Resumo Neuroanatomia e Neurofisiologia

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caixa craniana

Vista Superior do Crânio - Calota Craniana


A parte superior do crânio é chamada de cúpula do crânio ou calvária.
É atravessada por quatro suturas (articulações que permitem mínima mobilidade aos ossos
do crânio):
1 - Sutura Coronal ou Bregmática: entre os ossos frontal e parietais
2 - Sutura Sagital: entre os dois parietais (linha sagital mediana)
3 - Sutura Lambdóide: entre os parietais e o occipital
4 - Sutura Escamosa: entre o parietal e o temporal
→ superfície superior do crânio
- crânio é formado por vários ossos que se articulam entre si por articulações
chamadas suturas
→ frontal (1), occipital (1), parietais (2), temporais (2), esfenóide (1), etmóide (1)
- protege o encéfalo

coluna vertebral
OSSOS DA COLUNA VERTEBRAL

A coluna vertebral, também chamada de espinha dorsal, estende-se do crânio até a


pelve. Ela é responsável por dois quintos do peso corporal total e é composta por tecido
conjuntivo e por uma série de ossos, chamados vértebras, as quais estão sobrepostas em
forma de uma coluna, daí o termo coluna vertebral. A coluna vertebral é constituída por 24
vértebras + sacro + cóccix e constitui, junto com a cabeça, esterno e costelas, o esqueleto
axial.

Superiormente, se articula com o osso occipital (crânio); inferiormente, articula-se


com o osso do quadril ( Ilíaco ).

A coluna vertebral é dividida em quatro regiões: Cervical, Torácica, Lombar e


Sacro-Coccígea.

São 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e cerca de 4 coccígeas.


Regiões e Vértebras da Coluna Vertebral

Curvaturas da Coluna Vertebral


Numa vista lateral, a coluna apresenta várias curvaturas consideradas fisiológicas.
São elas: cervical (convexa ventralmente - LORDOSE), torácica (côncava
ventralmente - CIFOSE), lombar (convexa ventralmente - LORDOSE) e pélvica (côncava
ventralmente - CIFOSE). Quando uma destas curvaturas está aumentada, chamamos de
HIPERCIFOSE (Região dorsal e pélvica) ou HIPERLORDOSE (Região cervical e lombar).
Numa vista anterior ou posterior, a coluna vertebral não apresenta nenhuma
curvatura. Quando ocorre alguma curvatura neste plano chamamos de ESCOLIOSE.

Funções da Coluna Vertebral


● Protege a medula espinhal e os nervos espinhais;
● Suporta o peso do corpo;
● Fornece um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e um pivô para a
● cabeça;
● Exerce um papel importante na postura e locomoção;
● Serve de ponto de fixação para as costelas, a cintura pélvica e os músculos do
● dorso;
● Proporciona flexibilidade para o corpo, podendo fletir-se para frente, para trás e
● para os lados e ainda girar sobre seu eixo maior.

Canal Vertebral
O canal vertebral segue as diferentes curvas da coluna vertebral. É grande e
triangular nas regiões onde a coluna possui maior mobilidade (cervical e lombar) e é
pequeno e redondo na região que não possui muita mobilidade (torácica).
Na imagem ao lado (vista superior da coluna vertebral), podemos observar o canal
vertebral. Ele é formado pela junção das vértebras e serve para dar proteção à medula
espinhal. Além do canal vertebral, a medula também é protegida pelas menínges, pelo
líquor e pela barreira hemato-encefálica.

As vértebras podem ser estudadas sobre três aspectos: características gerais,


regionais e individuais.

Características Gerais das Vértebras


São encontradas em quase todas as vértebras (com exceção da 1ª e da 2ª vértebras
cervicais) e servem como meio de diferenciação destas com os demais ossos do esqueleto.
Todas as vértebras apresentam 7 elementos básicos:
1. Corpo: É a maior parte da vértebra. É único e mediano e está voltado para frente é
representado por um segmento cilindro, apresentando uma face superior e outra inferior.
FUNÇÃO: Sustentação.
2. Processo Espinhoso: É a parte do arco ósseo que se situa medialmente e
posteriormente.
FUNÇÃO: Movimentação.
3. Processo Transverso: São 2 prolongamento laterais, direito e esquerdo, que se
projetam transversalmente de cada lado do ponto de união do pedículo com a lâmina.
FUNÇÃO: Movimentação.
4. Processos Articulares: São em número de quatro, dois superiores e dois inferiores.
São saliências que se destinam à articulação das vértebras entre si.
FUNÇÃO: Obstrução.
5. Lâminas: São duas lâminas, uma direita e outra esquerda, que ligam o processo
espinhoso ao processo transverso.
FUNÇÃO: Proteção.
6. Pedículos: São partes mais estreitadas, que ligam o processo transverso ao corpo
vertebral.
FUNÇÃO: Proteção.
7. Forame Vertebral: Situado posteriormente ao corpo e limitado lateral e
posteriormente pelo arco ósseo.
FUNÇÃO: Proteção

