7 Farmacologia Do SNP

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FARMACOLOGIA DO SISTEMA

NERVOSO PERIFÉRICO
Fundamentos de Farmacologia

Prof. Ludmila A. Mannarino 1


REVISÃO DO SISTEMA NERVOSO Prof. Ludmila A. Mannarino

As funções orgânicas são controladas pelo:


• Sistema endócrino: hormônios  mais lento
• Sistema nervoso: rápida  impulsos elétricos

Funções do SN
• Receber informações do ambiente interno e externo
• Conduzir até as áreas especializadas, associar as diferentes
informações
• Interpretar as informações e elaborar uma resposta
• Emitir uma ordem para os órgãos efetores  glândulas e
músculos
• Armazenar as informações (memória), gerar pensamentos e
idéias
• Garantir a homeostasia 2
REVISÃO DO SISTEMA NERVOSO Prof. Ludmila A. Mannarino

Sinapse
• É o local onde a informação é transmitida de um neurônio para
outro
• Função: modula a atividade nervosa  pode ocorrer no neurônio
seguinte excitação, inibição ou ambos
• PPSE (potencial pós-sináptico excitatório)  despolarização
• PPSI (potencial pós-sináptico inibitório)  hiperpolarização

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REVISÃO DO SISTEMA NERVOSO Prof. Ludmila A. Mannarino

Neurotransmissores (NT)
• NT Excitatórios  favorecem a entrada de sódio 
despolarização  continuação da informação  PPSE (potencial
pós-sináptico excitatório)
• NT Inibitórios  favorecem entrada de cloro  hiperpolarização
 impede a passagem do impulso → PPSI (potencial pós-
sináptico inibitório)

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Divisão Funcional do SN Prof. Ludmila A. Mannarino

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Divisão Funcional do SN Prof. Ludmila A. Mannarino

• SN somático  respostas voluntárias → SN da vida de relação


– Aferente (sensitiva)  capta as variações do ambiente por receptores periféricos
e leva a informação para centros nervosos no SNC
– Eferente (motora)  leva os comandos para os músculos esqueléticos

• SN visceral (autônomo)  respostas involuntárias → SN da vida vegetativa


• Aferente (sensitiva)  capta os impulsos gerados nas vísceras e leva a
informação para os centros nervosos no SNC
• Eferente (motora) (autônomo simpático e parassimpático)  leva os comandos
para as vísceras

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SNP autônomo = autônomo (Simpático e Parassimpático)
Prof. Ludmila A. Mannarino

• Reage aos estímulos de forma inconsciente  regulam funções vegetativas 


homeostasia
• Fibras nervosas motoras viscerais  partem do SNC para músculo liso, cardíaco e
glândulas  fazem sinapse em gânglios nervosos
– Neurotransmissor ganglionar  acetilcolina com receptor nicotínico
– Neurotransmissor no órgão efetor  específico para cada sistema
• SN parassimpático  acetilcolina e receptor colinérgico (muscarínico)
• SN simpático  adrenalina e noradrenalina e receptor adrenérgico
– Responsável pela reação de alarme  libera adrenalina da medula adrenal
direto na corrente sanguínea  resposta generalizada
– Situações emocionais e de estresse  luta ou fuga

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SNP autônomo Prof. Ludmila A. Mannarino

ÓRGÃO SIMPÁTICO PARASSIMPÁTICO


Coração taquicardia bradicardia
vasoconstrição periférica
Músculo liso vascular sem ação
vasodilatação nos músculos
Bronquíolos broncodilatação broncoconstrição
 peristaltismo
 peristaltismo
Sistema relaxamento dos esfíncteres
contração dos esfíncteres
gastrintestinal  secreção salivar fluida
 secreção salivar viscosa
 das secreções
relaxamento músculo contração músculo
Bexiga
contração do esfíncter relaxamento do esfíncter
Genitália masculina ejaculação ereção
midríase (dilata a pupila) miose (contrai a pupila)
Olho
visão à distância visão próxima
Pele piloereção sem ação
Glândula sudorípara  secreção (acetilcolina) sem ação
Glândulas lacrimais sem ação secreção
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SNP autônomo Prof. Ludmila A. Mannarino

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SNP autônomo Prof. Ludmila A. Mannarino

RECEPTORES ADRENÉRGICOS E AS AÇÕES EM GERAL


•
• Arteríolas e veias cutâneas, mucosas e mesentéricas  vasoconstrição  redução do fluxo
sangüíneo   resistência periférica
• Glândulas   secreção
• Olho  midríase
• Intestino   motilidade e secreção
• Terminações pós-sinápticas do SNC   efluxo simpático do cérebro
• Células das ilhotas  do pâncreas   secreção de insulina
• Esfíncter vesical  contração  retenção urinária
• Pênis  ejaculação
•
• Coração   frequência cardíaca (nó SA),  contratilidade,  velocidade de condução, 
automaticidade   débito cardíaco
• Rins   secreção de renina   PA
• Traquéia e brônquios  relaxamento
• Arteríolas e veias (principalmente) da musculatura periférica  vasodilatação   fluxo
sangüíneo   resistência periférica
• Pele e cérebro  não têm receptores 
• Bexiga  relaxamento do músculo detrussor 10
SNP autônomo Prof. Ludmila A. Mannarino

