesivo nos ângulos internos.
6. Fotopolimerização da camada de adesivo por pelo menos 10 segundos.
7. Aplicação de uma camada de resina tipo flow em toda parede dentinária. - Para evitar uma camada uma espessa a resina
flow pode ser dispensada em casulo e aplicada com um instrumento como por exemplo um aplicador de cimento de
hidróxido de cálcio. Esta camada deve ser polimerizada por 40 segundos.
8. Realização da restauração na técnica incremental. Neste caso foram usados uma camada de resina híbrida opaca
seguida de uma híbrida translúcida. Cada camada foi polimerizada por 20 segundos seguida por uma polimerização
final de 80 segundos com a restauração coberta com um gel hidrosolúvel.
9. Acabamento e polimento da restauração
Restauração de dentes tratados endodonticamente
Etapa 1: Proteção da dentina intra radicular

1. Realizar o preparo prévio do canal utilizando com muito cuidado uma broca mutilaminada em toda extensão - Smear
layer proveniente deste tipo de broca melhora os valores de resistência de união quando se utiliza sistemas com
primer autocidionante.
2. Realizar o selamento do canal, o isolamento obturador endodôntico com Cavit ou Coltoso, para evitar o contato da guta-
percha com resina composta. Limpar com uma bolinha de algodão embebida em álcool todo o canal.
3. Secar bem a dentina, e aplicar esfregando o primer autocondicionante pelo tempo recomendado.
4. Remover o solvente com leve e constante jato de ar dentro do canal. Checar se toda água foi removida com cones de
papel absorvente, utilizar os cones até se tenha certeza que todo solvente foi removido, demonstrado pela ponta seca
do cone.
5. Aplicar o adesivo hidrófobo, seguido de um leve jato de ar para deixar a camada de adesivo delgada. Colocar mais uma
vez a ponta do papel absorvente para evitar excessos de adesivos.
6. Fotoativar por pelo menos 40 segundo. Checar com pontas de papel senão há adesivo não polimerizado, dentro do
canal, se houver o mesmo deve ser removido.
7. Pode também ser usado adesivos com condicionamento ácido, porém este se torna um pouco mais sensível a técnica
visto a dificuldade de controlar a umidade da dentina.
Etapa 2: Preparo do pinto estético (fibra de vidro) Seleção do pino compatível com o diâmetro do canal.
1. Limpeza do pino com ácido fosfórico por 10 segundo. Levar e secar o mesmo
2. Utilização do silano por 01 minuto, seguido de jato de ar para remover o solvente presente na solução
3. Aplicação de um adesivo hidrófobo seguido por jato de ar e fotoativação por 10 segundos de cada lado do pino

Etapa 3: Reconstrução interna do canal radicular


1. Lubrificação do canal radicular pré-hibridizado com um gel hidrossolúvel.
2. Colocar uma resina híbrida de cor clara, com as mãos protegidas com luvas e estas limpas em álcool, sobre o pino esrético já
tratado. A resina deve ser comprimida no pino no formato próximo ao do canal radicular.
3. O conjunto pino/resina composta é levado dentro do canal isolado com o gel, e introduzido totalmente como se fosse realizar
uma moldagem do canal. A parte coronária é então fotoativada por 05 segundos para estabilizar o material.
4. Remoção do conjunto pino/resina composta e fotoativação final do mesmo por pelo menos 40 segundos em duas direções
5. Antes de remover o gel o conjunto pino/resina é provado e ajustado dentro do canal
6. Limpeza com ácido fosfórico do conjunto e do canal radicular por 05segundos. Lavar e secar bem e checar dentro do canal
senão há excesso de água.

Etapa 4: Cimentação da reconstrução intracanal (Conjunto pino resina)


1. Para cimentação, selecionar um cimento resinoso, para cimentos de dupla polimerização ex.: variolink II - (Ivoclar vivadente) ou
rely x ARC (3M espe), apenas manipular a pasta base com a pasta catalisadora colocar no canal, levar o conjunto em posição,
e fotopolimerizar por 40 segundos cada face.
2. Para ciementos como bistie II (J. morita) ou panavia F (Kuraray) aplicar antes os primers recomendados pelo fabricante
seguidos de um leve jato de ar e não fotopolimerizar. O primer deste sistema auxilia na polimerização química do cimento. Após
a fixação fotoativar por 40 segundos por face.
Etapa 5: Reconstrução da parte coronária
1. Limpeza com ácido fosfórico da parte externa por 05 segundos e aplicação de adesivo hidrófobo, fotoativação e reconstrução
do núcleo com a mesma resina composta utilizada na reconstrução intracanal.
2. Acabamento e polimento do preparo e do núcleo

TURMA XXV
FIMCA
Dentística
• A P L I C A Ç Ã O C L Í N I C A D O S I S T E M A A D E S I V O •

Restauração direta - Utilização de um adesivo com primer auto condicionante em esmalte e dentina
1. Sobre a dentina seca, esfregar o primer autocondionante segundo o tempo recomendado por cada sistema. Para o sistema
Clearfill SE Bond o primer deve ser aplicado por 20 segundos e para o AdheSE 30 segundos.
2. Aplicar leve jato de ar constante por pelo menos 30 segundos para evaporar o solvente que serve como veículo para o primer.
3. Em seguida procede a colocação do adesivo hidrófobo (bond) seguido por um leve jato de ar para deixar a camada de adesivo
mais delgada.
4. Aplicação de uma camada de resina tipo flow em toda parede dentinária seguida pela fotoativação por 40segundos.
5. Utilização de uma resina composta híbrida colocada pela técnica incremental.
Restauração indireta - Fixação com cimento resinoso de uma cerâmica passível de condicionamento e silanização com alto
grau de translucidez.
Limpeza do preparo com pasta de pedra pomes misturada com clorexidina gel a 2%,
1. Condicionamento ácido do esmalte e da dentina. Iniciar sempre a aplicação pelo esmalte, e depois sobre a dentina. O
tempo de aplicação máxima para a dentina é de 15 segundos.
2. Lavar o ácido por pelo menos 30 segundos.
3. Remover excesso de água com uma bolinha de algodão hidrófilo colocado nas margens do preparo.
4. Aplicação em todo preparo de uma camada abundante de adesivo em frasco único. Ex de marcas comerciais: Excite
(Ivoclar Vivadent) e Adper Single Bond 2 (3M Espe).
5. Remoção do excesso de solvente, com a aplicação de um leve e constante jato de ar.
6. Fotopolimerização da camada de adesivo por pelo menos 10 segundos em duas direções (palatina e vestibular)
7. Mistura das pastas base e catalisadora e colocação do cimento dentro da coroa, seguido pelo posicionamento da
restauração
8. Remoção cuidadosa do excesso de cimento.
9. Retirada do fio afastador que funciona como uma dupla barreira evitando que não saia exsudato e não entre adesivo
no sulco.
10. Aplicação de um gel hidrosolúvel (liquid strip - ivoclar vivadent).
11. Fotopolimerização por 40segundos por face.
12. Cimentação do elemento finalizada.

Faceta com Resina composta e pino de fibra de vidro em dente escurecido amplamente destruído
1. Realizamos a moldagem do paciente. Com o modelo de estudo é realizado o enceramento com cera moldado para confecção
da barreira palatina;
2. Isolamento modificado do campo operatório com fio retrator
3. Preparo do pino com alargadores, após remoer a guta-percha no comprimento de trabalho, fazer o calculo, deve ter 4mm
aquém de guta-percha do ápice radicular. A desobstrução do canal é feito com a broca largo (de nº compatível com o canal
radicular).
4. Prova do pino de fibra,
5. Corte do pino da borda incisal (2mm aquém da borda incisal) corte com a broca refrigerada.
6. Utiliza a muralha palatina para prova o pino de vidro e verificar se está 2mm aquém da borda incisal.
7. Limpeza do pino de fibra com álcool
8. Silano - utilizar em torno do pino de vidro (aguardar 01 minuto)
9. Proteção dos dentes adjacentes
10. Condicionamento com ácido fosfórico 37% seguido de lavagem abundante
11. Secagem do conduto radicular com papel absorvente
12. Aplicação do adesivo âmbar com um microaplicador longo cavibrush
13. Remoção de excesso de adesivo após 20 segundos.
14. Jatos de ar e fotopolimerização
15. Cimento resino dentro do conduto - despreza o inicial
16. Imersão do pino
17. Remoção do excesso do cimento e fotopolimeriza.
18. Aplicação da resina composta dentina na muralha - utilizar resina translucida na incisal.
19. Adaptação da muralha palatina, ajuste na cavidade para realizada da camada palatina da restauração com a espátula, ajuste
e remover o excesso com a sonda explorador ou lâmina de bisturi nº12
20. Moldagem do dente com resina (mais camada de dentina do que esmalte)
21. Aplicação do opacificador pink opague creative color, fotopolimerizar e aplicar resina composta para esmalte incremento por
incremento e ir fotoativando.
22. É importante observar a anatomia dos dentes, as ameias gengivais, ameias cervical dando o contorno nas proximais.
23. Fotopolimerização final
24. Remoção de excesso de resina e polimento nas faces proximais com tira de lixa
25. Remoção de excesso na cervical com broca multilaminada
26. Ajuste incisal e da face vestibular com disco de lixa de granulação grossa
27. Pré polimento com disco de borracha de granulação média.
28. Remoção do fio retrator,
29. Confecção de sulcos horizontais com broca multilaminadas.
30. Suavização da textura superficial com polidor espiral
31. Inicio do polimento final com polidor espiral TURMA XXV
FIMCA
32. Uso de pasta diamantada diamond excel (FGM) e disco de feltro diamond flex (FGM)
Dentística
• S I S T E M A A D E S I V O •

• Aplicação Clínica dos sistemas adesivos


Restauração indireta - Fixação com cimento resinoso de uma cerâmica passível de
condicionamento e silanização com alto grau de translucidez.
OBS: material utilizado nesse passo a passo foi Empress 2(Ivoclar vivadent), sempre utilizar as recomendações do
fabricante

1. Limpeza do preparo com pasta de pedra pomes misturada com clorexidina gel a 2%,
2. Condicionamento ácido do esmalte e da dentina. Iniciar sempre a aplicação pelo esmalte, e depois sobre a dentina. O
tempo de aplicação máxima para a dentina é de 15 segundos.
3. Lavar o ácido por pelo menos 30 segundos.
4. Remover excesso de água com uma bolinha de algodão hidrófilo colocado nas margens do preparo.
5. Aplicação em todo preparo de uma camada abundante de adesivo em frasco único. Ex de marcas comerciais: Excite
(Ivoclar Vivadent) e Adper Single Bond 2 (3M Espe).
6. Remoção do excesso de solvente, com a aplicação de um leve e constante jato de ar.
7. Fotopolimerização da camada de adesivo por pelo menos 10 segundos em duas direções (palatina e vestibular)
8. Mistura das pastas base e catalisadora e colocação do cimento dentro da coroa, seguido pelo posicionamento da
restauração
9. Remoção cuidadosa do excesso de cimento.
10. Retirada do fio afastador que funciona como uma dupla barreira evitando que não saia exsudato e não entre adesivo
no sulco.
11. Aplicação de um gel hidrosolúvel (liquid strip - ivoclar vivadent).
12. Fotopolimerização por 40segundos por face.
13. Cimentação do elemento finalizada.

TURMA XXV
FIMCA
Centro Universitário Aparício Carvalho - FIMCA 2022

•FARMACOLOGIA•
Professores:
Flávio Martins,
Lawrency Gorayeb e
Pedro Ivo.

""seja a mudança que você quer


ver no mundo."
dalai lama
Farmacologia
• T E R A P I A M E D I C A M E N T O S A •

Frequência cardíaca, em repouso. Frequência Respiratória, em repouso.


• Idade bpm • Idade FR/min
Bebês 100-170 Bebês 30-40 1-
Crianças de 2-10 anos 70-120 2 anos 25-30
Crianças> 10 anos e adultos 60-100 2-8 anos 20-25
8-12 anos 18-20
Adultos 14-18

Classificação da pressão arterial em Adultos


• Categoria Pressão arterial sistólica (mmHG) Pressão arterial diastólica (mmHG)
Normal <120 e <80
Pré-Hipertensão 120-139 ou 80-89
Hipertensão (estágio 1) 140-159 ou 90-99
Hipertensão (estágio 2) >160 ou >100

• Indicações para a Sedação Farmacológica em Odontologia.