Características Regionais das Vértebras


Permitem a diferenciação das vértebras pertencentes a cada região. Vários são os
elementos de diferenciação, mas será suficiente observar os processos transversos:
Vértebras Cervicais: Possuem um corpo pequeno exceto a primeira e a segunda
vértebra. Em geral apresentam processo espinhal bífido e horizontalizado e seus processo
transversos possuem forames transversos (passagem de artérias e veias vertebrais).
Vértebra Torácica: O processo espinhoso não é bifurcado e se apresenta descendente
e pontiagudo. As vértebras torácicas se articulam com as costelas, sendo que as superfícies
articulares dessas vértebras são chamadas fóveas e hemi-fóveas. As fóveas podem estar
localizadas no corpo vertebral, pedículo ou nos processos transversos.
Vértebra Lombar: Os corpos vertebrais são maiores. O processo espinhal não é
bifurcado, além de estar disposto em posição horizontal. Apresenta o forame vertebral em
forma triangular e processos mamilares. Apresenta um processo transverso bem
desenvolvido chamado apêndice costiforme. Pode ser diferenciado também por não
apresentar forame no
processo transverso e nem a fóvea costal.

Características Individuais
Atlas ( 1ª vértebra cervical )
A principal diferenciação desta para as outras vértebras é de não possuir corpo.
Além disso, esta vértebra apresenta outras estruturas:
* Arco Anterior - forma cerca de 1/5 do anel.
* Tubérculo Anterior
* Fóvea Dental - articula-se com o Dente do áxis (processo odontóide)
* Arco Posterior - forma cerca de 2/5 do anel.
* Tubérculo Posterior
* Massas Laterais - partes mais volumosas e sólidas do atlas e suportam o peso da
cabeça.
* Face Articular Superior - articula-se com os côndilos do occipital.
* Face Articular Inferior - articula-se com os processos articulares superiores da 2ª
vértebra cervical (Áxis).
* Processos Transversos - encontram-se os forames transversos.
Áxis ( 2ª vértebra cervical )
Apresenta um processo ósseo forte denominado Dente (Processo Odontóide)que
localiza-se superiormente e articula-se com o arco anterior do Atlas.
7ª vértebra cervical ( Vértebra Proeminente )
* Processo espinhoso longo e proeminente.
12ª Vértebra Torácica
• Única vértebra torácica com os processos articulares inferiores lateralizados.
Na coluna vertebral encontramos também o sacro (cerca de quatro ou cinco vértebras
fundidas - não móveis) e inferiormente ao mesmo, localiza-se o cóccix (fusão de 4 vértebras
- não móveis).

Divisão do Esqueleto:
Esqueleto Axial - Composto pelos ossos da cabeça, pescoço e do tronco.
Esqueleto Apendicular - Composto pelos membros superiores e inferiores.
A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das cinturas escapular e
pélvica.

Funções do Sistema Esquelético:


● Sustentação do organismo (apoio para o corpo)
● Proteção de estruturas vitais (coração, pulmões, cérebro)
● Base mecânica para o movimento
● Armazenamento de sais (cálcio, por exemplo)
● Hematopoiética (suprimento contínuo de células sanguíneas novas)

forames
Forame Magno - grande abertura oval que dá passagem à medula oblonga (tronco
encefálico - bulbo) e suas membranas (meninges), líquor, nervos, artérias, veias e
ligamentos

Forame Vertebral: Situado posteriormente ao corpo e limitado lateral e posteriormente pelo


arco ósseo. FUNÇÃO: Proteção

Características Regionais das Vértebras


Permitem a diferenciação das vértebras pertencentes a cada região. Vários são os
elementos de diferenciação, mas será suficiente observar os processos transversos:
● Vértebras Cervicais: Possuem um corpo pequeno exceto a primeira e a segunda
vértebra. Em geral apresentam processo espinhal bífido e horizontalizado e seus
processos transversos possuem forames transversos (passagem de artérias e veias
vertebrais).
● Vértebra Torácica: O processo espinhoso não é bifurcado e se apresenta
descendente e pontiagudo. As vértebras torácicas se articulam com as costelas,
sendo que as superfícies articulares das vértebras são chamadas fóveas e
hemi-fóveas. As fóveas podem estar localizadas no corpo vertebral, pedículo ou nos
processos transversos.
● Vértebra Lombar: Os corpos vertebrais são maiores. O processo espinhal não é
bifurcado, além de estar disposto em posição horizontal. Apresenta o forame
vertebral em forma triangular e processos mamilares. Apresenta um processo
transverso bem desenvolvido chamado apêndice costiforme. Pode ser diferenciado
também por não apresentar forame no processo transverso e nem a fóvea costal.

O forame intervertebral é a abertura formada pela articulação de duas incisuras


vertebrais. Através dele passam os nervos espinhais. Seu tamanho varia conforme
posição, patologia, carga de peso que a espinha suporta e postura.

Em uma vértebra típica, o forâmen vertebral é a abertura formada pelo segmento


anterior do corpo da vértebra e a parte posterior, o arco da vértebra. O forame
vertebral começa na vértebra cervical 1 (C1 ou atlas) e continua até a porção
inferior da vértebra lombar 5 (L5).

sistema nervoso central encefálico


O sistema nervoso central é aquele localizado dentro do esqueleto axial (cavidade
craniana e canal vertebral); o sistema nervoso periférico é aquele que se localiza
fora deste esqueleto. O encéfalo é a parte do sistema nervoso central situado dentro
do crânio neural; e a medula é localizada dentro do canal vertebral. O encéfalo e a
medula constituem o neuroeixo. No encéfalo temos cérebro, cerebelo e tronco
encefálico.