RECEPTORES COLINÉRGICOS E AS AÇÕES EM GERAL


• Muscarínicos
• Estômago   motilidade e  secreção de ácido e pepsina
• Coração  despolarização diastólica lenta,  contratilidade, 
velocidade de condução  bradicardia
• Pulmão  broncoespasmo,  secreção
• Bexiga  contração do músculo detrussor e relaxamento do esfíncter
• Pênis  ereção
• Glândulas   secreção
• Olho  miose

• Nicotínico
• Músculo esquelético  contração
• Gânglio  estimulação 11
AGONISTAS ADRENÉRGICOS Prof. Ludmila A. Mannarino

Receptores adrenérgicos e as
ações em geral
• 1  vasoconstrição, 
resistência periférica, 
pressão arterial, midríase,
montração esfíncter da bexiga
• 2  Inibe liberação de
noradrenalina e insulina
• 1  Taquicardia,  lipólise, 
contratilidade do miocárdio
• 2  Vasodilatação, 
resistência periférica,
broncodilatação, 
gliconeogenese muscular e
hepática
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ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS Prof. Ludmila A. Mannarino

= Bloqueadores adrenérgicos

• Ação em geral:  PA

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AGONISTAS COLINÉRGICO Prof. Ludmila A. Mannarino

• São fármacos que se ligam aos


receptores colinérgicos e
estimulam os efeitos
• Ação em geral
– Sistema cardiovascular:  débito
cardíaco,  pressão arterial
– TGI:  secreção salivar,  secreção
e atividade intestinal
– Sistema respiratório:  secreção
respiratória
– Sistema urinário:  contração da
bexiga
– Olho: Miose (constrição da pupila)
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ANTAGONISTAS COLINÉRGICO Prof. Ludmila A. Mannarino

= Bloqueador Colinérgico = Anticolinérgicos


• Bloqueio das sinapses muscarínicas
(parassimpático)  maior ação simpática
– Olho: midríase, cicloplegia (não focaliza de
perto)
– TGI:  atividade  antiespasmódico
– Sistema cardiovascular:
•  dose: bradicardia
•  dose: taquicardia e  PA
– Secreções:
• bloqueia a secreção salivar, lacrimal,
sudorípara
•  secreção do trato respiratório
• Bloqueadores neuromusculares
– Ligam-se aos receptores nicotínicos da placa
motora
– Ação em geral
• Bloqueiam a resposta efetora somática
 Inibe a contração muscular 15
BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES Prof. Ludmila A. Mannarino

Consequência do bloqueio neuromuscular:


– Paralisia muscular, inclusive os da respiração

Bloqueio neuromuscular não-despolarizante


– Antagonistas colinérgicos  competem com a ACh pelos receptores
nicotínicos
– Não produzem a contração e impedem a ligação de agonista colinérgicos
– Revertido com altas concentrações de agonista colinérgicos
– Uso terapêutico:
• Adjuvantes da anestesia cirúrgica  diminuem a dose de anestesia
• Facilita a intubação e ventilação
• Facilita manipulação ortopédica
• Controla a respiração durante cirurgia torácica
– Ordem de paralisia muscular:
• Pequenos músculos  dedos e olhos
• Extremidades, pescoço e tronco
• Músculos intercostais e diafragma
– Vecurônio, atracúrio, pancurônio, tubocurarina, mivacúrio, pipecurônio,
doxacúrio
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BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES Prof. Ludmila A. Mannarino

Bloqueio neuromuscular despolarizante


– Agonistas colinérgicos  ligam-se ao receptor nicotínico e são de lenta
dissociação
– Produzem a contração e ficam ligados ao receptor  ocorre a contração e o
relaxamento e a membrana da célula muscular permanece despolarizada
com o receptor ocupado
– Não revertido com agonistas colinérgicos
– Uso terapêutico
• Intubação rápida  início de ação rápida
– Ordem de paralisia muscular
• Tórax e abdome
• Pescoço, membros superiores e inferiores
• Facial, faringe e laringe
• Músculos respiratórios
– Succinilcolina (quelicin)

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ANESTÉSICOS LOCAIS Prof. Ludmila A. Mannarino

• Bloqueiam a condução de dor pelos nervos


–  a permeabilidade da membrana do neurônio ao sódio  impede a geração e
propagação do potencial de ação
– 1º anestésico local foi a cocaína
• Considerações:
– Ocorre bloqueio preferencial das pequenas fibras nervosas  dor e temperatura 
tato e controle motor
– Em pH ácido (inflamações)  tornam-se ionizadas  menor difusão pela
membrana neuronal
– Associado à vasoconstritores como epinefrina
•  duração da anestesia local  diminui a absorção sistêmica
• Não deve injetar na pele, dedo, orelha, nariz e pênis  risco de gangrena
• Lidocaína, bupivacaína , mepivacaína, etidocaína , dibucaína , procaína ,
clorprocaína, tetracaína

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