Resumo 5 - Gastrologia
Resumo 5 - Gastrologia
Resumo 5 - Gastrologia
SEMANA 5
1 – CC e aprofundar os conceitos de diarreias, suas classificações, principais causas e
manejo de cada uma delas.
2 – CC as DII, suas manifestações clínicas, dg, tto e complicações.
3 – CC e aprofundar os conceitos de icterícia, sua fisiopato, classificações, principais
causas, investigação e manejo de cada uma delas.
DIARREIAS
• Eliminação de fezes amolecidas (pastosas ou líquidas) numa frequência (>3x/dia) ou volume
(>200g/dia) aumentados.
• Principalmente causada pelo desbalanço entre absorção e secreção de fluídos, e/ou aumento
da motilidade intestinal
• Diarreia ≠ Incontinência fecal (perda involuntária das fezes)
RL
Classificação
Fisiopatologia
Osmótica
Acúmulo de elementos osmoticamente ativos no lúmen (gap osmolar fecal alto: <125
mOsm/L), gerando diarreia pela grande retenção de líquidos. Geralmente cessa com
o jejum, logo, não há diarreia noturna.
- Uso de alguns tipos de laxante (lactulose, manitol)
Invasiva (Inflamatória)
Inflamação com eliminação de muco, pus ou sangue devido a alterações das
vilosidades e criptas, o que dificulta a absorção de elementos e aumenta a secreção
e a motilidade intestinal. Aumento da calprotectina ou lactoferrina fecais.
- Pode ser chamada de disenteria
Esteatorreica
Disabsorção lipídica. Fezes amareladas, fétidas, oleosas, aderentes.
- Sempre tem origem no intest. delgado
Distúrbio funcional
Hipermobilidade intestinal, mesmo com absortividade e secreção normais e sem
sinais de inflamação (ausência de doença orgânica justificável). Possuem critérios
específicos.
- SII e diarreia diabética (neuropatia autonômica)
1
Agravos digestórios prevalentes • 5º período • Raíssa Leonardi
• FR:
- Ausência de saneamento básico
- Alimentos deteriorados e higiene precária: infecções bacterianas em geral
- Viajantes: bactérias como E. coli, protozoários como Giardia, espru tropical.
- Uso recente de antibióticos: colite pseudomembranosa
- Creches: Shigella, giardíase, criptosporidiose, rotavirose
- Asilos: colite pseudomembranosa
- Imunodeficiências: agentes oportunistas (Cyclospora, Microsporidium, Cryptosporidium,
CMV, herpes), neoplasia (linfoproliferativa), drogas
- Promiscuidade sexual: patógenos de transmissão fecal-oral
- Piscinas: Giardíase e criptosporidiose
- Diabetes (diarreia crônica): neuropatia autonômica (distúrbio da motilidade),
supercrescimento bacteriano, uso de medicações (acarbose, metformina), insuficiência exócrina
do pâncreas associada
DIARREIA AGUDA
RL
(Gastroenterite Aguda)
Bactérias
Salmonella, Shigella, Campylobacter, Escherichia coli, Clostridium difficile, Yersinia,
S. aureus, Vibrio cholerae, Listeria
Parasitoses
Protozoários: Giárdia, Entamoeba histolytica, Cyclospora, Microsporídio,
Cryptosporidium, Isospora belli
• Em geral são leves, cursando com 3-7 evacuações diárias e perda de < 1L de líquido nas fezes.
- Caso grave: cólera – evacua > 20x/dia, perde > 5L de fluidos, desidratação, hipovolemia,
choque circulatório e acidose metabólica.
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Agravos digestórios prevalentes • 5º período • Raíssa Leonardi
Manejo
RL
• Determinar se a diarreia é inflamatória ou não:
Inflamatória:
- Sangue, pus e muco nas fezes (disenteria), febre, EAF positivo para hemácias, leucócitos fecais
e lactoferrina
- Afeta o cólon
Não inflamatória:
- Fezes aquosas, ausência de sangue, pus e muco, sem febre, EAF normal.
