2 - Reprodução

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Reprodução

Reprodução: Na superfície da célula ou indivíduo há a formação de


expansões/protuberâncias - gomos ou gemas – que, ao
Conjunto de processos pelos quais os seres vivos separarem-se, dão origem aos novos indivíduos,
originam outros idênticos a si próprios. geralmente de menor tamanho que o progenitor.
Reprodução assexuada: O progenitor não perde a sua individualidade.
Envolve a participação de um único progenitor. Ocorre em seres unicelulares (leveduras) e
multicelulares (esponjas e hidras).
Não ocorre a produção de gâmetas.
Origina a produção de elevado número de
descendentes.
Os seres resultantes deste processo apresentam uma
menor adaptação ao meio em mudança.
Existem diversos processos de reprodução
assexuada:

• Bipartição;
• Gemulação;
• Divisão múltipla;
• Partenogénese; Divisão múltipla:
• Esporulação;
• Fragmentação; Na divisão múltipla o núcleo da célula mãe divide-se
• Multiplicação vegetativa. em vários núcleos.

Bipartição, divisão binária ou Depois cada núcleo rodeia-se de uma porção de


citoplasma e de uma membrana, dando origem às
cissiparidade: células-filhas, que são libertadas, quando a membrana
A célula ou indivíduo divide-se em dois sensivelmente se rompe.
iguais, que vão crescer até atingirem as dimensões do Ocorre em protozoários, como o Tripanossoma e em
progenitor, perdendo a sua individualidade. certos fungos.
Processo frequente em seres unicelulares (amiba e
paramécia), mas também pode ocorrer em seres
pluricelulares (planária).
Na maioria das vezes, as bactérias multiplicam-se por
reprodução assexuada, através de uma divisão simples
da célula em duas.
Partenogénese:
Dá-se o desenvolvimento de um indivíduo a partir de
um óvulo não fecundado.
Ocorre nas abelhas, pulgões, alguns peixes, anfíbios,
répteis e na dáfnia (pulga de água).
Pode ser arrenótoca - origina apenas machos; Teliótaca
- origina apenas fêmeas; Deuterótoca - pode originar
fêmeas ou machos.
O tipo de alimentação que as abelhas recebem durante
o seu desenvolvimento determinam se as fêmeas serão
férteis (rainhas) ou estéreis (obreiras).
Gemulação ou gemiparidade:
Reprodução

Enquanto as abelhas das futuras operárias recebem A partir de um fragmento de um indivíduo,


apenas mel e pólen, as abelhas que evoluirão para produzem-se indivíduos completos por regeneração,
rainhas recebem ainda geleia real, uma secreção isto é, pela substituição das partes perdidas.
glandular das operárias adultas.
Este processo ocorre em animais pouco diferenciados
como as esponjas, estrelas-do-mar, anémonas e em
algas (espirogira).

Comparação entre a fertilização e a Multiplicação vegetativa:


partenogénese:

Multiplicação vegetativa natural:


Certas estruturas vegetais multicelulares originam, por
diferenciação, novas plantas.
Esporulação:
Os casos mais comuns, ocorrem a partir de folhas, de
Formação de células reprodutoras especializadas – os
caules aéreos: estolhos (morangueiro) ou subterrâneos:
esporos, que, em condições favoráveis, germinam,
rizomas (fetos), tubérculos (batateira) e bolbos
originando cada um deles um novo indivíduo.
(cebola).
Os esporos formam-se nos esporângios e apresentam
uma parede resistente capaz de suportar condições
desfavoráveis.
Existem esporos associados à reprodução sexuada
(formação por meiose) - musgos, fetos – e existem
esporos ligados à reprodução assexuada (formação por Multiplicação vegetativa natural – estolhos:
mitose) - é o caso do bolor do pão e do limão e muitos
outros fungos, como os cogumelos, bem como certas
algas

Fragmentação:
Reprodução

sabor, suculência, tamanho, cor, beleza, porte ou


produtividade são conservados nos descendentes.
São técnicas utilizadas em fruticultura, floricultura e
silvicultura.