Quando o quadro de ansiedade aguda não for controlável apenas por meio de métodos não farmacológicos,
Nas intervenções mais invasivas (drenagem de abscessos, exodontia de inclusos, cirurgias periodontais,
perirradiculares ou implantodônticas, etc), mesmo em pacientes normalmente cooperativos ou que
aparentarem estar calmos e tranquilos.
No atendimento de pacientes portadores de doenças cardiovascular, asma brônquica ou com história de
episódios convulsivos, com a doenças controlada, com o objetivo de minimizar as respostas ao estresse
cirúrgico. Obs: é válido entrar em contato com o médico que trata do paciente, para troca de
informações e avaliação conjunta dos riscos e benefícios da sedação mínima por via oral ou inalatória.
Logo após traumatismo dentários acidentais, situações que requerem ponto atendimento, muitas vezes em
ambiente ambulatorial.

• Benzodiazepínicos de maior uso em odontologia


Nome genérico Início de ação (min) Meia-vida plasmática (h) Duração do efeito (h) Antes do Procedimento
Diazepam 60 20-50 12-24 60 min
Lorazepam 120 12-20 2-3 2h antes
Alprazolam 60 12-15 1-2 45-60min
Midazolam 30 1-3 1-2 30 min
Triazolam (sublingual) 30 1,7-5 1-2 20-30min
• Critérios de Escolha, dosagem e posologia: Devem ser considerados, como a idade e o estado físico do paciente, o tipo e a duração do procedimento,

• Benzodiazepínicos: Doses fixas para adultos e idosos e dosagem para crianças


Nome genéricos Doses usuais Adultos Doses usuais para Usuais para crianças
Diazepam 5-10 mg 5 mg 0,2-0,5 mg/kg
Lorazepam 1-2 mg 1 mg não é recomendado
Alprazolam 0,5 - 0,75 mg 0,25-0,5mg não é recomendado
Midazolam 7,5 - 15mg 7,5 mg 0,25 - 0,5 mg/kg
Triazolam (sublingual),1 0,125-0,25 mg 0,06 - 0,125 mg não é recomendado

TURMA XXV
FIMCA
Farmacologia
• A N E S T E S I A L O C A L •

• Características Gerais dos Anestésicos Locais


• Lidocaína
Anestésico local considerado padrão do grupo,
Devido a sua ação vasodilatadora, o que promove sua rápida eliminação do local da injeção, a duração da anestesia pulpar
é limitada a apenas 5-10minutos.
Quando associada a um agente vasoconstritor, proporciona entre 40-60 minutos de anestesia pulpar.
Tecidos moles, pode permanecer em torno de 120 - 150 minutos.
A lidocaína também é empregada na anestesia tópica, especialmente em pacientes com história de alergia aos ésteres.
É metabolizada no fígado e eliminada pelos rins,
Sua meia-vida plasmática é de 1,6horas.
Toxicidade: os níveis plasmáticos para o início de reações tóxicas são de 4,5 ml no SNC e de 7,5 ml no sistema
cardiovascular. A sobredosagem promove a estimulação inicial do SNC, seguida de depressão, convulsão e coma.

• Mepivacaína
Potência anestésica similar à da lidocaína,
Início de ação entre 1,5 - 2 minutos,
Produz discreta ação vasodilatadora. Por isso, quando empregada na forma pura, sem vasoconstritor (na concentração de
3%), promove anestesia pulpar mais duradoura do que a lidocaína (por até 20minutos na técnica infiltrativa e por 40
minutos na técnica de bloqueio regional).
Sofre metabolização hepática, sendo eliminada pelos rins,
Meia-vida plasmática de 1,9h
Toxicidade semelhante à da lidocaína.

• Prilocaína
Potência anestésica similar à da lidocaína,
Sua ação tem início entre 2-4minutos. Por sua baixa atividade vasodilatadora (50% menos que a da lidocaína), pode ser
usada sem vasoconstritor, na concentração de 4%.
É metabolizada mais rapidamente do que a lidocaína, no fígado e nos pulmões.
Eliminação renal
Meia-vida plasmática 1,6 horas.
Toxicidade: é recomendado maior cuidado no uso deste anestésico em pacientes com deficiências de oxigenação
(portadores de anemias, alterações respiratórias ou cardiovasculares).

• Articaína
Rápido início de ação, entre 1 - 2 minutos,
Potência 1,5 vezes maior do que a da lidocaína,
Possui baixa lipossolubilidade a alta taxa de ligação proteica.
É metabolizada no fígado e no plasma sanguíneo. Como a biotransformação começa no plasma, sua meia-vida plasmática
é mais curta do que a dos demais anestésicos ( ~40min), propiciando a eliminação mais rápida pelos rins. Por essas
características farmacocinéticas, a articaína reúne as condições ideais de ser o anestésico de escolha para o uso rotineiro
em adultos, idosos e pacientes portadores de disfunção hepática.
Importante: a presença de um anel tiofeno em sua estrutura química parece ser responsável pela maior difusão tecidual
infiltrativa, mesmo na mandíbula, dispensando assim o uso de técnicas anestésicas de bloqueio. ***Seu uso em técnicas de
bloqueio regional tem sido associado a um aumento na incidência de parestesia, provavelmente devido à concentração de
4% maior do que a dos demais anestésicos disponíveis no Brasil.
Toxicidade: É semelhante à da lidocaína.

TURMA XXV
FIMCA
Farmacologia
• A N E S T E S I A L O C A L •

• Características Gerais dos Anestésicos Locais


• Bupivacaína
Sua potência anestésica é 4 vezes maior do que a da lidocaína,
Por ser mais potente, sua cardiotoxicidade também é 4 vezes maior em relação à lidocaína. Por isso, é utilizada na
concentração de 0,5%
Ação vasodilatadora maior em relação à lidocaína, mepivacaína e prilocaína,
Quando associada à epinefrina, apresenta, em técnica de bloqueio do NAI, tempo de latência variando de 10-16min na região
MI e PMI.
Possui longa duração de ação. No bloqueio dos NAI e NL, produz anestesia pulpar por 4h e em tecidos moles, por até 12h
Meia-vida plasmática de 2,7h,
É metabolizada no fígado e eliminada pelos rins.
Após 24 h do procedimento, a bupivacaína promove aumento da concentração de prostaglandina E² (PGE²) no local da
aplicação, aumentando a intensidade da dor sentida pelo paciente.
Não é recomendada para paciente <12 anos.

• Benzocaína
Único anestésico do grupo éster disponível para uso odontológico no Brasil.
Empregada apenas como anestésico tóxíco ou de superfície.
Não deve ser empregada em indivíduos com história de hipersensibilidade aos ésteres.
Concentração de 20%,
Após aplicação por 2 minutos, promove anestesia da mucosa superficial (previamente seca), diminuindo ou eliminação a dor
à punção da agulha, especialmente na região vestibular, na região palatina essa ação é menos eficaz, da mesma forma que
no local de punção para o bloqueio dos nervos alveolar inferior e lingual.

• Vasoconstritores
• Epinefrina:
É o vasoconstritor mais utilizado em todo o mundo, devendo ser o agente de escolha para a quase totalidade dos procedimentos
odontológicos em pacientes saudáveis, incluindo crianças, gestantes e idosos. Melhor escolha é na concentração de 1:100.000,
• Norepinefrina:
Não apresenta vantagens sobre a epinefrina, tendo 25% da potência vasoconstritora desta. Ao contrário, a maioria dos relatos de
reações adversas devidas ao uso de vasoconstritores parece ter ocorrido com a norepinefrina, como cefaleia intensa, decorrente de
episódios transitórios de hipertensão arterial, assim como casos de necrose e descamação tecidual. Em função disso, seu uso em
odontologia está sendo cada vez mais restrito ou até mesmo abolido.,
• Corbadrina (Levonordefrina):
Tem somente 15% da ação vasopressora da epinefrina, sem nenhuma vantagem em relação a esta.
• Fenilefrina:
Na concentração empregada (1:2.500), pode promover vasoconstrição com duração mais prolongada. Em contrapartida, nos casos de
sobredosagem de fenilefrina (relativa ou absoluta), os efeitos adversos também são mais duradouros, como aumento PA e cefaleia na
região occipital. Não apresenta qualquer vantagem em relação à epinefrina.
• Epinefrina:
A vasoconstrição promovida pela felipressina é decorrente de sua ação sobre os receptores V1 da vasopressina, presente no músculo
liso da parede dos vasos sanguíneos, com ação muito mais acentuada na microcirculação venosa do que na arteriolar com ativação
da fosfolipase C e liberação de cálcio. Por tal motivo, tem valor mínimo no controle da hemostasia, o explica o maior sangramento
observado durante os procedimentos cirúrgicos, quando se empregam soluções que contêm esse vasoconstritor, em relação às que
contém epinefrina ou outros agentes simpatomiméticos.

• Principais soluções anestésicas locais disponíveis no Brasil, indicadas para uso odontológico.
Lidocaína 2% Prilocaína 3% Mepivacaína 2% Articaína 4% Bupivacaína 0,5%
Epinefrina Epinefrina Epinefrina
1:100.00 Felipressina 1:00.000 1:100.000 Epinefrina
ou 0,30 UI/mL Mepivacaína 3% ou 1:200.000
1:200.000 s/vasoconstritor 1:200.000
TURMA XXV
FIMCA
Farmacologia
• A N E S T E S I A L O C A L •

• Doses máximas para os anestésicos locais atualmente no Brasil


Anestésico Local Dose máx (por kg) Máx absoluto(independente do peso) Nºmáx de tubetes
Lidocaína 2% 4,4mg 300mg 8,3
Lidocaína 3% 4,4mg 300mg 5,5
Mepivacaína 2% 4,4mg 300mg 8,3
Mepivacaína 3% 4,4mg 300mg 5,5
Articaína 4% 7mg 500mg 6,9
Prilocaína 3% 6mg 400mg 7,4
Bupivacaína 0,5% 1,3mg 90mg 10

• Contraindicações do uso de epinefrina


Hipertensos (PA sistólica > 160 mmHg ou diastólica > 100 mmHg)
História de infarto agudo do miocárdio, com capacidade metabólica <6 MET (equivalentes metabólicos), sem liberação para
atendimento odontológico por parte do cardiologista.
Período < 6 meses após acidente vascular encefálico.
Cirurgia recente de ponte de artéria coronária ou colocação de stents.
Angina do peito instável (história de dor no peito ao mínimo esforço).
Certos tipos de arritmias cardíacas, apesar do tratamento adequado (p. ex., síndrome de Wolff-Parkionson-White)
Insuficiência cardíaca congestiva não tratada ou não controlada
Hipertiroidismo não controlado.
Feocromocitoma.
História de alergia a sulfitos (maior prevalência em asmáticos).
Pacientes que fazem uso contínuo de derivados das anfetaminas (femproporex, anfepramina, etc,), empregados nas "fórmulas
naturais" de regimes de emagrecimento, atualmente proscritos pela ANVISA, mas adquiridos por pacientes como produtos de
importação ilegal.
Usuários de drogas ilícitas (cocaína, crack, óxi, metanfetaminas, exstasy).

• Hipertireoidismo
Epinefrina 1:00.000 ou 1:200.000, podem ser empregadas em pacientes com a doença controlada,
respeitando o limite máximo de 02 tubetes anestésico por sessão.
Não controlado, não somente está contraindicado o uso soluções anestésicas em epinefrina, mas também o
próprio tratamento odontológico. Casos de urgência deverão ser atendidos em ambiente hospitalar, após
avaliação médica.
• Feocromocitoma
Doença rara, caracterizada pela presença de tumores benignos que produzem catecolaminas (epinefrina e
norepinefrina), localizados principalmente na medula das glândulas suprarrenais.
Da mesma forma que em portadores de hipertireoidismo não controlado, o tratamento odontológico não está indicado
em pacientes que apresentam feocromocitoma.
• História de alergia aos sulfitos
Podem estar incorporados como aditivos em alimentos e bebidas (ou mesmo em alguns medicamentos),
funcionando como estabilizantes ou conservantes para prevenir a contaminação dos mesmos.
As opções para anestesia nos pacientes alérgicos ao bissulfito de sódio sao a prilocaína 3% com felipressina
0,03UI/mL e a mepivacaína 3% com felipressina 0,03UI/mL e mepivacaína 3%(sem vaso constritor).

• Procedimentos de curta a média duração, que demandem tempo de anestesia pulpar >30min

Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000


Mepivacaína 2¢ com epinefrina 1:100.000
Articaína 2% com epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000
Prilocaína 3% com felipressina 0,3UI/mL.