Pode-se dividir o sistema nervoso em sistema nervoso da vida de relação, ou


somático e sistema nervoso da vida vegetativa, ou visceral. O sistema nervoso da
vida de relação é aquele que se relaciona com organismo com o meio ambiente.
Apresenta um componente aferente e outro eferente. O componente aferente
conduz aos centros nervosos impulsos originados em receptores periféricos,
informando-os sobre o que passa no meio ambiente. O componente eferente leva
aos músculos estriados esqueléticos o comando dos centros nervosos resultando
em movimentos voluntários. O sistema nervoso visceral é aquele que se relaciona
com a inervação e com o controle das vísceras. O componente aferente conduz os
impulsos nervosos originados em receptores das vísceras a áreas especificas do
sistema nervoso. O componente eferente leva os impulsos originados em centros
nervosos até as vísceras. Este componente eferente é também denominada de
sistema nervoso autônomo e pode ser dividido em sistema nervoso simpático e
parassimpático.

SISTEMA NERVOSO

CENTRAL X PERIFÉFICO

CENTRAL: protegido por caixas ósseas e pelo esqueleto axial


CRÂNIO E COLUNA VERTEBRAL → proteção
ENCÉFALO X MEDULA ESPINHAL
ENCÉFALO: cranio - cerebro, cerebelo, tronco encefálico, mesencéfalo, ponte e
bulbo
MÉDULA ESPINHAL: vértebra - protege coluna vertebral

PERIFÉRICO: sai do sistema nervoso central para se comunicar com as outras


partes do corpo
NERVOS X GÂNGLIOS
NERVOS: estruturas de tecido nervoso que se ramificam a partir do SNC
CRANIANOS: 12 pares
ESPINHAIS: 31 pares - cervicais, torácicos, lombares, sacrais e coccígeos
GÂNGLIOS: sistema nervoso autônomo - dilatações - sistema nervoso autônomo
simpático (estimula) e sistema nervoso autônomo parassimpático (relaxa)

ESTRUTURAS DO SNC ENCEFÁLICO - cerebro, cerebelo, ponte, bulbo,


mesencéfalo, telencéfalo, diencéfalo, giros, meninges, células gliais, núcleos da
base, lobos, corpo caloso, ventrículos, tálamo, hipotálamo, hipófise, tronco cerebral,
líquor, córtex cerebral, sulcos, medula espinhal

CEREBELO
cerebelo, órgão do sistema nervoso supra-segmentar, deriva da parte dorsal do
metencéfalo e fica situado dorsalmente ao bulbo e à ponte, contribuindo para a
formação do tecto do IV ventrículo. Repousa sobre a fossa cerebelar do osso
occipital e está separado do lobo occipital por uma prega da dura-máter
denominada tenda do cerebelo. Liga-se à medula e ao bulbo pelo pedúnculo
cerebelar inferior e à ponte e mesencéfalo pelos pedúnculos cerebelares médio e
superior, respectivamente. Do ponto de vista fisiológico, o cerebelo difere
fundamentalmente do cérebro porque funciona sempre em nível involuntário e
inconsciente, sendo sua função exclusivamente motora (equilíbrio e coordenação).
Anatomicamente, distingue-se no cerebelo, uma porção ímpar e mediana, o vérmix,
ligado a duas grandes massas laterais, os hemisférios cerebelares. O vérmix é
pouco separado dos hemisférios na face superior do cerebelo, o que não ocorre na
face inferior, onde dois sulcos são bem evidentes o separam das partes laterais. A
superfície apresenta sulcos de direção predominantemente transversal, que
delimitam laminas finas denominadas folhas do cerebelo. Existem também sulcos
mais pronunciados, as fissuras do cerebelo, que delimitam lóbulos, cada um deles
podendo conter várias folhas. Esta disposição, visível na superfície do cerebelo, é
especialmente evidente em secções deste órgão, que dão também uma idéia de
sua organização interna. Vê-se assim que o cerebelo é constituído de um centro de
substância branca, o corpo medular do cerebelo, de onde irradia a lâmina branca do
cerebelo, revestida externamente por uma fina camada de substância cinzenta, o
córtex cerebelar. O corpo medular do cerebelo com suas lâminas brancas, quando
vista em cortes sagitais, recebem o nome de "árvore da vida". No interior do campo
medular existem quatro pares de núcleos de substância cinzenta, que são os
núcleos centrais do cerebelo: denteado, emboliforme, globoso e fastigial

DIENCÉFALO
O diencéfalo e o telencéfalo formam o cérebro, que corresponde ao prosencéfalo. O
cérebro é a parte mais desenvolvida do encéfalo e ocupa cerca de 80% da cavidade
craniana. O diencéfalo é uma estrutura ímpar que só é vista na porção mais inferior
de cérebro. Ao diencéfalo compreendem as seguintes partes: tálamo, hipotálamo,
epitálamo e subtálamo, todas relacionadas com o III ventrículo.

