Simulado Soc e Fil
Simulado Soc e Fil
Simulado Soc e Fil
1. A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses
atributos não devem estar separados como na inscrição existente em Delfos “das coisas, a
mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que amamos”.
Todos estes atributos estão presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas a melhor,
nós a identificamos como felicidade. ARISTOTELES. A Política. São Paulo: Cia das Letras, 2010.
2. Pode-se viver sem ciência, pode-se adotar crenças sem querer justificá-las racionalmente,
pode-se desprezar as evidências empíricas. No entanto, depois de Platão e Aristóteles,
nenhum homem honesto pode ignorar que uma outra atitude intelectual foi experimentada, a
de adotar crenças com base em razões e evidências e questionar tudo o mais a fim de
descobrir seu sentido último. ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São
Paulo: Odysseus, 2002.
Quem nos mostrará o Bem? Ouçam a nossa resposta: Está gravada dentro de nós a luz do
vosso rosto, Senhor. Nós não somos a luz que ilumina a todo homem, mas somos iluminados
por Vós. Para que sejamos luz em Vós os que fomos outrora trevas. SANTO AGOSTINHO.
Confissões IX. São Paulo: Nova Cultural,1987. 4, l0. p.154. Coleção Os Pensadores
A) A irradiação da luz divina faz com que conheçamos imediatamente as verdades eternas em
Deus. Essas verdades, necessárias e eternas, não estão no interior do homem, porque seu
intelecto é contingente e mutável.
B) A irradiação da luz divina atua imediatamente sobre o intelecto humano, deixando-o ativo
para o conhecimento das verdades eternas. Essas verdades, necessárias e imutáveis, estão no
interior do homem.
C) A metáfora da luz significa a ação divina que nos faz recordar as verdades eternas que a
alma possuía antes de se unir ao corpo.
D) A metáfora da luz significa a ação divina que nos faz recordar as verdades eternas que a
alma possuía e que nela permanecem mediante os ciclos da reencarnação.
4. (Unesp) A modernidade não pertence a cultura nenhuma, mas surge sempre CONTRA uma
cultura particular, como uma fenda, uma fissura no tecido desta. Assim, na Europa, a
modernidade não surge como um desenvolvimento da cultura cristã, mas como uma crítica a
esta, feita por indivíduos como Copérnico, Montaigne, Bruno, Descartes, indivíduos que, na
medida em que a criticavam, já dela se separavam, já dela se desenraizavam. A crítica faz parte
da razão que, não pertencendo a cultura particular nenhuma, está em princípio disponível a
todos os seres humanos e culturas. Entendida desse modo, a modernidade não consiste numa
etapa da história da Europa ou do mundo, mas numa postura crítica ante a cultura, postura
que é capaz de surgir em diferentes momentos e regiões do mundo, como na Atenas de
Péricles, na Índia do imperador Ashoka ou no Brasil de hoje.
(Antonio Cícero. Resenha sobre o livro “O Roubo da História”. Folha de S. Paulo, 01.11.2008.
Adaptado.)
A partir dessa citação, indique a afirmativa que melhor expressa o pensamento de Tomás de
Aquino.
6. Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado.
Responde-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito
mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque dos homens
se pode dizer, duma maneira geral, que são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos
de lucro, e enquanto lhes fazes bem são inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os bens, a
vida e os filhos, quando, como acima disse, o perigo está longe; mas quando ele chega,
revoltam-se. MAQUIAVEL, N. O príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991.
A partir da análise histórica do comportamento humano em suas relações sociais e políticas.
Maquiavel define o homem como um ser
7. (Enem/2010) O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu
propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser
mais clemente de outros que, por muita piedade, permitem os distúrbios que levam ao
assassinato e ao roubo. MAQUIAVEL, N. O Príncipe, São Paulo: Martin Claret, 2009.