**No caso de procedimentos em que haja necessidade de controle do sangramento, a escolha deve recair nas soluções que contenham epinefrina 1:100.000 e a
felipressina na concentração de 1:200.000 e a felipressina (principalmente esta) não promovem hemostasia tão efetiva. Evitar bloqueios com o uso das
soluções de articaína

• Procedimentos muito invasivos ou de maior tempo de duração

Intervenções na maxila: Bloqueio Regional - Lidocaína 2% ou mepivacaína 2% com epinefrina 1:100.000


Técnica infiltrativa: Articaína 4% com epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000
Intervenções na mandíbula: Bloqueio regional - Lidocaína 2% ou mepivacaína 2% com epinefrina 1:100.000
**Os bloqueios regionais na mandíbula podem ser complementadas pela infiltração de articaína 4% com epinefrina 1:200.000 TURMA XXV
FIMCA
Farmacologia
• P R E V E N Ç Ã O E C O N T R O L E D A D O R •

• Regimes analgésicos para uso na clínica odontológica


Analgesia preemptiva: Tem início antes do estímulo nocivo, ou seja, previamente ao trauma tecidual. Neste regime, são empregados
fármacos que previnem a hiperalgesia, que pode ser complementada pelo uso de anestésicos locais de longa
duração.
Analgesia preventiva: O regime tem início imediatamente após a lesão tecidual, porém antes do início da sensação dolorosa. Em termos
práticos, a primeira dose do fármaco é administrada ao final do procedimento (com o paciente ainda sob os efeitos
da anestesia local), seguida pelas doses de manutenção no pós-operatório, por curto prazo.
Analgesia perioperatória:O regime é iniciado antes da lesão tecidual e mantido no período pós-operatório imediato. A justificativa para isso
é de que os mediadores pró-inflamatórios devem manter-se inibidos por um tempo mais prolongado, pois a
sensibilização central pode não ser prevenida se o tratamento for interrompido durante a fase aguda da
inflamação.

• Classificação dos AINEs mais utilizados na clínica com base na seletividade sobre a cicloxigenase-2
Inibidores não seletivos
Ibuprofeno, cetoprofeno, diclofenaco, cetorolaco, piroxicam e tenoxicam .
oara a COX-2:
Inibidores seletivos
para a COX-2: Etoricoxibe, celecoxibe, meloxicam e minesulida

• Duração do tratamento:
A dor decorrente de procedimentos odontológicos cirúrgicos eletivos perdura, em geral, por um período de 24horas, com o pico de intensidade sendo atingido entre
6 a 8 h pós-cirúrgicas. Da mesma forma o edema inflamatório atinge seu ápice após 36 h do procedimento.
Com base nesse conceito, a duração do tratamento com os AINEs deve ser estabelecida por um período máximo de 48 a 72 h.
Se o paciente acusar dor intensa e exacerbação do edema após esse período, o profissional deverá suspeitar de alguma complicação de ordem local e agendar
uma nova consulta para consulta para reavaliar o quadro clínico.
Portanto, nos procedimentos odontológicos cirúrgicos eletivos ou nos casos de dor já instalada (desde que a causa tenha sido removida), não há evidências
cientificas que justifiquem a prescrição dos AINEs de forma crônica (4, 5 dias ou mais).

• Principais AINEs empregados na clínica odontológica, em adultos.


Nome genérico Dose Intervalos entre as doses de manutenção
Cetorolaco (sublingual) 10 mg 8h
Diclofenaco Potássio 50 mg 8-12 h
Ibuprofeno 400-600mg 8-12h
Nimesulida 100 mg 12 h
Cetoprofeno 150 mg 24 h
Piroxicam 20 mg 24 h
Tenoxicam 20 mg 24 h
Meloxicam 15 mg 24 h
Celecoxibe 200mg 12-24 h
Etoricoxibe 60-90 mg 24 h

• Importante:
O uso concomitante dos AINEs com certos anti-hipertensivos pode precipitar uma elevação brusca da pressão arterial sanguínea.
Deve-se evitar a prescrição dos inibidores da COX a pacientes com história de infarto do miocárdio, angina ou stents nas artérias coronárias, pelo risco aumentado de trombose,
especialmente em idosos.
Todo os AINEs podem causar retenção de sódio e água, diminuição da taxa de filtração glomerular e aumento da pressão arterial sanguínea, particularmento em idosos.
Em resumo, o bom senso recomenda que, no atendimento de pacientes com doença cardiovascular, disfunção hepática ou alterações renais, o CD deve trocar informações com o
médico para avaliar o risco/benefício da prescrição dos AINEs* em geral.

• Nomes genéricos, doses e intervalos usuais, para adultos, dos analgésicos mais empregados na clínica
Nome genérico Dose Intervalos entre as doses de manutenção
Dipirona 500mg a 1 g 4h
Paracetamol 500 - 750 mg 6h
Ibuprofeno 200 mg 6h
Paracetamol 500mg de paracetamol 6h
associado à codeína + 30mg de codeína
Tramadol 50 mg 8h

TURMA XXV
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Farmacologia
• P R E V E N Ç Ã O E C O N T R O L E D A D O R •

• Antibióticos comumente empregados por via oral, em adultos


Antibiótico Dose de manutenção Intervalo usual
Penicilina V 500mg 6h
Ampicilina 500 mg 6h
Amoxicilina 500mg ou 875mg 8h ou 12h
Metronidazol 250mg ou 400mg 8h ou 12h
Amoxicilina + clavulanato K 500mg +125mg 8h
Cefalexina 500mg 6h
Eritromicina 500mg 6h
Claritromicina 500mg 12h
Azitromicina 500mg 24h
Clindamicina 300mg 8h

• Duração do tratamento:
Gravidez: As penicilinas, as cefalosporinas, estearato de eritromicina, a azitromicina e a clindamicina são antibióticos considerados seguros para uso clínico em
pacientes grávidas. As tetraciclinas e o estolato de eritromicina são contraindicados em qualquer período da gestação, enquanto o metronidazol deve ser evitado
apenas no 1º trimestre da gravidez.
Idade: A idade do paciente pode alterar a farmacocinética dos antibióticos. As dosagens para crianças são similares às dos adultos, devendo ser ajustadas de
acordo com o peso corporal. Os pacientes idosos podem apresentar diversas alterações funcionais degenerativas, requerendo normalmente funcionais
degenerativas, requerendo normalmente uma redução nas doses ou um aumento dos intervalos com os antibióticos primariamente excretados pelos rins, como é o
caso das penicilinas e das cefalosporinas.
Disfunções renais: Podem limitar a excreção de muitos antibióticos, o que às vezes obriga a redução das doses ou o aumento do intervalo entre as mesmas. As
penicilinas, a clindamicina e o metronidazol podem ser usados com precaução. As cefalosporinas só devem ser empregadas após troca de informações com o
nefrologista. As tetraciclinas estão contraindicadas na presença de doença renal.

• Causas de insucessos da antibiocoterapia:


Falta de erradicação da fonte da infecção;
Escolha inapropriada do fármaco (os microrganismo não são suscetíveis)
Falha no cálculo da dosagem (propiciando concentrações sanguíneas muito baixas),
Antagonismo entre antibióticos (pode ocorrer quando se associa um bactericida a um bacteriostático),
Emergência de microrganismos resistentes (superinfecções e seleção de bactérias resistentes),
Infecção com taxa de crescimento bacteriano muito baixa (para que possam agir, as penicilinas e as cefalosporinas requem microrganismos em divisão).
Fatores locais desfavoráveis (diminuição do pH ou da tensão tissular de oxigênio).
Vascularização limitada ou diminuição do fluxo sanguíneo do lacol (devido a corpos estranhos, implantes dentários ou sequestros ósseos).
Resistência às infecções está diminuída (sistema imune deficiente por doença ou uso de medicamentos imunossupressores),
Falta de adesão ao tratamento (o paciente não obedece às orientações quanto aos horários de tomada do medicamento ou duração do tratamento)
Custo do tratamento (o paciente não possui condições financeiras para adquirir o medicamento).

• Profilaxia Cirúrgica
Para prevenir a contaminação de uma área estéril,
Quando a infecção é remota, mas associada a uma alta taxa de morbidade,
Em procedicmentos cirúrgicos associados a altas taxas de infecção,
Na implantação de material protético.

• Profilaxia de infecção à distância:


**O Uso profilático de antibióticos para prevenir infecções à distância, em pacientes que apresentem certas condições de risco.
Paciente com determinadas cardiopatias que podem predispor à endocardite infecciosa (EI);
Portadores de próteses ortopédicas recentemente implantadas (com as seguintes condições, que podem aumentar o risco potencial de infecção articular por via
sanguínea: Imunocomprometimento devido a artropatias inflamatórias, artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico, irradiação ou uso de imunossupressores,
diabetes tipo I, subnutrição, hemofilia, primeiros dois anos após a colocação de prótese total articular, história prévia de infecção articulares
Pacientes imunocomprometidos (indivíduos com baixa contagem de leucócitos granulócitos <1.000/mm³) ou que apresentam alterações metabólicas importantes,
como o diabtes (não controlado),

Prescrição de medicamentos

TURMA XXV
FIMCA
Farmacologia
• P R O T O C O L O S F A R M A C O L Ó G I C O S N A S E S P E C I A L I D A D E S
O D O N T O L Ó G I C A S • C I R U R G I A A A A A A A A A A

Cirurgia Bucal
Exodontias por via alveolar (unitárias ou múltiplas) e pequenas cirurgias de tecidos moles.
Expectativa do operador: Desconforto ou dor de intensidade leve no período pós-operatório.
Cuidados pré-oporatórios: Remoção de cálculos grosseiros e de placa dentária por meio de raspagem e aplicação de jato
de bicarbonato de sódio (ou com o auxílio de pedra-pomes e taça de borracha).
Sedação mínima: Considerar para pacientes cuje ansiedade e apreensão não podem ser controladas por métodos não
farmacológicos. Administrar midazolam 7,5mg ou alprazolam 0,5mg, 30min antes do atendimento.
Antissepsia intrabucal: Orientar o paciente a bochechar vigorosamente com 15mL de uma solução aquosa de digluconato
de clorexidina 0,12%, por ~1min
Antissepsia extrabucal: Solução aquosa de digluconato de clorexidina 2%.
Analgesia preventiva: Administrar dipirona 500mg a 1 g (20 - 40 gotas) ao término da intervenção, ainda no ambiente do
consultório. Prescrever as doses de manutenção, com intervalos de 4h, por um período de 24h pós-
operatórias. Caso a dor persista, orientar o paciente para que entre em contato com o dentista e
receba novas orientações ou compareça ao consultório. O paracetamol 750mg (a cada 6h) ou o
ibuprofeno 200 mg (a cada 6h) são analgésicos alternativos no caso de intolerância à dipirona.
Exodontias por via não alveolar (ostectomia e odontossecção) e cirurgias pré-protéticas com descolamento tecidual
extenso, remoção de dentes inclusos e/ou impactados.
Expectativa do operador: Dor moderada a intensa, acompanhada de edema inflamatório e limitação da função
mastigatória.
Cuidados pré-oporatórios: Remoção de cálculos grosseiros e de placa denária por meio de raspagem e aplicação de jato
de bicarbonato de sódio (ou com o auxílio de pedra-pomes e taça de borracha.
Sedação mínima: Considerar para pacientes cuje ansiedade e apreensão não podem ser controladas por métodos não
farmacológicos. Administrar midazolam 7,5mg ou alprazolam 0,5mg, 30min antes do atendimento.
Profilaxia antibiótica Não é necessária para a grande maioria dos pacientes imunocompetentes. Pode ser indicada quando há
sistêmica: relato de história prévia de pericoronarite. Nesse caso, administrar 1g de amoxicilina, 1h antes da
intervenção. Clindamicina 300mg para alérgicos à penicilina,
Antissepsia intrabucal: Orientar o paciente a bochechar vigorosamente com 15mL de uma solução aquosa de digluconato
de clorexidina 0,12%, por ~1min
Antissepsia extrabucal: Solução aquosa de digluconato de clorexidina 2%.
Analgesia perioperatória: Prescrever 4-8mg de dexametasona (1-2 comprimidos de 4mg), a serem tomados 1h antes da
intervenção. Administrar 1 g (40 gotas) de dipirona sódica imediatamente após o final do
procedimento. Prescrever 500mg (20 gotas) a cada 4h, pelo período, prescrever nimesulida 100 mg
por via oral ou cetorolaco 10 mg sublingual, a cada 12h, pelo período máximo de 48h.
Cuidados pós-operatórios: Orientar a higienização do local, por meio de escovação cuidadosa. Orientar o paciente a
bochechar 15 mL de uma solução aquosa de digluconato de clorexidina 0,12%, pela manhã e à noite,
até a remoção da sutura (~5-4dias)
Cuidados pré-operatórios: 1. Não tome bebidas alcoólicas no dia agendado para a cirurgia,
2. Alimente-se sem restrições quanto ao tipo de alimento, porém moderadamente,
3. Evite praticar exercícios físicos exagerados no dia da intervenção
4. Coloque uma roupa de forma a ficar confortável,
5. Quando indicada, tome a medicação no horário estabelecido pelo dentista
6. Chegue ao consultório 1/2h antes da hora marcada, com um acompanhante,
7. Se vier de automóvel, seu acompanhante deverá dirigi-lo