TÁLAMO
O tálamo, com comprimento de cerca de 3cm, compondo 80% do diencéfalo,
consiste em duas massas ovuladas pareadas de substância cinzenta, organizada
em núcleos, com tratos de substância branca em seu interior. Em geral, uma
conexão de substância cinzenta, chamada massa intermédia (aderência
intertalâmica), une as partes direita e esquerda do tálamo. A extremidade anterior
de cada tálamo apresenta uma eminência, o tubérculo anterior do tálamo, que
participa da delimitação do forame interventricular.
O tálamo serve como uma estação intermediária para a maioria das fibras que vão
da porção inferior do encéfalo e medula espinhal para as áreas sensitivas do
cérebro. O tálamo classifica a informação, dando-nos uma idéia da sensação que
estamos experimentando, e as direciona para as áreas específicas do cérebro para
que haja uma interpretação mais precisa. Funções do Tálamo: Sensibilidade;
Motricidade; Comportamento Emocional; Ativação do Córtex; Desempenha algum
papel no mecanismo de vigília, ou estado de alerta.

HIPOTÁLAMO
É uma área relativamente pequena do diencéfalo, situada abaixo do tálamo, com
funções importantes principalmente relacionadas à atividade visceral. O hipotálamo
é parte do diencéfalo e se dispõe nas paredes do III ventrículo, abaixo do sulco
hipotalâmico, que separa o tálamo. Apresenta algumas formações anatômicas
visíveis na face inferior do cérebro: o quiasma óptico, o túber cinéreo, o infundíbulo
e os corpos mamilares. Trata-se de uma área muito pequena (4g) mas, apesar
disso, o hipotálamo, por suas inúmeras e variadas funções, é uma das áreas mais
importantes do sistema nervoso.
O hipotálamo é constituído fundamentalmente de substância cinzenta que se agrupa
em núcleos. Percorrendo o hipotálamo existem, ainda, sistemas variados de fibras,
como o fórnix. Este percorre de cima para baixo cada metade do hipotálamo,
terminando no respectivo corpo mamilar. Impulsos de neurônios cujos dendritos e
corpos celulares situam-se no hipotálamo são conduzidos por seus axônios até
neurônios localizados na medula espinhal, e em seguida muitos desses impulsos
são então transferidos para músculos e glândulas por todo o corpo. Funções do
Hipotálamo: Controle do sistema nervoso autônomo; Regulação da temperatura
corporal; Regulação do comportamento emocional; Regulação do sono e da vigília;
Regulação da ingestão de alimentos; Regulação da ingestão de água; Regulação da
diurese; Regulação do sistema endócrino; Geração e regulação de ritmos
circadianos.

TELENCÉFALO
O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, e uma
pequena linha mediana situada na porção anterior do III ventrículo. Os dois
hemisférios cerebrais são incompletamente separados pela fissura longitudinal do
cérebro, cujo o assoalho é formado por uma larga faixa de fibras comissurais,
denominada corpo caloso, principal meio de união entre os dois hemisférios. Os
hemisférios possuem cavidades, os ventrículos laterais direito e esquerdo, que se
comunicam com o III ventrículo pelos forames interventriculares.

SULCOS E GIROS
Durante o desenvolvimento embrionário, quando o tamanho do encéfalo aumenta
rapidamente, a substância cinzenta do córtex aumenta com maior rapidez que a
substância branca subjacente. Como resultado, a região cortical se enrola e se
dobra sobre si mesma. Portanto, a superfície do cérebro do homem e de vários
animais apresenta depressões denominadas sulcos, que delimitam os giros ou
circunvoluções cerebrais. A existência dos sulcos permite considerável aumento do
volume cerebral e sabe-se que cerca de dois terços da área ocupada pelo córtex
cerebral estão “escondidos” nos sulcos. Em qualquer hemisfério, os dois sulcos
mais importantes são o sulco lateral e o sulco central. Sulco Lateral: é o sulco que
separa o lobo frontal do lobo temporal. Ele é subdividido em ascendente, anterior e
posterior. Sulco Central: separa o lobo parietal do frontal. O sulco central é ladeado
por dois giros paralelos, um anterior, giro pré-central, e outro posterior, giro
pós-central. As áreas situadas adiante do sulco central relacionam-se com a
MOTRICIDADE, enquanto as situadas atrás deste sulco relacionam-se com a
SENSIBILIDADE.

LOBOS
Os lobos cerebrais recebem o nome de acordo com a sua localização em relação
aos ossos do crânio. Portanto, temos cinco lobos: frontal, temporal, parietal, occipital
e o lobo da ínsula, que é o único que não se relaciona com nenhum osso do crânio,
pois está situado profundamente no sulco lateral. A divisão dos lobos não
corresponde muito a uma divisão funcional, exceto pelo lobo occipital que parece
estar relacionado somente com a visão. O lobo frontal está localizado acima do
sulco lateral e adiante do sulco central. Na face medial do cérebro, o limite anterior
do lobo occipital é o sulco parieto-occipital. Na sua face súpero-lateral, este limite é
arbitrariamente situado em uma linha imaginaria que se une a terminação do sulco
parieto-occipital, na borda superior do hemisfério, à incisura préoccipital, situada na
borda ínfero-lateral, cerca de 4 cm do pólo occipital. Do meio desta linha imaginaria
parte uma segunda linha imaginaria em direção no ramo posterior do sulco lateral e
que, juntamente com este ramo, limita o lobo temporal do lobo parietal.