- Exames não são necessários para investigação, nem indicação de tto específico, apenas
medida de suporte visando manter a hidratação.
- Mais comum no delgado
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Agravos digestórios prevalentes • 5º período • Raíssa Leonardi
RL
• De acordo com a aceitação do pcte
• Refeições leves e de fácil digestão devem ser encorajadas (sopas, chás, biscoito cream cracker,
RL
• Agentes antidiarreicos:
- Podem dar conforto ao pcte, diminuindo o número de evacuações e a sensação de urgência
fecal, além de aumentar a consistência das fezes
- Só pode ser cogitado em quadros de diarreia aguda não inflamatória
- Em diarreia inflamatória aumenta a chance de complicações como a síndrome hemolítico-
urêmica e megacólon tóxico
• Probióticos:
- Microrganismos vivos que conferem benefício para a saúde do hospedeiro
- Ajudam a restabelecer a microbiota normal do intestino, dificultando a proliferação de
enteropatógenos
- Os mais estudados são o Saccharomyces boulardii (Floratil® 100-200 mg 8/8h) e o
Lactobacillus GG (Culturelle® - produto não vendido no Brasil).
• Antimicrobianos:
- Alguns pctes com diarreia aguda devem receber antibioticoterapia empírica (tto iniciado antes
da confirmação do dg etiológico)
- As drogas de escolha são as fluoroquinolonas (ex.: ciprofloxacina 500 mg 12/12h ou
levofloxacina 500 mg 1x/dia por 3-5 dias).
- Como alternativas, podemos utilizar sulfametoxazol + trimetoprima 800/160 mg 12/12h ou
doxiciclina 100 mg 12/12h, ambos por 5-7 dias.
Principalmente para a cólera
DIARREIA CRÔNICA
• Duração ≥ 4 semanas
• Critério de Roma IV: 3 meses contínuos ou intermitentes de dor aliviada pela evacuação e/ou
acompanhada por alteração da frequência ou consistência
e 2 ou mais:
- Nº de evacuações >3/dia ou < 3/semana
- Alteração da consistência
- Tenesmo, esforço ou urgência
- Eliminação de muco
- Sensação de distensão
Diarreia Osmótica
RL
• Causada pelo acúmulo de solutos não absorvidos na luz intestinal. Tais solutos, por
permanecerem no lúmen intestinal, impedem a absorção de líquido.
• Este tipo de diarreia deve ser suspeitado quando os sintomas desaparecem no estado de jejum
(após uma noite de sono) e reaparecem após uma refeição.
• Principais causas:
- Uso de laxativos à base de magnésio, fosfato ou sulfato
- Deficiência de lactase (intolerância à lactose) primária ou secundária – neste caso, a diarreia é
precipitada pela ingestão de laticínios
- Ingestão de quantidades expressivas de sorbitol, presente em certos doces e gomas de mascar
- Uso de lactulose ou manitol oral.
A intolerância à lactose é a causa mais comum de diarreia osmótica crônica, associada à flatulência e
cólica abdominal. Está presente em 20% dos adultos caucasianos e em 50-70% dos não caucasianos.
Diarreia Secretória
SÍNDROME CARCINOIDE
A síndrome carcinoide é resultado da produção de serotonina e outros mediadores por um tumor
carcinoide, derivado de células neuroendócrinas. A síndrome é caracterizada por diarreia
secretória, episódios de rubor facial e taquicardia, broncoespasmo e fibrose das valvas do
coração direito.
- Muitas vezes é hepático, mas pode aparecer no apêndice, duodeno...
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Agravos digestórios prevalentes • 5º período • Raíssa Leonardi
CARCINOMA MEDULAR DE TIREOIDE
A diarreia faz parte do quadro clínico de 30% dos pacientes com CMT, e a substância que
determina a hipersecreção intestinal é a calcitonina.
• Má absorção de carboidratos e ácidos graxos que, por efeito osmótico ou secretório colônico,
induzem diarreia.