Cuidados pós-operatórios: 1. Faça repouso o maior tempo possível, nos primeiros três dias,
2. Ao deitar, mantenha a cabeça num plano mais alto que o restante do corpo,
3. Evite atividades físicas e exposição ao sol durante 5 dias
4. Evite falar muito,
5. Não deixe de se alimentar, preferindo uma alimentação líquida ou pastosa (sucos de frutas, sorvetes cremosos, caldos e sopas
após resfriar), fracionada a cada 2-3h.
6. Tome agua à vontade, pois a hidratação é um cuidado importante,
7. Não faça movimentos de sucção, como tomar líquidos com ajuda de um canudo,
8. Evite alimentos que possam ferir a área operada.
9. Mantenha a compressa de gaze colocada sobre a ferida por 15min, para depois removê-la cuidadosamente,
10. Não toque o local da ferida com os dedos ou qualquer objeto. Evite colocar a língua sobre a ferida.
11. Algum sangramento poderá ocorrer neste período. Manchas de sangue poderão ser observadas no travesseiro, ao acordar.
12. Não fique cuspindo por qualquer motivo.
13. Escova os dentes normalmente, tomando cuidado com a área operada
14. Escove o dorso da língua.
15. Empregue a solução antisséptica de acordo com a orientação dada pelo dentista.
16. Se for fumante, tente não fumar ou ao menos reduza a quantidade de cigarros até a cicatrização do corte,
17. Não tome bebidas alcoólicas de nenhuma espécie.
18. Siga corretamente as orientações contidas na receita.
19. Não tome nenhum medicamento por conta própria
20. No caso de dor, edema ou sangramento excessivo, comunique-se com o dentista para as orientações necessárias
21. Não deixe de comparecer à consulta de retorno para a remoção dos pontos TURMA XXV
FIMCA
Farmacologia
• •P R
COOT
MOPC
LOI CLAOÇSÕ E
FSA RPMÓASC- O
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I CS A N
S AAS M EB SUPL EACTI O
ARL II A
D IASD E• S
O D O N T O L Ó G I C A S •

• Alveolite - Osteíte alveolar "Alveolo dentário vazio, recoberto por uma camada amarelo-acinzentada de detritos e tecido

Cirurgia Bucal
necrótico. Paciente relata dor intensa e pulsátil no local da intervenção, os sintomas inicia de 3 a 5
dias após a exodontia"
Exame Clínico: Observa restos do coágulo necrosado, sendo que muitas vezes o osso alveolar está exposto, o que justifica a
intensidade da dor. O acúmulo de resto alimentares na região, pela dificuldade de higienização, proporciona
odor fético e o paciente reclama de gosto desagradável
Protocolo de tratamento da alveolite:
1. Anestesia local por meio de bloqueio regional, evitando-se infiltrar a solução anestésica ao redor do alvéolo dentário. A
solução de bupivacaina 0,5% com epinefrina 1:200.000 é uma opção interessante para essa finalidade, por promover maior
duração da anestesia dos tecidos moles (7h, em média) e maior período sem dor após a intervenção clínica.
2. Irrigar o alvéolo abundantemente com fisiológica estéril
3. Com uma cureta de Lucas, inspecionar cuidadosamente o alvéolo, removendo corpos estranhos que porventura não
extravasaram após a irrigação.
4. Fazer nova irrigação com solução fisiológica e, em seguida, com uma solução de digluconato de clorexidina 0,12%
5. Não usar sutura de qualquer tipo.
6. Orientar o paciente quanto aos cuidados pós-operatórios:
- Alimentação fria, líquida ou pastosa, hiperproteica
- Evitar bochechos nas primeiras 24h
- Lavar a boca cuidadosamente (sem bochechar) com uma solução de digluconato de clorexidina 0,12%, a cada 12h, para
evitar o acúmulo de placa dentária.
- Evitar esforço físico e exposição prolongada ao sol, pelo período de 3 dias
7. Prescrever dipirona (500mg a 1g) a cada 4h, pelo período de 24h
8. Agendar consulta para reavaliação do quadro clínico, após 48h, ou antes, caso a dor não tenha sido aliviada.
9. Acompanhar a evolução do quadro até a alta do paciente.
*** Quando a dor não é suprimida pelas medidas descritas, recomenda-se repetir os procedimentos de irrigação.
Se isso ainda não resolver, deve-se anestesiar e curetar rigorosamente todas as paredes do alvéolo dentário e manter a
higienização com solução de digluconato de clorexidina 0,12%, a cada 12h
• Nesses casos refratários, pode-se aplicar uma pasta medicamentosa no interior do alvéolo, manipulada em farmácias,
reduz a dor e interfere minimamente no processo de reparo alveolar. (composição: metronidazol 10%, lidocaína2%,
• essẽncia de menta e lanolina ou carboximetilcelulose)
Procedimento para aplicação:
1. Isolar o campo e secar cuidadosamente o alvéolo dentário com gaze estéril,
2. Por meio de uma seringa descartável de 3mL com agulha 40x12, preencher todo o alvéolo com a pasta medicamentosa
3. Solicitar ao paciente para morder uma gaze sobre o local, sem muita pressão, por 10-15min.
****Nas alveolites com a presença de exsudato purulento, o uso de antibióticos somente é indicado se houver
sinais de disseminação local ou manifestações sistêmicas do processo, como linfadenite, febre, difiuldade de
deglutição, etc.

• Pericoronarite "Por serem mais comuns, as pericoronarites de terceiros molares mandibulares parcialmente erupcionados
foram tomadas como modelo"
1. Anestesia local, pela técnica de bloqueio regional dos nervos alveolar inferior e lingual, seguida de infiltração no fundo
de saco gengival (fórnix), para anestesia do Nervo bucal. Considerar o uso de uma solução anestésica à base de
bupivacaína 0,5% com epinefrina 1:200.000, que proporciona um maior período sem dor após a intervenção clínica. Nada
impede, entretanto, o emprego de outra base anestésica, associada à epinefrina.
2. Remover os depósitos grosseiros de cálculo e placa dentária, por meio de cuidadosa instrumentação das áreas
envolvidas, supra e subgengival, limitando-a de acordo com a tolerância do paciente, já que muitas vezes não se consegue
uma anestesia adequada da área inflamada em toda a sua extensão.
3. Irrigar abundantemente o local com solução fisiológica estéril e, em seguida, com uma solução de digluconato de
clorexidina 0,12%.
4.Orientar o paciente com relação aos cuidados de higiene bucal, enfatizando a importância do controle de placa para que
a doença não apresente recidiva e possa evoluir para a cura. Para isso, prescrever bochechos com 15mL de uma solução
de digluconato de clorexidina 0,12%, não diluída, a cada 12h, por uma semana.
5. Para o alívio da dor, prescrever dipirona (500mg a 1g) com intervalos de 4h, pelo período de 24h. Se a dor persistir,
prescrever um AINE (p. ex., nimesulida 100mg ou cetorolaco 10 mg por via sublingual, a cada 12h).
6. Agendar consulta para reavaliação do quadro clínico, após um período de 24-48h.
7. Acompanhar a evolução do quadro, até a alta do paciente.
8. Na persistência ou agravamento dos sintomas, instituir o tratamento complemenyar com antibióticos.

TURMA XXV
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Farmacologia
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MOPC
LOI CLAOÇSÕ E
FSA RPMÓASC- O
C LI RÓ ÚG RI CG O
I CS A N
S AAS M EB SUPL EACTI O
ARL II A
D IASD E• S
O D O N T O L Ó G I C A S •

• Pericoronarite "IMPORTANTE: Quando o quadro se encontra bastante evoluído, com presença de sinais de disseminação local e

Cirurgia Bucal
de manifestações sistêmicas da infecçã (dor espontânea, edema, limitação de abertura bucal, linfadenite e até
mesmo febre, se faz necessário o de antibiótico."
Protocolo de tratamento da alveolite: • Regime preconizado para adultos: Amoxicilina 500 mg a cada 8h +
Metronidazol 250 mg a cada 8h
• Alérgicos às penicilinas ou com intolerâncias ao metronidazol:
Claritromicina 500mg a cada 12h ou Clindamicina 300mg a cada 8h
Duração do tratamento: Inicialmente por um período de 03 dias, antes de 72h reavaliar o quadro clínico. Com bae na
remissão dos sintomas, manter ou não a terapia antibiótica. Em geral, o tratamento dificilmente irá
ultrapassar o período de 05 dias.
***Casos avançados de pericoronarite, com a presença de celulite considerável, disfagia (dificuldade de deglutição),
anorexia (falta de apetite) e mal-estar geral, devem ser encaminhados aos cuidados de um cirurgião bucomaxilofacial.

• Hemorragia "Extravassamento abundante e anormal de sangue, que pode ser precipitado por fatores locais ou enfermidades
sistêmicas como a hipertensão arterial não controlada e discrasias sanguíneas como a hemofilia,
trombocitopenias, anemias ou leucemias, entre outras."
Protocolo de atendimento nas hemorragias:
1. Manter a calma, para transmitir segurança ao paciente.
2. Anestesiar, preferencialmente por meio de bloqueio regional, empregando solução de lidocaína 2% ou mepicacaína 2%
com epinefrina 1:100.000,
3. Limpar a área por meio de irrigação com soro fisiológico,
4. Remover a sutura quando presente,
5. Tentar localizar o ponto de sangramento ou avaliar se a hemorragia é difusa,
6. Comprimir, tamponando o local com auxílio de uma gaze e aguardar por 5min, aspirando sempre para evitar a
deglutição de sangue.
7. Avaliar a pressão arterial sanguínea, pos as medidas locais de hemostasia podem não ser eficazes em pacientes com
pressão arterial sistólica muito elevada.
8. Conter o sangramento com medidas locais: compressão de vasos intraósseos, correção de lacerações de tecido mole e
suturas oclusivas. Tamponar o alvéolo com esponja de gelatina absorvível (gelfoam*) ou cera óssea.
9. Em caso de melhora do sangramento, orientar o paciente a "morder" uma gaze sobre o local, mantendo-o sob
observação por 15min.
***Se a hemorragia for controlada:
• 10. Dispensar o paciente, orientando-o a manter uma gaze comprimida sobre o local por mais 15min,
11. Prescrever dieta liquida e fria, hiperproteica,
12. Recomendar os cuidados para se evitar esforço físico, exposição demasiada ao sol e bochechos de qualquer espécie
durante 48h.
13. Marcar o retorno após 5-7 dias, para remoção de sutura,
14. Manter contato com o paciente para avaliar a evolução do quadro.
***Se o sangramento persistir:
• 1.Suspeitar de algum problema de caráter sistêmico,
2. Encaminhar imediatamente para avaliação médica e de um cirurgião bucomaxilofacial, em ambiente hospitalar.

• Parestesia
Prevenção: 1. Se o paciente sentir um "choque elétrico" durante a aanestesia, movimentar a agulha para fora do local onde o
anestésico estava sendo injetado.
2. Evitar o uso da articaína 4% nas técnicas anestésicas de bloqueio regional.
Cuidados: 1.Dar atenção ao paciente, informando-o de que a parestesia é uma complicação em geral temporária, embora,
raramente, possa ser definitiva.
2. Por meio de estímulos mecânicos, avaliar a extensão e a profundidade da parestesia a cada 15-20 dias, anotando no
prontuário clínico, para acompanhar a evolução e resolução do problema, que pode levar semanas ou meses.

• Enfisema
Clinicamente: 1. Apresenta-se como um inchaço facial súbito durante o procedimento dentário.
2. O aumento volumétrico pode rapidamente atingir a região orbital e "fechar o olho" do paciente.