CORPO CALOSO
Corpo Caloso: é a maior das comissuras inter-hemisféricas. É formado por um
grande número de fibras mielínicas que cruzam o plano sagital mediano e penetram
de cada lado no centro branco medular do cérebro, unindo áreas simétricas do
córtex de cada hemisfério. Em corte sagital do cérebro, podemos identificar as
divisões do corpo caloso: uma lâmina branca arqueada dorsalmente, o tronco do
corpo caloso, que se dilata posteriormente no esplênio do corpo caloso e se flete
anteriormente em direção da base do cérebro para constituir o joelho do corpo
caloso. Este se afina para formar o rostro do corpo caloso, que se continua em uma
fina lâmina, a lâmina rostral até a comissura anterior. Entre a comissura anterior e o
quiasma óptico encontra-se a lâmina terminal, delgada lâmina de substância branca
que também une os hemisférios e constitui o limite anterior do III ventrículo.

VENTRÍCULO
Os hemisférios cerebrais possuem cavidades revestidas de epêndima e contendo
líquido cérebro-espinhal, os ventrículos laterais esquerdo e direito, que se
comunicam com o III ventrículo pelo forame interventricular. Exceto pelo forame,
cada ventrículo é uma cavidade fechada que apresenta uma parte central e três
cornos que correspondem aos três pólos do hemisfério cerebral. As partes que se
projetam para o pólo frontal, occipital e temporal respectivamente, são o corno
anterior, posterior e inferior. Com exceção do corno inferior, todas as partes do
ventrículo laterais têm o teto formado pelo corpo caloso.

MENINGES
Meninges: o sistema nervoso é envolto por membranas conjuntivas denominadas
meninges que são classificadas como três: dura-máter, aracnóide e pia-máter. A
aracnóide e a pia-máter, que no embrião constituem um só folheto, são às vezes
consideradas como uma só formação conhecida como a leptomeninge; e a
dura-máter que é mais espessa é conhecida como paquimeninge.
Dura-máter: é a meninge mais superficial, espessa e resistente, formada por tecido
conjuntivo muito rico em fibras colágenas, contendo nervos e vasos. É formada por
dois folhetos: um externo e um interno. O folheto externo adere intimamente aos
ossos do crânio e se comporta como um periósteo destes ossos, mas sem
capacidade osteogênica (nas fraturas cranianas dificulta a formação de um calo
ósseo). Em virtude da aderência da dura-máter aos ossos do crânio, não existe, no
crânio, um espaço epidural como na medula. No encéfalo, a principal artéria que
irriga a dura-máter é a artéria meníngea média, ramo da artéria maxilar.
Aracnóide: é uma membrana muito delgada, justaposta à dura-máter, da qual se
separa por um espaço virtual, o espaço subdural, contendo uma pequena
quantidade de líquido necessário á lubrificação das superfícies de contato das
membranas. A aracnóide separa-se da pia-máter pelo espaço subaracnóideo que
contem líquor, havendo grande comunicação entre os espaços subaracnóideos do
encéfalo e da medula. Considera-se também como pertencendo à aracnóide, as
delicadas trabéculas que atravessam o espaço para ligar à pia-máter, e que são
denominados de trabéculas aracnóides. Estas trabéculas lembram, um aspecto de
teias de aranha donde vem o nome aracnóide.
Pia-máter: é a mais interna das meninges, aderindo intimamente à superfície do
encéfalo e da medula, cujos relevos e depressões acompanham até o fundo dos
sulcos cerebrais. Sua porção mais profunda recebe numerosos prolongamentos dos
astrócitos do tecido nervoso, constituindo assim a membrana pio-glial. A pia-máter
dá resistência aos órgãos nervosos, pois o tecido nervoso é de consistência muito
mole. A pia-máter acompanha os vasos que penetram no tecido nervoso a partir do
espaço subaracnóideo, formando a parede externa dos espaços perivasculares.
Neste espaço existem prolongamentos do espaço subaracnóideo, contendo líquor,
que forma um manguito protetor em torno dos vasos, muito importante para
amortecer o efeito da pulsação das artérias sobre o tecido circunvizinho.
Verificou-se que os espaços perivasculares acompanham os vasos mais calibrosos
até uma pequena distância e terminam por fusão da pia com a adventícia do vaso.
As pequenas arteríolas são envolvidas até o nível capilar por pré-vasculares dos
astrócitos do tecido nervoso.