• A esteatorreia é confirmada pelo método quantitativo (> 6-7 g/24h de gordura, medido pela
coleta de fezes em 72h após uma dieta contendo 100 g de gordura) ou qualitativo (teste do Sudan
III). Este último é um método mais prático, porém de menor acurácia.
RL
• Característica: emagrecimento
• Os pacientes apresentam febre, dor abdominal, perda ponderal e, algumas vezes, muco e
sangue nas fezes.
• As principais causas são: amebíase, doença inflamatória intestinal, enterite eosinofílica, Alergia
à Proteína do Leite de Vaca ("APLV" – comum em crianças pequenas), colite colágena e enterite
actínica.
• Com exceção da amebíase, a maioria desses pacientes apresenta exame de fezes positivo
para leucócitos fecais ou lactoferrina.
- O hemograma pode mostrar leucocitose ou eosinofilia.
Diarreia Funcional
• Muitos autores a chamam de "pseudodiarreia", por não apresentar mais de 200 g de perda fecal
diária.
Diarreia Factícia
• A maioria dos casos é vista em mulheres, geralmente de alto nível socioeconômico, que com
frequência trabalham na área de saúde.
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Agravos digestórios prevalentes • 5º período • Raíssa Leonardi
• A principal etiologia é o uso "sub-reptício" (voluntário) de laxativos, o que nos faz lembrar a
autoindução de vômitos vista em pacientes com várias formas de transtorno alimentar (inclusive
estes dois tipos de distúrbios podem estar associados).
• São pacientes que procuram diversos médicos, fazem dezenas de exames, acabam sendo
internadas, e não se chega a uma explicação convincente para as alterações de seu trânsito
intestinal!!!
- Por terem muitas vezes sangue nas fezes e emagrecimento, um distúrbio funcional acaba
sendo excluído!
• A melhor maneira de fazer este diagnóstico é através da dosagem de magnésio nas fezes
(normal até 108 mg/dl – o magnésio é um componente habitual dos laxativos) ou de laxativos
específicos na urina e nas fezes
• Achado na colonoscopia:
Melanose coli: Manchas escurecidas distribuídas difusamente pelo cólon
- Acúmulo de lipofucsina – pigmento acastanhado-enegrecido nos lisossomos dos macrófagos
subepiteliais localizados na mucosa cólica.
RL
Manejo/Tratamento
• A dosagem dos eletrólitos fecais (cálculo do gap osmolar fecal) e a determinação do pH fecal
podem ser úteis (como vimos anteriormente).
- pH fecal:
• Uma retossigmoidoscopia ou uma colonoscopia são indicadas para os pacientes com suspeita
de doença inflamatória ou neoplasia intestinal.
• Nos pacientes com sinais e sintomas de má absorção intestinal, deve-se inicialmente dosar o
autoanticorpo antitransglutaminase tecidual IgA (antiTGT IgA – para screening de doença
celíaca), realizando-se uma biópsia duodenojejunal por endoscopia digestiva alta nos casos
positivos.
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Agravos digestórios prevalentes • 5º período • Raíssa Leonardi
OBSERVAÇÕES
E. COLI
• A Escherichia coli, ou E. coli, é uma bactéria que habita naturalmente o intestino das pessoas
e de alguns animais, sem que haja qualquer sinal de doença. No entanto, há alguns tipos de E.
coli que são nocivos para as pessoas e que entram no organismo devido ao consumo de
alimentos contaminados, por exemplo, causando gastroenterite com diarreia intensa e com muco
ou sangue.
- E. coli enterotoxigênica, produtora de shiga-toxina – shiga like (atacam a célula intestinal)
, enteroinvasiva (invadem a a célula intestinal), enteropatogênica, enterohemorrágica
e enteroagregativa.
• Sintomas: dor abdominal, diarreia constante, dor e ardor ao urinar, presença de sangue nas
fezes ou na urina, urina turva, febre baixa e persistente.