Tratamento: Consiste em antibioticoterapia e, eventualmente uso de analgésicos, além de observações e acompanhamento diário.
O antibiótico é prescrito em função das bactérias poderem ser introduzidas no tecido junto com o ar comprimido.
Os sintomas perduram por 3-10 dias.
Se o paciente começa a relatar dificuldade respiratória, deve ser encaminhado para um hospital, para
avaliação e cuidados médicos.
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• Abscessos do periodonto - Protocolo farmacológico

Periodontia
Medicação pré-operatória: Indicação precisa do uso de antibióticos, deve-se considerar que a microbiota envolvida nos
abscessos periodontais inclui os estreptococos do grupo viridans e bactérias anaeróbias estritas
gram-negativas, similar á detectada nas bolsas periodontais profundas. Isso dá suporte ao uso da
amoxicilina, devendo-se iniciar o tratamento com dose de ataque de 1g, administrada 30-45 min
antes da anestesia e do início do procedimentos de drenagem. Para os alergicos às penicilinas,
prescrever claritromicina 500mg ou clindamicina 600mg.
Sedação mínima: em função do tipo e do tempo de duração do procedimento e das condições emocionais do paciente, deve-
se considerar a sedação por meio do uso oral de midazolam 7,5mg ou alprazolam 0,5mg, administrado
concomitantemente com a medicação antibiótica (30-45min antes).
Antissepsia intrabucal: fazer o paciente bochechar vigorosamente 15mL de uma solução aquosa de digluconato de
clorexidina ,12% por 1 min.
Antissepsia extrabucal: solução aquosa de digluconato de clorexidina 2%

Medicação pós-operatória: Amoxicilina 500mh a cada 8h. Para alérgicos às penicilinas, claritromicina 250 ou 500mg, a cada 24h,
ou ainda clindamicina 300mg, a cada 8h.
Duração do tratamento: a prescrição das doses de manutenção do antibiótico deve ser feita inicialmente por um período de 3
dias. Antes de completar as primeiras 72h de tratamento, reavaliar o quadro clínico. Se houver
evidências clínicas que demonstrem que os sistemas de defesa do hospedeiro reassumiram o controle
da infecção, o tratamento pode ser interrompido, caso contrário, deverá ser mantido por mais tempo,
raramente ultrapassando o período de 5dias.
Analgesia preventiva: Logo após o final do procedimento, administrar 1g de dipirona e prescrever 500mg a cada 4h, pelo
período de 24h. O ibuprofeno 200mg ou o paracetamol 750mg são analgésicos alternaticos no caso
de intolerância à dipirona (intervalor de 6h para ambos).
Outros cuidados pós-operatŕios: :
Orientar a higienização do local, por meio de escovação cuidadosa. Fazer bochechar com 15mL de uma solução aquosa de
digluconato de clorexidina 0,12%, pela manhã e à noite, até a cicatrização do corte (~5-7 dias).

• Periodontite associada com lesão


Medicação pré-operatória: Indicação precisa do uso de antibióticos, deve-se considerar que a microbiota envolvida nos
abscessos periodontais inclui os estreptococos do grupo viridans e bactérias anaeróbias estritas
gram-negativas, similar á detectada nas bolsas periodontais profundas. Isso dá suporte ao uso da
amoxicilina, devendo-se iniciar o tratamento com dose de ataque de 1g, administrada 30-45 min
antes da anestesia e do início do procedimentos de drenagem. Para os alergicos às penicilinas,
prescrever claritromicina 500mg ou clindamicina 600mg.
Sedação mínima: em função do tipo e do tempo de duração do procedimento e das condições emocionais do paciente, deve-
se considerar a sedação por meio do uso oral de midazolam 7,5mg ou alprazolam 0,5mg, administrado
concomitantemente com a medicação antibiótica (30-45min antes).
Antissepsia intrabucal: fazer o paciente bochechar vigorosamente 15mL de uma solução aquosa de digluconato de
clorexidina ,12% por 1 min.
Antissepsia extrabucal: solução aquosa de digluconato de clorexidina 2%

Medicação pós-operatória: Amoxicilina 500mh a cada 8h. Para alérgicos às penicilinas, claritromicina 250 ou 500mg, a cada 24h,
ou ainda clindamicina 300mg, a cada 8h.
Duração do tratamento: a prescrição das doses de manutenção do antibiótico deve ser feita inicialmente por um período de 3
dias. Antes de completar as primeiras 72h de tratamento, reavaliar o quadro clínico. Se houver
evidências clínicas que demonstrem que os sistemas de defesa do hospedeiro reassumiram o controle
da infecção, o tratamento pode ser interrompido, caso contrário, deverá ser mantido por mais tempo,
raramente ultrapassando o período de 5dias.
Analgesia preventiva: Logo após o final do procedimento, administrar 1g de dipirona e prescrever 500mg a cada 4h, pelo
período de 24h. O ibuprofeno 200mg ou o paracetamol 750mg são analgésicos alternaticos no caso
de intolerância à dipirona (intervalor de 6h para ambos).
Outros cuidados pós-operatŕios: :
Orientar a higienização do local, por meio de escovação cuidadosa. Fazer bochechar com 15mL de uma solução aquosa de
digluconato de clorexidina 0,12%, pela manhã e à noite, até a cicatrização do corte (~5-7 dias).

• Periodontite associada com lesão endodôntica- Protocolo farmacológico


Tratamento: O tratamento endodôntico convencional, associado à terapia periodontal básica, pode restaurar a função nos
casos de perda severa dos tecidos de suporte dentário que ocorre ns lesões endo-pério. O uso de antibióticos
não traz grande contribuição para a resolução do problema, a não ser que o processo infeccioso apresente
sinais de disseminação local, cujo protocolo é o mesmo que o indicado no tratamento dos abscessos TURMA XXV
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• Doenças periodontais necrosantes - Protocolo farmacológico

Periodontia
"IMPORTANTE: Os aspectos do tratamento da GUN e da PUN são semelhantes. Os pacientes infectados pelo HIV,
rotineiramente, não respondem ao tratamento convencional com raspagem e melhora nos cuidados de higiene bucal.
Tratamento: 1. Anestesia local infiltrativa submucosa, preferencialmente com articaína 4% associada a epinefrina
1:100.000 OU 1:200.000, por sua melhor difusibilidade.
2. Remoção dos depósitos grosseiros de placa e cálculo dentário, por meio de instrumentação suave e
cuidadosa das áreas envolvidas, não indo além do limite de tolerância do paciente. Tanto quanto
possível, a instrumentação deve ser supra e subgengival. Pode ser usado o ultrassom com irrigação
abundante.
3. Após a instrumentação, irrigar com solução fisilógica (cloreto de sódio 0,9%), para a remoção de
coágulos e outros detritos.
4. Prescrever bochechos com 15mL de uma solução de digluconato de clorexidina 0,12%, não diluída, a cada
12h, por uma semana.
5. Reforçar a orientação quanto aos cuidados de higiene bucal e controle de placa.
6. Para o alívio da dor, prescrever dipirona 500mg a 1g, com intervlados de 4h, pelo período de 24h. O
ibuprofeno 200 mg ou o paracetamol 750 mg são analgésicos alternativos no caso de intolerância à
dipirona (intervalos de 6h para ambos).
7. Agendar consulta de retorno após 24 ou 48h, para reavaliação do quadro.
8. Na presença de dor intensa, acompanhada de linfadenite, febre e mal-estar geral, o uso adjunto do
metronidazol parece ser efetivo para a melhora dos sintomas e para a promoção do reparo tecidual
mais rápido. A dose é de 250 mg a cada 8h ou 400mg a cada 12h, pelo período de 3-5 dias.
9. Após o alívio dos sintomas agudos, planejar o tratamento definitivo, por meio da raspagem e alisamento
radicular e do controle rígido de placa dentária. É importante ressaltar que a causa mais comum de
insucesso do tratamento das doenças periodontais necrosantes é interrupção prematura da terapia
após a remissão dos sintomas.
• Doenças periodontais necrosantes - Protocolo farmacológico
"IMPORTANTE: O objetivo principal é modificar a microbiota subgengival presente nos sítios comprometidos pela doença. A
instrumentação mecânica (raspagem e alisamento radicular), combinada ou não com cirurgia, constitui-se na base da terapia.
Tratamento:*** recomendações da AAP:
1. A terapia periodontal incial deve incluir debridamento mecânico radicular, seguido por cirurgia de acesso
se necessário,
2. Os antibióticos podem ser prescritos com base na necessidade de futuros tratamento clínicos, nos
achados dos testes microbiológicos, no estado sistêmico atual e na medicação de uso contínuo de que o
paciente faz uso.
3. A resposta clínica deve ser avaliada 1-3 meses após o término da terapia mecânica. Se a doença
periodontal aparenta estar progredindo ou a inflamação ainda não foi resolvida, um exame
microbiológico da microbiota subgengival pode ajudar a determinar a presença e a quantidade de
patógenos remanescentes.
4. Se o exame clínico indicar que tudo está em ordem, 1-3 meses após a terapia antibiótica sistêmica, outro
teste microbiológico pode ser necessário para verificar a eliminação dos "pátogenos-alvo" subgengivais
e rastrear a presença de possíveis microrganismo associados às superinfecções. Níveis subgengivais
significativos de espécies de Streptococcus virdans, Actinomyces e Veillonella são sugestivos de
saúde periodontal ou doença mínima
5. Após a resolução da infecção periodontal, o paciente deve ser inserido em um programa individual de
manutenção. O controle da placa supregengival na fase de tratamento de suporte da doença
periodontal pode auxiliar a previnir a recolonização de patógenos periodontais. A recorrência doença
progressiva requer um imediato teste microbiológico e subsequente terapia antibiótica contra os
microrganismos identificados..
• Periodontites Agressivas
"IMPORTANTE: seja localizadas (<30% de sítios afetados) ou generalizadas (>30% de sítios afetados), na grande maioria das
vezes, estão associadas à presença do Agggatibacter actinomycetemcomitans (Aa)
Tratamento: 1. Os regimes mais comumente utilizados associam a amoxicilina 375mg ou 500mg com metronidazol
250mg, a cada 8h, pelo período de 7 dias.
2. Para os pacientes com história de alergia às penicilinas ou intolerância ao metronidazol, é recomendado
o uso da doxiciclina 100mg, em dose única diária, pelo período de 14-21 dias, tempo mínimo necessário
para que sejam obtidos níveis ideais do antibiótico no fluído do sulco gengival.

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• Periodontites Crônica "IMPORTANTE: O uso indiscriminado de antibióticos no tratamento das periodontites crônicas não deve
ser estimulado, pela possibilidade de seleção de espécies resistentes, além de outros efeitos adversos

Periodontia
inerentes ao uso desses medicamentos. Portanto, o uso adjunto de antibióticos deve ser limitado
somente aos pacientes que exibem uma perda contínua de suporte periodontal, a despeito da terapia
mecânica,

• Regimes antibióticos empregados no tratamento das periodontites crônicas.


Antibiótico Dose e posologia para adultos
Metronidazol 500mg a cada 8h, por 8 dias
Clindamicina 300mg a cada 8h, por 8 dias
Doxiciclina ou minociclina 100-200 mg a cada 24h, por 21 dias
Ciprofloxacina 500mg a cada 12h, por 8 dias
Azitromicina 500mg a cada 24h, por 4-7 dias
Metronidazol + Amoxicilina 250mg de cada fármaco, a cada 8h, por 8 dias
Metronidazol + Ciprofloxacina 500mg de cada fármaco, a cada 12h, por 8 dias.

Cirurgias periodontais eletivas


•Aumento da coroa clínica, cunha distal e gengivectomia localizada
Expectativa do operador: Desconforto ou dor de intensidade leve no período pós-operatório.

Cuidados pré-operatórios: Remoção de cálculos grosseiros e de placa dentária por meio de raspagem e aplicação de jato de
bicarbonato de sódio (ou com o auxílio de pedra-pomes e taça de borracha).
Sedação mínima: Considerar para pacientes cuja ansiedade e apreensão não podem ser controladas por métodos não
farmacológicos. Administrar 1 comprimido de midazolam 7,5 mg ou alprazolam 0,5mg, 30-45 min antes do
atendimento.
Profilaxia antibiótica sistêmica: não é necessária ou recomendada.

Antissepsia intrabucal: Orientar o paciente a bochechar vigorosamente com 15mL de uma solução aquosa de digluconato de
clorexidina 0,12%, por ~1 min,
Antissepsia extrabucal: Solução aquosa de digluconato de clorexidina 2%
Analgesia preventiva: Administrar dipirona 500mg a 1g (20 - 40gotas) ao término da intervenção, ainda no ambiente do
consultório. Prescrever as doses de manutenção, com intervalos de 4h, por um período de 24h pós-
operatórias. Caso a dor persista, orientar o paciente para que entre em contato com o dentista e receba
novas orientações ou compareça ao consultório. O paracetamol 750mg (a cada 6h) ou o ibuprofeno
200mg (a cada 6h) são analgésicos alternativos no caso de intolerância à dipirona.

• Cirurgias de acesso para instrumentação e cirurgias de reconstrução tecidual estética


Expectativa do operador: Dor moderada a intensa, acompanhada de edema inflamatório e limitação da função mastigatória.