LÍQUOR
É um fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades
ventriculares. A são função primordial é proteção mecânica do sistema nervoso
central. Formação, absorção e circulação do líquor: sabe-se hoje em dia que o
líquor é produzido nos plexos corióides dos ventrículos e também que uma pequena
porção é produzida a partir do epêndima das paredes ventriculares e dos vasos da
leptomeninge. Existem plexos corióides nos ventrículos, como já vimos
anteriormente, e os ventrículos laterais contribuem com maior contingente líquorico,
que passa ao III ventrículo através dos forames interventriculares e daí para o IV
ventrículo através do aqueduto cerebral. Através das aberturas medianas e laterais
do IV ventrículo, o líquor passa para o espaço subaracnóideo, sendo reabsorvido
principalmente pelas granulações aracnóideas que se projetam para o interior da
dura-máter. Como essas granulações predominam no eixo sagital superior, a
circulação do líquor se faz de baixo para cima, devendo atravessar o espaço entre a
incisura da tenda e o mesencéfalo. No espaço subaracnóideo da medula, o líquor
desce em direção caudal, mas apenas uma parte volta, pois reabsorção liquórica
ocorre nas pequenas granulações aracnóideas existentes nos prolongamentos da
dura-máter que acompanham as raízes dos nervos espinhais. A circulação do líquor
é extremamente lenta e são ainda discutidos os fatores que a determinam. Sem
dúvida, a produção do líquor em uma extremidade e a sua absorção em outra já são
o suficiente para causar sua movimentação. Um outro fator é a pulsação das
artérias intracranianas, que, cada sístole, aumenta a pressão líquorica,
possivelmente contribuindo para empurrar o líquor através das granulações
aracnóideas.

sistema nervoso periférico


O sistema nervoso periférico é constituído pelos nervos, que são representantes dos
axônios (fibras motoras) ou dos dendritos (fibras sensitivas). São as fibras nervosas
dos nervos que fazem a ligação dos diversos tecidos do organismo com o sistema
nervoso central. É composto pelos nervos espinhais e cranianos. Os nervos
espinhais se originam na medula e os cranianos no encéfalo. Para a percepção da
sensibilidade, na extremidade de cada fibra sensitiva há um dispositivo captador que
é denominado receptor e uma expansão que a coloca em relação com o elemento
que reage ao impulso motor, este elemento na grande maioria dos casos é uma
fibra muscular podendo ser também uma célula glandular. A estes elementos dá-se
o nome de efetor. Portanto, o sistema nervoso periférico é constituído por fibras que
ligam o sistema nervoso central ao receptor, no caso da transmissão de impulsos
sensitivos; ou ao efetor, quando o impulso é motor. As fibras que constituem os
nervos são em geral mielínicas com neurilema. São três as bainhas conjuntivas que
entram na constituição de um nervo: epineuro (envolve todo o nervo e emite septos
para seu interior), perineuro (envolve os feixes de fibras nervosas), endoneuro
(trama delicada de tecido conjuntivo frouxo que envolve cada fibra nervosa). As
bainhas conjuntivas conferem grande resistência aos nervos sendo mais espessas
nos nervos superficiais, pois estes são mais expostos aos traumatismos.
nervos cranianos
Nervos cranianos são os que fazem conexão com o encéfalo. Os 12 pares de nervos
cranianos recebem uma nomenclatura específica, sendo numerados em algarismos
romanos, de acordo com a sua origem aparente, no sentido rostrocaudal. As fibras motoras
ou eferentes dos nervos cranianos originam-se de grupos de neurônios no encéfalo, que
são seus núcleos de origem. Eles estão ligados com o córtex do cérebro pelas fibras
corticonucleares que se originam dos neurônios das áreas motoras do córtex, descendo
principalmente na parte genicular da cápsula interna até o tronco do encéfalo. Os nervos
cranianos sensitivos ou aferentes originam-se dos neurônios situados fora do encéfalo,
agrupados para formar gânglios ou situados em periféricos órgãos dos sentidos. Os núcleos
que dão origem a dez dos doze pares de nervos cranianos situam-se em colunas verticais
no tronco do encéfalo e correspondem à substância cinzenta da medula espinhal. De
acordo com o componente funcional, os nervos cranianos podem ser classificados em
motores, sensitivos e mistos.
Os motores (puros) são os que movimentam o olho, a língua e acessoriamente os músculos
látero-posteriores do pescoço. São eles: III - Nervo Oculomotor IV - Nervo Troclear VI -
Nervo Abducente XI - Nervo Acessório XII - Nervo Hipoglosso
Os sensitivos (puros) destinam-se aos órgãos dos sentidos e por isso são chamados
sensoriais e não apenas sensitivos, que não se referem à sensibilidade geral (dor,
temperatura e tato).
Os sensoriais são: I - Nervo Olfatório II - Nervo Óptico VIII - Nervo Vestibulococlear
Os mistos (motores e sensitivos) são em número de quatro: V - Trigêmeo VII - Nervo Facial
IX - Nervo Glossofaríngeo X - Nervo Vago