Multiplicação vegetativa artificial -


estacaria:
Reconstituição da planta a partir de uma porção de
raiz, caule ou folha que é introduzida no solo para que
Multiplicação vegetativa natural – folhas: desenvolva novas raízes.

Na margem das folhas, formam-se pequenas plantas Exemplos de aplicação: roseiras, videiras, camélias,
completas, verdadeiras “réplicas”, e que destacam e, begónias, etc...
caindo sobre o solo, enraízam e crescem, originando
plantas adultas.

Multiplicação vegetativa natural –


tubérculos:
Caules subterrâneos, que por acumulação de
substâncias de reserva (amido) se tornam volumosos.
Possuem gomos que originam novas plantas. Multiplicação vegetativa artificial -
mergulhia:
Multiplicação vegetativa natural – rizomas:
Um ramo flexível de uma planta é dobrado e enterrado
Caule subterrâneo, alongado, com posição horizontal, no solo, ficando a extremidade a emergir da terra.
do qual partem raízes adventícias e folhas aéreas.
Na zona em contacto com o solo formam-se raízes,
Multiplicação vegetativa natural – bolbos: podendo posteriormente cortar-se a ligação à planta-
mãe e transplantar-se.
No alho existe uma formação globosa subterrânea -
bolbo, constituída por inúmeros bolbilhos associados,
vulgarmente chamados “dentes de alhos”. Cada um
destes bolbilhos, destacado, origina uma nova planta
produtora de novo bolbo.

Multiplicação vegetativa artificial: Multiplicação vegetativa artificial -


alporquia:
Técnicas desenvolvidas pelo Homem para propagação
de espécies com interesse. Assim, certos aspetos como Caso especial de mergulhia (mergulhia aérea). Um
ramo não flexível de uma planta pode enraizar quando
Reprodução

se coloca uma porção de solo húmido à sua volta


(envolvida por um plástico ou material que sirva de
suporte e preserva a humidade), sendo depois
transplantado.

Reprodução assexuada:
Multiplicação vegetativa artificial -
enxertia:
Um ramo ou rebento de uma planta que se quer
propagar (enxerto ou garfo) é ajustado fortemente a
outra planta da mesma espécie ou de uma espécie a
fim de um bom sistema radicular (porta-enxerto ou
cavalo). O enxerto desenvolver-se-á e a nova planta
terá as características do enxerto e a robustez do
cavalo.

Clonagem de plantas:

Fecundação:
A reprodução sexuada implica a produção de células
sexuais, a promoção do seu encontro e, finalmente, a
Multiplicação in vitro: sua fusão - fecundação.
Reprodução

Estratégias reprodutora
Os seres vivos com reprodução sexuada desenvolvem
estratégias facilitadoras do encontro dos gâmetas
masculino e feminino da mesma espécie de modo a
ocorrer fecundação.

Hermafroditas:
São animais que são, ao mesmo tempo, macho e
Reprodução sexuada em animais: fêmea.
Um mesmo organismo produz tantos espermatozoides
quanto óvulos, como acontece na minhoca.
Hermafrodita suficiente: fecundação que ocorre entre
gâmetas do mesmo indivíduo.
Hermafrodita insuficiente: fecundação cruzada, onde
ocorre troca de espermatozoides entre dois indivíduos,
apesar de cada um deles possuir dois sexos.

Unissexualismo:
Cada indivíduo tem apenas um dos sexos.

Fecundação externa:
Efetua-se em meio líquido e ocorre na maioria das
espécies aquáticas.