Cuidados pré-operatórios: Remoção de cálculos grosseiros e de placa dentária por meio de raspagem e aplicação de jato de
bicarbonato de sódio (ou com o auxílio de pedra-pomes e taça de borracha).
Sedação mínima: Considerar para pacientes cuja ansiedade e apreensão não podem ser controladas por métodos não
farmacológicos. Administrar 1 comprimido de midazolam 7,5 mg ou alprazolam 0,5mg, 30-45 min antes do
atendimento.
Profilaxia antibiótica sistêmica: As cirurgias periodontais apresentam baixo risco de infecção pós-operatória, desde que sejam
obedecidos os princípios de técnica cirúrgica e o protocolo de assepsia e antissepsia. Em pacientes
imunocompetentes e não suscetíveis às infecções à distância, o uso profilático de antibiótico não deve
ser recomendado de forma rotineira. É sugerida a administração de 1g de amoxicilina (ou
clindamicina 600mg, aos alérgicos às penicilinas), 1h antes da intervenção. ***quando for necessário.
Antissepsia intrabucal: Orientar o paciente a bochechar vigorosamente com 15mL de uma solução aquosa de digluconato de
clorexidina 0,12%, por ~1 min,
Antissepsia extrabucal: Solução aquosa de digluconato de clorexidina 2%
Analgesia Prescrever 4-8mg de dexametasona (1-2 comprimidos com 4mg), para serem tomados 1h antes da intervenção.
perioperatória: Administrar 1g de dipirona imediatamente após o final do procedimento. Prescrever 500mg a cada 4h, pelo
período de 24h. Caso a dor persista após esse período, prescrever nimesulida 100mg por via oral ou cetorolaco
10mg sublingual, a cada 12horas, pelo período máximo de 48h.
Cuidados pós-operatórios: Orientar a higienização do local, por meio de escovação cuidadosa. Fazer bochechar 15mL de uma
solução aquosa de digluconato de clorexidina 0,12% pela manhã e à noite, até a
remoção da sutura (~5-7 dias) TURMA XXV
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Procedimentos eletivas

Endodontia
•Tratamento endodônticos de dentes permanentes (com polpa viva ou necrosada), assintomáticos,
cuja anatomia não ofereça maiores dificuldades para a instrumentação
"Pós-operatório, quando acusar certo desconforto ou dor leve a moderada, que pode ser prevenida e controlada com o
uso exclusivo de um analgésico."
1º Opção: Dipirona sódica - 500mg a 1g
2º Opção: Alternativas, ibuprofeno 200mg ou paracetamol 750mg

• Regime de analgesia preventiva: Administrar a primeira dose logo após o término do atendimento, antes de cessarem os
efeitos da anestesia local. Prescrever as doses de manutenção com intervalos de 4h para
dipirona (6h para o ibuprofeno ou paracetamol), por um período de 24h,

• Tratamento ou retratamentos endodônticos de dentes permanentes, assintomáticos, quando existem


complexidades anatômicas em razão de atresias, curvaturas, presença de nódulos pulpares ou
calcificações que dificultam a instrumentação dos canais radiculares.
"é recomendável lançar mão da analgesia perioperatória, ou seja, o regima analgésico terá início antes do estímulo lesivo,
com o objetivo de prevenir a hiperalgesia e a consequente amplificação da dor inflamatória aguda, sendo mantido nas
primeiras 24-48h após a instrumentação."

Pŕé-operatório: Dexametasona 4mg (1 compr.) ou betametasona 4mg (2compr. de 2mg). Administrar dose única, ~30-45
antes do atendimento. **** Caso ocorra alguma intercorrência na instrumentação que não foi prevista,
podemos ter como opção, da administração, por via sublingual, de um comprimido de cetorolaco de
trometamina 10mg, que propicia ótimo efeito analgésico, com rápido início de ação.

Procedimentos de urgência
• Pulpites irreversíveis sintomáticas.
"O tratamento requer o pronto alívio da dor, que invariavelmente está presente, de forma espontânea."

Controle da ansiedade: A sedação mínima por meios farmacológicos deve ser considerada, pois a dor aumenta a apreensão
e o temor por parte do paciente, tornando-o menos cooperativo. O ideal seria empregar a técnica de
inalação da misura de óxido nitroso e oxigênio, pelo rápido início de ação. A sedação oral com
midazolam 7,5mg ou alprazolam 0,5mg requer ~30 min para que os efeitos do fármaco se
manifestem.
Técnica de anestesia com cerca de 95% de sucesso**** seria a técnica de anestesia intraóssea. por ser uma técnica
que rompe a cortical óessa vestibular e deposita a solução anestésica local diretamente no osso medular.
Medicação pós-operatória: Dipirona 500mg a 1g, a cada 4h, pelo período de 24h (primeira dose administrada no
consultório). Paracetamol 750mg ou ibuprofeno 200mg são analgésicos alternativos no caso de
intolerância à dipirona (intervalos de 6h para ambos).
Seguimentos: Após 24h, obter informações do paciente com relação à remissão dos sintomas. Caso a dor ainda persista (o
que é raro, se todos esses passos forem sugeridos), agendar consulta para reavaliação do quadro clínico.

• Necroses pulpares sem envolvimento periapical.


Dipirona 500mg (20gotas) a cada 4h, pelo período de 24h (primeira dose administrada ainda no
Medicação pós-operatória:
ambiente do consultório). Paracetamol 750mg ou ibuprofeno 200mg são analgésicos alternativos
no caso de intolerância à dipirona (intervalos de 6h para ambos). A prescrição de antibióticos
não está indicada nessas situações.
Acompanhamento: Após 24h, obter informações do paciente com relação à presença de dor ou de flare-uo(dor intensa
acompanhada de edema da face), complicação esta cada vez mais rara quando o tratamento
endodôntico é feito por especialistas experientes (1,5-2% dos casos).

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Necroses pulpares com envolvimento periapical

Endodontia
• Periodontites apicais agudas (pericementites)
Sem envolvimento (p. ex., por trauma oclusal, em geral devido a procedimentos restauradores): o tratamento consiste,
pulpar: unicamente, no ajuste oclusal do elemento envolvido e na prescrição de analgésico (dipirona, ibuprofeno
ou paracetamol).

Com envolvimento O paciente chega ao consultório com boca entre-aberta e relata a sensação de dente "crescido"
pulpar (extrusão dental). Geralmente a dor espontânea é modreada e suportável, no entanto, é severa ao mínimo
toque do dente antagonista, quanto mais pela percussão.

• Medicação pré-operatória: Administrar 2-4mg de dexametasona ou betametasona, por via oral.


• Medicação pós-operatória: Dipirona 500mg a 1g (20-40gotas) a cada 4h, pelo período de 24h (primeira dose administrada
ainda no ambiente do consultório). Paracetamol 750mg ou ibuprofeno 200mg são analgésicos
alternativos no caso de intolerância à dipirona) intervalos de 6h para ambos). A prescrição de
antibiótico não está indicada nessas situações.
• Seguimento: Após 24h, obter informações do paciente quanto à remissão ou exacerbação dos sintomas. Em caso positivo,
agendar nova consulta para se avaliar a necessidade de intervenção clínica e/ou mudança da prescrição
medicamentosa.

• Abscessos apicais agudos


"A dor de caráter espontâneo, severa e contínua aliada ou não ao aumento de volume na região apical do dente
envolvido, é um sinal e sintoma frequente de abscesso apical agudo."

• Tratamento: Deve ser direcionado à descontaminação do local. Em primeiro lugat, deve-se tratar o efeito (o abscesso), para
numa segunda etapa tratar a causa (o dente), que é o reservatório das bactérias. A eliminação da coleção
purulenta consiste em estabelexer uma via de drenagem que depende, fundamentalmente, da localização do
abscesso.

• Abscessos Intraósseos: Inicialmente, a formação da coleção purulenta ocorre na região periapical, circunscrita ao ápice
radicular, e o acesso para drenagem é pela via do canal radicular. Após a abertura coronária, a
"drenagem via canal" pode ocorrer de forma espontânea ou após a descontaminação progressiva do
canal radicular e a ampliação do forame apical, por meio de lima endodôntica de maior calibre.
Inicialmente, o pus concentra abaixo do periósteo e, posteriormente, ao romper esta barreira, abaixo do
• Abscessos
subperiósteos ou tecido epitelial mucoso, provocando um aumento significativo de volume no fundo de sulco (flutuação).
submucosos: Nesses casos, a drenagem da coleção purulenta é sempre cirúrgica, obtida pela incisão dos tecidos moles
com auxílio de bisturi, seguida da colocação de um dreno, com objetivo de preservar a via de escape da
coleção purulenta por mais tempo. No caso de abscessos localizados, com pequeno volume de pus, nem
sempre é necessária a colocação de um dreno cirúrgico.

• Abscessos "fênix": _ São formados em decorrência da reagudização de um processo periapical crônico intraósseo (granuloma
ou cisto). Sua principal característica é apresentar dor espontânea severa e contínua, sem aumento de
volume e assintomática à palpação na região do fundo de sulco gengival. Sua prevalência é maior na
mandíbula. O diagnóstico diferencial com o abscesso intraósseo inicial é feito por meio de radiografia
periapical, que mostra a presença da lesão. O tratamento é cirúrgico, através de incisão dos tecidos moles e
trefinação da cortical óssea vestibular. A remoção do dreno e a descontaminação do sistema de canais
radiculares (segunda etapa do tratamento)devem ser feitas somente após a resolução da fase aguda, que
se dá entre 48-72h.
Uso de medicamentos no tratamento dos abscessos

Deve ser considerada para aumentar a cooperação do paciente, tornando mais rápidos os procedimentos
• Sedação mínima:
de descontaminação local. Administrar um comprimido de midazolam 7,5mg ou alprozolam 0,5mg.
Enquando se aguarda o início dos efeitos do ansiolítico ( ~30min), providenciar o instrumental e materiais
necessários para execução das duas etapas do tratamento.
Pacientes portadores de doenças metabólicas (p. ex., diabetes) ou imunossuprimidos podem requerer o uso
• Quando
prescrever os complementar de antibióticos no tratamento de abscessos, mesmo localizados. O uso de antibióticos é
antibióticos?: recomendado (como complemento da descontaminação local) quando os abscessos são acompanhados de
sinais locais de disseminação (limitação da abertura bucal, linfadenite, celulite) e manifestações sistêmicas
da infecção (febre, taquicardia, falta de apetite e mal-estar geral), que indicam ao profissional que os
sistemas de defesa do paciente não estão conseguindo, por si só, controlar o processo infeccioso.

TURMA XXV
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• Abscessos apicais agudos • Uso de medicamentos no tratamento dos abscessos

Endodontia
Dose inicial de ataque dos antibióticos (para adultos ou crianças com peso corporal >30kg)

Abscessos apicais em fase inicial - Amoxicilina 1g

Pacientes com história de alergia às penicilinas -Claritromicina 500 mg


Abscessos apicais em fase avançada - Amoxicilina 1g + metronidazol 250mg

Pacientes com história de alergia às penicilinas -Claritromicina 600 mg

• Drenagem cirúrgica do abscesso, passo a passo:


1. Antissepsia intrabucal e extrabucal com solução aquosa de digluconato de clorexidina 0,12% e 2%, respectivamente.
2.Anestesia: sempre que possível, fazer o bloqueio regional com soluções anestésicas que contenham epinefrina.
3. Fazer a incisão ( ~1-1,5 cm), com uma lâmina de bisturi nº15.
4. Introduzir uma pinça hemostática (fechada no corte, retirando-a aberta, para divulsionar os tecidos. No caso dos
abscessos submucosos, com ponto de "flutuação" evidente, essa divulsão é mais superficial. Nos casos de abscessos
subperiósticos, a divulsão dos tecidos é feita até que haja resistência óssea, para promover o completo esvaziamento da
coleção purulenta.
5. Irrigação abundante do local da incisão com solução fisiológica estéril.
6. Dependendo da localização do abscesso e do volume da coleção purulenta, há necessidade de colocação de um dreno
cirúrgico (tira de lençol de borracha de 10 x1 cm, ou tudo de polietileno).
7. Com o auxílio de porta-agulhas e fio 4-0 ou 5-0, já montado em agulha atraumática, fazer um ponto simples para manter
o dreno cirúrgico preso à mucosa oral
8.Dispensar o paciente, recomendando uma dieta líquida ou semilíquida, hiperproteica, agendando uma consulta de retorno
após 48-72h
• Medicação pós-operatória:
Dipirona 500mg a 1g ou ibuprofeno 200mg ou paracetamol 750mg. Tomar a primeira dose ao final dos efeitos da anestesia
local, repetindo o procedimento a cada 4 h(para dipirona) ou 6 h (ibuprofeno ou paracetamol), nas primeiras 24 h pós-
operatórias.
• Doses de manutenção/duração do tratamento com antibióticos:
A duração do tratamento dependerá do curso da infecção. A prescrição deverá ser realizada por um período de 3 dias. Uma
nova consulta deve ser agendada antes de completar as primeiras 72h de antibiocoterapia. ***O único parâmetro confiável
para interromper a terapia antibiótica das infecções agudas é a remissão dos sinais e sintomas clínicos.
• Doses de manutenção dos antibióticos

(para adultos ou crianças com peso corporal >30kg)

Abscessos apicais em fase inicial - Amoxicilina 500mg a cada 8h

Pacientes com história de alergia às penicilinas -Claritromicina 500 mg a cada 12h


Abscessos apicais em fase avançada - Amoxicilina 500mg + metronidazol 250mg, a cada 6h

Pacientes com história de alergia às penicilinas -Claritromicina 250mg a cada 12h ou


Clindamicina 300mg a cada 8h

• Microcirurgias perirradiculares
•Cuidados pré-operatórios: 1-2 dias antes da intervenção, remover cálculos grosseiros e placa dentária por meio de raspagem e
aplicação de jato de bicarbonato de sódio (ou com o auxílio de pedra-pomes e taça de borracha).
Orientar sobre medidas domiciliares de higiene bucal para controle do índice de placa.