• Essa situação tende a resolver sozinha dentro de alguns dias, sendo apenas recomendado
RL
repouso e a ingestão de bastante líquidos. O uso de remédios que prendem o intestino não é
indicado porque podem aumentar a gravidade da doença, já que as bactérias não são eliminadas
através das fezes.
• Geralmente ocorre após uma infecção intestinal causada pela ingestão de alimentos
contaminados com a bactéria Escherichia coli O157:H7 ou outras bactérias produtoras de toxina.
• Caracterizada pela saída de um muco contendo pequenos vestígios de fezes pelo ânus,
causada, na maioria das vezes, pela prisão de ventre crônica.
• A irritação da mucosa retal pela presença do fecaloma leva à produção de grande quantidade
de muco pelo tecido epitelial da região, que se assemelha a fezes diarreicas.
• A diarreia paradoxal ocorre quando este muco sai pelo ânus contendo alguns vestígios destas
fezes, mas as fezes duras permanecem presas dentro do intestino.
• O tratamento para a diarreia paradoxal deve ser feito de acordo com a orientação do clínico
geral ou gastroenterologista, sendo na maioria das vezes indicada o uso de medicamentos
laxantes, como o Colonac ou o Lactulona, por exemplo, com o objetivo de favorecer a eliminação
das fezes ressecadas e endurecidas e diminuir a produção de muco. Além disso, é importante
beber pelo menos 2 litros de água por dia e aumentar o consumo de alimentos com efeito laxante,
como mamão, kiwi, linhaça, aveia ou pêra, por exemplo.
COLITE PSEUDOMEMBRANOSA
• Toxinas produzidas por cepas de Clostridioides difficile no trato gastrintestinal causam colite
pseudomembranosa, tipicamente após o uso de antibióticos.
- Alterações na flora gastrintestinal induzidas por antibióticos (mais comuns: cefalosporina,
penicilina) são fatores predisponentes dominantes
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Agravos digestórios prevalentes • 5º período • Raíssa Leonardi
• Os fatores de risco de diarreia induzida por C. difficile incluem
✓ Extremos de idade
✓ Internação hospitalar prolongada
✓ Morar em lar de idosos
✓ Doença grave subjacente
✓ Uso de inibidores da bomba de prótons e bloqueadores de H2
SINAIS DE DESIDRATAÇÃO
RL
TIPOS DE SORO
1. SORO FISIOLÓGICO
O soro fisiológico é a solução hospitalar mais famosa. Também conhecido como cloreto de sódio
a 0,9%, é muito usado para introduções na veia quando há diminuição de líquidos ou de sal no
organismo. Além disso, pode ser utilizado para limpeza dos olhos e do nariz, em nebulizações e
em feridas, como queimaduras.
O produto está disponível em farmácias convencionais. Em frascos de plástico, o soro pode ser
adquirido sem apresentação de receita médica.
2. RINGER LACTATO
A composição do Ringer Lactato é usada na reidratação e na reposição de sódio, potássio,
cloreto e cálcio. O soro é usado, ainda, no tratamento de acidoses, principalmente as
metabólicas, quando há acúmulo excessivo de ácido no corpo. O uso da solução precisa ser
intravenoso e individualizado.
A aplicação do Ringer Lactato deve ser definida por um profissional. Com o objetivo de definir a
dosagem, são levados em consideração fatores como idade, peso e condições clínicas.
3. SOLUÇÃO GLICOSADA
A solução glicosada é responsável por repor e adequar os níveis de glicose no sangue. O soro
é comumente aplicado em casos de comas alcoólicos ou de desnutrição excessiva. Nesses e
em outros quadros, como grande parte dos medicamentos, só pode ser usado sob prescrição
médica.