Aparelho reprodutor feminino: Os animais colocam os óvulos e libertam o esperma na


água - os espermatozoides alcançam os óvulos por
atração química.
Muitos anfíbios e animais aquáticos resolvem este
problema, fixando-se ao parceiro de modo que, quando
a fêmea deposita os ovos, o macho solta
imediatamente o esperma na mesma zona.
Vantagens: maior número de filhotes produzidos.
Desvantagens:
Aparelho reprodutor masculino: • Produção de grande número de gâmetas, o que
implica elevados gastos energéticos;
• É necessário existir um grande sincronismo na
libertação dos gâmetas para o mecanismo da
fecundação ser eficaz;
• Os gâmetas podem ser levados por outros
organismos;
• Há poucos cuidados parentais a nível da futura
geração.

Fecundação interna:
Reprodução

O macho lança os espermatozoides dentro do corpo da


fêmea.
O encontro dos gâmetas ocorre no interior do corpo de
um organismo produtor de gâmetas.
Vantagens:

• Aumenta a possibilidade de fecundação, uma


vez que os gâmetas estão muito próximos;
• Redução do número de gâmetas produzidos
(menor dispêndio energético);
• Os espermatozoides podem ser armazenados
pela fêmea;
• Menor incidência da ação de predadores;
• Maiores cuidados parentais.
Desvantagens: poucos ou um único filhote por parto.

Estratégias reprodutoras:
O comportamento animal na época da reprodução
permite que o processo reprodutivo seja mais eficaz.
Na época que antecede a reprodução as aves
manifestam determinados comportamentos para
comunicarem e chamarem a atenção de outro animal
do sexo oposto.
Estratégias reprodutoras:
Ao conjunto de comportamentos que os animais
manifestam antes, durante e após o acasalamento Hermafroditas: possui estames e carpelos.
chama-se parada nupcial.
Unissexuadas: possuem só estames (unissexuadas
Algumas aves fazem exibições muito elaboradas e é masculinas) ou só carpelos (unissexuadas femininas).
conhecido de quase todas a exibição do peru e também
a forma como o pavão exibe as suas penas coloridas.
Também frequentes entre as aves são a execução de
bailadas e a oferta de presentes coloridos ou de
alimentos às fêmeas.
No reino das plantas, também ocorreu o
desenvolvimento de estratégias para tornar mais eficaz
a reprodução sexuada.
As plantas com flor desenvolveram muito delas cores
atrativas de modo a aumentar a probabilidade de
polinização entre elementos da mesma espécie.

Reprodução sexuada nas plantas:


Polinização:
Reprodução

Transporte de grãos de pólen (produzidos nas anteras) As nossas células somáticas apresentam 46
para os órgãos femininos. cromossomas, sendo metade (23) de origem paterna e
metade de origem materna. São, portanto, 23 tipos de
Tipos de polinização: cromossomas organizados aos pares – pares de
Da mesma flor - polinização direta – permite uma cromossomas homólogos.
menor variabilidade genética nos descendentes. As células, cujos núcleos possuem pares de
De uma flor de outra planta – polinização cruzada – cromossomas homólogos, isto é, com a mesma forma,
permite uma maior variabilidade genética nos estrutura idêntica e portadores de genes com o mesmo
descendentes. tipo de informação, designam-se por células diploides
e representam-se por 2n.
Agentes polinizadores: As células haploides, representadas por n, possuem
Diversos agentes, como insetos, aves ou vento apenas um cromossoma de cada par de cromossomas
proporcionam a polinização. homólogos. No ser humano, uma célula haploide
possui 23 cromossomas.
Tipos de reprodução:
As nossas células diploides (2n) sofrem divisão e dão
• Reprodução sexuada; origem aos gâmetas (n).
• Reprodução assexuada.
O gâmeta da mãe (n) junta-se ao gâmeta do pai (n) e
Reprodução sexuada: forma-se uma célula diploide (2n), chamada ovo ou
zigoto.
Os indivíduos assemelham-se aos pais, mas não
idênticos a eles (características genéticas são distintas Como é que o número de cromossomas não
das dos progenitores – variabilidade). duplica de geração para geração?
Ocorre troca e mistura de material genético entre Cada espécie contém um número de cromossomas
indivíduos de uma mesma espécie. constante, devido a uma redução do número de
cromossomas antes da formação de gâmetas.
Traz grandes vantagens aos seres vivos.
O processo de divisão nuclear que permite essa
Do ponto de vista evolutivo, este tipo de reprodução redução designa-se meiose - redução cromossómica -
pode aumentar a probabilidade de uma espécie passando de 2n para n.
sobreviver as modificações do meio ambiente (melhor
capacidade adaptativa). Fecundação VC meiose:
Reprodução sexuada existe tanto em animais quanto Fecundação - fusão (cariogamia) de duas células
em vegetais. sexuais (gâmetas) resultando o ovo ou zigoto, portador
da soma dos cromossomas transportados pelos
Reprodução assexuada VC sexuada: gâmetas - duplicação cromossómica.
O número de cromossomas de cada espécie
permanece constante ao longo das gerações devido
à meiose.