nervos espinhais
São aqueles que fazem conexão com a medula espinhal e são responsáveis pela inervação
do tronco, dos membros superiores e partes da cabeça. São ao todo 31 pares, 33 se
contados os dois pares de nervos coccígeos vestigiais, que correspondem aos 31
segmentos medulares existentes. São 8 pares de nervos cervicais, 12 torácicos, 5
lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. Cada nervo espinhal é formado pela união das raízes
dorsal (sensitiva) e ventral (motora), as quais se ligam, respectivamente, aos sulcos lateral
posterior e lateral anterior da medula através de filamentos radiculares. A raiz ventral
emerge da superfície ventral da medula espinhal como diversas radículas ou filamentos que
em geral se combinam para formar dois feixes próximo ao forame intervertebral. A raiz
dorsal é maior que a raiz ventral em tamanho e número de radículas; estas prendem-se ao
longo do sulco lateral posterior da medula espinhal e unem-se para formar dois feixes que
penetram no gânglio espinhal. As raízes ventral e dorsal unem-se imediatamente além do
gânglio espinhal para formar o nervo espinhal, que então emerge através do forame
interespinhal. O gânglio espinhal é um conjunto de células nervosas na raiz dorsal do nervo
espinhal. Tem forma oval e tamanho proporcional à raiz dorsal na qual se situa. Está
próximo ao forame intervertebral. O nervo espinhal separa-se em duas divisões primárias,
dorsal e ventral, imediatamente após a junção das duas raízes.

plexo cervical
Formado pelos ramos ventrais dos quatro nervos cervicais superiores, inerva alguns
músculos do pescoço, o diafragma e áreas da pele na cabeça, pescoço e tórax. Cada ramo
ventral anastomosa-se com o subsequente formando três alças de convexidade lateral (C1
com C2, C2 com C3 e C3 com C4). Dessas três alças derivam ramos que constituem as
duas partes do plexo cervical (superficial e profunda). A parte superficial é constituída por
fibras essencialmente sensitivas, que formam um feixe que aparece ao nível do meio da
borda posterior do músculo esternocleidomastóideo, ponto em que os filetes se espalham
em leque para a pele na região circunvizinha, ao pavilhão da orelha, à pele do pescoço e à
região próxima à clavícula. A parte profunda do plexo é constituída por fibras motoras,
destinando-se à musculatura ântero-lateral do pescoço e ao diafragma. Para isso, além de
ramos que saem isoladamente das três alças, encontramos duas formações importantes
que são a alça cervical e o nervo frênico. A alça cervical é formada por duas raízes, uma
superior e outra inferior. A raiz superior da alça cervical atinge o nervo hipoglosso quando
este desce no pescoço. A raiz inferior desce alguns centímetros lateralmente à veia jugular
interna, fazendo depois uma curva para frente, anastomosando-se com a raiz superior. A
alça cervical emite ramos que inervam todos os músculos infra-hióideos. O nervo frênico,
formado por fibras motoras que derivam de C3, C4 e C5, desce por diante do músculo
escaleno anterior, passa junto ao pericárdio, para se distribuir no diafragma. Cada ramo,
exceto o primeiro, divide-se em partes ascendente e descendente que se unem em alças
comunicantes. Da primeira alça (C2 e C3), originam-se ramos superficiais que inervam a
cabeça e o pescoço; da segunda alça (C3 e C4) originam-se os nervos cutâneos do ombro
e do tórax. Os ramos são superficiais ou profundos; os superficiais perfuram a fáscia
cervical para inervar a pele, enquanto que os ramos profundos inervam os músculos. Os
ramos superficiais formam grupos ascendentes e descendentes e as séries profundas
mediais e laterais.

plexo braquial
O membro superior é inervado pelo plexo braquial situado no pescoço e na axila, formado
por ramos anteriores dos quatro nervos espinhais cervicais inferiores (C5,C6,C7,C8) e do
primeiro torácico (T1). O plexo braquial tem localização lateral à coluna cervical e situa-se
entre os músculos escalenos anterior e médio, posterior e lateralmente ao músculo
esternocleidomastóideo. O plexo passa posteriormente à clavícula e acompanha a artéria
axilar sob o músculo peitoral maior. Os ramos ventrais do quinto e do sexto nervos cervicais
(C5-C6) formam o tronco superior; o ramo anterior do sétimo nervo cervical(C7) forma o
tronco médio; e os ramos anteriores do oitavo nervo cervical e do primeiro nervo torácico
(C8-T1) formam o tronco inferior.

plexo lombar
Este plexo está situado na parte posterior do músculo psoas maior, anteriormente aos
processos transversos das vértebras lombares. É formado pelos ramos ventrais dos três
primeiros nervos lombares e pela maior parte do quarto nervo lombar (L1, L2, L3 e L4) e um
ramo anastomótico de T12, dando um ramo ao plexo sacral. L1 recebe o ramo
anastomótico de T12 e depois fornece três ramos que são o nervo ìlio-hipogástrico, o nervo
ílio-inguinal e a raiz superior do nervo genitofemoral. L2 se trifurca dando a raiz inferior do
nervo genitofemoral, a raiz superior do nervo cutâneo lateral da coxa e a raiz superior do
nervo femoral.