8. Em seus estudos sobre o Estado, Maquiavel busca decifrar o que diz ser uma verità
effettuale, a “verdade efetiva” das coisas que permeiam os movimentos da multifacetada
história humana/política através dos tempos. Segundo ele, há certos traços humanos comuns
e imutáveis no decorrer daquela história. Afirma, por exemplo, que os homens são “ingratos,
volúveis, simuladores, covardes ante os perigos, ávidos de lucro”.
(O Príncipe, cap. XVII)
Para Maquiavel:
1. Homens da Inglaterra, por que arar para os senhores que vos mantêm na miséria?
Por que tecer com esforços e cuidado as ricas roupas que vossos tiranos vestem?
Por que alimentar, vestir e poupar do berço até o túmulo esses parasitas ingratos que
exploram vosso suor — ah, que bebem vosso sangue?
SHELLEY. Os homens da Inglaterra. Apud HUBERMAN, L. História da Riqueza do Homem. Rio de
Janeiro: Zahar, 1982.
A análise do trecho permite identificar que o poeta romântico Shelley (1792-1822) registrou
uma contradição nas condições socioeconômicas da nascente classe trabalhadora inglesa
durante a Revolução Industrial. Tal contradição está identificada
Para o autor, a relação entre economia e política estabelecida no sistema capitalista faz com
que
B) um ponto de vista idealista sobre a expansão dos ideais da Revolução Francesa na história.
C) argumentos que defendem o isolamento como forma de proteção dos valores culturais.
D) uma reflexão crítica acerca do contato entre a cultura ocidental e outras culturas na
história.
5. O etnocentrismo pode ser definido como uma “atitude emocionalmente condicionada que
leva a considerar e julgar sociedades culturalmente diversas com critérios fornecidos pela
própria cultura. Assim, compreende-se a tendência para menosprezar ou odiar culturas cujos
padrões se afastam ou divergem dos da cultura do observador que exterioriza a atitude
etnocêntrica. (...) Preconceito racial, nacionalismo, preconceito de classe ou de profissão,
intolerância religiosa são algumas formas de etnocentrismo”. (WILLEMS, E. Dicionário de
Sociologia. Porto Alegre: Editora Globo, 1970. p. 125.)
Com base no texto e nos conhecimentos de sociologia, assinale a alternativa cujo discurso
revela uma atitude etnocêntrica:
6. O misterioso da forma da mercadoria reside no fato de que ela reflete aos homens as
características sociais do seu próprio trabalho, como características objetivas dos próprios
produtos do trabalho e, ao mesmo tempo, também da relação social dos produtores com o
trabalho total como uma relação social existente fora deles, entre objetos. (Adaptado: MARX,
Karl. O Capital. São Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 71.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar que, para Marx:
A) as mercadorias, por serem objetos, são destituídas de qualquer vinculação com os seus
produtores.
B) as mercadorias materializam a harmonia presente na realização do trabalho alienado.
C) os trabalhadores, independentemente da maneira como produzem a mercadoria, são
alijados do processo de produção.
D) as mercadorias constituem-se em um elemento pacificador das relações entre patrões e
trabalhadores.
E) a mercadoria, no contexto do modo capitalista de produção, possui caráter fetichista,
refletindo os aspectos sociais do trabalho.
7. O significado da palavra cultura esteve vinculado à terra até o século XVIII. Com o
Iluminismo, o termo passa a definir uma característica do homem. Essa mudança de
perspectiva só foi possível graças:
8. Nos quadrinhos o cartunista faz uma ironia sobre a perspectiva adotada pelos ‘civilizados’
em relação aos ameríndios. Por intermédio dessa ironia, Henfil revela práticas contumazes dos
ditos ‘civilizados’. Sobre essas práticas, analise as afirmativas a seguir.
III. Os ‘civilizados’ se propõem a estabelecer uma relação simétrica com a sociedade dos
ameríndios.
IV. Os ameríndios são vistos pelos ‘civilizados’ sobretudo pela ausência do que é natural para
os próprios civilizados.
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, III, IV.