Reprodução sexuada:
Importância da meiose:
Reprodução

a que pertencem, mas apresentam também diferenças


significativas em consequência, nomeadamente, dos
fenómenos de fecundação e meiose que ocorrem.
Manutenção do número de cromossoma da espécie.
Aumento da variabilidade genética (células
formadas são geneticamente diferentes entre si e da
célula progenitora).
Ocorre em células diploides. Cada célula diploide dá
origem a 4 haploides – processo de formação de
gâmetas e esporos.
Meiose - redução cromossómica:
Ocorrem duas divisões celulares.
Assegura a redução do número de cromossomas para
metade - redução cromossómica - passando de 2n Divisão I - divisão reducional – reduz o número de
para n. cromossomas de 2n para n.

Envolve duas divisões sucessivas - divisão I e divisão Divisão II - divisão equacional – consiste numa
II – em que são produzidos quatro núcleos haploides a mitose nas duas células haploides resultantes da
partir de um diploide. primeira divisão.

Meiose I ou divisão reducional:


Cromossomas:
• Prófase I;
O homem que possui 46 cromossomas nas células • Metáfase I;
somáticas (todas as células não sexuais) e possui • Anáfase I;
gâmetas (células sexuais) com 23 cromossomas, cada • Telófase I.
um deles com origem num cromossoma de cada par de
cromossomas homólogos, mantendo, desta forma, uma
informação geneticamente semelhante.
Caso não ocorresse a meiose para formar estes
gâmetas, no momento da fecundação (junção do
gâmeta feminino com o masculino), em vez de um ovo
com 46 cromossomas formar-se-ia um ovo com 92
cromossomas, aumentando este número sempre que
Meiose II ou divisão equacional:
ocorresse fecundação.
• Prófase II;
Meiose:
• Metáfase II;
Os descendentes possuem caracteres comuns entre si e • Anáfase II;
também com os progenitores, de acordo com a espécie • Telófase II.
Reprodução

Prófase I:
Espiralização da cromatina: os cromatídeos passam
a ser visíveis e os bivalentes passam a chamar-se
tétradas cromatídicas (cada bivalente é constituído por
4 cromatídios e dois centrómeros).
Formação de pontos de quiasma (pontos de
cruzamento entre cromossomas homólogos) e
ocorrência de crossing-over.

Prófase I – Crossing-over:
Interfase: O crossing-over corresponde à troca de segmentos
entre cromatídeos de cromossomas homólogos.
Fase que antecede a Meiose.
Este fenómeno é um dos responsáveis pela
Subdivide-se em G1, S e G2. variabilidade genética.
Caracterizada pela replicação do DNA. Prófase I:
O centrossoma também duplica. Os cromossomas encurtam ainda mais.
No final desta fase, cada cromossoma é constituído por Os cromossomas homólogos afastam-se, mantendo-se
dois cromatídeos, ligados pelo centrómero. unidos pelos pontos de quiasma.
Os centríolos atingem os polos formando-se o fuso
acromático.
A membrana nuclear e o nucléolo desorganizam-se.
Não ocorre alteração no número de cromossomas, nem
no teor de DNA.