plexo sacral
Os ramos ventrais dos nervos espinhais sacrais e coccígeos formam os plexos sacral e
coccígeo. Os ramos ventrais dos quatro nervos sacrais superiores penetram na pelve
através do forames sacrais anteriores, o quinto nervo sacral penetra entre o sacro e o
cóccix e os coccígeos abaixo do cóccix. Cada ramo ventral dos nervos sacrais recebe um
ramo comunicante cinzento proveniente de um gânglio simpático correspondente. Os ramos
viscerais eferentes deixam os ramos do segundo ao quarto nervos sacrais como nervos
esplâncnicos pélvicos que contêm as fibras parassimpáticas, as quais alcançam diminutos
gânglios nas paredes das vísceras pélvicas. A organização do plexo sacral é bastante
elementar e simples. O plexo sacral é formado pelo tronco lombossacral, ramos ventrais do
primeiro ao terceiro nervos sacrais e parte do quarto, com o restante do último unindo-se ao
plexo coccígeo. O ramo anastomótico de L4 se une ao L5 constituíndo o tronco
lombossacral. Em seguida o tronco lombossacral se une com S1 e depois sucessivamente
ao S2, S3 e S4. Esse compacto nervoso sai da pelve atravessando o forame isquiático
maior. Logo após atravessar esse forame, o plexo sacral emite seus ramos colaterais e se
resolve no ramo terminal, que é o nervo isquiático. Para os músculos da região glútea vão
os nervos glúteo superior (L4, L5 e S1) e glúteo inferior (L5, S1 e S2). Um ramo sensitivo
importante é o nervo cutâneo posterior da coxa, formado por S1, S2 e S3.

plexo coccígeo
O plexo coccígeo é formado por: Um pequeno ramo descendente do ramo ventral do quarto
nervo sacral; Ramos ventrais do quinto nervo sacral; Nervo coccígeo. O plexo coccígeo
inerva a pele da região do cóccix

neuronio
O tecido nervoso compreende basicamente dois tipos de celulares: os neurônios e as
células glias. Neurônio: é a unidade estrutural e funcional do sistema nervoso que é
especializada para a comunicação rápida. Tem a função básica de receber, processar e
enviar informações. Células Glias: compreende as células que ocupam os espaços entre os
neurônios e tem como função sustentação, revestimento ou isolamento e modulação da
atividade neural.
Neurônios: são células altamente excitáveis que se comunicam entre si ou com outras
células efetuadoras, usando basicamente uma linguagem elétrica. A maioria dos neurônios
possui três regiões responsáveis por funções especializadas: corpo celular, dentritos e
axônios. O corpo celular: é o centro metabólico do neurônio, responsável pela síntese de
todas as proteínas neuronais. A forma e o tamanho do corpo celular são extremamente
variáveis, conforme o tipo de neurônio. O corpo celular é também, junto com os dendritos,
local de recepção de estímulos, através de contatos sinápticos. Dendritos: geralmente são
curtos e ramificam-se profusamente, a maneira de galhos de árvore, em ângulos agudos,
originando dendritos de menor diâmetro. São os processos ou projeções que transmitem
impulsos para os corpos celulares dos neurônios ou para os axônios. Em geral os dendritos
são não mielinizados. Um neurônio pode apresentar milhares de dendritos. Portanto, os
dendritos são especializados em receber estímulos. Axônios: a grande maioria dos
neurônios possui um axônio, prolongamento longo e fino que se origina do corpo celular ou
de um dendrito principal. O axônio apresenta comprimento muito variável, podendo ser de
alguns milímetros como mais de um metro. São os processos que transmitem impulsos que
deixam os corpos celulares dos neurônios, ou dos dendritos. A porção terminal do axônio
sofre várias ramificações para formar de centenas a milhares de terminais axônicos, no
interior dos quais são armazenados os neurotransmissores químicos. Portanto, o axônio é
especializado em gerar e conduzir o potencial de ação. Tipos de Neurônios: São três os
tipos de neurônios: sensitivo, motor e interneurônio. Um neurônio sensitivo conduz a
informação da periferia em direção ao SNC, sendo também chamado neurônio aferente. Um
neurônio motor conduz informação do SNC em direção à periferia, sendo conhecido como
neurônio eferente. Os neurônios sensitivos e motores são encontrados tanto no SNC quanto
no SNP. Portanto, o sistema nervoso apresenta três funções básicas: Função Sensitiva: os
nervos sensitivos captam informações do meio interno e externo do corpo e as conduzem
ao SNC; Função Integradora: a informação sensitiva trazida ao SNC é processada ou
interpretada; Função Motora: os nervos motores conduzem a informação do SNC em
direção aos músculos e às glândulas do corpo, levando as informações do SNC.

sinapse
Sinapses: Os neurônios, principalmente através de suas terminações axônicas, entram em
contato com outros neurônios, passando-lhes informações. Os locais de tais contatos são
denominados sinapses. Ou seja, os neurônios comunicam-se uns aos outros nas sinapses
– pontos de contato entre neurônios, no qual encontramos as vesículas sinápticas, onde
estão armazenados os neurotransmissores. A comunicação ocorre por meio de
neurotransmissores – agentes químicos liberados ou secretados por um neurônio. Os
neurotransmissores mais comuns são a acetilcolina e a norepinefrina. Outros
neurotransmissores do SNC incluem a epinefrina, a serotonina, o GABA e as endorfinas.

nervos espinhais
Existem 31 pares de nervos espinhais aos quais correspondem 31 segmentos medulares
assim distribuídos: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo.
Encontramos 8 pares de nervos cervicais e apenas 7 vértebras cervicais porque o primeiro
par de nervos espinhais sai entre o occipital e C1.

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