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Agravos digestórios prevalentes • 5º período • Raíssa Leonardi
DIARREIA DO VIAJANTE
DIARREIA DO CORREDOR
RL
• Colite isquêmica causada por exercício físico
• Pctes jovens, principalmente mulheres
• Não tem tto específico, com condicionamento físico a tendência é melhorar essa diarreia
SÍNDROME DE DUMPING
- Mudança do ciclo de sais biliares devido a bactérias que mudam a flora bacteriana do intestino,
causando diarreia
• Tto: colestiramina 0,06 g/Kg três vezes por dia
DOENÇAS INFLAMATÓRIAS
INTESTINAIS
• DII são doenças inflamatórias crônicas que acometem o trato gastrointestinal e têm origem
idiopática.
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Agravos digestórios prevalentes • 5º período • Raíssa Leonardi
COLITE ULCERATIVA
• Doença inflamatória ulcerativa crônica que surge na mucosa do intestino grosso,
Acomete
caracterizada com mais frequência por diarreia mucopiossanguinolenta reto!
• Colite tóxica:
- Ocorre quando ulcerações transmurais causam íleo e peritonite localizados.
- Dentro de horas ou dias, o cólon perde seu tônus muscular e começa a dilatar-se.
- Emergência médica que costuma aparecer de modo espontâneo durante o curso da colite muito
grave, mas pode ser precipitada por opioides ou fármacos antidiarreicos e anticolinérgicos.
RL
• Incidência semelhante entre homens e mulheres (principal mulheres)
- Principalmente entre a 2ª e 3ª década de vida
Sinais e sintomas
• A colite tóxica ou fulminante se apresenta com diarreia súbita e violenta, febre acima de 40° C
(104°F), dor abdominal, sinais de peritonite (p. ex., descompressão brusca presente) e profunda
toxemia.
• FR:
Predisposição genética: histórico familiar
Fatores ambientais: dieta rica em gordura, pobre em fibras,
infecções, apendicectomia Fumo: efeito
Fatores imunológicos: microbioma, epitélio intestinal, resposta protetor!
inflamatória.
Fatores psicossomáticos
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Agravos digestórios prevalentes • 5º período • Raíssa Leonardi
Diagnóstico
• Em mulheres que usam anticoncepcionais orais, é possível uma colite induzida por
contraceptivos; em geral, ela desaparece espontaneamente depois de interrompida a terapia
hormonal.
RL
• Exames laboratoriais devem ser feitos para pesquisa de anemia, hipoalbuminemia e
anormalidades de eletrólitos.
• Radiografias abdominais devem ser realizadas a cada 1 ou 2 dias para seguir a evolução da
distensão colônica e detectar ar livre ou intramural; a TC é mais sensível para detectar ar
extraluminal ou abscesso pericólico
.
Evitar a colonoscopia e o enema baritado em
exacerbações graves → risco de perfuração.
• Colectomia: pcte com quadros graves sem resposta a ciclosporina ou imunobiológicos após 4
RL
a 7 dias
• Proctocolectomia com ileostomia: complicação grave como ca ou megacólon ou sem
resposta medicamentosa
• Não farmacológico:
- Evitar frutas e vegetais crus limita o trauma à mucosa inflamada e pode aliviar os sintomas.
- Dieta sem leite pode ajudar, mas não deve ser mantida se nenhum benefício for notado.
- Todos os pacientes com doença inflamatória intestinal devem ser aconselhados a ingerir
quantidades adequadas de cálcio e vitamina D.
Diagnóstico Diferencial
Doença de Crohn
Doenças infecciosas e parasitárias
Colite isquêmica
Colite colagenosa e microscópica
Síndrome da úlcera retal isolada
Linfoma, diverticulite, colite actínica, etc
DOENÇA DE CROHN
• Sinônimo: enterite regional
• Principalmente pop jovem, com 2 picos de incidência entre 15 e 25 anos e dos 55 a 65 anos
(igual entre os sexos – leve preponderância em mulheres)
• Mais comum em caucasianos e que vivem em áreas urbanas e industrializadas
• Pode acometer qualquer parte do tubo digestório. Não acomete o trato intestinal de forma
homogênea.