Metáfase I:
Disposição aleatória dos cromossomas homólogos de
cada bivalente na plana equatorial.
O alinhamento dos cromossomas no plano equatorial é
feito pelos pontos de quiasma.
Não ocorre alteração nem no número de cromossomas,
Prófase I (início): nem na quantidade de DNA.

Etapa mais longa e complexa (ocupa cerca de 90% do Anáfase I:


tempo global da meiose).
Ascensão polar dos cromossomas homólogos
O núcleo aumenta de volume. (redução cromossómica).
Fraca espiralização da cromatina. Rompimento dos pontos de quiasma ainda
existentes.
Os cromossomas apresentam-se finos e longos.
Migração aleatória dos cromossomas para os polos.
Os centríolos migram para os polos da célula.
Cada cromossoma, formado por dois cromatídeos,
Os cromossomas homólogos emparelham, originando
migra para um dos polos da célula
os bivalentes ou díadas cromossómicas.
Sinapse: justaposição dos cromossomas gene a gene.
Reprodução

O número de cromossomas é reduzido para Rompimento/clivagem dos centrómeros - ascensão


metade, assim como a quantidade de DNA. dos cromossomas-filhos.

Telófase I: Os cromossomas-filhos são geneticamente diferentes


devido aos fenómenos de crossing-over.
Cromossomas-filhos atingem os polos.
Cada cromossoma-filho é formado por um
Desaparecimento do fuso acromático. cromatídio.
Reorganização da membrana nuclear. Há redução da quantidade de DNA para metade, não
Descondensação dos cromossomas. existindo alteração no número de cromossomas.

Reaparecimento dos nucléolos. Telófase II:


Cada núcleo com metade do número de cromossomas Os cromossomas-filhos atingem os polos.
do núcleo diploide inicial. Reaparecimento da membrana nuclear e nucléolos.
Da divisão I resultam dois núcleos haploides, tendo Descondensação da cromatina.
cada cromossoma dois cromatídeos.
Não ocorre alteração nem na quantidade de DNA, nem
Não ocorre alteração no número de cromossomas, nem no número de cromossomas.
no teor de DNA.
Citocinese:
Meiose I:
Quatro células-filhas haploides, com um cromossoma
Citocinese: de cada par de homólogos.
Células animais: formação de um anel contrátil e
estrangulamento do citoplasma.
Células vegetais: formação de parede e membrana
celular a partir da fusão de vesículas do Complexo de
Golgi.
Interfase (intercinese): estado transitório no qual não
há replicação de DNA (não há fase 2).

Meiose I:
Prófase II:
Compactação dos cromossomas e desaparecimento do
invólucro nuclear e nucléolos.
Migração dos centríolos e formação do fuso
acromático.
Ligação dos centrómeros às fibrilas do fuso
acromático.

Metáfase II:
Os cromossomas dispõem-se no plano equatorial da
Meiose II:
célula formando duas placas equatoriais.
Não há alteração na quantidade de DNA, nem no
número de cromossomas.

Anáfase II:
Reprodução

Meiose I e II:

Como varia a quantidade de DNA durante


a meiose?

Meiose VC Mitose:

Reprodução assexuada VC reprodução


sexuada:
Reprodução

Reprodução sexuada e variabilidade: Recombinação génica:


Os indivíduos formados por reprodução sexuada Na espécie humana existem cerca de 2^23
apresentam variabilidade genética, diferindo entre si e combinações possíveis para cada tipo de gâmetas, o
em relação aos progenitores. que significa ser extremamente improvável que um
gâmeta tenha apenas cromossomas ou de origem
A variabilidade genética/recombinação genética é
paterna.
consequência de fenómenos que ocorrem na meiose e
na fecundação. Fecundação:
Fenómenos que estão na base da A reunião ao acaso de dois gâmetas, o masculino e o
variabilidade: feminino, cria novas associações de genes. Assim, da
fecundação entre gâmetas diferentes resultam zigotos
Meiose: e, consequente, organismos de diferente constituição
hereditária.
• Recombinação de genes no Crossing-over;
• Colocação ao acaso de cada par de homólogos Mutações:
no plano equatorial no decorrer da metáfase I
seguida de separação aleatória no anáfase I. No decorrer da meiose podem ocorrer erros que
conduzem:
Fecundação: união aleatória de uma grande variedade
de gâmetas, geneticamente diferentes. • Alterações na sequência normal de genes -
mutações génicas;
Crossing-over: • Alterações a nível dos cromossomas -
Permite uma diversidade de combinações génicas nos mutações cromossómicas.
cromossomas. Os cromossomas podem ser alterados a nível da sua
estrutura - mutações cromossómicas estruturais ou a
nível do seu número - mutações cromossómicas
numéricas.

Mutações cromossómicas:
Divisão I: não separação de cromossomas homólogos.
Divisão II: não separação de cromatídeos irmãos.
Crossing-over: permuta anormal de segmentos entre
cromatídios de cromossomas homólogos.
Colocação ao acaso dos cromossomas:

Ciclos de vida:
Reprodução

Sequência de acontecimentos que se verificam na vida • Meiose pós-zigótica;


de um ser vivo, desde que se forma até que produz • Os gâmetas são produzidos por mitose;
descendência. • A única célula diploide é o zigoto;
Apresenta dois fenómenos complementares - meiose e • Indivíduo adulto com células haploides;
fecundação. • Maior extensão da haplófase;
• Ocorre em fungos e em algas.
Difere de acordo com o momento de ocorrência da
meiose.

Fases do ciclo de vida:


Alternância de fases nucleares: num ciclo de vida
existe uma fase haploide (entidades com núcleo
haploide) que alterna com uma fase diploide
(entidades com núcleo diploide).

Ciclos de vida:
Fase haploide ou haplófase:
Compreendida entre a meiose e o momento da
fecundação:
Ciclo de vida diplonte:
• Constituída por células haploides;
• Meiose pré-gamética;
• Tem n cromossomas;
• Os gâmetas são as únicas células haploides;
• Resulta da meiose.
• O indivíduo adulto constituído por células
Fase diploide ou diplófase: diploides;
• Maior extensão da diplófase;
Compreendida entre a fecundação e o momento da
• Ocorre na maioria dos animais.
meiose:

• Constituída por células diploides;


• Tem 2n cromossomas;
• Resulta da fecundação.
Tipos de ciclos:

• Ciclo haplonte;
• Ciclo diplonte;
• Ciclo haplodiplonte.
Os ciclos de vida distinguem-se, sobretudo, pelo
momento no ciclo onde ocorre a meiose:
Meiose pós-zigótica: ocorre após a formação do
zigoto. O organismo diz-se haplonte. Ex: espirogira.
Meiose pré-espórica: ocorre na formação dos esporos.
O organismo diz-se haplodiplonte. Ex: maioria das
algas e plantas.
Ciclo de vida haplodiplonte:
Meiose pré-gamética: ocorre na formação de
gâmetas. O organismo diz-se diplonte. Ex: animais e • Ocorre na maioria das plantas e também nas
algumas algas. algas;
• Meiose pré-espórica;
Ciclo de vida haplonte:
Reprodução

• Existe alternância de gerações - existe uma 3- Identificar o tipo de meiose;