•Controle da ansiedade: Considerar a sedação mínima por meio da administração oral de um benzodiazepínico (p. ex., midazolam
7,5mg ou alprazolam 0,5mg) - 1 comprimido 30min antes do atendimento.
•Profilaxia antibiótica cirúrgica: Em pacientes imunocompetentes, não há necessidade do uso sistêmico de antibióticos.
Orientar o paciente a bochechar vigorosamente com 15mL de uma solução aquosa de digluconato de
•Antissepsia intrabucal:
clorexidina 0,12%, por ~1min..
•Antissepsia extrabucal: Solução aquosa de digluconato de clorexidina 2%
•Analgesia preventiva: Ao final do procedimento, administrar 1g de dipirona e prescrever 500 mg a cada 4h, pelo período de 24h.
O ibuprofeno 200mg ou o paracetamol 750mg são analgésicos alternativos no caso de intolerância à
dipirona (intervalos de 6h para ambos)

• Cuidados pós- Orientar a higienização do local, por meio de escovação cuidadosa. Orientar a bochechar 15mL de uma solução
operatório: aquosa de digluconato de clorexidenia 0,12%, pela manhã e à noite, até a remoção da sutura
( ~5-7 dias). TURMA XXV
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•Úlcera aftosa recorrente (UAR) ou Afta

Doenças de tecidos moles da boca e dos lábios


´
• Estratégicas de cunho farmacológico para o tratamento da UAR

Nome comercial e apresentação Princípio ativo e característica Modo de usar


- Acetonido de triamcinolona Aplicar pequena quantidade sobre as lesões
Omcilon-A em Orabase
Tubo com 10g Corticosteroide em base emoliente, sem esfregar, até formar uma película fina.
contendo carboximetilcelulose, que A aplicação deve ser feita preferencialmente
permite a adesão prolongada à mucosa durante a noite, a fim de permitir o contato
oral e uma ação mecânica protetora do medicamento com a lesão durante o
das úlceras. repouso. Dependendo da severidade dos
sintomas, pode ser necessário aplicar o
preparado 2-3 vezes ao dia, após as
refeições.

-Solução aquosa contendo um polímero -Embeber um cotonete com a solução, sem


Albocresil solução
frasco com 12mL acidificante do ácido excesso, e aplicar no local da lesão, em
metacresolsulfônico. Caracteriza-se por pequenos toques, por 1min, duas vezes ao
seu elevado grau de acidez (pH 0,6). Não dia, após as refeições. Como a solução é
agride o tecido sadio coagulado, irritante, alguns pacientes podem se queixar
removendo de modo seletivo apenas o de leve ardência.
tecido necrosado da superfície ulcerada

Spray - aplicar trẽs nebulizações a cada 4h.


Hexomedine colutório -Hexamidina + tetracaína Solução - fazer bochechar três vezes ao dia
Solução ou spray com 15mL da solução (uma colher de sopa),
na forma pura ou diluída em água.

Cepacaína colutório
Solução ou spray -Benzocaína + cloreto de cetilpiridínio idem ao anterior

Flogoral colutório
-Cloridrato de benzidamina idem ao anterior
Solução ou spray

Fórmula magistral -Lidocaína (gel) 2%, digluconato de Aplicar no local afetado, antes e após as
(manipulação) clorexidina 0,125 (solução aquosa), refeições.
solução viscosa de anis q.s.p. (50mL)

Fórmula magistral -Propionato de clobetasol 0,05% Aplicar pequena quantidade do gel nas
(manipulação) Gel para uso odontológico áreas afetadas, uma a duas vezes ao dia,
até a remissão das úlceras

Três comprimidos de 5mg, às 8h:00, nos três


Prednisona -Comprimidos de 5 mg
primeiros dias. No quarto e quinto dias,
reduzir para 2 comprimidos, e no sexto e
último dia, 1 comprimido.

• Estomatite herpética primária "O tratamento da EHP consiste basicamente, no alívio dos sintomas, em especial a dor."

Paracetamol "gotas" 200 mg/mL ou ibuprofeno solução oral 50mg/mL. Regra prática: 1gota/kg de peso, com intervalos de 6h,

sem ultrapassar 4doses diárias.
• Dieta líquida ou pastora, hiperproteica (sopas, cremes, mingaus, etc).
• Evitar ingerir alimentos ácidos como laranja, limão ou abacaxi e alimentos com sal à superfície para evitar a dor.
• Fazer repouso.
• Herpes labial recorrente
"As modalidades terapêuticas já propagadas servem apenas para tentar minimizar o período e
a extensão das manifestações."
Aciclovir é um agente antiviral específico contra os vírus-DNA, que bloqueia a enzima DNA polimerase, impedindo a duplicaçõ

viral e revelando-se eficaz contra os HSVs- 1 e 2. Pode ser Administrado em forma de tópica ou via oral.
• Via Oral, o aciclovir 200mg, 5 vezes ao dia, por 5 dias, reduz a duração de tempo de cura até a perda das crostas por ~1dia (7
versus 8 dias), porém não altera a duração da dor ou o tempo para a cura completa
• Fanciclovir, também pode ser administrada via oral, em duas doses diárias em um mesmo dia. TURMA XXV
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• Candidose

Doenças de tecidos moles da boca e dos lábios


• Fatores locais e sistêmicos associados às candidoses bucais
Fatores locais do hospedeiro Fatores sistêmicos do hospedeiro
Uso de próteses Idade avançada
Redução do fluxo salivar Distúrbios metabólicos (p.ex., diabetes)
Uso de corticosteroides por Imunossupressão (p. ex., aids, transplantados)
meio de inalação Deficiência nutricional
Tratamento com antibióticos de largo espectro.

´
• Antifúngicos empregados no tratamento das candidoses bucais

Nome genérico Apresentação Modo de usar


- Suspensão oral 100.000 UI/mL Fazer bochechar com 5-10mL (500.000-
Nistatina
(Aplicação tópica) Frasco com 50 mL 1.000.000 UI), 4 vzs ao dia, por 7-14 dias,
retendo a solução na boca por 1-2min antes
de iniciar o bochecho. Após o bochecho,
pode-se deglutir a solução.
***Por apresentar sabor desagradável, a
nistatina pode causar náuseas e vômito
ao ser deglutida. Nesse tipo de paciente,
orientar para que não degluta a solução.

-Gel em bisnaga com 40g - Aplicar sobre a área afetada, com o auxilio
Miconazol
(Aplicação tópica) de uma gaze enrolada no dedo, 3 vezes ao
dia, por 7-14 dias.

Cetoconazol -Comprimidos 200 mg 1 comprimido ao dia, por 7-14 dias.


(uso sistêmico)

Fluconazol -Cápsulas 200mg 50-100 mg ao dia, por 7-14 dias.


(uso sistêmmico)

Itraconazol -Cápsulas 100mg 1 cápsula ao dia, por 14 dias.


(uso sistêmico)

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• Gestante ou Lactntes

Pacientes com necessidades especiais


• Protocolo para a anestesia local em gestantes, nos procedimentos eletivos e nas urgências odontológicas
Programar preferencialmente para o 2º trimestre de gestação.
Lidocaína 2% com epinefrina 1:00.00 ou 1:200.000

Urgências (DOR ou INFECÇÃO).


Intervir em qualquer período da gestação.

• Gestação Normal.
Lidocaína 2% com epinefrina 1:00.00 ou 1:200.000

• Gestação com história de anemia


Lidocaína 2% com epinefrina 1:00.00 ou 1:200.000
• Gestação diabéticas ou com hipertensão arterial controlada
Lidocaína 2% com epinefrina 1:00.00 ou 1:200.000

• Gestação com hipertensão arterial não controlada*


*Avaliar risco/benefício do atendimento ambulatorial junto ao médico.
Prilocaína 3% com felipressina ou mepivacaína 3% sem vasoconstritor
• Gestação com hipertensão não controlada e história de anemia
Mepivacaína 3% sem vasoconstritor

• Princípios para uso de medicamentos nas lactantes


Avaliar a necessidade da terapia medicamentosa. Considerar o ajuste da dose, sem perder o efeito da
medicação. A troca de informações com o pediatra é sempre recomendada.
Preferir fármacos já estudados e seguros para as crianças, que sejam pouco excretados pelo leito materno. Por
exemplo, optar pelo paracetamol em vez do ácido acetilsalicílico; penicilinas em vez de quinolonas.
Evitar as associações, preferindo as formas puras dos medicamentos (p. ex., paracetamol em vez de preparadas
contendo paracetamol + ácido acetilsalicílico + cafeína).
Evitar a prescrição ou administração de fármacos de ação prolongada, dificultando a excreção pelo lactente (p.
ex., na sedação mínima, por via oral, optar pelo midazolam em vez do diazepam; na anestesia local, preferir a
lidocaína em vez da bupivacaína).
Programar o horário de administração do fármaco à mãe, evitando que o período de concentração máxima no
sangue e no leite materno coincida com o horário da amamentação. Em geral, a exposição do lactente ao
fármaco pode ser diminuída se o mesmo for empregado pela mãe imediatamente antes ou após a
amamentação.
Orientar a mãe para observar a criança em relação aos possíveis efeitos colaterais da medicação: alteração do
padrão alimentar, hábitos de sono, problemas gastrintestinais, etc.
Sob supervisão médica, orientar a mãe para retirar seu leite com antecedência e estocá-lo em congelador (no
máximo por 15dias), para alimentar o bebê no caso de interrupção temporária da amamentação.

• Pacientes ASA II - Hipertensão no Estágio 1. Pressão arterial controlada ou situada nos limites de até
160/100mmHg, assim aferida no dia da consulta
Pode ser submetido a procedimentos odontológico de caráter efetivo ou de urgência
Avalie a existência de outras alterações sistêmicas associadas (cardiovasculares, diabetes, insuficiência renal).
Planeje sessões curtas de atendimento, preferencialmente na segunda parte do período da manhã (entre as 10-12h). No
caso de procedimentos mais prolongados, monitore a PA durante a intervenção.
Prescreva um benzodiazepínico (ex., midazolam 7,5mg) como medicação pré-anestésica, para evitar o aumento da
pressão arterial por condições emocionais. Como alternativa, pode ser empregada a sedação mínima pela inlação da
mistura de óxido nitroso e oxigênio.
Empregue soluções contendo felipressina 0,03 UI/mL (associada à prilocaína 3%) ou epinefrina nas concentrações
1:200.000 ou 1:100.000 ( em associação à lidocaína 2% ou articaína 4%). Dê preferência para as soluções com menor
concentração do vasoconstritor.
Tenha cuidado redobrado para evitar injeção intravascular e para não ultrapassar o limite máximo de 2 tubetes
anestésicos contendo epinefrina 1:100.00, ou 04 tubetes com epinefrina 1:200.000, por sessão de atendimento. O limite
máximo para a felipressina é de 03tubetes.
Para o controle da dor pós-operatória, dê preferência à dipirona ou paracetamol. Evite o uso de anti-inflamatórios não
esteroides. TURMA XXV
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Pacientes com necessidades especiais


• Pacientes ASA II - Hipertensão no Estágio 2. Pressão arterial atingindo níveis >160/100mHg, mas ainda sem
ultrapassar 180/110mmHg
Os procedimentos odontológicos eletivos estão contraindicados. Encaminhe o paciente para avaliação médica e controle
da pressão sanguínea arterial.
Nas urgências odontológicas (p. ex., pulpites, pericementites e abscessos), cuja intervenção não pode ser postergada, a
conduta mais importante é o pronto alívio da dor, que é conseguido por meio da anestesia local e da remoção da causa.
Para isso, empregue uma solução de prilocaína 3% com felipressina (máximo de 2-3 tubetes). É importante que o
procedimento seja realizado de forma rápida (máximo de 30min) e sob sedação (pela via oral com midazolam ou pela
inalação da mistura de óxido nitroso e oxigênio), para evitar a elevação ainda maior da PA pelo estresse operatório.
Atenção: Alguns pacientes podem necessitar de atendimento em ambiente hospitalar, por apresentarem
adicionalmente outras alterações sistêmicas, que aumentam o risco do atendimento odontológico. Dentre essas
alterações, podem ser citadas: insuficiência cardíaca congestiva, arritmias cardíacas, história prévia de infarto
agudo do miocárdio ou acidente vascular encefálico, e diabetes, na presença do qual pode haver infarto agudo
do miocárdio sem o sinal clássico de dor no peito.