- Focos de inflamação transmural
- Espessamento de todas as camadas do tubo digestivo podendo até atingir a gordura
mesentérica
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Agravos digestórios prevalentes • 5º período • Raíssa Leonardi
Extensão lateral de forma linear
Aprofundamento através das camadas da parede: fístulas
- Essas lesões da mucosa podem evoluir para úlceras profundas
transversais e longitudinais com edema mucoso entre as úlceras,
criando, no intestino:
RL
Fisiopatologia
• Pessoa com propensão genética ao entrar em contato com estímulos ambientais faz
desenvolver a doença.
- Após infecção, uso de remédio, etc. (não existe relação com um estímulo específico)
Quadro Clínico
- Diarreia crônica
- Dor abdominal crônica
- Perda de peso
- Febre
- Anorexia
- Massa palpável no quadrante inferior direito
- Doença perianal
- Abscessos, fístulas, doenças perianais
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Agravos digestórios prevalentes • 5º período • Raíssa Leonardi
Classificação
Classificação de gravidade:
RL
Grave a Fulminante peritoneal e franca caquexia (síndrome
consumptiva), podendo ter indícios de
abscesso intra abd (massa palpável).
Também são enquadrados aqui aqueles que
não respondem aos agentes anti-TNF.
Complicações
• Pacientes com acometimento colônico têm, a longo prazo, risco de câncer colorretal
semelhante ao da colite ulcerativa, quando apresentam a mesma extensão e duração da doença.
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Agravos digestórios prevalentes • 5º período • Raíssa Leonardi
Diagnóstico
• Risco aumentado para ca colorretal quanto a maior duração da doença e extensão do seu
acometimento.
- Indicada realização de colonoscopia anual (com coleta de material para estudo
anatomopatológico) após 8 a 10 anos de evolução.
• Exames laboratoriais:
- Pesquisa de anemia, hipoalbuminemia e anormalidades de eletrólitos.
- Testes hepáticos: fosfatase alcalina e gamaglutamil transpeptidase elevadas em pacientes com
grande envolvimento colônico sugerem possível colangite esclerosante primária.
- Leucocitose ou níveis elevados de reagentes de fase aguda (p. ex., velocidade de
sedimentação das hemácias, proteína C-reativa) são inespecíficos, mas podem ser usados de
RL
maneira seriada para monitorar a atividade da doença.
- Níveis de vitamina D e B12 devem ser verificados a cada 1 a 2 anos.
- ASCA anticorpo (IgG e IgA) contra o Saccharomyces cerevisiae – presente em 55 a 70% dos
pctes: não é dg, mas pode ajudar na diferenciação em casos indeterminados.
Tratamento
2 etapas:
- induzir remissão
• Derivados salicílicos: sulfassalazina e mesalazina - manter remissão
- Ação tópica
- Casos leves ativos com envolvimento colônico
• Tto cirúrgico:
- Tratar as complicações associadas, visando melhorar a qualidade de vida dos pctes
- Preservar o máximo do órgão para evitar a síndrome do intestino curto!
- Indicações: intratabilidade clínica, presença de displasia ou neoplasia, situações de urgência
(obstrução aguda, perfuração, hemorragia maciça, abscesso intra abd, colite aguda/megacólon
tóxico)
- Técnicas: colectomia segmentar, colectomia total com ileorretoanastomose e proctocolectomia
total com ileostomia definitiva
Saber:
Quanto maior a potência anti-inflamatória, maior o efeito colateral e a imunossupressão
Essas doenças possuem duas etapas de tto: indução de remissão e manutenção da remissão
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Agravos digestórios prevalentes • 5º período • Raíssa Leonardi
RL
Casos graves: de cima pra baixo
Casos leves: de baixo pra cima
Retocolite ulcerativa
Apendicite
Linfoma de delgado
Doença celíaca
SII
Diagnóstico Diferencial
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Agravos digestórios prevalentes • 5º período • Raíssa Leonardi
RESUMINDO...
Manifestações clínicas mais comuns de cada doença:
RL
Massa abdominal QIE, se sigmoide inflamado QID, se íleo inflamado
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