geração esporófita e uma geração gametófita; 4- Confirmação: encontrar o organismo
• Geração gametófita (n) - resulta do multicelular ou adulto. Este organismo está
desenvolvimento de um esporo (n) e termina sempre na fase que dá nome ao ciclo.
com a formação de gâmetas (n);
Ciclo de vida do Homem:
• Geração esporófita (2n) - inicia-se com o
desenvolvimento do zigoto (2n) e termina
aquando da formação dos esporos;
• A entidade multicelular diploide é o
esporófito, no qual se formam os esporos por
meiose;
• O esporo (n) por mitose origina uma entidade
pluricelular - gametófito, que produz gâmetas
por mitose.
NOTA: Geração - parte do ciclo de vida que se inicia
com a germinação de uma célula, esporo ou zigoto, e
termina com a produção de outro tipo de célula, zigoto
ou esporo, diferente daquele que lhe deu início. Gâmetas morfologicamente diferenciados e
produzidos em ovários e testículos.
Meiose pré-gamética - aquando da formação dos
gâmetas.
Alternância de fases nucleares: entidades de núcleo
haploide alternam com entidades de núcleo diploide.
Organismo diplonte - só os gâmetas pertencem à fase
haploide.

Espirogira:
• Alga verde;
Como classificar um ciclo de vida? • Habitat: água doce;
1- Encontrar a meiose e a fecundação: podem já • Forma agregados filamentosos com células
estar no esquema; podem estar no texto; dispostas topo a topo;
podem estar escritas pelas fases n e 2n; podem • Reprodução assexuada - fragmentação
estar representadas sobre a forma de desenhos; (condições favoráveis - primavera),
2- Unir a fecundação com a meiose, de modo a • Reprodução sexuada – em condições
dividir o ciclo, identificando a fase n e 2n; desfavoráveis.
Reprodução

Ciclo de vida espirogira: • Reprodução assexuada - fragmentação do


rizoma;
2 filamentos colocam-se lado a lado e emitem • Habitat – locais húmidos.
protuberâncias.
União das protuberâncias, origina o tubo de
Polipódio - geração esporófita:
conjunção. O polipódio é um feto em que a planta adulta constitui
o esporófito. Em determinadas alturas do ano
Conteúdo celular de uma célula desloca-se pelo tubo
observam-se, na página inferior das folhas, pontuações
de conjunção e une-se ao conteúdo da célula do outro
granulosas constituídas por pequenos sacos – os
filamento.
esporângios. O conjunto de vários esporângios
Ocorre fecundação - forma-se um zigoto. denomina-se de soro.
Nos esporângios, as células-mães dos esporos, por
O zigoto rodeia-se de uma parede espessa e entra em meiose, dão origem a esporos. A rutura do esporângio
latência-zigósporo. permite a dispersão dos esporos, que caindo na terra
Quando as condições são favoráveis o zigoto sofre germinam e dão origem ao gametófito que possui vida
meiose, dando 4 núcleos; livre.

3 núcleos degeneram – o que fica sofre mitoses e Polipódio - geração gametófita:


origina um novo filamento.
O gametófito designa-se de protalo. Nesta estrutura
Gâmetas morfologicamente indiferenciados - diferenciam-se os gametângios (estruturas
isogâmicos. reprodutoras), os arquegónios e anterídios que
originam, respetivamente, as oosferas e os
O conteúdo de um filamento move-se (gâmeta dador) anterozoides flagelados. A fecundação, dependente da
em direção ao conteúdo celular de outro de filamento água, origina um ovo ou zigoto, que inicia a geração
(gâmeta recetor). esporófita. Do desenvolvimento do ovo surge a planta
Meiose pós-zigótica - a seguir à formação do zigoto. adulta, que é a entidade mais representativa daquela
geração.
Alternância de fases nucleares – entidades de núcleo
haploide alternam com entidades de núcleo haploide.
Organismo haplonte - só o zigoto pertence à fase
diploide.

Ciclo de vida do polipódio:


Meiose pré-espórica - aquando da formação dos
esporos.
Fecundação dependente da água.

Ciclo de vida do polipódio: Alternância de fases nucleares – entidades de núcleo


haploide alternam com entidades de núcleo diploide.
• Feto vulgar;
Alternância de gerações - uma geração produtora de
• Planta sem sementes nem flores e com caule esporos (g. Esporófita) alterna com uma geração
subterrâneo (rizoma); produtora de gâmetas (g. Gametófita).
Reprodução

É um organismo haplodiplonte.

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