• Pacientes ASA III - Hipertensão Severa, "ASSINTOMÁTICA". Pressão arterial em níveis >180/110 mmHg, mas ainda
sem apresentar sintomas.
Todo e qualquer procedimento odontológico está contra indicado. No caso das urgências odontológicas, o atendimento deverá
ser feito em ambiente hospitalar, após avaliação médica e redução da pressão arterial para níveis mais seguros.
Atenção: A administração de medicamentos anti-hipertensivos para o controle da hipertensão arterial é uma
competência médica. Portanto, o CD não deve empregar tais medicamentos em sua consultório, na tentativa de
baixar a pressão arterial do paciente e prosseguir o tratamento odontológico, mesmo em casos de urgência.

• Pacientes ASA III - Hipertensão Severa, "SINTOMÁTICA". Pressão arterial sistólica >180mmHg ou diastólica
>110mmHg, na presença de sinais e sintomas como dor de cabeça, alterações visuais, sangramento nasal ou gengival
espontâneo e dificuldade respiratória.

Providencie serviço móvel de urgência e solicite avaliação médica imediata.


A intervenção odontológica de urgência só poderá ser feita em ambiente hospitalar, após a redução da PA para níveis seguros, a
critério médico

• Doença cardíaca isquêmica: protocolo de atendimento.

Na consulta inicial, investigue a frequência das crises de angina do peito ou o tempo decorrido desde o infarto do miocárdio, se
for o caso. Avalie a pressão arterial sanguínea e o pulso carotídeo. Anote todos os medicamentos de que o paciente faz uso e os
horários das tomadas.
Entre em contato com o cardiologista para ser informado sobre as atuais condições cardiovasculares do paciente. De sua parte,
informe o tipo de tratamento que irá realizar, com a previsão de duração e os fármacos que pretende empregar.
Se o paciente estiver fazendo uso de um vasodilatador coronariano, argumente como o cardiologista sobre a conveniência de se
administrar uma dose profilática de dinitrato de isossorbida 2,5-5mg (Isordil), por via sublingual, 1-2min antes do início do
atendimento.
Pacientes que fazem uso contínuo de anticoagulantes como a varfarina devem ter a RNI avaliada preferencialmente em período
<24h antes de procedimento que causem sangramento, para evitar o risco de hemorragia. Em pacientes que apresentem RNI
estável, é aceitável a avaliação da RNI em um período de até 72h antes do procedimento. Em alguns casos, o médico poderá
decidir pela substituição da varfarina por heparina.
Considere a sedação mínima por via oral com midazolam 7,5mg, alprazolam 0,5mg ou lorazepam 1mg. Caso o paciente já esteja
fazendo uso de medicação ansiolítica por indicação médica, avalie os devidos ajuste na posologia, se necessário.
Planeje sessões curtas (30-40min), agendadas preferencialmente na segunda parte do período da manhã (a partir das 10h), pois
a maior incidência de eventos cardiovasculares acontece ao despertar e ao iniciar as atividades do dia, com pico por volta das 9h.
A anestesia local deve ser indolor, em injeção lenta, após aspiração negativa, com profundidade e duração adequadas. Para os
bloqueios regionais, empregue pequenos volumes de uma solução de lidocaína 2% com epinefrina 1:200.00 ou prilocaína 3% com
felipressina 0,03 UI/ML. Na técnica infiltrativa, use articaína 4% com epinefrina 1:200.000.
Monitorize a pressão arterial e a frequência cardíaca durante o procedimento, se possível por meio de um monitor digital de
pulso.
Oriente os cuidados pós-operatória para o controle efetivo da dor. Dê preferência aos corticosteroides e aos analgésicos como a
dipirona ou o paracetamol, nas doses habituais. Evite o uso de anti-inflamatórios não esteroides.
Pacientes com implantação recente de stents (até 30dias) podem ser candidatos à profilaxia antibiótica da endoarterite.

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• Insuficiência cardíaca congestiva: protocolo de atendimento.
As sessões de atendimento devem ser de curta duração e a anestesia perfeita, para se evitar a dor e, em decorrência, a
taquicardia, que pode exigir um trabalho ainda maior do músculo cardíaco já comprometido.
Considera a sedação mínima pelo uso de midazolam 7,5mg ou lorazepam 1mg (em idosos), como complemento de outros
métodos de condicionamento.
No caso de ICC estável (assim avaliada pelo médico), podem ser empregados pequenos volumes de soluções anestésicas
contendo epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000 ou felipressina 0,03UI/mL.
Coloque a cadeira na posição semi-inclinada, pois o paciente pode apresentar dificuldade respiratória na posição deitada.
Monitore a pressão arterial (PA) e a frequência cardíaca (FC) em intervalos regulares durante a consulta.
Se houve aumento significativo da PA e/ou da FC durante o atendimento, é recomendável fazer um período de repouso e
esperar que retornem aos limites normais. Se isso não ocorrer, é prudente interromper o atendimento e encaminhar o paciente
ao médico para investigar as causas dessa alteração.

• Arritmias cardíacas: protocolo de atendimento.

Faça contato com o cardiologista, solicitando informações sobre o tipo e a severidade da arritmia, bem como sobre as condições
atuais do paciente.
No caso de paciente com fibrilação atrial, investigue se ele está fazendo uso de anticoagulantes. Em caso positivo, avalie se a RNI
atual é compatível com a intervenção odontológica.
Para pacientes portadores de marca-passo cardíaco, determine o tipo de dispositivo e a necessidade de se evitar o uso de certos
equipamentos que podem, potencialmente, interferir com o funcionamento dos mesmo.
As sessões de atendimento devem ser agendadas preferencialmente no período da manhã, sendo de curta duração.
Reduza a ansiedade o quanto possível. Considere a sedação mínima por via oral com benzodiazepínicos ou pela inalação da
mistura de óxido nitroso e oxigênio.
Anestesia local perfeita, tomando o cuidado de injetar lentamente, após aspiração negativa.
No caso de arritmias estáveis e bem controladas (assim informadas pelo médico), podem ser empregados pequenos volumes de
soluções anestésicas contendo epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000. Soluções contendo felipressina 0,03 UI/mL podem ser
empregadas quando não houver expectativa de sangramento.
Evite o uso de epinefrina (opte pela prilocaín 3% com felipressina 0,03UI//mL ou mepivacaína 3% sem vasoconstritor) nas
seguintes condições:
- Arritmias severas, se o tratamento odontológico for inadiável,
- Bloqueio atrioventricular,
- Arritmias sintomáticas, na presença de outras doenças cardíacas,
- Arritmias supraventriculares, como na síndrome de Wolff Parkinson-White.
Não use soluções anestésicas contendo norepinefrina ou fenilefrina, pelo maior riso de bradicardia reflexa no caso de
sobredosagem.
Monitore o pulso, aFC e a PA em intervalos regulares durante a consulta
OBS.: Se o paciente apresentar aumento da FC, mas com ritmo regular, provavelmente a taquicardia será benigna. Nesse caso,
mantenha-o em repouso e sob observação, pois muitas vezes o episódio é passageiro, como resultado da injeção intravascular
acidental de um pequeno volume de solução anestésica contendo epinefrina. Caso a taquicardia perdure por mais do que 2-3min,
institua algumas manobras de estimulação do tônus vagal, como orientar o paciente a expirar de forma forçada sem expelir o ar
(portanto, com o nariz e a boca tampados - manobra de Valsalva), oferecer um copo com água gelada, instruindo para ser
tomado rapidamente, o que irá proporcionar o resfriamento súbito do esôfago, do estômago e das estruturas vizinhas,
estimulando as terminações vagais desses órgãos. Por fim, se essas manobras não derem resultados, provoque o vômito
estimulando a orofaringe, pois disso resultará uma potente resposta vagal.

Prevenção da endocardite infecciosa - Considerando as condições cardíacas e os procedimentos odontológicos


• que requerem a profilaxia antibiótica.
Condições cardíacas de alto risco para a EI (Endocardite Infecciosa), quando a profilaxia antibiótica é recomendada:
Valva cardíaca protética ou material protético usado para reparo da valva cardíaca,
História de endocardite infecciosa prévia,
Valvopatia adquirida em paciente transplantado cardíaco
Doenças cardíacas congênitas (DCC).
- Cardiopatia congênita cianogênica não corrigida, incluindo shunts e condutos paliativos,
- Cardiopatia congênita corrigida com material protético (nos primeiros seis meses pós-cirurgia).
- Cardiopatia congênita cianogênica corrigida que evoluiu com defeito residual (que impede a reepitelização).
Intervenções odontológicas de risco para a endocardite infecciosa, que requerem o uso profilático de antibiótico:
- Todo procedimento odontológico que envolve a manipulação dos tecidos gengivais ou da região dentária ou perfuração da
mucosa oral.

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Pacientes com necessidades especiais


• Pacientes que fazem uso de anticoagulantes: protocolo de atendimento.
Continuidade da terapia anticoagulante.
Quando a RNI for <3,5, não é necessário alterar a dosagem ou suspender o uso do anticoagulante, no caso de procedimentos
cirúrgicos mais simples.
Quando a RNI for >3,5 e um procedimento cirúrgico mais complexo está sendo planejado, é imprescindível a troca de
informações com o médico, para se avaliar o risco/benefício da alteração da terapia anticoagulante.
Obs: Nas cirurgias eletivas de pacientes com baixo risco de tromboembolismo venoso (TEV), é possível ao médico suspender ou
substituir a varfarina pela heparina sódica, 4a 5 dias antes do procedimento, mantendo a profilaxia antitrombótica com a
heparina nas primeiras 24h do período pós-operatório, para depois retomar o uso da varfarina.
Uso de antibióticos.
Em pacientes portadores de próteses valvares cardíacas ou outras condições de risco para a endocardite bacteriana, o emprego
de uma única dose profilática de amoxicilina ou clindamicina não requer alterações na terapia anticoagulante.
Pacientes que requerem mais do que uma dose de antibiótico devem ter a RNI avaliada após 2-3dias.
Se possível, evitar o uso do metronidazol e da eritromicina.
Cuidados pré-operatórios:
Obter informações sobre o estado de saúde geral do paciente, por meio de uma história médica completa, para saber se a
condição é estável. Avaliar a presença de comorbidades, como doença hepática ou renal, distúrbio da médula óssea, etc.
Em pacientes que apresentam RNIs estáveis, é aceitável que a RNI seja avaliada 72h antes das cirurgias bucais. Caso contrário, a
RNI deve ser avaliada no mesmo dia da intervenção.
Se possível, agendar as cirurgias para o período da manhã.
Nas urgências odontológicas, quando a expectativa é de que a intervenção poderá gerar sangramento excessivo, o atendimento
deverá ser feito em ambiente hospitalar, pós avaliação médica inicial.
Medidas transoperatórias.
Empregar solução anestésica local com vasoconstritor (preferencialmente a epinefrina).
Evitar os bloqueios nervosos regionais.
Na mandíbula, preferir a técnica infiltrativa ou intraóssea com uso da articaína.
Evitar traumatismos físicos desnecessários,
Restringir a instrumentação periodontal e cirurgias de acesso para áreas menores,
Quando houver indicação de exodontias múltiplas, agendar maior número de sessões.
As suturas devem ser oclusivas.
Aplicar pressão no alvéolo dentário por meio de compressas de gaze por 15-30min
Cuidados pós-operatórios.
Considerar o uso de esponja hemostática de gelatina liofilizada (gelfoam, hemospon), completamente reabsorvível pelo
organismo.
Prescrever solução de ácido tranexâmico 4.8% (transamin, hemoblock) para a realização de bochechos, por um período de 48h.
Remover as suturas não reabsorvíveis após 4-7dias.
Para o controle da dor pós-opertória, não prescrever aspirina (AAS) e anti0inflamatórios não esteroides (inclusive os coxibes).
Optar pela dipirona sódica.
Considerar o uso de corticosteroides em dose única (dexametasona ou betametasona), após troca de informações com o
médico.
Não prescrever ou aplicar medicamentos pela via intramuscular, pelo risco de hemorragia e formação de equimoses ou
hematomas.

TURMA XXV
FIMCA

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